Coas de Matematica - Eja
Coas de Matematica - Eja
Coas de Matematica - Eja
Equipe de Elaboração:
● Ednalva Santos da Silva,
● Eliezer Suzart
● Juliana Ferraz ,
● Mariana Araujo,
● Pedrito Santos,
● Wanderson firmino
Apresentação
O presente documento apresenta os Objetivos de Aprendizagem para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), da Rede Pública
Municipal de Educação de Feira de Santana, que foram elaborados a partir da Proposta Curricular e dos documentos oficiais
destinados à EJA.
REFERÊNCIAS
1. CONCEPÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE
FEIRA DE SANTANA PARA A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
A matemática está presente nas mais diversas formas de manifestações e atuações do homem sobre o mundo. Ainda que de maneira
empírica, o conhecimento matemático é constantemente acessado e demandado na resolução de problemas da realidade. Ao contar, medir,
comparar, classificar, quantificar, inferir, generalizar, entre outros, o ser humano exercita a matemática.
Desenvolver nos estudantes o conhecimento da matemática enquanto ciência de forma sistematizada é de suma importância para a vida dos
mesmos haja vista que esse saber possibilita o desenvolvimento do senso crítico e raciocínio lógico necessários para a modelagem de fenômenos
das mais diversas áreas do conhecimento e principalmente para a compreensão e resolução de problemas do mundo em que estão inseridos.
As orientações para o ensino de Matemática estão organizadas por eixos estruturadores (unidades temáticas) – Números e Operações,
Pensamento Algébrico, Grandezas e Medidas, Tratamento da Informação (probabilidade e estatística) e Espaço e Forma (geometria). Os referidos
eixos são norteadores para a seleção/organização dos conteúdos, que devem ser elencados pelo professor, de forma que viabilize a construção das
competências indicadas para o ensino de matemática.
A organização do trabalho pedagógico considerando esses conceitos (que agrupam conteúdos) favorece para que sejam exploradas as
conexões entre conceitos, ampliando assim, a compreensão de sentido de número, ao invés de se ter uma organização linear com o intuito apenas de
fixação de conteúdos e classificação arbitrária de pré-requisitos para a aprendizagem.
No que diz respeito aos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) é preciso enfatizar que a construção do conhecimento matemático, a
partir da ampliação da escolaridade, assume ainda uma dimensão sociocultural e econômica, uma vez que tal conhecimento pode ampliar suas
possibilidades de inclusão e ascensão social ao promover uma compreensão mais abrangente da realidade.
Ao promover a discussão do conhecimento matemático na EJA é mister levar em consideração que, embora do ponto de vista social dos
estudantes da EJA representem um grupo relativamente homogêneo, há uma grande diversidade do ponto vista cultural, uma vez que a EJA reúne
pessoas que trazem diferentes experiências no que diz respeito ao trabalho, faixa etária, à origem, entre outros aspectos.
Dessa forma, a investigação matemática, deve se dar a partir dos diferentes contextos nos quais os números estão inseridos, num processo
dinâmico de construção coletiva onde o estudante seja sujeito ativo e o professor atue como mediador nessa construção.
A resolução de problemas deve estimular a participação do estudante no emprego de critérios e métodos desenvolvidos a partir do seu
entendimento do mundo e em sua ação sobre ele, visando a formação de sujeitos críticos, estimulando e valorizando o surgimento, discussão e
socialização de diferentes processos de resolução (processos heurísticos), e do erro como etapa não desprezada no desenvolvimento do saber, bem
como a apresentação de métodos de resolução formalmente sistematizados e cientificamente aceitos, ampliando as possibilidades do grupo.
O processo de ensino aprendizagem matemático na EJA, deve portanto levar em consideração o amplo repertório de conhecimentos e
habilidades adquiridos na experiência de vida acumulada por esses alunos, estimulando a sua participação ativa num processo de construção
coletiva do saber que valorize o conhecimento prévio destes e que considere a realidade como ponto de partida. Essa conexão entre o que já se sabe
e o que se quer alcançar gera uma motivação para o conhecimento a ser elaborado e facilita a construção de significados em decorrência do
processo percorrido.
Apesar da formalização contida nesses objetivos de aprendizagem, é importante considerar que os mesmos foram pensados num contexto
geral e podem ser flexibilizados a partir da vivência estabelecida nas turmas da EJA, devido ao caráter heterogêneo que elas apresentam, como já
foi dito anteriormente. A organização dos objetivos é algo que deve ser repensado e revisitado constantemente, tornando-os meios de orientação
dinâmicos na busca da aprendizagem significativa e do exercício para a cidadania.
1.1 ESPAÇO E FORMA – GEOMETRIA:
Os conceitos geométricos desenvolvem um tipo especial de pensamento que permite ao aluno compreender, descrever e representar, de
forma organizada, o mundo em que vive. O trabalho com noções geométricas volta-se para a observação, percepção de semelhanças e diferenças
e identificação de regularidades, envolvendo a exploração dos objetos do mundo físico, de obras de arte, pinturas, desenhos, esculturas e
artesanato. A ampliação dessa perspectiva para as generalizações das regularidades geométricas ocorre no decorrer dos estudos realizados nos
diferentes anos escolares.
13.Reconhecer X X X X X
semelhanças e diferenças entre poliedros (cubo, prisma e pirâmide). X
Integram esse eixo conceitual as noções de estatística, de probabilidade e de combinatória. Em estatística incluem-se os procedimentos para
coletar, organizar, comunicar e interpretar dados, utilizando tabelas, gráficos e representações. No campo da combinatória, inclui-se,
especialmente, o princípio multiplicativo da contagem. Os estudos de probabilidade se destinam à compreensão de que grande parte dos
acontecimentos do cotidiano é de natureza aleatória e é possível identificar prováveis resultados desses acontecimentos. As noções intuitivas de
acaso e incerteza podem ser exploradas por meio de experimentos e observação de eventos.
A leitura de informações matemáticas em diferentes suportes, também são pontos de exploração dentro desse eixo. Ao interpretar
situações-problema em matemática, leitura de gráficos, tabelas, organização de informações matemáticas, o estudante poderá compreender a
linguagem matemática encontrada em diferentes contextos sociais.
I A C I A C I A C I A C I A C
7.Resolver situações problema com dados apresentados de maneira organizada por meio X X X X X X X X
de tabelas e gráficos.
Caracteriza-se por sua relevância social, com evidente caráter prático e utilitário. As atividades em que as noções de grandezas e medidas são
exploradas proporcionam melhor compreensão de conceitos relativos ao espaço e às formas e dos significados dos números e das operações, e
incluem a ideia de proporcionalidade e escala.
Os diferentes símbolos utilizados são compreendidos dentro do contexto de uso, favorecendo a compreensão das medidas matemáticas.
I A C I A C I A C I A C I A C
1.Comparar X X X X
comprimentos
capacidades ou massas, utilizando termos mais detalhados: cabe mais que, mais
alto que, mais baixo que, mais comprido, mais curto, mais pesado, mais leve,
dentre outros.
4.Relatar, X X X X X X X
sequencialmente,
acontecimentos
utilizando, quando possível, os horários dos eventos.
8.Estabelecer a relação entre unidades de tempo - hora, dia, semana, mês e ano. X X X X X X
18.Estabelecer X X X X X X
equivalência de valores entre moedas e cédulas do sistema monetário brasileiro
para resolver situações cotidianas.
27.Reconhecer X X X
temperatura como grandeza e o grau Celsius como unidade de medida a ela
associada e utilizá-lo.
Neste eixo objetivamos que os estudantes compreendam padrões e relações, a partir de diferentes contextos, possibilitando que estabeleçam
critérios para agrupar, classificar e ordenar objetos; reconheçam padrões de uma sequência; produzam padrões; e ampliem a compreensão da
linguagem matemática.
A partir da utilização de caminhos próprios para a construção do conhecimento matemático, os estudantes, cada vez mais, ao passo que
avançam nos anos escolares, serão capazes de reconhecer regularidades em diversas situações que envolvem a matemática, os números em suas
diferentes funções e as operações. Nesse percurso, entenderão a linguagem específica utilizada e perceberão a importância da linguagem simbólica
na representação de situações matemáticas como mais uma forma de comunicação. Envolver os estudantes na investigação dessa
linguagem e oportunizar situações de desafios que os provoquem a utilizar os símbolos para representar diferentes compreensões dos problemas
matemáticos propostos, explorando o vocabulário adequado para os elementos que compõem as diferentes situações, ajudará no desenvolvimento
do pensamento algébrico desde as séries iniciais com ampliação e aprofundamento nas séries finais do ensino fundamental.
10.Identificar X X X X X X
regularidades em sequências ordenadas de números naturais, resultantes da
realização de adições ou subtrações sucessivas, por um mesmo número.
11.Compreender a ideia de igualdade para escrever diferentes sentenças de adições X X X X X X X
ou de subtrações de dois números naturais que resultem na mesma soma ou
diferença.
13.Identificar X X X
regularidades em sequências numéricas compostas por múltiplos de um número
natural.
17.Generalizar X X X X X X
regularidades presentes nas operações de números naturais, a partir da investigação
de propriedades como: comutatividade,
associatividade e distributividade.
A compreensão de sentido de número e as diferentes funções que eles exercem nos contextos de uso (quantificar, codificar, ordenar, medir) é
o princípio que deve organizar esse eixo de conteúdos matemáticos. Oportunizar condições para que os objetivos previstos, relativos a
compreensão de número, englobem desde a contagem “um a um” até a construção do Sistema de Numeração Decimal e seu uso nas operações, por
meio da resolução de problemas.
Nesse processo de compreensão da noção de número os estudantes desenvolvem as ideias de aproximação, proporcionalidade, equivalência e
ordem. Para tanto, é importante propor situações significativas e desafiadoras a sucessiva ampliação dos campos numéricos, enfatizando os
registros, os usos, os significados e as operações, reconhecendo as características do sistema de numeração decimal, especialmente o valor
posicional dos algarismos em um número e as diferentes possibilidades de compor e decompor um número.
A princípio é importante que, através da resolução de problemas com números naturais e racionais envolvendo diferentes significados das
operações, os estudantes desenvolvam diferentes formas (estratégias) de solucionar as situações propostas, por meio do cálculo mental, estimativa,
técnicas algorítmicas ou uso de recursos tecnológicos (calculadora, por exemplo), compreendam e saibam explicar os procedimentos utilizados
para a resolução e análise os resultados para reconhecer se é adequado ou não à situação proposta. Com a ampliação dos conhecimentos, para o
aprofundamento da noção de número, as resoluções de situações-problema deverão envolver contextos nos quais, a ampliação dos conjuntos
numéricos seja necessária, ou seja, que os números racionais sejam insuficientes, ampliando, assim, para os números irracionais, principalmente
em situações-problema que envolvam a geometria.
O trabalho com as operações deve valorizar a compreensão dos diferentes significados de cada uma delas, as relações existentes entre elas e
o estudo reflexivo do cálculo, contemplando os tipos: exato e aproximado, mental e escrito. O pensamento numérico será ampliado ao passo que os
números e as operações estejam contextualizados em situações que envolvam os demais eixos de conteúdos, o que favorecerá a compreensão da
função e do sentido numérico.
12.Compor e decompor número de até duas ordens, por meio de diferentes adições, X X X
contribuindo para a compreensão de características do sistema de numeração
decimal e o desenvolvimento de estratégias de cálculo.
32.Resolver problemas de divisão de um número natural por outro (até 10), com X X X X
resto zero e com resto diferente de zero, com os significados de repartição
equitativa e de medida, por meio de estratégias e registros pessoais.
REFERÊNCIAS
BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - MEC. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC/SEB, 2017. Disponível em
<basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf>.
BRASIL, LDB. Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em < www.planalto.gov.br