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Corrosão

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CORROSÃ O

PMT 2100 – Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia

2 - CICLO DE VIDA DOS MATERIAIS DE ENGENHARIA

3 - Processos que determinam o “fim” dos materiais

1. – Corrosão e degradação
2. – Corrosão de metais – Corrosão de materiais cerâmicos
3. – Degradação de polímeros
4. – Desgaste mecânico (estudado pela Tribologia)
5. – Desgaste abrasivo – Erosão
6. – Cavitação

4 - Importância econômica

• Ctot= Cdc+ Cdp+ Cin

• Aumento de Custo direto normalmente diminui o Custo total •Existe semelhança com os
custos da saúde

5 - CUSTOS DIRETOS

- Reposição de material
- Proteção catódica

- Inibidores de corrosão

- Desumidificação de armazém - superdimensionamento

- Interrupção de produção -perda de materiais

- Perda de eficiência

- Contaminação de produtos

• Custos totais (Ct) de 3 a 4% do PNB

• Custos evitáveis: 15-30 % de Ct •no Brasil: PNB » US$ 550 biliões

• Custos evitáveis estimados: ~ US$ 5 biliões/ano

6 - IMPORTÂNCIA SOCIAL DA

• Acidentes(perda de vidas ou invalidez): queda de pontes e aviões,


explosão de caldeiras, vazamento de oleodutos (Vila Socó).

• Contaminação (deterioração da saúde): canalizações de chumbo,


alambiques de cobre.

• Insalubridade: humidade causada por vazamentos, vazamento de


produtos tóxicos (p.ex.gás)

• Economia popular: produtos


de consumo de durabilidade
comprometida pela deterioração

7 - Corrosão e degradação dos materiais

Para os três tipos de materiais de engenharia, os mecanismos de deterioração são


diferentes:
1. Metais: a deterioração ocorre pela dissolução do material, com ou sem a
formação de produtos sólidos (óxidos, sulfetos, hidróxidos). Esse fenômeno é
denominado corrosão.

A deterioração também pode ocorrer pela reação em atmosferas a alta temperatura, formando
camadas de óxidos.

Esse fenômeno chama-se oxidação. Ambos são processos eletroquímicos.

2. Cerâmicas: a deterioração (que também pode ser chamada corrosão) ocorre


somente em temperaturas elevadas ou em ambientes muito agressivos. Estes
materiais são muito resistentes à deterioração.

3. Polímeros: os mecanismos de deterioração são diferentes daqueles dos


metais e cerâmicas, mencionados acima. A deterioração deste tipo de material
é denominada degradação. Alguns tipos de solventes líquidos podem provocar
dissolução ou expansão (quando o solvente é absorvido pelo polímero) nos
polímeros. Podem também ocorrer alterações na estrutura molecular dos
polímeros pela exposição às radiações eletromagnéticas (luz, raios-X,...) ou
calor.

8 - PRINCIPAIS REAÇÕES EM CORROSÃO

1.

2.

3.
4.

1 - Processo corrosivo
1. • Um processo corrosivo consiste na ocorrência simultânea de pelo menos
uma reação anódica e de pelo menos uma reação catódica.
1.1 A carga elétrica produzida na reação anódica é totalmente absorvida pela reação
catódica.
2. • Se a solução é uma boa condutora, o metal que sofre corrosão assume um
potencial de elétrodo, que é chamado potencial de corrosão.

10 - Passivação

• A reação de passivação conduz à formação de uma fina película de um composto


(geralmente óxido e com espessura da ordem de 4 nm) na superfície do metal (película
passiva), película contínua e aderente, a qual protege o metal contra a corrosão.

• Exemplos:

1. • O alumínio, apesar de ser um metal extremamente reativo, tem uma elevada


resistência à corrosão devido à presença na sua
2. • O aço inoxidável, que é uma liga de Fe-Cr (com teor de Cr maior de 12% em
peso), deve sua resistência à corrosão à

11 - Diagramas potencial de elétrodo -pH

1. • Também conhecidos como Diagramas de Pourbaix, são diagramas de fase


isotérmicos que indicam as regiões de estabilidade das reações eletroquímicas
em função do potencial de elétrodo e do pH.

2. • Nestes diagramas as retas correspondem às condições de equilíbrio


dessas reações.
3. • Retas horizontais não envolvem reações dependentes de H+ ou OH- (não
dependem de pH).
4. • Retas verticais correspondem a reações não eletroquímicas (não dependem do
potencial de elétrodo).

(Parte 2 de 3)
12 - Diagrama de Pourbaix para o sistema Fe-H2O a 25oC e concentrações
iônicas de 10-6 M

12.1 • A partir do diagrama de Pourbaix é possível prever possíveis estratégias de


proteção contra a corrosão.

12.2 • Assim, para o ferro sofrendo corrosão no ponto A do diagrama, pode-se aplicar as
seguintes proteções:

1. Diminuição do potencial de corrosão para < -0,62 V: o Ferro ficará na região de


imunidade (proteção catódica).

2. Aumento do potencial de corrosão para > 0,4 V: o Ferro se passivará (proteção


anódica).

3. Aumento de pH para acima de 7: o Fase passivará. As linhas tracejadas


correspondem ao equilíbrio das reações de redução do oxigênio (superior) e do
hidrogênio (inferior)

13 - Proteção Catódica

(a)de tubulação subterrânea com a utilização de ânodos de sacrifício (de magnésio), e (b)de
tanque subterrâneo com o uso de corrente impressa.

14 - Prevenção da Corrosão com Revestimento Metálico Anódico

Um revestimento de zinco aplicado sobre aço confere-lhe proteção por barreira e, além disso,
protege o aço exposto em pequenas falhas pelo mecanismo de proteção catódica.

1. • Corrosão generalizada

2. • Corrosão atmosférica •Corrosão por líquidos

3. • Corrosão galvânica

4. • Corrosão localizada

5. • Corrosão por pite • Corrosão em fresta

6. • Corrosão intergranular

7. • Corrosão seletiva

8. • Corrosão grafítica • Dezincificação


9. • Corrosão microbiológica

10. • Corrosão por correntes de fuga •Corrosão filiforme

11. • Corrosão associada a tensões mecânicas

12. • Corrosão sob-tensão

13. • Fadiga sob corrosão •Erosão –corrosão

14. • Cavitação – corrosão

15. • Corrosão por atrito

Principais tipos de corrosão

Corrosão generalizada e corrosão galvânica

Corrosão generalizada: as reações de oxidação e de redução ocorrem aleatoriamente na


superfície exposta da peça, o que resulta em superfícies com o mesmo grau de corrosão.

Corrosão galvânica: ocorre quando dois metais de composições químicas diferentes e em


contato mútuo são expostos a um eletrólito. Nesse meio específico, o metal menos nobre (o
mais reativo) sofrerá corrosão, e o metal mais nobre será protegido contra ela.

15 - Corrosão localizada

• Corrosão por pite: Ocorre em metais passivos na presença de íons cloreto. Os


íons cloreto rompem localizadamente a película passiva. Como as condições são de
estagnação no interior do pite, forma-se aí uma solução ácida, o que possibilita um
rápido crescimento do pite para o interior do material.

• Corrosão em fresta: ocorre em frestas nas quais a solução consegue penetrar. As


condições estagnadas e o empobrecimento em oxigênio favorecem o enriquecimento em
íons cloreto, os quais acabam rompendo a película passiva. Passa-se então a ter um
mecanismo semelhante ao da corrosão por pite.
16 - Corrosão intergranular

A corrosão intergranular ocorre nos contornos de grão. Por causa deste tipo de corrosão, uma
amostra pode se desintegrar pelo desprendimento dos grãos. Nos aços inoxidáveis ela é
causada pela precipitação de carbonetos de cromo nos contornos de grão, a qual provoca
empobrecimento em cromo nas regiões vizinhas (sensitização).

Com o teor de cromo atingindo teores inferiores a 12%, a passividade dessas regiões fica
comprometida, e o aço sofre dissolução seletiva.

17 - Corrosão associada a tensões mecânicas

Corrosão sob tensão (CST): causada pela ação simultânea de:(1) tensões de tração (aplicadas
e/ou residuais)e (2) meio corrosivo (específico). A CST provoca formação de trincas que podem
levar à rutura do material. Na indústria de processos químicos ela é uma das principais causas
de falhas em serviço.

Erosão-corrosão: a ação combinada e simultânea de ataque eletroquímico e da erosão leva a


esse tipo de degradação. A erosão se deve ao movimento do fluido. Quanto maior a sua
velocidade, maior é o dano provocado (o efeito passa a ser significativo acima de 1,5 m/s). Nas
curvas o dano é maior, devido ao aumento do atrito do fluido com a superfície do metal.

18 - Oxidação

• A taxa de oxidação do material pode obedecer a uma das três relações:

• Oxidação: reação eletroquímica que ocorre quando o metal está em contato com uma
atmosfera gasosa (em geral, ar), sem que haja presença de eletrólito.

• O produto dessa reação é um óxido que se forma a partir da superfície do metal. Por
ser semicondutor, o óxido conduz tanto os elétrons como os íons.

• Temperaturas elevadas favorecem a deterioração do material por esse processo.

Relação parabólica

Relação linear Relação logarítmica


19 - Camadas de óxido protetoras

(i) do tipo p[lacunas catiónicas (NiO, Cu2O)] (i) do tipo n[ catiões intersticiais (ZnO) ou lacunas
aniónicas

Os Óxidos com menos defeitos são mais protetores. A adição de elementos de liga de
diferentes valências afeta o número de defeitos no óxido, tornando-o ou mais ou menos
protetor.

20 - Camadas de óxido protetoras

(Parte 3 de 3)

A Índice de Pilling- Bedworth (f) onde: A Oéa massa molecular do óxido, a é o número de
átomos do metal

(Me) em uma molécula de óxido, A Méa massa atômica do metal Me, e rOe rMsão as
densidades do óxido e do metal, respetivamente.

F < 1 Þóxido não protetor 1< F< 2-3 Þóxido protetor

F> 2-3 Þóxido não protetor

Quando um óxido MeaObéformado a partir de um metal Me:

ba2 OMO 2 b aM fi+ o índice de Pilling-BedworthFédado pela relação:

21 - Corrosão de materiais cerâmicos

• Podemos pensar nos materiais cerâmicos como materiais estáveis em relação à maior
parte dos mecanismos de corrosão que acabaram de ser discutidos.

• Na maioria dos meios, esses materiais são altamente resistentes à corrosão.


• Em altas temperaturas, a corrosão desses materiais se dá atravésde processos de
formação de fases vítreas e de dissolução.

• Ex.: corrosão de refratários usados em fornos de fusão de vidro (formação de fases vítreas).

• A corrosão por dissolução em meios ácidos específicos (HF, por exemplo) ou em meios
alcalinos é favorecida, principalmente com o aumento da temperatura do sistema.

• Na temperatura ambiente, o processo de degradação de vidros não tratados pode se iniciar


com gotas d’água que se condensam na superfície deles (esse fenômeno é conhecido como
intemperismo) .

22 - Degradação de polímeros

(temperatura, agentes químicos)

• A degradação dos materiais poliémicos baseia-se em processos físico-químicos.

• Ela pode ocorrer por:

– Inchamento seguido de dissolução do polímero.

– Rutura (cisão) das ligações decorrente de radiação eletromagnética (luz, por


exemplo), calor, agentes químicos.

agentes químicos (água, ácidos, ) com radiação (luz) e


– Ação do clima (intemperismo): combinação da ação de variação de temperatura.

Abrasão: o desgaste abrasivo ocorre quando há remoção de material provocado por


partículas de alta dureza existentes entre as duas superfícies em movimento ou embebidas em
uma ou nas duas superfícies em movimento.

As partículas de alta dureza podem ter várias origens:


O produto do processamento de minérios (sílica, alumina, etc.), fragmentos metálicos
altamente encruados removidos da superfícies em contato, asperezas de maquinagem de uma
das superfícies em contato.

Desgaste mecânico: Abrasão a 2 corpos Abrasão a 3 corpos

23 - Desgaste mecânico

Cavitação: O escoamento de líquidos através de tubulações provoca a


formação de bolhas de vapor nas regiões em que a pressão é menor do que
pressão de vapor do líquido. Essas bolhas colapsam (implodem) e geram pressões de
impacto na parede da tubulação ou de uma hélice que podem alcançar até 15.0 MPa. O
desgaste decorrente desse processo é chamado cavitação.

Erosão: – por escoamento de fluidos

– Por partículas sólidas contidas em líquidos ou gases

– Por partículas líquidas contidas em líquidos ou gases –por jatos de líquidos ou de


gases (impingem).

A erosão pode ser de pequeno ângulo ou de grande ângulo

24 - Capítulos do Caliste tratados nesta aula

– Capítulos 18 : completo.

– Capítulos 24

•Considerações a respeito da vida dos materiais – seções 24.1 a 24.4 .

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