RESUMO
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Type: Revista
Title: Educação e ensino de História em contextos coloniais e pós-coloniais
Authors: Ribeiro, F. B.
Publication: mneme – revista de humanidades
Year: 2015
Volume: 16
Issue: 36
Resumo
A educação e o ensino de História em particular de Moçambique e Angola abraçou os mesmos
padrões, países estes colonizados pela mesma metrópole colonizadora. Durante muitos e longos
anos as duas colonias passaram por vários desafios para obtiver o ensino tanto como a
proclamação da sua independência através da educação que abriu uma nova visão para a luta
diplomática e armada no seio do continente africano. De lembrar que nos princípios da década 60
o objectivo da metrópole portuguesa era de ensinar o indígena para servir a metrópole e a elite
portuguesa. Criando segregações que por um lado a educação apresentaria ameaça para os
mesmos se revoltarem contra a metrópole, ensinava não apenas ler e a escrever, mais também de
como servir na casa dos senhores da elite principalmente as mulheres que eram um dos focos
principais que eram educadas nas escolas da metrópole a serem donas de casa. No princípio a
educação para os indígenas estava centrada aos hábitos de higiene, hábitos de trabalho em todas
formas para servir a metrópole, nesta perspectivas nos remete a refletir sobre o verdadeiro
sentido da instalação das instituições da educação para os indígenas no território moçambicano.
Objectivos do trabalho
Objectivo Geral
Analisar a Educação e o ensino de História em contextos coloniais e pós-coloniais
Objectivos Específicos
Metodologia
Para realização deste trabalho foi basicamente necessária a consulta bibliográfica, após ter se
feita uma leitura minuciosa do manual acima referenciado.
A educação no período colonial: instruir para dominar
Depois de vários anos da colonização portuguesa em Moçambique como princípio ideológico
norteador a civilização da população africana isto a partir do séc. XIX, nos meados do séc. XX
constituiu-se nas colônias uma nova estrutura político-social, no interior da qual a educação tida
como um instrumento delimitado de ensino, seria uma das peças fundamentais para os indígenas,
dai que a instrução tornou-se condição sine qua non em sua passagem para a condição de
assimilados (o africano civilizado), pequeníssimo grupo que viria logo abaixo dos cidadãos
portugueses.
Segundo Ribeiro (2015), em Angola no ano de 1938 publica-se um documento que verificasse
algumas regras imposta pelos portugueses para que os indígenas obtivessem o grau de
assimilados tinha que observar as seguintes diretrizes:
De lembrar que, os portugueses usam essas estratégias como barreira pela aquisição do grau de
assimilado ou africano civilizado com intuito de separa-los e os mantivessem ocupados com um
processo de transição que passava, entre outras exigências, diretamente pela aquisição de
letramento. Visto que essa civilização era acompanhada de doutrinas católicas, os missionários
impunham costumes e culturas de Portugal.
Ribeiro (2015), acredita que a educação deveria ser rudimentar, o qual pela primeira vez em
Angola divide-se em dois ramos que separava o ensino, tinha como objectivo de “satisfazer às
necessidades mentais de dois grupos étnicos, naturalmente tão distanciados como o europeu e
africano”, assim o documento propunha:
No princípio a educação para os indígenas estava centrada aos hábitos de higiene, hábitos de
trabalho em todas formas para servir a metrópole, nesta perspectivas nos remete a refletir sobre o
verdadeiro sentido da instalação das instituições da educação para os indígenas no território
moçambicano.
A Organização do ensino indígena na Colónia de Moçambique, que “o ensino indígena tem por
fim conduzir gradualmente o indígena da vida selvagem para a vida civilizada, formar-lhe a
consciência de cidadão português e prepará-lo para a luta da vida, tornando-o mais útil à
sociedade e à si próprio. Voltado para o aprendizado de trabalhos manuais, havia uma atenção
especial às meninas, que deveriam além de aprender um ofício, receber treinamento para que se
tornassem exímias donas de casa, ou ainda empregadas domésticas. As escolas profissionais
destinadas às meninas indígenas proporcionavam o aperfeiçoamento da mulher indígena em
ordem a prepará-la para formar o lar civilizado e para adquirir honestamente os meios de manter
a vida civilizada. Finalizando a divisão do “sistema de ensino”, previa-se a construção de Escolas
Habilitação Indígena, destinadas a formar os quadros docentes responsáveis pelo processo de
instrução da população não civilizada, (Saúte, 2004 apud Ribeiro, 2015, p.30).
Essa Escola funcionava clandestinamente para o esclarecimento das ideias da educação para a
libertação do Homem. E o jornal chamava a atenção para a necessidade de compromisso que os
já civilizados tinham em trabalhar para que nenhum africano, preto ou mulato deixasse ao menos
de saber ler, escrever e fazer as contas.
Essas tensões fez com que a empreitada se reunisse para acabar com a rebeldia, porque colocava
ameaça no seio dos, mesmos e assim, as Independências controladas eram mais desejáveis do
que processos de luta que poderiam obstar a exploração capitalista, um controle que poderia
assegurar, como de fato o fez em alguns casos, a manutenção dos laços de dependência com a
metrópole
Só a partir de 1957, organizações como ONU e OTAN empunham duras críticas em relação as
actitudes impostas pelas colonias que praticavam actos desumanos condenando o regime
salazarista.
Segundo Episteme (2002) apud Ribeiro (2015, p.35), em 1962, já sob os auspícios de sua guerra
de independência, foi lançado em Angola um novo plano de governo para a Província, que
comportava um “Plano de Ensino” estimado ao ensino rural, documento elaborado por Amadeu
Castilho Soares, que nomeou o projeto de Levar a escola à sanzala6 plano de ensino primário
rural em Angola entre 1961-1962.
De modo geral, a grande preocupação do Plano de Ensino era atingir a extensa área rural,
desprivilegiada desde sempre de uma rede educacional sistemática. Entre outros objetivos, o
Plano desejava incutir nas comunidades tribais o desejo de “querer uma Escola” e envolvê-las na
concretização do projeto. Houve uma preocupação de criar novos métodos ou materiais didáticos
como forma de transmitir as informações de uma forma mais adequada para os nativos. Um
preocupante problema que colocará Angola na vanguarda dos esforços para a elevação das
massas nativas menos evoluídas:
Conforme Ribeiro (2015, p.38), o passar dos anos e o acirramento das tensões internas nas
colônias, levou a metrópole a implementar medidas para acelerar o processo de ensino-
aprendizagem, na ilusão de criar uma identificação dos antigos indígenas com a nação
portuguesa. Um esforço voltado para a tentativa de manter o regime colonial, conforme
mencionado.
A criação desta Escola incentivou a instalação de várias outras escolas, e foi a partir desses
primeiros centros educacionais, que-se produziu manuais para o ensino primário e secundário,
que uma nova História do continente africano seria contada, com isso:
Anos mais tarde, Instituía-se doravante, uma nova política educacional, que recomendava a
retirada completa dos conteúdos de História de Portugal e a sua substituição pela História de
Moçambique e dos “outros povos” do continente africano. É fato que a recuperação da real
História moçambicana servia diretamente aos propósitos ideológicos da FRELIMO de formação
do “Homem Novo”. Um antigo combatente que participou activamente desse processo, revela
que a História ensinada foi possível graças a FRELIMO sobretudo, o nacionalismo
moçambicano devia fazer parte da História de Moçambique, (Simbine apud ribeiro, 2015).
Conclusão
O estudo revelou que, Moçambique e Angola traçou os mesmos meios para que ate os dias de
hoje estejam independente. Não deixando de lado as duras actividades obrigatórias e uma
educação especializada para servir a metrópole, deixando os seus hábitos e costumes, para
praticarem a cultura portuguesa e alguns que sabiam falar a língua portuguesa eram designado
por assimilados ou africano civilizado que era um dos propósitos da metrópole e elite
portuguesa. O sistema educacional era unificado a todo império pelo modelo em vigor na metrópole. E
na escola primária em Moçambique, estudava-se eu estudei, até meados da década de 1960, em textos que
se referiam à vida rural em Portugal, sua vegetação, sua fauna, sua paisagem, por outro lado, os
colonizadores estavam mais preocupados em ensinar os indígenas para servir a metrópole
usando-o como um instrumento mais útil à sociedade e à si próprio.