Adimu Oferendas As Orixas - Compress PDF
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DEDICO ESTE TRABALHO AOS SEGUIDORES DO CULTO AOS ORIXÁS QUE, RESPEITANDO TODAS
AS FORMAS DE VIDA, COMPREENDEM QUE OS ANIMAIS
ANIMAIS SÃO CRIA
CRIATURAS
TURAS DE OLORU
OLORUN,
N, ASSUMIN
ASSUMINDO,
DO, ASSIM
A RESPONSABILIDADE
RESPONSABILIDADE DE RESPEITÁ-LOS
RESPEITÁ-LOS E PRESERVÁ-LOS.
ORAÇÃO DO GALO.
que eu faço
faço nascer o Sol!
Aesar $e "u$o,
A)!
&' (arte
CA()*+,O I
O Candoml
A influ'ncia da civiliaç%o crist%, assim como os costumes de gru$os amerndios, foram assimilados e seus
traços culturais $odem ser observados mesmo nas mais tradicionais casas de Candomblé, #ue auto-intitulam-se
n*cleos de resist'ncia religiosa e cultural.
A caractersca de n*cleo de resist'ncia, destiolou-se através dos tem$os e, o #ue vemos !o&e, é uma
$r"tica religiosa em constante $rocesso de renovaç%o, onde as caractersticas culturais da minoria, tendem a
Os cultos, embora ten!am uma origem comum, n%o s%o !omog'neos, $ossuindo diferentes $rocedimentos
lit*rgicos, o #ue n%o se verifica somente de regi%o $ara regi%o, mas também, de terreiro $ara terreiro, muito embora
restem sem$re v"rios elementos comuns a todos os gru$os $raticantes.
0"rios outros autores viriam, $osteriormente, corrigir tal afirmaç%o, notadamente, 9oger Bastide, dson
Carneiro, 2.=elafosse, 1ierre 0erger, . 4olanb' e outros #ue afirmam a exist'ncia, na cultura religiosa dos negros
3orubanos, fons e das diversas nações do 4ul da frica, um =eus >nico, Criador de 5odas as Coisas, Onisciente e
Oni$resente.
monotesmo como base desse ti$o de $r"tica religiosa. O Candomblé é, $ortanto, um culto com caractersticas
exclusivas #ue o distingue da forma original ainda !o&e $raticada na frica.
4egundo
4egundo a filosofia
filosofia religiosa africana,
africana, O Criador
Criador encontra-se
encontra-se em $lano t%o su$erior em relaç%o aos seres
!umanos e, é de tal forma inex$lic"vel e incom$reensvel, #ue in*til seria manter-se um culto es$ecfico em sua
!onra e louvor, &" #ue o Absoluto n%o $ode ser alcançado $elo ser !umano em decorr'ncia de suas limitações e
im$erfeições.
Olorun é o nome mais comumente usado $ara designar a =ivindade 4u$rema, e esta $refer'ncia de uso
est" ligada + sua aceitaç%o $or $arte dos islamitas e dos crist%os, #ue adotaram-no como sinnimo, tanto de Al",
#uanto de :eov".
O termo é f"cil de ser analisado e traduido, uma ve #ue se com$õe de duas $alavras a$enas/ DOl de Oni
(dono, sn!o", #!$)
#!$) e Orun ((#%&,
#%&, '&ndo ond !()*+(' os s"*+os '(*s /(dos0, formando Olorun - C!$,
/(dos0, formando
C%& .
P"o"*+1"*o o& Sn!o" do C%&.
O termo Olodumare $ro$õe uma idéia mais com$leta e de maior significado filos7fico. =esmembrando a
$alavra, encontramos os seguintes com$onentes/ OlE, DOd* e 2are, #ue $assamos a analisar se$aradamente.
O $refixo Ol resulta da substituiç%o, $elo l das letras n e i da $alavra Oni ( dono, sn!o", #!$),
#!$),
$refixo utiliado, modificado, ou em sua forma original, $ara designar o domnio de alguém sobre alguma coisa
($ro$riedade, $rofiss%o, força, a$tid%o, etc.). x./ Olo@un - 4en!or dos Oceanos.
O termo intermedi"rio Odu, $ossui diversos significados, de$endendo das diferentes entonações na sua
$ron*ncia,
$ron*ncia, #ue no caso é du e #ue reunido ao $refi
$refixo
xo ol, resulta
resulta em Olodu,
Olodu, cu&o significado
significado é/ 2A3&
2A3&
3&
(&+o"*d(d , ou ainda/ 2A3& 3& % o"+(do" d 4#n+s (+"*)&+os, 3& % s&"*o" ' &"5(,
oss&* o #+"o o& ( (&+o"*d(d,
6"(nd5(, +('(n!o 3&(*d(d2.
A *ltima $alavra com$onente mare é, $or sua ve, o resultado do aco$lamento de dois termos ma e re,
im$erativo
im$erativo #ue significa/
significa/ 2n7o "oss*6(2, 2n7o /1.
/1 . A advert'ncia contida no termo, fa refer'ncia + inca$acidade do
ser !umano, inerente + sua $r7$ria limitaç%o, de decifrar o su$remo e sagrado mistério #ue envolve a exist'ncia da
=ivindade.
Olofin é também uma das designações da =ivindade su$rema. Fuando em extrema afliç%o, os nags
costumam solicitar o auxlio divino, invocando os tr's nomes/
nomes/ Oo"&n8
Oo"&n8 Oo$*n8 Ood&'("
2O +"
+"'o
'o "
"*6*
*6*7o
7o %, d 'odo
'odo 3&(s
3&(s 6"(,
6"(, "(#*
"(#*on(
on(do
do #o' o /")o
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*no "*6"
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d&"(do&"o #o' o
so)"n(+&"(<.3
As religiões $ressu$õem sistemas de crença, $r"tica e organiaç%o, #ue estabelecem uma ética
manife
manifesta
stada
da no com$or
com$ortam
tament
ento
o de seus
seus seguido
seguidores
res no #ue concer
concerne
ne ao $r
$roce
ocedim
diment
ento
o ritual
ritualsti
stico,
co, ($r
($r"ti
"ticas
cas
$adroniadas e invari"veis, $or meio das #uais os ade$tos re$resentam, de forma simb7lica, sua relaç%o com os
seres sobrenaturais).
stes rituais com$reendem diferentes $ro$ostas, como s*$licas, adoraç%o, ou tentativa de controle sobre os
acontecimentos, o #ue condu ent%o, + $r"tica da magia ou da feitiçaria. o $r7$rio ritual #ue $ode estabelecer um
c7digo de com$ortamento, através do #ual os ade$tos $oder%o se organiar.
=A o"6(n*5(;7o "*6*os( d$*n os '')"os d( #o'&n*d(d d #"n+s, +n+( '(n+" ( +"(d*;7o "&n*" (
d*ss*d>n#*(, , (+"(/%s d d*$"n#*(;7o *n+"n(, (+"*)&* +("$(s "*6*os(s (os #"n+s< G.
5udo isso exige, $ara #ue $ossa se efetivar, a exist'ncia de uma liderança centraliada numa autoridade
sacerdotal, individualiada ou com$osta $or um gru$o de ade$tos de alta !ierar#uia. A autoridade a re$resentada é
#ue ir" estabele
estabelecer
cer a $adron
$adronia
iaç%o
ç%o do rit
ritual,
ual, o recon!
recon!eci
ecimen
mento
to de novos
novos ade$to
ade$toss e a ordena
ordenaç%o
ç%o de novos
novos
sacerdotes.
A !abilitaç%o ao referido cargo n%o $ressu$õe sim$lesmente #ue o candidato se&a iniciado. necess"rio e
indis$ens"vel #ue !a&a $ara isso, uma determinaç%o dos $r7$rios Orix"s, o #ue s7 $ode ser constatado através da
consulta ao Or"culo de ?f".
$elos fundamentos $rinci$ais do gru$o origin"rio, determinam, $ara seus com$onentes, mudanças no sistema geral
e, a$artando-se, estabelecem-se como seitas.
A conceituaç%o de seita
sei ta difere suficientemente $ara #ue n%o $ossa ser aceita como classificaç%o $ara o
Candomblé ao entendermos #ue/ ;ma seita é um gru$o religioso formado em $rotesto a outro gru$o religioso, e
geralmente se se$arando dele6 sua formaç%o re$resenta a manutenç%o de credos, $r"ticas rituais e $adrões morais,
mais comumente considerados $elos membros da seita como um retorno a formas mais antigas e mais $uras dessa
religi%o
religi%o em $articular
$articular,..
,.... ...com
...com o tem$o a seita
seita muda $ara a $osiç%o
$osiç%o de isolamento
isolamento limitado
limitado,, + $arte do sistema
sistema
circundante, ou $ara um estado de ada$taç%o + ele. 4
4eita seria $ortanto, o resultado da se$araç%o de um gru$o dissidente de uma religi%o, de um culto
estabelecido ou até mesmo de outra seita, onde o surgimento de uma nova seita seria o resultado da canaliaç%o do
descontentamento criado $or diverg'ncias de #ual#uer naturea.
O ob&etivo do gru$o dissidente n%o $oderia ser outro sen%o o de mudar, através de uma aç%o inovadora,
alguns, se n%o todos os elementos
elementos #ue caracteriam sua $r7$ria origem.
=iante do ex$osto conclumos #ue, o Candomblé, n%o $odendo ser classificado como uma religi%o e
tam$ouco como seita $or falta de caractersticas essenciais, nada mais é do #ue um culto, subdividido em diversos
gru$os, com $r"ticas ritualsticas #ue ob&etivam manter o sentido religioso original, orientado $or liderança individual e
geralmente carism"tica, e n%o sacerdotal, como era de se es$erar.
Como
Como caract
caracter
ersti
stica
ca comum
comum esses
esses gru$os
gru$os mantém
mantém os ritos
ritos es$ec
es$ecfic
ficos
os em !omena
!omenagem
gem aos Orix"s
Orix"s,,
deidades africanas #ue servem de base ao sistema religioso em #uest%o e cu&o culto é mantido atualmente, muito
mais através da mani$ulaç%o dos ade$tos $elo medo, do #ue $or um sentido mais $rofundo de devoç%o religiosa.
A base $rinci$al do sistema est" $autada na relaç%o !omem-Orix", o #ue dever" ser estudado de
forma suscinta $ara #ue $ossamos atingir o ob&etivo do $resente trabal!o.
( /Reresen"ação $os Ori+s0 1 &n An"olo%ia $o Ne%ro 2rasileiro. 3. Ale%re, Glo4o, 567, %. 879.
CA()*+,O II
mbora $restando culto a in*meras entidades ligadas aos lementos <aturais, o Candomblé é entretanto,
uma $r"tica religiosa essencialmente monotesta, uma ve #ue est" fundamentada na crença da exist'ncia de um
=eus ;no, origem de todas as coisas e de todos os seres, mesmo da#ueles #ue, segundo 4ua determinaç%o, foram
encarregados da elaboraç%o do Cosmos e de tudo o #ue nele exista ou ven!a a existir.
stas entidades, divididas !ierar#uicamente em diversas categorias, s%o os intermedi"rios entre o !omem e
a =ivindade 4u$rema, #ue se manifesta em todos, sem distinç%o, até mesmo nos seres situados nos mais baixos
nveis da !ierar#uia estabelecida.
im$
im$ort
ortant
ante
e ressal
ressaltar
tar-se
-se #ue,
#ue, $elo
$elo menos
menos a$aren
a$arentem
tement
ente,
e, n%o existe
existe no Candom
Candomblé
blé,, #ual#u
#ual#uer
er rito
rito
destinado es$ecificamente ao culto =ivino e isto $ode ser ex$licado $ela conce$ç%o de seus seguidores relativa ao
$osicionamento da =ivindade em relaç%o ao ser !umano. 4egundo esta vis%o, =eus est" t%o distante do !omem,
embora $aradoxalmente este&a, em ess'ncia, $resente em
em cada um de n7s,
n7s, #ue in*til seria direcionar-l!e
direcionar-l!e $reces ou
culto, existindo $ara isto, meios mais eficientes, embora indiretos.
Contradiendo o #ue vai afirmado acima, localiamos um culto ao =eus 4u$remo, #ue configura-se, de
forma velada, na *nica ritualstica #ue, se bem com$reendida, $ode ser considerada como direcionada a Olodumare
numa de 4uas mais gratas e sagradas
sa gradas manifestações.
4egundo a filosofia religiosa 3orubana, o ser !umano é com$osto de #uatro elementos ou cor$os #ue
$ermitem, ao combinarem-se, sua estadia no mundo terreno.
O mais con!ecido destes cor$os é o fsico, denominado ar" em 3oruba. o cor$o material #ue $ermite a
$lena manifestaç%o do ser !umano no $lano fsico e material da exist'ncia.
Outro destes elementos, é o denominado O&i&, cor$o ou forma tel*rica, con!ecido em outras escolas
filos7ficas como sombra ou cor$o astral. 5rata-se de um doble exato de nosso cor$o fsico, #ue a$rende tudo o
#ue sabemos, ad#uire todos os nossos costumes, !"bitos e vcios6 nutre-se dos fluidos exalados $elos alimentos e
bebidas $or n7s consumidos, e #ue, $or este motivo, ad#uire as nossas $refer'ncias alimentares.
O&i& é uma forma fornecida $ela 5erra, res$ons"vel $ela guarda de nosso cor$o fsico, subsistindo, mesmo
de$ois da sua morte, en#uanto este n%o for inteiramente decom$osto e, em forma de $7, entregue + 5erra #ue
forneceu toda a matéria de #ue foi formado.
O&i& #ue a$resenta-se sob a denominaç%o de gun, de$ois da morte do cor$o fsico.
O terceiro cor$o é denominado mi. 4eria também um $rot7ti$o criado em $lano su$erior de exist'ncia e
#ue serviria de $ro&eto de nosso cor$o fsico. mi é o so$ro de vida #ue nos d" o nimo e conse#Hentemente, a
condiç%o $ara viver. 4eria $ortanto o e#uivalente + alma da cultura &udaica-crist%.
& udaica-crist%. 1assa também $or um $rocesso de
O #uarto e mais im$ortante com$onente, é ?$or, a ss'ncia =ivina #ue, individualiada e des$rendida de
sua Origem, !abita cada um de n7s. ?$or teria $or sede a cabeça (Ori) e, ao encarnar num novo indivduo, $erde a
consci'ncia de sua origem divina, de seus atributos e #ualidades, embotado #ue fica $ela #ueda e a$risionamento na
matéria.
=eus manifestado
manifestado no !omem
!omem e da a revelaç%o de 4ri Iris!na contida no B!agavad
B!agavad Jita/ E& s+o& '
M*' ...
/o#>, '(s /o#> n7o s+1 ' M*'...
4endo divino, ?$ori é imortal e, cum$rida mais uma fase de sua escalada evolutiva efetuada em diversas e
sucessivas encarnações, retira-se $ara um local onde ir" avaliar seu desem$en!o na *ltima encarnaç%o e $re$arar-
se $ara uma outra.
<este local, #ue os 3orubanos c!amam de Orun, assim #ue l!e se&a dada $ermiss%o $ara um novo
nascimento, ?$ori escol!er" seu $r7$rio destino (Odu), assim como escol!er" o Ori em #ue ir" !abitar na nova
encarnaç%o. Ao escol!er Ori (cabeça), ?$or escol!e também o cor$o, &" #ue o cor$o, $ara os 3orubanos, nada mais é
#ue uma extens%o da cabeça, sede e comando de todo o con&unto.
4egundo as crenças Korubanas, a entidade encarregada de modelar ori, Bab" A&al", é muito vel!o e
descuidado, n%o mantém um $adr%o de #ualidade em suas obras e, $or relaxamento, utilia-se de diferentes ti$os de
materiais $ara confeccionar seus modelos, lançando m%o do material #ue l!e estiver mais $r7ximo no momento em
#ue estiver modelando.
m decorr'ncia, é muito difcil encontrar-se + dis$osiç%o, cabeças de boa #ualidade, o #ue &ustifica a
diferença existente na maneira de ser dos seres !umanos.
A lenda
l enda acima descrita contém im$ortantes revelações esotéricas, fundamentais $ara a com$reens%o da
relaç%o !omem-Orix", $rinci$al fundamento de todo o contexto filos7fico.
O #ue a maioria dos ade$tos descon!ece é #ue, s%o os Orix"s #ue fornecem a matéria com a #ual s%o
confeccionados os Oris e desta forma, fica estabelecida a relaç%o existente entre o ser !umano e seu Orix", ou se&a,
a entidade #ue forneceu ou em$restou a matéria com a #ual sua cabeça e, $or extens%o, seu cor$o, foram
conf
confec
ecci
cion
onad
ados
os,, $rim
$rimeir
eiro
o num
num $lan
$lano
o su$e
su$eri
rior
or em #ue
#ue a $r7$
$r7$ri
ria
a ma
maté
téri
ria
a a$
a$re
rese
sent
nta-
a-se
se mais
mais suti
sutil,l, embo
embora
ra
essencialmente id'ntica ao seu corres$ondente no $lano fsico e de$ois no $lano, $ara n7s $lenamente $erce$tvel,
de forma densa e grosseira.
Bab" A&al", o 2odelador de Cabeças, é o simbolismo através do #ual, os 3orubanos tentam ex$licar a
diversidade das caractersticas do car"ter, do biofsico e do $r7$rio desem$en!o do !omem nesta vida.
stabelecida desta forma, a relaç%o !omem-Orix", resta-nos uma #uest%o de fundamental im$ortncia/ 1or
#ue ra%o, algumas $essoas s%o im$elidas ou obrigadas a $restarem culto aos seus Orix"s, en#uanto outras $assam
$ela vida sem se#uer tomarem con!ecimento de suas exist'ncias e, mesmo dentro do culto, observamos #ue alguns
iniciad
iniciados
os n%o s%o tomado
tomadoss $or seus
seus Orix"
Orix"s,
s, embora
embora $reste
$restem-l
m-l!e
!e regular
regularmen
mente,
te, rever'
rever'nci
ncias
as com sacrif
sacrifci
cios
os e
oferendas, como é o caso dos ogans e e@é&is L
2Aos O"*41s #() o d*"*+o d, s (ss*' 3&*s"', #o)"(" d s&s $*!os #&+o o$"nd(s #o'o $o"'(
d 2(6('n+o2 s % (d'*ss/ o +"'o0, ( &+**5(;7o d( '(+%"*( #o' ( 3&( s&s #o"os $o"(' #on$##*on(dos
3& "+n# ( s, O"*41s.2
<os casos de $essoas #ue n%o s%o submetidas ao fenmeno de incor$oraç%o do Orix", observa-se a
su$erioridade !ier"r#uica do ?$or em relaç%o aos Orix"s #ue, nos casos es$ecficos de Ogans e @é&is, n%o $ermite
#ue o Orix",
Orix", mesmo em se tratando do Olor (=ono da cabeça) do indiv
indivduo,
duo, se a$osse ou se manifeste
manifeste nestas
nestas
cabeças, o #ue im$lica em obliteraç%o
obli teraç%o $arcial e momentnea de sua $resença.
xiste no entanto, um culto es$ecfico + ?$or, o #ue significa dier #ue, existe um culto es$ecfico +
=ivindade 4u$rema a manifestada. ste culto, $or demais comum, nem sem$re $ressu$õe iniciaç%o e nunca
estabelece vnculo es$iritual entre o sacerdote #ue o oficia e a $essoa #ue a ele se submete.
=e $osse
$osse desta
desta inform
informaç%
aç%o
o $odemo
$odemoss avalia
avaliarr a im$ort
im$ortnc
ncia
ia e a solenid
solenidade
ade da ref
referi
erida
da cerim
cerimnia,
nia,
denominada Bori -b7 Ori- (dar comida + cabeça), $ara a #ual existem v"rias f7rmulas e variações, #ue v%o desde
oferendas incruentas, até cerimnias de liturgia com$lexa conforme a descrita na obra de 1essoa de Barros 5.
A verdade é #ue, o culto aos Orix"s, tem sua origem estabelecida em tem$os imemoriais, !avendo surgido
$rovavelmente, logo a$7s a antro$og'nese, assim #ue o ser !umano, dotado da ca$acidade de raciocnio, $ercebeu
a exist'ncia de forças e entidades su$eriores e com elas estabeleceu um $rimeiro contato.
O termo Orix" é de origem 3oruba, $ertencendo $ortanto, + cultura religiosa deste $ovo e refere-se +
=euses de seu $ante%o, considerados como regentes das forças da naturea.
As mesmas entidades, com outras denominações, s%o, sem d*vida, cultuadas $or diferentes $ovos de
diferentes organiações culturais, o #ue nos $ossibilita afirmar #ue, se&a #ual for a religi%o adotada, o !omem
religioso sem$re $resta-l!es culto, embora de formas diferentes.
Os 3orubanos acreditam #ue #uando =eus criou o céu e a terra, criou simultaneamente, es$ritos e
divindades, con!ecidos como Orix"s, ?molés ou boras, $ara assumirem funções es$ecficas no $rocesso de criaç%o,
manutenç%o e administraç%o do universo.
A diferença existente entre as tr's categorias de entidades es$irituais a#ui referidas n%o est" muito bem
delineada devido ao tratamento genérico dado a todas, até mesmo $elos $r7$rios 3orubanos.
<o Brasil os termos ?mole e bora s%o $raticamente descon!ecidos, sendo $oucos os ade$tos da religi%o
#ue os utiliem ou saibam o seu significado. stes dois termos faem refer'ncia +s entidades es$iritais situadas
O uso indisc
indiscrim
rimina
inado,
do, embora
embora errado
errado,, tor
tornou
nou-se
-se um costum
costume
e genera
generali
liado
ado e $ortan
$ortanto,
to, $lenam
$lenament
ente
e
integraliado.
Outros seriam ainda, figuras !ist7ricas tais como reis, guerreiros, fundadores de cidades, de dinastias,
!er7is e !eroinas #ue, dado a im$ortncia de seus feitos, foram, de$ois de mortos, deificados e acrescentados ao
$ante%o #ue, segundo Aolalu, est" estimado em mais de PQRR entidades 8.
9OD+"# E I":I#I#.
Os 0oduns s%o entidades de origem fon, #ue corres$ondem aos Orix"s dos nag.
Os fon estabeleceram-se no Brasil, onde receberam o nome genérico de &'&es, im$lantando a#ui o seu
culto, baseado em rica mitologia.
=e$ois da 3orubana, a mitologia &'&e é a mais com$lexa e elevada. Assim como os <ags, os &'&es
$ertencem ao gru$o 4udan's, tendo sua origem num mesmo gru$o étnico #ue subdividindo-se, atingiu elevado
est"gio na evoluç%o cultural.
Atualmente os $raticantes da ritualstica &'&e s%o oriundos de dois Axés $rinci$ais, ambos com sede no
stado da Ba!ia, o 4e&" Sund' e o Bogun.
;ma outra casa de &'&e considerada $or muitos como o maior foco de resist'ncia religiosa e cultural deste
gru$o étnico, est" localiada na rua 4enador Costa 9odrigues, TUQ, em 4%o ui do 2aran!%o.
Con!ecida como Casa Jrande das 2inas, é descrita em detal!es $or <unes 1ereira, de cu&a obra
extramos o texto #ue se segue e #ue $or si s7, deixa clara a diferença existente entre o Candomblé ali $raticado e o
#ue é $raticado em outras casas da mesma origem, mas &" bastante influenciadas $elo <ag.
2Os Vod&ns M*n(->:s s7o (6&ns do s4o $'*n*no o&+"os do s4o '(s#&*no &ns s7o 'o;os
o&+"os s7o /!os.
D(d1-H, Co*#*ns()(, o'(don, B"+o*, A5(#1, A"n/*s(/1, AJs((+1, A5*%, A5ons&, A6n6on,
10
Os Vod&ns /!(s '&!"s0 s7o9 So), N(*(don(, N(>n6on6on, N(*+%, N(n(n)*#, A$"&-F"&, A)>.
Os Vod&ns Mo;(s0 s7o9 An(n*n, A#o%/* o& Asson%/*, D%ss%, S%(5*n Bo;1.
A%' dos Vod&ns, #&+&(-s, n( C(s( d(s M*n(s, (s T)s*s o& Mn*n(s, n+*d(ds
n+*d(ds (6"s 6n+*s 3&
(do"(' d(n;(", )"*n#(" #o'" $"&+(s. E(s s dno'*n('9
Aso()%),
Aso()%), D16>),
D16>), O'(#&*),
O'(#&*), S(ndo>)>,
S(ndo>)>, U)>,
U)>, A6n,
A6n, T"+")
T"+"),
, Ason>/*/,
Ason>/*/, R%/*/*/,
R%/*/*/,
N(non)>), S(n>/*/ A6('(/*.
=esta relaç%o destacamos alguns como Badé #ue no <ag é 8ang, sendo con!ecido também em
linguagem
linguagem fon, como 8evios ou Ievioso.
Ievioso. o@o, irm%o de Badé é o ?r@o
?r@o nag6 A@7sa$at"
A@7sa$at" é Oxun e Ab' (=ona do
2ar, 4en!ora do 2ar), seria sem d*vida nen!uma, Olo@un #ue $ara alguns, é do sexo masculino.
<a frica o culto a cada Orix" est" ligado a uma regi%o, cidade ou estado. =esta forma, Oxal" é cultuado
em ?l' ?fé, com Oxalufan em ?f% e Oxaguian em &igbo. Ogun =eus da guerra e do ferro, é cultuado em @iti e em
Ond6 8ang em O376 ogunedé em ?lex"6 Oxun em Oxogbo e assim sucessivamente. stes cultos s%o realiados
em se$arado e cada Orix" $ossui seu tem$lo $articular onde sacerdotes e fiéis dedicam-se exclusivamente a cada
um deles, n%o ocorrendo, como se verifica nos $ases americanos como Brasil, Cuba, Saiti e outros, a diversificaç%o
de cultos a diferentes Orix"s dentro de um mesmo tem$lo e sob a direç%o de um mesmo sacerdote. Ao ade$to
africano, membro de uma famlia ou de um gru$o comunit"rio #ual#uer, as obrigações e deveres $ara com o Orix" se
limitam a uma a&uda material efetivada através de contribuições #ue visam a manutenç%o do tem$lo, a a#uisiç%o do
material destinado ao culto e ao sustento dos membros do cor$o sacerdotal. 4ua $artici$aç%o nas cerimnias e festas
limita-se
limita-se a entoar
entoar cnticos, dançar e bater $almas em !onra e louvor do Orix".
Orix". 4e atenderem
atenderem a estas exig'ncias
exig'ncias e
res$eitarem certas $roibições alimentares e com$ortamentais exigidas $elo culto, est%o $erfeitamente em dia com
seu com$romisso religioso.
m alguns casos, o #ue é considerado como grande !onraria, o ade$to é escol!ido $ara com$or o cor$o de
sacerdotes, solicitaç%o feita sem$re $elo Orix" e #ue, inde$endente do cargo a ser ocu$ado ou funç%o a ser exercida,
dever" ser $rontamente atendida, sendo necess"rio $ara tal, #ue se&a submetido a uma iniciaç%o es$ecfica.
Fuando um africano se afasta de sua comunidade o Orix" individualia-se e, da mesma forma #ue seu ffil!o,
il!o,
se$ara-se do gru$o familiar ou comunit"rio a #ue $ertence.
<o Brasil, ao contr"rio do #ue acontece na frica, cada indivduo deve assegurar o atendimento das
exig'ncias de seu Orix" devendo $ara isto, seguir a orientaç%o de um Babalorix" ou de uma ?3alorix" com casa de
Candomblé estabelecida e $ertencente + uma lin!agem recon!ecidamente origin"ria da frica.
11
<o caso
caso de ser necess
necess"ri
"rio
o submet
submeter
er alguém
alguém + uma iniciaç
iniciaç%o
%o (a#ui
(a#ui denomi
denominad
nada
a fei
feitur
tura-d
a-de-4
e-4ant
anto),
o), o
Babalorix" ou a ?3alorix" ficar" incumbido de levar a bom termo o cerimonial, res$onsabiliando-se n%o s7 $elo seu
sucesso, como também $elo e#uilbrio #ue deve estabelecer-se, a $artir de ent%o, entre o iniciando e seu Orix", o
#ue se configura num vnculo #ue n%o $ode ser rom$ido se&am #uais forem as circunstncias.
<a feitura, o Orix" recebe seu assentamento #ue, de$endendo da naç%o em #ue !a&a sido feito, varia em
O o@ut" é uma $edra sacraliada ao Orix", sendo sua $r7$ria re$resentaç%o e sobre a #ual s%o oferecidos
os sacrifcios $ro$iciat7rios a ele endereçados.
O assentamento ou igb" do Orix" recém feito é de$ositado no #uarto de seu corres$ondente na casa,
simboliando o reagru$amento do #ue um dia, $or #ual#uer motivo, ten!a sido dis$ersado.
Candomblé, o #ue $or certo im$lica num com$lexo $rocedimento ritualstico #ue n%o $ode nem deve ser descrito em
suas min*cias.
m Cuba, onde o culto recebe o nome de 4anteria, segundo informações do Babala 9afael Vamora (?fa Bii
Ogunda@ete), o igb" do iniciando $ermanece na Casa de 4anto somente durante os tr's meses subse#Hentes ao
dia do nome, ocasi%o em #ue, em cerimnia $*blica, o Orix" tra o seu nome ao con!ecimento de todos, o #ue
caracteria #ue realmente est" feito. ste costume, segundo Vamora, $rende-se ao fato de #ue o Orix" em #uest%o
$ertence
$ertence ao seu fil!o e n%o ao sacerdote
sacerdote #ue o consagrou,
consagrou, o #ue im$lica num contato di"rio
di"rio entre
entre o iniciado
iniciado e seu
Orix", contato este considerado indis$ens"vel e obrigat7rio.
4obre o ritual cubano é ainda Vamora #ue nos informa / 2Lo6o (s "(*5(" &' ) 3& s $(5 +">s 'ss
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6 (*A Galinha $Ean%ola *. o%el,Arno ( Silva Mello,M.A.$a ( 3essoa $e 2arros, F.?.
F. ?. (3allas $.( Rio ( 558.
B ( F.O. Aolalu ( Joru4a 2eliefes an$ Sacrificial Ri"es ( Lon%an Grou Lii"e$ ( 5C5.
12
CA()*+,O III
A I"ICIA;1O
=entre os as$ectos comuns +s diversas formas de culto, distinguimos o fenmeno da $ossess%o $elos
Orix"s, de forma ordenada e $ressu$ondo sem$re um $rocesso de iniciaç%o com caractersticas definidas.
A iniciaç%o tem $or finalidade, além de estabelecer um vnculo definitivo e irreversvel entre o Orix" e o
iniciando, desenvolver a ca$acidade de desdobramento da $ersonalidade deste *ltimo #ue dever", a $artir de ent%o,
ser eventualmente substituda $ela da =ivindade a #ue ten!a sido consagrado, #ue se manifestar" através de
incor$oraç%o ou $ossess%o.
A $ossess%o dever" ser $lenamente assumida e, no $erodo de enclausuramento exigido $elo $rocesso
ini
inici
ci"t
"tic
ico,
o, os eleit
eleitos
os a$rend
a$rendem
em,, sob
sob a orie
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ntaç
aç%o
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sacerd
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otal
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cnic
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as cor$
cor$or
orai
aiss
estereoti$
estereoti$adas,
adas, danças re$resentativa
re$resentativass de seu Orix", reas,
reas, cnticos
cnticos e $osturas
$osturas $rocedimentais
$rocedimentais ade#uadas + sua
nova condiç%o religiosa.
2...O
2...O D&s
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$*+o, d&(s "son(*d(ds (("n+(d(s. A "*'*"( % (3&( 3& d"*/( d( $('*( *'d*(+(, do (')*n+ ' 3& o
*nd*/d&o n(s#& #"s#&. A s6&nd( % ( d &' (n+(ss(do '+*#o, d &' (* so)"n(+&"( 3& s dsn/o/ (
("+*" d( *n*#*(;7o s '(n*$s+(
'(n*$s+( n( ossss7o2 P.
4egundo 1ierre 0erger/ 2A *n*#*(;7o n7o #o'o"+( ssn#*('n+ ( "/(;7o d &' s6"do ( #"*( no
no/*;o &'( s6&nd( "son(*d(d, &' dsdo)"('n+o 's+*#o *n#ons#*n+2 W.
x* #uem, re$resentando a coletividade dos Orix"s, ir" $romover a transformaç%o dese&ada, ense&ando o
surgimento da $ersonalidade do iniciado em substituiç%o + $ersonalidade do ser $rofano.
13
Conta um itan do Odu Oxefun, #ue certo dia, Oxun recebeu de Obatal", a ordem de iniciar o $rimeiro ser
!umano no culto aos Orix"s.
Savendo selecionado entre muitos, a#uele #ue viria a ser o $rimeiro iniciado, Oxun tratou de seguir as
orientações fornecidas $elo grande Orix"-Nunfun, contando $ara isto com o auxlio de legbara e Osai3n, além das
orientações de Orunmil".
5odos
5odos os $receitos foram seguidos + risca e era
e ra Orunmil", através da consulta ao or"culo, #uem traduia as
orientações emanadas de Obatal".
Ao fim da cerimnia, verificou-se uma total mudança na $ersonalidade do iniciado #ue, de $essoa comum,
transformou-se num ser exce$cional, dotado de $rofundo sentimento religioso e $lena dedicaç%o ao culto $ara o #ual
!avia sido $re$arado.
=iante deste fato, Oxun, $ercebendo #ue &amais seria $ossvel a obtenç%o de um ser !umano de tantas
#ualidades, intercedeu &unto ao Jrande Orix" $ara #ue o sacerdote fosse $reservado do to#ue de ?@u.
Obatal", em sua imensa sabedoria, n%o #uerendo interferir na lei natural #ue determina #ue todos os seres
vivos devem um dia ser entregues aos cuidados de ?@u, admitiu a $ossibilidade de eterniar, a$enas simbolicamente,
a#uele a #uem foi confiada a $ro$agaç%o de sua $r7$ria religi%o e desta forma, ordenou #ue sobre sua cabeça fosse
colocado o ox*, transformando-o, imediatamente, numa ave a #ue deu o nome de t* (galin!a dXAngola) .
Fuando o i3ao é recol!ido, de$ois dos $receitos obrigat7rios + gun e x*, #ue n%o nos cabe descrever
no $resente
$resente ensaio, ser" ent%o colocado
colocado em contato direto com os $rimeiros $rocedimentos
$rocedimentos lit*rgicos
lit*rgicos #ue visam o
$rocesso de transmiss%o do Axé.
=urante a cerimnia de iniciaç%o, $rocede-se a um ritual denominado 4asai3n, em louvor do Orix" Osai3n,
dono
dono e sen!or
sen!or de todos
todos os vegeta
vegetais
is e, $or conseg
conseguin
uinte,
te, das fol
fol!as
!as sagrad
sagradas,
as, indis$
indis$ens
ens"ve
"veis
is em #ual#u
#ual#uer
er
$rocedimento lit*rgico, o #ue é confirmado $ela m"xima 3oruba/ Iosi eé, @osi Orix", (sem fol!as, sem Orix"), o
#ue ocorre no terceiro dia de enclausuramento do iniciando.
A seleç%o das fol!as lit*rgicas utiliadas neste cerimonial varia de casa $ara casa, o #ue significa dier #ue,
embora se&a estritamente obrigat7ria a $resença das fol!as do Orix" #ue est" sendo feito, alguns sacerdotes
acrescentam também as fol!as de seu $r7$rio Orix", outros &untam a, as fol!as do &unt7 do i3ao, como também
fol!as es$ecficas de Obatal".
Os Orix"s s%o invocados e seus $oderes individuais s%o catalisados em forma de Axé, #ue x*, em sua
funç%o de elemento trans$ortador, ir" direcionar em favor do i3ao, $ara #ue a metamorfose $ossa se concretiar
$lenamente.
O ritual divide-se em duas $artes distintas. <a $rimeira $arte somente as energias geradoras s%o invocadas,
com exceç%o de Oxal", #ue embora sendo um Orix" gerador, $or uma #uest%o de !ierar#uia, é invocado e saudado
no final da segunda $arte, #uando os Orix"s $rovedores s%o !omenageados e t'm seus $oderes invocados em favor
do i3ao. <
14
x
x*
* n%
n%o
o cria
cria ne
nem
m se inti
intitu
tula
la $ai
$ai de na
nada
da ne
nem
m de ning
ninguém
uém,, limit
limitan
ando
do-s
-se,
e, ou
outr
tros
ossi
sim,
m, a $rom
$romov
over
er
transformações em todos os sentidos.
Alguns Orix"s, $or acumularem as funções de $rovedores e geradores, s%o invocados nas duas eta$as do
rito. 1ara mel!or com$reens%o
com$reens%o das funções es$ecficas de cada Or
Orix",
ix", os sacerdotes do culto div
dividiram-nos
idiram-nos em duas
categorias, nas #uais n%o s%o considerados seus $osicionamentos !ier"r#uicos. (<estas categorias s%o classificados
Os Orix"s $rovedores s%o todos a#ueles #ue t'm, como atribuiç%o, su$rir, em todos os as$ectos, as
necessidades dos seres gerados $elas entidades anteriormente relacionadas. 4%o eles/ x*, ?3eman&", ogunedé,
<an%, Ob", Ogun, Omol*, Osai3n, Oxal", Ox7ssi, Oxumar', Oxun e Ke".
Como $odemos observar, Ogun, ?3eman&", <an%, Omol* e Oxun, $or acumularem as duas funções, s%o
relacionados nas duas categorias.
O Olor do i3ao ser" sem$re invocado nas duas $artes do ritual, inde$endente de $ertencer a #ual#uer dos
dois as$ectos.
A $rimeira $arte do
d o rito $recede
$ recede ao or do labé, durante o #ual, o iniciando é submetido + ras$agem de
cabeça, além de outros $rocedimentos indis$ens"veis + sua consagraç%o ao Orix".
A finalidade, como afirmamos acima, é obter-se o consentimento dos Orix"s geradores, $ara #ue $ossa
ocorre
ocorrerr o surgim
surgiment
ento
o de uma nova
nova $erson
$ersonalid
alidade
ade,, dotada
dotada de um car"te
car"terr religi
religioso
oso #ue dever"
dever" sobre$
sobre$or-
or-se,
se,
definitivamente, + $ersonalidade anterior. necess"rio #ue as entidades invocadas em$restem seu Axé ou força
$ro$ulsora, $ara #ue o fenmeno $ossa se verificar com $leno sucesso e sem a interfer'ncia de outros seres
es$irituais, como gun e A&é #ue, $or #ual#uer motivo, #ueiram interferir no $rocesso o #ue, sem sombra de d*vidas,
resultar" num fracasso total, cu&as conse#H'ncias $odem ser altamente negativas.
O!I$% +"+"
+" +" - A MAI# A,*A =IE!A!>+IA
Como vimos, as divindades africanas est%o se$aradas em duas categorias !ier"r#uicas. <a categoria mais
elevad
elevada,
a, encont
encontram
ram-se
-se as entida
entidades
des #ue $artic
$artici$a
i$aram
ram da cri
criaç%
aç%o
o do univers
universo,
o, consid
considera
eradas
das como
como ancest
ancestrai
raiss
es$irituais de tudo #uanto $ossa ocorrer nos dois $lanos de exist'ncia, c!amadas, $ara diferenci"-las das demais, de
Orix"s Nunfun (Orix"s Brancos).
<este as$ecto, a filosofia religiosa 3orubana em muito se assemel!a + budista #ue afirma #ue, 2N7o !1 &'
#"*(do", '(s &'( *n$*n*d(d d o+>n#*(s #"*(do"(s 3& $o"'(' ' s& #on:&n+o, ( s&)s+n#*( Un( E+"n(, #&:(
ss>n#*( % *ns#"&+1/ o" #ons6&*n+, *ns&s#+/ d 3&(3&" s#&(;7o o" ("+ d &' /"d(d*"o $*so$o2.
4
15
4endo emanações diretas de Olorun, os Orix"s Nunfun s%o $ortanto, os seres mais elevados da escala da
exist'ncia, encontrando-se no mesmo nvel dos Arcan&os do cristianismo e dos Nil!os 2aiores <ascidos da 2ente de
Bra!ma descritos nos 0edas, denominados =evas, 1itris, 9is!is, etc... stas =ivindades Criadoras s%o encabeçadas
$or Obatal", O 4en!or das 0estes Brancas, também con!ecido como Orix"nl" ou Oxal". Oxal" é o 4o$ro =ivino, a
$rimeira manifestaç%o individualiada de Olorun #ue é a vida una, eterna, invisvel, mas oni$resente6 sem $rinc$io e
sem fim6 inconsciente, mas Consci'ncia Absoluta6 incom$reensvel, mas realidade existente $or si mesma. Oxal" o
4o$ro-=ivino, $rovoca o movimento #ue fecunda e energisa o terno em re$ouso no Oceano-do-n%o-ser, onde tudo
existe sem forma e, ocasionando o surgimento da diferenciaç%o, des$erta o 1lano =ivino, onde &a oculta a
elaboraç%o de todos os seres e coisas futuras.
Obatal", o 1rimog'nito =ivino, ao fecundar o Oceano Ca7tico com$osto de matéria inerte e informe,
$rovoca a ex$los%o da vida, ocasionando a $rimeira manifestaç%o da <aturea, feminina, $or#ue $assiva.
5udo o #ue exista ou $ossa existir é oriundo desta ess'ncia até ent%o inerte e #ue, a$7s !aver sido tocada,
fecundada $elo $rinc$io masculino, manifesta-se e recebe o nome de Odudua.
Os Orix"s Nunfun s%o, em *ltima an"lise, entidades da mesma categoria #ue 2adame Blavats@i classifica
os 4eres 1rimordiais
1rimordiais,, 2D!Kn C!o!(ns dos o#&+*s+(s, R*s!*-P"(:(+* dos *nd&s+(s, Eo!*' o& F*!os d D&s dos
:&d&s, Es"*+os P(n+1"*os d +od(s (s n(;s 3&, sndo
sndo #ons*d"(dos d&ss, $o"(' (do"(dos #&+&(
#&+&(dos
dos os
!o'ns.2 5
0erge
0ergerr afi
afirma
rma #ue ...2os O"*41s F&n$&n s7o ' n'"o d #n+o #*n3n+( 3&(+"o,...O"*41 O&$n
A:6&n o("* O"*41 O6K(n E% *6)o O"*41 O)(n:*+( O"*41 AJ*" O"*41 E+Jo O)( D&6) O"*41 Oo:o O"*41
A"o& O"*41 On"*n:
On"*n: O"*41 A:(6'o
A:(6'o O"*41 (K% O"*41 E6&*n E+#... 6
O"*41 R& O"*41 O)( O"*41 O&o$*n O"*41 E6&*n
( L3&N, =. =on"ri4uição ao es"u$o $o sis"ea $e classificação $os "ios sicol%icos no =an$o4l) )"u $e Salva$or.
São 3aulo, ;S3, 5CB. Pese $e $ou"ora$o. ( Joru4a 2eliefes an$ Sacrificial Ri"es ( Lon%an Grou Lii"e$ ( 5C5.
5CB.
8 ( O+al e +@ acuula as funç'es $e %era$ores e $e rove$ores $en"ro $o con"e+"o reli%ioso, ui"o e4ora não se
reconheça e +@ o o$er $e %eração e si o $e "ransu"ação.
( 2lava"sI, .3. ( A Dou"rina Secre"a. S-n"ese $e =i>ncia, ?ilosofia e Reli%ião. $. 3ensaen"o.
6 ( O4ra ci"a$a.
H ( er%er, 3.?.
3.?. ( Os Ori+s ( $. =orruio ( 5B9.
16
O$A,%?OBA*A,%
Considerado como a mais im$ortante =ivindade no contexto religioso, Oxal" é cultuado em todo o territ7rio
de cultura 3orubana, com nomes diversos #ue variam de uma regi%o $ara outra. m ?le ?fé, ?badan e outras
localidades é con!ecido como OrixanXla6 na regi%o de Ogbomos7 é c!amado de Orix" 17$76 em &igbo, Orix" Ogi3"n6
em ?&+3ie, Orix" ?&+i3e6 em ;gbo, Orix" Onilé.
Oxal" é o Orix" do Branco, smbolo da $urea incontest"vel. =etentor do $rinc$io genitor masculino,
#ual#uer oferenda a ele dedicada deve ser com$osta de elementos inteiramente brancos.
:uana lbein dos 4antos #uem afirma #ue 2O o), ( o$"nd( o" 4#>n#*( ("( os F&n$&n, % o o) *$*n,
o o) )"(n#o +odos os (n*'(*s, (/s o& 3&(d"ds, d/' s" dss( #o". O s(n6& /6+( % s*')o*5(do o o"*,
'(n+*6( /6+(, o (6od7o o s(n6& '*n"( o 6*5 o #!&')o. S&( o$"nd( "$"*d( % o s(n6& )"(n#o
do *6)*n #("(#o0, 3&*("(do (o s>'n, do 3&( os I"&n'( d( d*"*+( s7o os d+n+o"s o" 4#>n#*(.2 &
=entre as $rinci$ais atribuições de Oxal", est" o com$leto domnio sobre a vida e a morte re$resentado
$elo al" - emblema-smbolo com$osto de um $ano de brancura imaculada #ue mantém estendido, como forma de
$roteç%o, sobre as diversas formas de vida #ue ocorrem nos dois $lanos de exist'ncia. Oxal" é o 4o$ro =ivino, a
Odudua é um Orix" sobre o #ual existe muita discordncia dos ade$tos do culto. 4e Oxal" re$resenta o
$rinc$io masculino-ativo da criaç%o, Odudua é a re$resentaç%o do $rinc$io feminino-$assivo, do #ual surge a vida
a$7s o $rocesso de fecundaç%o.
Odudua é um Orix" Nunfun absolutamente diferente dos demais, embora semel!ante em ess'ncia, é
feminina, sendo cultuada em diversas regiões como es$osa de Oxal", embora se&a, em $rinc$io, sua irm%.
;ma grande controvérsia foi criada em torno deste Orix" colocando em d*vida n%o somente o seu g'nero,
como também seu status no com$lexo teognico desta religi%o.
Odudua um Orix"-Nunfun feminino ou um ancestral masculino diviniado $or seus feitos not"veisL
4egundo determinadas correntes mais atreladas +s ex$licações cientficas #ue +s filos7ficas, Odudua teria
sido o fundador de ?fé, ca$ital es$iritual do $ovo Ko
Koruba
ruba e fundador da dinastia #ue deu origem + esta etnia.
Nonseca :*nior $ro$õe $ara o nome de Odudua a seguinte an"lise etimol7gica/ Od&-+*-o09 "#**n+ (&+o-
6"(do" D(9 C"*(do"(0 I(9 E4*s+>n#*(9 Od&d&( O S" C"*(do" d( E4*s+>n#*( T""n(.
o mesmo autor #ue, em refer'ncia a Odudua ($ersonagem !ist7rico), a$resenta a seguinte teoria/
2..."s&'-s 3& Od&d&( +"*( *do ("( ( Á$"*#( ( '(ndo d Ood&'(" o/(!0, ("( "d*'*" os ds#ndn+s
d C(*' H+n+o+s0 3&, ( s'!(n;( d
d s& (n#s+"(, #(""6(/(' o s*n( d( Bs+( n( +s+(. Gn.,#(.@@02.
M(*s (d*(n+, Fons#( ". 4*#(9
17
- As o (#+o s'!(n+ (o 3& $o* $*+o n+" D&s A)"(7o, N*n"od +"o#( d no' (ss(ndo (
#!('("-s Od&d&(
? - Od&d&( N*n"od0, $*!o d Ood&'(" o/(!0, ("+ ("( ( +""( "o'+*d(. V*d G>ns*s, @-@?
Gn.@W-
- N*n"od "( ds#ndn+ d No%, n+o d C(' C('*+(0 $*!o d C&s* J&s*0. Gn.@-0
4egundo 0erger, foi o 1adre Baudin #ue $rimeiro classificou, em seu livro sobre religiões de 1orto <ovo,
Odudua como Orix", sendo $osteriormente seguido nesta teoria $or ...2#o'*(do"s n#();(dos o +nn+-
#o"on A.E. E*s... A o)"( d E*s $o* o on+o d ("+*d( d &'( s%"* d */"os s#"*+os o" (&+o"s 3& s #o*("('
&ns (os o&+"os...2
0erge
0ergerr confes
confessa
sa comung
comungar
ar da o$ini%
o$ini%o
o do 9evere
9everendo
ndo Bola&i
Bola&i ?dou
?dou #uando
#uando este
este afi
afirm
rma
a #ue 2Od&d&(
+o"no&-s o):+o d #&+o (s s&( 'o"+, s+()#*do no ')*+o do #&+o dos (n#s+"(*s n7o d(s d*/*nd(ds02.
O #ue o grande mestre franc's es#ueceu-se de citar seria talve, a $rimeira $ista esclarecedora, #uando o
$r7$ri
$r7$rio
o ?dou,
?dou, na mesma
mesma obra,
obra, rela
relata
ta #ue 2A+% 's'o ' I I$% ond "do'*n(' os #&+os s d*/*nd(ds
'(s#&*n(s, 4*s+ n( *+&"6*(, $o"+s *nd#*os d +"(+("-s d &'( D&s(, &'( D*/*nd(d F'*n*n(. E' (6&ns on+os
D*/*n(0... 5
s#("#do"s ds+( *+&"6*(, od-s n#on+"(" o +"'o 2IK( M(2 M7 d(s D*/*nd(ds o& M7 D*/*n(0...
...m Ad7,
Ad7, Odudua é irrefutavelmente uma =eusa... e $arte
$arte da liturgia começa desta forma/
18
O $e#ueno
$e#ueno detal!e omitido
omitido é suficiente
suficiente $ara concluirm
concluirmos
os #ue existe
existe na verdade,
verdade, um culto a um Orix"
Orix"
denominado Odudua e #ue este Orix" é feminino, o #ue vem a coincidir com nossa o$ini%o.
x*, legbara,
legbara, legba ou ainda egba, seriam
seriam os nomes $elos #uais é con!ecido
con!ecido este $oderoso Orix",
Orix", o
$rimeiro criado $or Obatal" e Odudua, tendo Ogun como irm%o mais novo.
O culto de x* é muito individual, cada indivduo, assim como cada coisa $ossui o seu egba, $odendo
$ortanto, edificar o seu assentamento, onde $oder" cultu"-lo e a$aigu"-lo.
ntre os fons, existem diversos egbas, ou diferentes manifestações de um mesmo 0odun, #ue recebem os
seguintes nomes e caractersticas/
Aonosu
Aonosu !ei do ortal/ 9e$resentado $or uma $e#uena escultura em barro colocado nas $ortas de
ortal
entrada. um egba individual.
,ea AFnuHe/ O #ue fala no &ogo de b*ios. Corres$onde a x* A@esan. o $rotetor, servidor e
executor de ?f". ele #ue recebe os sacrifcios determinados $or ?f" e deve ser sem$re servido em $rimeiro lugar.
<%o existe nen!uma diferença de atribuições de Agbonosu e Agb%nu@e. 4e o $rimeiro $rotege a casa contra a
$ossvel entrada de malefcios, o segundo, #ue deve $ermanecer num #uarto dentro de casa, $rotege contra a
negatividade dos $r7$rios !abitantes da mesma.
Certos signos de ?f", tais como Ofun 2e&i, Ogbe-Nun, Oxetura e Nu-Ke@u, exigem #ue se&a feito um assento
muito es$ecial, denominado egba :obiona, onde os dois egbas citados, s%o cultuados em con&unto, com a funç%o
de $roteger a casa e toda a sua $eriferia. ste egba exce$cional exige obs de tantos #uantos o visitem. 4egundo a
tradiç%o nag, somente os grandes Babalaos $odem $ossu-lo.
1ossumos ainda informações da exist'ncia de um egba com #uatro cabeças, denominado ,ea AJi,
surgido do Odu :aga (nome dado aos Odus Oxe-?rete e ?rete-Oxe, signos cu&os nomes n%o devem ser $ronunciados
19
em decorr'ncia da grande carga de negatividade de #ue s%o $ortadores. ;m outro nome usado $ara mencionar estes
Odus, é Jadeglido.
1or sua im$ortncia e atributos, x* é sem$re o $rimeiro a ser !omenageado e cultuado em todos os
$rocedimentos ritualsticos. 4eu car"ter é ambguo e fa o mal ou o bem de acordo com sua $r7$ria conveni'ncia.
A atitude do africano diante desta divindade é de verdadeiro $avor, devido ao seu $oder de atuaç%o sobre a
vida e a morte, o sucesso e o fracasso, a ri#uea e a miséria, de acordo com as determinações de Olodumare, de
#uem é o executor de ordens. 1or este motivo, todos os seguidores da religi%o, $rocuram estar bem com ele,
evitando desagrad"-lo $ara n%o se ex$orem + sua ira.
Bi á á rúo/ i á mú tKExú uro - Q&(ndo 3&(3&" s(#"*$#*o % o$"#*do, ( ("+ 3& #() E4 d/
d2.
s" dos*+(d( d*(n+ d2.
sta regra deve ser sem$re observada $or#ue desta forma evita-se #ue, com atitudes maliciosas, x*
ven!a a ocasionar contratem$os e confusões de todos os ti$os.
<uma
<uma das mais
mais im$ort
im$ortant
antes
es louvaç
louvações
ões de x*,
x*, encont
encontram
ramos
os a ex$res
ex$ress%o
s%o =E4, o+1 O"*41< - 2E4, o
(d/"s1"*o dos O"*41s2 - o #ue reafirma os constantes $roblemas existentes entre eles, ocasionados $ela dis$uta do
$oder e da autoridade.
x* $ossui muitos emblemas, como a laterita, imagens de madeira ou de barro sem$re encimadas $or uma
lmina ou $onta afiada, bastões f"licos, etc...
<o Brasil,
Brasil, $or influ'
influ'nci
ncia
a do cri
cristi
stiani
anismo
smo,, esta
esta magnf
magnfica
ica entida
entidade
de foi com$ar
com$arada
ada ao diabo
diabo e, deste
deste
sincretismo, criou-se a imagem de x* $rovida de rabo e c!ifres, $ortando tridentes e $or vees, dotado de asas
como as dos morcegos.
4e $or um lado !ouve a intenç%o, $or $arte dos antigos mission"rios crist%os, de desmoraliar x*,
devemos levar em conta #ue, deixadas de lado as conotações maléficas in&ustas e incom$reensveis atribudas +
*cife
*ciferr O Po"+(do" d L&50,
L&50, x* $oderia $erfeitamente ser com$arado a esta magnfica entidade es$iritual ao
com$reendermos suas verdadeiras funções e atribuições.
<as $r"ticas umbandistas encontramos um outro ti$o de manifestaç%o de es$ritos aos #uais, talve $or
influ'ncia do sincretismo com o =iabo, convencionou-se dar o nome de x*.
20
stas entidades, #ue se a$resentam sob diversas denominações tais como, 2arab, 5ranca-9uas, 0eludo,
Caveira,
Caveira, 1omba Jira, 2aria 1adil!a, 2olambo,
2olambo, etc.,
etc., s%o na verdade,
verdade, eguns, #ue se manifestam
manifestam em seus médiuns
médiuns
$ara cum$rirem as missões #ue l!es foram im$ostas, da mesma forma de outras #ue se a$resentam como $retos-
vel!os, caboclos, boiadeiros, ciganos, etc.
necess"rio #ue se saiba a diferença entre x*-Orix" e estes outros ti$os de entidades, #ue n%o se
encont
encontram
ram na mesma
mesma catego
categoria
ria !ier"r
!ier"r#ui
#uica
ca e #ue devem
devem ser tratad
tratados
os e revere
reverenci
nciados
ados,, de for
forma
ma difere
diferente
nte e
es$ecfica, mas #ue, inde$endente de n%o serem Orix"s, $ossuem força e $oder $ara resolverem $roblemas e
$restarem auxlio a tantos #uantos a eles recorram.
O Orix" x* é o *nico dentre todos os demais, #ue tem seu cam$o de aç%o ilimitado, $odendo atuar em
todos os nveis da exist'ncia universal, $ermitindo $or este motivo, #ue se&a classificado tanto como Nunfun como
também como bora, taman!o é o seu $oder de agir livremente.
( San"os, F.. ( Os Na%K e a Mor"e. 3a$>, A+e+e e o =ul"o %un na 2ahia. ( oTes ( 3e"rolis ( 5BH..
: ( O4ra ci"a$a.
8 ( 74ra ci"a$a.
( O4ra ci"a$a.
3' (arte
A# OE!E"DA#
=entro do culto aos Orix"s, o mais im$ortante s%o as oferendas aos Orix"s, #ue t'm $or finalidade manter o
e#uilbrio das relações entre eles e os seres !umanos.
através das consultas ao Or"culo de ?f", #ue as $essoas, mesmo as n%o iniciadas, s%o informadas a res$eito
das exig'ncias de seus Orix"s e $rinci$almente de x*, relativas +s oferendas #ue dese&am receber.
<em sem$re estas exig'ncias s%o estabelecidas $ela relaç%o anteriormente ex$licada entre o ser !umano e
seu Orix" de cabeça, muitas das vees, é um outro Orix" #uem se oferece $ara solucionar um determinado $roblema
ou alguma dificuldade #ue est" sendo vivenciada e, em troca, exige algum ti$o de sacrifcio em seu louvor.
Algumas vees, $essoas atormentadas $elos mais diversos ti$os de dificuldades, recorrem aos $réstimos de
algum Orix", oferecendo algum ti$o de sacrifcio como $en!or de sua confiança e de sua fé, da mesma forma #ue os
cat7licos recorrem aos seus santos, im$lorando graças e faendo $romessas #ue, invariavelmente, s%o $agas
somente a$7s a obtenç%o da graça solicitada.
21
Os sacrifcios
sacrifcios ofere
oferecidos
cidos aos Orix"s,
Orix"s, s%o genericame
genericamente
nte denominados eb7s #ue se dividem
dividem em e&enbale
(sacrifcios com derramamento de sangue) e adim*s (sacrifcios incruentos).
Os eb7s e&enbale, dividem-se em diversos ti$os, exigindo sem$re o derramamento de sangue de algum ti$o de
animal #ue $ode ser uma ave, um #uadr*$ede ou até mesmo um sim$les caramu&o. =entre os mais con!ecidos,
destacamos/
E eNL Oferenda votiva #ue tem $or finalidade obter determinado favoreciment
favorecimento
o ou graça de uma =ivindade.
E etutuL 4acrifcio de a$aiguamento. ste ti$o de sacrifcio é geralmente determinado $elo Or"culo e tem
$or finalidade acalmar a ira ou o descontentamento de uma entidade #ual#uer.
E a e iin oPunL 4acrifcio substitutivo. 5em $or finalidade substituir a morte de alguém $ela oferenda
determinada $elo Or"culo, no Brasil, este sacrifcio é vulgarmente con!ecido como eb7
eb7 de troca.
E a mi dKiaL 4acrifcio #ue visa atenuar uma $uniç%o de morte im$osta + uma $essoa $or um Orix" ou $or
um es$rito maligno. <este caso, como no anterior, um carneiro é sacrificado em substituiç%o ao ser !umano.
Como $odemos observar, o sacrifcio de seres !umanos era exigido nos $rim7rdios do culto o #ue, sem d*vida,
seria !o&e considerado um absurdo, além de configurar-se, se&a em #ual for a circunstncia, em !omicdio, selvageria
e falta de res$eito ao ser !umano.
=a mesma
mesma for
forma,
ma, o derram
derramame
amento
nto do sangue
sangue de animai
animais,
s, s7 deve
deve ocorr
ocorrer
er em sit
situaç
uações
ões de extrem
extrema
a
necessidade e em casos em #ue n%o $ossam ser substitudos $or outras oferendas $ois, se os Orix"s, acostumados
#ue eram a receberem sacrifcios !umanos, concordaram na substituiç%o dos mesmos $elos sacrifcios de animais, é
f"cil deduir-se #ue estes $odem também dar lugar a sacrifcios de minerais, vegetais e ob&etos de seu agrado.
necess"rio #ue se des$erte nos ade$tos do Candomblé a consci'ncia do res$eito devido a todas as formas
de vida animal, cu&o sacrifcio s7 $ode ser efetivado em casos exce$cionalssimos e #uando todos os demais
recursos !a&am sido esgotados.
num itan de ?f", do Odu Odi 2e&i, #ue encontramos a fundamentaç%o $ara as afirmações anteriormente
feitas/
22
Od* M:* d*ss9 2M+o$*, o" (/("5(, n7o 3&*s s(#"*$*#(" &' )o* d '(!(s )"(n#(s ( 'o"+ /*o )&s#1-o.2
Q&(ndo I$1 s+(/( (*nd( no /n+" d s&( '7, d*& 3& s& (* 6(ss &' )o* '(!(do d )"(n#o
o$"#ss
o$"#ss ' s(#"*$#*o,
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/*+(" 3& dn+"o d +">s (nos, &'( 6&""(
6&""( /*ss d*5*'(" o s& "*no. S& (*
n6*6n#*o& o s(#"*$#*o no d*( do n(s#*'n+o d I$1, s& (* 'o""& s&( '7 $o* #(+&"(d( #o'o s#"(/(.
T">s (nos do*s, ( 6&""( (""(so& o (s I$1 '(ndo& 3& A:*no+o, ( ("+*"(, o n#""(ss dn+"o d &'(
#()(;(, d $o"'( 3& n*n6&%' o &dss /". A ("+*"( $o* n#(""6(d( +(')%', d (/*s1-o o6o 3& (6&%'
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3& "/(ss (o (ss(n+, ( #(&s( d s&s
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"so/"*(' +odos os s&s "o)'(s.
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T&do o#o""& d( $o"'( #o'o I$1 (n:("( o !o'' 3& (sso& n(3& o#(, n7o !s*+o& ' /(" ("( s&(
#(s(, ( #()(;( ond I$1 !(/*( s*do n#""(do.
P("( ds&')"('n+o d +odos, I$1, d dn+"o d( #()(;(, d(/( #ons!os, "#*+(/( 'd*#('n+os "so/*(
os '(*s d*$#*s "o)'(s.
U' d*( I$1 o"dno& 3& (6&%' s d*"*6*ss (o '"#(do ond, o ";o d 3&("n+( &' #(&"s, d/"*(
#o'"(" s&( '7 3& s+(/( sndo /nd*d( :&n+o #o' o&+"(s s#"(/(s. 2A "*'*"( '&!" 3& $o" o$"#*d( d/ s"
#o'"(d(, o*s s+( % '*n!( '7.2
N(3&( %o#( I$1 #os+&'(/( (#*+(" s(#"*$#*os !&'(nos no $s+*/( d F(n&*(.
Q&(ndo ( s#"(/( (d3&*"*d( no '"#(do $o* +"(5*d(, I$1 o"dno& 3& ! $oss n+"6& &'( #"+( 3&(n+*d(d
d '*!o, ("( 3& *(ss +"(ns$o"'(ss ' $("*n!( ds+*n(d( "("(;7o o ('*o.
2O"&n'*18 AJ$oK8 A6)o * d&d& !& do $ +o82 O"&n'*18 AJ$oK8 S +& no' % I$1, :('(*s s3&#"1s d
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R#on!#ndo ' I$1 o s& ""*o $*!o, ( o)" '&!" s-s ( #(n+(", ' /o5 (+(, ( s(&d(;7o 3& o&/*(9
Co'o I$1 /*/"(, (+% n+7o, $#!(do dn+"o d s&( #()(;(, :('(*s !(/*( s*do /*s+o o" n*n6&%'. Q&(ndo +odos
s ($(s+("(' I$1 s(*& d s&( #()(;( #o)"+o o" &' 6"(nd #!(%&, /s+*ndo &' (/n+( d %"o(s #(;(ndo
s(nd1*(s, *ndo sn+("-s no (+o d &' +"*% d ond 6"*+o&9
2O!' )', so& &, I$18 I$1 3& n*n6&%' n&n#( /*&... A '&!" 3& '(nd* #o'"(" no '"#(do d s#"(/os
d/ s" +"(5*d( (+% (3&*82
23
2O!' )', s+( % '*n!( '78 Q&(ndo & s+(/( no s& /n+" d+"'*n* 3& '& (* d/"*( s(#"*$*#(" &'
)o* '(!(do d )"(n#o, ("( /*+(" '($#*os
'($#*os 3& :1 s+(/(' "/*s+os. M(s '& (* n7o (+nd& '*n!( o"*n+
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'*n!( !on"(. En+"+(n+o n7o ( s(#"*$*#("*8 N7o od"*( +"(*" '*n!( ""*( '7, 's'o 3& ( ' +n!( +"(do.2
Ds+( $o"'(, (ssn+(d( so)" &' (J(Jo, +"(ns$o"'o&-s ( ' N7, '7 d &' "*.
Aos :o/ns 3& "("("(' (s #("ns do )o* do #()"*+o, (ss*' #o'o o ('*o, o"dno& 3& $oss d(do &'(
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N7 d*ss (*nd(, 3& $("*( o So +o"n("-s '(*s )"(ndo o& '(*s 3&n+, #o'(nd(ndo-o d #*'( d s& (J(Jo.
A ("+*" d n+7o, "(*5(-s s'" o "*+&( d X N7 d(" #o'*d( N70, 3&(ndo +"'*n(' os $s+*/(*s
F(n&*(.. 3
F(n&*(
ste ?tan de ?f" fundamenta a $ossibilidade de substituiç%o do sacrifcio de um ser !umano $elo de animais, o
#ue nos leva a concluir a $ossibilidade da substituiç%o do sacrifcio destes $or outros ti$os de oferendas, $artindo da
$remissa de #ue o ritual é criado $elo !omem e n%o $elos deuses.
?sto $osto, $assemos ao assunto #ue é, na verdade, o $rinci$al ob&etivo do $resente trabal!o, a a$resentaç%o
de uma vasta relaç%o de oferendas incruentas aos Orix"s e a outras entidades cultuadas no candomblé.
O assunto ser" tratado de forma direta, através de um receitu"rio contendo os ingredientes, o $rocedimento
$ rocedimento e o
ob&etivo de cada trabal!o, assim como + #ual entidade deve ser oferecido.
( Deois $as ceriKnias $e Nã, aqueles que reara os alien"os a ela ofereci$os, rece4e ua equena ar"e $es"es
alien"os, ar"e es"a que rece4e o noe $e le ou ele e que s o$e ser consui$a $eois que o o$un for servi$o. 1s"e
ri"o acoanha as ceriKnias Us $ivin$a$es na%K so4 o noe A"oo e Us $ivin$a$es fon so4 o noe $e Nu$i$e9.
: ( &"an cole"a$o or 2ernar$ Mauoil na re%ião on$e hoVe fica a a"ual Re@4lica $o 2enin e u4lica$o e sua a%n-fica o4ra
so4re o sis"ea oracular $e &f, 0LA GOMAN=& W LQAN=&NN =XP DS S=LAS0.
=XP
24
OE!E"DA# A E$Ú
1ega-se um coco seco, $inta-se todo com u"&i, rola-se $ela casa de dentro $ara fora im$ulsionando-o com o $é
es#uerdo, como se fosse uma bola. Fuando c!egar na $orta da rua, $ega-se o coco com a m%o es#uerda, leva-se +
uma encruil!ada
encruil!ada aberta de #uatro es#uinas e ali, atira-se
atira-se o coco no meio da encruil!ada
encruil!ada com força, $ara #ue se
#uebre.
Abre-se um coco seco em duas $artes. =entro dele coloca-se um $edaço de $a$el de embrul!o usado, no #ual
se escreveu, anteriormente, o nome da $essoa infiel. Acrescenta-se G gr%os de $imenta da costa6 um $ouco de aeite
de dend'6 um $ouco de mel6 mil!o torrado e $7 de $eixe defumado. Nec!a-se o coco e amarra-se com lin!a vermel!a
e lin!a branca, enrolando-se bem até #ue o coco fi#ue totalmente envolvido $ela lin!a. Coloca-se o coco diante de
x* e durante
durante WP dias acende-se
acende-se uma vela diariamente,
diariamente, $edindo
$edindo #ue a $essoa $ermaneça
$ermaneça fiel ao seu $arceiro.
$arceiro. <o
vigésimo $rimeiro dia des$ac!a-se numa encruil!ada. (Fuem n%o tem x* assentado $ode colocar o coco atr"s da
$orta da casa).
Coloca-se um coco seco com uma vela acesa em cima, onde dever" $ermanecer $or tr's dias consecutivos.
<o terceiro dia, des$ac!a-se numa encruil!ada de #uatro es#uinas.
Abre-se um coco do #ual se corta #uatro $edaços mais ou menos iguais. stes #uatro $edaços, de$ois de
bem lavados,
lavados, s%o colocados num $rato com a $arte branca $ara cima. 4obr
4obre
e cada $edaço de coco coloca-se
coloca-se um
$ou#uin!o de mel de abel!as, um $ou#uin!o de aeite de dend' e um gr%o de $imenta-da-costa. Coloca-se o $rato
diante de x*, ou atr"s da $orta e acende-se uma vela de sete dias. <o sétimo dia, des$ac!a-se tudo (inclusive o
$rato) numa mata.
5omar
5omar ban!o de "gua de rio misturada + "gua de coco verde durante cinco dias
d ias seguidos.
screve-se, num $a$el de embrul!o usado, os nomes das $essoas interessadas na #uest%o, dos advogados e
do &ui. Abre-se um coco seco $elo meio e coloca-se dentro o $a$el com os nomes escritos6 mil!o torrado6 WP gr%os
25
de $imenta-da-costa6 mel de abel!as6 aeite de dend' e $7 de efun. Nec!a-se o coco e enrola-se muito bem enrolado
com lin!a $reta e lin!a branca. Coloca
Coloca-se
-se num $rato diante de x*, acende-se
acende-se uma vela #ue se renova
renova durante
durante WP
dias. <o final dos WP dias des$ac!a-se numa mata.
9ala-se um coco seco e es$reme-se a massa num $ano branco. O sumo obtido é misturado a um co$o de leite
de cabra. 2istura-se com "gua de rio e toma-se tr's ban!os no mesmo dia, sendo um $ela man!%, um + tarde e um
+ noite.
Corta-se um coco seco ao meio, no sentido !oriontal. ;ma das metades é c!eia de mel de abel!as, a outra é
c!eia de aguardente. Arreia-se aos $és de x* com uma vela acesa. <o terceiro dia des$ac!a-se nas "guas de um
rio.
=ois $ombos brancos6 ori6 fita branca6 fita vermel!a6 fita aul e fita amarela.
<uma mata fec!ada, unta-se as $ernas dos $ombos com a manteiga de ori6 amarra-se um lacin!o de cada fita
nas suas duas $atas6 $assa-se os bic!os no cor$o da $essoa e solta-se com vida. $reciso ter muito cuidado $ara
n%o mac!ucar os animais.
;m boneco de $ano branco do sexo da $essoa $ara #uem se vai faer o trabal!o. =entro do boneco, se coloca
o seguinte/ ;m $a$el com o nome da $essoa6 Q gr%os de ataré6 Q gr%os de mil!o torrados6 $7 de $eixe defumado6 um
$edacin!o de couro de onça ou de outro felino de grande $orte6 um ovo de codorna inteiro e um $edacin!o do talo de
comigo-ninguém-$ode. Costura-se o boneco e se deixa diante de x* dentro de um alguidar com $ad' de mel. O
$ad' deve ser renovado a cada sete dias e o boneco $ermanecer" ali, até #ue o $roblema este&a resolvido.
4olucionada a #uest%o, o boneco deve ser levado $ara dentro de uma delegacia de $olcia, $ara ali ser deixado. <a
volta oferece-se a x* sete roletes de cana, dentro de um alguidar com $ad' de aguardente.
26
OE!E"DA# A EG+"
- OuidS.
Coloca-se de mol!o, numa $anela de barro, uma #uantidade de farin!a de mil!o bem fina (mil!arina). sta
farin!a dever" $ermanecer de mol!o $or dois ou tr's dias até #ue fermente. ;ma ve fermentada, acrescenta-se
canela em casca6 anis estrelado em $7 (1im$inella anisum, .),6 baunil!a ($idendrum vanilla, .) e aç*car mascavo.
Coin!a-se em fogo lento.
Fuando tudo tiver ad#uirido a consist'ncia de uma massa, retira-se do fogo e enrola-se em fol!as de mamona
(9icinus communis, .). =e$ois de enroladas e bem amarradas $ara #ue n%o se abram, coloca-se uma $anela com
"gua $ara ferver. Assim #ue a "gua estiver fervendo, coloca-se dentro, as trouxin!as, deixando #ue coin!em durante
#uine minutos, retirando-se em seguida e colocando-se de lado $ara #ue esfriem. Fuando estiverem frias, retira-se o
inv7lucro de fol!as e arruma-se numa travessa de barro, regando-se com bastante mel.
=eve-s
=eve-se
e faer
faer sem
sem$re
$re,, um n*mero
n*mero de nove
nove oguid
oguidss ou ent%o,
ent%o, o n*mero
n*mero corres$o
corres$onde
ndente
nte ao Odu #ue
determinou a oferenda.
- Olele
=eixar, $or G dias, uma $orç%o de fei&%o fradin!o (0igna sinensis, ndl.) de mol!o na "gua.
<o terceiro dia, moe-se o fei&%o fradin!o no li#Hidificador usando a menor #uantidade de "gua $ossvel, $ara
#ue a massa resultante fi#ue bem es$essa.
9efoga-se, numa $anela + $arte, uma cebola, $iment%o vermel!o, comin!o, orégano e tomate. Fuando tudo
estiver bem refogado, &unta-se W ovos e deixa-se no fogo $or mais um tem$o, mexendo sem$re, com uma col!er de
$au. 5ira-se do fogo e coloca-se, com a col!er, $e#uenas $orções em fol!as de mamona, embrul!ando-se em forma
de trouxin!as. Coloca-se as trouxin!as $ara ferver durante WU minutos, de$ois do #ue, retira-se da "gua e deixa-se
esfriar. =e$ois de frias, retira-se as fol!as de mamona, arreia-se nos $és de gun e, no terceiro dia, retira-se e
enterra-se num terreno baldio ou dentro de uma mata.
?m$ortante/ As comidas oferecidas a gun n%o levam sal, com exceç%o da#uelas feitas $ara o consumo das
$essoas, das #uais retira-se uma $e#uena $orç%o $ara oferecer a gun.
gun.
1ega-se um coco seco grande, abre-se um dos ol!os de forma #ue se $ossa introduir $elo buraco, de$ois de
retirada a "gua, o seguinte/ ;m $a$el com o nome da $essoa, sua foto ou um $edaço de $ano de sua rou$a, $7 de
osun6 Y $imentas-da-costa6 um $ouco de terra de cemitério6 um $ouco de terra de encruil!ada6 um $ouco de $oeira
da casa ou do #uintal da $essoa #ue se #uer atingir6
atingir6 um $ouco de 7leo de cobra6 um $edaço de osso !umano6 um
$edacin!o do talo da fol!a de comigo-ninguém-$ode6 Y gr%os de mil!o torrado.
27
=e$ois #ue tudo estiver dentro, ta$a-se o buraco do coco com um $edacin!o de $au ou uma rol!a de cortiça.
Coloca-se o coco dentro de um alguidar $e#ueno e arreia-se diante de gun. =urante Y dias seguidos, acende-se
uma vela +s PW !oras, outra +s PT e uma terceira +s WZ !oras. <o fim dos Y dias, leva-se a um rio e atira-se nas
"guas.
ste trabal!o é muito $erigoso e $re&udicial, s7 devendo ser feito em casos extremos.
<um $a$el branco, escreve-se Y vees, o nome da $essoa #ue se dese&a afastar.
Coloca-se todos os ingredientes dentro do $a$el onde se escreveu o nome das $essoas e fa-se um embrul!o
enrolado, em forma de c!aruto. mbrul!a-se novamente, com o $ano vermel!o e enrola-se com a lin!a $reta, usando
toda a lin!a do carretel. O embrul!o é ent%o, enfiado na fenda aberta na $onta do gal!o de ir@o. m seguida,
$rende-se bem, enrolando, $rimeiro a fita branca, de$ois a aul, de$ois a amarela e finalmente, a vermel!a, d
dee forma
#ue o embrul!in!o fi#ue bem $reso ao gal!o. ?sto feito, coloca-se o gal!o num $rato branco #ue ser" arriado diante
de gun. =urante Y dias renova-se a vela. <o fim dos Y dias leva-se ao cemitério e es$eta-se o gal!o, com a $onta
onde est" o embrul!o, numa se$ultura fresca, $edindo ao gun ali enterrado #ue afaste a $essoa $ara bem di
distante.
stante.
OE!E"DA# A OG+"
- (ara aaziuar Oun. 1re$ara-se sete ec7s, coloca-se num alguidar com uma moeda corrente e um gr%o de
ataré em cima de cada um. =e$ois de arrumados, acrescenta-se aeite de dend', mel de abel!as e manteiga de
cacau derretida. :unta-se, dentro do alguidar, bastante mil!o torrado e rega-se com aguardente. Arreia-se diante de
Ogun com uma vela de sete dias. =es$ac!a-se numa via férrea.
4ete $eixes frescos, sem serem lim$os, a$enas lavados em "gua corrente. Os $eixes s%o arrumados numa
travessa de barro com as cabeças voltadas $ara fora. 4obre eles coloca-se/ aeite de dend'6 mel de abel!as6 ori-da-
costa derretido6 melado de cana e sete gr%os de ataré (um sobre a cabeça de cada $eixe). Arreia-se nos $és de
Ogun, com uma vela acesa, durante algumas !oras (o tem$o suficiente $ara #ue a vela se #ueime toda). =e$ois
disto, $assa-se os $eixes na $essoa $ara a #ual se est" solicitando a $roteç%o de Ogun. A $essoa deve ficar des$ida,
resguardadas as $artes mais ntimas. 5erminada a lim$ea coloca- se os $eixes numa fol!a de $a$el $ardo e se
des$ac!a numa lin!a de trem.
28
;m $eixe $argo de bom taman!o6 aeite de dend'6 gin6 mel de abel!as6 mil!o torrado6 fei&%o fradin!o torrado e
ori-da-costa. Coloca-se o $eixe numa travessa ou assadeira de barro6 cerca-se com o mil!o e o fei&%o torrados6
tem$era-se com os ingredientes relacionados. Arreia-se diante de Ogun com velas acesas. =e$ois de tr's !oras,
des$ac!a-se numa mata.
- (ara oter uma raRa TualTuer do Orixá Oun. P in!ame-do-norte coido6 arro cru6 ori-da-costa6 aeite de
dend'6 mel de abel!as6 melado de cana6 Q $imentas ataré e gin. Amassa-se o in!ame coido e mistura-se a massa
obtida com o ori-da-costa e o arro. Com esta massa, $re$aram-se, modelando-se com as m%os, Q bolas #ue, de$ois
de $rontas, ser%o arrumadas num alguidar de barro onde &" se colocou o mil!o torrado. Acrescenta-se os demais
ingredientes e oferece-se a Ogun, diante de seu igb"
i gb" onde dever" $ermanecer $or sete dias. =es$ac!a-se na mata.
- (ara aaziuar Oun. 1ara acalmar a ira deste Orix", basta oferecer-l!e uma melancia aberta e regada com
melado de cana.
;ma faca de aço é colocada no fogo até #ue fi#ue em brasa. Fuando a lmina da faca estiver acesa, $ega-se,
coloca-se em cima de Ogun e derrama-se sobre ele aeite de dend' de forma #ue o aeite escorra sobre a
ferramenta do Orix". sta faca é embrul!ada em $ano vermel!o &unto com os seguintes ingredientes/ P fava de ataré
inteira6 Q gr%os de mil!o torrados6 sete $edacin!os de coco seco e um $ouco de u"&i. nvolve-se tudo, inclusive a
faca, no $ano vermel!o e enrola-se, bem enrolado, com lin!a verde e lin!a aul. 4omente a lmina da faca dever"
ser enrolada $elo $ano e $elas lin!as, o #ue formar" uma es$écie de bain!a. ste fetic!e dever" $ermanecer atr"s
da $orta da casa e, todas as vees em #ue Ogun comer, dever" ficar &unto com ele, no igb", durante todo o tem$o do
or e en#uanto durar o $receito.
- (ara aradar OunL 1ega-se Q ovos de codorna, unta-se com aeite de dend', mel de abel!as e $7 de efun.
Coloca-se num $rato de barro, es$al!a-se $or cima fumo de rolo desfiado e mol!a-se com gin. =eixa-se diante de
Ogun durante sete dias com uma vela acesa. =es$ac!a-se na mata.
- (ara eJoluir ou oter uma raRa. 1ega-se uma melancia inteira, corta-se um #uadradin!o em forma de
cubo (sem abrir a fruta)6 se$ara-se o cubin!o6 escreve-se, em $a$el de embrul!o, o #ue se dese&a6 coloca-se o $a$el
no buraco feito na melancia6 ta$a-se o buraco com o $r7$rio $edaço extrado dali6 arreia-se nos $és de Ogun,
deixando ali $or G dias. =urante estes tr's dias, acende-se uma vela e $ede-se a Ogun o #ue se dese&a. =es$ac!a-
se na lin!a do trem.
- (ara oter roteRFo essoal de Oun. =eixar, durante Q dias, um coco seco dentro do assentamento de
Ogun. <o sétimo dia, retira-se o coco, #uebra-se, retira-se a $ol$a, descasca-se, rala-se, es$reme-se com um $ano
branco e virgem. Ao sumo obtido acrescenta-se meio litro de leite de cabra, mistura-se num reci$iente com "gua de
c!uva e "gua de rio (meio a meio)6 acrescenta-se ainda/ ;m co$o de "gua de coco verde6 um co$o de caldo de cana6
sete col!eres de mel de abel!as e sete col!eres de melado de cana. 2istura-se bem, e deixa-se o reci$iente diante
de Ogun, $or tr's !oras, com uma vela acesa. =e$ois de decorridas as tr's !oras, toma-se ban!o com o l#Hido
29
(inclusive a cabeça)6 deixa-se o ban!o secar no cor$o durante meia !ora e de$ois, toma-se ban!o com "gua lim$a e
sab%o da costa. A $essoa deve usar somente rou$as brancas nos sete dias seguintes e, no mesmo $erodo, ter" #ue
acender velas, bater cabeça e rogar a $roteç%o do Orix".
OE!E"DA# A O$O##I
<um $ano branco coloca-se os seguintes ingredientes/ Q gr%os de mil!o torrados6 Q gr%os de a
ataré6
taré6 Q $imentas
malagueta6 $7 de $eixe defumado6 um $edaço de talo de comigo-ninguém-$ode6 Q fol!as de !ortel% e um $a$el com
o nome da $essoa #ue est" sendo tratada.
Na-se um embrul!o com o $ano branco, amarra-se bem com barbante virgem, $assa-se no cor$o da $essoa e
deixa-se no igb" de Ox7ssi até #ue o $roblema este&a resolvido.
9esolvido o $roblema, a $essoa beneficiada dever" oferecer uma comida seca ao Orix", de acordo com a
orientaç%o obtida no or"culo.
<uma travessa
travessa de barro,
barro, coloca-se sete $eixes
$eixes frescos
frescos inteiros com as escamas. 1or cima coloca-se/
coloca-se/ mil!o
torrado6 melado de cana6 aeite de dend' e efun ralado. =eixa-se nos $és de Ox7ssi $or tr's !oras e, em seguida,
leva-se a um mata e arreia-se aos $és de uma $almeira ou co#ueiro.
;nta
;nta-s
-se
e sete
sete ovos
ovos de ga
galilin!
n!a
a d[an
d[ango
gola
la com ori-
ori-da
da-c
-cos
osta
ta66 coloc
coloca-
a-se
se dent
dentro
ro dum
dum algu
alguida
idarr dian
diante
te do
assentamento de Ox7ssi e coloca-se, sobre eles, um $ouco de aeite de dend'6 melado de cana6 licor de anis6 fumo-
de-rolo desfiado e bastante $7 de efun. 5odos
5odos os dias, durante sete dias, $assa-se um dos ovos na $essoa enferma e
se$ara-se $ara outro alguidar #ue dever" ficar atr"s do igb". <o sétimo e *ltimo ovo, coloca-se tudo num $ano aul-
claro, amarra-se em forma de trouxa, leva-se + uma mata e des$ac!a-se num tronco de "rvore seca.
1ega-se sete cocs secos, $inta-se de branco (efun) as $artes de cima e de aul (u"&i) as $artes de baixo.
Coloca-se os sete cocs num alguidar grande e, durante sete dias, vai-se $assando um coco $or dia no cor$o, tendo-
se o cuidado de se$arar os cocs utiliados $ara outro alguidar. =e$ois de $assar o *ltimo coco, enrola-se o alguidar
com os sete cocs num $ano aul claro e des$ac!a-se em "gua corrente. ;ma vela de sete dias dever" $ermanecer
acesa durante o tem$o em #ue os cocs estiverem diante de Ox7ssi.
30
4ete rom%s (1unica granatum, .)6 melado de cana6 aeite de dend'6 anis estrelado e efun ralado. Coloca-se
os rom%s abertos dentro de um alguidar e, sobre eles, os ingredientes relacionados. =eixa-se diante de Ox7ssi $or
sete dias com uma vela acesa, de$ois, des$ac!a-se
d es$ac!a-se numa mata.
=escasca-se e frita-se ligeiramente, em gordura de coco, sete cebolas de casca vermel!a. Arruma-se tudo
numa $anela de barro e cobre-se com anis estrelado em $76 melado de cana6 aeite de dend'6 $7 de $eixe defumado
e mil!o torrado. Arreia-se nos $és de Ox7ssi com duas velas de sete dias acesas. =e$ois de sete dias des$ac!a-se
na mata sem desarrumar o adim*.
1re$ara-se sete ec7s. m cada um deles coloca-se um gr%o de atar', uma moeda de $e#ueno valor6 uma fava
de anis estrelado e uma $itadin!a de efun ralado. Arruma-se num alguidar e rega-se com aeite de dend' e um
$ouco de vin!o branco. ntrega-se
ntrega-se a Ox7ssi
Ox7ssi com uma vela de sete dias e, de$ois deste $erodo,
$erodo, des$ac!a-se
des$ac!a-se nos
$és de uma amendoeira.
4ete es$igas de mil!o verde, grandes e tenras, s%o assadas na brasa. As fol!as #ue envolvem as es$igas s%o
se$aradas $ara forrar o alguidar em #ue ser" oferecido o adim*. Assim #ue as es$igas forem retiradas do braseiro,
ainda #uentes, s%o regadas, uma a uma, com aeite de dend', gordura de coco, melado de cana, um $ouco de licor
de rom% e $7 de $eixe defumado. =e$ois disto arruma-se com as $ontas mais finas $ara cima, no alguidar &" forrado
com as fol!as das es$igas. Coloca-se, dentro do alguidar, amendoim torrado e rega-se tudo com vin!o branco.
ntrega-se a Ox7ssi com uma vela de sete dias. <o fim de sete dias, des$ac!a-se numa mata.
OE!E"DA# A ,OG+"ED0
9ala-se sete es$igas de mil!o verde bem tenras. \ massa obtida acrescenta-se coco ralado e aç*car. nvolve-
nvolve-
se a massa nas fol!as mais tenras #ue envolvem as es$igas, formando uma es$écie de trouxin!a #ue se amarra em
cima com $al!a da costa. 2ergul!a-se as trouxin!as em "gua fervente e retira-se logo em seguida. =eixa-se esfriar,
abre-se as trouxin!as, arruma-se numa travessa ou $rato de louça. Ao redor coloca-se fatias de coco seco cortado
em tiras, rega-se com bastante mel e oferece-se ao Orix". =es$ac!a-se numa cac!oeira.
1re$ara-se uma massa de mil!o verde igual + da receita anterior, dis$ensando-se o aç*car. 9efoga-se uma
boa #uantidade de camar%o seco em 7leo de mil!o acrescentando-se cebola branca, $iment%o doce, tomate, coentro
$icadin!o, vin!o branco e um $ouco dX"gua $ara faer o mol!o. Coloca-se a massa numa tigela e cobre-se com o
mol!o. nfeita-se com Q camarões inteiros crus e fol!as de !ortel%.
!ortel%.
31
1ega-se um $eixe dourado, lim$a-se bem, retira-se as escamas e rec!eia-se com mil!o verde (gr%os)6 mil!o
torrado6 cebola branca $icada6 $edacin!os de coco seco e P ob $icado em $edacin!os $e#uenos. Costura-se o
$eixe, tem$era-se com aeite de oliva e aeite de dend'6 orégano em $76 coentro e vin!o branco. Coloca-se $ara
assar no forno. Fuando o $eixe estiver assado, retira-se do forno, coloca-se numa travessa e cerca-se de agri%o
ligeiramente
ligeiramente fervido. <a boca do $eixe introdu-
introdu-se
se um $a$el com o $edido da graça #ue se dese&a obter. Cobr
Cobre-se
e-se
com bastante mel de abel!as e vin!o branco. Arreia-se nos $és de ogun e, no dia seguinte, des$ac!a-se num rio de
"guas lim$as.
Coin!a-se uma boa #uantidade de mil!o seco em "gua $ura. 1ega-se sete camarões gra*dos, aferventa-se
ligeiramente também em "gua $ura. 1re$ara-se um mol!o id'ntico ao descrito no adim* n*mero W. Coloca-se o mil!o
coido numa travessa ou tigela branca6 arruma-se os camarões em cima e cobre-se com o mol!o. nfeita-se com
fol!as de agri%o e rega-se com mel de abel!as e vin!o branco. Arreia-se diante de ogun e des$ac!a-se, tr's dias
de$ois, na beira de um rio ou dentro de uma mata.
1ega-se um coco seco, retira-se a "gua e abre-se, num dos ol!os do coco, um bu
buraco
raco onde $ossam $assar os
seguintes ingredientes/ ;m $a$el com o nome das $essoas interessadas6 sete favas de anis estrelado6 sete
$edacin!os de lrio florentino6 sete col!eres de café de "gua-de-flor-de-laran&a6 a mesma medida de melado de cana6
a mesma medida de mel de abel!as6 sete $edacin!os de aç*car cndi6 sete gotas de baunil!a6 sete fol!in!as de
!ortel%6 sete $étalas de rosa amarela e sete gotas de ess'ncia de rosas. Com$leta-se com vin!o branco. Nec!a-se o
buraco com um $edacin!o de madeira e veda-se com cera de abel!as derretida. nfeita-se o coco com laços de fitas
amarelas e auis, leva-se + uma cac!oeira e coloca-se em baixo da #ueda dX"gua. Antes de levar, o coco deve ser
a$resentado ao Orix".
OE!E"DA# A IUEMA"V%
Arruma-se sete es$igas de mil!o verde assadas dentro de uma $anela de barro com o seguinte/ 4ete bolas de
fei&%o fradin!o coido, amassado e ligado com farin!a de acaç"6 sete biscoitos de araruta6 sete bananas da terra
cortadas no sentido longitudinal e fritas em gordura de ori-da-costa6 sete bolas de mingau de mil!arina adoçado com
aç*car mascavo. =e$ois de tudo arrumado dentro da $anela rega-se com bastante mel de abel!as e oferece-se +
32
?3eman&", acendendo-se duas velas. =eixa-se de um dia $ara o outro, embrul!a-se num $ano branco e leva-se $ara
o mar.
Coin!a-se um in!ame grande até #ue fi#ue bem macio. Coloca-se num reci$iente #ual#uer e amassa-se com
um garfo. \ massa obtida acrescenta-se/ farin!a de mil!o bem grossa6 meio co$o de melado de cana6 um $ou#uin!o
de aeite de dend' e um $ouco de mel de abel!as. 2istura-se tudo muito bem e modela-se Q bolas, #ue s%o
arrumadas numa travessa branca. 4obre as bolas des$e&a-se bastante melado de cana6 $7 de efun e $7 de $eixe
defumado. Oferece-se, diante do igb", com uma vela acesa, deixando $or sete dias.
di as. =es$ac!a-se na beira do mar.
1ega-se um mel%o bem grande, abre-se uma tam$a no alto e retira-se a $ol$a. Coloca-se, dentro da fruta, os
seguintes ingredientes/ 4ete bolin!as de mil!o vermel!o6 sete bolas de in!ame6 sete rodelas cortadas de uma es$iga
de mil!o verde6 sete $eixin!os secos6 sete cebolas brancas $e#uenas6 sete bolas de arro branco coido6 sete
bolin!as $e#ueninas de ori-da-costa6 sete col!eres de 7leo de am'ndoa-doce6 mel de abel!as e melado de cana.
Coloca-se o mel%o num $rato grande ou bande&a forrada com $ano branco, diante de ?3eman&" e acende-se sete
velas #ue devem ser renovadas $or sete dias, tem$o em #ue o adim* $ermanecer" diante do Orix". =es$ac!a-se na
beira do mar.
Colocar dentro de uma travessa de barro/ 4ete $argos frescos bem $e#uenos6 sete gr%os de ataré6 sete gr%os
de mil!o torrado6 sete moedas correntes6 um $ouco de $7 de osun6 sete agul!as de croc!et6 um $ouco de areia da
$raia6 sete col!eradas de aeite de am'ndoas6 sete col!eres de mel de abel!as e sete col!eres de melado de cana.
ntrega-se + ?3eman&" na desembocadura de um rio com o mar. O mesmo adim* $ode ser oferecido + Olo@un. <este
caso substitui-se as agul!as de croc!et $or an7is e se entrega diretamente nas "guas, em alto mar.
Colocar-se, aos $és de ?3eman&", uma cesta com frutas variadas, cobre-se tudo com bastante fol!as de
beldroega (1lanta !erb"cea, da famlia das cariofileas). =eixa-se, diante do Orix", durante sete dias com uma vela
votiva acesa. Nindo o $rao, leva-se + uma $raia e arreia-se na areia com sete velas acesas.
Coloca-se a so$eira de ?3eman&" no solo, sobre uma esteira forrada de branco. m volta coloca-se nove $ratos
brancos. =entro de cada $rato coloca-se um ovo de $ata (cru)6 um $ouco de mel de abel!as sobre os ovos6 uma
$e#uena $orç%o de coco ralado e uma $itadin!a de $7 de efun. Ao lado de cada ovo, dentro dos $ratos, acende-se
uma vela de sete !oras. A $essoa, de$ois de lim$a e lavada com omi er7 de fol!as frescas de ?3eman&", veste uma
rou$a branca e deita-se no #uarto do Orix" $or uma noite. <o dia seguinte colocam-se os ovos dentro de uma
cestin!a de $al!a e des$ac!a-se no mar, na sétima onda #ue bater.
33
1ega-se WP frutas de diferentes es$écies, $ica-se em $edaços bem $e#uenos e mistura-se dentro de uma
tigela branca. 1re$ara-se um coido com vinte e um diferentes ti$os de legumes bem $icados e coidos em "gua
$ura. 4e$ara-se os legumes em outra tigela branca. Coin!a-se, em "gua sem sal, vinte e um diferentes ti$os de
gr%os como/ mil!o, can&ica, fei&ões de todos os ti$os (menos $reto), so&a, arro, etc. e se$ara-se tudo numa outra
tigela. Coloca-se tudo dentro de um balaio, deixando #ue as coisas se misturem. 1or cima coloca-se um $argo fresco
de taman!o médio, em cu&a boca, introdu-se um ob bat". nfeita-se tudo com fol!as de beldroegas e vinte e uma
rosas brancas. 4al$ica-se vin!o branco em cima, enfeita-se com fitas brancas, rendas, etc. eva-se + $raia
$ raia e entrega-
se + ?3eman&", com muito or e cantigas do
d o Orix".
9etira-se um cubin!o da casca de uma melancia, com o auxlio de uma fa#uin!a. <o bura#uin!o, introdu-se
um $a$el com o nome da $essoa de lngua ferina e ta$a-se com o $edaço #ue dali foi retirado. =eixa-se, durante
#uatro dias nos $és do Orix", de$ois do #ue, leva-se a uma lin!a de trem deixando ali, de forma #ue a fruta se&a
esmagada $elo trem.
<uma cesta de vime forrada de $ano aul, coloca-se sete $eixes fritos em aeite de am'ndoa6 sete bananas da
terra verdes6 sete $un!ados de can&ica coida6 sete bolos de arro6 sete $edaços de coco seco6 sete ec7s6 sete oleies
e sete moedas brancas. nfeita-se tudo com flores brancas e entrega-se + ?3eman&" diretamente na $raia, com velas
acesas e uma taça de vin!o branco.
Corta-se sete rom%s ao meio. =entro de cada um deles se coloca uma moeda e um gr%o de ataré. Arruma-se
as frutas dentro de uma $anela de barro,
barro, derrama-se
derrama-se $or cima/ aeite de dend', mel de abel!as,
abel!as, melado de cana,
vin!o branco e sete balas de leite ou de coco. =eixa-se durante sete dias diante do igb" de ?3eman&" e, de$ois,
des$ac!a-se dentro do mar.
;m $eixe $argo bem assado é colocado numa travessa de barro e recoberto com rodelas de banana-da-terra
$reviamente coidas. =entro do $eixe &" estar" um $a$el no #ual se escreveu o dese&ado. 1or cima de tudo, derrama-
34
se melado de cana e vin!o branco. A $anela deve ficar c!eia até a borda. =eixa-se, durante sete dias diante de
?3eman&" e de$ois, des$ac!a-se em $edras onde as ondas do mar estouram.
Norra-se uma travessa de barro ou de louça com fol!as de alface e sobre elas arruma-se/ Q ec7s6 Q oleles6 Q
oguids6 sete acaç"s de mil!o vermel!o desembrul!ados6 sete $edaços de coco seco6 sete es$igas de mil!o assadas6
sete moedas6 sete bolin!as de ori-da-costa. =e$ois de tudo arrumado na travessa tem$era-se com aeite de dend',
mel de abel!as, melado de cana, ataré, $7 de efun e vin!o branco. ste adim* $ermanece, durante sete dias, diante
do igb" do Orix" com duas velas acesas. =es$ac!a-se nas "guas de um rio.
Coloca-se, dentro de um co$o de cristal, um $a$el onde se escreveu o #ue se dese&a obter. nc!e-se o co$o
com melado de cana misturado a vin!o branco. Coloca-se diante de ?3eman&" e cobre-se com um $ano branco
virgem. 1or cima coloca-se um $rato branco sobre o #ual se acender" uma vela todos os dias, durante WP dias. Nindo
este $rao o co$o com seu conte*do, o $ano e o $rato, ser%o levados + uma $raia e atirados ao mar, o mais longe
$ossvel.
OE!E"DA# A O$+"
- (ara atrair uma essoa.
Abre-se uma cabaça ao com$rido, lim$a-se bem retirando todas as sementes e as $elculas de seu interior e
se coloca dentro/ O nome da $essoa #ue se #uer atrair escrito em $a$el de embrul!o6 U agul!as de coser6 U
$edacin!os de gal!o de ir@o6 U gr%os de $imenta-da-costa6 um $ouco de mil!o torrado6 uma $itadin!a de $7 de
osun6 uma $itadin!a de sal de coin!a6 mel de abel!as6 suco de um lim%o galego (Citrus medica, 9issus)6 $7 d
dee $eixe
defumado e $7 de $re" defumada. Nec!a-se a cabaça unindo as duas $artes com um laço de fita amarela6 coloca-se
sobre um $rato branco diante do igb"-Oxun e, durante WU dias, + mesma !ora, acende-se uma vela em cima da
cabaça $edindo ao Orix" #ue traga a $essoa dese&ada. <o vigésimo #uinto dia, de$ois #ue a vela acabar, des$ac!a-
<um $rato branco arruma-se/ U ovos de galin!a crus6 U fol!as de verbena (i$ia citriodora)6 uma conta de coral6
um $edaço de aevic!e6 um mol!o de agri%o #ue dever" ser arrumado em volta do $rato, formando uma rodil!a.
Cobre-se tudo com bastante mel de abel!as, sal$ica-se $7 de efun e arreia-se aos $és de Oxun com U velas acesas
ao redor. ste adim* $ermanece $or cinco dias nos $és do Orix" e é des$ac!ado numa cac!oeira.
- (ara aaziuar Oxun. ;m mam%o bem maduro aberto ao meio, do #ual se retira todas as sementes. nfeita-
se o mam%o $or dentro
dentro e $or fora com ramos de salsa6 coloca-se
coloca-se dentro do mam%o U gemas de ovos de galin!a e
cobre-se com bastante mel de abel!as. :unta-se as duas $artes do mam%o e coloca-se, sobre um $rato, diante de
Oxun, com duas velas acesas. <o dia seguinte
se guinte des$ac!a-se num rio.
35
- (ara aradar e oter uma raRa. Coin!a-se um in!ame, amassa-se e mistura-se fol!as de agri%o bem
$icadin!as. Com a $asta modela-se U bolas. =e$ois de $rontas as bolas de in!ame, rola-se as mesmas sobre farin!a
de acaç" até #ue fi#uem bem envolvidas. <uma travessa de barro, arruma-se as U bolas de in!ame ao redor de um
$argo assado ao forno. 4obre cada bola coloca-se uma $imenta ataré, uma moeda, um gr%o de mil!o e uma $étala
de rosa amarela. 9ega-se com um $ou#uin!o de aeite de mil!o e bastante mel de abel!as, enfeita-se com gal!os e
- (ara oter uma raRa. 1ega-se cinco laran&as lima e, sem descasc"-las, corta-se no alto, se$arando-se as
tam$in!as. 4obre cada uma das laran&as coloca-se/ ;ma fava de anis-estrelado6 um $ou#uin!o de $7 de lrio-
florentino6 umas fol!in!as de salsa6 umas gotin!as de mel de abel!as e uma $itadin!a de canela em $7. 9e$õe-se as
tam$in!as em cada laran&a e arruma-se num $rato do igb" da Oxun. O $rato dever" ser colocado sobre a so$eira, no
lugar da tam$a. ste adim* $ermanece cinco dias sobre o igb" e é des$ac!ado, envolto num $ano amarelo, na beira
de um rio de "guas lim$as.
O mesmo adim* acima descrito $ode ser feito, substituindo-se as laran&as $or ovos de galin!a. <este caso,
abre-se os ovos em cima, sem #ue se #uebre as cascas em demasia, escorre-se as claras deixando somente as
gemas dentro das cascas. Acrescenta-se os mesmos ingredientes dentro dos ovos. <este caso ferve-se ligeiramente
um mol!o de agri%o e, de$ois de frio, fa-se um nin!o #ue ser" colocado no $rato $ara abrigar os ovos de forma #ue
n%o virem $ara #ue n%o se entornem os seus conte*dos.
=entro de um boneco de $ano branco (do mesmo sexo da $essoa #ue se #uer atingir) coloca-se/ ;m $a$el de
embrul!o usado com o nome da $essoa escrito cinco vees6 cinco gotas de 7leo de rcino6 uma fol!a de ir@o6 uma
fol!a de urtiga (;rtica urens, .)6 cinco agul!as de costura6 cinco gr%os de ataré6 um $ouco de lama do fundo do rio e
um $ouco de aougue. ste boneco fica, durante cinco dias, diante de Oxun, de cabeça $ara baixo e de costas $ara
o igb" (sem velas acesas). <o fim dos cinco dias, retira-se o boneco, embrul!a-se em $ano $reto, leva-se + uma
mata e $endura-se, de cabeça $ara baixo, num gal!o de "rvore seca.
OE!E"DA# A "A"1
Coin!a-se, em "gua de $oço sem sal, PG es$igas de mil!o verde e deixa-se de lado. <uma $anela de barro
coloca-se uma cebola roxa $icada6 comin!o em gr%os6 uma fol!a de louro6 um $ou#uin!o de orégano6 um $ouco de
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gengibre ralado e aeite de dend'. =eixa-se ferver $or meia !ora e coloca-se, dentro da $anela, uma $orç%o de fub"
de mil!o vermel!o
vermel!o bem fino. 0ai-se
0ai-se mexendo
mexendo en#uanto
en#uanto coin!a, até #ue engrosse como um mingau. 9etira-se do
fogo, coloca-se as PG es$igas coidas com as $ontas $ara cima e, de$ois de frio, oferece-se + <an% na mesma
$anela. =e$ois de PG dias, leva-se + um $ntano e se enterra com $anela
$anela e tudo.
- (ara saúde.
1ega-se PG broas de mil!o, $assa-se no cor$o da $essoa e vai-se arrumando num alguidar de barro. =e$ois
#ue todas as broas &" estiverem no alguidar rega-se com aeite de dend' e vin!o tinto seco, sal$icando-se $or cima
$7 de efun. =eixa-se diante do Orix" durante PG dias, findos os #uais, retiram-se as broas, substituindo-as $or outras,
agindo sem$re da mesma forma. As broas retiradas s%o levadas e des$ac!adas na $orta do cemitério. A o$eraç%o
deve ser re$etida até #ue a $essoa fi#ue curada.
5orra-se, bem torrada, uma mistura de mil!o vermel!o, fei&%o fradin!o e amendoim. Coloca-se tudo dentro de
uma cabaça aberta no $escoço. Coin!a-se uma boa #uantidade de can&ica e coloca-se dentro da mesma cabaça.
Acrescenta-se PG gr%os de ataré6
ataré6 um $ouco de mil!o de $i$oca #ue, de$ois de torrado, n%o se ten!a abert
aberto6
o6 PG gr%os
de lele@un6 PG favas de be&ere@un6 $7 de $eixe defumado e $7 de e@u defumado. Nec!a-se a cabaça enrolando-a
toda com $al!a-da-costa. =eixa-se $or PG dias diante do Orix". =e$ois $endura-se atr"s da $orta de casa ou do local
de trabal!o.
Assa-se, no forno, PG fatias de berin&ela. =e$ois de assadas unta-se com aeite de dend'6 mel de abel!as
abel! as e
ori-da-costa. Arruma-se num alguidar e cobre-se com $i$ocas. 9ega-se com vin!o tinto seco. =es$ac!a-se, de$ois
de PG dias, na beira de um $oço #ue ten!a "gua $ot"vel.
PG cebolas roxas descascadas e fritas em aeite doce6 PG es$igas de mil!o verde assadas na brasa6 PG
rodelas de ai$im coido com casca6 mil!o torrado e $i$oca feita no dend'. Arruma-se, num alguidar, $rimeiro o mil!o
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torrado e as $i$ocas. 1or cima dis$õe-se as rodelas de ai$im, as es$igas e as cebolas. 9ega-se com aeite de d
dend'
end'
e deixa-se PG dias diante de <an%. =es$ac!a-se no mato.
;ma $anela de barro média6 PG gemas de ovos de gansa6 PG $imentas-da-costa6 PG b*ios6 osun6 efun6 u"&i6
um $ouco de lama de $ntano6 um $ouco de mil!o torrado6 $eixe defumado6 aeite de dend'6 PG col!eres de aeite
de am'ndoas6 os $edidos #ue se dese&a obter escritos em $a$el de embrul!o. Coloca-se o $a$el dentro da $anela e
todos os ingredientes $or cima6 com$leta-se com can&ica branca
b ranca e deixa-se diante de <an% $or PG dias. =es$ac!a-se
num $ntano.
2etade
2etade de uma cabaça bem lim$a $or dentro6 PG moedas $e#ueninas6
$e#ueninas6 PG gr%os de mil!o de $i$oca #ue n%o
ten!am estourado ao se faer $i$ocas $ara Omol*6 PG $edacin!os de coco seco6 PG sementes de anis estrelado6
aeite de dend'6 um $ouco de melado de cana6 aeite de dend'. screve-se, num $a$el #ual#uer, o #ue se dese&a de
<an%. Coloca-se o $a$el dentro da cabaça e coloca-se todos os ingredientes $or cima. Com$leta-se com can&ica
branca e rega-se com "gua de flor de laran&eira. =eixa-se nos $és de <an% $or PG dias. =es$ac!a-se nas "guas de
um rio.
OE!E"DA# A O$+MA!E
Coin!a-se uma batata doce e amassa-se bem, formando uma es$écie de $ur'. Coloca-se a massa dentro de
um alguidar de barro e tem$era-se com $7 de ataré6 $7 de be&ere@un6 lele@un e bastante aeite de dend'. Arreia-se
$ara Oxumar' e deixa-se $or PU dias. =es$ac!a-se no mato.
Com a massa de uma batata doce coida, modela-se uma cobra dentro de uma travessa de barro. Ao redor da
cobra, arruma-se PU ovos de galin!a nos #uais colocou-se, $or uma $e#uena abertura feita numa das extremidades,
os seguintes ingredientes ($ara cada ovo)/ P gr%o de ataré6 P semente de fava de arid%6 P semente de be&ere@un e P
gr%o de lele@un. Arreia-se diante do Orix" e des$ac!a-se, no dia seguinte, nos $és de uma "rvore frondosa.
Coin!a-se U batatas doce, amassa-se e mistura-se ao $ur', $7 de aridan e sementes de lele@un. Com a $asta
obtida modela-se PU bolas. =e$ois de $rontas as bolas de batata doce, rola-se as mesmas sobre farin!a de acaç" até
#ue fi#uem bem envolvidas. <uma travessa de barro, arruma-se as PU bolas ao redor de um $argo assado ao forno.
4obre cada bola de in!ame coloca-se uma $imenta ataré, uma moeda e um b*io $e#uenino. 9ega-se com aeite de
dend' e deixa-se diante de Oxumar' de um
u m dia $ara o outro. =es$ac!a-se em "gua corrente.
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OE!E"DA# A $A"GY
Coin!a-se um in!ame-da-costa. Com o in!ame coido e descascado fa-se uma massa + #ual acrescenta-se/
aeite de dend'6 mel de abel!as6
a bel!as6 $7 de $eixe defumado e orogb ralado. =e$ois de bem misturado fa-se seis bolas.
m cima de cada bola se coloca uma moeda de cobre. Arruma-se no centro de uma gamela de madeira e, ao redor,
coloca-se
coloca-se seis sa$ots
sa$ots (Ac!ras
(Ac!ras sa$ota,
sa$ota, .) bem maduros.
maduros. =eixa-se aos $és do Orix"
Orix" durante
durante seis dias. nvolve-se
nvolve-se
num $ano vermel!o e leva-se aos $és de uma $almeira im$erial (Oreodoxa regia).
;m talo de fol!a de afom% (Nicus 2embranacea)6 um $edaço de gal!o de cedro (Cedrela mexicana)6 osun6
efun e ori-da-costa. 9as$a-se talo de afom% e o gal!o de cedro. O $7 obtido é misturado aos demais ingredientes e
com a massa resultante, fa-se uma bola #ue dever" ficar, $or seis dias, dentro da gamela de 8ang. =es$ac!a-se o
mais $r7ximo $ossvel do local onde a $essoa estiver detida e, se isto n%o for $ossvel, no alto de uma $edra de onde
se aviste a cidade.
mbrul!a-se, em $ano vermel!o, seis varetas ou $alitos de cedro6 seis $imentas ataré6 seis gr%os de mil!o
torrados6 um $ou#uin!o de $7 de $eixe defumado6 um orogb inteiro e uma fol!a de cedro. Amarra-se bem amarrado
com lin!a branca e deixa-se dentro da gamela de 8ang. <o dia da audi'ncia ou &ulgamento, a $essoa deve $ortar o
embrul!in!o num de seus bolsos.
1ega-se seis ovos de galin!a dXAngola e unta-se as cascas com/ Aeite de dend'6 mel de abel!as6 ori-da-
costa6 $7 de efun e $7 de osun. Coloca-se numa gamela ou alguidar de barro e so$ra-se, em cima, vin!o tinto e
aguardente de cana. =eixa-se diante de 8ang $or seis dias e de$ois, $assa-se os ovos na $essoa, embrul!a-se em
$ano vermel!o e des$ac!a-se aos $és de uma $almeira im$erial.
Com$ra-se o rom% mais bonito #ue se $uder encontrar, abre-se a fruta ao meio no sentido vertical e retira-se,
de seu interior, todas as sementes. Coloca-se, no lugar das sementes, um $ou#uin!o de osun6 um $edacin!o do talo
de comigo-ninguém-$ode6 um $ou#uin!o de ras$a de $7 de cedro6 um $ou#uin!o de ras$a de madeira de ir@o6 seis
ataré6 um $ou#uin!o de aeite de dend'6 mel de abel!as e um $ou#uin!o de canela em $7. ;ne-se as duas $artes do
rom%, envolve-se
envolve-se num $edaço de $ano vermel!o e enrola-se
enrola-se bem, com lin!a branca. =errete-se,
=errete-se, em ban!o-mar
ban!o-maria,
ia,
uma #uantidade de cera de abel!as. <a cera derretida vai-se mergul!ando e retirando a bone#uin!a de $ano com a
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fruta dentro, dando-se voltas $ara #ue a cera fi#ue aderida ao tecido. 9e$ete-se a o$eraç%o até #ue se transforme
numa bolota de cera. =eixa-se secar até #ue a cera fi#ue bem durin!a e, somente ent%o, coloca-se dentro da gamela
de 8ang, onde dever" $ermanecer até #ue a graça se&a alcançada. =e$ois de atendido o $edido feito ao Orix",
des$ac!a-se a bolota nos $és de uma $almeira real.
Jordura de coco, cebola, $iment%o vermel!o, camar%o s'co, comin!o, orégano, louro verde, tomates, #uiabo,
farin!a de acaç" e aeite de dend'. 1ica-se a cebola,
cebola , o $iment%o, os tomates e os #uiabos (estes em rodelin!as bem
finas). Coloca-se a farin!a $ara coin!ar, com "gua, em fogo brando, deixando engrossar um $ou#uin!o. <uma
$anela + $arte coloca-se uma col!er de gordura de coco, uma $itada de comin!o, uma de orégano, a fol!a de louro, a
cebola $icadin!a, o $iment%o e o tomate. s$era-se cinco minutos e acrescenta-se o camar%o s'co, o #uiabo e o
mingau #ue foi coido em se$arado. Coloca-se um $ouco de dend' (se $ossvel a $asta c!amada bambarra). =eixa-
se coin!ar em fogo brando $or a$roximadamente uma !ora. Fuando estiver coido retira-se do fogo e se derrama
tudo numa gamela. 4e$ara-se uma $orç%o num alguidar $ara ser oferecida a x*. =e$ois de entregar-se a $arte de
x*, oferece-se o adim* nos $és de 8ang, sacode-se o xeré e vai-se $edindo o #ue se #uer em vo baixa e a
cabeça no c!%o. Acende-se duas velas e, no dia seguinte, des$ac!a-se aos $és de uma $almeira.
OE!E"DA# A UE@%
Coin!a-se
Coin!a-se P] $edaços
$edaços de mandioca
mandioca cortados em cubo. =e$ois de bem coidos, coloca-se
coloca-se numa $anela de
barro onde se acrescenta/ 2elado de cana6 mel de abel!as6 canela em casca e T favas de anis estrelado. =eixa-se
ferver em fogo brando durante vinte minutos. 9etira-se do fogo e, de$ois de frio, coloca-se + Ke",
Ke", deixando $or sete
dias com velas acesas. =es$ac!a-se num rio.
;m coraç%o de cera dentro do #ual se coloca os nomes das $essoas interessadas, escritos Q vees, um ao
lado do outro. O $a$el, de$ois de escrito, é enrolado em forma de canudo e atravessado $or sete agul!as de coer.
Coloca-se o tubin!o dentro do coraç%o de cera e acrescenta-se/ ;ma fol!a de abre camin!o6 uma fol!a de elevante6
sete $étalas de rosa vermel!a6 um $edaço de talo de comigo-ninguém-$ode6 um $ouco de $7 de osun6 $7 de $eixe
defumado6 mil!o torrado6 aeite
aeite de dend' e mel de abel!as. Coloca-se o coraç%o dentro de uma $an
$anelin!a
elin!a de barro,
com$leta-se com aeite de oliva e entrega-se ao Orix", com uma vela de sete dias acesa e $edindo-se o #ue se #uer.
=es$ac!a-se num rio.
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Coin!a-se sete raes de mandioca $e#uenas, descascadas. Arruma-se numa travessa de barro e cobre-se
com/ melado de cana6 aç*car mascavo6 uma $imenta da costa em cima de cada rai de mandioca6 $edaços de coco
cortados em tiras finas e mel de abel!as. Arreia-se diante de Ke" e des$ac!a-se, sete dias de$ois, numa lagoa de
"gua doce.
<uma t"bua nova e lim$a #ue flutue, coloca-se um $argo sem escamas, do #ual foram retiradas todas as
entran!as. =entro do $argo coloca-se/ ;m $a$el no #ual se escreveu o #ue mais se dese&a na vida6 um $ouco de
$i$oca6 Q gr%os de $imenta-da-costa6 sete $edacin!os de coco seco6 osun6 lele@un6 sete $étalas de rosa vermel!a6
mel de abel!as e aeite de dend'. Costura-se a barriga do $eixe, coloca-se em sua boca um anol de $esca e
arruma-se, em cima da t"bua, com sete velas acesas em volta. ntrega-se nas "guas de uma lagoa, #ue se&am
tran#Hilas, $ara #ue a t"bua flutue na su$erfcie. ste adim* tem #ue ser oferecido + noite, com céu estrelado e lua
crescente.
1re$ara-se uma boa #uantidade de $i$ocas, arro branco coido e can&ica coida. Coloca-se, numa travessa
de barro, $rimeiro uma camada de arro6 $or cima, uma camada de can&ica e, finalmente, a $i$oca. 4obre tudo isto,
es$al!a-se uma boa $orç%o de camarões fritos em aeite de dend' (sem lim$ar, a$enas lavados). 9ega-se com
aeite de dend' e enfeita-se com rodelas de tomate. Ar
Arreia-se
reia-se aos $és de Ke" $or sete dias com duas velas acesas.
=es$ac!a-se, + noite, aos $és de uma "rvore
" rvore #ue d' flores.
1ega-se um $eixe de taman!o médio #ue se lim$a e corta em $ostas. Com a cabeça do $eixe $re$ara-se um
$ir%o de farin!a de mandioca, ao #ual se acrescenta fol!as de coentro e alguns gr%os de ataré. As $ostas s%o
coidas com $iment%o6 coentro6 anis estrelado em $7 e gengibre ralado. \ $arte, frita-se em aeite dend', sete
camarões grandes, com cabeça e casca. Norra-se uma travessa de barro com bastante fol!as de alface, sobre elas
derrama-se o $ir%o de$ois de frio6 arruma-se as $ostas de $eixe e coloca-se $or cima os camarões fritos. Bate-se as
claras de sete ovos até #ue atin&am o $onto-de-neve e com isto, cobre-se todo o adim*. <o centro, sobre a clara,
coloca-se um obi de #uatro gomos aberto. ste adim* deve ser entregue + Ke" na beira de um lago ou rio de "guas
mansas e lim$as, em noite de céu estrelado. Os $edidos #ue forem
f orem feitos s%o endereçados ao firmamento e o adim*,
antes de ser arriado, deve ser mostrado aos #uatro $ontos cardeais, começando-se $elo este, de$ois o norte, o oeste
e o sul.
41
cortados
cortados em rodelas.
rodelas. 4obre cada rodela de ovo coido
coido coloca-se
coloca-se um $ou#uin!o
$ou#uin!o de cebola branca
branca ralada.
ralada. <o meio
coloca-se um tomate cortado em #uatro, sem as sementes, dentro do #ual se coloca um obi de #uatro gomos. Arreia-
se nos $és de Ke" com velas acesas e des$ac!a-se, de$ois de sete dias, nas margens de um rio de "guas lilim$as.
m$as.
5orra-se fei&%o fradin!o, mil!o vermel!o e amendoim. Coloca-se num alguidar e cobre-se com mel de abel!as,
vin!o branco e canela em $7. Arreia-se aos $és do Orix" ou na beira de um la
lagoa,
goa, com duas velas acesas.
OE!E"DA# [ OIU%
Nrita-se,
Nrita-se, no dend',
dend', nove $eixes de "gua doce $e#uenos.
$e#uenos. Arruma-s
Arruma-se
e numa travessa
travessa de barro.
barro. 1re$ara-se
1re$ara-se,, +
$arte, um mol!o com/ cebola branca6 $iment%o vermel!o6 $imenta do reino6 tomate6 vin!o tinto e camar%o seco.
1ronto o mol!o, derrama-se sobre os $eixin!os fritos e enfeita-se com fol!as de alface. =eixa-se nos $és de O3" $or
#uatro dias e des$ac!a-se num bambual.
=escasca-se Y cebolas roxas das $e#uenas e frita-se, inteiras, em aeite de dend'. Coloca-se as cebolas e o
7leo #ue sobrou da fritura numa $anela de barro e, $or cima, coloca-se/ 2il!o torrado6 fei&%o fradin!o torrado6 v"rios
$edacin!os
$edacin!os de coco seco6 um co$o de vin!o rosado6 um $ou#uin!o de melado de cana6 $7 de ataré e $7 de osun.
ntrega-se diante do igb" ou dentro de uma mata.
scol!e-se Y berin&elas bem bonitas, abre-se e frita-se, ligeiramente, em aeite de dend'. As berin&elas ser%o
rec!eadas com o seguinte/ Coin!a-se um $ouco de fei&%o fradin!o descascado e amassa-se bem amassadin!o. \
massa de fei&%o acrescenta-se cebola branca bem $icadin!a6 camar%o seco modo6 ataré em $7 e osun. 2istura-se
bem estes ingredientes + massa de fei&%o fradin!o e rec!eia-se as berin&elas. Arruma-se tudo numa travessa de
barro, rega-se com aeite de dend' e arreia-se nos $és do Orix". =es$ac!a-se #uatro dias de$ois, no local indicado
$elo &ogo.
1re$ara-se um bom mol!o com $iment%o, tomate, cebola, al!o e aeite de dend'. 1re$ara-se Y acara&és.
4obre cada acara&é coloca-se um gr%o de ataré e uma moeda de cobre. Arruma-se os acara&és numa travessa de
barro forrada com fol!as de bambu e rega-se tudo com o mol!o. Arreia-se aos $és de O3" e des$ac!a-se, de$ois de
Z dias num bambual.
=entro de uma lngua de vaca, coloca-se/ Y gr%os de ataré6 Y agul!as6 uma $itada de osun6 Z gr%os de mil!o
torrado6 Z $edacin!os de casca de ir@o e aeite de dend'. nrola-se a lngua muito bem enrolada com lin!a
vermel!a6 coloca-se num $rato ou alguidar de barro e deixa-se aos $és de O3" $or #uatro !oras sem acender velas.
42
5ranscorridas as #uatro !oras, $ega-se a lngua, leva-se a um $é de flamboa3ant(1oinciana regia) e amarra-se num
de seus gal!os.
1ega-se um $é de boi (com$rado no açougue)6 retira-se uma $arte do tutano e coloca-se ali/ O nome da
$essoa #ue se #uer ver $elas costas escrito no mesmo $a$el em #ue o $é de boi foi embrul!ado6 Y gr%os de ataré6 Y
agul!as6 Y gotas de aougue6 W $enas
$ enas de asa de andorin!a6 uma aleta (nadadeira) de $eixe6 $7 de estrada e areia da
$raia. nrola-se o $é num $ano vermel!o, amarra-se bem amarrado com lin!a vermel!a. Arruma-se tudo numa
travessa de barro e a$resenta-se + O3", sem arriar. 1ede-se o afastamento da $essoa (nunca o seu mal), leva-se
$ara o #uintal ou $ara #ual#uer
#ual #uer lugar fora de casa e enterra-se o embrul!o.
1re$ara-se um boa #uantidade de $i$ocas feitas no aeite de dend', coloca-se num balaio e oferece-se + O3"
&unto com Obalua3e. 1re$ara-se, em vasil!as se$aradas $ara cada Orix",
Orix", uma mistura de vin!o seco com canela em
$7 e mel de abel!as. Acende-se uma vela $ara cada Orix" e des$ac!a-se na $orta do cemitério.
scol!e-se uma berin&ela grande e bonita, corta-se em Y fatias, frita-se em 7leo de am'ndoas. Corta-se, ao
meio, uma cabaça de $escoço, lim$a-se $or dentro e arruma-se ali as rodelas de berin&ela fritas. 5em$era-se com $7
de $eixe defumado, $7 de $re"6 osun e efun. A cabaça é fec!ada e amarrada com fita vermel!a. Coloca-se num
alguidar e deixa-se diante do igb" de O3" até o final da gravide. =e$ois #ue a criança nascer deve ser mostrada ao
Orix" e s7 ent%o, a cabaça ser" des$ac!ada num $é de a@o@.
Nrita-se Y $edaços de mandioca cortados em rodela (n%o retirar a casca). Os $edaços de mandioca s%o fritos
em aeite de dend', em fogo brando $ara #ue fi#uem bem $assadin!os. <um alguidar arruma-se/ Os Y $edaços de
mandioca
mandioca fritos6 Y es$igas
es$igas de mil!o verde descascadas
descascadas e lim$as6
lim$as6 Y acara&és6 Y obs vermel!os
vermel!os (de #uatro
#uatro gomos)6
gomos)6
mil!o torrado6 fei&%o fradin!o torrado6 aeite de dend'6 mel de abel!as e $7 de efun. =eixa-se Y dias diante de O3" e
des$ac!a-se numa $raça $*blica com Y velas acesas.
1re$ara-se uma massa id'ntica + do acara&é e deixa-se de lado. 1re$ara-se um mol!o com cebola roxa6
comin!o6 orégano6 camar%o seco6 vin!o tinto e aeite de oliva. Com a massa do acara&é, $re$ara-se Y bolin!os com a
forma de $%ein!os, sem contudo frit"-los6 arruma-se os bolin!os numa travessa de barro e es$al!a-se o mol!o $or
cima. =e$ois acrescenta-se/ mil!o torrado6 aeite de dend'6 7leo de am'ndoas e $imenta-da-costa. Coloca-se o
adim* diante do Orix" $or Y dias e des$ac!a-se, de$ois, dentro de uma mata.
43
Corta-se ao meio uma maç% vermel!a6 retira-se as sementes e um $ouco da $ol$a, faendo um buraco onde
se introdu/ ;m $a$el com os nomes das $essoas6 um $edacin!o de fol!a de comigo-ninguém-$ode6 um $edacin!o
de abre-camin!o6 um $ou#uin!o da $oeira da frente das casas das duas $essoas. Nec!a-se a maç%, amarra-se com
fita vermel!a dando nove voltas e, em cada volta, um n7. A maç% é colocada num $rato e regada com mel de
abel!as, de$ois do #ue, é oferecida ao Orix" com os $edidos corres$ondentes. =es$ac!a-se aos $és de um
Coloca-se numa cesta diante de O3", os seguintes ingredientes/ Y berin&elas6 Y ec7s6 Y acara&és6 Y ovos de
galin!a d[Angola6 Y es$igas de mil!o verde descascadas6 Y &ambos (ugenia malacenses)6 Y obs6 Y $edaços de coco
seco e Y favas de ataré inteiras. 5odos os dias, durante Y dias, a $essoa $ega um de cada com$onente colocado na
cesta, $assa no cor$o, transfere $ara um alguidar colocado ao lado e acende uma vela $edindo o #ue dese&a. <o
nono dia $ega o alguidar,
alguida r, leva $ara um bambual e arria ali, com nove velas acesas.
Coin!a-se, em "gua de $oço sem sal, meio #uilo de tremoços (lu$inus luteus). 1ega-se os tremoços &"
coidos, coloca-se numa $anela de barro e &unta-se uma cebola roxa $icada6 comin!o em gr%os6 uma fol!a de louro6
um $ou#uin!o de orégano6 um $ouco de gengibre ralado e aeite de dend'. =eixa-se ferver $or meia !ora e coloca-
se, dentro da $anela, uma $orç%o de fub" de mil!o vermel!o bem fino. 0ai-se mexendo en#uanto coin!a, até #ue
engrosse como um mingau. 9etira-se do fogo e, de$ois de frio, oferece-se a Omolu na mesma $anela. =e$ois de
sete dias leva-se + uma mata e se enterra com $anela e tudo.
1ega-se
1ega-se Q aren#ues
aren#ues defumados,
defumados, arruma-se
arruma-se dentro de um $rato de barro e se tem$era
tem$era com aeite de dend'6
mel de abel!as6 melado de cana e vin!o tinto seco. Arreia-se diante de Omolu e, de$ois de sete dias, $assa-se o
$rato com o adim* no cor$o da $essoa enferma, leva-se a uma mata e enterra-se com tudo.
(ara saúde.
1ega-se PZ $%ein!os de sal frescos, $assa-se no cor$o da $essoa e vai-se arrumando num alguidar de barro.
=e$ois #ue todos os $%es &" estiverem no alguidar rega-se com aeite de dend' e vin!o tinto seco, sal$icando-se $or
cima $7 de efun. =eixa-se diante do Orix" durante sete dias, findos os #uais, retiram-se os $%es substituindo-os $or
outros, agindo sem$re da mesma forma. Os $%es retirados s%o levados e des$ac!ados na $orta do cemitério. A
o$eraç%o deve ser re$etida até #ue a $essoa fi#ue curada.
Coin!a-se uma #uantidade de tremoços misturada com a mesma $orç%o de fei&%o fradin!o. =e$ois de coida
a mistura, coloca-se num alguidar de barro e tem$era-se com aeite de dend', $7 de $eixe defumado6 $7 de $re"
44
defumada6 aeite de am'ndoas e vin!o tinto. Cobre-se com uma $orç%o de $i$ocas estouradas em aeite de dend'.
=eixa-se diante do Orix" $or sete dias e des$ac!a-se no mato.
1ega-se sete berin&elas, $arte-se ao meio e frita-se ligeiramente em aeite de dend'. Arruma-se os PZ $edaços
de beringela num reci$iente de barro e, sobre cada um, coloca-se uma bolin!a de ori-da-costa com um gr%o de ataré
em cima. 5em$era-se com aeite de dend', melado de cana e vin!o tinto. Cobre-se com $i$ocas feitas na areia e
arreia-se nos $és de Omol*, deixando $or sete dias.
dia s. =es$ac!a-se nos $és de uma "rvore dentro da mata.
1re$ar
1re$ara-s
a-se
e o mesmo
mesmo adim*
adim* descri
descrito
to no ite
item
m anteri
anterior
or,, substi
substitui
tuindo
ndo as bering
beringela
elass $or cebolas
cebolas roxas.
roxas. O
$rocedimento é absolutamente id'ntico.
5orra-se,
5orra-se, bem torrada, uma mistura de mil!o vermel!o6 fei&%o fradin!o6 fei&%o $reto6 tremoços6 arro com casca,
amendoim e mil!o branco. Coloca-se tudo dentro de uma cabaça aberta no $escoço. Acrescenta-se PZ b*ios
fec!ados e todos os gr%os de ataré contidos numa fava. Coloca-se ainda, $7 de osun, u"&i, $7 de efun, arid% ralada,
PZ gr%os de lele@un,
lele@un, PZ favas de be&ere@un,
be&ere@un, um $edacin!o
$edacin!o de carv%o
carv%o vegetal, $7 de $eixe defumado
defumado e $7 de cotia
defumada. Nec!a-se a cabaça enrolando-a toda com $al!a-da-costa. =eixa-se $or PZ dias diante do Orix" e de$ois,
$endura-se atr"s da $orta de casa ou do local de trabal!o.
O mesmo trabal!o descrito acima, usando-se uma cabacin!a $e#uena #ue $ossa ser $endurada no retrovisor
de um carro. <este caso, todos os ingredientes $odem ser utiliados em uma *nica unidade, em ve de #uatore.
Assa-se no forno PG $edaços de in!ame com casca. =e$ois de assados unta-se com aeite de dend', mel de
abel!as e ori-da-costa. Arruma-se num alguidar e cobre-se com $i$ocas. 9ega-se com vin!o tinto seco. =es$ac!a-
se, de$ois de sete dias, na mata.
4ete cebolas roxas descascadas e fritas em aeite doce6 sete es$igas de mil!o verde assadas na brasa6 sete
rodelas de $%o de sal6 sete rodelas de ai$im coido com casca6 mil!o torrado6 tremoços e $i$oca feita no dend'.
Arruma-se num alguidar, $rimeiro o mil!o torrado e os tremoços. 1or cima dis$õe-se as rodelas de ai$im, as fatias de
$%o, as es$igas e as cebolas. 9ega-se com aeite de dend' e cobre-se com as $i$ocas. =eixa-se sete dias diante de
Omolu e des$ac!a-se no mato.
Coin!a-se sete bananas da terra, retira-se as cascas e amassa-se bem com um garfo. \ banana amassada
adiciona-se mel e um $ou#uin!o de aeite de dend'. 2istura-se bem, sem$re amassando e mexendo com um garfo.
45
Coloca-se a massa dentro de um alguidar, arruma-se $or cima sete fatias de $%o e cobre-se com $i$ocas feitas na
areia. 5em$era-se com aeite de dend' e vin!o tinto. =eixa-se nos $és do Orix" de um dia $ara o outro e des$ac!a-
se no mato.
4ete frutas-de-conde (Anona s#uamosa, .)6 sete bananas da terra e sete es$igas de mil!o verde sem casca.
Arruma-se num alguidar e rega-se com melado de cana e vin!o tinto seco. =es$ac!a-se, de$ois de sete dias,
$r7ximo a um formigueiro.
<uma cesta de $al!a arruma-se sete frutas-$%o (Artoca$us incisa)6 sete frutas-do-conde6 sete es$igas de mil!o
secas6 setes bananas da terra maduras6 sete tamarindos (5amarinus indica, .)6 sete obs e sete orogbs. nfeita-se
a gosto com fol!as de canela-de-vel!o (Vinnia legans) e deixa-se $or sete dias diante do Orix". =es$ac!a-se no
mato.
OE!E"DA# A OBA*A,%
0ira-se ao contr"rio a tam$a da so$eira de Obatal", deixando-a sobre a so$eira. Norra-se o interior da tam$a
com algod%o em rama. Bate-se oito, de ou deesseis claras de ovos como na receita anterior. Coloca-se o
merengue (claras batidas em neve), sobre o algod%o na tam$a da so$eira, de modo #ue forme um monte. 4al$
4al$ica-se
ica-se
$7 de efun no alto do monte de claras. Acende-
Acende-se
se T, PR ou P] velas brancas. <o dia seguinte,
seguinte, recol!
recol!e-se
e-se o adim*,
adim*,
envolve-se num $ano branco, e des$ac!a-se numa mata lim$a, em local $rotegido dos raios solares. A tam$a, de$ois
de lavada, fica no seu lugar
l ugar normal.
(ara reJerenciar Oatalá. Coin!a-se uma boa #uantidade de can&ica, lava-se em "gua corrente e escoa-se
- (ara
bem, deixando $or algum tem$o numa $eneira, até #ue fi#ue bem se#uin!a. Coloca-se numa tigela branca e rega-se
com "gua de flor-de-laran&eira. Cobre-se com algod%o em rama. 1or cima do algod%o, coloca-se um ob branco de
#uatro gomos aberto.
1rocede-se da mesma forma acima descrita, s7 #ue, sobre o algod%o, coloca-se #uatro de $edaços de coco
(sem as $elculas $retas) e, sobre eles, uma bolin!a de ori-da-costa misturada com $7 de efun. 1ode-se, se #uiser,
cobrir tudo com merengue.
46
1re$ara-se T, PR ou P] acaç"s. Coin!a-se uma boa #uantidade de can&ica #ue, de$ois de bem lavada e
escorrida, é colocada numa bacia branca de "gata ou de louça. Arruma-se, sobre a can&ica, um n*mero de fol!as de
sai%o (Ialanc!oe brasiliensis), #ue corres$onda ao n*mero de acaç"s #ue se vai oferecer. 4obre cada fol!a, coloca-
se um acaç" aberto. m cima de cada acaç" coloca-se um b*io e um $ou#uin!o de mel de abel!as. =eixa-se nos
$és do Orix" de um dia $ara o outro e des$ac!a-se em "gua corrente lim$a. (A bacia volta $ara casa).
- (ara rolemas de caminPos fecPados. Coin!a-se uma boa #uantidade de can&ica e se$ara-se a "gua em
#ue foi coida. Coloca-se a can&ica numa tigela branca grande. 1ega-se um igbn, meio metro de morim branco, uma
garrafa com "gua de c!uva e uma vela branca grande. eva-se tudo ao alto de um morro e, num lugar lim$o sob a
sombra de uma "rvore, arreia-se a tigela com a can&ica sobre o $ano branco. 2ol!a-se o igbn, e coloca-se sobre a
can&ica dentro da tigela. =es$e&a-se o resto da "gua sobre o igbn, &" sobre a tigela. Acende-se a vela, bate-se cabeça
$edindo-se + Obatal" #ue, assim como a#uele igbn vai encontrar seu camin!o dentro da mata, #ue o camin!o da
$essoa se&a aberto $ara o $rogresso, a $a e a !armonia. Ao retornar, toma-se ban!o com a "gua da can&ica coida
misturada com "gua de $oço. 0este-se rou$a branca durante tr's dias e observa-se resguardo de boca e de cor$o.
Nrita-se T, PR ou P] $eixin!os brancos em 7leo de girassol (Seliantus annuus). Coin!a-se arro branco, como
se fosse $ara comer, sem usar sal. Coloca-se o arro coido, de$ois de frio, num $rato branco e sobre ele arruma-se
os $eixin!os fritos com as cabeças viradas $ara fora. <o centro, sobre o arro, coloca-se um $%oin!o de trigo in
inteiro,
teiro,
regado com mel de abel!as. A $essoa #ue oferece o adim* deve, de$ois de entreg"-lo, comer um $ou#uin!o do
arro, retirando-o do $rato, sem usar as m%os, diretamente com a boca.
- (ara roteRFo.
Coin!a-se um in!ame-da-costa. =escasca-se, de$ois de coido, e amassa-se bem, faendo uma es$écie de
$ur'. Com a massa obtida, modela-se com as m%os, T, PR ou P] bolas, em cada bola es$eta-se uma moeda branca.
=errete-se uma $orç%o de ori-da-costa e escorre-se um $ouco do 7leo sobre cada uma das bolas de in!ame.
Acrescenta-se $7 de efun e cobre-se tudo com algod%o em rama. =eixa-se nos $és de Obatal" $or #uatro dias e
des$ac!a-se aos $és de uma "rvore frondosa, dentro da mata.
1ega-se
1ega-se oito ovos de galin!a-dXangola
galin!a-dXangola,, unta-se
unta-se com ori-da-cos
ori-da-costa
ta e $7 de efun. Arruma-s
Arruma-se
e os ovos dentro
dentro da
tam$a da so$eira de Obatal" virada ao contr"rio. 5odos os dias, logo $ela man!%, $assa-se um ovo na $essoa
doente e se coloca num $rato no c!%o. Fuando se tiver feito a mesma coisa com o *ltimo ovo, embrul!a-se num
$ano branco, leva-se dentro de uma mata e bate-se com o embrul!o no tronco de uma "rvore bem grande, até sentir
#ue os ovos se #uebraram, deixa-se o embrul!o aos $és da "rvore e sobre ele, uma #uantidade de moedas
corres$ondente ao n*mero de ovos utiliados.
47
1ega-se uma fruta $%o #ue se abre em #uatro, ao com$rido, sem deixar #ue as $artes se se$arem. Coloca-se
a fruta aberta num $rato branco, acrescenta-se arro cru, coco ralado, mel de abel!as e $7 de casca de ovos. Cobre-
se tudo com algod%o em rama e deixa-se diante de Obatal" $or PR dias, renovando, diariamente, a vela acesa.
=es$ac!a-se, envolto em $ano branco, no alto de um
u m morro.
1ega-se dois $ombos brancos, lava-se $ara #ue fi#uem bem lim$in!os (usar na "gua, ervas de Obatal"),
deixa-se os bic!os, $or tr's dias, $resos numa gaiola em frente
frente ao igb" do Orix". <o terc
terceiro
eiro dia, leva-se as aves
$ara o #uintal, amarra-se no $é direito de uma delas o nome da $essoa #ue se dese&a ver livre e, na outra, o
endereço do local onde est" $resa. 4olta-se os $ombos sem &og"-los $ara o alto. Os $ombos devem ser colocados
no c!%o até #ue resolvam alçar vo, n%o $odem ser enxotados nem es$antados, é $reciso #ue $ermaneçam no local
o tem$o #ue #uiserem.
Oito, de ou deesseis es$igas de mil!o verde bem tenras. Assa-se as es$igas num braseiro e, #uando
estiverem assadas, unta-se com ori-da-costa e mel de abel!as. Coloca-se numa travessa branca, sal$ica-se bastante
$7 de efun e $7 de lrio fiorentino6 cobre-se tudo com algod%o e se oferece a Obatal", no alto de um morro + sombra
de um arvoredo, com tantas velas acesas #uantas forem as es$igas oferecidas.
9etira-se a casca de um coco seco6 rala-se a $ol$a e coloca-se numa tigela grande. :unta-se + isso um co$o
de leite de cabra,
cabra, oito col!eres de mel de abel!as6 oito fol!as de sai%o e uma bola de efun desfeita
desfeita em $7. Bate-se
Bate-se
bem a mistura no li#Hidificador. =e$ois de bem batida, coloca-se a mistura num tigel%o branco, cobre-se a tigela com
algod%o em rama e enc!e-se um $rato com arro branco cru. A tigela com o l#uido é colocada dentro do $rato, sobre
o arro. Coloca-se, &unto ao arro, uma boa #uantidade de moedas. =eixa-se nos $és de Obatal", de um dia $ara o
outro, com uma vela acesa. <o dia seguinte, des$e&a-se o l#uido da tigela num balde, acrescenta-se "gua de $oço e
toma-se um ban!o da cabeça aos $és. O arro deve ser coido $ara ser comido normalmente, com todos os
tem$eros comuns. As moedas s%o atiradas dentro do $oço de onde se retirou a "gua $ara o ban!o.
- Adimú de frutas.
Obatal" é um Orix" #ue $ode ser facilmente agradado com frutas. =entre as diversas frutas #ue $odem ser
oferecidas em seus adim*s, destacamos/ Coco verde ou seco, (sem$re #ue se oferecer coco seco a Obatal", é
im$rescindvel #ue se retire a $elcula escura #ue fica agarrada + $ol$a da fruta)6 uvas brancas ou rosadas6 laran&a
lima6 lima da 1érsia6 fruta-do-conde6 mel%o6 mam%o6 fruta-$%o (uma de suas $referidas)6 $'ssegos6 frutas secas
como/ $assas6 tmaras6 figos6 noes6 avel%s etc. (Observaç%o/ as frutas demasiadamente "cidas ou de cascas e
$ol$as vermel!as ou $retas, devem ser evitadas).
48
O +#O DO COCO
A utiliaç%o do coco é de tal forma $o$ulariada, #ue este vegetal c!ega a ser c!amado de ob, designando-se
o verdadeiro ob, como ob-@ola. O coco é utiliado como oferenda $rinci$al aos Orix"s, guns, x*s e até mesmo a
Ori, entrando em muitas formas de bor.
Fuando Obatal", dono do coco, reuniu todos os Orix"s $ara dar-l!es mando e !ierar#uia, isto foi feito embaixo
de um co#ueiro. Obatal" colocou aos $és de cada Orix" um coco $artido, $or isso, todos os Orix"s t'm direito ao
coco, embora o coco inteiramente descascado, se&a um direito exclusivo de Obatal".
5odos
5odos os Orix"s sentaram-se ao redor do co#ueiro $ara ouvirem com muito res$eito e atenç%o as instruções de
Obatal",
Obatal", com exceç%o
exceç%o de Obalua3e #ue se mostrou relutant
relutante
e em aceitar as ordens e orientações
orientações #ue l!e eram
dirigidas. Obatal" no entanto, conseguiu convenc'-lo e, com muita $aci'ncia, fe com #ue acatasse suas ordens e
orientações. =esde ent%o, n%o é $ossvel #ue se $roceda a nen!um ritual sem #ue se ofereça antes, coco aos guns
e aos Orix"s.
A# OE!E"DA# DE COCO.
4em$re #ue se #uiser oferecer coco a gun, x* ou Orix", o seguinte $rocedimento deve ser adotado/
scol!e-se um coco maduro, rom$e-se a casca externa, retira-se a $arte comestvel e &oga-se a casca grossa
fora.
A casca mais fina (es$écie de $elcula #ue fica agarrada + $arte branca) é mantida, exceto #uando a oferenda
é destinada + Obatal", #uando somente a $arte branca é ofertada). Corta-se #uatro $edaços de taman!os mais ou
menos e#uivalentes, lava-se bem estes #uatro $edaços, coloca-se num $rato branco com a $arte branca virada $ara
cima e arreia-se no $é do Orix" ao #ual se destina o sacrifcio. Os mesmos #uatro $edaços de coco oferecidos s%o
utiliados no &ogo $ara saber se o sacrifcio foi ou n%o aceito.
1ara cada entidade, embora o $rocedimento se&a o mesmo, existe uma saudaç%o diferente, de acordo com o
#ue se segue/
(ara ElearaL
(ara OunL
49
(o +o n* 6)(
(ara OxssiL
O4ss* Od% '(+( (+( '(+(
(ara $anQL
(o ()*s*8
(ara IeNiL
(ara IemanNáL
50
(ara OiaL
O*K( (:* o d( (:* ' 'o o'* n+* o' J (K.
A+(6)( n* ("(6)(
In ("(6)(n*.
(ara OxunL
E6)n* J*J*"*soJd
(ara OataláL
O)(+(1 O)(+(s*
O4( (* ((
(O coco oferecido a Obatal", deve ser com$letamente branco, ou se&a, é im$rescindvel #ue a $elcula escura
#ue o envolve se&a total e cuidadosamente retirada e #ue, de$ois disto, os $edaços a serem oferecidos se&am muito
51
(ara OaluaeL
Ag. &
( As sau$aç'es aqui con"i$as fora cole"a$as co a cola4oração $e sacer$o"es $a San"eria $e =u4a, on$e o h4i"o $e
oferecer(se coco aos Ori+s ) ui"-ssio $ifun$i$o. O i$ioa Ioru4a no qual ori%inalen"e seria fei"as sofreu $e"uraç'es
e o$ificaç'es
o$ificaç'es a"rav)s $os "eo
"eos,
s, influencia$
influencia$o
o que foi elo esanhol, l-n%ua oficial $aquele a-s. Pen"aos
Pen"aos $e "o$as as
foras ser o ais fiel oss-vel Uquilo que nos foi ce$i$o "ão %en"ilen"e, e, or es"e o"ivo, u4licaos os "e+"os co a
;ma forma efica de se agradar os Orix"s, muito usada na antigHidade, s%o as lam$arinas + eles acesas. As
mais tradicionais casas de ;mbanda, ainda $reservam, embora de forma #uase im$erce$tvel, este !"bito muito
eficiente $ara a obtenç%o de graças e favores dos Orix"s.
A facilidade de obter-se velas industrialiadas fe com #ue, gradativamente, este costume fosse abandonado e
#uase totalmente es#uecido. =evemos ressaltar, no entanto, #ue as lam$arinas s%o também consideradas como
adim*s
adim*s,, encont
encontran
rando-
do-se
se no mesmo
mesmo nvel
nvel como
como oferen
oferendas
das efi
efica
caes
es e #ue n%o $odem
$odem cair
cair no es#uec
es#uecime
imento
nto,,
subs
substititu
tud
das
as $or
$or velas
velas de $araf
$arafin
ina
a #ue
#ue s7 signi
signific
ficam
am,, $ara
$ara os Or
Orix
ix"s
"s,, a $res
$resenç
ença
a do elem
elemen
ento
to fo
fogo
go,, n%
n%o
o
re$resentando $ortanto, um sacrifcio com$leto como é o caso das lam$arinas.
<a tentativa de resgatar este rito, #ue como tantos outros foram deixados de lado, a$resentamos neste
trabal!o, uma coletnea de lam$arinas #uase #ue totalmente es#uecidas no Brasil mas #ue funcionam de forma
eficiente e r"$ida, conforme $udemos verificar nas 4anterias de Cuba, no culto de 1alo 2a3ombe, e nas diversas
manifestações religiosas afro-americanas existentes no Caribe.
s$eramos estar contribuindo mais um $ouco, na substituiç%o do sacrifcio animal de forma desregrada e
abusiva como vem sendo $raticado $or sacerdotes #ue, infelimente, n%o con!ecem o verdadeiro sentido nem o
momento exato em #ue tais sacrifcios tornam-se insubstituveis.
52
;ma $anela média de barro6 Y $imentas-da-costa6 um co$o de "gua de c!uva6 um co$o de "gua de $oço6 "gua
de rio6 G col!eres de mel-de-abel!as6 G col!eres de melado de cana6 G col
col!eres
!eres de aeite de dend'6 uma $itada de $7
de $eixe defumado6 Y gr%os de mil!o torrado6 uma lata de aeite de oliva. 2isturar todos os ingredientes dentro da
$anela de barro deixando o aeite de oliva $ara o fim. Colocar Y mec!as e acender $ara gun. =e$ois de Y dias,
des$ac!ar no cemitério.
- (ara afastar um malefScio.
;ma cabaça grande6 Y gemas de ovos6 Y gr%os de mil!o torrados6 Y gr%os de $imenta-da-costa6 Y gr%os de
fei&%o fradin!o6 um $edacin!o de talo de comigo-ninguém-$ode6 um $edacin!o de gal!o de #uebra-mandinga6 uma
lata de aeite de oliva.
Abre-se a cabaça em cima, lim$a-se bem retirando todas as sementes de seu interior6 coloca-se dentro os
ingredientes deixando o aeite de oliva $ara o final6 acende-se uma mec!a de algod%o e deixa-se, $or Y dias, nos $és
de gun. =es$ac!a-se no cemitério.
;m reci$iente de cristal grosso6 Y col!eres de vin!o tinto6 Y col!eres de vin!o branco6 Y col!eres de em* (vin!o
de $alma)6 Y $edacin!os de coco seco6 Y gr%os de ataré6 $7 de $eixe defumado6 um $ouco de osun6 um $ou#uin!o
de areia de rio6 um $ou#uin!o de terra da frente de casa6 uma lata de aeite de oliva.
Arruma-se tudo dentro do cristal, segundo a ordem da relaç%o acima. Acende-se Y mec!as e deixa-se nos $és
de gun durante Y dias. =es$ac!a-se no cemitério.
;ma $anela de barro de taman!o médio6 um $ouco de osun6 um $ouco de efun6 um $ouco de u"&i6 $7 de $eixe
defumado6 $7 de $re" defumado6 um $ouco de aeite de dend'6 um $ouco de 7leo de rcino6 um $ouco de sumo de
fol!as de comigo-ninguém-$ode (substncia venenosa #ue re#uer cuidado no manuseio)6 um $ou#uin!o de terra de
cemitério6 um $edaço de gal!o de abre camin!o e o nome da $essoa escrito Y vees em $a$el de embrul!o
grosseiro. Ateia-se fogo ao $a$el com o nome escrito, &" dentro da $anela de barro. Coloca-se os ingredientes dentro
da $anela, sobre as cinas e com$leta-se
com$leta-se com aeite de oliva. Acend
Acende-se
e-se Y mec!as deixando #ue #ueime
#ueimem
m $or Y
dias. =es$ac!a-se no cemitério.
,AM(A!I"A#
,AM(A!I"A# (A!A
(A!A E$Ú
=entro de uma cabaça bem lim$a, coloca-se o seguinte/ Q roletes de cana6 mil!o torrado6 G moedas6 aeite de
am'ndoas6 aeite de dend'6 $7 de $eixe defumado6 $7 de $re" defumada6 aguardente de cana e aeite de oliva.
Arruma-se tudo dentro da cabaça, acende-se uma mec!a e deixa-se #ueimar $or Q dias diante de
d e x*. =es$ac!a-se
na encruil!ada.
53
<uma cabaça bem lim$a coloca-se/ ;ma foto da $essoa #ue se $retende $re&udicar6 Q col!eres de sal de
coin!a6 o suco de Q limões6 Q gotas de aougue6 Q gotas de alcatr%o6 Q gotas de amnia6 um $ouco de 7leo
7 leo de rcino
e aeite de oliva. Acende-se G mec!as #ue dever%o #ueimar $or PP dias diante de x*, (trocar e com$letar o aeite
sem$re #ue necess"rio). =es$ac!a-se no cemitério, o mais $r7ximo $ossvel do sino #ue anuncia a entrada de um
enterro.
,AM(A!I"A#
,AM(A!I"A# (A!A
(A!A OG+"
;ma $anela de barro6 Q $imentas-da-costa6 Q gr%os de mil!o torrado6 $7 de $eixe6 $7 de $re" defumado6 Q
col!eres de mel6 um c"lice de em* ($ode ser substitudo $or gin)6 aeite de oliva. Coloca-se tudo dentro da $anela6
acende-se uma mec!a e deixa-se $or Q dias
d ias diante de Ogun. =es$ac!a-se na lin!a do trem.
;ma $anela de barro6 aeite de dend'6 Q col!eradas de 7leo de coco6 Q col!eres de alcatr%o6 Q gotas de
amnia6 Q gr%os de mil!o torrados6 Q $imentas-da-costa6 osun6 u"&i6 um $edacin!o de talo de comigo-ninguém-$ode6
o nome da $essoa escrito em $a$el de embrul!o. 1rimeiro, abre-se o $a$el com o nome escrito e urina-se sobre ele6
coloca-se o $a$el dentro da $anela de barro e arruma-se, $or cima, todos os ingredientes relacionados. Com$leta-se
com aeite de oliva, acende-se uma mec!a e deixa-se ficar, durante sete dias, diante de Ogun. =es$ac!a-se dentro
do cemitério.
Abre-se ao meio uma melancia. =a $arte de baixo, retira-se toda a $ol$a e coloca-se dentro/ ;m $ouco de
"gua
"gua de $oço6
$oço6 sete
sete $edacin
$edacin!os
!os de fol
fol!a
!a de es$ada
es$ada-de
-de-4%
-4%o
o :orge6
:orge6 Q $iment
$imentas-
as-da-
da-cos
costa6
ta6 Q favas
favas c!a$é
c!a$éu-d
u-de-
e-
na$ole%o6 uma fava ol!o-de-boi6 Q gr%os de mil!o torrados6 um $ouco de $7 de efun6 u"&i6 um c"lice de gin6 a
aeite
eite de
dend' e aeite de oliva. Coloca-se tudo dentro da metade oca da melancia, com$leta-se com aeite de oliva, acende-
se uma mec!a e deixa-se Q dias diante de Ogun. A outra banda da melancia, é colocada ao lado da lam$arina como
oferenda ao Orix". =es$ac!a-se numa rodovia de grande movimento.
,AM(A!I"A#
,AM(A!I"A# (A!A
(A!A O$]##I
;ma $anela de barro de taman!o médio6 meio co$o de aeite de am'ndoas6 meio co$o de aeite de dend'6 Q
col!eres de melado6 um $ouco de osun6 Q gr%os de mil!o torrados6 $7 de $eixe defumado6 $7 de $re" defumada6 Q
col!eres de suco de rom%6 Q col!eres de licor de anis6 Q gr%os de $imenta-da-costa6 aeite de girassol. Coloca-se os
ingredientes relacionados dentro da $anela de barro, com$leta-se até a borda com o aeite de girassol, acende-se
uma mec!a e deixa-se #ueimar $or sete dias. =es$ac!a-se nos $és de uma amendoeira.
54
;ma $anela de barro média6 Q col!eres de aeite de am'ndoas6 Q gr%os de mil!o torrados6 $7 de $re"
defumada6 Q col!eres de aguardente6 Q col!eres de aeite de dend'6 Q $edacin!os de ori-da-costa6 osun6 Q $edaços
de aç*car cndi6 um $edaço de $a$el branco contendo escrito o #ue se dese&a do Orix"6 aeite de oliva. Coloca-se o
$a$el com os $edidos no fundo da $anela e, sobre ele, coloca-se os ingredientes. Com$leta-se com o aeite de oliva
e acende-se Q mec!as, deixando $or Q dias nos $és de Ox7ssi. =es$ac!a-se numa mata.
,AM(A!I"A#
,AM(A!I"A# (A!A
(A!A ,OG+"ED0
,OG +"ED0
- (ara oter uma raRa.
;ma $anela de barro6 sal de camar%o seco6 P] favas de abere6 P] favas de ari6 P] gr%os de mil!o seco6 a
gema de um ovo de galin!a6
galin!a6 um $ouco de "gua de rio e aeite
aeite de oliva.
oliva. screve-se
screve-se em $a$el de embrul!o
embrul!o a graça
#ue se dese&a obter6 coloca-se o $a$el no fundo da $anela6 arruma-se todos os ingredientes $or cima6 com$leta-se
com o aeite de oliva. Acende-se a mec!a e deixa-se $or cinco dias diante de ogun. =es$ac!a-se nas "guas de um
rio, no local mais $rofundo.
=entro
=entro de uma bacia de "gata coloca-se
coloca-se um $ouco de "gua de rio. =entr
=entro
o desta "gua coloca-se
coloca-se U gemas de
ovos de galin!a. 1ega-se uma $anela de barro e dentro dela coloca-se "gua de rio e aeite de oliva. Coloca-se a
$anela dentro da bacia com as gemas6 acende-se uma mec!a e arreia-se diante de ogun, deixando $or Q dias.
=es$ac!a-se na cac!oeira.
;ma $anela de barro6 uma $edra im%6 "gua de flor de laran&eira6 vin!o seco6 "gua de colnia6 U $edacin!os de
ori-da-costa6 U col!eres de café de 7leo de am'ndoa doce6 aeite de oliva. Coloca-se o im% dentro da $anela e, $or
cima, os demais ingredientes. Com$leta-se com o aeite de oliva, acende-se uma mec!a e deixa-se $or cinco dias
diante de Oxun. 1ode-se manter sem$re diante do Orix" ou des$ac!ar-se numa cac!oeira.
;ma cabaça bem grande6 o nome da $essoa #ue se $retende atrair escrito num lenço branco, novo e
$erfumado6 U gemas de ovos de galin!a d[Angola6 U ovos de codorna inteiros6 U $edacin!os de coco6 U col!erin!as
55
de aeite de am'ndoa-doce6 U col!eres de mel de abel!as6 um $ouco de efun6 um $ouco de osun6 U col!eres de
aç*car mascavo.
Abre-se a cabaça, lim$a-se seu interior, coloca-se o $a$el e os demais ingredientes. Com$leta-se com aeite
de oliva e acende-se uma mec!a, deixando diante de Oxun durante cinco dias. =es$ac!a-se nas "guas de um rio.
1re$ara-se, da mesma forma da receita anterior, uma cabaça, dentro da #ual se coloca/ U bolin!os feitos com
farin!a de mil!o misturada com mel de abel!as e fol!as de salsa bem $icadin!as6 mel de abel!as6 aeite de dend'6 U
favas de aber' e 7leo de girassol. =e$ois de tudo dentro da cabaça, com$leta-se até a borda com o 7leo de girassol,
acende-se uma mec!a e deixa-se, $or cinco dias, nos $és do Orix". =es$ac!a-se num rio.
,AM(A!I"A#
,AM(A!I"A# (A!A
(A!A OIU%
- (ara roteRFo.
;ma $anela de barro6 Y $imentas-da-costa6 $7 de $eixe defumado6 $7 de $re" defumada6 aeite de dend'6
melado de cana6 Y $edacin!os de ori-da-costa6 Y agul!as6 Y $edacin!os de coco seco6 Y gemas de ovos de galin!a
d[Angola6 osun6 um $ou#uin!o de vin!o tinto6 um $ou#uin!o de genebra. Com$leta-se com aeite de oliva e acende-
se uma mec!a, deixando $or Y dias aos $és de O3". =es$ac!a-se num bambual.
;ma $anela de barro6 Y gr%os de fei&%o fradin!o6 Y gr%os de mil!o vermel!o6 uma $itada de colorau6 aç*car
mascavo6 aeite de dend'6 um $ouco de "gua de rosas. Com$leta-se com aeite de oliva e acende-se uma mec!a
$or nove dias aos $és de O3". =es$ac!a-se nos $és de um flamboa3ant.
;ma $anela de barro6 aç*car mascavo6 aç*car cndi6 Y gemas de ovos de codorna6 Y brasas de carv%o vegetal
acesas6 "gua de rosas. =e$ois de tudo arrumado na $anela, com$leta-se com aeite de oliva e acende-se uma
<uma $anela de barro coloca-se/ ;m $ouco de terra de formigueiro6 uma $itada de osun6 PP $imentas-da-
costa66 aç*car
costa aç*car cndi6 aç*car mascavo6
mascavo6 aç*car branco
branco refinado6
refinado6 aeite de dend'6 mel de abel!as6
abel!as6 umas gotin!as
gotin!as de
ess'ncia de rosas. Com$leta-se com aeite de oliva6 acende-se uma mec!a e deixa-se $or PP dias diante de Ke".
=es$ac!a-se aos $és de uma "rvore grande.
- (ara roteRFo.
56
baunil!a6 PP $edacin!os de canela em casca6 um $edacin!o de sab%o da costa. Com$leta-se com aeite de oliva,
acende-se uma mec!a e deixa-se $or PP dias aos $és de Ke".
Ke". =es$ac!a-se numa nascente dX"gua.
,AM(A!I"A#
,AM(A!I"A# (A!A
(A!A OB%
;ma $anela de barro6 uma $edra im%6 "gua de flor de laran&eira6 vin!o tinto6 PU $edacin!os de ori-da-costa6 PU
col!eres de café de 7leo de am'ndoa doce6 P fol!a de comigo-ninguém-$ode e aeite de oliva.
Coloca-se a fol!a com o im% dentro da $anela e $or cima, os demais ingredientes. Com$leta-se co
com
m o aeite
de oliva, acende-se uma mec!a e deixa-se $or
$ or PU dias diante de Ob". =es$ac!a-se no local determinado $elo &ogo.
<uma $anela de barro coloca-se/ PU sementes de ab7bora6 um $ouco de farin!a de mil!o vermel!o torrada6 PU
agul!as de costura6 PU $imentas-da-costa6 PU col!eres de vinagre6 PU col!eres de suco de lim%o6 osun6 u"&i6 PU
b*ios $e#ueninos e aeite de oliva. Acende-se uma mec!a e deixa-se, $or PU dias, nos $és de Ob". =es$ac!a-se
no cemitério.
;ma $anela de barro média6 PU col!eres de aeite de am'ndoas6 PU gr%os de mil!o torrado6 $7 de $re"
defumada6
defumada6 PU col!eres
col!eres de aeite de dend'6
dend'6 PU $edacin!os de ori-da-costa
ori-da-costa66 osun6 um $edaço de $a$el branco
contendo, escrito, o #ue se dese&a do Orix"6 aeite de oliva. Coloca-se o $a$el com os $edidos no fundo da $anela e,
sobre ele, coloca-se os ingredientes. Com$leta-se com o aeite de oliva e acende-se uma mec!a, deixando $or PU
dias nos $és de Ob". =es$ac!a-se numa mata.
57
;ma $anela de barro média6 PG gemas de ovos de gansa6 PG $imentas-da-costa6 PG b*ios6 osun6 efun6 u"&i6
um $ouco de lama de $ntano6 um $ouco de mil!o torrado6 $eixe defumado6 aeite de dend'6 PG col!eres de aeite
de am'ndoas6 os $edidos #ue se dese&a obter escritos em $a$el de embrul!o. Coloca-se o $a$el dentro da $anela e
todos os ingredientes $or cima6 com$leta-se com 7leo de girassol. Acende-se uma mec!a e deixa-se diante de <an%
$or PG dias. =es$ac!a-se num $ntano.
screve-se, num $a$el #ual#uer, o #ue se dese&a de <an%. Coloca-se o $a$el dentro da cabaça e coloca-se
todos os ingredientes $or cima. Com$leta-se com aeite de oliva, acende-se uma mec!a e deixa-se nos $és de <an%
$or PG dias. =es$ac!a-se nas "guas de um rio.
<uma $anela de barro coloca-se/ PG sementes de mel%o6 um $ouco de farin!a grossa de mil!o vermel!o
torrada6 PG agul!as de costura6 PG $imentas-da-costa6
$ imentas-da-costa6 PG col!eres de vinagre6 PG col!eres de suco de lim%o6 PG gotas
de amonaco6 osun6 efun6 u"&i6 um b*io grande e aeite de oliva. Acende-se uma mec!a e deixa-se, $or tree dias,
nos $és de <an%. =es$ac!a-se no cemitério.
,AM(A!I"A#
,AM(A!I"A# (A!A
(A!A IUEMA"V%
IUEMA"V %
;ma $anela de barro de taman!o médio6 um $ou#uin!o de "gua de flor de laran&eira6 um c"lice de licor de
menta6 um co$o de "gua do mar6 um $ouco de aeite de dend'6 um $ouco de mel de abel!as6 um $ouco de melado6
Z agul!as
agul!as de costura6
costura6 aeite de girassol.
girassol. Coloca-se
Coloca-se tudo dentro da $anela,
$anela, com$leta-se
com$leta-se com o aeite de girassol
girassol e
acende-se uma mec!a $or sete dias. =es$ac!a-se no mar.
;m mel%o6 sete gemas de ovos de galin!a d[Angola6 $7 de $eixe defumado6 um co$o de "gua de rio6 um co$o
de "gua do mar6 Q gr%os de ataré6
ataré6 melado6 mel de abel!as6 Q moedas de $e#ueno
$e#ueno valor6 aeite de oliva. Abre-se
Abre-se o
mel%o, retira-se a $ol$a, coloca-se os ingredientes relacionados, com$leta-se com o aeite de oliva e acende-se uma
mec!a $or sete dias. =es$ac!a-se no mar ou nas
n as "guas de um rio.
;ma cabaça6 um $a$el de embrul!o com o nome do inimigo escrito sete vees6 Z agul!as6 Z col!eres de
vinagre6 sete $edras de sal grosso6 uma $itada de osun6 $7 de bambu6 um $ouco de amnia6 um $edaço de $edra de
cnfora6 Z col!erin!as de c!" de 7leo de rcino6 a mesma #uantidade de 7leo de castor6 Z col!eres de aeite de
dend'6 Z gr%os de $imenta-da-costa6 Z $edrin!as $e#uenas de carv%o mineral6 $7 de $eixe e de $re" defumados6
58
7leo de so&a. Abre-se a cabaça $elo $escoço6 tira-se as sementes6 coloca-se o $a$el com o nome6 cobre-se com os
ingredientes relacionados6 com$leta-se com o 7leo de so&a6 acende-se uma mec!a e deixa-se diante de ?3eman&" $or
#uatro dias. =e$ois, fec!a-se a cabaça com a $r7$ria tam$a, amarra-se com $al!a da costa e enterra-se na beira de
um rio.
,AM(A!I"A#
,AM(A!I"A# (A!A
(A!A $A"GY
$ A"GY
;ma melancia6 "gua de rio6 ] $imentas-da-costa6 aeite de oliva6 ] col!eres de aeite de dend'6 ] col!eres de
aeite de am'ndoas6 ] col!eres de aeite
a eite de coco6 ] $avios ou mec!as de algod%o.
Abre-se a melancia ao meio, no sentido vertical, retira-se a $ol$a de seu interior e se introdu os ingredientes
acima relacionados, começando $ela "gua e deixando o aeite de oliva $or *ltimo, de forma #ue fi#ue c!eia até em
cima. Coloca-se os $avios ou mec!as e deixa-se aos $és de 8ang até #ue se #ueime todo o 7leo. A $ol$a retirada
da melancia, é esfregada no cor$o da $essoa #ue, de$ois, disto toma ban!o de "gua lim$a e s7 ent%o acende a
lam$arina.
screve-se num $a$el o #ue se dese&a obter. Coloca-se o $a$el numa $anela de barro e &unta-se + ele, os
seguintes ingredientes/ 17 de $eixe defumado6 $7 de $re" defumado6 um co$o de vin!o tinto6 um co$o de
aguardente6 ] $imentas-da-costa6 ] moedas de cobre6 v"rios $edacin!os de coco seco6 aeite de dend'6 ori-da-costa6
] col!eres de mel de abel!as6 um $ouco de $7 de osun6 um $edaço de gal!o de abre-camin!o6 um $edaço de casca
de ir@o6 ] agul!as6 ] col!erin!as de 7leo de am'ndoa doce. Com$leta-se com aeite de oliva e acende-se uma
mec!a, deixando-se $or seis dias diante de 8ang. =es$ac!a-se aos $és de uma $almeira im$erial.
im$a-se uma cabaça grande e, numa de suas $artes arruma-se/ PW bolas de in!ame enfeitadas com um gr%o
de mil!o vermel!o6 PW gr%os de $imenta-da-costa6 PW orogbs6 PW favas de alibé6 PW favas de ari6 osun6 efun6 um
$ouco de l% de carneiro6 PW $edacin!os de ori-da-costa6 aeite de dend'6 PW #uiabos cortados em rodelin!as6 um
c"lice de vin!o tinto. Arruma-se tudo dentro da cabaça #ue é, $or sua ve, colocada dentro de uma gamela de
madeira6 com$leta-se com aeite de oliva, acende-se uma mec!a e deixa-se PW dias diante de igb" de 8ang.
=es$ac!a-se nos $és de uma $almeira.
,AM(A!I"A#
,AM(A!I"A# (A!A
(A!A OMO,Ú
OMO, Ú
m meia cabaça devidamente lim$a coloca-se/ Aeite de dend'6 mel de abel!as6 vin!o tinto seco6 aeite de
am'ndoa6 mil!o torrado e mil!o de $i$oca. Com$leta-se com aeite de oliva, acende-se uma mec!a #ue deve ser
renovada até #ue a $essoa mel!ore. =e$ois de obtida a graça, enterra-se a cabaça dentro de cemitério.
59
Colocar numa $anela de barro/ um co$o de "gua de coco verde6 um co$o de vin!o branco6 uma $itada de
gengibre ralado6 alguns gr%os de tremoços e um c"lice de genebra. =e$ois de tudo arrumado, com$leta-se com
aeite de oliva, acende-se a mec!a e deixa-se diante do Orix" $or sete dias. =es$ac!a-se numa mata.
1ode-se usar, indiferentemente, uma cabaça ou uma $anela de barro. m seu interior coloca-se/ Q gr%os de
mil!o torrados6 Q bolin!as de ori-da-costa6 Q gr%os de ataré6 uma taça de vin!o tinto rascante6 canela em $76 aeite de
dend' e P orogb. Com$leta-se com aeite de oliva, acende-se a mec!a e deixa-se $or Q dias diante de Omol*.
=es$ac!a-se em cima de um formigueiro.
1ega-se um mel%o, corta-se uma tam$a em cima, retira-se as sementes e a $ol$a. =entro do mel%o coloca-se/
T gemas de ovos de $omba branca6 T gr%os de can&ica crus6 T moedas brancas6 T b*ios6 um $ouco de "gua de flor
de laran&a6 T $edacin!os de ori-da-costa6 $7 de efun6 o sumo de T fol!as-da-fortuna. Com$leta-se até em cima com
aeite de oliva6 acende-se uma mec!a e deixa-se $or oito dias nos $és de Obatal". =es$ac!a-se aos $és de um
algodoeiro.
;ma $anelin!a de barro $e#uena na #ual se coloca um $a$el com o $edido do #ue se dese&a. 4obre o $a$el
coloca-se PR $edacin!os de ori-da-costa e uma fava de baunil!a. Com$leta-se com aeite de oliva e acende-se uma
mec!a. =urante PR dias com$leta-se o aeite e renova-se a mec!a sem$re #ue for necess"rio. =es$ac!a-se num
local alto e arboriado.
<um co$o de cristal grosso, coloca-se #uatro dedos de "gua de flor de laran&eira6 PR gotas de baunil!a e aeite
de oliva. Acende-se um $avio de lam$arina e deixa-se #ue se #ueime todo o aeite do co$o. 4e for $reciso, $ode
renovar o $avio. <%o se des$ac!a o co$o, a$enas a "gua do fundo é des$e&ada num gramado lim$o.
BIB,IOG!AIA
60
Adim*, Ofrenda a los Orixas - 9egla de Oxundei - Caderno de anotações de uma 4anteria de Cuba - Autor
descon!ecido .
Blavats@3, S.1.
S.1. - A =outrina 4ecreta. 4intese de Ci'ncia, Nilosofia e 9eligi%o. - ditora 1ensamento.
=u$ont, Albert
Albert - os Or"culos de Biague 3 =iloggun - Savana - PYUY
. 0. 5!omas et 9. uneau - es religions dXAfri#ue noire - . Art!eme Na3ard - Nrance - PY]Y
1ereira, <unes - A Casa das 2inas-Culto dos 0oduns :e&e no 2aran!%o - 0oes - 1etr7$olis - PYQY