Sumário
Sumário
Sumário
Metrologia .................................................................................................................................................... 4
2 - Erro de medição................................................................................................................................. 13
3 - Instrumentos de medição..................................................................................................................... 21
3.2 - Paquímetros................................................................................................................................. 23
4 - Calibração ......................................................................................................................................... 59
Considerações Finais.................................................................................................................................... 66
1
117
2
117
METROLOGIA
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Caro(a) estrategista, na presente aula vamos estudar metrologia mecânica.
Os temas desta aula são relevantes em número de questões em prova, ou seja, vamos dominá-los
para arrebentar na prova!
Devido a extensão desta disciplina, vamos abordar os assuntos desta aula de modo a proporcionar
uma leitura de fácil compreensão e assimilação.
Os tópicos necessários e mais importantes serão aprofundados por meio de esquemas, figuras e
resumos. Tudo isto será feito para que você possa extrair o máximo de conteúdo para a hora de sua prova.
Como de costume, antes de começarmos nossa aula, reforço que ela é escrita baseada em fontes
consagradas da engenharia mecânica, portanto haverá figuras e citações retiradas de bibliografias. Isto é
realizado com o objetivo de tornar o material o mais didático e claro possível.
Sem mais, lembre-se de acessar e curtir minhas redes sociais. Lá você poderá encontrar dicas,
conteúdos e informações a respeito de seu concurso! Vamos lá?!
Instagram - @profjulianodp
E-mail - profjulianodp@gmail.com
Telegram - https://t.me/profjulianodp
3
117
METROLOGIA
Caro estrategista, vamos iniciar o estudo da metrologia mecânica com uma introdução e a definição
de diversos conceitos fundamentais importantes para que possamos desenvolver os demais conteúdos
conforme estes são cobrados em prova. Bora lá?!
A palavra metrologia possui origem grega (metron: medida; logos: ciência), ou seja, é uma ciência que
estuda a medição e também podemos caracterizá-la como uma atividade técnica que perdura desde os
primórdios da humanidade.
O que seria uma medição? Segundo o Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM) medição é o
processo de obtenção experimental de um ou mais valores que podem ser, seguramente, atribuídos a uma
grandeza.
Note que para declarar de maneira quantitativa uma grandeza física, precisamos compará-la com
uma unidade e determinarmos o número de vezes que essa unidade está compreendida na grandeza
avaliada. Assim, fica evidente a necessidade que as unidades sejam bem definidas e reconhecidas
internacionalmente para que as medições assumam caráter global.
A grandeza que está sendo medida recebe o nome de mensurando, que nada mais é que o objeto de
medição. Retomando o exemplo acima, temos que a medição da altura de uma pessoa nos dá o valor de 1,85
4
117
m, ou seja, neste caso, a altura da pessoa é o mensurando. Em outras palavras o mensurando é a grandeza
específica submetida à medição.
Processo de obtenção
experimental de um ou mais
Medição valores que podem ser,
seguramente, atribuídos a
uma grandeza.
Ciência que estuda
a medição
Objeto da medição. Grandeza
METROLOGIA
Mensurando específica submetida a
medição.
Realizada através de
Operação de
instrumentos de medição ou
medição
sistema de medição.
Além da adoção do Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM) para que as medições possam ser
corretamente interpretadas em qualquer lugar do planeta é necessário a adoção de um sistema de unidades
de medição muito bem estabelecidas. Assim, atualmente o Sistema Internacional de Unidades (SI) é
reconhecido e adotado por praticamente todos os países. Vamos ao seu estudo!
Prezado estrategista, vamos iniciar o estudo do SI voltando no tempo com uma breve história a
respeito da necessidade de medir ao longo do caminho evolutivo da humanidade.
Pense comigo, como que o homem fazia para medir cerca de 4000 anos atrás? Imagino que você já
deva ter ouvido falar que o homem utilizava como unidade de medição partes do corpo. É isso mesmo! Foi
assim que surgiram algumas unidades utilizadas até hoje como a polegada e o pé. Aposto que, até nos dias
de hoje, você já viu alguém tentando medir algo com o palmo ou através de passos na falta de um
instrumento de medição.
5
117
Apesar de serem adotadas em diversas regiões as unidades baseadas em partes anatômicas do corpo
humano como a polegada, o palmo, o pé, a jarda, o passo e a braça variavam de pessoa para pessoa de
acordo com as características físicas de cada um dificultando assim a padronização das medidas.
Com o decorrer dos anos e o aprimoramento da sociedade cada vez mais em negociações surgia a
necessidade de utilização de unidades de medidas que associadas a números, pudessem representar à
quantidade que se desejava expressar. Desta forma, cada qual com suas curiosidades, foram sendo adotadas
referências padrões de unidades combinadas com a avanço tecnológico até se chegar à adoção de um único
sistema de unidades o SI.
Atualmente o Sistema Internacional de Unidades (SI) apresenta duas classes de unidades que são
as unidades de base e as unidades derivadas. Desta maneira, cada grandeza apresenta uma única unidade
que é obtida através da multiplicação ou divisão a partir das unidades de base.
As unidades de base são aquelas utilizadas para representar as grandezas de base que são um
subconjunto escolhido, por convenção, dentro de um sistema de grandezas no qual nenhuma grandeza
dentro deste subconjunto possa ser expressa em função da outra. Assim, por convenção, no atual Sistema
Internacional de Unidades (SI) são adotadas sete unidades de base.
As unidades de base do SI são utilizadas como referências para definir todas as unidades de medidas
dentro do Sistema Internacional e a partir de maio de 2019 as seguintes definições para as sete unidades de
base do SI foram adotadas:
6
117
monocromática de frequência 540 x 10¹² Hz, kcd, em 683, quando se
expressa a unidade em lm.W-1, igual a cd.sr.kg-1.m-2.s³ onde o kilograma,
o metro e o segundo são definidos em função de h, c e ∆νCs.
O mol é a unidade de medida da quantidade de matéria no SI. Seu valor
Quantidade de é estabelecido fixando-se o valor numérico da Constante de Avogadro
mol
Matéria (NA) exatamente igual a 6,02214076. 10²³ quando expresso em
unidades do SI, mol-1.
Note que todas as unidades são baseadas em constantes, pois o novo Sistema Internacional de
Unidades (SI) tem como base o valor de 7 constantes universais assim, podemos dizer que as unidades de
base são “derivadas” das constantes fundamentais listadas abaixo.
As unidades derivadas do Sistema Internacional de Unidades são definidas como produto das
potências das unidades de base. Abaixo temos representadas 22 unidades derivadas do SI que recebem
nomes especiais. Essas unidades em conjunto com as sete unidades de base formam o núcleo do conjunto
de unidades do Sistema Internacional de Unidades. Todas as demais unidades do SI são formadas pela
combinação destas 29 unidades.
UNIDADE EXPRESSA EM
NOME ESPECIAL
GRANDEZA DERIVADA TERMOS DAS UNIDADES DE
DA UNIDADE
BASE
ângulo plano radiano 𝑟𝑎𝑑 = 𝑚/𝑚
ângulo sólido esterradiano 𝑠𝑟 = 𝑚2 /𝑚2
frequência hertz 𝐻𝑧 = 𝑠 −1
força newton 𝑁 = 𝑘𝑔 . 𝑚 . 𝑠 −2
pressão, tensão pascal 𝑃𝑎 = 𝑘𝑔 . 𝑚−1 . 𝑠 −2
energia, trabalho, quantidade de calor joule 𝐽 = 𝑘𝑔 . 𝑚2 . 𝑠 −2
potência, fluxo radiante watt 𝑊 = 𝑘𝑔 . 𝑚2 . 𝑠 −3
carga elétrica coulomb 𝐶 = 𝐴.𝑠
diferença de potencial elétrico volt 𝑉 = 𝑘𝑔. 𝑚2 . 𝑠 −3 . 𝐴−1
capacitância farad 𝐹 = 𝑘𝑔−1 . 𝑚−2 . 𝑠 4 . 𝐴2
resistência elétrica ohm Ω = 𝑘𝑔. 𝑚2 . 𝑠 −3 . 𝐴−2
condutância elétrica siemens 𝑆 = 𝑘𝑔−1 . 𝑚−2 . 𝑠 3 . 𝐴2
fluxo magnético weber 𝑊𝑏 = 𝑘𝑔. 𝑚2 . 𝑠 −2 . 𝐴−1
densidade de fluxo magnético tesla 𝑇 = 𝑘𝑔. 𝑠 −2 . 𝐴−1
indutância henry 𝐻 = 𝑘𝑔. 𝑚2 . 𝑠 −2 . 𝐴−2
temperatura em Celsius graus Celsius °𝐶 = 𝐾
7
117
fluxo luminoso lumen 𝑙𝑚 = 𝑐𝑑. 𝑠𝑟
iluminância lux 𝑙𝑥 = 𝑐𝑑. 𝑠𝑟. 𝑚−2
atividade de um radionuclídeo becquerel 𝐵𝑞 = 𝑠 −1
dose absorvida gray 𝐺𝑦 = 𝑚2 . 𝑠 −2
dose equivalente sievert 𝑆𝑣 = 𝑚2 . 𝑠 −2
atividade catalítica katal 𝑘𝑎𝑡 = 𝑚𝑜𝑙. 𝑠 −1
Além destas unidades com nomes e símbolos especiais, caro estrategista, temos outras unidades
derivadas que são utilizadas para representar demais grandezas derivadas. Uma vez que o número de
grandezas é ilimitado, não tem como listarmos aqui uma todas as grandezas e suas respectivas unidades
derivadas. Alguns outros exemplos de unidades derivadas são:
área
• símbolo: A ; 𝑚2
volume
• Símbolo: V ; 𝑚3
velocidade
• símbolo: v ; 𝑚. 𝑠 −1
aceleração
• símbolo: 𝑎⬚ ; 𝑚. 𝑠 −2
massa específica ou densidade
• símbolo: 𝜌⬚ ; 𝑘𝑔. 𝑚−3
volume específico
• símbolo: 𝑣 ⬚ ; 𝑚3 . 𝑘𝑔−1
Prosseguindo nosso estudo, temos também que o SI nos trás múltiplos e submúltiplos decimais para
serem utilizados junto com as unidades do Sistema Internacional de Unidades. Vejamos a tabela abaixo:
Note que exceto os prefixos da (deca), h (hecto) e k (quilo), todos os demais símbolos dos prefixos
dos múltiplos são em letra maiúscula e todos os símbolos dos prefixos dos sub-multiplos são em letras
8
117
minúsculas. Além disso, por regra todos os nomes de prefixos são escritos em letras minúsculas, exceto
quando iniciarem uma sentença.
Quando combinamos o símbolo do prefixo com um símbolo de uma unidade formamos um novo
símbolo inseparável para uma unidade como por exemplo pm (picometro), GΩ (gigaohm) e THz (terahertz).
Existem também algumas unidades que não fazem parte do Sistema Internacional de Unidades, mas
que são aceitas para serem utilizadas com unidades SI, dentre elas podemos destacar as unidades de minuto,
hora e dia para expressarmos o tempo, as unidades graus, minuto e segundo para expressarmos a grandeza
de ângulos planos e em fase, além das unidades de litro para volume e tonelada para expressarmos a
grandeza de massa.
Para finalizarmos nosso estudo do SI, temos que analisar algumas regras para a grafia correta dos
nomes de unidades. Quando escritas por extenso os nomes sempre começam com letra minúscula mesmo
quando possuem origem em nome de pessoas, existindo a única exceção que á para a unidade de
temperatura graus Celsius.
Em relação a escrita no plural quando utilizamos prefixos estes nunca vão para o plural por exemplo
quilosgramas ou milisnewtons são maneiras incorretas. O plural dos nomes ou das partes dos nomes das
unidades não recebem a letra “s” no final quando terminam com letras s, x ou z (siemens, lux e hertz) e
também quando correspondem aos denominados de unidades compostas por divisão como por exemplo
quilômetros por hora e volts por metro.
Em relação aos símbolos das unidades estes são invariantes, ou seja, devem ser sempre escritos da
mesma forma conforme indicada no SI. Eles não vão para o plural, não podem ser utilizados como
abreviaturas seguido de ponto (a não ser em fim de sentença) e sempre devem ser escritos no mesmo
alinhamento do número a que se referem, nunca como expoente ou índice.
Vejamos alguns erros comuns de mau uso da grafia das unidades do Sistema Internacional de
Unidades.
9
117
forma correta forma incorreta
km Km
kg Kg
µm µ
20 h 20 hs ou 20 hrs
290 K 290 °K
10
117
Logo, a alternativa C está CORRETA e é o gabarito da questão.
Caro(a) estrategista, os países anglo-saxões utilizam o sistema baseado na jarda imperial (do inglês
yard) e seus derivados não decimais. Estados Unidos e Inglaterra são os principais países que adotam esse
sistema de unidades e também, é claro, elas podem aparecer no cotidiano em ferramentas e equipamentos
oriundos destas localidades.
Desta forma é importante que você conheça as principais unidades deste sistema e conheça os
fatores de conversões para as grandezas correlatas do Sistema Internacional para não ser surpreendido
durante sua prova. Vejamos a tabela abaixo:
Unidades da grandeza
Comprimento
Sistema Internacional de
Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
Unidades-SI
1 polegada = 25,4mm
milímetro - mm polegada - inch (in)
1 milímetro = 0,039in
milímetro - mm pé - foot (ft) 1 pé = 304,8mm
centímetro - cm polegada - inch (in) 1 polegada = 2,54cm
centímetro - cm pé - foot (ft) 1 pé = 30,48cm
metro - m pé - foot (ft) 1 pé = 0,3048 m
metro - m jarda - yard (yd) 1 jarda = 0,9144m = 914,4mm
quilômetro - km milha - mile (mi) 1 milha = 1,609 km
Unidades da grandeza Área
Sistema Internacional de
Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
Unidades-SI
polegada quadrada - 1 inch² 1 polegada quadrada = 6.452cm²
centímetro quadrado - cm²
(sq.in) = 645,2mm²
centímetro quadrado - cm² pé quadrado - 1 foot² (sq.ft) 1 pé quadrado = 929,03cm²
metro quadrado - m² pé quadrado - 1 foot² (sq.ft) 1 pé quadrado = 0,092m²
metro quadrado - m² milha quadrada - 1 yard² (sq.yd) 1 jarda quadrada = 0,8361m²
metro quadrado - m² acre - acre (ac) 1 acre = 4.046,9m²
hectare - ha acre - acre (ac) 1 acre = 0,4047ha
1 milha quadrada = 259,0 ha(
hectare - ha milha quadrada - 1 mile² (sq.mi)
1ha=10.000m²)
quilômetro quadrado - km² milha quadrada - 1 mile² (sq.mi) 1 milha quadrada = 2.590 km²
Unidades da grandeza Volume
Sistema Internacional de
Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
Unidades-SI
litro - l polegada cúbica - 1 inch³ (cu.in) 1 polegada cúbica = 0,01639 litro
mililitro - ml polegada cúbica - 1 inch³ (cu.in) 1 polegada cúbica = 16,39 ml
centímetro cúbico - cm³ polegada cúbica - 1 inch³ (cu.in) 1 polegada cúbica = 16,39 cm³
milimetro cúbico - mm³ polegada cúbica - 1 inch³ (cu.in) 1 polegada cúbica = 16.390mm³
11
117
1 pé cúbico = 28,32
decímetro cúbico - dm³ pé cúbico - 1 foot³ (cu.ft)
dm³(1l=1dm³)
1 pé cúbico = 28,32
litro - l pé cúbico - 1 foot³ (cu.ft)
litros(1.000l=1m³)
metro cúbico - m³ pé cúbico - 1 foot³ (cu.ft) 1 pé cúbico = 0,02832 m³
metro cúbico - m³ jarda cúbica - 1 yard³ (cu.yd) 1 jarda cúbica = 0,7646m³
Unidades da grandeza Massa
Sistema Internacional de
Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
Unidades-SI
grama - g onça - 1 ounce (oz) 1 onça = 28,35g
quilograma - kg libra - 1 pound (lb) 1 libra = 0,4536kg
quilograma - kg kip(1000libras) - 1 kip 1 kip = 453,59kg
quilograma - kg tonelada - 1 ton 1 tonelada = 1.016,05kg
Unidades da grandeza
Capacidade
Sistema Internacional de
Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
Unidades-SI
centímetro cúbico - cm³ onça fluida - 1 fl.oz 1 onça fluida = 28.413cm³
litro - l pinto - 1 pt 1 pinto = 0,568 l
litro - l quarto - 1 qt 1 quarto = 1,137 l
Unidades da grandeza Massa
por
Unidades da grandeza Área
Sistema Internacional de
Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
Unidades-SI
1 onça/pé quadrado = 305,15
grama x metro quadrado - g/m² onça x pé quadrado - 1 oz/ft²
g/m²
quilograma x metro quadrado - 1 libra/polegada quadrada =
libra x polegada quadrada - 1 psi
kg/m² 703,07kg/m²
quilograma x metro quadrado - 1 libra/pé quadrado =
libra x pé quadrado - 1 psf
kg/m² 4.882kg/m²
Unidades da grandeza Vazão
Sistema Internacional de
Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
Unidades-SI
litro x segundo - l/s galão x segundo - 1 gal./sec 1 galão/segundo = 4,5461 l/s
litro x segundo - l/s galão x minuto - 1 gal./min. 1 galão/minuto = 0,07577 l/s
litro x hora - l/h galão x hora - 1 gl./hr 1 galão/hora = 4,5461 l/h
polegada cúbica x segundo - 1 1 polegada cúbica/segundo =
mililitro x segundo - ml/s
in³/s 16,39 ml/s
1 pé cúbico/segundo = 0,02832
metro cúbico x segundo - m³/s pé cúbico x segundo - 1 ft³/s
m³/s
litro x segundo - l/s pé cúbico x minuto - 1 ft³/min 1 pé cúbico/minuto = 0,4791 l/s
Unidades da grandeza
Comprimento por
unidades da grandeza Volume
12
117
Sistema Internacional de
Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
Unidades-SI
quilometro x litro - km/l milha x galão - 1 mpg 1 mpg = 0,354 km/l
litro x quilometro - l/km galão x milha - 1 gpm 1 galão/milha = 2,825 l/km
Unidades da grandeza
Velocidade
Sistema Internacional de
Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
Unidades-SI
milímetro x segundo - mm/s polegada x segundo - 1 in./sec. 1 polegada/segundo = 25,4 mm/s
metro x segundo - m/s pé x segundo - 1 fps 1 pé/segundo = 0,3048 m/s
metro x segundo - m/s pé x minuto - 1 fpm 1 pé/minuto = 0,00508 m/s
metro x minuto - m/min pé x minuto - 1 fpm 1 pé/minuto = 0,3048 m/min
quilometro x hora - km/h milhas x hora - 1 mph 1 milha/hora = 1,609 km/h
Unidades da grandeza
Temperatura
Sistema Internacional de
Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
Unidades-SI
Grau Celsius - ºC Grau Fahrenheit - ºF 1 ºC = 0,5556 (ºF - 32)
Unidades da grandeza Energia
Sistema Internacional de
Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
Unidades-SI
joule - j Unidade Térmica Britânica - Btu 1 Btu = 1.055j
kilojoule - kj Unidade Térmica Britânica - Btu 1 Btu = 1,055kj
Unidades da grandeza Potência
Sistema Internacional de
Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
Unidades-SI
watt - w Cavalo-vapor (horsepower) - hp 1 hp = 745,7w
kilowatt - kw Cavalo-vapor (horsepower) - hp 1 hp = 0,7457kw
Unidades da grandeza
Iluminação
Sistema Internacional de
Sistema Inglês Fator de conversão/equivalência
Unidades-SI
lux - lux footcandle - ft.candle 1 ft.candle = 10,76 lux
2 - Erro de medição
Caro aluno (a), quando realizamos uma medição desejamos que a indicação apontada pelo
instrumento ou sistema de medição seja o valor verdadeiro (perfeito) do mensurando. Contudo, não é isso
que sempre acontece, pois existem fatores que induzem ao erro de medição como por exemplo imperfeições
no instrumento ou sistema de medição, limitações do operador e influência das condições ambientais.
13
117
Apesar de ser indesejável o erro de medição sempre estará presente, por mais ideais que sejam as
condições de medição. No entanto, desde que sejam conhecidas suas causas e a natureza do erro de medição
é possível obter informações confiáveis em processos de medição. Vejamos o conceito de erro de medição
segundo o Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM).
Em outras palavras, o erro de medição é a diferença entre o valor indicado pelo instrumento ou
sistema de medição e o valor verdadeiro do mensurando. A equação abaixo define o erro de medição:
𝐸 = 𝐼 − 𝑉𝑉
O erro de medição está presente sempre que o comportamento real de um sistema se afasta do ideal.
Como citado, por diversas razões, toda medição pode apresentar erro e, basicamente existem três tipos de
erro de medição que são: erro sistemático, erro aleatório e erro grotesco. Vejamos a definição de erro
sistemático e erro aleatório segundo o VIM 2012 e também a definição de erro grosseiro.
14
117
Erro Sistemático
• Componente do erro de medição que, em medições repetidas, permanece constante ou
varia de maneira previsível.
Erro Aleatório
• Componente do erro de medição que, em medições repetidas, varia de maneira
imprevisível.
Erro grosseiro
• Erro causado por falha humana na operação do instrumento de medição, ou
interpretação equivocada dos resultados obtidos.
O erro sistemático e o erro aleatório não podem ser eliminados, contudo eles podem se
minimizados. Por exemplo, se um erro sistemático é oriundo de um efeito conhecido de uma grandeza de
influência em um resultado de medição, denominado efeito sistemático, pode-se quantificar este efeito, e
se for necessário, corrigido.
Podemos concluir então, que os erros sistemáticos acontecem por fontes identificáveis e, assim,
podem ser eliminados ou compensados. Esse tipo de erro faz com que as medições realizadas estejam acima
ou abaixo do valor real de uma maneira consistente prejudicando a sua exatidão e, eles decorrem de uma
imperfeição no instrumento ou no procedimento de medição ou até mesmo por causa da utilização de um
equipamento não calibrado.
No caso de erro aleatório, como ele é imprevisível, não é possível fazer uma correção, mas é possível
reduzi-lo a partir do aumento do número de observações realizadas. Em outras palavras, os erros aleatórios
possuem origem em fatores imprevisíveis, podendo ser caracterizado por flutuações para cima ou para
baixo. Esses erros decorrem da limitação do instrumento de medição ou do procedimento de medição,
impedindo a obtenção de medidas exatas. Nem sempre é possível determinar as fontes dos erros aleatórios.
Por fim, na prática aparece um outro tipo de erro denominado erro grosseiro. Esse erro geralmente
é causado pela falta de habilidade, pela pouca experiência do operador ou ainda pela falta de procedimentos
experimentais adequados durante a execução de uma medição. Podemos destacar como erros grosseiros os
erros de paralaxe do operador quando é feita a utilização de instrumento analógico, a confusão na
interpretação de um valor, o erro de arredondamento e a operação incorreta do instrumento de medição.
O erro de paralaxe ocorre devido a uma observação equivocada do valor na escala analógica do
instrumento de medição, devido ao ângulo de visão. Na utilização de um paquímetro, por exemplo, devido
a essa inclinação pode haver coincidência entre um traço da escala fixa com outro da escala móvel, induzindo
o operador ao erro.
15
117
2.1 - Diferença entre precisão e exatidão
Prezado aluno (a), precisamos conhecer a diferença entre precisão e exatidão, uma vez que, em
questões envolvendo erros de medição, a banca pode exigir tal conhecimento que comumente pode ser
confundido. Vejamos os conceitos de precisão de medição e exatidão de medição segundo o VIM 2012.
Note que ambos possuem significados diferentes, sendo que em alguns casos erroneamente, seus
conceitos são invertidos. Para um melhor esclarecimento, vamos a um exemplo fazendo uma analogia com
quatro atiradores (A, B, C e D), realizando disparo de projéteis contra um alvo. Vejamos a imagem:
A) Baixa precisão e alta B) Alta precisão e alta C) Baixa precisão e baixa D) Alta precisão e baixa
exatidão exatidão. exatidão exatidão.
Quando um conjunto de medidas se afastam muito da média, temos uma baixa precisão e o
conjunto de valores medidos apresenta alta dispersão. Quando estão aproximadas da média diz-se que a
medida apresenta alta precisão e os valores possuem baixa dispersão.
16
117
Voltando a analisar a figura temos que o atirador A apresenta um espalhamento grande em torno do
centro do alvo, ou seja, baixa repetitividade, contudo, os tiros estão aproximadamente com a mesma
distância do centro, em outras palavras, boa exatidão. Assim, neste caso temos erro aleatório elevado e erro
sistemático baixo.
O atirador B acertou todos os tiros no centro do alvo, demonstrando boa exatidão e, também, boa
repetitividade, alta precisão. Neste caso, o atirador apresenta baixo erro sistemático e baixo erro aleatório.
O atirador C, como podemos notar, é o que apresenta o pior resultado do ponto de vista metrológico,
uma vez que apresenta um espalhamento muito grande (baixa repetitividade) e, como agravante, os tiros
são distantes do centro do alvo (baixa exatidão). Neste caso, temos elevado erro aleatório e elevado erro
sistemático.
Por fim, o atirador D obteve tiros concentrados com baixa dispersão, ou seja, boa precisão
(repetitividade), contudo, os tiros estão afastados do centro demonstrando baixa exatidão. Isso indica baixo
erro aleatório e elevado erro sistemático. Portanto, podemos dizer que um exemplo de erro sistemático
pode ser várias medidas com desvio padrão pequeno, mas descentralizadas.
Caro estrategista, é possível realizar uma estimação do erro sistemático de uma medição. Para isso,
é necessário a realização de várias medições repetitivas de um mensurando cujo valor verdadeiro é bem
conhecido e quanto maior forem o número de medições repetitivas, melhor será a estimativa do erro
sistemático. O cálculo pode ser realizado pela seguinte expressão:
𝐸𝑠 = 𝐼 ̅ − 𝑉𝑉
Em que 𝐸𝑠= erro sistemático; 𝐼 =̅ média de um número finito de indicações e 𝑉𝑉= valor verdadeiro do
mensurando. Uma outra forma de se obter o erro sistemático se dá a partir de sua estimativa aproximada
chamada tendência que pode ser calculada por:
𝑇𝑑 = 𝐼 ̅ − 𝑉𝑉𝐶
Em que 𝑇𝑑= tendência; 𝐼 =̅ média de um número finito de indicações e 𝑉𝑉𝐶= valor verdadeiro
convencional do mensurando.
Cabe destacar que a tendência calculada pela diferença entre a média das medições e o VVC nunca
será exatamente igual ao valor do erro sistemático, sendo está um valor aproximado associada a uma
incerteza.
Quando se conhece a tendência de medição pode-se efetuar a correção dos erros sistemáticos, por
exemplo uma balança que sempre pesa 20 g a mais do que o valor verdadeiro podemos corrigir o seu erro
17
117
através da subtração de 20 g da indicação. Assim, temos que a correção (C) é uma constante que deve ser
adicionada à indicação para a correção de erros sistemáticos, sendo essa expressa por:
𝐶 = −𝑇𝑑 = 𝑉𝑉𝐶 − 𝐼 ̅
Segundo o VIM 2012 correção é a compensação de um efeito sistemático estimado que pode assumir
diferentes formas, tais como adição de um valor ou multiplicação por um fator, ou pode ser deduzida a partir
de uma tabela.
Em relação ao erro aleatório este pode ser determinado pela seguinte expressão:
𝐸𝑎𝑖 = 𝐼𝑖 − 𝐼 ̅
Onde 𝐸𝑎𝑖 = erro aleatório da i-ésima indicação; 𝐼𝑖 = i-ésima indicação e 𝐼 =̅ média das indicações. O erro
aleatório deve ser calculado para cada indicação porque este não apresenta nenhum padrão previsível.
O valor do erro aleatório não apresenta grande importância na próxima, contudo a repetitividade é
uma informação extremamente útil para estimar a faixa de incertezas ligadas ao resultado de medição.
Sendo está definida por:
𝑅𝑒 = ±𝑡. 𝑠
Em que Re é a faixa de dispersão que se situa o erro aleatório, nesse caso, com probabilidade P=95%;
s é o desvio padrão experimental e t é o coeficiente t-Student obtido através de tabelas.
Por fim, podemos calcular o resultado de uma medição a partir da seguinte expressão matemática:
𝑅𝑒
𝑅𝑀 = 𝐼 ̅ − 𝑇𝑑 ±
√𝑛
Onde 𝑅𝑀= resultado da medição; 𝐼 =̅ média aritmética das indicações; 𝑇𝑑= tendência;
𝑅𝑒=repetitividade e 𝑛=número de medições executadas.
18
117
(CESGRANRIO/PETROBRAS/2017) Uma balança é levada a um laboratório onde são feitas 9 medições de
um padrão de massa; portanto, um mensurando invariável igual a 1 kg. A Correção e a Repetitividade de
tal balança são, respectivamente, –2 g e 2,88 g.
Caro estrategista, os conceitos de erro de medição e incerteza de medição podem ser confundidos,
por isso, vamos deixar claro as diferenças entre ambos para que você não seja pego de surpresa durante a
sua prova.
Incerteza de medição – Parâmetro não negativo que caracteriza a dispersão dos valores
atribuídos a um mensurando, com base nas informações utilizadas.
19
117
Em outras palavras a incerteza de medição é a dúvida acerca do resultado de uma medição. Para
que um trabalho de medição seja conceituado e respeitado ele sempre deve determinar a incerteza de
medição que decorre de múltiplas fontes de erros como por exemplo o erro aleatório do sistema de medição,
a ação do operador, fatores ambientais e a maneira como a medições são efetuadas.
Caro aluno(a), denomina-se fonte de erros qualquer fator que age sobre o processo de medição
dando origem a erros de medição. Essas fontes de erros podem ser internas ao sistema de medição ou
externas a ele, podem decorrer da interação entre o sistema de medição e o mensurando ou ainda entre o
sistema de medição e o operador.
Os fatores internos ao sistema de medição são aqueles decorrentes das imperfeições do sistema ou
instrumento utilizado para a medição, pois como sabemos não existe um equipamento perfeito. Limitações
econômicas e tecnológicas proporcionam à construção de sistemas de medições não ideais com
imperfeições nas partes que os compõem, nos conjuntos, nas conexões, nos circuitos e demais módulos. Até
mesmo o princípio físico de operação do equipamento de medição pode induzir a erros de medição.
Quando falamos de sistemas de medições mecânicos erros de geometria das partes do mecanismo
são as principais fontes de erros internos. Devido a limitações de custos e tecnológicos partes e componentes
do instrumento de medição não são montados idealmente e, além disso, esses instrumentos de medição
sofrem com o desgaste promovido pelos seus movimentos relativos, levando a existência de folgas piorando
o seu desempenho.
Os fatores externos ao sistema de medição são aqueles onde o ambiente no qual o sistema de
medição está inserido pode influenciar seu comportamento. Variações de temperatura e vibrações
mecânicas podem ocasionar erros de medição expressivos nos sistemas de medição mecânicos. Campos
eletromagnéticos, flutuações de tensão na rede e variações de frequência podem afetar o comportamento
de instrumentos de medições elétricos. Umidade do ar e pressão atmosférica podem influenciar a medição
em sistemas ópticos de medição.
Em relação a interações entre o sistema e o mensurando temos que um sistema ideal de medição
não deve provocar nenhuma alteração no mensurando. Contudo, grande parte dos sistemas de medições
interage em maior ou menor grau com o mensurando, podendo modificar o seu valor. Esse efeito não
desejado é uma fonte de erro denominada retroação.
A influência do operador também uma fonte de erros graves dentro da metrologia. A habilidade,
acuidade visual, correta aplicação de técnica de medição e os cuidados ao efetuar a medição podem
ocasionar, em maior ou menor grau, erros de medição. Claro que, existem alguns tipos de sistemas em que
a habilidade do operador não influencia na medição, como por exemplo uma balança digital ou um
micrometro digital que possui uma catraca para manter a força de medição constante e repetitiva além de
possuir um indicador digital para evitar erros de leitura.
Para encerrarmos, apesar de existirem sistema que as habilidades do operador não influenciam
existem outros instrumento que são muito sensíveis às habilidades e qualidades do seu operador, como por
exemplo o paquímetro que dependem das interpolações de suas escalas para obter a indicação e além disso
a força de medição é definida pelo operador, podendo alterar as dimensões de materiais que não
20
117
apresentem dureza. Normalmente sistemas analógicos são muito sensíveis a influência do operador na
medição sendo susceptíveis ao erro de paralaxe.
3 - Instrumentos de medição
Prezado estrategista, vamos agora iniciar o estudo dos principais instrumentos de medição utilizados
na engenharia mecânica e que aparecem em questões de provas de concursos.
Quando desejamos realizar uma medição é muito importante iniciarmos com a escolha correta do
instrumento de medição. Pode parecer simples, mas alguns cuidados devem ser tomados como observar à
exigência de exatidão da medida, a tolerância permitida para correta escolha da resolução do instrumento.
Além da resolução, o tipo e tamanho da peça também devem ser considerados.
Resolução – menor variação da grandeza medida que causa uma variação perceptível na
indicação correspondente.
Como o Sistema Internacional de Unidades (SI) adotou o metro como unidade para medições,
surgiram instrumentos com dimensões de seus múltiplos e submúltiplos para medição de comprimento.
Contudo, na mecânica, instrumentos que adotam a polegada como padrão ainda são muito utilizados.
Caro aluno(a), no estudo dos instrumentos de medição de comprimento não podemos deixar de citar
aqueles mais simples como a régua o metro e a trena. Apesar não permitirem uma medição com alta
resolução, podemos dizer que são instrumentos eficazes e muito utilizados em todo o mundo.
Dificilmente em uma questão de concurso você será cobrado sobre conhecimentos a respeito destes
instrumentos, contudo, é importante conhecermos o seu funcionamento para melhor entendimento do uso
de outros instrumentos de medição.
A régua graduada, quando de uso industrial, normalmente é construída em aço inoxidável e possui
duas escalas sendo uma em milímetros e outra em polegadas fracionárias. Na escala em milímetros
normalmente a divisão é feita em 0,5 mm em 0,5 mm ou em 1 mm em 1 mm. A escala em polegadas
fracionárias pode apresentar divisões de 1”/16, 1”/32 ou 1”/64. Diversos comprimentos de réguas graduadas
estão disponíveis no mercado em que elas podem ultrapassar 2 metros de comprimento.
As réguas graduadas devem ser utilizadas em medições que não exijam muita exatidão, devido a
dificuldade de manter uma referência muito rigorosa dos pontos a serem medidos. A figura abaixo
demonstra dois exemplos de réguas graduadas. A escala superior está graduada em polegadas com divisões
1”/32 e 1”/64 e a escala inferior em milímetros com divisões ½ mm e 1 mm.
21
117
A leitura da escala em milímetros é simples, podendo ser feita a partir de um encosto ou adotando
um ponto de referência. Para medir uma peça com uma escala, o erro máximo admissível não pode ser
menor que o valor de uma divisão da escala, ou seja, para uma escala com menor divisão de 0,5 mm,
medições cujo erro aceitável seja maior que 0,5 mm podem ser realizadas.
Segundo o VIM 2012, o erro máximo admissível é o valor extremo do erro de medição, com respeito
a um valor de referência conhecido, admitido por especificações ou regulamentos para uma dada medição,
instrumento de medição ou sistema de medição.
Para a leitura de escalas graduadas em polegadas temos os denominadores pares são simplificados
na apresentação dos resultados. Vejamos a imagem abaixo com um zoom em uma régua graduada em
polegadas com divisão 1”/16.
Cada polegada apresenta 16 divisões. Note que a soma de duas divisões 1”/16 resulta em 1”/8 e
assim por diante. Por exemplo, na medição de uma peça que apresenta a soma de 28 divisões de uma régua
1”/16 teremos que a leitura será igual:
22
117
28 7 4 3 3 3
= = + = 1+ = 1
16 4 4 4 4 4
Outro tipo de equipamento muito utilizado para medição de comprimento são as trenas, (figura
abaixo).
3.2 - Paquímetros
Caro estrategista, com certeza durante a sua graduação você já ouviu falar a respeito deste
instrumento denominado paquímetro. O nome paquímetro possui origem do grego paqui (espessura) e
metro (medida). Basicamente este instrumento de medição consiste em uma régua graduada, com encosto
fixo, sobre a qual desliza um cursor. O paquímetro universal quadrimensional é utilizado para medição de
dimensões lineares internas, externas, de ressalto e de profundidade de uma peça.
Existem diversos tipos de paquímetros disponíveis no mercado dentre os quais os principais são:
23
117
Paquímetro universal com relógio Paquímetro com bico móvel ou
basculante
Paquímetro universal
Paquímetro duplo
Vamos agora conhecer os principais elementos do paquímetro universal que frequentemente são
cobrados em questões de prova.
24
117
4. Escala fixa inferior graduada em milímetros.
5. Escala fixa superior graduada em polegadas.
6. Nônio ou vernier inferior (mm).
7. Nônio ou vernier superior (polegada).
8. Impulsor com trava.
Em alguns casos, as extremidades do encosto são denominadas de bicos fixo e móvel de acordo com
o tipo de encosto e, alguns paquímetros apresentam um parafuso de trava fixado ao nônio superior utilizado
para travar a parte móvel.
Caro estrategista, a correta leitura em instrumentos de medições é algo muito incidente em questões
de provas envolvendo metrologia mecânica. O paquímetro universal, apesar de ser um instrumento simples,
é muito versátil e difundido dentro da engenharia mecânica, por isso é muito importante que você saiba
fazer a correta leitura deste instrumento de medição.
Visto isto, a leitura de paquímetros em milímetros acontece da seguinte maneira: primeiro é feita a
leitura na escala fixa dos milímetros até antes do zero do nônio ou vernier. Após isso é feito a contagem dos
traços do nônio ou vernier até aquele que ocorre coincidência com um traço qualquer da escala fixa. Por fim,
somam-se os valores encontrados. Vejamos um exemplo.
25
117
No paquímetro a esquerda temos que o zero do nônio ou vernier está localizado exatamente em 4
mm, ou seja, a indicação é 4,00 mm exatamente. No paquímetro a direito temos que o traço do zero do
vernier está entre 4 e 5 mm e fazendo a contagem dos traços do nônio percebemos que o 10 traço (5)
coincide exatamente com um traço da escala fixa (em negrito), ou seja, a leitura neste caso será 4,50 mm. É
importante você perceber que cada traço vale 0,05 mm conforme a resolução do instrumento.
No paquímetro a esquerda temos o zero do nônio entre 15 e 16 mm e, o 17° traço do vernier coincide
exatamente com um traço da escala fixa, logo a leitura correta será (15mm + (17 . 0,02 mm) = 15,34 mm.
Atente-se que a resolução destes paquímetros é (1 mm/50) = 0,02 mm.
Observe, caro aluno(a), que quanto menor for a resolução do paquímetro, maior será o grau de
dificuldade para execução da leitura.
(FGV/ALERJ/2017) As figuras a seguir apresentam duas leituras (1 e 2) feitas com o mesmo paquímetro.
26
117
A soma das medidas (1) e (2) vale:
a) 22,02mm;
b) 22,52mm;
c) 27,02mm;
d) 27,52mm;
e) 28,00mm.
Comentário:
Note que a banca exige a SOMA das leituras dos dois paquímetros. Primeiramente devemos notar
que a resolução do paquímetro é (1/50) mm, logo cada divisão do nônio indica 0,02 mm. Assim, podemos
iniciar com a leitura do paquímetro (1).
A leitura do paquímetro (1) é rápida e fácil, pois note que exatamente o zero do vernier está
coincidindo com 11 mm na escala fixa, logo a leitura é 11 mm.
Para leitura do paquímetro (2) note que o zero do nônio está posicionado entre 16 e 17 mm sendo
que o primeiro risco do nônio coincide com um traço da escala fixa. Portanto, a correta leitura neste caso é
16,02 mm.
Realizando a soma obtemos:
11 + 16,02 = 27,02 𝑚𝑚[
Logo, a alternativa C está CORRETA e é o gabarito da questão.
Vamos agora aprender como se faz a leitura em paquímetros em polegadas, escrita em inglês por
inch/inches, que pode ser abreviado por in ou ainda apresentada por aspas duplas (“).
27
117
dividido pelo número de divisões do nônio. Vejamos um exemplo de resolução e leitura para paquímetros
de escala fracionária:
Primeiramente, prezado estrategista, você sempre deve verificar a resolução do paquímetro. Neste
caso ela está indicada (1/128) in, mas você também pode calcular verificando que na escala fixa temos 16
divisões e na escala do vernier temos 8 divisões assim a resolução do instrumento será:
1
(16) 1
𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = 𝑖𝑛
8 128
A leitura será dada pela soma da leitura na escala fixa com a leitura da escala do vernier. Assim para
o exemplo da esquerda teremos:
0 4 4 𝟏
+ = = 𝒊𝒏
16 128 128 𝟑𝟐
2 0 2 𝟏
+ = = 𝒊𝒏
16 128 16 𝟖
Note que em ambos os paquímetros temos 40 divisões por polegada na escala fixa e 25 divisões na
escala móvel. Assim temos que a resolução será:
1
(40) 1
= = 0,001"
25 1000
28
117
4
2"+ " = 2,100"
40
Observe que o zero do nônio coincide exatamente com o 1 da escala fixa neste caso.
33 17
7+ + =7" + 0,825"+0,017" = 7,842"
40 1000
Observe que neste caso, cada risco na escala fixa vale 0,025” e na escala móvel 0,001”.
Caro estrategista, apesar de sua simplicidade o paquímetro exige determinado conhecimento técnico
de seu usuário assim como alguma habilidade para que medições confiáveis sejam realizadas, como por
exemplo, evitar erro de paralaxe ou de aplicação de força excessiva no cursor.
Para medições externas o usuário deve abrir o paquímetro com uma distância maior do que a
dimensão da peça a ser medida. Deve posicionar a peça na parte central do encosto fixo e fechar o
instrumento suavemente até encostar o encosto móvel na outra extremidade da peça. A leitura deve ser
efetuada com visão frontal do nônio para se evitar erro de paralaxe.
A leitura em A está incorreta, pois nesta região a área de contato do bico é menor podendo ocasionar
desgaste precoce do instrumento e erros por folga do cursor. Esse tipo de medida deve ser utilizado somente
quando houver limitações na peça que impeçam a correta medição conforme demonstrado em B.
Em qualquer medição é importante que o paquímetro esteja sempre em contato perfeito com a
peça evitando-se o contato inclinado formando um ângulo com a peça a ser medida.
Para medições internas o paquímetro deve ser mantido pelo usuário em dimensão menor do que a
dimensão do mensurando. Deve-se utilizar toda a extensão das orelhas buscando posicioná-las o mais
profundo possível na peça. Vejamos:
29
117
A medição em A está correta. A medição em B deve ser feita somente se houver limitações pelo
formato da peça e a medição em C está incorreta devida a inclinação formada.
Observe na imagem acima que as medições em A e C estão corretas, pois ambas estão
perpendiculares a peça. Por outro lado, as medições em B e D estão incorretas devido a inclinação do
paquímetro em relação a peça.
Por fim, para medições de ressalto o usuário também deve sempre manter o paquímetro em posição
perpendicular a peça. Primeiramente o paquímetro necessita ser aberto a uma distância maior que a
dimensão da peça a ser medida e posteriormente deve ser feito o ajuste correto para a medição do ressalto
perpendicularmente à superfície do mensurando.
Mais uma vez reforço que a leitura deve ser sempre realizada de maneira frontal olhando-se o nônio
ou vernier de frente para se evitar erro de paralaxe e, além deste tipo de erro a força de medição deve ser
adequada de acordo com a peça que está sendo medida.
30
117
3.3 - Micrômetros
Apesar de ser um instrumento de medição muito versátil dentro da engenharia, o paquímetro não é
capaz de sanar todas as necessidades de medição. Pensando nisso, no século XIX o francês Jean Louis Palmer
inventou um instrumento capaz de realizar medições mais exatas do que o paquímetro. Este novo
instrumento o qual foi denominado micrômetro, com o passar dos anos e, seu desenvolvimento, permite
realizar a leitura de centésimos de milímetros ou até menos.
Fonte: mitutoyo.com.br
31
117
O fuso micrométrico é fabricado a partir de aço especial temperador e retificado para proporcionar
a exatidão do passo da rosca. Nas faces de medição ocorre o contato entre a peça que será medida e o
instrumento, onde as faces são rigorosamente planas e paralelas entre si, comumente elas são compostas
por metal duro, resistente ao desgaste.
A catraca também chamada de fricção uma pressão de medição constante evitando forças excessivas.
A catraca gira em falos quando a força aplicada for superior à sua resistência, limitando assim o torque
transmitido ao fuso e, por fim, a trava do fuso proporciona a imobilização do fuso em uma medida
predeterminada.
Prezado estrategista, assim como os paquímetros existe diversos tipos de micrômetros e cada um
apresenta características que lhes fornece vantagens para utilização em medições de determinados tipos de
peças. Vejamos uma lista com os principais tipos de micrômetros.
TIPO CARACTERÍSTICAS/APLICAÇÃO
Tipo mais comum de micrômetro utilizado para medições externas
Micrômetro externo analógico
como o nome diz.
Possui indicador digital que permite que as medidas sejam
Micrometro externo digital realizadas com incertezas de medições menores, sem erros de
leitura e paralaxe.
Utilizda na medição de cordas de dentes de engrenagens, de
Micrômetro com ponta tipo disco ressaltos, nervuras, aletas, espessura de chapas, papel, borracha,
plástico, etc.
Utilizada para medição de ferramentes circulares, profundidade e
Micrômetro com ponta tipo lâmina
diâmetros de canais estreitos, etc.
O fuso deste tipo de micrômetro é pontiagudo e a ponta do
Micrômetro com ponta cônica e encosto em formato de “V”. Ambos são concebidos neste formato
encosto em V. (medição de roscas) para tocar os filetes de rosca. A leitura do micrômetro permite
encontrar o diâmetro primitivo para roscas.
Micrômetros externos para
Iguais aos micrometros externos convencionais, mas com
medição de peças com grandes
capacidade de medições de até 2000 mm.
dimensões
32
117
Utilizado para medição de ranhuras, canais, rebaixos e outros
Micrômetro externo com ponta fina
formatos que exijam este tipo de micrômetro.
Utilizado para medir diâmetro externo de ferramentas de corte,
Micrômetro externo com batente
furação e escareamento. Também utilizado para medição de fresas
em “V” (ponta de encosto em V)
de topo e alargadores.
Micrômetro externo com ponta Utilizado na medição de superfícies curvas como por exemplo
esférica luvas, anéis, tubos, cilindros, etc.
Utilizado para medir peças em que o acesso é limitado para outros
Micrômetro interno tipo
instrumentos. Possui bicos tipo paquímetro que permitem
paquímetro
eficientes medições internas.
Utilizados para medições de profundidades de furos, canais,
Micrometro de profundidade
saliências, etc.
Possui três pinos posicionados em ângulos de 120°, que entram em
Micrômetro Interno de três pontas contato com a parede do furo. Utilizado para medição de diâmetro
interno.
Micrômetro para medição de Possui arco especial e contato a 90° com a haste móvel, permitindo
espessura de parede de tubos a introdução do contato fixo no furo do tubo.
Micrômetro externo com arco Utilizado para medições de espessuras de bordas ou de partes
profundo salientes de peças.
Micrômetro interno tubular com Utiliza hastes de extensão para ampliar a sua capacidade de
duas pontas medição. Empregado para medição de furos profundos.
Micrômetro externo analógico Micrômetro externo digital Micrômetro com ponta tipo disco
33
117
Micrômetro externo com Micrômetro externo com ponta
Micrômetro externo com ponta
batente em “V” esférica
fina
Vamos começar o estudo de como se é feita a leitura em micrômetros naquelas que possuem escala
centesimal. Neste modelo de instrumento uma volta completa no tambor proporciona um avanço de 0,5
mm no fuso, e o tambor é graduado em 50 divisões, ou seja, cada divisão é equivalente a 0,01 mm que nada
mais é do que a resolução do instrumento.
A leitura é realizada em duas etapas, somando-se o resultado de cada escala. Vejamos um exemplo:
34
117
Primeiramente, você deve realizar a leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha, e em
seguida realizar a leitura dos centésimos de milímetro na escala do tambor. Neste caso 17,5 mm (da bainha)
+ 0,32 mm (do tambor) = 17,82 mm.
Observe que cada traço da parte superior da bainha equivale a 1 mm e cada traço da parte inferior é
igual a 0,5 mm e a leitura é feita a partir da borda do tambor. No tambor cada traço é igual a 0,01 mm e, a
leitura é realizada no traço que coincide com a linha horizontal presente na bainha.
Quando um micrômetro apresentar nônio, ele indicará o valor que deverá ser acrescentado à leitura
obtida na bainha e no tambor. Sendo que a medida indicada no nônio é equivalente a leitura do tambor
dividida pelo número de divisões do nônio. Neste caso se o nônio apresentar 10 divisões demarcadas na
bainha a resolução do instrumento será igual a 0,01/10 = 0,001 mm. Vejamos um exemplo de leitura:
Cada divisão na escala da bainha equivale a 0,5 mm então, a cada dois traços temos 1 mm. Para a
leitura analisamos a borda do tambor está entre 7,5 e 8 mm, ou seja, temos 7,5 mm na leitura da bainha.
35
117
Na leitura do tambor podemos observar que a linha horizontal presente na bainha está situada entre
0,44 e 0,45 mm do tambor, ou seja, temos 0,44 mm desta leitura que devem ser somados aos 7,5 mm da
leitura da bainha. Por fim, devemos encontrar o valor no nônio em que há coincidência entre sua marcação
e uma demarcação na bainha, neste caso 0,007. Assim a leitura se dá pela soma de todos os valores sendo:
A resolução do instrumento será neste caso igual a uma polegada dividida pelo número de divisões
da bainha, dividido pelo número de divisões do tambor.
1
()
𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = 40 = 0,001"
25
Ainda existem micrômetros em polegadas com nônio os quais possuem resolução calculada da
mesma maneira anterior adicionada uma divisão pelo número de divisões do nônio, ou seja, em um
micrômetro com 40 divisões na bainha, 25 divisões no tambor e 10 divisões no nônio a resolução será:
36
117
1
( )
[ 40 ]
25
𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = 0,0001"
10
A leitura nos micrômetros em polegada é realizada da mesma maneira que nos micrômetros em
milímetro sendo realizada através da adição das leituras da bainha, do tambor e do nônio, caso existente.
Vejamos um exemplo.
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a medição do diâmetro do eixo, utilizando a linha
destacada na figura para a leitura.
37
117
a) 21,778 mm
b) 21,835 mm
c) 27,223 mm
d) 35,218 mm
e) 35,821 mm
Comentário:
Para a correta leitura devemos somar as leituras da bainha, do tambor e do nônio. Da leitura da
bainha dada pela borda do tambor temos 21,5 mm. Da leitura do tambor tendo como referência a linha
horizontal disposta na bainha (zero do nônio) obtemos 0,27 mm e, o traço coincidente (demarcado) do nônio
com a demarcação do tambor é o de número 8, ou seja, 0,008 mm. Somando os valores obtemos:
21,5 + 0,27 + 0,008 = 21,778 𝑚𝑚
Portanto a alternativa A está CORRETA e é o gabarito da questão.
Para encerrarmos o estudo sobre micrômetros vamos conhecer os principais tipos de erros que
podem acontecer durante a utilização deste tipo de instrumento.
Prezado aluno(a), assim como o paquímetro o micrometro exige certa habilidade e cuidado durante
sua utilização pelo usuário para se evitar erros de medição. No movimento de avanço e recuo do fuso dos
micrometros pode acontecer os seguintes erros que geralmente são conhecidos na calibração do
instrumento:
38
117
Segundo o VIM 2012 zona morta é o intervalo máximo no qual o valor duma
grandeza medida pode ser variado em ambas as direções sem produzir uma mudança
detectável na indicação correspondente.
3.4 - Goniômetros
Basicamente o goniômetro é utilizado para medir ângulos agudos, retos e obtusos entre duas
superfícies com uma aresta em comum como por exemplo duas paredes de uma peça que será soldada, um
teto, etc. Sendo muito utilizados em processos de fabricação de máquinas e equipamentos.
39
117
Além deste modelo de goniômetro, existem goniômetros simples, também denominado como
transferidor de graus, sendo este utilizado em medidas de graus que não exigem tanto rigor. Sua menor
divisão é de 1°. Este tipo de goniômetro apresenta aplicação na transferência de ângulos, verificação de
ângulos de fresas, ajuste de sutas e esquadrejamento. A imagem abaixo possuí a representação de um
goniômetro simples.
Existem também goniômetros digitais que evitam complicações de leitura por possuírem telas LCD
que informam o resultado da medição. Além disso, muitos goniômetros digitais proporcionam a conversão
de ângulos. Vejamos as principais vantagens dos goniômetros digitais em relação aos modelos analógicos.
40
117
Goniômetro universal com visor
amplificado
Goniômetro com nônio para
medições mais precisas.
Goniômetro digital
Goniômetro digital
multifuncional com nível. Goniômetro para dedos utilizado
Goniômetro imantado com na medicina para medir
torquímetro utilizado para amplitude de movimento de
aperto preciso de parafusos articulações pequenas.
como por exemplo de cabeçote
de motores.
Por exemplo em um modelo que possua 12 divisões no nônio (5’ cada) e a menor divisão do disco
graduado for 1º temos que a resolução será:
1° 60′
𝑟𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = = 5′
12 12
41
117
Em relação a leitura devemos ler os graus inteiros na graduação do disco, de acordo com a
demarcação do traço zero do nônio podendo essa ser feita tanto no sentido horário quanto no sentido
anti-horário.
A leitura dos minutos é realizada a partir do zero do nônio, na mesma direção adotada na leitura dos
graus inteiros. Vejamos dois exemplos:
Na leitura da medição da esquerda podemos notar que o zero do nônio está situado entre 24° e 25°
portanta, temos 24° inteiros. Da leitura do nônio, notamos que o traço que coincide com um da escala fixa
(demarcado) é o segundo traço. Como cada divisão do nônio, neste caso equivalei a 5’ (cinco minutos) temos
que a leitura para o goniômetro da esquerda será 24°10’.
Na leitura do goniômetro da direita, com sentido da leitura indicado conforme a seta, obtemos da
leitura da escada fixa 9°, pela verificação do ponto zero do nônio e, o terceiro traço do nônio da direita para
esquerda coincide com uma demarcação da escala fixa, sendo assim a leitura será 9°15’ (nove graus e quinze
minutos).
(FGV/CODEBA/2016) As figuras a seguir apresentam duas leituras (a e b) realizadas com dois goniômetros:
42
117
Sabendo que o goniômetro (a) mediu um ângulo positivo, a diferença entre a medida do goniômetro (a) e
a do goniômetro (b) vale:
a) 1º
b) 9º
c) 9º15’
d) 10º15’
e) 15º15’
Comentário:
Primeiramente devemos realizar a correta leitura de ambas as medições. Note que no goniômetro
(a) temos 0° inteiros da leitura da escada fixa e 50’ da escala do nônio (demarcado). Assim a correta leitura
em (a) é 0°50’.
Para leitura em (b) notamos que o sentido da leitura é diferente (direita para esquerda). Note que o
zero do nônio está entre 9° e 10°, ou seja, da escala fixa temos 9° completo. Da leitura do nônio ou vernier
obtemos 25’. Portanto, a leitura para o goniômetro (b) será -9°25’. Lembre-se que neste goniômetro com 12
divisões do nônio, cada marcação equivale a 5’.
Agora devemos calcular a diferença entre as duas medidas em que (a) é um ângulo positivo e (b)
negativo. Vejamos:
𝐷𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛ç𝑎 = 𝑎 − 𝑏 = 0°50′ − (−9°25′ ) = 0°50′ + 9°25′ = 10°15′
Observe que a cada 60’ temos 1° por isso a soma entre as leituras é 10°15’ e não 9°75’.
Logo, a alternativa D está CORRETA e é o gabarito da questão.
Como o goniômetro analógico exige leitura com nônio erro de paralaxe e de posicionamento do
equipamento podem ocorrer, por isso é importante, em medições de precisão, que o operador possua
conhecimento e habilidades para operar o instrumento.
Atualmente existe um tipo de medidor de ângulos digital que está se tornando muito
difundido na indústria de ferramentaria e ajuste de máquinas, denominada inclinômetro
digital. Esses medidores indicam ângulos de 0° a 360° podendo atuar em dois eixos de
orientação. Possuem elevada resolução podendo ser utilizado nas mais diversas aplicações.
43
117
3.5 - Relógio comparador
Caro aluno (a), os relógios comparadores são instrumentos de medição por comparação, como o
nome diz, dotados de uma escala e um ponteiro, ligados por mecanismos variados a uma ponta de contato.
Eles são medidores de deslocamento capaz de amplificar o movimento linear de uma haste com cremalheira
em um movimento circular de um ponteiro. Além de sistema mecânico de amplificação via engrenagens,
alavancas ou misto, existem outros, como digitais, elétricos e pneumáticos.
O comparador centesimal é um instrumento muito utilizado para medição por comparação. Quando
a ponta de contato do relógio é sujeitada a uma pressão e o ponteiro gira em sentido horário, a diferença
será positiva indicando que a peça apresenta maior dimensão do que a estabelecida. Caso o ponteiro gire
em sentido anti-horário, a diferença será negativa indicando que a peça possui menor dimensão que a
estabelecida.
No mercado atualmente existem diversos tipos de relógios comparadores. Sendo que geralmente os
mais utilizados são aqueles que possuem resolução de 0,01 mm. O curso total destes relógios é variável de
acordo com o modelo em que os mais difundidos são de 1 mm, 5 mm ou 10 mm e em polegadas .250” ou
1”. Vejamos um exemplo de relógio comparador na imagem abaixo com seus respectivos componentes:
Fonte: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=15724500
44
117
O relógio comparador possui uma ponta de contato que toca na peça. O mostrador é giratório com
um ponteiro principal e existe um indicador adicional para contagem do número de voltas.
De maneira geral dois tipos de relógios comparadores que são os mecânicos (analógicos) e os digitais
são os mais utilizados. Os relógios comparadores digitais apresentam a vantagem de possuir um mostrador
eletrônico que permite a leitura instantânea, livre de erros e, além disso, eles possuem ajuste de zero por
meio de uma tecla e painel giratório para facilitar a leitura.
Dentre os relógios analógicos e digitais existem um que é muito versátil, denominado relógio com
ponta de contato de alavanca ou relógio apalpador. Esse relógio apresenta alta precisão e um intervalo de
medição menor que o relógio de sonda. Apresenta como vantagem a sua fácil utilização em locais onde
relógios comparadores convencionais não podem ser utilizados. Normalmente são utilizados na horizontal,
de maneira paralela ao mensurando, mas devido a possuir três guias pode ser utilizado em diversas posições.
Outro tipo de relógio comparador, que pode ser tanto analógico quanto digital, é o súbito que é
utilizado na verificação de defeitos em furos como por exemplo conicidade e ovalização. Este relógio possui
um mecanismo que transforma deslocamento radial em movimento axial, transmitindo a leitura para o
relógio comparador. Também deve ser previamente calibrado para uma medida padrão pré-existente.
Alinhamento de máquinas;
Medições internas.
Prezado estrategista, talvez ainda não tenha ficado claro como é realizada a leitura em relógio
comparador. Na maioria das vezes o relógio comparador é utilizado como um medidor diferencial de
deslocamento. O mostrador é zerado a partir de uma peça padrão e a diferença de medição do padrão e da
peça medida é indicada pelo relógio. Normalmente o relógio é fixado em um suporte, base, calibrador de
altura para a comparação ser realizada. Vejamos a imagem abaixo em que há a comparação entre as peças
1 e 2 com uma peça padrão.
45
117
Alguns acessórios também podem ser utilizados para ajudar na utilização de relógios comparadores
como alavancas de acionamento de fuso, tampa plástica para proteção contra óleo e água, pontas universais,
extensões, etc.
A norma ABNT NBR ISO 463:2013 especifica as mais importantes características metrológicas e de
projeto de relógios comparadores mecânicos. As características construtivas e a inspeção de relógios
comparadores são dispostas nesta norma, assim como suas características principais, dimensionais e
funcionais.
46
117
3.5.1 - Leitura em relógio comparador
Para leitura do relógio da esquerda temos que primeiramente verificar o número de voltas no
ponteiro pequeno que indicará a quantidade de milímetros. Como não está indicado o sentido de giro
vamos adotar que seja no sentido horário, ou seja, positivo. Neste caso, o ponteiro pequeno está entre 7
mm e 8 mm, com isso temos 7 mm. Em seguida verificamos que o ponteiro maior está na marcação 71,
desta forma a leitura será 7,71 mm.
Na leitura do relógio comparador à direita, temos o sentido de giro anti-horário indicado, no ponteiro
maior, com isso a leitura será negativa. Temos, da leitura do ponteiro menor, contra-rotante ao ponteiro
principal, que ele percorreu 7 casas (leitura via algarismo menores ou internos) ou seja, temos 7 mm. Do
ponteiro principal temos a leitura, no sentido anti-horário, de 78 casas (leitura dos algarismos internos ou
menores), desta forma a leitura será -7 mm+(-0,78) mm = -7,78 mm.
47
117
3.6 - Rugosímetro
Caro estrategista, vamos estudar agora a rugosidade e o instrumento de medição utilizado para sua
medição.
Por mais perfeita que possa parecer uma superfície irá apresentar irregularidades. Essas
irregularidades são divididas em dois grupos de erros: macrogométricos e microgeométricos.
Os erros macrogeométricos são aqueles que podem ser medidos com instrumentos convencionais
de medição como micrômetros, paquímetros, relógios comparadores, etc. As principais causas de erros
macrogeométricos, que ocorrem durante a usinagem de peças são:
Os erros microgeométricos são erros conhecidos como rugosidade. Vamos ao estudo de seu
conceito.
Segundo a norma ABNT NBR ISSO 4287:2002, a rugosidade é o conjunto de irregularidades, que nada
mais são do que saliências e reentrâncias, que caracterizam uma superfície. Em outras palavras, a
rugosidade superficial consiste em erosões de tamanho microscópico deixada pela ferramenta de corte após
um processo de usinagem, por exemplo.
48
117
A rugosidade influência em diversos fatores no comportamento mecânico dos componentes,
prejudicando sua vida útil, como por exemplo na:
▪ Resistência ao desgaste;
▪ Vedação;
▪ Aparência;
▪ Qualidade de deslizamento;
▪ Resistência à corrosão e à fadiga;
▪ Qualidade de aderência;
▪ Resistência da superfície ao escoamento de fluidos e lubrificantes;
▪ Possibilidade de ajuste do acoplamento forçado.
A partir da aferição da rugosidade é possível encontrar suas causas que podem ser vibrações no
sistema de fabricação, desgaste no ferramental, imperfeições no equipamento de fabricação, entre outras.
Vejamos a imagem abaixo com a diferenças entre uma superfície geométrica ideal e uma superfície real.
Na superfície real existe uma herança do método empregado na sua fabricação. Se for efetuado um
corte com um plano perpendicular a superfície real é obtido o perfil real da peça. Vejamos:
Avaliando uma pequena parte desta superfície obtém-se os elementos que a compõem.
49
117
A) Rugosidade ou textura primária;
Além dos componentes indicados ainda podem aparecer defeitos localizados, sendo estes diferentes
dos elementos presentes na figura acima.
Em perfis com ondulações deve-se separar as ondulações dos defeitos macrogeométricos e, isso é
realizado através da filtragem, ou seja, um filtro de rugosidade separa o perfil de rugosidade dos demais
desvios de forma.
O comprimento da amostragem a ser avaliado é denominado 𝑙𝑒 que também é conhecido como cut-
off. Como o perfil efetivo, imagem aproximada do perfil real, obtida por um meio de avaliação ou de
medição, apresenta rugosidade e ondulação, o 𝑙𝑒 filtra a ondulação. Segundo a norma ISO é recomendado
que os rugosímetros meçam 5 comprimentos de amostragem.
� � � � � � �
Existem dois sistemas básicos para medida de rugosidade que são o da linha média M e o da
envolvente. O sistema da linha média é o mais utilizado e o adotado pela norma ABNT NBR ISSO 4287:2002,
50
117
se possível recomendo que você, caro concurseiro (a), leia a norma para complementar o seu conhecimento
sobre medição de rugosidade.
A linha média é a linha paralela à direção geral do perfil no sentido com comprimento da amostragem
de maneira que a soma das áreas superiores a linha seja igual a soma das áreas inferiores. Portanto, na figura
abaixo A1+A2=A3
Para poder se avaliar a rugosidade alguns parâmetros foram definidos de acordo com as normas. O
parâmetro mais utilizado na indústria é a rugosidade média (Ra) do inglês (Roughness average). Sendo que
Ra é a média aritmética dos valores absolutos das ordenadas de afastamento (𝑦𝑖 ), dos pontos do perfil de
rugosidade em relação a linha média, dentro do percurso de medição.
𝑦1 + 𝑦2 + ⋯ + 𝑦𝑛
𝑅𝑎 =
𝑛
O parâmetro da rugosidade média pode ser utilizado quando for necessário um controle contínuo da
rugosidade na linha de produção, em superfícies em que o acabamento apresenta sulcos, oriundos da
51
117
usinagem, bem orientados como torneamento e fresagem e em superfícies de pouca responsabilidade,
apenas com acabamento com objetivo estético.
Observe, caro aluno(a), que rugosidade média Ra é um parâmetro de medição simples e como dito
muito utilizado na indústria, pois a maioria dos rugosímetros apresentam este parâmetro. Além disso, riscos
inerentes ao processo não alteram muito seu valor, no entanto, este parâmetro apresenta desvantagens.
Vejamos:
Desvantagnes do Nenhuma distinção é realizada entre picos e vales, ou seja, em processos com alta
parâmetro incidência de picos e vales, como a sinterização, o parâmetro é inadequado, pois o
rugosidade média filtro gera distorção e eleva o erro.
A rugosidade Ra também é fornecida pelos números de classe na norma ABNT NBR 8404:1984 que
fixa os símbolos e indicações complementares para a identificação do estado de superfície em desenhos
técnicos conforme a tabela abaixo.
CLASSE 𝑹𝒂 (𝝁𝒎)
N12 50
N11 25
N10 12,5
N9 6,3
N8 3,2
N7 1,6
N6 0,8
N5 0,4
N4 0,2
N3 0,1
N2 0,05
N1 0,025
Também existe uma simbologia de acabamento superficial utilizada em desenhos técnicos que pode
ser via sinais convencionais ou por meio de valores de rugosidade. Vejamos:
SÍMBOLO SIGNIFICADO
Indica que a superfície deve permanecer bruta, sem acabamento, e as
rebarbas devem ser eliminadas.
Indica que a superfície deve ser desbastada. As estrias produzidas pela
ferramenta podem ser percebidas pelo tato ou visão.
52
117
Indica que a superfície deve ser alisada, apresentando dessa forma marcas
pouco perceptíveis à visão.
Indica que a superfície deve ser polida, e assim ficar lisa, brilhante, sem marcas
visíveis.
Equivalência de simbologias
de N 10 a N 12
de N 7 a N 9
de N 4 a N 6
Obs.: As classes N1 a N3 são graus de rugosidade considerados mais finos do que polido.
Indicações em projeto
DIREÇÃO DA
MEDIÇÃO DE
SINAIS PERSPECTIVA INDICAÇÃO DO ORIENTAÇÃO DOS
RUGOSIDADE
CONVENCIONAIS ESQUEMÁTICA DESENHO SULCOS
OU DO PLANO
DE PERFIL
53
117
Os sulcos devem ser
orientados
Perpendicular à
paralelamente ao traço
direção dos
da superfície sobre a
sulcos.
qual o símbolo se apoia
ao desenho.
Sulcos orientados na
direção normal ao Perpendicular à
traço da superfície em direção dos
que o símbolo está sulcos.
apoiado.
Segundo a
bissetriz dos
Sulcos orientados em ângulos
X
duas direções cruzadas. formados pelas
direções dos
sulcos.
Sulcos orientados em
Em qualquer
M várias direções (multi-
direção.
direcionais).
Sulcos
aproximadamente
C concêntricos com o Radial.
centro da superfície
referida pelo símbolo.
Sulcos devem ser
orientado segundo
direções
Normal a um
R aproximadamente
raio.
radiais em relação ao
centro da superfície
referida pelo símbolo.
LETRA SIGNIFICADO
a Valor da rugosidade Ra, em mm, ou classe de rugosidade.
b Método de fabricação, tratamento ou revestimento.
54
117
c Comprimento da amostra, em milímetros (cut-off)
d Direção de estrias (sulcos)
e Sobremetal para usinagem, em milímetros
f Outros parâmetros de rugosidade.
Outro parâmetro de rugosidade é a rugosidade máxima (Ry) que é o maior valor das rugosidades
parciais (𝑍𝑖 ) presente no percurso de medição (𝑙𝑚 ). Vejamos a imagem abaixo:
Na figura acima o maior valor parcial é 𝑍3 , localizado no terceiro cut-off. Neste caso então à
rugosidade máxima Ry é igual a 𝑍3 . Geralmente o parâmetro de rugosidade Ry é empregado para avaliar
superfícies de vedação, superfícies dinamicamente carregadas, tampões, parafusos altamente carregados e
superfícies de deslizamento em que o perfil efetivo é periódico.
55
117
A rugosidade total indica a distância entre o pico mais alto e o vale mais profundo dentro do
comprimento de avaliação 𝒍𝒎 , independendo dos valores das rugosidades parciais (𝑍𝑖 ). Vejamos a figura
abaixo:
Note que o pico mais alto está no retângulo Z1 e o vale mais profundo encontra-se em Z3, sendo a
distância entre eles o valor da rugosidade total Rt.
Este parâmetro apresenta as mesmas vantagens que o parâmetro Ry e, além disso, é mais rígido por
considerar todo o comprimento da amostra e não apenas o comprimento de amostragem (cut-off). Como
desvantagem, em alguns casos pode levar a resultados equivocados devido a rigidez de avaliação.
Um outro parâmetro utilizado para medição de rugosidade é a rugosidade média (Rz). Tome muito
cuidado para não confundir com a rugosidade média Ra.
A rugosidade média (Rz) é a média aritmética dos cinco valores de rugosidade parcial em que a
rugosidade parcial (𝒁𝒊 ) é a soma dos valores absolutos das ordenadas dos pontos que apresentam o maior
afastamento, tanto acima quanto abaixo da linha média, dentro do comprimento de amostragem (cut-
off). Em outras palavras a rugosidade parcial é à altura entre os pontos máximo e mínimos do perfil dentro
do comprimento 𝑙𝑒 . Vejamos a imagem:
56
117
𝑍1 + 𝑍2 + 𝑍3 + 𝑍4 + 𝑍5
𝑅𝑧 =
5
Este parâmetro pode ser empregado quando pontos isolados não exercem influência na função da
peça a ser controlada. Em perfis de rugosidade periódicos, define muito bem a superfície.
Como vantagens o parâmetro Rz informa a distribuição média da superfície vertical e apresenta fácil
obtenção em rugosímetros que fornecem gráficos e, além disso, na presença de riscos isolados, eles serão
considerados apenas parcialmente, de acordo com os pontos isolados em que aparecem.
Como desvantagens o parâmetro Rz nem sempre é fornecido pelos instrumentos de medição e como
Ry não possibilita nenhuma informação sobre a forma do perfil, assim como a distância entre as ranhuras.
Para finalizarmos vamos conhecer outro parâmetro de rugosidade, denominada rugosidade média
do terceiro pico e vale 𝑹𝟑𝒁 .
A rugosidade 𝑹𝟑𝒁 é a média aritmética dos valores de rugosidade superficial parcial (𝟑𝒁𝒊 ), que
correspondem a cada um dos cinco cut-offs. Em cada módulo (cut-offs) são traçados as distâncias entre o
terceiro pico mais alto e o terceiro vale mais fundo, de maneira paralela à linha média. Vejamos a imagem
abaixo para melhor compreensão:
Este parâmetro pode ser utilizado em peças sinterizadas e peças fundidas e porosas como um todo.
Como vantagens este parâmetro desconsidera picos e vales que não seja representativo da superfície,
caracteriza de maneira satisfatória uma superfície que mantém uma determinada periodicidade em seu
perfil ranhurado e é de fácil obtenção em instrumentos que fornecem o gráfico da superfície.
57
117
Como desvantagens, este parâmetro não permite a obtenção de informações sobre a forma do perfil
e a distância sobre as ranhuras e poucos equipamentos o fornece de forma direta.
58
117
4 - Calibração
Caro estrategista, vamos estudar agora a calibração. Este é um assunto pode vir a aparecer em sua
prova então é importante aprofundarmos nosso conhecimento a respeito.
Segundo o VIM 2012, a calibração é uma operação que estabelece, sob condições especificadas, em
uma primeira etapa, uma relação entre os valores e as incertezas de medição fornecidos por padrões e as
indicações correspondentes com as incertezas associadas em uma segunda etapa, utiliza esta informação
para estabelecer uma relação visando a obtenção de um resultado de medição a partir de uma indicação.
Ainda segundo o Vocabulário Internacional de Metrologia, uma calibração pode ser expressa por
meio de uma declaração, uma função de calibração, um diagrama de calibração, uma curva de calibração ou
uma tabela de calibração. Em alguns casos, pode consistir em uma correção aditiva ou multiplicativa da
indicação com uma incerteza de medição associada.
É importante não confundir a calibração com o ajuste de um sistema de medição, que em alguns
casos é chamado incorretamente de “auto-calibração”. Além disso, em questões de prova frequentemente
aparece o termo VERIFICAÇÃO que consiste em uma calibração simplificada que visa testar se um sistema
de medição, ou medida materializada, está em conformidade com uma dada especificação. Fique muito
atento a questões deste gênero, pois de acordo com o VIM 2012, a verificação não deve ser confundida com
calibração porque nem toda verificação é uma validação.
Em outras palavras a calibração é um procedimento experimental que busca levantar erros que um
instrumento de calibração possa apresentar dentro de sua faixa de medição verificando-se assim se o
instrumento atende ou não aos limites de erros que lhes são previstos. A partir da calibração é possível
relacionar os valores indicados pelo instrumento ou sistema de medição e sua correspondência com a
grandeza que está sendo medida.
59
117
▪ Redução na variação das especificações técnicas dos produtos: produtos mais uniformes.
▪ Prevenção dos defeitos: redução de perdas.
▪ Compatibilidade das medições entre padrões nacionais e internacionais.
▪ Garantia de segurança em equipamentos de responsabilidade.
Para continuarmos o estudo da calibração precisamos definir também, meu caro aluno (a), o que é
um padrão de medição que segundo o VIM 2012 é a realização da definição duma dada grandeza, com um
valor determinado e uma incerteza de medição associada, utilizada como referência. Essa definição de uma
grandeza pode ser realizada por um sistema de medição, uma medida materializada ou um material de
referência.
Quanto aos tipos de calibração existem basicamente dois tipos que são a calibração direta e a
calibração indireta.
Na calibração indireta a grandeza que se deseja medir é fornecida através de um meio externo
chamado de gerador de grandeza, que atua ao mesmo tempo no sistema de medição em calibração e no
sistema de medição padrão. Os resultados do sistema de medição em calibração são comparados com o do
sistema de medição padrão que são considerados verdadeiros podendo-se assim determinar os erros e as
correções a serem efetuadas.
60
117
Para a validação de uma operação de calibração deve-se realizar um registro individual de leituras
para cada escala do instrumento que será calibração, esse registro geralmente é realizado em formato de
planilhas. Com essas anotações o certificado de calibração pode ser fornecido, sendo esse um documento
que afirma ou não se o instrumento de medição satisfaz as condições previamente fixadas e ainda autoriza
ou não a sua utilização em serviço. Os principais aspectos importantes de um certificado de calibração são:
Dando sequência ao nosso estudo da calibração devemos saber que com o decorrer do tempo
ocorrem desgastes dos componentes dos instrumentos de medição gerando problemas de desempenho
destes. Devido a esse desgaste existe a necessidade de verificação periódicos em intervalos regulares para
calibração destes instrumentos.
Prezado estrategista, toda vez que um instrumento de medição é calibrado a sua incerteza de
medição deve ser calculada levando em conta toda a cadeia de rastreabilidade do padrão utilizado, ou seja,
a incerteza de medição acumulada deve constar no certificado de calibração.
Basicamente existe um padrão de medição utilizado como base no topo da hierarquia que é utilizado
para calibração de outros padrões de medição que são utilizados como base para outros padrões e assim
61
117
sucessivamente até chegarmos no padrão de medição que é utilizado para calibração do instrumento de
medição. Em cada processo de calibração existe uma incerteza de medição que se acumula a cada calibração
realizada e esta deve constar no certificado de calibração.
Como existe uma sequência de calibração a partir de padrões de referência há uma hierarquia de
calibração que nada mais é do que a sequência de calibrações desde uma referência até ao sistema de
medição final, em que o resultado de cada calibração depende do resultado da calibração precedente. Neste
caso a incerteza de medição aumenta ao longo da sequência de calibrações.
Vejamos agora a definição dos padrões de medição de acordo com o Vocabulário Internacional de
Metrologia (VIM).
62
117
Padrão de medição Internacional
Padrão Nacional
• Padrão de medição reconhecido por uma entidade nacional para servir dentro dum
Estado ou economia, como base para atribuir valores a outros padrões de medição de
grandezas da mesma natureza.
Padrão de referência
Padrão de Trabalho
63
117
Unidades do SI
Padrões
Internacionais
Padrões Nacionais
Padrão de trabalho
Medições
64
117
A alternativa A está incorreta. A reprodutibilidade indica o grau de concordância entre os resultados
das medições de um mesmo mensurando, efetuadas sob condições variadas de medição.
A alternativa B está incorreta. A estabilidade é a aptidão de um instrumento de medição em
conservar constantes suas características metrológicas ao longo do tempo.
A alternativa C está incorreta. Padrão de medição secundário é um padrão de medição estabelecido
por intermédio de uma calibração com referência a um padrão de medição primário de uma grandeza da
mesma natureza.
A alternativa D está CORRETA e é o gabarito da questão. De acordo com o VIM 2012 a
rastreabilidade metrológica é uma Propriedade de um resultado de medição pela qual tal resultado pode
ser relacionado a uma referência através de uma cadeia ininterrupta e documentada de calibrações, cada
uma contribuindo para a incerteza de medição.
A alternativa E está incorreta. Padrão de medição itinerante é um padrão de medição algumas vezes
de construção especial, destinado para ser transportado entre diferentes locais.
Com isso, encerramos o estudo da metrologia. Deixo aqui novamente como recomendação a leitura
do Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM 2012), pois será uma ótima complementação nos seus
estudos relacionados a metrologia.
65
117
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muito obrigado meu caro aluno ou minha cara aluna! Novamente agradeço sua paciência para me
acompanhar por toda esta aula. Sei que a jornada é dura, mas saiba que cada vez que você chegar aqui, no
final da aula, você está um passo mais próximo do seu objetivo.
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou disponível no fórum no
Curso, por e-mail e, inclusive, pelo instagram. Aguardo você na próxima aula. Até lá!
66
117
QUESTÕES COMENTADAS
1. (DIRENS Aeronáutica/CIAAR-2020) Para compor as unidades de medida derivadas, duas outras
unidades, denominadas suplementares, são usadas juntamente com as unidades de base. Trata-se
das unidades para medição de ângulo plano e ângulo sólido, sendo ambas adimensionais.
a) grau e radiano.
b) grau e esterradiano.
c) radiano e esterradiano.
Comentário:
Até o ano de 1980, o SI considerava três classes de unidades, sendo elas as de base, derivadas e as
suplementares. As unidades de base são aquelas utilizadas para representar as grandezas de base que são
um subconjunto escolhido, por convenção, dentro de um sistema de grandezas no qual nenhuma grandeza
dentro deste subconjunto possa ser expressa em função da outra. Assim, por convenção, no atual Sistema
Internacional de Unidades (SI) são adotadas sete unidades de base. As unidades derivadas do Sistema
Internacional de Unidades são definidas como produto das potências das unidades de base. Por fim,
haviam também as unidades suplementares, que atualmente são consideradas unidades derivadas e
adimensionais. As unidades suplementares incluíam as unidades de radiano para medição de ângulos
planos e o esterradiano ou esferorradiano para a medição de ângulos sólidos.
De acordo com o que foi visto, concluímos que a alternativa C está CORRETA e é o gabarito da
questão.
a) 𝑢𝑐 2 = 𝑢1 2 + 𝑢2 2 +𝑢3 2
b) 𝑢𝑐 = 𝑢1 + 𝑢2 + 𝑢3
c) 𝑢𝑐 = √𝑢1 + 𝑢2 + 𝑢3
Comentário:
67
117
A incerteza combinada, nada mais é que a combinação entre todas as incertezas padrão. É dada pelo
cálculo da raiz da soma quadrática de todas as fontes de incerteza. Veja abaixo.
𝑢𝑐 = √𝑢1 2 + 𝑢2 2 +. . . +𝑢𝑖 2
Para nossa questão temos apenas 3 incertezas padrão, portanto a equação fica da seguinte forma.
𝑢𝑐 = √𝑢1 2 + 𝑢2 2 +𝑢3 2
Ou
𝑢𝑐 2 = 𝑢1 2 + 𝑢2 2 +𝑢3 2
a) inexatidão / imprecisão.
b) repetitividade / imprecisão.
Comentário:
68
117
O resultado de uma medição é composto por duas parcelas, sendo elas o resultado base e a incerteza
de medição.
O resultado base é o valor que, em teoria, mais se aproxima do valor real. Seu valor é dado pela
indicação ou média de indicações das medidas.
A incerteza expressa a parcela de dúvida da medição. Normalmente, tem valor igual à metade da
resolução do equipamento de medição. Para mais de uma indicação, a incerteza é calculada por um modelo
estatístico, sendo a repetitividade uma das formas de mensurar a incerteza.
A repetitividade representa a faixa de valores simétrica em torno do valor médio. Nessa faixa de
valores é esperado o erro aleatório.
𝑅𝑒 = 𝑡 ∙ 𝑢
Analisando a imagem do enunciado podemos notar que a ponta da seta indica a média das medições
realizadas, sendo assim o item A representa a repetitividade por apresentar uma faixa de valores onde se
espera que o valor verdadeiro esteja.
O item B apresenta a diferença entre a média de medições e o valor verdadeiro, por isso sabemos
que se trata de um erro sistemático.
69
117
Sendo assim, a alternativa C está CORRETA e é o gabarito da questão.
A partir dessas informações, qual das equações a seguir expressa corretamente o resultado da medição de
tal mensurando, com correção de erro sistemático?
a) RM=I+t±C⋅u
b) RM=I±t⋅u
c) RM=I−C±t⋅u
d) RM=I+C±t⋅u
Comentário:
Vamos por parte. Sabemos que o resultado de uma medição é dado pela seguinte equação.
𝑅𝑀 = 𝑅𝐵 ± 𝐼𝑀
70
117
O resultado base, é dado pela média das medições somado a uma correção C devido ao erro
sistemático.
𝑅𝐵 = 𝐼 + 𝐶
Ainda falta colocar na conta a incerteza de nossa medição, ou seja, a parcela de dúvida. Uma das
formas de representar a incerteza de medição para mais de uma indicação é a repetitividade, que é expressa
pela seguinte equação.
𝑅𝑒 = 𝑡 ∙ 𝑢
Agora basta juntar todos os elementos para encontrar a equação referente ao resultado da medição.
𝑅𝑀 = 𝑅𝐵 ± 𝐼𝑀
𝑅𝑀 = 𝐼 + 𝐶 ± 𝑅𝑒
𝑅𝑀 = 𝐼 + 𝐶 ± 𝑡 ∙ 𝑢
A seguir, observe a representação em diagrama de blocos de um sistema de medição que opera pelo
método da indicação.
A respeito dessa representação, é correto afirmar que a sequência correta dos módulos A, B e C é
71
117
Comentário:
Todos os instrumentos de medição possuem transdutores que são dispositivos que convertem uma
forma de energia para outra forma. Essa energia é processada ou tratada e indicada através do indicador do
instrumento.
I. Quando escritos por extenso, os nomes das unidades começam com letra minúscula. Exemplos: metro,
segundo, mol etc.
II. Se a unidade for o nome de um cientista, o nome deste deve ser escrito com letra minúscula, exceto para
grau Celsius. Exemplos: ampere, kelvin, newton, hertz, etc.
III. Na expressão do valor numérico de uma grandeza, a respectiva unidade pode ser escrita por extenso ou
representada por seu símbolo, não sendo admitidas combinações de partes escritas por extenso com partes
expressas por símbolos.
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.
Comentário:
72
117
Quando escritas por extenso os nomes sempre começam com letra minúscula mesmo quando
possuem origem em nome de pessoas, existindo a única exceção que á para a unidade de temperatura graus
Celsius.
As unidades podem ser escritas por extenso ou representadas pelo seu símbolo, mas nunca por
combinações entre ambos. Exemplos válidos: metros por segundo e m/s. Não são permitidas as formas m
por segundo ou metros por s.
Todas as afirmativas são verdadeiras, releia cada uma delas para fixar o conteúdo.
a) blocos padrão.
Comentário:
(1) Pressão
(2) Energia
73
117
(5) Temperatura
( ) m2.Kg.s−2
( ) Kg.m−3
( )K
( ) m−1.Kg.s−2
( ) s−1
a) 3 – 4 – 5 – 2 – 1
b) 2 – 4 – 5 – 1 – 3
c) 5 – 2 – 1 – 4 – 3
d) 2 – 4 – 3 – 5 – 1
Comentário:
𝑃𝑎 = 𝑘𝑔 . 𝑚−1 . 𝑠 −2
𝐽 = 𝑘𝑔 . 𝑚2 . 𝑠 −2
A velocidade angular, com unidade radianos por segundo é dada pela seguinte relação.
𝑟𝑎𝑑
= 𝑠 −1
𝑠
ρ = 𝑘𝑔. 𝑚−3
°𝐶 = 𝐾
74
117
9. (DIRENS Aeronáutica/CIAAR-2015) Apesar de as palavras “exatidão” e “precisão” serem usadas
como sinônimos por pessoas leigas, existe uma significativa diferença entre os dois conceitos no
âmbito da metrologia. Quatro metralhadoras estão passando por um processo de manutenção que
visa identificar defeitos na mira, no cano, entre outros. São desferidos vários tiros sequenciais em
alvos circulares. O objetivo é acertar o mais próximo possível do centro. Considere que o atirador
não propaga seu erro para o tiro, ou seja, a mira está posicionada exatamente no centro do alvo.
Após os tiros, visualiza-se o seguinte resultado:
metralhadora 1: tiros desferidos em uma região longe do centro do alvo, mas com pequena dispersão.
metralhadora 2: tiros desferidos próximos do centro do alvo, mas com grande dispersão.
metralhadora 4: tiros desferidos em um ponto longe do centro do alvo e com grande dispersão.
c) Metralhadora 1: precisa. Metralhadora 2: possui grande erro sistemático. Metralhadora 3: possui grande
erro aleatório. Metralhadora 4: exata.
d) Metralhadora 1: precisa. Metralhadora 2: possui grande erro aleatório. Metralhadora 3: precisa e exata.
Metralhadora 4: possui grande erro sistemático.
Comentário:
A) Baixa precisão e alta B) Alta precisão e alta C) Baixa precisão e D) Alta precisão e baixa
exatidão exatidão. baixa exatidão exatidão.
75
117
Agora vamos analisar cada uma das metralhadoras separadamente.
Metralhadora 1: precisa.
10. (DIRENS Aeronáutica/CIAAR-2015) Para que os erros de medição existam, é necessária uma série
de fatores. Marque a alternativa que contém a afirmação verdadeira quanto aos erros de medição e
os principais fatores que os ocasionam.
a) Afirmação: erros de medição estarão sempre presentes. Fatores: sistema de medição, ação do ambiente,
operador e má definição do mensurando.
b) Afirmação: erros de medição estarão sempre presentes. Fatores: sistema de medição, sistema de
armazenamento de dados, operador e má definição do mensurando.
c) Afirmação: com o devido cuidado, erros de medição podem ser anulados. Fatores: tempo de uso do
sistema de medição, ação do tempo, operador e má definição do mensurando.
d) Afirmação: com o devido cuidado, erros de medição podem ser anulados. Fatores: resolução do
instrumento de medição, ação do ambiente, operador e má definição do mensurando.
Comentário:
76
117
Inicialmente podemos descartar as alternativas C e D, pois estas afirmam que os erros de medição
podem ser anulados e essa afirmação está incorreta. Podemos diminuir os erros de medição, mas sempre
estarão presentes.
A figura precedente mostra a escala fixa e o nônio de um paquímetro com suas medidas em milímetros. Em
relação ao instrumento e à leitura da medida indicada pela seta, assinale a opção correta.
Comentário:
Essa questão foi anulada pela banca devido ao fato de ter duas alternativas corretas. Vamos a sua
resolução.
1
𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = 0,05 𝑚𝑚
20
77
117
Daqui já temos a alternativa E como CORRETA.
Em relação a leitura da medição do paquímetro temos que da escala fixa temos 4 mm inteiros, pois
o zero do nônio está situado entre 4 e 5 mm. Na sequência devemos encontrar o traço do nônio ou vernier
que coincide ou passa mais próximo de coincidir com um da escala fixa. Neste caso, ele está demarcado pela
seta. Como cada traço do nônio equivale a 0,05 mm e este é o décimo traço temos 0,50 mm.
Agora somando as duas leituras temo 4,50 mm. Assim, a alternativa D está CORRETA também,
anulando-se a questão.
Comentário:
A assertiva está incorreta. Vejamos as definições de exatidão e precisão conforme o VIM 2012.
Exatidão de medição: Grau de concordância entre um valor medido e um valor verdadeiro dum
mensurando.
Precisão de medição: Grau de concordância entre indicações ou valores medidos, obtidos por medições
repetidas, no mesmo objeto ou em objetos similares, sob condições especificadas.
A exatidão está relacionada ao erro sistemático enquanto a precisão é uma medida de dispersão ligada a
um erro aleatório.
Comentário:
A assertiva está correta. A calibração direta utiliza um padrão materializado com dimensões
conhecidas realizando-se a comparação entre a medição realizada no instrumento avaliado com as
dimensões do padrão.
78
117
Como não é possível a existência de um padrão materializado de vazão não possível a realização de
calibração direta de um rotâmetro, por isso ela é feita via método indireto.
14. (CEBRASPE(CESPE)/PO AL-2013) A propósito da rugosidade superficial, julgue o item que se segue.
O parâmetro rugosidade total corresponde à distância vertical entre o pico mais alto e o vale mais profundo
no comprimento de avaliação, independentemente dos valores de rugosidade parciais.
Comentário:
A assertiva está correta. A rugosidade total indica a distância entre o pico mais alto e o vale mais
profundo dentro do comprimento de avaliação 𝑙𝑚 , independendo dos valores das rugosidades parciais (𝑍𝑖 ).
Vejamos a figura abaixo:
Note que o pico mais alto está no retângulo Z1 e o vale mais profundo encontra-se em Z3, sendo a
distância entre eles o valor da rugosidade total Rt.
15. (CEBRASPE(CESPE)/PO AL-2013) A propósito da rugosidade superficial, julgue o item que se segue.
Na medição da rugosidade superficial, podem ser usados o sistema M ou o sistema da envolvente, sendo
este último o mais utilizado e adotado pelas normas técnicas brasileiras.
Comentário:
A assertiva está incorreta. Existem dois sistemas básicos para medida de rugosidade que são o da
linha média M e o da envolvente. O sistema da linha média é o mais utilizado e o adotado pela norma ABNT
NBR ISSO 4287:2002.
16. (CEBRASPE(CESPE)/PO AL-2013) A propósito da rugosidade superficial, julgue o item que se segue.
O parâmetro rugosidade aritmética representa a média dos valores absolutos das ordenadas de
afastamento dos pontos do perfil de rugosidade em relação à linha média do perfil de rugosidade, sendo
aplicado, por exemplo, no controle contínuo da rugosidade em linhas de produção de peças.
Comentário:
79
117
A assertiva está CORRETA. Para poder se avaliar a rugosidade alguns parâmetros foram definidos
de acordo com as normas. O parâmetro mais utilizado na indústria é a rugosidade média (Ra) do inglês
(Roughness average). Sendo que Ra é a média aritmética dos valores absolutos das ordenadas de
afastamento (𝑦𝑖 ), dos pontos do perfil de rugosidade em relação a linha média, dentro do percurso de
medição.
𝑦1 + 𝑦2 + ⋯ + 𝑦𝑛
𝑅𝑎 =
𝑛
O parâmetro da rugosidade média pode ser utilizado quando for necessário um controle contínuo
da rugosidade na linha de produção, em superfícies em que o acabamento apresenta sulcos, oriundos da
usinagem, bem orientados como torneamento e fresagem e em superfícies de pouca responsabilidade,
apenas com acabamento com objetivo estético.
17. (CEBRASPE(CESPE)/PO AL-2013) A propósito da rugosidade superficial, julgue o item que se segue.
O parâmetro rugosidade máxima é definido como o maior valor das rugosidades parciais que se apresentam
no percurso de medição, sendo aplicado na caracterização de superfícies de vedação.
Comentário:
A rugosidade máxima (Ry) é o maior valor das rugosidades parciais (𝑍𝑖 ) presente no percurso de
medição (𝑙𝑚 ). Vejamos a imagem abaixo:
80
117
Na figura acima o maior valor parcial é 𝑍3 , localizado no terceiro cut-off. Neste caso então à
rugosidade máxima Ry é igual a 𝑍3 . Geralmente o parâmetro de rugosidade Ry é empregado para avaliar
superfícies de vedação, superfícies dinamicamente carregadas, tampões, parafusos altamente carregados
e superfícies de deslizamento em que o perfil efetivo é periódico.
Comentário:
Sabemos que dentro do Sistema Internacional de Unidades (SI) as sete grandezas de base com suas
unidades são: comprimento (metro), massa (quilograma), tempo (segundos), intensidade de corrente
elétrica (ampere), intensidade luminosa (candela), quantidade de matéria (mol) e temperatura
termodinâmica (kelvin).
Na etiqueta da bateria temos as seguintes grandezas e suas respectivas unidades: voltagem (volts),
corrente (ampere), capacidade (ampere-hora), resistência (ohm) e peso (quilograma).
Note que as unidades volts, ampere-hora e ohm não estão inclusas dentro das sete unidades de base.
Além disso, cabe destacar a unidade de capacidade de uma bateria (ampere-hora), pois 1 Ah equivale a 3600
coulombs que é a unidade da grandeza capacitância.
81
117
Sendo assim, a alternativa A está CORRETA e é o gabarito da questão por representar as duas
unidades de base expressas na etiqueta da bateria.
Quando a ponta de contato sofre uma pressão e o ponteiro gira em sentido horário, a diferença é
positiva. Isso significa que a peça apresenta maior dimensão que a estabelecida. Se o ponteiro girar em
sentido anti-horário, a diferença será negativa, ou seja, a peça apresenta menor dimensão que a
estabelecida.
Comentário:
Vejamos a imagem abaixo com os diferentes tipos de aplicações dos relógios comparadores.
82
117
Verificação de paralelismo
Verificação de excentricidade
83
117
20. (CESGRANRIO/PETROBRAS-2018) Um técnico precisou realizar um tratamento térmico de
recozimento de uma barra de cobre deformada e após consultar um livro, decidiu empregar uma
temperatura de 600°C em um forno importado cuja temperatura estava em Fahrenheit.
a) 301
b) 365
c) 1048
d) 1112
e) 1080
Comentário:
Essa é uma questão relativamente simples que não podemos errar em nossa prova, pois para sua
resolução a seguinte equação deverá ser conhecida:
Comentário:
A alternativa D está CORRETA e é o gabarito da questão, pois dentre todas as alternativas a que
apresenta uma utilização específica do relógio comparador é a da verificação do alinhamento entre pontas
do torno, conforme a imagem abaixo.
84
117
22. (CESGRANRIO/TRANSPETRO-2018) No Sistema Internacional de Unidades, a pressão é expressa
em Pa, onde 1 Pa = 1 N m -2.
No Sistema Inglês de Unidades, a pressão é expressa em psi, onde 1 psi = 1 lbf in -2.
Sendo 1 lbf = 4,45 N e 1 in = 2,54 cm, a pressão atmosférica ao nível do mar, no Sistema Inglês de Unidades,
em psi, corresponde a
Comentário:
Para resolução desta questão primeiramente devemos converter a pressão de pascal para psi.
𝑁
5
1. 𝑙𝑏𝑓 1. 𝑚2 2,542 . 𝑐𝑚2 1,01 . 105 . 2,542 𝑙𝑏𝑓
1,01 . 10 [ 2 ] . [ ].[ ][ ]= [ 2]
𝑚 4,45𝑁 104 𝑐𝑚2 1. 𝑖𝑛2 4,45 . 104 𝑖𝑛
85
117
Note que a banca traz a resposta em um formato diferente, mas através da manipulação algébrica
chega-se ao resultado de que a alternativa C está CORRETA e é o gabarito da questão.
a) 4” 1/128”
b) 4” 3/128”
c) 4” 4/128”
d) 4” 5/128”
e) 4” 8/128”
Comentário:
A resolução do paquímetro está descrita em seu vernier que é de 1/128”. Note que o zero do nônio
está situado entre 4 e 5 da escala fixa, ou seja, temos a leitura de 4 “ inteiras . Na sequência percebe-se que
o 5º traço da escalo do nônio coincide exatamente com um traço da escala fixa nos dando assim a leitura de
5/128”. Logo, a alternativa D está CORRETA e é o gabarito da questão.
a) 212
b) 195
86
117
c) 176
d) 156
e) 132
Comentário:
Dados:
1 polegada = 2,54 cm e
1 libra = 454 g
a) 2,8
b) 28,2
c) 70,4
d) 281,5
e) 704
Comentário:
Para resolução desta questão devemos converter psi para pascal. Existem duas formas de se resolver
está questão.
87
117
A primeira e mais fácial se dá pela conversão direta, pois apesar da banca nos fornecer os fatores de
conversão, sabendo-se que 1 psi é igual a aproximadamente 6895 Pa podemos resolver facilmente está
questão multiplicando 40000 por 6895, obtendo 275,8 MPa. Note que a resposta mais próxima é a
alternativa D que é o gabarito da questão. Entrentanto, o valor encontrado não é exatamente igual ao da
alternativa, isso acontece pelo fato de que a banca nos fornece dados arredondados como aceleração da
gravidade igual a 10 m/s².
Muito cuidado, pois ainda devemos multiplicar este valor pela aceleração da gravidade para
obtermos a unidade em Pa. Assim, obtemos 281.5 MPa. Logo, a alternativa D está CORRETA e é o gabarito
da questão.
a) 30,3
b) 31,3
c) 33,0
d) 34,0
e) 34,9
Comentário:
1
𝑟𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = 0,1
10
Note que o zero do vernier está situado entre 31 e 32, assim já temos 31 e o terceiro traço do vernier
coincide com um traço da escala fixa. Assim temos que a leitura será dada pela seguinte soma:
88
117
3
31 + = 31,3
10
a) goniômetro
b) inclinômetro
c) multímetro
d) tacômetro
e) manômetro
Comentário:
A alternativa B está incorreta. Está questão é um tanto quanto controversa, mas como o
examinador citou o fato de medir a angulação de uma peça ele desconsiderou os inclinômetros que
geralmente são instrumentos utilizados para medir ângulos de inclinação e elevação em estruturas, prédios,
terrenos, veículos, entre várias outras aplicações.
89
117
b) Compreende componentes provenientes de efeitos aleatórios, tais como componentes associados a
correções e valores atribuídos a padrões, assim como a incerteza definicional.
c) Número maior do que um pelo qual uma incerteza padrão combinada é multiplicada para se obter uma
incerteza de medição expandida.
d) Relação matemática entre todas as grandezas que, sabidamente, estão envolvidas numa medição.
e) Grandeza que deve ser medida, ou grandeza cujo valor pode ser obtido de outro modo, para calcular um
valor medido de um mensurando.
Comentário:
A alternativa A está CORRETA e é o gabarito da questão. Segundo O VIM 2012 incerteza de medição
é um parâmetro não negativo que caracteriza a dispersão dos valores atribuídos a um mensurando, com
base nas informações utilizadas.
A alternativa D está incorreta. Segundo o VIM 2012, modelo de medição é a relação matemática
entre todas as grandezas que se sabe estarem envolvidas numa medição.
Comentário:
90
117
A resolução de um paquímetro é dada pela razão entre a menor divisão da escala fixa e o número de
divisões da escala móvel também chamada de nônio ou vernier. Observe que o próprio enunciado da
questão indica como se é calculado a resolução do instrumento e, a partir da afirmação que o paquímetro
possui escala fixa em milímetros e possui 20 divisões basta realizar o seguinte cálculo:
1
𝑟𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = 0,05 𝑚𝑚
20
30. (CONSULPLAN/TRF 2ª REGIÃO/2017) A dimensão interna de uma válvula de pressão pode ser
medida através das orelhas do paquímetro.
Qual o valor da leitura encontrada na escala do paquímetro e qual a sua resolução, respectivamente?
2 1
a) 128 𝑖𝑛 𝑒 128 𝑖𝑛
5 1
b) 32 𝑖𝑛 𝑒 32 𝑖𝑛
7 1
c) 64 𝑖𝑛 𝑒 64 𝑖𝑛
9 1
d) 64 𝑖𝑛 𝑒 128 𝑖𝑛
Comentário:
91
117
1
(16) 1 1
𝑟𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = = 𝑖𝑛
8 16 . 8 128
Com isso já podemos eliminar as alternativas B e C que trazem resoluções incorretas. Dando
sequência, vamos realizar a leitura.
Note que o zero do vernier está situado entre 2/16 e 3/16 in, assim já temos 2/16 in e o segundo traço
do vernier coincide com um traço da escala fixa. Assim temos que a leitura será dada pela seguinte soma:
2 2 16 + 2 18 9
+ = = = 𝑖𝑛
16 128 128 128 64
Comentário:
92
117
espessura de fresas de topo e alargadores
dimensões de roscas
32. (CS UFG/UFG/2017) A figura a seguir representa o nônio e a escala de um paquímetro universal.
93
117
Disponivel em: <http://www.caldnazza.com/2012/11/paquimetro.html#.WJHYPX_wobs>. Acesso em: 28 jan. 2017.
Comentário:
Essa é mais um exemplo de questão simples de se resolver desde que você saiba determinar a
resolução de um paquímetro.
Como estudamos a resolução de um paquímetro é calculada pela menor divisão da escala fixa
dividida pelo número de divisões do nônio. No paquímetro da imagem podemos notar que ele está dividido
em milímetros em sua escala fixa e o nônio possui 20 divisões assim calculamos a resolução por:
1
𝑟𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = 0,05 𝑚𝑚
20
III. Um paquímetro com unidade de escala fixa de 1 mm e nônio com 20 divisões, apresenta resolução
de 0,02 mm.
Comentário:
O item I está incorreto uma vez que a medida 1,1247” equivale a 1 polegada e 1247 décimo de
milésimos.
94
117
O item II está correto. Uma polegada possui 25,4 mm realizando a conversão chegamos em:
O item III está incorreto. A resolução de um paquímetro é calculada pela menor divisão da escala
fixa dividida pelo número de divisões do nônio ou vernier. Neste caso a resolução seria:
1
𝑟𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 = = 0,05 𝑚𝑚
20
34. (CEV UECE/Pref. Sobral-2018) Durante o processo de usinagem de uma peça em um torno
mecânico, o técnico necessita verificar a concentricidade da peça fixada na placa do torno. O
instrumento de medição adequado para essa verificação é o
a) micrômetro.
b) paquímetro.
c) rugosímetro.
d) relógio comparador.
Comentário:
A alternativa B está incorreta. O paquímetro pode ser definido como um instrumento de medição
de distância entre dois lados opostos de um objeto. O paquímetro universal quadrimensional é utilizado
para medição de dimensões lineares internas, externas, de ressalto e de profundidade de uma peça.
95
117
35. (COPERVE/UFSC-2016) Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE e na ordem
apresentada as lacunas do texto a seguir.
Comentário:
Por fim, o PAQUÍMETRO é um instrumento com fino acabamento, cujas superfícies são planas e
polidas. Seu cursor é ajustado à régua, permitindo sua livre movimentação com um mínimo de folga e é
provido de uma escala chamada NÔNIO ou vernier.
96
117
Portanto, a alternativa D está CORRETA e é o gabarito da questão.
Relacione os itens indicados, por números, nessa figura, com suas respectivas definições.
( ) Ondulação
( ) Passo de rugosidade
( ) Rugosidade
( ) Defeito local
( ) Orientação
Comentário:
O número 1 representa um defeito local. Observe que ele não segue o padrão de irregularidades da
superfície. O elemento 2 representa a orientação das irregularidades da superfície. O elemento número 3
indica a altura ou a amplitude da rugosidade na textura primária, chamada neste caso de somente
rugosidade propriamente dita. O elemento 4 represente a parte da ondulação da superfície ou somente a
ondulação e o elemento 5 é o passo da irregularidade presente na textura secundária ou ondulação.
Sendo assim temos que a sequência correta está descrita na alternativa C que é o gabarito da
questão.
97
117
37. (FGV/SEE-PE-2016) As faces de peças mecânicas são irregulares, isto é, possuem saliências e
reentrâncias que determinam o quanto deverão ser usinadas para que atinjam o acabamento
desejado em projeto.
Essas saliências e reentrâncias são quantificadas por meio de uma grandeza denominada rugosidade,
que pode ser estabelecida utilizando diferentes procedimentos.
Comentário:
As alternativas A e E estão incorretas uma vez que o parâmetro Ry (rugosidade máxima) é indicado
para medição em parafusos sob intensa solicitação e superfícies sob a ação de cargas dinâmicas.
As alternativas B e C estão incorretas, pois o parâmetro rugosidade média do terceiro pico e vale é
o mais indicado para medição em superfícies de peças sinterizadas, fundidas e porosas em geral.
Com relação à imagem acima, assinale a alternativa que apresenta, de forma correta, a relação entre
as letras de a-f, indicadas na figura, e suas respectivas descrições.
a) a-Rugosidade aritmética (média) Ra; b-Processo; c-Cut-off ; d-Direção das estrias; e-Sobremetal; f-
Outros parâmetros.
98
117
b) a-Outros parâmetros; b-Processo; c-Cut-off ; d-Sobremetal; e-Direção das estrias; f-Rugosidade
aritmética (média) Ra.
c) a-Cut-off; b-Rugosidade aritmética (média) Ra; c-Processo; d-Direção das estrias; e-Sobremetal; f-Outros
parâmetros.
d) a-Direção das estrias; b-Processo; c-Cut-off ; d-Rugosidade aritmética (média) Ra; e-Outros parâmetros;
f-Sobremetal.
e) a-Direção das estrias; b-Outros parâmetros; c-Cut-off; d-Rugosidade aritmética (média) Ra; e-
Sobremetal; f-Processo.
Comentário:
Prezado aluno(a), sempre é muito importante que você faça uma análise detalhada das alternativas
durante a sua prova antes de resolver uma questão e, pois em questões como está você pode ir eliminando
alternativas com conhecimento parciais. Por exemplo, se você sabe somente o significa das letras c e f
somente, sendo cut-off e outros parâmetros de rugosidade, respectivamente, você já mata a questão, pois
somente a alternativa A traz essa resposta.
Outra forma é que conhecendo somente o significado da letra a no símbolo você já resolve a questão,
pois somente a alternativa A apresenta o correto significado da letra, ou seja, conhecendo apenas o
significado de uma ou alguma letra da simbologia você consegue gabaritar a questão realizando uma
análise das alternativas.
“Operação que estabelece, numa primeira etapa e sob condições especificadas, uma relação entre os
valores e as incertezas de medição fornecidos por padrões e as indicações correspondentes com as
incertezas associadas; numa segunda etapa, utiliza esta informação para estabelecer uma relação
visando à obtenção de um resultado de medição a partir de uma indicação”.
Comentário:
99
117
segunda etapa, utiliza esta informação para estabelecer uma relação visando a obtenção de um resultado
de medição a partir de uma indicação.
Validação é a verificação em que os requisitos especificados são adequados para um uso pretendido.
Medição é o processo de obtenção experimental dum ou mais valores que podem ser,
razoavelmente, atribuídos a uma grandeza.
A resolução é a menor variação da grandeza medida que causa uma variação perceptível na
indicação correspondente.
LISTA DE QUESTÕES
1. (DIRENS Aeronáutica/CIAAR-2020) Para compor as unidades de medida derivadas, duas outras
unidades, denominadas suplementares, são usadas juntamente com as unidades de base. Trata-se
das unidades para medição de ângulo plano e ângulo sólido, sendo ambas adimensionais.
a) grau e radiano.
b) grau e esterradiano.
c) radiano e esterradiano.
a) 𝑢𝑐 2 = 𝑢1 2 + 𝑢2 2 +𝑢3 2
b) 𝑢𝑐 = 𝑢1 + 𝑢2 + 𝑢3
100
117
c) 𝑢𝑐 = √𝑢1 + 𝑢2 + 𝑢3
a) inexatidão / imprecisão.
b) repetitividade / imprecisão.
A partir dessas informações, qual das equações a seguir expressa corretamente o resultado da medição de
tal mensurando, com correção de erro sistemático?
a) RM=I+t±C⋅u
101
117
b) RM=I±t⋅u
c) RM=I−C±t⋅u
d) RM=I+C±t⋅u
A seguir, observe a representação em diagrama de blocos de um sistema de medição que opera pelo
método da indicação.
A respeito dessa representação, é correto afirmar que a sequência correta dos módulos A, B e C é
I. Quando escritos por extenso, os nomes das unidades começam com letra minúscula. Exemplos: metro,
segundo, mol etc.
II. Se a unidade for o nome de um cientista, o nome deste deve ser escrito com letra minúscula, exceto para
grau Celsius. Exemplos: ampere, kelvin, newton, hertz, etc.
III. Na expressão do valor numérico de uma grandeza, a respectiva unidade pode ser escrita por extenso ou
representada por seu símbolo, não sendo admitidas combinações de partes escritas por extenso com partes
expressas por símbolos.
102
117
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.
a) blocos padrão.
(1) Pressão
(2) Energia
(5) Temperatura
( ) m2.Kg.s−2
( ) Kg.m−3
( )K
( ) m−1.Kg.s−2
( ) s−1
103
117
a) 3 – 4 – 5 – 2 – 1
b) 2 – 4 – 5 – 1 – 3
c) 5 – 2 – 1 – 4 – 3
d) 2 – 4 – 3 – 5 – 1
metralhadora 1: tiros desferidos em uma região longe do centro do alvo, mas com pequena dispersão.
metralhadora 2: tiros desferidos próximos do centro do alvo, mas com grande dispersão.
metralhadora 4: tiros desferidos em um ponto longe do centro do alvo e com grande dispersão.
c) Metralhadora 1: precisa. Metralhadora 2: possui grande erro sistemático. Metralhadora 3: possui grande
erro aleatório. Metralhadora 4: exata.
d) Metralhadora 1: precisa. Metralhadora 2: possui grande erro aleatório. Metralhadora 3: precisa e exata.
Metralhadora 4: possui grande erro sistemático.
10. (DIRENS Aeronáutica/CIAAR-2015) Para que os erros de medição existam, é necessária uma série
de fatores. Marque a alternativa que contém a afirmação verdadeira quanto aos erros de medição e
os principais fatores que os ocasionam.
a) Afirmação: erros de medição estarão sempre presentes. Fatores: sistema de medição, ação do ambiente,
operador e má definição do mensurando.
104
117
b) Afirmação: erros de medição estarão sempre presentes. Fatores: sistema de medição, sistema de
armazenamento de dados, operador e má definição do mensurando.
c) Afirmação: com o devido cuidado, erros de medição podem ser anulados. Fatores: tempo de uso do
sistema de medição, ação do tempo, operador e má definição do mensurando.
d) Afirmação: com o devido cuidado, erros de medição podem ser anulados. Fatores: resolução do
instrumento de medição, ação do ambiente, operador e má definição do mensurando.
A figura precedente mostra a escala fixa e o nônio de um paquímetro com suas medidas em milímetros. Em
relação ao instrumento e à leitura da medida indicada pela seta, assinale a opção correta.
105
117
um instrumento de medição e os valores correspondentes aos padrões utilizados. Acerca desse
tema, julgue o item que se segue.
14. (CEBRASPE(CESPE)/PO AL-2013) A propósito da rugosidade superficial, julgue o item que se segue.
O parâmetro rugosidade total corresponde à distância vertical entre o pico mais alto e o vale mais profundo
no comprimento de avaliação, independentemente dos valores de rugosidade parciais.
15. (CEBRASPE(CESPE)/PO AL-2013) A propósito da rugosidade superficial, julgue o item que se segue.
Na medição da rugosidade superficial, podem ser usados o sistema M ou o sistema da envolvente, sendo
este último o mais utilizado e adotado pelas normas técnicas brasileiras.
16. (CEBRASPE(CESPE)/PO AL-2013) A propósito da rugosidade superficial, julgue o item que se segue.
O parâmetro rugosidade aritmética representa a média dos valores absolutos das ordenadas de
afastamento dos pontos do perfil de rugosidade em relação à linha média do perfil de rugosidade, sendo
aplicado, por exemplo, no controle contínuo da rugosidade em linhas de produção de peças.
17. (CEBRASPE(CESPE)/PO AL-2013) A propósito da rugosidade superficial, julgue o item que se segue.
O parâmetro rugosidade máxima é definido como o maior valor das rugosidades parciais que se apresentam
no percurso de medição, sendo aplicado na caracterização de superfícies de vedação.
106
117
sentido anti-horário, a diferença será negativa, ou seja, a peça apresenta menor dimensão que a
estabelecida.
a) 301
b) 365
c) 1048
d) 1112
e) 1080
107
117
d) verificação do alinhamento entre pontas do torno
No Sistema Inglês de Unidades, a pressão é expressa em psi, onde 1 psi = 1 lbf in -2.
Sendo 1 lbf = 4,45 N e 1 in = 2,54 cm, a pressão atmosférica ao nível do mar, no Sistema Inglês de Unidades,
em psi, corresponde a
a) 4” 1/128”
b) 4” 3/128”
c) 4” 4/128”
d) 4” 5/128”
108
117
e) 4” 8/128”
a) 212
b) 195
c) 176
d) 156
e) 132
Dados:
1 polegada = 2,54 cm e
1 libra = 454 g
a) 2,8
b) 28,2
c) 70,4
d) 281,5
e) 704
109
117
Nessa configuração, o valor de leitura é
a) 30,3
b) 31,3
c) 33,0
d) 34,0
e) 34,9
a) goniômetro
b) inclinômetro
c) multímetro
d) tacômetro
e) manômetro
110
117
e) Grandeza que deve ser medida, ou grandeza cujo valor pode ser obtido de outro modo, para calcular um
valor medido de um mensurando.
Qual o valor da leitura encontrada na escala do paquímetro e qual a sua resolução, respectivamente?
2 1
a) 128 𝑖𝑛 𝑒 128 𝑖𝑛
5 1
b) 32 𝑖𝑛 𝑒 32 𝑖𝑛
7 1
c) 64 𝑖𝑛 𝑒 64 𝑖𝑛
9 1
d) 64 𝑖𝑛 𝑒 128 𝑖𝑛
111
117
31. (FGV/ALERJ/2017) A figura a seguir apresenta um tipo de micrômetro.
32. (CS UFG/UFG/2017) A figura a seguir representa o nônio e a escala de um paquímetro universal.
112
117
I. A medida 1,1247” equivale a 1 polegada e 1247 milésimos.
III. Um paquímetro com unidade de escala fixa de 1 mm e nônio com 20 divisões, apresenta resolução
de 0,02 mm.
34. (CEV UECE/Pref. Sobral-2018) Durante o processo de usinagem de uma peça em um torno
mecânico, o técnico necessita verificar a concentricidade da peça fixada na placa do torno. O
instrumento de medição adequado para essa verificação é o
a) micrômetro.
b) paquímetro.
c) rugosímetro.
d) relógio comparador.
113
117
Relacione os itens indicados, por números, nessa figura, com suas respectivas definições.
( ) Ondulação
( ) Passo de rugosidade
( ) Rugosidade
( ) Defeito local
( ) Orientação
37. (FGV/SEE-PE-2016) As faces de peças mecânicas são irregulares, isto é, possuem saliências e
reentrâncias que determinam o quanto deverão ser usinadas para que atinjam o acabamento
desejado em projeto.
Essas saliências e reentrâncias são quantificadas por meio de uma grandeza denominada rugosidade,
que pode ser estabelecida utilizando diferentes procedimentos.
114
117
38. (FAURGS/UFRGS-2018) Considere a representação abaixo da rugosidade de superfícies em
desenhos.
Com relação à imagem acima, assinale a alternativa que apresenta, de forma correta, a relação entre
as letras de a-f, indicadas na figura, e suas respectivas descrições.
a) a-Rugosidade aritmética (média) Ra; b-Processo; c-Cut-off ; d-Direção das estrias; e-Sobremetal; f-
Outros parâmetros.
b) a-Outros parâmetros; b-Processo; c-Cut-off ; d-Sobremetal; e-Direção das estrias; f-Rugosidade
aritmética (média) Ra.
c) a-Cut-off; b-Rugosidade aritmética (média) Ra; c-Processo; d-Direção das estrias; e-Sobremetal; f-Outros
parâmetros.
d) a-Direção das estrias; b-Processo; c-Cut-off ; d-Rugosidade aritmética (média) Ra; e-Outros parâmetros;
f-Sobremetal.
e) a-Direção das estrias; b-Outros parâmetros; c-Cut-off; d-Rugosidade aritmética (média) Ra; e-
Sobremetal; f-Processo.
“Operação que estabelece, numa primeira etapa e sob condições especificadas, uma relação entre os
valores e as incertezas de medição fornecidos por padrões e as indicações correspondentes com as
incertezas associadas; numa segunda etapa, utiliza esta informação para estabelecer uma relação
visando à obtenção de um resultado de medição a partir de uma indicação”.
115
117
GABARITO
1. C
2. A
3. C
4. D
5. B
6. D
7. A
8. B
9. D
10. A
11. ANULADA
12. INCORRETA
13. CORRETA
14. CORRETA
15. INCORRETA
16. CORRETA
17. CORRETA
18. A
19. E
20. D
21. D
22. C
23. D
24. C
25. D
26. B
27. A
28. A
29. D
30. D
31. A
32. D
33. D
34. D
35. D
36. C
37. D
38. A
39. C
116
117
117
117