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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS

QUÍMICA ANALITICA
RELATÓRIO SIMPLIFICADO

EXPERIÊNCIA Nº02

DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE
CLORETOS POR TITULAÇÃO (método de Mohr)

INTEGRANTES DO GRUPO

Aberto Kapemba – 20211539

Isabel Manuel Magalhães- 20191559

João Alziro Gonga – 20200985

Jéssica Domingos – 20210769

Olavo Garcia – 20212145

CURSO: Engenharia Química DOCENTE: Magata Nkuba

TURMA: EQM4_T1

Data de Realização da Experiência: 18/04/2023


Índice

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 3
2. OBJETIVOS ................................................................................................................... 4
3. MATERIAIS E REAGENTES ........................................................................................... 4
3.1 MATERIAIS ............................................................................................................ 4
3.2 REAGENTES .......................................................................................................... 5
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .............................................................................. 6
5 OBSERVAÇÕES/RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................... 8
6 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 10
7 QUESTÕES .................................................................. Erro! Indicador não definido.
8 REFERENCIAS BIBLOGRÁFICAS ............................................................................... 11

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AV. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10, Talatona – Município do Belas – Luanda/Angola
Telefones: +244226430334/44226430330 – Email: geral@isptec.co.ao
1. INTRODUÇÃO

A determinação quantitativa de substâncias químicas em uma amostra


pode ser feita através de várias técnicas analíticas, uma delas é a
titulação, sendo uma técnica comum de laboratório, usado para
determinar a concentração de um reagente conhecido.

A quantificação do conteúdo de cloretos numa amostra solubilizada em água


pode ser facilmente feita por titulação com nitrato de prata (Método de Mohr).
Com a adição lenta da solução de nitrato de prata, forma-se um precipitado
(cloreto de prata):

Ag+ (aq) + Cl- (aq) ==> AgCl(s)

O fim da titulação ocorre quando todo o ião cloreto tiver sido precipitado. O
excesso de iões prata reage os iõs cromato da solução indicadora (de cromato
de potássio) formando um precipitado vermelho-acastanhado de cromato de
prata:

2Ag+ (aq) + CrO4 2- (aq) ==> Ag2CrO4(s)

Este método pode ser utilizado para determinar a concentração de iões


cloretos em amostras de água de várias origens como a água do mar, de rios,
e de estuários aquáticos. Nesta experiência será analisada uma amostra de
água do mar. O pH das soluções amostras deve estar no intervalo de 6,5 a 10

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2. OBJETIVOS

Esta prática teve como objetivo:

 Aplicar a volumetria de precipitação na determinação da


concentração de iões cloretos na água do mar.

3. MATERIAIS E REAGENTES

3.1 MATERIAIS:

Proveta Balão Volumétrico

Funil de vidro Erlenmeyer

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Bureta Béquer de 100 mL

Suporte universal Garra para Bureta

Agitador magnético

3.2 REAGENTES

 Água do mar;
 Solução de AgNO3 padronizada de 0,1mol/L;
 Solução de 5% de K2CrO4;
 Água destilada.

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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1. Preparou-se a bancada a fim de ter todos os materiais para a


realização da prática;
2. Calculou-se a quantidade de água do mar necessária para ser
diluída num balão volumétrico de 250 ml, baseando-se no facto de
que para um balão volumétrico de 100 ml é necessária uma
quantidade de 20 ml de água do mar;
3. Aplicou-se a regra de três simples:

100 ml (balão volumétrico)  20 ml (água do mar)

250 ml (balão volumétrico)  X

4. A partir do cálculo acima estimou-se que x=50 ml. Diluiu-se a amostra


de água do mar pipetando-se 50 ml de amostra no balão volumétrico
de 250 ml e perfez-se o volume com água destilada;
5. Com o auxílio de uma pipeta graduada, mediu-se 50 ml de água do
mar, e transferiu-se esta para o balão volumétrico de 250 ml;
6. Diluiu-se a amostra no balão volumétrico com água destilada contida
no esguicho, sem que a água atingisse o menisco, e corrigiu-se o
volume até o nível marcado no balão com o conta-gotas;
7. Lavou-se uma proveta de 10 ml com água destilada e de seguida
com água do mar, e nela mediu-se 10 ml da água do mar diluída e
transferiu-se para o erlenmeyer;
8. Seguidamente num copo de precipitação transferiu-se uma solução
de 0,1 M de AgNO3, e preencheu-se a bureta até que o nível da
solução de AgNO3 fique na marca zero da bureta;
9. Com a ajuda da proveta de 10 ml fez-se 5 medições para perfazer 50
ml de água destilada e transferiu-se cada volume medido para o
erlenmeyer contendo a solução diluída de água do mar;

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10. Adicionou-se 1 ml da solução indicadora de cromato de potássio
(K2CrO4) à mistura presente no erlenmeyer;
11. Posicionou-se o erlenmeyer sob a bureta, e iniciou-se a titulação até
que a solução atingisse um ligeiro tom de cor vermelho-acastanhado
conforme as imagens abaixo:

Antes da reação Depois da reação

12. Finalmente fechou-se a torneira e, em uma tabela, anotaram-se os


valores dos volumes inicial e final de AgNO3 na bureta;
13. Repetiu-se este procedimento por mais duas vezes de maneiras que
fossem obtidos 3 volumes de titulantes concordantes entre si.

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5. OBSERVAÇÕES/RESULTADOS E DISCUSSÕES

O processo de titulação é descrito pela reação:

𝐀𝐠𝐍𝐎𝟑 (𝐚𝐪) + 𝐍𝐚𝐂𝐥(𝐚𝐪) → 𝐀𝐠𝐂𝐥(𝐬) + 𝐍𝐚𝐍𝐎𝟑 (𝐚𝐪)


Foram realizadas três titulações com uma solução padrão de AgNO3
0,1M. Desta forma utilizou-se nos cálculos a media dos volumes das
titulações. Com a média obtida foi possível calcular o numero de mols de
AgNO3, uma vez que a sua concentração já é conhecida:

Sabendo que o Volume da água do mar diluída é de 250 ml, e a massa


molar do cloro 35,45 g/mol e o Volume da amostra 50 ml.

NAgNO3= CAgNO3*VAgNO3gasto

Titulações Concentração(mol/l) Volume gasto(ml) Nº de moles(AgNO3) (mol)


1º 9,6 9,6*10^(-4)
2º 8,4 8,4*10(-4)
3º 0,1 7 7*10(-4)
Média 8,33 8,33*10^(-4)
Tabela 1. Volume de AgNO3 por titulação

E para calcular a quantidade (em moles) de iões cloretos presentes na


amostra em cada ensaio, a concentração [em mol/l, em ppm, e em
g/100 ml (%)] de iões na amostra de água do mar, usaram-se as seguintes
equações:

𝐧(𝐀𝐠𝐍𝐎𝟑 ) ×𝐕(á𝐠𝐮𝐚 𝐝𝐨 𝐦𝐚𝐫 𝐝𝐢𝐥𝐮í𝐝𝐚)


𝐧(𝐂𝐥− ) =
𝟏𝟎𝐦𝐋

𝐦(𝐂𝐥− ) = 𝐧(𝐂𝐥− ) × 𝐌𝐌(𝐂𝐥)

𝐦(𝐂𝐥− )
%𝐦/𝐕 = × 𝟏𝟎𝟎%
𝐕(𝐚𝐦𝐨𝐬𝐭𝐫𝐚)

Sabendo o volume gasto, e a sua concentração, temos:

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Titulações *n(Cl-) água do mar m(cl) (g) %m(Cl)/V (g/mL)
diluída (mol)
1º 0,024 0,8508 1,7016
2º 0,021 0,7444 1,4888
3º 0,0175 0,6203 1,2406
Média 0,0208 0,7385 1,477

Calculou-se no número de moles dos iões cloretos em 10 mL que é uma


porção da amostra de água do mar diluída que foi utilizada para a
titulação. Pela equação demonstrada acima, sabe-se que a relação
estequiométrica é de 1:1 logo tem-se:

𝐧(𝐀𝐠𝐍𝐎𝟑 ) = 𝐧(𝐍𝐚𝐂𝐥) (𝟏)

Seguindo a expressão (1), calculou-se o número de moles do nitrato de


prata, sabendo que proporção da reação é de 1:1, logo é o mesmo
número de moles dos iões cloro, depois usou-se essa quantidade para
acharmos o número de moles na solução diluída.

Para estes cálculos assumimos o que a partir do momento em que a


solução começou a ficar alaranjada (ponto de viragem), o volume gasto
de nitrato de prata é o volume necessário para reagir completamente
com os iões cloro, com uma presença leve do cromato de prata.

Para determinar as concentrações de cloreto, usaram-se as seguintes


fórmulas:
m(Cl) n(Cl)
Diluída: 𝐂(𝐂𝐥− )𝐝𝐢𝐥 = , 𝐩𝐩𝐦(𝐂𝐥− )𝐝𝐢𝐥 = 1000 × C(Cl− ) , 𝐂𝐦𝒅𝒊𝒍 =
Vdil Vdil

Não Diluída: 𝐂(𝐂𝐥− ) = 5 × C(Cl− )dil , 𝐩𝐩𝐦(𝐂𝐥− ) = 5 × ppm(Cl− )dil , 𝐂𝐦 = 5 × 𝐂𝐦𝒅𝒊𝒍

𝑉𝑑𝑖𝑙 = 𝑉(água do mar diluída) = 250 ∗ 10^(−3) 𝑙 𝑉amostra não diluída = 50 ∗ 10^(−3) 𝑙

Amostras Cm (mol/l) C(Cl-) (g/L) ppm(Cl-) (mg/L)


Diluída 0,0832 2,954 2954
Não Diluída 0,416 14,77 14770

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6. CONCLUSÃO

Uma vez que os objetivos previamente definidos foram alcançados,


pode-se dizer que a titulação de precipitação é baseada em reações
de formação de compostos pouco ionizáveis, pouco solúveis e
complexos, e que pode ser vista ou detectada durante uma mudança
de coloração ou ponto de viragem, em que para se ter uma certeza
aproximada de um valor é necessário refazer a mesma experiência a
fim de que não haja muita variação dos dados, tornando assim o
experimento ou a prática confiável.

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7. REFERENCIAS BIBLOGRÁFICAS

BOYD, Claude E. Typical chemical characteristics of full-strength seawater.


Global Aquaculture, 2020. Disponível em:
https://www.aquaculturealliance.org/advocate/typical-chemical-
characteristics-of-full-strength-seawater/. Acesso em: 9 maio 2021.

DETERMINAÇÃO DE CLORETOS: MÉTODO ARGENTOMÉTRICO OU MÉTODO


DE MOHR. Disponível em:
https://ib.rc.unesp.br/Home/Departamentos47/BioquimicaeMicrobiologi
a/ana.pdf. Acesso em: 8 de maio 2021.

ENVIRO SCIINQUIRY, 2011. Disponível em:


https://ei.lehigh.edu/envirosci/watershed/wq/wqbackground/chlorideb
g.html. Acesso em: 9 maio de 2021.

ENVIRO SCIINQUIRY, 2011. Disponível em:


https://www.canterbury.ac.nz/media/documents/science-
outreach/chloride_mohr.pdf. Acesso em: 8 maio de 2021.

MINERAL MAKEUP OF SEAWATER. Disponível em:


https://web.stanford.edu/group/Urchin/mineral.html. Acesso em: 9 maio
de 2021.

SILVA. Lilian. Volumetria de Precipitação, 2011. Disponível em:


https://www.ufjf.br/baccan/files/2011/05/Aula-4-Volumetria-de-
precipitacao_2011.pdf. Acesso em: 9 de maio 2021.

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