Livro - Operacoes Industriais
Livro - Operacoes Industriais
Livro - Operacoes Industriais
ISBN 978-85-5639-040-0
12
1
Daniel Fonseca da luz
OPERAÇÕES INDUSTRIAIS
1
Chiavenato, 2000
16
9) Supervisão funcional.
Que objetivava:
- supervisores especialistas e conhecedores das atividades específicas
do setor.
2
Chiavenato, 2000
3
Taylor, 1982
18
4
Chiavenato, 2000
5
Chiavenato, 2000
19
Fayol relacionou ainda 14 princípios que podem ser vistos de forma complementar
6
Fayol, 1990
20
Referências comentadas
TAYLOR, F. W. Princípios gerais da administração científica. São Paulo: Atlas, 1982.
Livro clássico em que Taylor apresenta suas bases da administração científica.
FAYOL, H. Administração industrial e geral. 8 ed. São Paulo: Atlas, 1990.
Livro clássico em que Fayol apresenta seus estudos sobre a administração
clássica.
Referências bibliográficas
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. Campus, 2000.
Recapitulando
Nesse capítulo foram vistos as bases dos sistemas produtivos atuais, a administração
científica e clássica, que muito antes de serem antagônicas são complementares
para a organização dos ambientes produtivos.
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. O chamado pai da administração científica é:
A) ( ) Gilbrett
B) ( ) Taylor
C) ( ) Fayol
D) ( ) Chiavenato
21
B) ( ) Taylor
C) ( ) Fayol
D) ( ) Chiavenato
B) ( ) estrutura;
C) ( ) produção;
D) ( ) pessoas.
B) ( ) estrutura;
C) ( ) produção;
D) ( ) pessoas.
B) ( ) se complementam;
resposta verdadeira. Fayol define a função de administrar como sendo os atos de:
A) ( ) prever, organizar, comandar, coordenar, controlar;
Respostas:
1. B; 2. C; 3. A; 4.B; 5. B; 6.A; 7. D.
2
Daniel Fonseca da luz
DEFININDO OPERAÇÕES
2.2 Operações
Operações são atividades que transformam entradas em produtos ou serviços.
Uma organização pode processar informações, materiais ou até mesmo os próprios
consumidores. Sendo assim setores dentro das empresas como, compras, vendas,
produção, serviços, recursos humanos, logística etc. são operações empresariais.
As atividades da administração da produção remontam à origem do ser humano,
mas começaram a ter ênfase especial no início da revolução industrial, quando seu
estudo e evolução aceleram-se rapidamente.
As técnicas de administrar a produção, que tiveram sua origem nas indústrias,
passam paulatinamente a ser aplicadas também em outras formas de organizações,
como as comerciais e as de prestação de serviço.
Figura 1 – operações
Fonte: Autor
25
7
Slack, 2008
8
Slack, 2008.
26
Linhas
de Massa
montagem
→
Menor flexibilidade
Fluxo Continua
da necessária:
contínuo
nenhum maior custo
9
PEINADO e GRAEML, 2007.
28
Cabe fazer algumas considerações conceituais, pois, ainda temos uma longa
jornada pela frente.
Manufatura: são as engenharias identificadas ao ramo industrial. Sendo manufatura
restrita as engenharias específicas ao ramo industrial. Exemplo: a indústria
automotiva possui a sua manufatura específica aplicada a áreas como ferramentaria,
pintura etc. Quanto à manufatura ampla se refere a segmentos que são comuns a
diversas áreas industriais como, por exemplo, usinagens convencionais, prensas,
injeções plásticas etc.
Produção: produção se refere à gestão das manufaturas específicas e não específicas
da fábrica e ainda gerencia os fluxos de materiais e recursos produtivos (homens/
máquinas) da firma.
Operações: em um sentido amplo, o termo operações se refere à aplicação de
recursos (capital, materiais, tecnologia e as habilidades e os conhecimentos
humanos) para a produção de bens e serviços. Quando se trata de operações
estamos falando além das quatro paredes da fábrica, estamos falando de outras
áreas como: recursos humanos, marketing, distribuição etc.
Processos por projeto: sua finalidade é o atendimento de uma necessidade
específica do cliente, com todos seus esforças voltados para esta meta, durante
um determinado período de tempo.
Gestão de operações
(serviços, transportes,
varejo, manufatura, etc.)
Operações de manufatura
Produção
(engenharia industrial, projeto
de processo/produto, controle
da produção, etc.)
Referências comentadas
Referências Bibliográficas
HOPP, W.; SPERMAN, M.; A Ciência da Fábrica. Porto Alegre: Bookman, 2013.
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) – Instituto Brasileiro de Geografia e
estatística - no Brasil.
PEINADO, J; GRAEML, A. Administração da produção: operações industriais e de serviços.
Curitiba: UnicenP, 2007.
Recapitulando
Nesse capítulo definimos operações, tratamos de conceitos e trabalhamos com a
matriz processo x produto, tratando das características de cada ramo industrial e
ainda as diferenciações entre operações, produção e manufatura.
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. Sob a orientação do IBGE são classificados em três setores
básicos da economia.
A) ( ) silvicultura, extrativismo e agropecuária;
B) ( ) indústria, extrativismo e agropecuária;
C) ( ) primário, secundário e terciário;
D) ( ) primeiro, segundo e terceiro.
Respostas:
1. C; 2. B; 3. C; 4. D; 5. B.
3
Daniel Fonseca da luz
OPERAÇÕES INDUSTRIAIS
Brasil não desenvolveu ainda robustamente a vocação para a inovação tem que
se contentar em competir por mercados que privilegiem o preço da mercadoria,
tornando a luta inglória contra o concorrente asiático.
Agora mais recentemente, com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, um novo
desafio é lançado para a economia brasileira, com a chegada da chamada classe C
para o consumo, o nível de exigência dos consumidores ficou ainda mais aguçado,
forçando a indústria a investir pesadamente em produtos e processos inovadores
e competitivos, ver Figura 1.
Diante desses fatos é estratégico que a produção nacional tenha competitividade
para conseguir disputar mercados e gerar emprego e renda, evitando assim a
desindustrialização, que faz com que um país do tamanho do Brasil fique refém
de produtos importados, desestabilizando sua balança comercial, fazendo que em
um período de médio/longo prazo gere desemprego e perda do poder de compra
dos brasileiros.
Fonte: Autor
2) Com a ajuda do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano), que passou a reduzir
a taxa de juros, a demanda por imóveis cresceu, atraindo compradores.
3) Ao mesmo tempo, com os juros baixos, cresceu o número de pessoas que hipotecavam
seus imóveis, a fim de usar o dinheiro da hipoteca para pagar dívidas ou consumir.
10
SITE UOL
11
Empresas da área de informática.
34
consegue pagar sua dívida inicial, ele dá início a um ciclo de não-recebimento, de tal
maneira que todo o mercado passa a ter medo de continuar emprestando dinheiro ou
comprando novos títulos subprime.
8) A partir de 2006, os juros, que vinham subindo desde 2004, encareceram o crédito e
afastaram os compradores de imóveis. Como a oferta começou a superar a demanda,
o valor dos imóveis passou a cair.
9) Com a subida dos juros, as dívidas ficaram mais caras (e também as prestações das
hipotecas), o que aumentou a inadimplência, fazendo com que a oferta de crédito
também diminuísse.
10) Sem oferta de crédito, a economia dos EUA se desaqueceu, pois, se há menos dinheiro
disponível, compra-se menos, o lucro das empresas diminui e empregos não são
gerados.
11) Preocupado com os pagamentos de créditos subprime nos EUA, o banco BNP Paribas
congelou cerca de 2 bilhões de euros de alguns fundos.
12) O mercado imobiliário, então, entrou em pânico, pois o ciclo de empréstimos sobre
empréstimos havia sido congelado. Começaram a surgir os pedidos de concordata.
13) A crise passou a afetar todo o sistema bancário, afinal, as instituições financeiras
apostavam nos títulos subprime. Várias instituições se viram à beira da falência.
E se descobriu que, com a globalização, o sistema financeiro internacional estava
contaminado e sofreria graves consequências.
14) Instalou-se, assim, uma crise de confiança e os bancos pararam de emprestar, congelando
a economia, reduzindo o lucro das empresas e provocando desemprego.
15) Muitos países entraram em recessão, e seus respectivos governos têm, desde então,
tomado diferentes medidas para aquecer a economia e, ao mesmo tempo, garantir que
o sistema financeiro volte a emprestar.12
Todas essas crises fazem com as indústrias tenham que se adaptar a condições
adversas em um ambiente recessivo em que a oferta é muito maior que a demanda,
fazendo que as margens de lucro caíssem drasticamente em todos os setores
econômicos. Ainda temos questões comportamentais heterogêneas que se tornaram
mais presentes em países de cultura não ocidental como descrito na matéria New
York Times de 2012.
Na China, onde o mercado de carros de passageiros importados tem apenas três
décadas de história, um conjunto completamente diferente de estereótipos está se
estabelecendo e as montadoras estrangeiras nunca tiveram tanta coisa em jogo.
Por exemplo, pegue a Mercedes-Benz, marca que em boa parte do mundo sugere
12
SITE UOL.
35
13
http://www.nytimes.com/2011/11/15/business/global/in-china-car-brands-evoke-an-unexpected-set-
36
Outra questão que está exigindo mudanças rápidas nas indústrias relaciona-se a
novos padrões de comportamento, em que jovens, gradativamente, estão trocando
de modelos de consumo. Esta reportagem do jornal Estado de São Paulo demonstra
esta transformação gradual de uma sociedade ‘’do ter para o ser’’.
of-stereotypes.html?pagewanted=all&_r=0
37
telefone. O serviço de mensagens de texto dirige sua vida. Ela não tem carteira
Isto basta para um executivo da indústria automotiva não dormir à noite. Há trinta
anos, metade dos adolescentes de 16 anos tinha carteira de habilitação, um passaporte
para a independência. Até 2010, este número caiu para 28%, segundo pesquisa da
Universidade de Michigan.
Esta mudança cultural é em grande parte o resultado da tecnologia que faz com que
os adolescentes fiquem conectados entre si, sem nunca entrar num carro. Tudo o que
eles adoram - música, filmes, roupas, livros - está ao alcance clicando o mouse, ou
tocando a tela do smartphone.
Antes, dirigir permitia que os adolescentes “fossem aonde quisessem, fizessem o que
quisessem e, em certo sentido, fossem quem quisessem ser”, disse Lindsey Kirchoff,
da empresa HubSpot, consultora de marketing sobre as tendências do milênio.
“A internet tornou desnecessária a liberdade proporcionada por uma carteira de
habilitação.”
Por outro lado, obtê-la também ficou mais difícil. Para começar, os adolescentes de
hoje sofrem uma pressão maior em termos de tempo do que seus pais sofreram. A
forte concorrência para ingressar numa faculdade implica em cursos preparatórios,
cursinhos, esportes e outras atividades destinadas a valorizar os currículos escolares.
Ao mesmo tempo, as aulas de direção, antes um dos cursos mais concorridos
no secundário nos EUA, caíram vítimas dos cortes orçamentários e este tipo de
aprendizado tornou-se menos acessível para os adolescentes.
A Califórnia tem uma legislação particularmente severa. O Estado exige que os jovens
até 18 anos passem 50 horas atrás da direção com um adulto com mais de 25 anos
antes de fazer o exame de direção. Mesmo aprovados, enfrentam sérias restrições
que complicam consideravelmente sua vida social. Os motoristas abaixo de 18
anos não podem levar seus amigos para cima e para baixo, a não ser que estejam
acompanhados por um pai ou outra pessoa responsável. Não podem dirigir entre
as 11 e as 17 horas.
A redução do interesse desta geração pela direção terá graves consequências a longo
prazo para as vendas de veículos e para o marketing. Antes de vender seus produtos
aos jovens, os fabricantes precisam convencê-los de que precisam de um carro.
As implicações para a indústria são muito mais graves do que algumas vendas
perdidas ou adiadas no caso dos jovens motoristas. Muitos dos adolescentes de hoje
38
não têm o mesmo apego emocional ao carro dos seus pais, que aspiravam aos carros
ULBRA – Educação a Distância
Muitos adolescentes que não têm habilitação admitem que um dia aprenderão a
dirigir. Mas não precisarão estacionar. Para comprar o seu lanche irão a pé até a
lanchonete, e não mais o esperarão dentro do carro. Eles não farão suas primeiras
experiências de vida num carro e nem acabarão se apaixonando pela direção. O
status agora é conferido pelos gigabits, e não mais pelos cavalos-vapor, pelo iPad
mais recente com tela Retina, e não por uma BMW.
Esta geração provavelmente comprará menos carros durante toda a sua vida do que
seus pais, admite Jack Hollis, diretor de marketing da Toyota nos EUA, em razão de
interesses concorrentes, da maior durabilidade dos automóveis e do pragmatismo
ditado pela recessão.
Cerca de três quartos dos jovens deste milênio, dos 18 aos 24 anos, preferem comprar
online do que nas lojas, segundo uma pesquisa divulgada em dezembro pela Zipcar,
a companhia que aluga carros por hora. Se tiverem de escolher entre perder seu
telefone, computador ou carro, 65% deles preferem perder o carro. “Esta é a geração
Xbox”, diz Scott Griffith, ex-presidente da Zipcar. “Estes jovens administram sua
vida social tão facilmente na rodovia da informação quanto nós numa rodovia
asfaltada.”
Christian Kerr, que estuda na Escola Politécnica Secundária de Long Beach, Califórnia,
e não dirige, passa o tempo com os amigos na escola e no treino de atletismo. “Nos
fins de semana, ando de bicicleta ou utilizo um carro em grupo com meus colegas.
Ter uma carteira de habilitação não é uma prioridade.”
disse. “Seria difícil afirmar que uma fabricante qualquer superou as concorrentes
Fonte: Cliever 16
14
TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA
15
JERRY HIRSCH, LOS ANGELES TIMES - O Estado de S.Paulo
16
www.cliever.com.br
40
Referências Comentadas
ULBRA – Educação a Distância
Referências Bibliográficas
ANTUNES JR., J.; ALVAREZ, R.; KLIPPEL, M.; BORTOLOTTO, P.; PELLEGRIN, I. Sistemas
de produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da produção enxuta. Porto Alegre: Bookman,
2008.
PEINADO, J; GRAEML, A. Administração da produção: operações industriais e de serviços.
Curitiba: UnicenP, 2007.
http://www.nytimes.com/2011/11/15/business/global/in-china-car-brands-evoke-an-
unexpected-set-of-stereotypes.html?pagewanted=all&_r=0
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,com-internet-quem-precisa-de-
carro-,1014918,0.htm
http://vestibular.uol.com.br/revisao-de-disciplinas/historia-geral/crise-economica-mundial.
jhtm
Recapitulando
Nesse capítulo foram priorizadas as questões da gestão de operações, procurando
colocar o leitor em contato com um contexto brasileiros, nos últimos 20 anos, de
mudanças econômicas fortes, em seguida passando para questões mundiais com
foco na economia e nas mudanças de comportamento dos consumidores.
Atividades
1) Avalie as afirmações de Skinner em 1990 para o gerenciamento de operações
nos EUA e faça comparações e avaliações para o contexto brasileiro.
− Fizemos muito, porém vai levar mais tempo para que o efeito disto
tudo realmente apareça.
17
Fonte Antunes, 2008.
42
B) ( ) organizadamente;
C) ( ) departamentalmente;
D) ( ) isoladamente.
4) Quais fatores estão afetando a manufatura nos dias atuais e quais impactos
para o mercado futuro?
Respostas:
2. C; 3. A.
4
Daniel Fonseca da luz
LEAN MANUFACTURING I
4.1 O início...
O termo Lean manufacturing - Produção enxuta- foi difundido além do oriente a
partir de 1990, quando Womack, Jones e Ross publicaram “A Máquina que Mudou
o Mundo”. O livro foi baseado no IMVP (International Motor Vehicle Program),
estudo realizado no MIT (Massachusetts Institute of Technology), que abordou as
técnicas originadas na no sistema Toyota de produção – STP18. Importante frisar
que usaremos os termos STP – Sistema Toyota de Produção e Lean Manufacturing
com o mesmo significado.
Womack e Jones (2003) colocam que o pensamento enxuto é um poderoso antídoto
contra o desperdício, é uma forma de fazer cada vez mais com menos e, ao mesmo
tempo, aproximar-se mais do cliente, buscando oferecer exatamente o que ele deseja,
tendo em princípio reduzir custos e aumentar a flexibilidade da produção.
O modelo japonês de produção, apesar de iniciar no início do século 20, atingiu
seus objetivos depois da segunda guerra mundial, com a ajuda de pesquisadores
americanos como Deming e Juran. Os EUA, com receio de ter mais problemas com
comunistas na Ásia, ajudou o Japão a sair de uma grave crise originada da guerra.
18
Womack el al., 2003
44
necessitava de flexibilidade e baixo custo, pois, diferente dos EUA, não possuía
mercado consumidor forte e precisava atender diversas demandas distintas, desde
agricultores que precisavam de pequenas pick ups até empresários bem sucedidos
na cidade.
19
Laugen, 2005
45
Melhor Qualidade – Menor Custo – Menor Lead Time – Mais Segurança – Moral Alto
Just-in-Time Automação
(Qualidade no setor)
Peça certa, Tornar os produtos
quantidade certa, visíveis
tempo certo
- Paradas automáticas
- Planejamento Takt time - Andon
- Fluxo contínuo Melhoria contínua - Separação pessoa-
- Sistema puxado máquina
- Troca rápida - Verificação de erro
- Logística integrada - Controle de
Redução das perdas qualidade no setor
- Solução na origem
- Genchi genbutsu - Visão de perdas dos problemas
- 5 porquês - Solução de problemas (5 porquês)
20
KUHN, 2003
21
LIKER, 2006
46
Os chamados pilares do STP são assim chamados devido a sua importância para
estabilidade do sistema de produção, os outros elementos fazem a coadjuvância
para que estes atuem de forma eficaz.
22
OHNO, 1997
47
23
GUIMARÃES e FALSARELLALL, 2008
49
Referências Comentadas
Figura 6: Livro O Sistema Toyota de Produção: além da produção em larga escala.
OHNO, Taiichi. O Sistema Toyota de Produção: além da produção
em larga escala. Porto Alegre: Bookman, 1997.
Taiichi Ohno é um autor clássico, não se pode entender o STP
sem ter lido seu livro.
Referências Bibliográficas
GUIMARAES, Lúcia Filomena de Almeida and FALSARELLA, Orandi Mina. Uma análise
da metodologia Just-In-Time e do sistema Kanban de produção sob o enfoque da ciência da informação.
Perspect. ciênc. inf. [online]. 2008, vol.13, n.2, pp. 130-147 .
LAUGEN, B; BOER, H.; ACUR, N. e FRICK, J. Best manufacturing practices: What do the
Best-performing companies do? International Journal of Operations & Production Management.
Vol. 26, No. 2, pp. 131-150, 2005.
LIKER, J. K.; O modelo Toyota, 14 Princípios de Gestão do Maior Fabricante do Mundo. Porto
Alegre: Bookman, 2006.
MONDEN, Y. Toyota production systems. Atlanta: Industrial Engineering and Management
Press / Institute of Industrial Engineers, 1983.
OUCHI, W. Teoria Z: como as empresas podem enfrentar o desafio japonês.10. ed.. São Paulo:
Nobel, 1985.
WOMACK, J. P; JONES, D. T., ROOS, D. A Máquina que Mudou o Mundo. 4. Ed. Rio de Janeiro:
Campus, 1990.
WOMACK, James P.; JONES, Daniel T. A Mentalidade Enxuta Nas Empresas: elimine o desperdício
e crie riqueza. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
24
GUIMARÃES e FALSARELLALL, 2008
50
Recapitulando
ULBRA – Educação a Distância
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. O sistema Toyota de produção é também chamado de:
A) ( ) produção enxuta;
B) ( ) modelo de manufatura;
C) ( ) kaizen;
D) ( ) produção em massa.
D) ( ) reduzir o desperdício.
A) ( ) pessoas e capital;
B) ( ) Heijunka e Kata;
C ( ) Jit e Jidoka;
D) ( ) JIT e Kata.
Respostas:
1. A; 2. D; 3. C; 4. C; 5. A.
ULBRA – Educação a Distância
52
5
Daniel Fonseca da luz
LEAN MANUFACTURING II
25
OHNO, 1997
26
ANTUNES JR. et al., 2008
54
27
OHNO, 1997
55
28
SHINGO, 1996.
58
29
SHINGO,1996.
60
Referências Comentadas
Figura 5: Livro O Sistema Toyota de Produção: além da produção em larga escala.
Referências Bibliográficas
LIKER, J. K.; O modelo Toyota, 14 Princípios de Gestão do Maior Fabricante do Mundo.
Porto Alegre: Bookman, 2006.
TAYLOR, F. W. Princípios gerais da administração científica. São Paulo: Atlas, 1982.
61
Recapitulando
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. O significado de WIP é:
A) ( ) Work in progress;
B) ( ) Work in process;
C) ( ) Well in production;
D) ( ) Well in progress.
B) ( ) Jidoka;
C) ( ) JIT;
D) ( ) Error profing.
B) ( ) local Real;
B) ( ) Local Real;
C) ( ) Kaizen;
D) ( ) Genchi Genbutsu.
Respostas:
1. B; 2. D; 3. B; 4. B; 5. A.
6
Daniel Fonseca da luz
LEAN MANUFACTURING III
30
Corrêa e Corrêa, 2006
64
4. Perdas em manuseio
São as movimentações inúteis nas linhas de fabricação ou nos equipamentos.
Quanto menor tempo for desperdiçado com manuseios desnecessários, maior
será a capacidade produtiva.
As principais consequências da movimentação desnecessária são:
- desbalanceamento das linhas produtivas (diferentes tempos de ciclo);
− superdimensionamento da mão de obra necessária;
− aumento dos tempos de ciclo produtivos;
− fadiga dos operadores;
− baixa produtividade.
A fim de evitar esses desperdícios de manuseio algumas ações podem ser
tomadas:
− construir folhas de trabalho padronizado para evitar variadas formas de fazer
a mesma atividade;
− melhorar o layout;
− definir o tempo de ciclo para cada atividade;
− eliminar ações que não agreguem valor ao produto;
− adequar os postos de trabalho às normas da ergonomia e segurança.
66
5. Perdas no processamento
ULBRA – Educação a Distância
6. Perdas de estoque
As perdas por estoque representam custo elevado, problemas de controle e gestão
de estoques, grandes áreas ocupadas, capital financeiro parado, possíveis perdas
por obsolescência e maiores distâncias entre processos.
Porém, combatê-los não é tarefa fácil, pois há setores, processos e pessoas que
garantem vantagem com grandes estoques. Todo gestor busca uma “zona de
conforto”, e é mais fácil ter estoques para eventualidades do que se trabalhar com
baixos níveis de estoque. Procedimentos como este, no entanto, mascaram inúmeros
problemas de qualidade e gargalos de processo. A melhor maneira de combatê-los
é eliminar as razões pelas quais se faz necessário mantê-los.
As principais causas do desperdício de estoque são:
− péssimo dimensionamento dos lotes e altos tempos de setup;
− desnivelamento de produção, diferentes tempos de ciclo;
− desequilíbrio entre produção e demanda;
− falta de treinamento;
− falta de cultura Lean;
− desperdícios de superprodução geradores de estoques;
− esperas, pois estoques podem compensar tempos perdidos em espera.
funcionários e processos.
People and Partners (Pessoas e Parceiros): sistemática de valor na organização
a partir de um desenvolvimento com foco em longo prazo, tanto das pessoas
envolvidas nas melhorias como o de parcerias.
− Desenvolver líderes que compreendam completamente o trabalho, que vivam
a filosofia e a ensinem aos outros.
− Desenvolver pessoas e equipes excepcionais e que sigam a filosofia da
empresa.
− Respeitar sua rede de parceiros e de fornecedores desafiando-os e ajudando-os
a melhorar.
Problem Solving (Solução de Problemas): o direcionamento da organização para
resolver problemas de forma contínua e sistemática, os problemas simultâneos e
consequentemente gerar uma típica organização de aprendizagem.
− Ver por si mesmo para compreender completamente a situação real
(Gemba).
− Tomar decisões lentamente por consenso, considerando completamente todas
as ações e implementá-las com rapidez.
− Tornar-se de uma organização de aprendizagem através da reflexão incansável
(hansei) e da melhoria contínua (kaizen).
Figura 1: 4 “P”,
nbu i
nch
(Respeitá-los, desafiá-los
e desenvolvê-los) • Nivelar a carga de trabalho (produção nivelada)
spe
•Criarum“fluxo”deprocessoparatrazerosproblemasàtona
Re
testada
Filosofia
saf
Sobre o fluxo unitário de peças o ex-presidente da Toyota disse uma boa frase:
1. Identificar Valor
O primeiro princípio é o valor que segundo Womack e Jones (2003) deve ser definido
pelo cliente. No entanto, o produto deve atender às necessidades do cliente com
um preço específico no momento específico. A definição de valor depende de
onde o valor é criado, sendo que os produtos devem ser projetados com olhos
nas necessidades locais, conforme o pedido. Para isso é necessário definir valor
de produtos específicos com capacidades específicas a preços aceitáveis através
do diálogo com consumidores específicos e fazer uma análise de onde no mundo
se deve criar valor. Pois, bem sabemos que oferecer o bem ou serviço errado da
forma certa é desperdício32.
31
LIKER, 2006.
32
WOMACK e JONES, 2003
70
atividades podemos identificar três tipos de ação: as que criam valor; as que não
ULBRA – Educação a Distância
criam valor, mas são inevitáveis; as que não criam valor e devem ser evitadas. Para
identificar cada tipo de ação é necessária a análise da cadeia de valor, observando
todas as empresas envolvidas no fluxo de valor33.
33
WOMACK e JONES, 2003
34
WOMACK e JONES, 2003
35
OHNO, 1997
36 WOMACK e JONES, 2003
71
5. Buscar a perfeição.
Referências Comentadas
Figura 2: LIKER, 14 princípios de gestão do STP
Referências Bibliográficas
CORRÊA, H. L.; CORRÊA C. A. Estratégia de Produção e operações: Manufatura e serviços, uma
abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2004.
OHNO, Taiichi. O Sistema Toyota de Produção: além da produção em larga escala. Porto Alegre:
Bookman, 1997.
SHINGO, Shigeo. O Sistema Toyota de Produção: do ponto de vista da engenharia de produção.
2.ed. Porto Alegre: Bookman, 1996.
WOMACK, J. P; JONES, D. T., ROOS, D. A Máquina que Mudou o Mundo. 4. Ed. Rio de Janeiro:
Campus, 2004.
WOMACK, James P.; JONES, Daniel T. A Mentalidade Enxuta Nas Empresas: elimine o desperdício
e crie riqueza. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
Recapitulando
Passamos por cada um dos 7 desperdícios e suas fontes. Ainda vimos a visão mais
‘’americana’’ através das lentes de Liker do sistema japonês de produção. E, por
37
WOMACK e JONES, 2003
72
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. O principal desperdício é:
A) ( ) manuseio;
B) ( ) espera;
C) ( ) transporte;
D) ( ) excesso de produção.
Respostas:
1. D; 2. C; 3. D; 4. A; 5. A; 6. B.
ULBRA – Educação a Distância
74
7
Daniel Fonseca da Luz
SEIS SIGMA I
Estes próximos dois capítulos falarão sobre Seis Sigma, que é uma metodologia
amplamente utilizada nas indústrias atuais para redução de variabilidades em
processos e produtos. Neste primeiro capítulo falaremos sobre o que é, seu contexto
histórico e quais seus princípios, já no capítulo 8 falaremos de algumas ferramentas
utilizadas em sua implementação.
Nesta disciplina não entraremos em questões estatísticas da metodologia Seis Sigma,
visto que muitos ainda não fizeram a cadeira de estatística e probabilidades, em
outra disciplina no futuro trabalharemos mais profundamente estas questões.
38
Nota-se que não há concordância na nomenclatura, alguns autores chamam de Seis Sigmas e outros
em maior número, Seis Sigma, o livro chamará somente de Seis Sigma por entender ser mais difundido
esta nomenclatura.
76
a literatura sobre Seis Sigma, é possível perceber que o assunto sofreu uma
ULBRA – Educação a Distância
39
SANTOS E MARTINS, 2008.
77
Uma Organização Seis Sigma utiliza os métodos e ferramentas Seis Sigma para
ULBRA – Educação a Distância
40
Santos e Martins (2008)
41
CCQs, são organizações internas de funcionários que periodicamente se reúnem e discutem problemas
de qualidade acontecidos na área fabril.
42
Gygi et al. 2008.
43
Nome do projeto dentro da empresa, que as vezes é o mesmo nome do processo.
79
Tabela 1: Sigmas
1 69% 691.426
2 31% 308.538
3 6,7% 66.807
4 0,62% 6.210
5 0,023% 233
6 0,00034% 3,4
7 0,0000019% 0,019
Fonte: Autor.
Na Figura 6 observamos um processo capaz em nível de Cp, porém com Cpk fora
do especificado.
Cp: Alto, baixa variação em relação às especificações de LIE e LSE.
Cpk: Baixo, processo fora do centro de especificação.
Referências Comentadas
ULBRA – Educação a Distância
Referências Bibliográficas
CHASE, R.; JACOBS, N. ; AQUILANO, N.; Administração da produção para a vantagem
competitiva – Porto Alegre: Bookman, 2006.
DAVIS, M.; AQUILANO, N.; CHASE, R. Fundamentos Da Administração da Produção. Bookman:
Porto Alegre, 2001.
KRAJEWSKI, L.; RITZMAN, L.; MALHOTRA, M. Administração de Produção e Operações. São
Paulo: PEARSON, 2009.
SANTOS, A. B; MARTINS, M. F.; Modelo de referência para estruturar o Seis Sigma nas
organizações. Gestão e Produção. São Carlos, v. 15, n. 1, p. 43-56, 2008.
Recapitulando
Nesse capítulo vimos um pouco da história e aplicação do Seis Sigma, como o
assunto é muito amplo, recomendo para aqueles que queriam se aprofundar no
assunto que procurem livros específicos sobre o tema.
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. O Sigma, ou para fins práticos o desvio padrão, é:
A) ( ) uma estatística que quantifica a variabilidade ou não uniformidade
existente em um processo, resposta ou característica;
Respostas:
1. A; 2. B; 3. C; 4. A; 5. D.
8
Daniel Fonseca da Luz
SEIS SIGMA II
Como implementá-lo?
Neste capítulo começaremos a entender como operacionalizar um projeto de Seis
Sigma. Veremos métodos como DMAIC e SIPOC e suas possíveis ferramentas,
além dos integrantes de uma equipe de Seis Sigma e suas atribuições e, por último,
aplicaremos em um exemplo as possibilidades de ganho através de um projeto
Seis Sigma.
8.1 DMAIC
O DMAIC é um passo a passo para implementação de um projeto Seis Sigma.
Considerado uma versão mais sistematizada do PDCA este método auxilia na
concepção de estratégias de implementação do Seis Sigma, ver Figura 1.
Fonte: Autor
86
1 – Definir (D – Define)
• Identificar os clientes e suas prioridades.
• Identificar um projeto apropriado para os esforços do Seis Sigma baseado em
objetivos comerciais e nas necessidades do cliente.
• Identificar as características críticas para a qualidade sob a ótica do cliente.
2 – Medir (M – Measure)
• Determinar como medir seu processo e como é seu desempenho.
• Identificar os principais processos que influenciam as características críticas
para a qualidade e medir os defeitos gerados em relação a este processo.
3 – Analisar (A – Analyse)
• Determinar as causas mais prováveis para os defeitos.
• Entender por que os defeitos são gerados mediante a identificação das variáveis-
chave que mais provavelmente criarão a variação no processo.
4 – Melhorar (I – Improve)
• Identificar meios para remover as causas dos defeitos.
• Confirmar as variáveis-chave e quantificar seus defeitos sobre as características
críticas de qualidade.
• Identificar os raios máximos de aceitação das variáveis-chave e um sistema
para medir os desvios-padrão das variáveis.
• Modificar o processo para que fique dentro de um raio aceitável.
44
Fonte CHASE et al., 2006, BASEADO NO MODELO DESENVOLVIDO PELA General Eletric.
87
8.2 SIPOC
Tabela 1: SIPOC
SIPOC
45
Baseado em Gygi et al. 2008.
88
8.4 Equipes
Quando o Seis Sigma começou a se desenvolver existiam mais disseminadamente
informações que os participantes dos projetos conforme seu belt, tinham um valor
mínimo financeiro a alcançar, hoje, devido a grande quantidade de pessoas, com
46
Baseado em CHASE et AL., 2006.
89
treinamento na área estes valores mínimos na maioria das vezes foi abandonado
Patrocinadores – sponsors
Os patrocinadores são ‘’donos’’ dos processos e sistemas que ajudam a iniciar
e coordenar as atividades de melhoria Seis Sigma nas áreas pelas quais são
responsáveis.
Champions
Os champions no sistema Seis Sigma são normalmente diretores ou gerentes na
organização, que entendem o método e que possuem o comprometimento com o
sucesso de sua implementação.
Black belt
Os candidatos ao patamar de Black belt devem ser indivíduos com orientação
técnica e liderança. Podem provir de diferentes áreas da empresa e não precisam
ter sido treinados formalmente como estatísticos. Contudo, como terão de dominar
uma grande variedade de ferramentas técnicas do Seis Sigma em um curto período
de tempo, os Black belt provavelmente precisarão ter uma bagagem anterior que
inclua matemática e uma base de análise quantitativa. Como parte do treinamento,
os Black belts recebem de 100 a 160 horas de curso, além de treinamento individual
em projetos por Master Black belts.
Green belts
Estes são os líderes de projetos Seis Sigma capazes de formar e facilitar equipes,
gerenciar projetos desde a sua analise até a conclusão. Os Black belts são os
responsáveis por ajudar os Green belts a definir, implementar e concluir seus
projetos.
90
Yellow/White Belts
ULBRA – Educação a Distância
Não são todas empresas que possuem esta nomenclatura. Possuem um treinamento
incipiente e estão no projeto para auxiliar basicamente em sua execução.
Exemplo:
Ao longo do último trimestre, suponha que a companhia tenha vendido 1.200
produtos por $1.100,00 cada.
O custo de produção de cada produto é de $600,00 por produto;
Após uma avaliação de qualidade, verificou-se que a probabilidade de um produto
fabricado estar dentro dos padrões exigidos é de cerca de 80%, ou seja, este
indicador confirma que o processo encontra-se em cerca de 2,5 Sigma;
Considerando que estes produtos não podem ser reaproveitados o lucro do
processo passa a ser?
Os custos da má-qualidade de processo passam a representar?
Agora calcule o retorno que ações de melhorias com o intuito de levar os indicadores
do processo para 4 Sigma.
Respostas:
Com 2,5 Sigma
Que representam 80% de aproveitamento das peças;
Receitas:
Portanto a receita, proveniente das vendas para o período foi de $1.320.000,00.
De forma simplificada, a lucratividade do processo é 1.200 * $500,00 =
$600.000,00;
Nesta situação a empresa precisa produzir cerca de 1440 produtos para atender
à demanda trimestral;
91
Conclusões:
Claro que um aumento na receita em mais de 30% é extremamente representativo,
porém, devemos considerar os custos envolvidos em um processo de transformar
uma linha produtiva de 2,5 Sigma para 4 Sigma,. Esta avaliação de investimento deve
ser muito bem planejada para evitar gastos que ao longo do tempo não se pagam.
Um exemplo de indústria que consegue se adaptar com um nível de problemas
em processo é a de cerâmicas que depois divide seus produtos em classes A e C.
Referências Comentadas
Figura 2: Livro Lean Seis Sigma para Serviços
GEORGE, M. L.; Lean Seis Sigma para services. Qualitymark: Rio
de Janeiro, 2009.
Livro que faz a aplicação do Lean manufacturing com Seis
Sigma de uma forma simples na área de serviços.
Fonte: Qualitymark
(www.qualitymark.com.br)
92
Referências Bibliográficas
ULBRA – Educação a Distância
GYGI, C.; DECARLO, N.; BRUCE, W.; Seis Sigma para Leigos. Altabooks: Rio de Janeiro,
2008.
Livro de fácil entendimento que explora todos os aspectos envolvidos no Seis Sigma.
CHASE, R.; JACOBS, N. ; AQUILANO, N.; Administração da produção para a vantagem
competitiva – Porto Alegre: Bookman, 2006.
DAVIS, M.; AQUILANO, N.; CHASE, R. Fundamentos Da Administração da Produção. Bookman:
Porto Alegre, 2001.
KRAJEWSKI, L.; RITZMAN, L.; MALHOTRA, M. Administração de Produção e Operações. São
Paulo: PEARSON, 2009.
SANTOS, A. B; MARTINS, M. F.; Modelo de referência para estruturar o Seis Sigma nas organizações.
Gestão e Produção. São Carlos, v. 15, n. 1, p. 43-56, 2008.
Recapitulando
Nesse capítulo você viu DMAIC e SIPOC que são métodos clássicos de solução de
problemas no Seis Sigma, depois passamos pela montagem de uma equipe Seis
Sigma. Posteriormente vimos outras ferramentas que podem ser utilizadas nos
métodos do Seis Sigma e, por último, fizemos um exemplo para compreensão dos
possíveis ganhos gerados pela melhoria da qualidade através do Seis Sigma.
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. O D do DMAIC representa:
A) ( ) identificar os clientes e suas prioridades. Identificar um projeto
apropriado para os esforços do Seis Sigma baseado em objetivos
comerciais e nas necessidades do cliente. Identificar as características
críticas para a qualidade sob a ótica do cliente;
Respostas:
1. A; 2. B; 3. C; 4. D; 5. A.
ULBRA – Educação a Distância
96
9
Daniel Fonseca da Luz
TEORIA DAS RESTRIÇÕES I
Neste capítulo veremos um modelo que nasceu no intuito de contrapor o STP, porém,
com o passar dos anos se mostrou complementar ao Sistema Toyota de Produção,
este modelo chamado de TOC, teve seu inicio, com Eliyahu M. Goldratt, que não
concordante com algumas diretrizes do STP desenvolveu um modelo com uma cara
mais americana de gerenciar a manufatura e outras áreas da economia, passou com
indicadores, gestão de projetos, resolução de problemas e tantas outras questões que
deixaram seu nome marcado na história do desenvolvimento de operações.
47
Artigo dos autores: Pacheco, Luz*, Rocha, Dornelles e Junior.
98
48
COX e SPENCER, 2002.
49
UMBLE e SRIKANTH, 1999.
99
50
ANTUNES, 1998
51
A META
100
5. Voltar ao passo 1 para não deixar que a inércia tome conta do sistema. Ao
elevar a capacidade produtiva da restrição o sistema torna-se, a priori, um
sistema genérico, o que gera a necessidade de analisá-lo novamente. Os passos
4 e 5 explicitam o caráter de melhoria contínua buscada na TOC, com o objetivo
de atingir permanente e sistematicamente a meta global do sistema: “gerar lucro
hoje e no futuro”.
52
OHNO, 1997
102
9.3 Indicadores
ULBRA – Educação a Distância
‘’Diga-me irá me medir e eu lhe direi como vou me comportar. Se você me avaliar de uma
maneira ilógica (...) Não reclame sobre comportamentos ilógicos.’’53
Eliyahu M.Goldratt
Segundo Cox e Spencer (2002), a maioria dos livros de contabilidade deveria ser
reescritos, pois, o conteúdo destes livros não reconhece que:
− a restrição determina o ganho da organização como um todo;
− os departamentos e processos de uma organização formam uma cadeia desde
as matérias-primas até o consumidor final. Deve-se reconhecer esta cadeia
como um sistema, um todo, e não analisar e avaliar cada elo da cadeia como
se fossem independentes um do outro;
− existem relações entre todas as atividades de uma organização.
− os indicadores tradicionais de desempenho locais não são mais aplicáveis;
− os custos das organizações sofreram mudanças radicais nos últimos tempos
passando de variáveis para fixos;
− a variedade de produção, a alta qualidade, o menor lead time, o desempenho
de entregas etc. são elementos de vantagem competitiva que devem estar
vinculados à lucratividade da organização;
− a alocação dos custos distorce os verdadeiros custos;
− aumentar custos através do aumento de estoques, não aumenta os lucros;
− no final das contas, a meta da empresa é ganhar dinheiro e não economizar
dinheiro.54
53
COX e SPENCER, 2002
54
COX e SPENCER, 2002, pág. 217.
103
da empresa, não são úteis para a tomada de decisão gerencial do dia a dia. Assim,
Referências comentadas
Figura 3: Livro A Meta
GOLDRATT, Eliyahu M.; COX, Jeff. A Meta. 12.ed. São Paulo:
Educator, 1984.
“A Meta” - Goldratt e Cox. Ed. Nobel. Livro em forma de
romance, conta a história de um gerente de fábrica que
consegue salvar sua empresa utilizando os conceitos da TOC.
O maior divulgador da TOC. Leitura essencial56.
55
RODRIGUES, PANTALEÃO, SCHUCH, 2003
56
Fonte: www.goldratt-toc.com.br
104
Referências Bibliográficas
ULBRA – Educação a Distância
ALVAREZ, Roberto dos Reis, Análise Comparativa de Metodologias para Análise, Identificação
e Solução de Problemas, Dissertação de Mestrado, Porto Alegre, Programa de Pós-Graduação
em Engenharia da Produção, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1995.
ANTUNES JR., J.: Em direção a uma teoria geral do processo na administração da produção:
uma discussão sobre a possibilidade de unificação da teoria das restrições e a teoria que
sustenta a construção dos sistemas de produção com estoque zero. Tese (Doutorado).
Programa em Administração, UFRGS, Porto Alegre, RS, 1998.
COX III, J., SPENCER, M. Manual da Teoria das Restrições. Porto Alegre: Bookman, 2002.
LACERDA, D.; RODRIGUES, L. Compreensão, aprendizagem e Ação: A abordagem do Processo
de Pensamento da Teoria das Restrições. SEGeT, Resende-RJ, 2007.
LUZ, DANIEL FONSECA da; Proposta de melhoria de equipamentos críticos através do método
de gestão dos postos de trabalho, STP e TOC: um estudo de caso de uma empresa automotiva.
SIMPEP – SP. 2010.
INMAN, R. A.; SALE, M. L. ; W. GREEN Jr, K. W. (2009). Analysis of the relationships among
TOC use, TOC outcomes, and organizational performance. International Journal of Operations e
Production Management, Vol. 29 Iss: 4, pp.341 – 356.
PACHECO, D.; LUZ, D.F.; ROCHA, E. DORNELLES, P.; JUNIOR, A. Uma análise crítica
entre a teoria das restrições e o lean manufacturing. ENEGEP – SP, 2012.
UMBLE, M. M.; UMBLE, E. J. Drum-Buffer-Rope for Lower Inventory. Industrial Management,
p.24-33, 1999.
RODRIGUES, Luis Henrique; PANTALEÃO, Luis Henrique; SCHUCH, Cristiano. Uma
Abordagem para Construção de Sistemas de Indicadores Alinhando a Teoria das Restrições e
o Balanced Scorecard. In: XXVII ENANPAD, 2003, Atibaia. XXVII ENANPAD. ANPAD,
2003.
Recapitulando
A Teoria das restrições se mostra muito ampla e rica em seus conceitos e
metodologias. Começamos entendendo o significado de gargalo e não gargalo,
depois passamos pelo processo de pensamento da TOC onde foi abordado as cinco
etapas de focalização. Quanto ao processo de pensamento da TOC ainda existe
outra metodologia arborescente que não foi trabalhada neste capítulo por entender
ser complexa e neste momento não indicada para os alunos.
105
Atividades
Respostas:
1. B; 2. A; 3. D; 4. C; 5. C.
10
Daniel Fonseca da Luz
TEORIA DAS RESTRIÇÕES II
Neste capítulo faremos a aplicação prática dos indicadores da Teoria das Restrições,
os indicadores devem sempre buscar responder positivamente ao aumento do
ganho (G), diminuição do inventário (I) e redução da despesa operacional (DO). Em
exemplos práticos veremos que indicadores normalmente utilizados nas empresas
não dão sempre as melhores respostas para a tomada de decisão dos gestores.
Enunciado do exercício:
Para cada indicador dado e da sua empresa aplicar as seguintes perguntas:
1. O aumento/diminuição (dependendo do sentido que se queira do indicador)
AUMENTARÁ o ganho da Empresa?
2. O aumento diminuição (dependendo do sentido que se queira do indicador)
DIMINUIRÁ o inventário da Empresa?
3. O aumento diminuição (dependendo do sentido que se queira do indicador)
DIMINUIRÁ as despesas operacionais da Empresa?
Glossário:
GANHO: taxa de geração de dinheiro no sistema produtivo. Em termos contábeis o ganho unitário de um
produto é igual ao seu preço descontado dos seus custos diretos e variáveis. O ganho global da empresa
seria o somatório dos ganhos individuais, ou seja, o faturamento descontado do total dos custos diretos
e variáveis.
INVENTÁRIO: todo o dinheiro contido no sistema produtivo, o que poderá se tornar ganho no futuro.
Esse sentido compreende a lógica de inventário contábil e os investimentos da empresa.
DESPESAS OPERACIONAIS: todo o dinheiro gasto na transformação de inventário em ganho.
Leitura sugerida:
RODRIGUES, Luis Henrique; PANTALEÃO, Luis Henrique; SCHUCH, Cristiano. Uma
abordagem para a construção de sistemas de indicadores alinhando a teoria das restrições
e o Balanced Scorecard. In: XXVII ENANPAD, 2003. Atibaia. XXVII ENANPAD. ANPAD,
2003.
GOLDRATT, E. M & COX, J. F. A meta. Editora do IMAM, São Paulo, 1986.
GOLDRATT, E. M & FOX, R. E. A corrida pela vantagem competitiva, Editora Educator,
São Paulo, 1989.
GOLDRATT, E. M. A síndrome de palheiro - Garimpando informações num oceano de
dados. Editora Educator, São Paulo, 1986.
Fonte: Rodrigues, Pantaleão e Schuch, (2003).
57
Teste dos 3 sim desenvolvido no artigo de RODRIGUES, Luis Henrique; PANTALEÃO, Luis Henrique;
SCHUCH, Cristiano. Uma Abordagem para Construção de Sistemas de Indicadores Alinhando a
Teoria das Restrições e o Balanced Scorecard. In: XXVII ENANPAD, 2003, Atibaia. XXVII ENANPAD.
ANPAD, 2003.
110
Caso as três respostas sejam positivas (se obtenha três sims), o indicador atual
ULBRA – Educação a Distância
passou pelo teste e deve-se passar para o terceiro momento, caso exista uma
resposta negativa, então se faz necessário uma revisão no intuito de propor uma
modificação do indicador em questão58.
A seguir o exemplo aplicado em sala de aula para buscar comparações entre um
giro de estoques de 12 vezes ao ano e um giro de estoques de 1 vez ao ano. Muitas
empresas utilizam o giro de estoque nos almoxarifados para medir eficiência
operacional.
Fonte: Autor
Fonte: Autor
58
RODRIGUES, PANTALEÃO, SCHUCH, 2003
111
Tabela 3 – Aplicação do teste dos três sim para um indicador de giro de estoques menor
durante um ano.
Fonte: Autor
Tabela 3 – Aplicação do teste dos três sim para um indicador de giro de estoques maior
durante um ano.
Fonte: Autor
112
frágil, pois não fica suficientemente clara sua utilidade, mostrando vantagens e
desvantagens no seu uso, a empresa deve buscar um novo indicador para estoques,
um bom indicador para este caso é valor de estoque por produto entregue. Usando
este indicador a empresa tende a diminuir o valor do estoque, porém com o aumento
da preocupação com a entrega do produto no prazo correto.
O indicador de redução das despesas operacionais segundo a filosofia da teoria
das restrições é menos importante, visto que leva a empresa a reduzir custos e
deslocá-la de seu objetivo de ganhar dinheiro. Segundo Goldratt este indicador é
pertencente ao mundo dos custos e a TOC busca o mundo dos ganhos.
Referências Comentadas
Figura 12: Livro Necessária, Sim, mas Não Suficiente
GOLDRATT, Eliyahu. Necessária, Sim, mas Não Suficiente,
Nobel, São Paulo, 2003
‘’Necessária, Sim, Mas Não Suficiente.’’ Goldratt. Ed.
Nobel. Neste livro, os autores expõem, em forma de
romance, os bastidores da indústria de software, cujo
crescimento alcançou um patamar elevado no final do
século XX, num mercado altamente competitivo.59
Figura 10: Livro A síndrome do palheiro, garimpando informação num oceano de dados.
GOLDRATT, Eliyahu. A síndrome do palheiro, garimpando
informação num oceano de dados. São Paulo: IMAM e Educator,
1992.
“A Síndrome do Palheiro, garimpando informações num
oceano de dados.” Goldratt. Esgotado, em inglês o título é:
The Haystack Syndrome. A primeira parte do livro trata de
um sistema de contabilidade gerencial. Mostra os erros da
contabilidade de custos e qual a solução da TOC para esses
erros. As segunda e terceira partes tratam da metodologia do
Fonte: estante virtual
Tambor-Pulmão-Corda (TPC) e de um sistema de informação
(www.estantevirtual.com.br) para auxiliar na administração da produção. Livro muito rico
59
Fonte: Editora Nobel
113
Referências Bibliográficas
LACERDA, D.; RODRIGUES, L. Compreensão, aprendizagem e Ação: A abordagem do
Processo de Pensamento da Teoria das Restrições. SEGeT, Resende-RJ, 2007.
RODRIGUES, Luis Henrique, Apresentação e Análise Crítica da Tecnologia de Produção
Otimizada (Optimized Production Technology – OPT) e da Teoria das Restrições (Theory
of Constraints – TOC), Anais do XIV Encontro Anual da ANPAD. Belo Horizonte,
1990.
RODRIGUES, Luis Henrique; PANTALEÃO, Luis Henrique; SCHUCH, Cristiano.
Uma Abordagem para Construção de Sistemas de Indicadores Alinhando a Teoria das
Restrições e o Balanced Scorecard. In: XXVII ENANPAD, 2003, Atibaia. XXVII
ENANPAD. ANPAD, 2003.
Recapitulando
Os indicadores são peça fundamental em qualquer organização, chamados de
KPI – Key Performance Indicator – indicador chave de desempenho, servem para
mensurar desempenhos.
Com bons indicadores saberei exatamente o que interessa, sem desvios
desnecessários. E todos os setores da organização devem estar cientes de seus
compromissos com a organização, por exemplo, empresas que tenham dificuldade
de colocar seus produtos no mercado por restrições que são externas ao ambiente
fabril não podem ser medidas por quantidades de peças produzidas, pois, isto
fará com que os trabalhadores do sistema produtivo geraram estoques. Como
medi-lá? Simples o indicador deve estar atrelado a vendas, quantidade de peças
vendidas.
Outro desvio facilmente encontrado nas empresas, setor de Recursos Humanos
que é medido por índice de treinamentos atendidos, ora isto é um desvio da meta,
se a meta é ganhar dinheiro hoje e no futuro, o indicador horas de treinamento
não pode ser utilizado, com mais treinamento terei mais eficiência? É possível que
sim. Com mais treinamento terei maior satisfação dos funcionários? É possível
que sim. Mas não terei garantia de maior lucro! Um indicador a ser utilizado em
60
Fonte: www.goldratt-toc.com.br
114
uma situação como está é produtividade/homem, isto fará com que o setor de Rh
ULBRA – Educação a Distância
Atividades:
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta ERRADA. O teste dos três sim aplicados aos indicadores operacionais
serve para:
A. ( ) orientação para construção de novos indicadores;
D. ( ) gerar relatórios.
B. ( ) inventário;
C. ( ) despesa operacional;
D. ( ) lucro líquido.
115
B. ( ) repensado;
Respostas:
1. D; 2 A; 3. C; 4. B; 5. C.
ULBRA – Educação a Distância
116
11
Daniel Fonseca da Luz
TEORIA DAS RESTRIÇÕES III
11.1.1 Tambor
Nas antigas embarcações medievais o ritmo de remada dos escravos se dava através
da batida do tambor que indicava o ritmo das remadas. Na Teoria das Restrições,
indica o programa de produção para a restrição. O objetivo do tambor é maximizar
o ganho da restrição.61
61
COX e SPENCER, 2002
118
Conforme a TOC, todo e qualquer sistema pode produzir tanto quanto a capacidade de
ULBRA – Educação a Distância
seu recurso restritivo - gargalo. Recurso restritivo que podem ser pessoas, equipamentos
e máquinas. Atuam como um Tambor porque a restrição determina o passo ou o ritmo
da batida a ser seguido pelo resto dos recursos operacionais. Isto significa que todos
os outros recursos de produção são sincronizados com a programação especifica da
restrição. Visto que não faz sentido que recursos não gargalos produzem a mais que
o gargalo, para somente gerarem estoques intermediários.
Se o ritmo do tambor determina o ritmo de toda a operação da manufatura, a
exploração do tambor permite a exploração da operação da manufatura. O tambor
deve operar 100% do tempo. Para evitar interrupções, é recomendável a criação
do pulmão, garantindo a existência permanente de material de/para a restrição,
protegendo-o de paradas provenientes de outros equipamentos.
11.1.2 Pulmão
É o mecanismo usado para proteger a restrição contra interrupções. Essa proteção
é criada liberando o material no processo para que chegue à frente da restrição com
alguma antecedência de tempo. Segundo Cox e Spencer (2002), o pulmão permite
um tempo de segurança para absorver qualquer instabilidade no ambiente real
de operações.
Podemos considerar que o pulmão também é um estoque de segurança definido
em tempo, ou seja, caso a restrição não consiga cumprir o programado, o pulmão
garante o abastecimento por um período de tempo.
Também é importante salientar a importância de se definir o tamanho do correto
dos pulmões. Devemos considerar dois riscos na hora de definir o tamanho dos
pulmões:
− pulmões pequenos podem fazer o processo parar, reduzindo o ganho de todo
o sistema;
− pulmões grandes aumentam o inventário, e as despesas operacionais e reduzem
o dinheiro em caixa.
11.1.3 Corda
Como no filme a META62 um grupo de crianças caminhando numa trilha. Teremos
crianças mais ágeis que se distanciarão dos outros, um grupo intermediário que
permanecerá junto e teremos os mais lentos que ficarão para trás. Se essas crianças
estivessem unidas através de uma corda, com uma distância determinada, o grupo
62
Filme a META, que conta a história de um gerente a procura manter sua empresa operando.
119
Fonte: autor
Fonte: autor
63
COX e SPENCER, 2002.
120
64 LUZ, 2010
121
Referencias comentadas:
Referencias bibliográficas
ANTUNES JR., J.: Em direção a uma teoria geral do processo na administração da produção: uma
discussão sobre a possibilidade de unificação da teoria das restrições e a teoria que sustenta a construção
dos sistemas de produção com estoque zero. Tese (Doutorado). Programa em Administração,
UFRGS, Porto Alegre, RS, 1998.
65
Fonte: www.goldratt-toc.com.b
66
Fonte: www.goldratt-toc.com.br
122
COX III, J., SPENCER, M. Manual da Teoria das Restrições. Porto Alegre: Bookman, 2002.
ULBRA – Educação a Distância
Recapitulando
O Tambor, corda, pulmão visa auxiliar o gargalo para que ele possa restringir menos
o sistema produtivo. Visto que uma hora perdida no gargalo é uma hora perdida
de produção. O gargalo deve ser respaldado de forma a que os outros processos
produtivos lhe suportem e fiquem subordinados a ele.
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. Dentro da TOC existem dois conceitos de restrições
que limitam o sistema, que são importantes definir: Referente ao Gargalo é o
Recurso de Capacidade:
A. ( ) que podem ser definidos como aqueles recursos (homens, máquinas,
equipamentos etc.), onde a capacidade total de produção é inferior a
demanda total de produção e que devido a sua característica restritiva
fornecem o ritmo de todo sistema produtivo;
Respostas:
1. A; 2. B; 3. A; 4. D; 5. C.
12
Daniel Fonseca da Luz
LEAN TOC67
67
Capítulo baseado nos estudos do autor.
68
LUZ, DANIEL FONSECA da; Proposta de melhoria de equipamentos críticos através do método de gestão
dos postos de trabalho, STP e TOC: um estudo de caso de uma empresa automotiva. SIMPEP – SP. 2010.
PACHECO, D.; LUZ, D.F.; ROCHA, E. DORNELLES, P.; JUNIOR, A. Uma análise crítica entre a teoria
das restrições e o lean manufacturing. ENEGEP – SP, 2012.
PACHECO, PERGHER, I.; D.; LUZ, D.F.; FILHO, T.; JÚNIOR, J.; Investigando os modelos de melhoria
que integram a Teoria das restrições e o Lean manufacturing: A análise dos pontos fortes e oportuni-
dades de aperfeiçoamento. SIMPEP - 2012.
126
Antunes (1998), após extensa análise, cita que as lógicas propostas pela TOC e
pela produção enxuta apresentam elevado grau de concordância à medida que
propõem a visão do sistema produtivo como um todo. As principais convergências
para Antunes (1998) são:
− TOC e STP partem de uma visão de sistema aberto no que tange à concepção
dos Sistemas de Produção;
− TOC e STP estão vinculados ao Paradigma da Melhoria nos Processos;
− utilizam-se do Método Científico aplicando-o para a solução de diversos
problemas ligados à Administração da Produção;
− partem de uma Lógica Dedutiva para desenvolver soluções técnicas específicas
para a melhoria dos Sistemas Produtivos. É possível, a partir do conhecimento
básico dos Princípios que sustentam as duas Teorias, gerar uma série de soluções
particulares adaptadas aos casos específicos das Empresas analisadas;
− utilizaram-se e se utilizam da Lógica Dialética, em contraposição à lógica
formal linear, para a busca de soluções originais dos problemas encontrados
nos Sistemas Produtivos;
128
Referências Comentadas
Figura 6: Livro A Meta
GOLDRATT, Eliyahu M.; COX, Jeff. A Meta. 12.ed. São Paulo:
Educator, 1984.
“A Meta” - Goldratt e Cox. Ed. Nobel. Livro em forma de
romance, conta a história de um gerente de fábrica que
consegue salvar sua empresa utilizando os conceitos da TOC.
O maior divulgador da TOC. Leitura essencial69.
69
Fonte: www.goldratt-toc.com.br
70
Fonte: www.goldratt-toc.com.br
130
Referências Bibliográficas
ALVAREZ, Roberto dos Reis, Análise Comparativa de Metodologias para Análise, Identificação e
Solução de Problemas, Dissertação de Mestrado, Porto Alegre, Programa de Pós-Graduação
em Engenharia da Produção, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1995.
ANTUNES JR., J.: Em direção a uma teoria geral do processo na administração da produção: uma
discussão sobre a possibilidade de unificação da teoria das restrições e a teoria que sustenta a construção
dos sistemas de produção com estoque zero. Tese (Doutorado). Programa em Administração,
UFRGS, Porto Alegre, RS, 1998.
COX III, J., SPENCER, M. Manual da Teoria das Restrições. Porto Alegre: Bookman, 2002.
LACERDA, D.; RODRIGUES, L. Compreensão, aprendizagem e Ação: A abordagem do Processo
de Pensamento da Teoria das Restrições. SEGeT, Resende-RJ, 2007.
LUZ, DANIEL FONSECA da; Proposta de melhoria de equipamentos críticos através do método de
gestão dos postos de trabalho, STP e TOC: um estudo de caso de uma empresa automotiva. SIMPEP
– SP. 2010.
INMAN, R. A.; SALE, M. L. ; W. GREEN Jr, K. W. (2009). Analysis of the relationships among
TOC use, TOC outcomes, and organizational performance. International Journal of Operations e
Production Management, Vol. 29 Iss: 4, pp.341 – 356.
NAVE, D. How to compare Six Sigma, Lean and the Theory of Constraints. Quality Progress,pp.
73-79, 2002.
71
Fonte: www.goldratt-toc.com.br
72
Fonte: www.goldratt-toc.com.br
131
PACHECO, D.; LUZ, D.F.; ROCHA, E. DORNELLES, P.; JUNIOR, A. Uma análise crítica entre
Recapitulando
A Teoria das restrições se mostra muito ampla e rica em seus conceitos e metodologias.
Começamos entendendo o significado de gargalo e não gargalo, depois passamos pelo
processo de pensamento da TOC onde foi abordado as cinco etapas de focalização.
Quanto ao processo de pensamento da TOC ainda existe outra metodologia
arborescente que não foi trabalhada nesse capítulo por entender ser complexa e neste
momento não indicada para os alunos. Depois passamos para os indicadores que
são divididos em Globais e operacionais e, por último, vimos o TPC que objetiva dar
subsídios para a programação de produção proteger o recurso gargalo.
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. O processo de pensamento da Teoria das Restrições utiliza:
A. ( ) O quê mudar?
Quem mudará?
B. ( ) Devo mudar?
C. ( ) O quê mudar?
ULBRA – Educação a Distância
Respostas:
ULBRA – Educação a Distância
1. C; 2. D; 3. A; 4. B; 5. C.
13
Daniel Fonseca da Luz
TPM I – MANUTENÇÃO
PRODUTIVA TOTAL
O que é TPM?
Este capítulo possui o objetivo de introduzir o aluno em conceitos básicos da TPM
– Total Productive Maintenance, para que o mesmo possa compreender os pilares
que fundamentam a manutenção voltada para a perda zero.
73
http://www.jipm.or.jp/en/activities/pm/awards/out.html
74
http://www.jipm.or.jp/en/company/history.html
136
Perda Crônica – Pode ser definida como uma perda que ocorre de forma
ULBRA – Educação a Distância
que foram:
− Estágio 1 – Manutenção Corretiva;
− Estágio 2 – Manutenção Preventiva;
− Estágio 3 – Manutenção do Sistema de Produção;
− Estágio 4 – TPM.
Nakajima (1986), observa que as características da filosofia TPM levam a melhoria
de toda a estrutura empresarial por meio da melhoria da qualidade não só do
equipamento, mas também de todo o pessoal envolvido. Portanto, suas principais
características são:
− Orientação para o zero: visa a eliminação não só das perdas, mas também
dos acidentes. Desta maneira se pode aumentar a produtividade, deixando
assim o equipamento com um maior período de tempo disponível, portanto
funcionando com o menor tempo de interrupções possível e ainda procurando
reduzir ao máximo os fatores de improdutividade em toda a empresa.
− Participação total e com todos os setores: todos os colaboradores dos diferentes
setores da empresa se tornam os responsáveis diretos pela manutenção dos
equipamentos, e pela sua conservação, desta forma gerando uma maior
integração entre as áreas produtivas e administrativas.
− Utilização do equipamento como “material didático” Através da utilização
diária do equipamento, o colaborador absorve informações referentes ao
mesmo, transformando o equipamento em uma espécie de “material didático”,
adquirindo informações de uma maneira muito mais prática.
− Atuação no próprio trabalho: tem como objetivo a prioridade de eliminar as
falhas mais frequentes no local de trabalho em si, atuando nos pontos fracos dos
equipamentos. Agindo desta forma, e em caso de necessidade no treinamento
do próprio colaborador, nivelando os conhecimentos técnicos de cada um.
− Atuação com rigor e continuidade: visa trabalhar sempre com o intuito de
aumentar a qualidade, dando continuidade ao aprimoramento das técnicas.
Estas técnicas levam à eliminação das perdas por paradas, por ajustes ou
preparação e por outros problemas que venham a surgir.
− Utilização da prática in loco: a prática da metodologia TPM ocorre com
a sua implantação. Portanto, a cada passo do sistema TPM implantado,
as características referentes a este passo serão praticadas por todos os
colaboradores.
141
Referências Comentadas
Figura 1: Livro Introdução ao TPM.
NAKAJIMA, SEICHI. Introdução ao TPM Total Productive
Maintenance.São Paulo: Impresso pela IMC International,
1986.
Livro clássico que trouxe mais fortemente os conceitos de
TPM ao Brasil.
Referências Bibliográficas
NAKAZATO, KOICHI. Facilitadores TPM – XXXV Evento Internacional de TPM,Tokyo,
Japan, JIPM, Impresso pela IMC International, 1998.
TAKAHASHI, Y.; OSADA, T.; TPM MPT Manutenção Produtiva Total. São Paulo: Instituto
IMAM 1993.
http://www.jipm.or.jp/en
142
Recapitulando
ULBRA – Educação a Distância
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. Podemos citar que as seis grandes perdas relativas a
manutenção são:
A. ( ) Perda por parada acidental; Perda durante a mudança de linha;
Operação em vazio / pequenas paradas, Queda da velocidade de
trabalho; Transporte; Defeito no início da produção.
Respostas:
1. B; 2. C; 3. D; 4. A; 5. B.
14
Daniel Fonseca da Luz
TPM II – MANUTENÇÃO
PRODUTIVA TOTAL
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
Fonte: Autor
A redução dos defeitos ocorre naturalmente, como reflexo das melhorias feitas nos
equipamentos. Refere-se à interação da confiabilidade das máquinas e equipamentos
com a qualidade dos produtos e capacidade de atendimento a demanda.
A partir desse momento, o desenvolvimento das atividades do pilar manutenção
da qualidade se torna necessário para dar continuidade à redução dos defeitos.
Passos para implementação do quinto pilar:
− passo: Levantamento da Situação Atual da Qualidade;
− passo: Restauração da Deterioração de equipamentos e máquinas;
− passo: Análise das Causas raiz;
− passo: Eliminação das Causas raiz;
− passo: Estabelecimento das Condições Livres de Defeitos;
− passo: Controle e melhoria das Condições ideais livres de Defeitos.
Fonte: Autor
151
9 Procedimentos demorados;
9 Relatórios desnecessários;
9 Falta de treinamento.
Fonte: Autor
Dependente da atuação dos demais pilares, esse pilar tem o enfoque na melhoria
contínua das condições de trabalho e na redução dos riscos relativos à segurança e
ambientais. O principal objetivo desse pilar é o acidente zero, além de proporcionar
152
do meio ambiente.
− passo: Identificação de Perigos, Aspectos, Impactos e Riscos;
− passo: Eliminação de Perigos e Aspectos;
− passo: Estabelecimento do sistema de controle de Impactos e Riscos;
− passo: Treinamento em Segurança (comportamentais, Normas de segurança),
Saúde e Meio-ambiente;
− passo: Inspeções de Segurança;
− passo: Padronização;
− passo: Gestão Autônoma.
Referências Comentadas
Referências Bibliográficas
KARDEC, A.; NASCIF, J. Manutenção: Função Estratégica., 2002, Qualitymark.
NAKAJIMA, SEICHI. Introdução ao TPM Total Productive Maintenance.São Paulo: Impresso
pela IMC International, 1986.
NAKAZATO, KOICHI. Facilitadores TPM – XXXV Evento Internacional de TPM,Tokyo,
Japan, JIPM, Impresso pela IMC International, 1998.
Recapitulando
Nesse capítulo vimos os oito pilares da TPM, e seus passos para implementação,
também é importante ser observado que nem todos estes pilares são utilizados nas
empresas, isto sendo um problema ao longo do tempo.
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. São passos da melhoria específica:
A. ( )
Selecionar equipamentos piloto;
Organizar a equipe de trabalho;
Levantamento das grandes perdas anuais.
154
B. ( )
ULBRA – Educação a Distância
D. ( )
resposta verdadeira.
A. ( )
Selecionar equipamentos piloto;
Organizar a equipe de trabalho;
Levantamento das grandes perdas anuais.
B. ( )
Limpeza Inicial do equipamento;
Eliminação das fontes de sujeira e locais de difícil acesso;
Elaboração de normas provisórias de limpeza, inspeção e
lubrificação.
C. ( )
Análise da diferença entre condições básicas e condição atual;
Melhoria dos métodos de manutenção atuais;
Preparação dos padrões de manutenção.
D. ( )
Determinação do perfil ideal dos Operadores e Mantenedores;
Avaliação da situação atual e determinação dos desvios existentes;
Elaboração do plano de Educação e Treinamento para Operadores e
Mantenedores.
B. ( )
Respostas:
1. A; 2. B; 3. C; 4. D; 5. D.
ULBRA – Educação a Distância
158
15
Daniel Fonseca da Luz
MELHORIA DA PERFORMANCE
OPERACIONAL I
15.1 PDCA
O ciclo PDCA (PLAN – DO – CONTROL - ACTION) é um método utilizado tanto
para solucionar e prevenir problemas como para auxiliar os gestores no processo
de tomada de decisões da organização, ajudando a consolidar o alcance das metas
através do PLANEJAMENTO – EXECUÇÃO – CONTROLE - AÇÃO. Quanto mais
números, informações e conhecimento sobre o processo e o problema, maiores as
probabilidades de sucesso do ciclo PDCA ou também conhecido como círculo de
Deming. Segundo Campos, (2004) para facilitar a compreensão da estrutura do ciclo
PDCA é necessário entender a existência de dois tipos de metas (ver Figura 1):
a) metas para manter: é uma meta estabelecida por um cliente interno ou externo
a cerca dos limites de especificações, são chamadas metas padrão, ou seja, são
metas estipuladas por uma determinada norma ou um limite de variação;
b) metas para melhorar: são as metas de melhoria contínua, que por sua vez tem
o surgimento a partir do pressuposto de que os clientes desejam um produto
cada vez melhor e a organização que deseja satisfazer esse cliente precisa
melhorar a qualidade de seus produtos constantemente.
160
Figura 2: PDCA
Verificar os Educar
resultados e treinar
da tarefa Executar
executada a tarefa
(coletar
dados)
a) planejar (plan): esta é a primeira etapa do ciclo, nesta fase tomam-se por base
as informações coletadas no processo;
b) execução (do): a etapa de execução do ciclo consiste em executar o planejamento
que foi previamente elaborado;
c) verificação (controle): na etapa de controle, se analisa a situação atual,
compara com a situação anterior, e verifica se o que foi planejado realmente
foi realizado;
d) ação (action): na etapa ação se avalia o que deve ser feito para que o círculo
continue girando, dependendo do resultado alcançado. Caso o resultado tenha
sido negativo ou o não esperado se inicia novamente o ciclo para solucionar
o problema, caso o efeito seja positivo e o problema for solucionado então
se avalia a situação atual, e as mudanças que proporcionaram o alcance das
metas para que seja feita uma padronização em outros processos ou findando
definitivamente aquela situação se parte para outro problema tornando esse
ciclo efetivamente contínuo.
75
http://www.asme.org/
163
Fonte: autor.
Exemplo de setup:
EVITAR INCENTIVAR
Referências Comentadas
CAMPOS, V. F. Gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia.
Nova Lima: INDG Tecnologia e serviços Ltda., 2004.
Livro clássico de um reconhecido autor brasileiro na área
de gestão da qualidade e produção.
167
Referências Bibliográficas
Recapitulando
Neste capítulo vimos o PDCA e sua aplicação. O PDCA é um método, ou seja, um
passo a passo para solução de problemas. Este método é utilizado nas mais diversas
áreas, nos mais diversos processos. Depois vimos um modelo de fluxograma,
(existem dezenas, para as mais diversas aplicações) para visualização de processos
produtivos diversos. E por último a TRF e seus benefícios para a redução de perdas
e aumento da produtividade e flexibilidade produtiva.
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. O PDCA pode ser definido como:
A. ( ) Um método utilizado somente para solucionar problemas como
para auxiliar os gestores no processo de tomada de decisões da
organização, ajudando a consolidar o alcance das metas através do
PLANEJAMENTO – DOCUMENTAR – CONTROLE - AÇÃO.
B. ( ) Jidoka
C. ( ) Heijunka
D. ( ) Kata
B. ( )
ULBRA – Educação a Distância
C. ( )
Planejar (plan): está é a primeira etapa do ciclo, nesta fase toma-se por
base as informações coletadas no processo;
Ação (action): na etapa ação se avalia o que deve ser feito para que o
círculo continue girando, dependendo do resultado alcançado.
D. ( )
Planejar (plan): está é a primeira etapa do ciclo, nesta fase toma-se por
base as informações coletadas no processo;
Ação (action): na etapa ação se avalia o que deve ser feito para que o
círculo continue girando, dependendo do resultado alcançado.
171
6) O objetivo da TRF é:
Respostas:
1. C; 2. A; 4. D; 5. A; 6. B.
ULBRA – Educação a Distância
172
16
Daniel Fonseca da Luz
MELHORIA DA PERFORMANCE
OPERACIONAL II
16.1 Processo
Os processos segundo Shingo (1996):
A Função Processo refere-se ao fluxo de produtos/materiais de um trabalhador para
outro, ou seja, os estágios pelos quais a matéria-prima movimenta-se até constituir
gradativamente em produto acabado, objetivando a observação da produção do ponto
de vista dos objetos de trabalho, ou seja, produtos e matérias-primas (ver Figura 3).
− Inspeção: Comparação do objeto (produtos/materiais) em relação a padrões
de conformidade;
175
Fonte: autor.
16.2 Operação
Shingo (1996) descreve os aspectos que representam as operações conforme
abaixo:
− operações de setup: consiste nas atividades de preparação, ajustes e trocas no
posto de trabalho (setup);
− operação principal: são tarefas essenciais a produção, estão diretamente ligadas
às operações de processamento em si. Podem ser subdivididas em:
9 Operações essenciais: constituem-se na execução dos processos
produtivos em si. São os pontos da rede em que processos e operações
se encontram. Pode-se ter operações essenciais de processamento, de
inspeção, de transporte e de estocagem;
Função processo:
Focaliza o que acontece com o produto.
− Qual o destino das peças após processamento?
− Como serão transportadas?
− Quanto tempo estas peças ficarão esperando?
− As peças serão inspecionadas?
− Qual caminho as peças percorreram até chegar aqui?
Produção devemos:
− identificar os eixos de análises da produção (eixo processo ou eixo
operação);
− identificarmos os elementos de cada eixo de análise (MP, MOB, máquinas etc.);
− acompanhamento no tempo e no espaço de cada elemento identificado;
− preenchimento de uma carta de processos;
− análise da carta de processos, identificando as possíveis perdas nos
processos.
Referências Comentadas
Figura 4: Livro O sistema Toyota de Produção.
SHINGO, Shigeo. O Sistema Toyota de Produção: do ponto
de vista da engenharia de produção. 2.ed. Porto Alegre:
Bookman, 1996.
Livro clássico em que Shigeo Shingo aborda o mecanismo
da função produção.
Referências Bibliográficas
ANTUNES, J. A. V. O Mecanismo da Função de Produção: A Análise de Sistemas Produtivos do
Ponto de vista de Uma Rede de Processos e Operações. Revista da produção, Porto Alegre, 1994,
v.4, n.1, p.33-46.
ANTUNES, J. A. et al. Sistemas de produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da produção
enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008.
Recapitulando
Nesse capítulo vimos o mecanismo da função produção – MFP - e sua importância
para detecção de atividades que agregam valor ao produto. A possibilidade da
compreensão do MFP faz com que se torne mais fácil a visualização da função
processo e sua limitada contribuição para a produção.
179
Atividades
Respostas:
1. A; 2. C; 3. B; 4. B; 5. D.
17
Daniel Fonseca da Luz
MELHORIA DA PERFORMANCE
OPERACIONAL III
76
Capítulo baseado no artigo do autor.
182
Fonte: Autor
183
paradas programadas caso ocorram no decorrer do dia. Se forem feitas nos finais
de semana, não poderão constar nos cálculos das paradas programadas.
Portanto, pode-se aplicar a fórmula geral do IROG representada acima para as
eficiências dos postos de trabalho, levando em conta a diferença do tempo de
operação. Quando tivermos um recurso crítico considerado gargalo, aplica-se o
tempo de produção total sem paradas programadas, utilizando o TEEP e quando
tivermos um recurso crítico com CCRs e RPQs, o tempo disponível de produção será
obtido pela diferença entre o tempo total menos o tempo de paradas programadas
utilizando o OEE.
Segundo Antunes e Klippel (2001), as considerações acima no cálculo do IROG,
através da equação geral 1 e 2, devem ser desdobradas com a finalidade de identificar
as principais causas das ineficiências observadas nos postos de trabalho.
Portanto, deve-se apresentar os desdobramentos utilizando equações
complementares, buscando explicar as ineficiências observadas, identificando
e tratando-as à partir da equação geral do IROG. A vantagem é que calculando
pelas equações é possível especificar melhor as causas. O IROG pode ser calculado
através da multiplicação dos seguintes índices:
Para que o IPO ou μ2 apresente um valor baixo são detectadas duas causas:
• causas técnicas, onde há uma operação em vazio por falta de alimentação de
peças ou o tempo de ciclo muito alto, tendo como consequência a redução
186
Exemplo:
Referências Comentadas
LUZ, DANIEL FONSECA da; Proposta de melhoria de equipamentos críticos através do
método de gestão dos postos de trabalho, STP e TOC: um estudo de caso de uma empresa
automotiva. SIMPEP – SP. 2010.
Artigo do autor que coloca em prática aspectos do Sistema Toyota de Produção
com a Teoria das Restrições aplicando o IROG.
188
Referências Bibliográficas
ULBRA – Educação a Distância
Recapitulando
Nesse capítulo vimos o IROG e sua ramificação em equipamentos gargalos que
usa a fórmula de TEEP não considerando paradas programadas e OEE para
equipamentos CCR que consideram as paradas programadas.
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. Podemos afirmar sobre o IROG:
A. ( ) é um medidor de performance do operador, visto que avalia fatores
como; absenteísmo, qualidade, velocidade e eficiência relativos ao
operador;
B. ( ) Gargalo;
C. ( ) CCR;
D. ( ) OEE.
A. ( ) 82,2%
B. ( ) 99%
C. ( ) 84,7%
D. ( ) 94,3%
190
Respostas:
1. C; 2. B; 3. A; 4. D; 5. B.
18
Daniel Fonseca da Luz
MELHORIA DA PERFORMANCE
OPERACIONAL IV
18.1.4 Treinamento
´´Pequenas mudanças no mix da demanda de uma operação pode afetar muito seriamente a
habilidade da operação cumprir suas promessas de entrega. Lição: entenda como mudanças
no mix afetam a operação e assegure-se de que a operação seja prevenida quanto às mudanças
de previsão de demanda``.
Referências Comentadas
Referências Bibliográficas
CAMPOS, V. F. Gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia. Nova Lima: INDG Tecnologia
e serviços Ltda., 2004.
COX III, J., SPENCER, M. Manual da Teoria das Restrições. Porto Alegre: Bookman, 2002.
CORIAT, BENJAMIN. Pensar pelo avesso: o modelo japonês de trabalho e organização. Rio de
Janeiro: Revan/UFRJ,1994.
LUZ, DANIEL FONSECA DA. Proposta de melhoria de equipamentos críticos através do método de
gestão dos postos de trabalho, STP e TOC: um estudo de caso de uma empresa automotiva. SIMPEP
– SP. 2010.
KLIPPEL, A., ANTUNES, J., KLIPPEL, M., JORGE, R. – Estratégia de Produção dos Postos de
Trabalho – Um Estudo de Caso na Indústria de Alimentos. Anais do XXIII Encontro Nacional de
Engenharia de Produção (ENEGEP). Ouro Preto – MG, 2003.
SLACK, NIGEL. Vantagem competitiva em manufatura: atingindo competitividade nas operações
industriais. – 2. Ed. – São Paulo : Atlas, 2002.
Recapitulando
Nesse capítulo vimos a metodologia gestão do posto de trabalho que foca em
melhorias específicas visando uma abordagem sistêmica da produção. Visualizando
as entradas do sistema, processamento, suas saídas, forte treinamento e gestão
do sistema.
198
Atividades
ULBRA – Educação a Distância
Respostas:
1. C; 2. A; 3. B; 4. C; 5. D.
19
Daniel Fonseca da Luz
MELHORIA DA PERFORMANCE
OPERACIONAL V
Capacidade produtiva
Unidades
Demanda
Capacidade
Tempo
Esta estratégia pode levar a empresa a ter que reduzir margens de lucro para
reduzir ociosidades.
Unidades
Demanda
Capacidade
Tempo
Unidades Demanda
Capacidade
Tempo
Fonte: Baseado Hayes et al. 2008.
77
Baseado em Hayes et al. 2008.
204
Fonte: Autor.
• Custo de ineficiência.
Máquinas
Finalmente outra forma de se conseguir economia de escala é utilizando máquinas
e equipamentos específicos projetados especialmente para aquele tipo de
operação.
78
THOMPSON e FORMBY, 1998.
207
Referências Comentadas
Figura 4: Em busca da vantagem competitiva
HAYES, R. et al. Em Busca da Vantagem Competitiva. Porto
Alegre: Bookman, 2008.
Livro possui capítulo sobre economia e deseconomia de
escalas..
Referências Bibliográficas
THOMPSON, JR. A.; FORMBY, J. P. Microeconomia da Firma – Teoria e Prática. Rio de Janeiro:
Prentice-Hall, 1998.
208
Recapitulando
ULBRA – Educação a Distância
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. A Estratégia de antecipação consiste em:
A. ( ) esta estratégia busca capacidade maior que a demanda: Capacidade
conduz a demanda;
Respostas:
1. A; 2. B; 3. C; 4. D; 5. B.
20
Daniel Fonseca da Luz
MBC – MANUTENÇÃO BASEADA
EM CONFIABILIDADE I
Após a segunda guerra mundial, surge uma grande evolução tecnológica na aviação
comercial e também na indústria eletrônica. Com a preventiva baseada em números
(tempo ou horas trabalhadas), observou-se que o tempo gasto para diagnosticar
as falhas era maior do que o de execução do reparo. A alta administração, então,
resolveu selecionar equipes de especialistas para compor um órgão de staff, que
se denominou “Engenharia de Manutenção”, recebendo os encargos de planejar e
controlar a manutenção preventiva e analisar causas e efeitos dos problemas.
Segundo Nakajima (1986), é apenas na década de 1950 que o termo manutenção
consolida-se na indústria, nos Estados Unidos, surgindo:
− 1951 a Manutenção Preventiva (MP);
− 1954 a Manutenção do Sistema Produtivo (MSP);
− 1957, a Manutenção Corretiva com incorporação de Melhorias (MM).
Com a difusão dos computadores, o fortalecimento das Associações Nacionais
de Manutenção e a sofisticação dos instrumentos de proteção e medição, a
Engenharia de manutenção passou a desenvolver critérios mais sofisticados de
manutenção baseada em condições, estes foram unidos a sistemas automatizados
de planejamento e controle, reduzindo os serviços burocráticos dos executantes de
manutenção. Estas atividades acarretaram a divisão da engenharia de manutenção
que passou a ter duas operações distintas: a de corretiva e a de planejamento e
controle de manutenção - com o objetivo de desenvolver, implementar e analisar
os resultados dos serviços de manutenção, utilizando-se um sistema informatizado
para auxílio nas decisões.
Na década seguinte 1960 aparecem79:
− Introdução da Prevenção de Manutenção, em 1960;
− Engenharia da Confiabilidade, a partir de 1962;
− Engenharia Econômica.
No início dos anos 70, foi levado em questão o envolvimento dos aspectos de
custos no processo de gestão da Manutenção, esta técnica propunha a capacidade
de combinar os meios financeiros, estudos de confiabilidade, avaliações técnicas-
econômicas e métodos de gestão, de modo a obter ciclos de vida dos equipamentos
cada vez de maneira mais econômica. Esta nova postura é fruto dos novos desafios
que se apresentam para as empresas neste novo cenário de uma economia
com competição global, onde as mudanças se sucedem em alta velocidade e a
79
NAKAJIMA, 1986.
213
80
NAKAJIMA, 1986.
81
A terotecnologia se refere à gestão econômica de bens, ou seja, uma ciência aplicada para medir os
valores operacionais de ativos. É papel da terotecnologia observar os ativos tangíveis de uma em-
presa ou negócio, tais como edifícios, equipamentos e veículos. Eles medem como esses itens físicos
fornecerão valor agregado às empresas ao longo de vários anos.
214
82
SLACK e LEWIS, 2008.
83
Medina e Crispim,2010.
215
84
MEDINA; CRISPIM, 2010
85
Morita e Flinn (1997) e Machuca et al. (2011)
216
das tendências em tecnologia da informação que faz com que ela esteja mudando
significativamente a maneira como as empresas se comunicam e aprendem com
os seus clientes, concorrentes e fornecedores parceiros. Porém, essas facilidades
são, geralmente, entendidas como fontes primárias de incerteza.
Dentre as muitas inovações de processo no setor automotivo, destaca-se, segundo
Medina e Crispim (2010), a robotização industrial, que conquista espaço crescente
nas linhas de produção, sob o argumento corrente relacionado aos ganhos de
qualidade, além de vantagens ergonômicas, apesar de demandar investimentos
relativamente altos. Na indústria automobilística do Japão, a densidade de robôs
instalados em relação à mão de obra é de um robô para cada 10 trabalhadores.
Dos 999.100 robôs instalados no mundo até 2007, o Japão possuía 40%, seguido
pela Alemanha com 14%. O Brasil possui 0,3% dos robôs instalados ao redor do
mundo. Empresas com altos salários em países com características de baixos salários
têm de reduzir custos e garantir a qualidade para se manterem competitivas no
mercado mundial86.
O IFR realizou um estudo sobre o potencial de automação em todo o mundo,
sobre o número de robôs em operação por 10.000 funcionários em vários setores
da indústria. Os países foram avaliados (densidade robô) conforme a Figura 1.
Alimentação > 50
Embalagens > 50
86
INTERNATIONAL FEDERATION OF ROBOTICS, 2010.
217
Referências Comentadas
Figura: Livro Manutenção: função estratégica.
KARDEC, A.; NASCIF, J. Manutenção: Função Estratégica.
Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.
Kardec é um autor muito atuante na área de manutenção
com diversas obras na área.
Referências Bibliográficas
KIM, K. Y.; IM, J. H. Manufacturing environments in South Korea, Japan and the United States of
America: a note. Asia Pacific Journal of Management, v. 10, n.1, p.87–94, 1993.
MACHUCA, J. et al. Do technology and manufacturing strategy links enhance operational
performance? Empirical research in the auto supplier sector. International Journal of Production
Economics, 2011. Aguardando publicação.
MAINGA, W.; HIRSCHSOHN, P.; SHAKANTU, W. An exploratory review of the relationship
between enterprise training and technology upgrading: evidence from South African manufacturing
firms. The International Journal of Human Resource Management, v. 20, n. 9, p.1879–1895,
2009.
87
MEDINA; CRISPIM, 2010
218
Recapitulando
Começamos tratando de um momento histórico em que a manutenção não se
dividia da produção, ou seja, os recursos utilizados para produzir eram os mesmos
utilizados para a manutenção e chegamos aos dias atuais em que a manutenção é
estratégica dentro das empresas principalmente devido ao alto nível de automação
do ambiente fabril.
219
Atividades
Respostas:
1. C; 2. A; 3. B; 4. A; 5. D.
ULBRA – Educação a Distância
222
21
Daniel Fonseca da Luz
MBC – MANUTENÇÃO BASEADA
EM CONFIABILIDADE II
88
MBC= MCC – Manutenção Centrada em Confiabilidade.
89
Otani e Machado, 2008.
90
Otani e Machado, 2008.
91
Xenos, 2004.
225
92
Otani e Machado, 2008.
93
KRAJEWSKI et al. 2009.
94
Otani e Machado, 2008.
226
Da mecanização à autonomação.
O próximo passo foi passar as funções de fixação, remoção e acionamento de chaves à máquinas.
Mesmo depois disso feito, porém, era ainda necessário que houvesse operadores próximos às
máquinas, porque a mecanização – na qual o trabalho manual passa a ser feito pelas máquinas
– não foi suficiente. Havia a necessidade de uma transferência a um nível mais alto – das
funções mentais humanas às máquinas, chamada de autonomação. Neste caso, as máquinas
eram equipadas com dispositivos que não só detectavam situações anormais como também
paravam a máquina, sempre que ocorressem irregularidades. Essa forma sistematizada de
autonomação é chamada de pré-automação. (SHINGO, 1996).
227
Referências Comentadas
Figura2: Livro Gerenciamento da manutenção produtiva
XENOS, H.G. Gerenciando a manutenção produtiva. Nova
Lima: INDG Tecnologia e serviços Ltda, 2004.
Bom livro de Harilaus G. Xenos sobre a gestão da
manutenção produtiva nas indústrias.
Referências Bibliográficas
KARDEC, A.; NASCIF, J. Manutenção: Função Estratégica. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.
KRAJEWSKI, L.; RITZMAN, L.; MALHOTRA, M. Administração de Produção e Operações. São
Paulo: PEARSON, 2009.
OTANI, M.; MACHADO, W.; A proposta de desenvolvimento de gestão da manutenção
industrial em busca da excelência ou classe mundial. Revista Gestão Industrial, Paraná: 2008.
SIQUEIRA, I., P.; Manutenção centrada na confiabilidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2005.
228
Recapitulando
ULBRA – Educação a Distância
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. Como visto anteriormente podemos definir Manutenção
corretiva como sendo:
A. ( ) como a manutenção efetuada após a ocorrência de uma pane
destinada a recolocar um item em condições de executar uma função
requerida;
Respostas:
1. A; 2. B; 3. C; 4. D; 5. B.
22
Daniel Fonseca da Luz
MBC – MANUTENÇÃO BASEADA
EM CONFIABILIDADE III
22.1.2 MTBF - Mean Time Between Failures ou Tempo Médio Entre Falhas
Este indicador mede o tempo médio que um equipamento permanecerá produzindo
até falhar.
Exemplo: Uma prensa em um turno diário de 8 horas, a máquina apresentou 5
falhas. Ao medir o tempo de paradas, verificamos que o tempo total de paradas
foi de 100 minutos. Vamos calcular o MTBF para este caso:
MTBF = TEMPO TOTAL DE FUNCIONAMENTO EM UM PERÍODO / N: DE
FALHAS
MTBF = (8 x 60 – 100) / 5 = 76 minutos.
Este valor (76 minutos) nos diz que a programação da produção deve levar em conta
que a cada 76 minutos poderá haver uma falha da prensa deixando ele indisponível
para a produção e isto irá se repetir durante todo o período do turno. Isto poderá
se repetir por 5 vezes a cada turno.
233
Fonte: Autor
Referências Comentadas
ULBRA – Educação a Distância
Referências Bibliográficas
WUTTKE, R.; e SELLITTO, M. Cálculo da disponibilidade e da posição na curva da banheira de uma
válvula de processo petroquímico. Revista Produção online. Vol. VIII/ Num. IV/ 2008.
Recapitulando:
Nesse capítulo vimos como construir KPIs para a área de manutenção e às técnicas
mais usuais para manutenções baseadas em confiabilidade e seus passos para
implementação.
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. Quando afirmamos que aos KPI devem ser específicos a
aquela atividade estamos falando de:
A. ( ) escolha KPIs simples e específicos para evitar monitorar indicadores
sem importância;
B. ( ) os KPIs devem ser comparáveis e quantificáveis com objetivos
específicos. Os KPIs devem ser expressos preferencialmente em
numerais;
C. ( ) os KPIs devem ter metas que reflitam a capacidade da organização,
progressivas, mas não deve ser impossível;
D. ( ) a meta deve ser realista com as condições atuais do equipamento
e não com as condições desejáveis.
239
Respostas:
1. A; 2. B; 3. C; 4. C; 5.B.
23
Daniel Fonseca da Luz
SISTEMAS CORPORATIVOS
DE PRODUÇÃO I
95
MIYAKE,2008.
96
MIYAKE e NAKANO,2007.
242
97
ANTUNES ET AL. 2008.
98
GUARNIERI et al., 2009.
243
99
ZILBOVICIUS, 1999.
244
100
GRENNER et al., 2000.
245
não tendiam a diminuir com o aumento de volume; os carros eram caros e pouco
23.2.2 Fordismo
Henry Ford, nascido em Springwells, em 30 de Julho de 1863, foi um pioneiro
obstinado a criar e produzir. Ele foi um empreendedor e fundador da Ford Motor
Company e o primeiro a aplicar a montagem em série de forma a produzir, em
massa, automóveis a um preço acessível. Esse feito não é notável apenas pelo fato de
ter revolucionado a produção industrial, mas também porque marcou de tal forma
a cultura moderna que alguns acadêmicos, sociólogos e historiadores identificam
essa fase social e econômica da história como Fordismo. Pode-se dizer que ele não
só influenciou uma era, mas também a criou (ZILBOVICIUS, 1999).
Em 1902, Ford alugou uma oficina e fundou a Ford Motor, criando, logo após,
o Modelo T, que venderia um total de 15 milhões de unidades. Em 1911, Ford
terminou de construir uma enorme fábrica, ocupando um terreno de 32 acres, e
chegou a empregar dezenas de milhares de pessoas nos anos 1920101.
Foi no berço da indústria automotiva que a sociedade saiu da organização
artesanal e entrou no modelo produtivo de massa. Além da contribuição óbvia
para a organização do trabalho, o sistema fordista foi determinante para uma
nova dinâmica comercial, econômica e social. Foi a passagem da era artesanal
para a produção em massa fordista que deu origem a sociedade capitalista que
hoje conhecemos102. Nas linhas de produção contínua, trabalhava uma grande
quantidade de imigrantes. Em contraste com a produção artesanal, os trabalhadores
executavam somente uma função. Não comandavam equipamentos, não
preparavam máquinas, não realizavam reparos e nem cuidavam da qualidade; com
frequência, nem entendiam o que o vizinho de trabalho executava. O planejamento
e controle eram de responsabilidade da engenharia industrial (SAMPAIO, 2006).
A origem da teoria clássica de administração está ligada à combinação de
princípios militares e de engenharia. O desenvolvimento conceitual foi marcado
pelos trabalhos de Fayol (francês), de Mooney (americano) e de Urwick (inglês).
Eles interessaram-se pelos problemas práticos de gerenciamento e codificaram
as experiências de organizações de sucesso para servirem de exemplo (WOOD,
1992). Já Taylor dedicou-se a chamada administração científica, onde procurava
racionalizar o trabalho humano, melhorando tempos e movimentos.
O grande número de montadoras artesanais na época fez com que Henry Ford
partisse para a construção de um modelo de produção que permitisse altos
101
CHIAVENATO, 1997.
102
ALVAREZ, 2004.
246
23.2.3 Toyotismo
A partir dos anos setenta, iniciaram-se questionamentos do modelo vigente
absoluto, o Fordismo, que virou sinônimo de exploração de mão de obra sem
qualificação. Lutas operárias começaram na Europa e EUA. Na Suécia, a Volvo
substituiu a linha de produção por trabalho em equipe. Em paralelo, a mudança
mais intrigante veio do oriente (GOUNET, 1992).
Ohno começou seu trabalho em 1943, sem nenhuma experiência na fabricação de
automóveis. Sem ideias pré-concebidas em favor do modelo americano, utilizava
o bom senso e visitas técnicas para melhorar as operações nas fábricas, Ele tomou
a decisão de diferenciar os tempos dos operadores dos tempos de máquina, pois
percebia que tanto operadores como máquinas de uma única função justificaria
os altos volumes de produção (ZILBOVICIUS, 1999).
Quanto às relações industriais e à relação salarial, podemos pensar, de modo geral,
que a organização do trabalho no sistema Toyota de produção era muito diferente
em relação aos modelos ocidentais, com características conquistadas a partir de
mobilizações trabalhistas.
247
Ohno (1997) cita que uma das diferenciações da Toyota para o modelo vigente até
então é que o primeiro preocupou-se em eliminar o “depósito”, enquanto o sistema
Ford preocupou-se com o armazenamento de peças. Ainda Ohno (1997) afirma
que a essência de sucesso do sistema Toyota de produção está em conceber um
sistema de produção alternativo ao Fordismo que fosse capaz de produzir uma série
restrita de produtos diferenciados e variados. Entre os princípios e técnicas que
se destacam a partir da noção do mecanismo da função produção estão, segundo
Antunes et al. (2008):
− o sistema Kanban;
− o princípio da autonomação;
− a troca rápida de ferramentas;
− o controle de qualidade zero defeito, inspeção na fonte e poka-yoke;
− a operação padrão;
− as melhorias de layout, mais especificamente no fluxo unitário de peças;
− a melhoria contínua através de eventos Kaizen;
− a utilização de técnicas americanas, como a engenharia de valor/análise de valor.
Antunes et al. (2008) ainda apontam para os princípios básicos de construção do
sistema Toyota de produção: i) o mecanismo da função produção; ii) o princípio do
249
não custo; iii) as perdas no sistema produtivo. Sugimori et al. (1977) faz referência
gerenciamento103.
Cooney (2002) afirma que sistema de produção de batelada e de baixo volume,
como a montagem de carros de luxo, não se aplicam no uso do sistema Toyota
de produção. A aclamada universalidade dos conceitos do sistema Lean é uma
quimera, visto que o gerenciamento das empresas continua tendo que fazer escolhas
sobre o tipo de sistema produtivo que é melhor, de fato, para suas circunstâncias de
negócio104. Wu et al. (2010) comentam sobre o recall acontecido em 2009 com mais
de 440.000 veículos chamados para reparos e aponta que a governança corporativa
japonesa faz com que as grandes empresas fiquem vulneráveisa a má gestão. Essas
empresas normalmente têm um sistema rígido de hierarquia por antiguidade, na
qual as pessoas relutam em passar uma má notícia em cadeia, negando, assim, a
informação de quem precisa ouvi-la, em uma tentativa equivocada de protegê-
los. Em muitas empresas, incluindo a Toyota, o controle famíliar desafia o gestor
a atingir quase o impossível.
Referências Comentadas
LUZ, D.F.; Sistema corporativo de produção: um estudo de caso do sistema produtivo
da General Motors, utilizando as dimensões competitivas. Dissertação de mestrado.
Programa em pós em engenharia de produção e sistemas, UNISINOS Alegre, RS, 2011.
Dissertação de mestrado do autor que trata de sistemas corporativos de
produção.
Referências Bibliográficas
ANTUNES, J. A. et al. Sistemas de produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da produção
enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008.
BOYER, R.; FREYSSENET, M. Globalization but still a large diversity of productive models and
corporate governance styles. Seoul Journal of economics,. v.15, n. 2, 2002.
CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração: Abordagens Prescritivas e Normativas da
Administração. São Paulo: Makron Books, 1997.
CLARKE, C. Forms and functions of standardisation in production systems of the automotive industry:
the case of Mercedes-Benz. Doctoral Thesis (Doctoral) – Freie Universität Berlin, Berlin, 2002.
COONEY, RICHARD. Is´´lean`` a universal production system? Bacht production in automotive
industry. International Journal of Operations & Production Management, v. 22, n.10, p.1130
– 1147, 2002.
103
GOLDRATT, 2009
104
CONEY, 2002
251
CORIAT, B. Pensar pelo avesso: o modelo japonês de trabalho e organização. Rio de Janeiro: Revan,
Recapitulando
Nesse capítulo vimos o que é um sistema corporativo de produção, sua aplicação e
seus objetivos e a origem de sistemas paradigmáticos de produção como Fordismo
e Toyotismo.
252
Atividades
ULBRA – Educação a Distância
Respostas:
1. D; 2. C; 3, D; 4. A; 5. B.
ULBRA – Educação a Distância
254
24
Daniel Fonseca da Luz
SISTEMAS CORPORATIVOS
DE PRODUÇÃO II
24.1 Volvismo
Altas taxas de turnover, absenteísmo crônico, utilização de mão de obra estrangeira
e sindicatos altamente combativos são marcas do mercado de trabalho sueco. Desde
a década de 80, os jovens suecos têm rejeitado trabalhos com aspectos tayloristas
(WOOD, 1992).
Basicamente devido a estes problemas relacionados à mão de obra, a Volvo começou
experimentações relacionadas a sistemas produtivos lá por meados de 1974, na
planta de Kalmar – Suécia, conforme a Figura 5 mostra. Combinando flexibilidade
funcional, informatização e automação, a empresa experimentou um modelo mais
flexível de gestão dos processos produtivos.
Na fábrica mais moderna, fábrica de Uddevalla, montada em 1989, a organização do
trabalho é baseada em grupos. Os operários foram transformados em montadores
de partes em construtores de veículos e, assim, cada grupo de trabalho autônomo
consegue montar um carro completo em um tempo de duas horas105. Ohno (1997)
reforça esse diagnóstico citando “alguns fabricantes – Volvo, por exemplo – utilizam
apenas uma pessoa para montar todo o motor”.
105
WOOD, 1992
256
Este modelo, após alguns anos de utilização, foi abandonado na Suécia. Jonsson
et al. (2004) citam as causas prováveis do desuso do sistema:
− internacionalização e padronização dos sistemas produtivos – a indústria
automotiva sueca tem se transformado em uma parte pequena de grandes
conglomerados globais, e empresas globais têm a ambição de desenvolverem
modelos padronizados de manufatura comuns em todas as plantas e em todos
os lugares do mundo;
106
Segundo Clark e Morris (1991) apud Wood (1992).
257
107
Jonsson et al. 2004.
258
24.2.1 Modularização
A desverticalização do processo produtivo na indústria automobilística implicou
na migração de parte da produção de sistemas e subsistemas dos veículos para
a indústria de autopeças. O processo de desverticalização caracteriza-se pela
realocação de atividades ao longo da cadeia de suprimentos do setor automobilístico,
que tem implicado em crescente transferência de tarefas das montadoras para os
fabricantes de autopeças que se tornam gradualmente montadores de sistemas
automotivos108. Chung (2005) acredita que a modularização se tornou um novo
paradigma nos sistemas produtivos.
O conceito de modularização tem atraído a atenção crescente na indústria
automobilística nos últimos anos. Os significados e finalidades da modularização
neste setor variam entre regiões e empresas. Não há uma clara definição do termo
que seja compartilhada pela indústria como um todo. No entanto, existe uma
característica relativamente comum entre as várias práticas da modularização
na indústria. Ela implica unidades maiores de subconjuntos e, muitas vezes,
envolvem a terceirização desses subconjuntos para os fornecedores (TAKEISHI;
FUJIMOTO, 2001).
José Ignácio López de Airriortua, um dos principais executivos da Volkswagem, diz
que a criação da modularização pode ser denominada como a terceira revolução
industrial ou a substituição da linha de montagem criada por Henry Ford109. Howard
et al. (2006) e Taylor e Taylor (2008) defendem a aproximação entre compradores e
fornecedores, e essa proximidade é uma característica fundamental dos modernos
parques de fornecedores (sistemistas) que agora ocorrem amplamente no setor
automotivo mundial.
Takeishi e Fujimoto (2001) ainda sugerem que há, pelo menos, três aspectos no
fenômeno chamado da modularização:
− modularização em arquitetura de produto (modularização no design), que foi
discutido muitas vezes no campo da gestão da tecnologia;
108
MEDINA; CRISPIM, 2010.
109
CARDOSO; KISTMANN, 2008.
260
− modularização em produção;
ULBRA – Educação a Distância
110
TAYLOR; TAYLOR, 2008.
111
HOWARD et al., 2006.
261
Referências Comentadas
LUZ, D.F.; Sistema corporativo de produção: um estudo de caso do sistema produtivo da
General Motors, utilizando as dimensões competitivas. Dissertação de mestrado. Programa
em pós em engenharia de produção e sistemas, UNISINOS Alegre, RS, 2011.
Dissertação de mestrado do autor que trata de sistemas corporativos de
produção.
Referências Bibliográficas
ANTUNES, J. A. et al. Sistemas de produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da produção
enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008.
BOYER, R.; FREYSSENET, M. Globalization but still a large diversity of productive models and
corporate governance styles. Seoul Journal of economics,. v.15, n. 2, 2002.
CARDOSO, M. A.; KISTMANN, V. B. Modularização e design na indústria automotiva: o caso do
modelo fox da volkswagen do Brasil. Revista Produção Online, v. 8, n. 4, p.146-169, 2008.
COONEY, RICHARD. Is´´lean`` a universal production system? Bacht production in automotive
industry. International Journal of Operations & Production Management, v. 22, n.10, p.1130
– 1147, 2002.
CHUNG, M. Is it new paradigm? modular production system in Hyundai. In: GERPISA - ANNUAL
COLLOQUIUM, 13, 2005, Paris. Anais… Paris: GERPISA, 2005.
FREDRIKSSON, P. Mechanisms and rationales for the coordination of a modular assembly system:
the case of Volvo cars. International Journal of Operations & Production Management, v. 26,
n. 4, p. 350-370, 2006.
GOUNET, T. Fordismo e Toyotismo na civilização do automóvel. São Paulo: Bom Tempo, 1992.
LEE, B. H.; JO, H. J. The mutation of the Toyota Production System: adapting the TPS at Hyundai
Motor Company. International Journal of Production Research, v. 45, n. 16, p.3665–3679,
2007.
MEDINA, R. M.; CRISPIM, S. F. Fatores determinantes no processo de decisão de investimentos em
robotização na indústria brasileira de autopeças. Gestão e Produção, v. 17, n. 3, p. 567-578, 2010.
112
SCHONBERGER, 2007; TAYLOR; TAYLOR, 2008.
262
MIYAKE, D., I. The deployment of corporate production systems in auto industry companies: an
ULBRA – Educação a Distância
approach to drive process improvements towards operational excellence. Int. Journal Automotive
Technology and Management, v. 8, n. 4, 2008.
MIYAKE, D.; NAKANO, D. Implementation of Corporate Production Systems in the Brazilian
auto industry: managing knowledge through practice. Int. Journal Automotive Technology and
Management, v. 7, n. 2/3, 2007.
OH, J.; RHEE, S. The influence of supplier capabilities and technology uncertainty on manufacturer-
supplier collaboration: A study of the Korean automotive industry. International Journal of
Operations & Production Management, v. 28, n. 6, 2008.
OHNO, TAIICHI. O sistema Toyota de produção: além da produção em larga escala. Porto Alegre,
Bookman, 1997.
SHINGO, SHIGEO. O Sistema Toyota de Produção – Do Ponto de Vista da Engenharia de Produção.
Porto Alegre: Bookman, 1996.
TAKEISHI, A.; FUJIMOTO, T. Modularisation in the auto industry: interlinked multiple
hierarchies of product, production and supplier systems. Int. Journal Automotive Technology and
Management, v. 1, n. 4, 2001.
TAYLOR, M.; TAYLOR, A. Operations management research in the automotive sector Some
contemporary issues and future directions. International Journal of Operations & Production
Management, v. 28, n. 6, p. 480-489, 2008.
VOLVO GROUP. Constrution equipment – quality. Disponível em: <www.volvo.com/
construtionequipment/corporate/engb/quality/product_life_cycle_quality/m anufacturing_
quality/manufacturing_quality.htm> Acesso em: 28 jan. 2011.
WOMACK, J.; JONES, D.; ROOS, D. A máquina que mudou o mundo. Rio de Janeiro: Campus,
1992.
WOOD, THOMAZ, Fordismo toyotismo e volvismo: os caminhos da indústria em busca do tempo
perdido. RAE - Revista de administração de empresas, v. 32, n. 4, p. 6-18, 1992.
Recapitulando
Nesse capítulo foi verificada a necessidade que algumas empresas possuem de
adequar o paradigma produtivo do momento para sua organização, também foi
observado o Volvismo com sua necessidade de se adaptar em uma sociedade que
não se motiva em trabalhar em indústrias e a modularização, que desloca parte da
obrigação de montagem para os fornecedores.
263
Atividades
Respostas:
1. A; 2. B; 3. C; 4. D; 5. D.
25
Daniel Fonseca da Luz
SISTEMAS CORPORATIVOS
DE PRODUÇÃO III
25.2 Fiat
A Fiat Automóveis conta hoje com uma única fábrica no Brasil, situada em Betim/
MG. A fábrica de Betim congrega todas as etapas da montagem dos veículos e
113
BOYER; FREYSSENET, 2000
267
25.3 Volkswagen
O processo de reestruturação do grupo Volkswagen do Brasil começou em meados
da década de 1990. A especialização das fábricas por modelos (famílias de carros) e
componentes (transmissão, motor) caracterizou a base da competência da empresa.
O processo de reestruturação produtiva levou a empresa a adotar o modelo de
produção enxuta.
O projeto modular não seria possível se não houvesse respaldo de um sistema de
produção flexível. Em 2003, a BUC (Unidade de Negócios de Curitiba) já trabalhava
com o BUC Production System (BPS), ou Sistema de Produção BUC, desenvolvido
a partir de conceitos tirados do sistema de produção enxuto e consolidado na
modularização. Posteriormente, a empresa incorporou o conceito de equipes
autogerenciáveis, batizando-o de VW Benchmark. O conceito piloto foi implantado
na BUC, com a intenção de que fosse adotado por outras plantas do grupo. O BPS,
aliado ao VW Benchmark, é um conceito organizacional padronizado, cuja filosofia
está baseada na integração dos empregados com o processo produtivo116.
114
MICAELO, 2003.
115
CARDOSO, 2004
116
CARDOSO; KISTMANN, 2008
268
Cardoso e Kistmann (2008) afirmam que o planejamento da fábrica prevê o envio dos
ULBRA – Educação a Distância
Montagem
Centro de comunicação
(CC)
Estamparia
Pintura
Armação
Nessa planta, pode-se ver o layout em forma de “Y”, no qual todos os setores
convergem para um Centro de Comunicações.
117
CARDOSO; KISTMANN, 2008
269
118
CHO, 2003; LORET, 2003; PECHT et al., 1998 apud CHOI et al.,2008.
270
Referências Comentadas
CLARKE, C. Forms and functions of standardisation in production systems of the
automotive industry: the case of Mercedes-Benz. Doctoral Thesis (Doctoral) - Freie
Universität Berlin, Berlin, 2002.
Tese de doutorada que explora a criação de sistemas corporativos de produção,
focando principalmente no sistema de produção Mercedes Benz.
Referências Bibliográficas
BOYER, R.; FREYSSENET, M. O mundo que mudou a máquina: síntese dos trabalhos do Gerpisa
1993-1999. Revista Nexos Econômicos – CME-UFBA, v. 2, n. 1, 2000.
CARDOSO, L. A. A reestruturação pós-fordista da produção e suas conseqüências sobre as novas
formas de gestão de projetos na indústria automobilística brasileira: o caso da FIASA – Fiat Automóveis
S.A. In: Simpósio de Engenharia de Produção, 11, 2004, Bauru. Anais... Bauru: SIMPEP,
2004.
CARDOSO, M. A.; KISTMANN, V. B. Modularização e design na indústria automotiva: o caso
do modelo fox da volkswagen do Brasil. Revista Produção Online, v. 8, n. 4, p.146-169, 2008.
CHOI, D.; MICHEL, P.; PALIHAWADANA, D. Exploring the components of success for the Korean
chaebols. Journal of Business & Industrial Marketing, v. 23, n.5, p. 311–322, 2008.
COATES, J. F. What HR. Should Know About the Care and Nurturing of Engineers. Employment
Relations Today, v. 35, n. 2, 2008.
HOLWEG, M. The genealogy of lean production. Journal of Operations Management, v. 25,
p.420–437, 2007.
LEE, B. H.; JO, H. J. The mutation of the Toyota Production System: adapting the TPS at Hyundai
Motor Company. International Journal of Production Research, v. 45, n. 16, p.3665–3679,
2007.
MICAELO, S. M. Evolução da estratégia da Fiat Automóveis S.A. face à mudança do ambiente
competitivo da indústria automobilística brasileira: Um estudo de caso. Dissertação (Mestrado em
Administração) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2003.
272
performance? Empirical research in the auto supplier sector. International Journal of Production
Economics, 2011.
SLOAN, A. P. Meus anos com a General Motors. São Paulo: Negócio, 2001.
YOO, S. J.; LEE, S. M. Management style and practice of Korean chaebols. California Management
Review, v. 29. n. 4, p. 95-110, 1987.
Recapitulando
Apresentam-se os principais modelos (artesanal, fordista, toyotismo e volvismo)
que se tornaram paradigmas de sistemas produtivos, passando, depois, para os
modelos emulados destes sistemas de maior representatividade e suas respectivas
empresas, o que mostra, de forma clara, que as empresas buscam seu próprio
sistema Toyota de produção. Os sistemas corporativos de produção são, segundo
Clarke (2002) uma formalização da estratégia corporativa no ambiente de produção,
fazendo com que, efetivamente, essa estratégia seja referencial na condução da
produção.
Deve-se atentar que os sistemas produtivos sempre andam junto ao nível de
certificação de sistemas de qualidade das empresas; porém, nota-se que, de modo
geral, ainda não há a conscientização de que os métodos de controle são particulares
e peculiares a cada organização. Sendo assim, deve-se ter, por princípio, criar
um ambiente descomplicado e simples de gerir, respeitando o que é realmente o
propósito da empresa, evitando a criação de inúmeros documentos/processos de
controle e para controle.
Maior atenção no final do capítulo foi dada a Hyundai Motor Company, devido
a repercussão que seus carros estão tendo perante o público e suas técnicas
de manufatura perante toda a indústria. Esse modelo de produção, que difere
bastante do que é predominantemente desenvolvido e utilizado nas empresas,
especialmente do ramo automotivo, faz com que pesquisadores e executivos
de todas as companhias tenham maior interesse em observar esta emulação
do Toyota Production System produção para o Hyundai Production System.
Essa reorganização das direções de produção, passando do Human resource
Based para um engineering driver atrai a atenção de muitos acadêmicos e está
redirecionando, com certeza, as ações, principalmente das demais empresas
automotivas.
273
Atividades
Respostas:
1. d; 2. c; 3. b; 4. b; 5. b.
26
Daniel Fonseca da Luz
ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO
– DIMENSÕES COMPETITIVAS
119
FLYNN; FLYNN, 2004
276
26.1 Qualidade
Slack et al. (2008) cita que a qualidade representa fazer as coisas certas, fornecendo
produtos e serviços sem erros e que sejam adequados ao seu fim. Garvin (1987)
120
VICKERY et al., 1997
121
LI et al., 2006
277
122
PAIVA et al., 2009
123
PAIVA et al., 2009
124
PAIVA et al., 2009
125
PAIVA et al., 2009
278
26.4 Flexibilidade
Paiva et al. (2004) salientam que a flexibilidade vem assumindo papel de destaque
entre as dimensões que as empresas escolhem para competir, focando na capacidade
de responder a variáveis externas e internas. Segundo o autor as diferentes formas
de flexibilidade nos sistemas produtivos são:
− Flexibilidade de novos produtos: é a capacidade de introduzir novos produtos
ou de modificar os produtos já existentes em sua linha produtiva.126
− Flexibilidade de mix de produtos: é a capacidade de mudar de variedade (tipos
e modelos) de mix produtivo em um determinado período de tempo127.
− Flexibilidade de volume: é a capacidade de alterar o volume total de
produção.128
126
PAIVA et al., 2009
127
PAIVA et al., 2009
128
PAIVA et al., 2009
279
26.5 Inovatividade
Antunes et al. (2008) afirmam que a inovação está diretamente ligada à necessidade
crescente de lançamentos de novos produtos no mercado consumidor, exigindo
inovações no processos, materiais ou na gestão dentro das empresas. Os tipos de
inovação são: inovação de produto; inovação de processo; inovação de gestão;
inovação de materiais; e inovações de mercado130.
A inovação mais relacionada ao dia a dia está direcionada ao processo onde os
funcionários podem ter uma participação mais efetiva através de programas
Kaizens.
129
PAIVA et al., 2009
130
SHUMPETER (1961) apud ANTUNES et al. (2008),
280
2003). Nestes tempos a integração entre fabricantes e consumidores está cada vez
ULBRA – Educação a Distância
mais importante, e isso leva as empresas mais atentas a essa mudança a adotarem
um perfil mais flexível, visto que, pois, customizações são, com certeza, mais
rentáveis.
A ideia de serviços ao cliente como dimensão competitiva dentro do ambiente
de manufatura justifica-se pela necessidade de julgamento do produto final pela
percepção do cliente. Logo, dentro da área fabril, os critérios de avaliação de
qualidade dos produtos devem ser iguais à média do mercado consumidor ao qual
o produto se destina, além de computar as reclamações advindas dos clientes sobre
qualidade/problemas dos produtos, que são objeto de pauta diária das reuniões
de liderança fabril.
26.8 Custo
Vickery et al. (1993) definem formas de competição através da dimensão custo:
− custo puro: agressiva atuação através de baixos custos, sendo atingido pela
economia de escala, vigoroso propósito de redução de custos pela experiência
acumulada, ênfase em experiência operacional, controle de custos/funcionário
e diminuição de investimentos em áreas como desenvolvimento de produtos
e serviços;
− custo/diferenciação: oferecer produtos similares, mas com o diferencial de um
preço menor em relação aos concorrentes;
− diferenciação/custo: oferecer produtos superiores, porém com preços
proporcionalmente menores aos da concorrência.
Referências Comentadas
LUZ, D.F.; Sistema corporativo de produção: um estudo de caso do sistema
produtivo da General Motors, utilizando as dimensões competitivas. Dissertação
de mestrado. Programa em pós em engenharia de produção e sistemas, UNISINOS
Alegre, RS, 2011.
Dissertação de mestrado do autor que trata de sistemas corporativos de
produção.
Referências Bibliográficas
AMOAKO-GYAMPAH, K.; ACQUAAH, M. Manufacturing strategy, competitive strategy and
firm performance: An empirical study in a developing economy environment. International Journal
of Production Economics, v. 111, p. 575–592, 2008.
281
ANTUNES, J. A. et al. Sistemas de produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da produção
Recapitulando
ULBRA – Educação a Distância
Independente da dimensão competitiva que se busca atuar esta deve ser tratada
como diferenciação estratégica em relação aos concorrentes, pois, todas estas
estratégias (custo, qualidade, flexibilidade, entrega...) são atingidas através da
eficiência operacional.
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. O custo puro é caracterizado por:
A. ( ) agressiva atuação através de baixos custos, sendo atingido pela
economia de escala, vigoroso propósito de redução de custos pela
experiência acumulada, ênfase em experiência operacional, controle
de custos/funcionário e diminuição de investimentos em áreas como
desenvolvimento de produtos e serviços;
B. ( ) oferecer produtos similares, mas com o diferencial de um preço
menor em relação aos concorrentes;
C. ( ) oferecer produtos superiores, porém com preços proporcionalmente
menores aos da concorrência;
D. ( ) atuar por custo mas com forte preocupação em desenvolver novos
produtos e serviços.
Respostas:
ULBRA – Educação a Distância
1. A; 2. B; 3. C; 4. D; 5.A.
27
ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO
– VISÕES SOBRE DIMENSÕES
COMPETITIVAS
Dimensões Significado
Flexibilidade
− Implementar rápidas mudanças em projetos de produtos.
− Implementar rápidas mudanças no mix de produtos.
− Rápida introdução de novas versões de produtos existentes, ou
produtos totalmente novos.
− Oferecer ampla gama de produtos.
− Mudanças rápidas no volume de produção em resposta a mudança
de demanda.
286
ULBRA – Educação a Distância
Dimensões Significado
Confiabilidade
− Atender ao pedido nas quantidades e datas corretas.
de Entrega
Fonte: Adaptado de Jabbour e Filhos (2010); Paiva et al. (2004); Forneck (2008) e Slack et al. (2008).
131
PORTER,1989.
287
Dimensão
competitiva B
Dimensão
competitiva A
Fonte: Autor
132
SLACK et al., 2008.
290
Referências Comentadas
Referências Bibliográficas
ANTUNES, J. A. et al. Sistemas de produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da produção
enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008.
DAS, A. et al. Toward a theory of the linkages between safety and quality. Journal of Operations
Management, v. 26, p. 521–535, 2008.
FERDOWS, K.; DE MEYER, A. Lasting improvements in manufacturing performance: in search of
new theory. Journal of operations management, Amsterdam, v.9, n.2, p.168-184, Apr.1990.
JABBOUR, A; FILHOS, A; Tendências da área de pesquisa em estratégia de produção. Revista
Eletrônica Sistemas & Gestão, v. 4, n. 3, p. 238-262.
LAUGEN, B. et al. Best manufacturing practices: What do the best-performing companies do?
International Journal of Operations & Production Management, v. 25, n. 2, p.131–150, 2005.
Li, P. et al. Research on the Impact of Manufacturing Competence on Manufacturing Performance.
Management of Innovation and Technology, v. 1, p.16-20, 2006.
MILTENBURG, J. Setting manufacturing strategy for a factory-within-a-factory. Int. Journal
Production Economics, v. 113, p. 307–323, 2008.
PAIVA, E. L.; CARVALHO JR. J.; FENSTERSEIFER, J. E. Estratégia de produção e operações:
conceitos, melhores práticas, visão de futuro – Porto Alegre: Bookman, 2009.
PAIVA, E. L.; ROTH, A.; FENSTERSEIFER, J. E. Organizational knowledge and the manufacturing
strategy process: A resource-based view analysis. Journal of Operations Management, v. 26, p.
115–132, 2008.
PORTER, M. E. The competitive advantage of nations. Amsterdam: Elsevier, 1989.
ROTH, A. V.; VAN DER VELDE, M. Operations as marketing: a competitive service strategy.
Journal of Operations Management, v. 10, n. 3, p. 303-327, 1991.
SKINNER, W. Manufacturing – Missing Link in Corporate Strategy. Harvard Business. Rewiew,
May/Jun. 1969.
SLACK, N. CHAMBERS, S. JOHNSTON, R. BETTS, A. Gerenciamento de operações e processos.
Porto alegre: Bookman, 2008.
TEIXEIRA, R.; PAIVA, E. Trade-offs em serviços customizados e o ponto de vista do cliente. RAC,
v.12, n.2, p.457-480, 2008.
TUBINO, D. Sistemas de produção: a produtividade no chão de fábrica. Porto Alegre: Bookman,
1999.
292
Recapitulando
ULBRA – Educação a Distância
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. Segundo Portter a estratégia competitiva em que a empresa
opta por disputar mercado estão basicamente em três áreas distintas:
A. ( ) custo Puro (somente custo), diferenciação ou segmentação;
B. ( ) custo fixo (somente custo), diferenciação ou segmentação;
C. ( ) custo Puro (somente custo), diferenciação ou qualidade;
D. ( ) custo fixo, custo variável, diferenciação ou segmentação.
Respostas:
1. A; 2. C; 3. B; 4. A; 5. D.
28
Daniel Fonseca da Luz
ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO
– DECISÕES
133
HAYES et al., 2008; HAYES; HAYES; PISANO, 1994.
297
134
AUTOMOTIVE NEWS, 2010
135
MEDINA; CRISPIM, 2010
136
BOYER; FREYSSENET, 2000
298
137
SWINK; WAY, 1995.
299
138
AMOAKO-GYAMPAH; ACQUAAH, 2008
300
Referências Comentadas
Figura 4: Em busca da vantagem competitiva
HAYES, R. et al. Em Busca da Vantagem Competitiva. Porto
Alegre: Bookman, 2008.
Livro importantíssimo na área de estratégia de produção.
Referências Bibliográficas
AMOAKO-GYAMPAH, K.; ACQUAAH, M. Manufacturing strategy, competitive strategy and
firm performance: An empirical study in a developing economy environment. International Journal
of Production Economics, v. 111, p. 575–592, 2008.
ANTUNES, J. A. et al. Sistemas de produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da produção
enxuta. Porto Alegre: Bookman, 2008.
AUTOMOTIVE NEWS. Disponível em: <http://www.autonews.com/apps/pbcs.dll/frontpage>
Acesso em: 16 nov. 2010.
BOYER, R.; FREYSSENET, M. O mundo que mudou a máquina: síntese dos trabalhos do Gerpisa
1993-1999. Revista Nexos Econômicos – CME-UFBA, v. 2, n. 1, 2000.
GYAMPAH, K. A.; ACQUAAH, M. Manufacturing strategy, competitive strategy and firm
performance: An empirical study in a developing economy environment. International Journal of
Production Economics, v. 111, p. 575–592, 2008.
HAYES, R. et al. Em Busca da Vantagem Competitiva. Porto Alegre: Bookman, 2008.
HAYES, R.; PISANO, G. Beyond world-class: the new manufacturing strategy. Harvard Business
Review, p.77-86, jan./feb., 1994.
JABBOUR, A; FILHOS, A; Tendências da área de pesquisa em estratégia de produção. Revista
Eletrônica Sistemas & Gestão, v. 4, n. 3, p. 238-262
302
Recapitulando
Nesse capítulo a estratégia de produção foi abordada com suas escolhas e
dimensões, no campo das escolhas abordamos as estruturais com as decisões
relativas a capacidade, instalações, nível de verticalização e grau tecnológico, já
no campo das infraestruturais vimos decisões de recursos humanos, programa,
planejamento e controle da produção, sistemas de qualidade e organização
estrutural da empresa.
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. As decisões estruturais são:
A. ( ) Capacidade, Instalações, Tecnologia, Integração;
B. ( ) Capacidade, Instalações, Organização, Integração;
C. ( ) Força de trabalho, Qualidade, Planejamento da produção,
Organização;
D. ( ) Força de trabalho, Instalação, Planejamento da produção,
Organização.
303
Respostas:
1. A; 2. C; 3. A; 4. D; 5. B.
29
Daniel Fonseca da Luz
ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO
– DESDOBRAMENTO
Estratégico
Tático
Operacional
Fonte: Autor
139
TUBINO, 1999
307
Fonte: Autor
140
KATHURIA et al., 2010
308
141
KAPLAN; NORTON, 2006.
309
142
WITCHER et al., 2008.
311
Referências Comentadas
Figura 4: Livro de Kaplan e Norton.
KAPLAN, R.; NORTON, D. Alinhamento. - Utilizando o Balanced
Scorecard para criar sinergias corporativas. Rio de Janeiro, 2006.
Livro sobre desdobramento de estratégia feito pelos
articuladores do Balanced Score Card.
Referências Bibliográficas
CAMPOS, V. F.; Gerenciamento pelas diretrizes. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni,
Escola de Engenharia da UFMG, 1996.
LUZ, DANIEL, F. Transpondo custos para times de chão de fábrica: um estudo de caso na General
Motors. Revista Brasileira de estratégia – REBRAE, 2011.
KAPLAN, R.; NORTON, D. A estratégia em ação: balanced scorecard. 3ed. Rio de Janeiro:
Campus, 1997.
KATHURIA, R. et al. Competitive priorities and strategic consensus in emerging economies:
evidence from India. International Journal of Operations & Production Management, v. 30, n.
8, p. 879-896, 2010.
KONDO, Y. Hoshin Kanri: a participative way of quality management in Japan. The TQM
Magazine, v.10, n6, p.425-431,1998.
MOTHERSELL W.; MOORE, M.; REINERTH, M. Hoshin Kanri planning: the system of five
alignments behind the Toyota Production System. International Journal of Business Innovation
and Research, v. 2, n. 4, p. 381-401, 2008.
SAKO, M. Supplier development at Honda, Nissan and Toyota: comparative case studies of
organizational capability enhancement. Industrial and Corporate Change, v. 13, n. 2, p. 281-308,
2004.
TUBINO, D. Sistemas de produção: a produtividade no chão de fábrica. Porto Alegre: Bookman,
1999.
WHEELWRIGHT, S. Defining the Missing Link. Strategic Management Journal, v. 5, p.77-91, 1984.
WITCHER, B.; CHAU, V.; HARDING, P. Dynamic capabilities: top executive audits and hoshin
kanri at Nissan South Africa. International Journal of Operations & Production Management,
v. 28, n. 6, p. 540-561, 2008.
312
Recapitulando
ULBRA – Educação a Distância
Atividades
1) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na
resposta verdadeira. Podemos classificar as decisões dentro das organizações
em três níveis.
A. ( ) Estratégico, tático e operacional.
B. ( ) Estratégico, tático e ambiental
C. ( ) Financeiro, tático e ambiental
D. ( ) Clientes, financeiro, operacional
Respostas:
1. A; 2. B; 3. C; 4. C; 5. D.
30
Daniel Fonseca da Luz
CONSTRUÇÃO DOS CONHECIMENTOS
DA DISCIPLINA
Redução de
RESULTADOS: Ganho rápido Redução de Lead Time
variabilidades
Interação com
o sistema não
Pouca preocupação
POSSÍVEIS Análise Estatística pouco considerada.
com a utilização dos
FALHAS: utilizadas. Os processos
trabalhadores.
melhoram
isoladamente.
1.Identificar Valor.
1.Identificar a Restrição.
2. Identificar o fluxo do 1. Definir.
2. Explorar a Restrição.
valor. 2. Medir
3. Subordinar os recursos
APLICAÇÃO: 3. Fluxo. 3. Analisar.
as Restrições.
4. Puxar. 4.Implementar
4. Elevar a Restrição.
5. Perfeição. 5. Controlar.
5. Repetir o ciclo.
Baseado no PDCA.
Normalmente demanda
Mercados recessivos.
maior que a oferta. Mundo dos custos.
Mundo dos custos.
Mundo dos ganhos. O problema existe.
Remoção das perdas irá
Enfatiza velocidade e Números são
melhorar a performance
volume. preciosos.
do negócio.
PRESSUPOSTOS: Utiliza os sistemas As saídas do sistema
Várias pequenas
existentes. melhoram com a
melhorias levam
Busca a Interdependência redução das variações.
as empresas a bons
entre os Processos. Melhoria em
resultados.
Melhoria financeira processos.
Melhoria em processos.
institucional.
Focado em algum
TEORIA COM Focado no
Foco no DESPERDÍCIO. problema específico.
FOCO EM: Sistema de RESTRIÇÕES
(Projeto)
Fonte: Autor
317
Kanban (Lean)
Dimensionamento dos lotes de transferência
One piece flow (Lean)
2. Explorar a restrição do sistema (TOC) Dimensionamento dos lotes de processo (TOC)
Planejamento para trás (TOC)
Foco no gargalo (Troca rápida, Poka-Yoke, Kaizen,
instruções de trabalho)
Kanban ((Lean)
Pulmão (TOC)
3. Subordinar (TOC)
Foco nos CCRs (5S housekeeping, Troca rápida, TPM,
Kaizen, Treinamento sobre Lean e TOC)
143
Baseado nos estudos do autor.
318
O que veremos a seguir não é novo, mas sei que ainda não está claramente entendido
pela maioria dos alunos e profissionais da área. Então retomaremos algumas
questões importantes até chegarmos ao nosso objetivo.
Essa equação nos diz quanto tempo lavará para que qualquer item de trabalho
possa ser concluído (Lead Time) através da simples contagem de quanto trabalho
está parado esperando ser concluído. (GEORGE, 2009)
30.3.2 WIP
Trabalho em processo – Work In Process, pode ser qualquer coisa que estejam
esperando ser processada. Quanto mais WIP maior será o tempo que o cliente
demorará a receber seu produto e a empresa para ser paga por isto.
Segundo George (2009), as lições que temos aplicando a estes conceitos é que:
Referências Comentadas
Figura 2: Livro Lean Seis Sigma para Serviços
GEORGE, M. L.; Lean Seis Sigma para serviços. Qualitymark: Rio
de Janeiro, 2009.
Bom livro que une o Lean Manufacturing com o Seis Sigma para
a melhoria de processos em serviços.
Fonte: Qualitymark
(www.qualitymark.
com.br)
Referências Bibliográficas
DETTMER, W. Beyond Lean Manufacturing: Combining Lean and the Theory of
Constraints for Higher Performance. Goal System International, Port Angeles, WA,
USA. 2001.
PACHECO, PERGHER, I.; D.; LUZ, D.F.; FILHO, T.; JÚNIOR, J.; Investigando os
modelos de melhoria que integram a Teoria das restrições e o Lean manufacturing: A análise
dos pontos fortes e oportunidades de aperfeiçoamento. SIMPEP - 2012.
Recapitulando
Nesse último capítulo vimos as ligações entre Lean, TOC e Six Sigma e ainda
questões referentes ao WIP, Lead Time e lei de Little e suas relações com o Lean
Manufacturing.
320
Atividades
ULBRA – Educação a Distância
A. ( ) 1.identificar a Restrição;
2. explorar a Restrição;
4. elevar a Restrição;
5. repetir o ciclo.
B. ( ) 1.identificar Valor;
3. fluxo;
4. puxar;
5. perfeição;
Baseado no PDCA.
C. ( ) 1. definir;
2. medir;
3. analisar;
4.implementar;
5. controlar.
D. ( ) 1. Definir;
2. medir;
4. elevar a Restrição;
5. perfeição.
321
A. ( ) 1.identificar a Restrição;
2. explorar a Restrição;
4. elevar a Restrição;
5. repetir o ciclo.
B. ( ) 1.identificar Valor;
3. fluxo;
4. puxar;
5. perfeição.
Baseado no PDCA.
C. ( ) 1. Definir;
2. medir;
3. analisar;
4. implementar;
5. controlar.
D. ( ) 1. definir;
2. medir;
4. elevar a Restrição;
5. perfeição.
322
A. ( ) 1.identificar a Restrição;
2. explorar a Restrição;
4. elevar a Restrição;
5. repetir o ciclo.
B. ( ) 1.Iientificar Valor;
3. fluxo;
4. puxar;
5. perfeição;
Baseado no PDCA.
C. ( ) 1. definir;
2. medir;
3. analisar.;
4.implementar;
5. controlar.
D. ( ) 1. Definir;.
2. medir;
4. elevar a Restrição;
5. perfeição.
323
4) A partir dos estudos desenvolvidos nesse capítulo, marque (X) somente na resposta
D. ( ) é o tempo que você leva para entregar seu serviço ou produto uma
vez disparado o pedido.
Respostas:
1. B; 2. A; 3. C; 4. D; 5. A.
ULBRA – Educação a Distância
324
ULBRA – Educação a Distância
325
ULBRA – Educação a Distância
326
ULBRA – Educação a Distância
327
ULBRA – Educação a Distância
328