013 Cursodeintroducaoaocandomble
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INTRODUO AO
CANDOMBL
IL AX OXOSSI E OXAL
JULHO DE 1994
DEDICATRIA
Esta modesta contribuio ao nosso amado Candombl eu dedico queles que a prestigiarem com sua leitura e crticas construtiva e a todos queles que tornaram possvel sua realizao.
Em especial:
Meu Pai,
AGUINALDO DE OXOSSI,
Minha Me,
IZETE DE OXUM,
Meu Babakeker,
ALEF,
Ao meu amor,
WALKINHO
Aos amigos que me inspiraram, como professores e mestres, meu agradecimento especial FERNANDES PORTUGAL e FTIMA.
Agradecimentos Aos meus irmos: Alexandre, Richard e Renato. querida Hellen e a Janana. Aos amigos queridos: Walker Branca Walma Nina Ana Nascimento Ada de Xang Yundia ( Regina ) Maria Gorda Ana de Oxal Bombox Biau e Cleunice Glio e famlia Nevinha Neuzi e sua amiga Dani Joel e esposa Dona Maria E aos demais Irmos e crianas do Il Ax Oxossi e Oxal
MDULO I I Cargos no Barraco II Termos e nomes no rito III A dana dos Orixs IV Tipos de Ej que existem V Tipos de mediunidade VI Comportamento do Filho-de-santo VII Elek VIII Lorogun IX Termos e palavras em Yorub
HISTRICO O Candombl uma religio originria da frica, trazida ao Brasil pelos negros escravizados na poca da colonizao brasileira. A presena das religies africanas uma conseqncia imprevista do trfico dos escravos, que determinou a afluncia de cativos Gegs e Nags (Daomeanos e Yorubs), trazidos da Costa dita dos Escravos e desembarcados, principalmente, na Bahia e em Pernambuco. A extraordinria resistncia oposta pelas religies africanas s formas de alienao e de extermnio haveria de surpreender. A religio foi tolerada porque os senhores julgavam as danas e os batuques simples divertimentos de negros nostlgicos, teis para que eles guardassem a lembrana de suas origens diversas e de seus sentimentos de averso recproca. O Candombl se difundiu no Brasil no sculo passado, com a migrao de africanos como escravos para os senhores de terra. A populao escrava no Brasil consistia quase totalmente de negros de Angola. No momento da chegada dos nags, um sculo e meio de escravido havia passado, distribalizando o negro e apagando seus costumes, crenas e sua lngua nacional. Mas o elemento africano, resistiu e criou uma forma de cultuar seus deuses atravs do sincretismo com os santos catlicos. Mesmo levando em conta a presso social e religiosa, era relativamente fcil para os escravos, na sonolncia geral, reinstalar na Bahia as crenas e prticas religiosas que trouxera da frica, pois, a igreja catlica estava cansada do esforo despendido na criao de irmandades de negros como tentativa de anular toda sua cultura, mas todos os meses novas levas de escravos, adeptos ao culto aos Orixs, desembarcavam na Bahia. Por volta de 1830 trs negras conseguiram fundar o primeiro templo de sua religio na Bahia, conhecida como Yl Y Nass, casa da me Nass. (Nass seria o ttulo de princesa de uma cidade natal da costa da frica). Esta seria a primeira a resistir s opresses catlicas, desta casa se originam mais trs que sobrevivem at hoje e que fazem parte do grande Candombl da Bahia, sendo elas: O Engenho velho ou Casa Branca, Gantis, cuja ilustre dirigente foi me menininha do gantis (falecida em 1986) e do Alaketu. Os Candombls se diversificaram desde 1830, a medida que a religio dos nags se firmava, primeiro entre os escravos e for fim, no seio do povo. Hoje h quatro tipos de Candombl ou Candombl de quatro naes: Ktu (povo nag), Jje (povo nag, mas obedientes a uma outra cultura), Angolacongo (povo bantu, este culto mais abrasileirado) e de caboclo (cultuam mais os caboclos, mistura-se com a Umbanda). O Candombl baseia-se no culto aos Orixs, deuses oriundas das quatro foras da natureza: Terra, Fogo, gua e Ar. Os Orixs so, portanto, foras energticas, desprovidas de um corpo material. Sua manifestao bsica para os seres humanos se d por meio da incorporao. O ser escolhido pelo orix, um dos seus descendentes, chamado de elegum, aquele que tem o privilgio de ser montado por ele. Torna-se o veculo que permite ao orix voltar Terra para saudar e receber as provas de respeito de seus descendentes que o evocaram. Cada orix tem as suas cores, que vibram em seu elemento visto que so energias da natureza, seus animais, suas comidas, seus toques (cnticos), suas saudaes, suas insgnias, as suas preferncias e suas antipatias, e a daquele que devendo obedincia os irrita. A sntese de todo o processo seria a busca de um equilbrio energtico entre os seres materiais habitantes da Terra e a energia dos seres que habitam o orum, o suprareal (que tanto poderia localizar-se no cu - como na tradio crist - como no interior da Terra, ou ainda numa dimenso estranha a essas duas, de acordo com diferentes vises apresentadas por naes e tribos diferentes). Cada ser humano teria um orix protetor, ao entrar em contato com ele por intermdio dos rituais, estaria cumprindo uma srie de obrigaes. Em troca, obteria um maior poder sobre suas prprias reservas energticas, dessa forma teria mais equilbrio. Cada pessoa tem dois Orixs. Um deles mantm o status de principal, chamado de orix de cabea, que faz seu filho revelar suas prprias caractersticas de maneira marcada. O segundo orix, ou ajunt, apesar de distino hierrquica, tem uma revelao de poder muito forte e marca seu filho, mas de maneira mais sutil. Um seria a personalidade mais visvel exteriormente, assim como o corpo de cada pessoa, enquanto o outro seria a face oculta de sua personalidade, menos visvel aos que conhecem a pessoa superficialmente, e s potencialidades fsicas menos aparentes. Como qualquer outra religio do mundo, o Candombl possui cerimoniais especficos para seus adeptos porm, esses ritos mostram singularidades especialssimas, como a leitura de bzios (um primeiro e ocular contato com os Orixs), a preparao e entrega de alimentos para cada uma das entidades ou as complexas e prolongadas iniciaes dos filhos-de-santo. Atravs da observncia desses procedimentos que o Candombl religa os humanos aos seres astrais, proporcionando queles o equilbrio desejado na existncia.
O CANDOMBL a uma estrutura de culto s foras da natureza, a um hino vida como Eterno Movimento, que se manifesta nas danas, nas cores dos ORIXS, nos alimentos sacramentais. Ritual comunitrio de cantos, danas e alimentos sagrados na sua forma pblica, o Candombl sacramentado pelo Pai ou Me de Santo, pelos Filhos de Santo, pelos tocadores de atabaque (OGAN), que entoam os cantos sagrados possibilitando a vinda do ORIX, com a participao da comunidade dos mais velhos s criancinhas. Todos cantam e sadam os ORIXS, executam a dana sagrada, num hino Alegria, Amor e Partilha. O CANDOMBL se expressa nos terreiros ou roas, onde se cultuam os ORIXS e os ancestrais ilustres. O terreiro contm dois espaos, com caractersticas e funes diferentes: (a) um espao urbano, construdo, onde se d a dana; (b) um espao virgem (rvores e uma fonte, equivalentes floresta africana), que considerado sagrado. O chefe supremo do terreiro o BABALORIXI ou IYALORIX (pai ou me que possuem o ORIX). Eles so detentores de um poder sobrenatural - o AX, a fora propulsora de todo Universo. O AX impulsiona a prtica sagrada que, por sua vez, realimenta o AX, pondo todo sistema em movimento. O AX sendo principio e fora neutro. Transmite-se, aplica-se e combina-se aos elementos naturais, que contam e expressam o AX do terreiro, que pode ser: (a) o AX de cada ORIX, realimentado atravs das oferendas e da ao ritual; (b) o AX de cada membro do terreiro, somado ao do seu ORIX, recebido na iniciao, mais o AX do seu destino individual (ODU) e o herdado dos prprios ancestrais; (c) o AX dos antepassados ilustres. O AX como fora pode diminuir ou aumentar dependendo da prtica litrgica e rigorosa observncia dos deveres e obrigaes. A fora do AX contida e transmitida atravs de elementos representativos do reino vegetal, animal e mineral (oferendas) e podem ser agrupados em trs categorias: (a) sangue vermelho do reino animal (sangue), vegetal (azeite de dend) e mineral (cobre); (b) sangue branco do reino animal (smen, a saliva), vegetal (seiva), mineral (giz); (c) sangue preto do reino animal (cinzas de animais), vegetal (sumo escuro de certos vegetais) e mineral (carvo, ferro). Estes trs tipos de sangue, por onde veicula o AX, com sua colorao, vai determinar a fundamental importncia da cor no culto. Resumindo: o AX , portanto, um poder que se recebe, partilha-se e distribu-se atravs da prtica ritual, da experincia mstica e inicitica, conceitos e elementos simblicos servindo de veculo. a fora do AX que permite que o ORIX venha e realizese. A existncia transcorre em dois planos: o AIYE (mundo, habitao do homem) e o ORUN (alm, habitao dos ORIXS, mundo paralelo ao mundo real, que coexiste com todos os contedos deste). Cada indivduo, rvore, animal, cidade etc, possui um duplo espiritual e abstrato no ORUN. Os mitos revelam que, em pocas remotas, o AIY e o ORUN estavam ligados, e os homens podiam ir e vir livremente de um local a outro. Houve, porm, a violao de uma interdio e a conseqente separao e o desdobramento da existncia. Um mito da criao nos conta que nos primrdios, nada existia alm do ar. Quando OLORUN comeou a respirar, uma parte do ar transformou-se em massa de gua, originando ORIXAL - o grande ORIX FUNFUN do branco. O ar e as guas moveram-se conjuntamente e uma parte deles transformou-se em bolha ou montculo uma matria dotada de forma - um rochedo avermelhado e lamacento. OLORUN soprou vida sobre ele e com seu hlito deu a vida a EXU, o primeiro nascido, o procriado, o primognito do Universo. OLORUN abrange todo espao e detm trs poderes que regulam e mantm ativos a existncia e o Universo: IW, que permite ao Universo genrico o ar, a respirao; AX, que permite a existncia advir dinmica; AB, que outorga propsito e d direo. Ou como diz o poeta Moraes Moreira em "Pensamento Ioruba": Para tudo ser tem que ter IWA. Para vir a ser tem que ter AX. Para o sempre ser tem que ter AB Ao combinar esses trs poderes de forma especfica, OLORUN transmite-os aos IRUNMAL, entidades divinas que remontam aos primrdios de universo, encarregados de mant-las nas diferentes esferas de seu domnio. Os IRUNMAL seriam em nmero de seiscentos, quatrocentos da direita (os ORIXS, detentores dos poderes masculinos) e duzentos da esquerda (os EBORAS, detentores dos poderes femininos). Os ORIXS so massas de movimentos lentos, serenos, de idade imemorial. Esto dotados de um grande equilbrio que controlam as relaes do que nasce, do que morre, do que dado, do que deve ser resolvido. So associados Justia e ao equilbrio, principio regulador dos fenmenos csmicos, sociais e individuais. Vimos que quando OLORUN comeou a respirar, gerou ORIXAL e EXU, o procriado. Na qualidade de procriado, EXU no pode ser isolado nem classificado em qualquer categoria. Minha homenagem ao meu BARA! Nestes escritos sobre os ORIXS, EXU com seu perfil psicolgico e o tipo determinante dos seus filhos, abriro os caminhos sendo o primeiro a ser evocado.
I CARGOS NO BARRACO O candombl uma seita de origem africana na qual se presta culto aos Orixs. Chegou ao Brasil atravs dos negros africanos, que para c vieram como escravos, mas trouxeram consigo o AX dos ORIXS e a forma de cultu-los, o que foi o princpio do que at hoje praticado. A hierarquia no Egb (barraco) fundamentada no tempo de iniciao no culto, obrigaes realizadas (tempo de santo), qualidade do Orix, sexo do filho-de-santo e, especialmente, pela indicao do Babalorix, que o far segundo a determinao dos Orixs.
A seguir relacionam-se alguns cargos no culto: AT-AXOGUN: Sacrificador de animais de dois ps. AXOGUN: Sacrificador de todo tipo de animais. ABAX: Pessoa que ajuda na cozinha, ou cuida das crianas enquanto as mes esto ocupadas. IY-BASSU: Pessoa responsvel pela cozinha. EBMI ou EBMI: Aps sete anos como Ia, ofertadas as obrigaes devidas, o iniciado levantado EBMI. A situao do Ia que passa ebmi modificada, pois ao receber o DEK (cuia do ax), poder iniciar outras pessoas, assumindo a direo de outro barraco. Caso no assuma tais responsabilidades e continue na mesma casa, assumir funes especficas como Me-Pequena ou PaiPequeno, organizador de rituais, etc... IY-KEKER: Substituta da YALORIX, tambm conhecida como Me-Pequena EKEDE: Cuida dos assentamentos e quartinhas do Bab, ajuda a Me-Criadeira, transmite ensinamentos soa Abis e zela pelos Orixs durante os rituais. DAG e OSSIDAG: Despacham o pad e determinadas oferendas a Exu. IY-TEBEX: Dirige o canto, obedecendo s normas do ritual. MO-DE-OF: Conhece e colhe as ervas do culto aos Orixs. IAB (IYB): Cozinheira do culto aos Orixs. TIBON: Fiscal das cerimnias. OG: Significa padrinho. ALAB: Tocador de atabaques. OGNIL: Chefe dos alabs, os quais dirige sob ordem direta do Babalorix. TTA: Quando o Babalorix atinge 21 anos de atividade no seu Egb proclamado TTA (Grande Pai). Nesse caso, ele pode escolher um filho para substitu-lo, este passar ser Babalorix, dando ao Tta oportunidade de elevar-se. VODUNCES: Poucos conseguem atingir esse grau, devido s exigncias, especialmente de tempo que de 50 anos de culto ou Chefia.
BABALORIX: Pai de Orix BABALAX: Pai da Fora BABALAD: Pai da Coroa BABAOX: Pai do Ax BABAEW: Pai da Folha BABAOD: Pai da Navalha BABAKEKER: Pai Pequeno BABAEFUM: Pai da Pintura do Ia.
II TERMOS E NOMES NO RITO Conforme dissemos, o candombl no Brasil tem origem africana, sendo assim, utiliza termos e nomes cuja tradio, mantm em uso corrente no culto. A seguir, citamos alguns termos e nomes de uso freqente: ATABAQUES: RUM: o maior deles, pertence ao Orix dono do IL. RUMPI: Menor que o Rum, seria o de tamanho mdio. L: o menor entre os trs. IL: Pequeno atabaque usado na nao IJEX. AKIDAV ( AGHIDAV): o nome dado s varas com que se toca os atabaques. AX: Princpio e poder de realizao. Fora que d o movimento, sem ele tudo estaria paralisado. a fonte que torna possvel a renovao da vida. Pode ser transmitido atravs de comidas e bebidas ou pelo contato, j que pode ser transmitido a objetos e seres humanos. Para que o Agb possa atender sua funo de v ter AX. Para isso o plantamos, ou seja, fazemos smbolos que representam pontos de culto do ax. Uma vez plantado, se fortifica combinando todas as formas nele existentes: (a) O Ax de cada Orix, obtido atravs de oferendas, bori e iniciao. (b) O Ax de cada membro do terreiro (Egb), somado com os de seu Orix, atravs de um elo de ligao entre o filho-de-santo e o Orix (Cuidado com os assentamentos e zelo pelas coisas do Orix, alm de respeito pelos irmos e Babalorix. (c) O Ax dos antepassados do Egb, seus ilustres mortos, cujo poder acumulado e mantido ritualmente nos assentamentos do IL-IB OKU. EW: So cuidados com oque o filho-de-santo come e faz, afim de no agredir ao Orix ( o mesmo que quizila). Quem desobedece pode ter as mais variadas reaes, tais como: enjos, problemas materiais, espirituais, etc... ADXU: Nome dado s pessoas iniciadas no culto aos Orixs (Ox). Pequeno cone feito de ervas e outros axs, colocados no alto do Ori do Ia. ATAKN: Pano que envolve o peito da filha-de-santo quando est incorporada pelo Orix.
AGOG: instrumento de ferro com dois sinos, badalo, superpostos, um menor que o outro, donde se tira som batendo-se com um pedao de ferro. ADJ: Sinos de metal, usados pelos zeladores para chamar os orixs. ABI: So filhos ou filhas-de-santo que ainda no se iniciaram, ou seja, no nasceram. AJUNT ou JUNT: o segundo Orix que comanda a pessoa junto com o seu Orix assentado no Ori no dia de sua feitura. ABASS: Salo onde se realizam as cerimnias pblicas do candombl. AY: Terra (planeta). ORUN: Alm do cu. IL: Terra (cho). IL: Pombo. Exemplos: IL-AX: Casa privada destinada ao recolhimento do Ia.
IL-IB OKU: Casa onde so adorados os mortos e onde se encontram seus assentamentos. O local deve ser guardado por sacerdotes preparados para este mistrio. separado do resto do terreiro (Egb), sendo conhecida tambm como IL ISINMI. EGB: Nvel, perto, roa-de-santo, terreiro. EJ: Sangue. ILARE: brado de guerra do Orix, erradamente chamado il. IL: Quiabo. ADOBALE: Bater cabea ao Orix. DID: Levantar. Exemplo: Did Orix! JOK: Sentar. ADUP ou DUP: Obrigado. Exemplo: Adup low Olorum (obrigado Olorum, agradeo Olorum) DIJINA ou DJINA: Nome da iniciada ou iniciado. IRUNMAL ou IRUNMOL: So aqueles que habitam o Orum, tambm chamados Irunmols e ARA_ORUM. Usa-se essa terminologia durante as invocaes, no comeo dos rituais, como por exemplo: Awom irinw Irunmol oj kofun (Os quatrocentos Irunmols do lado direito e os duzentos do lado esquerdo). OSIWAJU: O primeiro cargo, primeiro Orix para os Yorubs (Oduduwa e Oxal). Na Bahia Ogum, Exu, e Oxossi. OSI: Lado esquerdo. OTUM: Lado Direito. ORI: Cabea.
ORI: Centro da cabea. JU-ORI: Parte da frente. IKKO ORI: Parte de trs. OP OTUM: Lado direito. OP OSI: Lado esquerdo. IBORI ou BORI: a cerimnia realizada dentro do culto para adorao cabea (ori). So oferecidos sacrifcios ao ORI-INU e ao IGB-ORI da pessoa. Durante este ritual, quaisquer que sejam as oferendas devem ser dadas cabea. Todos devero comer obi. O OBI E SUA IMPORTNCIA: O Obi um fruto africano, produtor da noz de cola. utilizado em quase todas as oferendas (cerimnias). o primeiro oferecimento que se faz cabea antes de qualquer obrigao. Pode ser oferecido inteiro ou triturado pelos dentes. A massa mastigada oferecida aos quatro lados da cabea e ao centro. SAUDAO AO ORI: Ori pele atete miran atete gbeni ks ko ssa tu danil gb lyin ori eni ori pl ori aloiye eni oriba gboboo re re yo sebe k y ss OJ-ORUN: O cu. ORUPIN: Cargo de todos os axs das obrigaes do Ia. OT: Pedra do Santo. Cuidados com o Ot: No lav-lo com sabo, esponja e similares; No mudar sua posio; Limp-lo com farinha de aca; Pode-se colocar o sumo das ervas do Ax do Orix; Recomenda-se rezar para o Orix durante o oss; Colocar somente o necessrio, sem exageros; Transmita a ele somente energias positivas; Evite que outras pessoas zelem por ele, a obrigao sua.
PA: Bater de palmas ritmado e especfico, para demonstrar respeito, reverncia e submisso. Representa o ato de despertar os Orixs, usado antes e depois das incorporaes, oferendas, etc... IPAD ou PAD: Significa ato de reunir. Trata-se de cerimnia pblica realizada no incio de qualquer festividade (de sada de Ia ao Axex).
No Ipad oferecido a Exu: OMI (gua): que a oferenda por excelncia I EFUN (farinha): caracteriza abundncia EP (dend): poder de gestao, ao OT (cachaa): bebida destilada de sua preferncia OYIN (mel): beleza, energia AKAA: pasta feita com milho branco, enrolado na folha de bananeira (alternativo), feito ao por do sol.
Observao: Tipos de toques executados nas cerimnias ALUJ: Toque predileto do Orix XANG. OPANIJ: Toque especfico de OBALUA. AGUER: Toque cadenciado com duas em duas variaes, uma para OXOSSI e outra para OY, mais conhecido como Quebra-pratos. ADARRUM: Toque muito rpido e contnuo, usado para chamar os Orixs s cabeas dos filhos. BOLON: Toque para bolar.
III A DANA DOS ORIXS As chamadas danas ritualsticas so em forma de crculo ou semicrculo (metade de um crculo), ao redor de algum smbolo, acompanhada de sons que representam a natureza viva (ar, fogo, animais, vento, chuva tempestade, etc...), havendo uma harmonia entre o componente da roda e a natureza, junto aos astros. O CRCULO simboliza o movimento dos astros, o poder de renovao junto fora espiritual. As CANTIGAS encantam os Orixs que esto relacionados aos astros. Os PASSOS E GESTOS representam as caractersticas do Orix. Exemplo: A dana de OGUM simboliza a luta, desbravamento de caminho; A dana de NAN representa o embalo de uma criana; A de OXOSSI figura a caa; A de LOGUN mudana; A dana de BESSM representa o arco-ris, cu e terra, a serpente (AID); INHAS representa em sua dana os movimentos de despachar Egum, domin-los, espalhar o vento;
OPAR o ato ou ao de por fogo no mato; XANGO figura a corte, o bater do pilo e OXAL os movimentos do pombo.
IV TIPOS DE EJ QUE EXISTEM IV . 1 SANGUE VERMELHO: REINO ANIMAL: Corrimento menstrual, sangue humano e sangue de animais. REINO MINERAL: Cobre, bronze, etc...
IV . 2 SANGUE BRANCO: REINO VEGETAL: Seiva, sumo, lcool e as bebidas brancas extradas das palmeiras e alguns vegetais. IYROSUN p branco extrado do IRSUN. ORI MANTEIGA VEGETAL. REINO MINERAL: Sais, giz, prata, chumbo, platina, etc...
IV . 3 SANGUE PRETO: REINO ANIMAL:Cinza de animais, fsseis, petrleo REINO VEGETAL: Sumo escuro de certos vegetais como o IL NDICO, extrado de diferentes tipos de rvores.
V OS TIPOS DE MEDIUNIDADE: MDIUM CONSCINTE: aquele em que a manifestao no toma por completo seus sentidos, independentemente do tipo de entidade que esteja se manifestando (Preto-Velho, Caboclo, Orix). Ele escuta, enxerga, mas no tem controle sobre seus sentidos. MDIUM CONSCINTE DE FORMA PARCIAL: Parte dos acontecimentos ficam registrados outros no, a entidade se encarrega de limpar sua memria. A maior parte dos mdiuns est neste nvel. MDIUM INCONSCIENTE: Acontece de forma mais limitada, so raros os casos, pois envolve todo um aspecto fsico, emocional e significa que este conseguiu um controle do seu interior, entrando em transe completo.
VI COMPORTAMENTO DO FILHO-DE-SANTO, REGRAS BSICAS: Ao entrar no porto saudar Exu: Laroi Exu ! Peo licena ! Ogum: Ogum Patacory ! Ogum Jacy Jacy ! Ir at a rvore de Bar Cumprimentar Ossanhe Cumprimentar Tempo
Cumprimentar Oxossi Cumprimentar o seu Orix Reverenciar o assentamento de seu Egb Pedir a Beno do seu Bab e da sua Yi Cumprimentar seus irmos Nunca chegar da rua dando notcias boas ou ruins, sem aguardar uma oportunidade conveniente No fumar durante as obrigaes nem perto das oferendas No entrar na cozinha onde se prepara as oferendas para os Orixs, sem tomar banho e descansar da rua Evitar certos tipos de assuntos Quando duas ou mais pessoas com tempo de santo estiverem conversando, no entrar sem ser chamado nem cortar o assunto, ou mesmo passar sem pedir licena Durante as rezas ficar deitado de cabea baixa.
Com essas medidas simples estars honrando teu Orix, a casa onde ele est assentado, o teu Bab, a tua Tia, alm de estar ensinando aos mais novos que respeito o primeiro sinal de amor e de fora espiritual. OBSERVAES: 1 Quando falamos de cumprimentar os Orixs ou saud-los, falamos em pedir licena para que atravs das saudaes, do pa, Exu nos olhe com bons olhos e transmita ao Orix que chegamos. Assim, parte das energias negativas que adquirimos no dia-a-dia seja encaminhada pelos coordenadores das energias negativas. Esta regra se aplica tambm, antes de entrarmos na casa de Exu, Orix, Ronco, Il Ib Oku. Deve-se bater na porta 3 vezes a dar pa. Tal atitude faz com que evitemos tomar sustos ou vermos coisas indesejveis, uma vez que estamos desrespeitando o Il do Orix. Pa significa despertar o Orix, para que ele venha ao nosso encontro e receba nossa homenagem. No momento em que estamos emitindo sons, estamos fazendo um elo de ligao entre ns e o Orix. 2 Para colher essabas, deve-se proceder da seguinte forma: Saudar Ossanhe Saudar Omul, senhor da terra Bater pa Pedir ago ao orix Agradecer Nunca retirar essabas aps as 18: h, fazendo-o somente em casos de extrema necessidade, principalmente se voc no estiver preparado.
VII ELK
Elks so fio de conta diferentes do Delogun, usados por aqueles que j possuem determinado tempo de iniciao. Cabe destacar que delogun usado pelos iniciados recentes. O elek indica a hierarquia no culto e fornece uma identificao com o Orix. A tradio exige adorao e respeito por estes elementos que no so bijuterias ou adornos, mas possuem para ns a mesma importncia que tero na Santa Igreja Catlica. Suas cores podem variar de acordo com a nao, o tipo e a qualidade do orix, cuja representao dada a seguir: EX: preto, vermelho e todas as demais cores em pequena proporo. OGUN: Azul-marinho, verde e branco. OXOSSI: Azul claro, verde e branco. OSSANHE: Verde musgo, branco e amarelo. OMOL: Preto, branco, marrom, vinho e coral. OXUM: Amarelo, salmo, rosa, azul, branco, dourado. OY: Vermelho, branco, rosa e cobre. YEMONJ: Azul em todas as tonalidades, branco e prateado. BESSM: Amarelo, verde e as cores do arco-ris. NAN: Branco, lils e rosa. OXAL: Branco. IBEJI: Todas as cores, menos preto. Existem cerimnias que so de grande importncia para a consagrao do elek, como por exemplo a LAVAGEM, que consiste em retirar as impurezas fsicas e astrais. No ritual da lavagem utilizam-se efuso de ervas (quinadas), que devem ser preparadas por sete moas virgens, de preferncia crianas. Enquanto as moas quinam as ervas em uma grande bacia, os filhos da casa formam uma roda ao redor delas, rezam e batem pa. Para esta cerimnia solene, todos devem estar de corpo limpo e respeitosamente lavar seu elek, sacando-o em seguida com uma pequena toalha branca. Devem ser acendidas velas para todos os Orixs. O perodo mais propcio para esta cerimnia o das guas de Oxal ou final de ano.
VIII LOROGUN O Lorogun uma cerimnia fechada, ou seja, somente participam os filhos da casa. Consiste no fechamento do Egb durante a Quaresma. Este ritual evita que foras negativas atinjam o Egb e os filhos-de-santo, que devero permanecer resguardados durante este perodo. Para que se realize o Lorogun so necessrios os seguintes procedimentos: Todos devem chegar cedo ao Egb e tomar o banho de costume; indispensvel a participao de todos os filhos-de-santo; Preparar um grande Eb com todos os tipos de comida;
Agradar Exu e Egun; Todos devero agradecer seus Orixs e; Todos os Orixs devero permanecer acesos durante a quaresma. evidente que todo Egb possui seu ritual prprio e isto de ser respeitado.
A realizao do Lorogun indispensvel em um Egb,pois o Ax a fonte da realizao e do poder e uma vez abalado todos sero atingidos e responsveis. Se o indivduo se diz filho-de-santo, s vezes com orgulho exagerado, deve saber que possui direitos e OBRIGAES. O final desta cerimnia marcado pela manifestao de todos os Orixs nos filhos-desanto, que so a seguir recolhidos ao Ronc, de onde sairo com as respectivas folhas de cada Orix incorporado na palma da mo e comidas cruas dentro de uma sacola branca de murim. Na sada dos Orixs canta-se: O Lorogun eu O lorogun j j Acaj loni ago man sn O lorogun j j. (Bis) Os Orixs fazem um sacudimento em todos os presentes e distribuem as comidas. Os Ogs e todas as demais pessoas que no esto incorporadas retiram os enfeites do Barraco e colocam em um cesto junto com as folhas que foram usadas no sacudimento. Tudo ser despachado em lugar determinado pelo Bab. Todos devero levar flores para ofertar aos Orixs aps a realizao do sacudimento.
IX TERMOS E PALAVRAS EM YORUB NMERAO EM YORUB 1 : ni, kan 8 : Ej 2 : ji 9 : san 3 : Et 10 : w 4 : Erin 11 : kanl 5 : run 12 : jil 6 : f 13 : tal 7 : j Goma : d Azeite : ep Anil : Il Milho : agbd-k 20 : gun Pimenta : at Pimenta da costa : atar 19 : kandilogun 18 : Egidilogun 17 : tadilogun 16 : rindi lgun 15 : dogun 14 : rinl
NOME DE ANIMAIS: Boi ou varo : ml, ak Ovelha : agutan, ab-agutan guia : idi Caracol : igbin Cabra : agbrigb, ewr Coelho : ehrr Avestruz : gng Coruja : owiwi Carne de vaca : eranl Abelha : agbn Jibia : r Andorinha : olopandd Gato : logb, olofu Jacar : ni kad Pato : ppeiy, pekei, apepei Cachorro : aja, aja, adiaia Peru : toltol, taleu-taleu Porco : eled, led Galo : akuk, uabaodi Cupim : ikan Cavalo : exin, exie-atabexi Sapo : pol, xenimi, xenifidam Borboleta : lablab Macaco : oh, dud Peixe : oguri aled, Esquilo : kr akokor, Formiga : krik, r Gavio : audi Cgado : ajap, logoz Rabo grande : Periquito : alod ou-y Burro : patap if, Leo : kiniu, koji Carneiro : ab, oubik, eran Mosca : xinxin Camaleo : agem Bode : lub, uko Galinha dangola : coquem, sacu Vaca : aban-malu Gaivota : adie d gua : ab axin Caramujo : okot Cordeiro : od agutan Abutre : gunungun Veado : agburim Elefante : erim, adjiniju,zamba Galinha : adi, uabaodi Pombo : eiyle Rabo de cavalo : ru exin
FRUTAS: Fruta : obi Limo : rmb w Abacaxi: Abocat Manga : mangr Banana : gd Cco : fiju, ibp Laranja : osan ib
LEGUMES Cebola: alubsa Inhame : icu Abbora : u r awunj Quiabo : il Feijo : u r aunj Mandioca : gbgub Ervilha : orub Cera : id Cana : irk Batatas : kukundukun Azedinhas : amukan
UTENCLIOS:
Prato : aw Navalha : abe Garrafa : ig Faca : ob Colher : xibi Colher pequena : xibi kkr Colher de pau : xibi igi Garfo : agunj Toalha de mesa : ax tabil Prato de pimenta : aw atar Toalha de prato : ax aw Aucareiro : aw ij ib Xcara : ago sikara Fsforo : ixn Carvo : egui Vassoura : igbal Teto : nl Cadeira : aga-ijk, idiu Cama : ibusun akt, cumba Esteira : ni, Travesseiro : irri jaj
Rede : anda Lmpada, luz, claro : tntalai Quarto : jar Banco : aputi Cozinha : il-ageun Pilo : d Fogo : ajek-neulune Pedra de ralar : l Panela : otun, ikk Balde, pote : akruba Saco grande : ap k Casa : il Mesa : ajak, tapac, taingum Faca tridente ou garfo tridente ou lana tridente : ob-far Alguidar : ober Faca de ponta : ob-nuxoinx Candieiro de querosene : teu Panela grande : odu-ikek Travessa, tijela de loua vidrada : ita
PARENTESCO : Parentes : ar-ibatan Av : bab agb Av patriarca : bab-nla Av : iy agb, ya-nla Tia : arbirin yi Me : iy, y Pai : bab Filho : m-kurin, omam omoborim Filha : m-birin, exi omobirim Irm : arbiri Irmo mais velho : gbon kurin Primo : omkurin, arakurin, tta-mete Prima : ombirin, arabirin Noivo : okebi Marido : ok Solteiro : ikobassu Senhora : ay Homem : oko-okorim Moa : omd birin Menino : -mad Rapaz : omd kurin Casado : okuamuri Minha mulher : m-obirim, obirim-mim Viva : bi-egun, muturi Irmo mais moo : abur kurin Tio : arkurin bab, auamete Irmo gmeo : babass Esposo, marido : okorim Esposa, mulher : obirim Mulher favorita : y-l
Escutar : desiti Bater, sacudir : j, baj Fome : ebi np Odiar, aborrecer : karij Ignorar : km Praguejar : ro
Mentir : ro m Desprezar : gan Falar : soro Piedade : fun Chamar : fun p dio : fagurmo
Tocar : gg Sofrer : ran Sono : orun nkun Amor : if Querer, amar : f Ignorante, ignorncia: aim
MEDIDAS DE TEMPO: Os meses do ano : awn ox Janeiro : ox kini ti dun Fevereiro : ox kji ti dun Maro : ox kt ti dun Abril : ox kerin ti dun Maio : ox krun ti dun Junho : ox kef ti dun Julho : ox kj ti dun Agosto : ox kej ti dun Dezembro : ox kjil ti dun Setembro : ox kesan ti dun Outubro : ox kw ti dun Novembro : ox kkanla ti dun
dun kan : um ano Ixj kan : um minuto dun tkj : o ano passado san : aurora dun to mb : prximo ano run a : tarde j-kan : um dia ganj : meia noite Wakati : uma hora Lonim : hoje Ab wakati : meia hora Lanan : ontem Wakati kan plu b : uma hora e meia Nijt : antes de ontem Opin : fim Nijelo : passado Ari i san : meio Ibr : princpio Ltunl : depois de amanh Ll : amanh
VESTURIO: Ax : roupa Ubat : sapato Akt : chapu Abata e Bata >: sapatos Oj : fita, faixa Abade : toalha Ax-dudu : roupa suja Fila : gorro, capuz de Obaluay Pek-p` : chapu de sol
CORES: Dudu : preto Fin-fun, mandul : embolo e puti-branco Obdo : verde Mucumbe : roxo Elvikei : vermelho Kiobambo : amarelo Okm : azul
BEBIDAS : Omim : gua Oin : mel Otin-nib : cerveja Otin-dudu : vinho tinto Otin-fum-fum : aguardente Alu : Brasil, refresco feito de rapadura com casca de abacaxi ou tamarindo Emelum : feito com ep Fur : feito com diversas frutas Xeket : milho e gengobre
CORPO HUMANO : Ar : corpo Enum : boca Ory : cabea Era e Anc : carne Ipak : nuca Ej : sangue Etu : orelha Eu e oju : olhos Imum : nariz Okan : corao Iban : queixo Elgik : ombros Irun : cabelo Ob : ndegas Irun-ban : barba, bigode Ak : macho Efin : dente Abam : fmea Eet : lbios Mulembu : dedo Ap : brao Rivenum : barriga Qu : mo Esse e Aless : p Itank : coxas Idi-cu : nus Kitaba e ebeu : vagina ep : testculo Ogungum : osso
VOCABULRIO YORUB: A A dp - agradecemos a voc b - metade fin - Palcio, residncia de um rei (Oba) J Sineta de metal composta de uma, duas ou mais campainhas utilizadas por pais-desanto (vd.) para incentivar o transe. Tambm chamado Adjarin. k machado Aar Raio Aar run - Relmpago r - doena, fadiga, cansao y - vida Aba - escada de mo Abad - Bluso usado pelos homens africanos. Abad - Milho torrado Abnigbro - conselheiro, aquele que aconselha, um sbio mais velho Abanij - difamador Abassa - Salo onde se realizam as cerimnias pblicas do candombl, barraco. Abaya - rainha me Abeb - Leque. Abl vela ABI Posio inferior da escala hierrquica dos candombls ocupada pelo candidato antes do seu noviciado; em yorb significa "aquele que vai nascer". Abomal - aquele que cultua os ancestrais (egngn) Abris - aquele que cultua/adora os orixs ABOR Denominao genrica dos rs (vd.) masculinos, por oposio as iabs, que so as divindades femininas. Aboyn - mulher grvida Abuku - desgraa br - Irm mais nova ADAHUN Tipo de ritmo acelerado e contnuo executado nos atabaques (vd.) e agogs (vd.). empregado sobretudo nos ritos de possesso como que para invocar os rs (vd.). Ad - Coroa. ADE Termo com que se designam (nos candombls) em especial os efeminados e, genericamente, os homossexuais masculinos. Adbo - pessoa que prepara a comida com os animais oferecidos em sacrifcio de acordo com as regras religiosas Adie - Galinha. Adit surdo ADSU Diz-se daquele que teve o osu (vd.) assentado sobre a cabea. 0 mesmo que ia. ADUFE Pequeno tambor. Instrumento de percusso de uso mais frequente nos xangs (vd.) no Nordeste Adup = Dup - Obrigado. Adr - Orao Afar - oyin - fovo de mel
Aff - Vento fin Palcio AFIN 0 mesmo que ifin. Designa a noz-de-cola branca, na lngua yorb; por extenso a cor branca (vd. efun). Afju - Cego fom - doena infecciosa, trazida pelo Orix das doenas infecciosas (Babaluaiy; Xapan) Afonj - uma qualidade de Xang. ga - Cadeira gn - mulher estril Agbd - vestes sacerdotais gbdo - milho, sagrado para o Orix s (Bar) gbaiy - o mundo inteiro Agbra - Poder Agbd estmago GBO Infuso proveniente do maceramento das folhas sagradas as quais se vem juntar o sangue dos animais utilizados no sacrifcio e substancias minerais como o sal. Esse Iquido, acondicionado em grandes vasilhames de barro (porres), empregado ao longo do processo de iniciao e para fins medicinais sob a forma de banhos e beberagens. Agb - Carneiro. gbon coco AG Instrumento musical constitudo por uma cabaa envolta numa malha de fios de contas, de sementes ou bzios (vd.). Agemo Camaleo AGERE Ritmo dedicado a ssi executado aos atabaques (vd.). AGOGO Instrumento musical composto de uma ou mais campnulas, geralmente de ferro, percutido por uma haste de metal go Lnan - Com licena AGONJ Um dos doze nomes de Sng (vd.) conhecidos no Brasil gtn - Ovelha Aguntam - Ovelha. Ahn - Lingua ike - machado sn - doena iya - Peito iy Mundo; Palavra de origem yorb que designa o mundo, a terra, o tempo de vida e, mais amplamente, a dimenso cosmolgica da existncia individualizada por oposio a run (vd.), dimenso da existncia genrica e mundo habitado pelos ris (vd.), povoado, ainda, pelos espritos dos fiis e seus ancestrais ilustres. Aj Co JL vd. sl AJALAMO vd. sl jap - Tartaruga j - Bruxa Ajeum - Comida. AJOGN Palavra de origem yorb que designa os infortnios, como a morte, a doena, a dor intolervel e a sujeio
kr J Acaraj KSA Bolinhos de massa fina de milho ou farinha de arroz cozidos em ponto de gelatina e envoltos, ainda quentes, em pedacinhos de folha de bananeira. (Aca) AKIDAVIS Nome dado nos candombls Ktu e Jeje (vd. Nao) as baquetas feitas de pedaos de galhos de goiabeiras ou araazeiros, que servem para percutir os atabaques (vd.). kko Galo L Pano branco usado ritualmente como plio para dignificar os rs (vd.) primordiais. Geralmente feito de morim Alfin - ttulo tradicional para o rei de Oy Alab - Ttulo do sacerdote supremo no culto aos eguns. ALAB Ttulo que designa o chefe da orquestra dos atabaques (vd.) encarregado de entoar os cnticos das distintas divindades Alagba Senhor ALAMORERE vd. sl Alaru - Briga. Aly - Explicao Aled - Porco. ALKESSI Planta dedicada a ssi (vd.). Tambm conhecida como So Gonalinho Casaina silvestre, SW. F LACOURTIACEAE ALISE vd. runko Alubaa - Cebola. lubs Cebola AMACIS (ou AMASSIS) Ablues rituais ou banhos purificatrios feitos com o lquido resultante da macerao de folhas frescas. Entram geralmente em sua composio as folhas votivas do rs do chefe-de-terreiro do iniciando, e as assim chamadas '"folhas de nao" (vd.). ANIL vd. Wj. ANGOLA vd. Nao. ANGOMBAS vd. Atabaques Ap - Brao Apeja - Pescador Apre - exemplo Arail - Parentes rw Norte ARREBATE Abertura rtmica das cerimonias publicas dos candombls. 0 modo vibrante de tocar os atabaques (vd.); eqivale a uma convocao SE Termo de mltiplas acepes no universo dos cultos: designa principalmente o poder e a fora vital. Alm disso, refere-se ao local sagrado da fundao do terreiro, tanto quanto a determinadas pores dos animais sacrificiais, bem como ao lugar de recolhimento dos nefitos (vd. Runko). usado ainda para designar na sua totalidade a casa-de-santo e a sua linhagem. ASSENTAMENTO Objetos ou elementos da natureza (pedra, rvore, etc.) cuja substncia e configurao abrigam a fora dinmica de uma divindade. Consagrados, so depositados em
recintos apropriados de uma casa-de-santo. A centralidade do conjunto dada por um ta, pedra-fetiche do ris (vd.) so - Roupa Ata Pimenta ATABAQUES Trio de instrumentos de percusso semelhantes a tambores que orquestram os ritos de candombl. Apresentamse em registro grave, mdio e agudo, sendo chamados respectivamente Rum, Rumpi e L (ou Runl). Nos candombls angola so chamados de Angombas. Sua utilizao no mbito das cerimonias, cabe a especialistas rituais (vd. Alab e Og) Atgn - Brisa wa - Ns w - Cor wo Ew - Verde wo Oj run - Azul wo Pako - Marrom wodi - Gavio won - Eles (as) Ax - Assim seja Ax - Roupa. Axogum - Auxiliar do terreiro, geralmente importante na hierarquia da casa, encarregado de sacrificar os animais que fazem parte das oferendas aos orixs. - Importante especialista ritual encarregado de sacrificar, segundo regras precisas, animais destinados ao consumo votivo ya - Esposa B Bl - chefe de um povoado, com menos status que um Oba Bb - milho da Guin Bb - Pai. Bb nl Vov BABAUS vd. Candombls Babagba - homem velho, geralmente o av BBLWO Sacerdote encarregado dos procedimentos divinatrios mediante o pl de If, ou rosrio-de-If Bblrs - Pai de Santo BABALORIX Sacerdote chefe de uma casade-santo. Grau hierrquico mais elevado do corpo sacerdotal, a quem cabe a distribuio de todas as funes especializadas do culto. o mediador por excelncia entre os homens e os rs. 0 equivalente feminino denominado ialorix. Na linguagem popular, so consagrados os termos pai e me-de-santo. Nos candombls jeje dot e vodun; e nos angola tata de inkice BABALOSSAIN vd. Olossain Babaoj - Sacerdote do culto dos eguns; Oj o nome de todos iniciados no culto aos eguns. Babass - Irmo gmeo. Bde - caar em grupo Bj - lutar, brigar Blag - entrar na maturidade
Bal - Casa dos mortos.Bal - Chefe de comunidade. Balgun - chefe da sociedade dos guerreiros Balw Banheiro BANHA-DE-ORI Espcie de gordura vegetal obtida pelo processamento das amndoas do fruto de uma rvore africana que vendida nos mercados brasileiros para uso ritual nas casasde-santo. Diz-se tambm "banha-de-Oxal" e "limo-da-costa". A mesma denominao dada a gordura de origem animal extrada do carneiro BANHOS vd. gbo. vd. Amacis. BARCO Termo que designa o grupo dos que se iniciam em conjunto. Suas dimenses so variveis. H barcos de mais de vinte nefitos e "barcos-de-um-s". Atravs do barco se consegue a primeira hierarquizao dos seus membros na carreira inicitica. Como unidade de iniciao gera obrigaes e precedncias imperativas entre os irmos-de-barco ou irmos-de-esteira Barapetu - grande, uma pessoa de distino BARRACO vd. Casa-de-santo. BATUCAJ Com este termo costumava designar-se a percusso que acompanha as C Cabaa Fruto do cabaceiro (Cucurbita lagenaria L., ou Lagenaria vulgaris cucurbitcea, e outras espcies). Sua carcaa freqentemente utilizada nos cultos afrobrasileiros como utenslio, instrumento musical" insgnia de ris ou mesmo para representar a unio de Obtl e Odduw (o Cu e a Terra). CABOCLOS Espritos ancestrais cultuados nos candombls-de-angola, de caboclos e na umbanda. So representados, geralmente, como ndios do Brasil ou de terreiros da frica mtica. Cafofo - Tmulo. Camba - Cama. CAMARINHA vd. Runko. CANDOMBLS Designao genrica dos cultos afro-brasileiros. Costumam, no entanto, distinguir-se pelas suas designaes regionais: candombls (leste-setentrional, especialmente Bahia), xangs (nordeste-oriental, especialmente Pernambuco), tambores (nordeste ocidental, especialmente So Lus do Maranho), candombls-de-caboclo (faixa litornea, da Bahia ao Maranho), catimbs (Nordeste), batuques ou pars (regio meridional, Rio Grande do Sul,,Santa Catarina e Paran), batuques e babaus (regio setentrional, Amazonas, Par e Maranho), macumba (Rio de Janeiro e So Paulo). CANDOMBLS-DE-CABOCLO vd. Caboclo. vd. Candombls Ca - um tipo de Xang.
danas nos terreiros; por extenso designa tambm as danas. BATUQUES vd. Batucaj. vd. Candombls Bni - Sim Beji - Orix dos gmeos. Ber - Perguntar Br - Comear Bru - Medo Bi - Nascer Biyi - Nasceu aqui, agora. B - Adorar. BOMBOJIRA vd. s. BOR Ritual que, juntamente com a lavagemde-contas, abre o ciclo inicitico. Fora deste ciclo, rito teraputico. Em ambos os casos, consiste em "dar de comer e beber a cabea" Bubur - Maldoso Bur - ruim, negativo, destrutivo Buruku Mau BZIOS Tipos de conchas de uso recorrente na vida cerimonial dos candombls. Especialmente servem s prticas do dilogun sistema divinatrio onde so empregados geralmente dezesseis bzios
CASA-DE-SANTO Designao do espao circunscrito que constitui a sede de um grupo de culto. Costuma chamar-se tambm de il (ktu), roga e terreiro (angola) e, em alguns casos, barraco. Este ultimo termo serve tambm para designar o recinto onde ocorrem as festas pblicas. CATIMBO vd. Candombls Catular - Cortar o cabelo com tesoura, preparando para o ritual de raspagem para iniciao no Candombl. CAURIS vd. Bzios. CAXIXI Chocalho de cabaa e de vime tranado, contendo sementes ou seixos. Em alguns casos, vasilhames rituais em miniatura. CESTO-DA-CRlAO 0 saco-de-existncia (p aiy), que, na cosmologia do povo-desanto, Oldmar deu a Obtl para que criasse o mundo a flor das guas primordiais. Foi, no entanto, Odduw quem verteu o seu contedo sobre a superfcie das guas CONGO vd. Nao Congum - Galinha da Angola. CONTRA-EGUN Trana de palha-da-costa que os nefitos trazem amarrada nos dois braos, logo abaixo do ombro, com a finalidade de afastar os espritos dos mortos Cutilagem - o corte que se faz na cabea do iniciado; realizado para abrir o canal energtico principal que o ser humano tem no corpo, exatamente no topo da cabea, (no Ori), por onde vibra o ax dos Orixs para o interior de uma pessoa.
D D - Orix das correntes oriundas do Daom. Dd - bom ou bonito Dabb - proteger, fornecer proteo Dda - Beleza Dgalgb - tornar-se um homem adulto Dgb - envelhecer, ficar velho, crescer Dag - D licena. Dhn - Responder Dal - quebrar uma promessa DAN Serpente sagrada (Daom Benin) representando a eternidade e a mobilidade sob a figura de uma cobra que engole a prpria cauda. Genericamente designa os filhos-de-santo da nao jeje; encontrando-se sincretizada com smr e Besen. DANDALUNDA vd. Yemoja Dara - Bom, agradvel. Dra - bom, ser bom Dradra - muito bom, tudo certo D - Chegar. DEFUMADOR Composto de essncias aromticas, folhas e cascas, usado ritualmente em fumigaes propiciatrias e teraputicas Dlade - coroar um rei Dele - chegar em casa DEND Palmeira africana aclimatada no Brasil (Elaeis guineensis; Jacq.) de ampla utilizao na liturgia dos candombls. 0 leo obtido dos seus frutos (azeite-de-dend) E E Kr - Bom-dia E Ksn - Boa-tarde E Kle - Boa-noite Eb - Famlia Ebi Fome EBO Termo que designa, genericamente, oferendas e sacrifcios, Usa-se tambm trabalho, despacho e, as vezes, feitio. EBMIN Pessoa veterana no culto; ttulo adquirido aps a obrigao de sete anos. Ope-se a ia, sendo equivalente a vodunci dn r - pedra de raio, sagrada para o Orix Sng d - Fgado Edu - Carvo. Edn - machado d - encanto, feitio gun - ossos, ossos humanos W vd. Quizila Efi - fumar Ef - vegetais verdes fri - dor de cabea EFUN Nome dado a argila branca com que so pintados os nefitos. Essa pintura corresponde ao que se chama de "mo-deefun" (vd. 18-Efun). Como sinnimo de efun ocorre, tambm, afin gb - comunidade de pessoas com o mesmo propsito gb - amuleto de proteo para o Orix (gn) Egb - chaga, ferida gbn - Irmo mais velho g - Aipim Egun - Alma, esprito. Nome genrico dos espritos dos mortos gn - esprito dos ancestrais Egngn - Espritos dos ancestrais, cultuados especialmente em terreiros situados na Ilha de Itaparica, na Bahia hin - Costas Ehn - Dente Eiye - pssaro Eiyel - Pombo Eja - Peixa j - Sangue Eji - chuva jk - Ombro Ej - cobra Ej - Cobra. kn - Unha considerado indispensvel para a elaborao de grande parte das comidas-de-santo. Suas folhas servem para guarnecer entradas e sadas das casas-de-santo (vd. mrw) DESPACHO Tipo de oferenda dedicada a s, quer no incio das crimnias (vd.Pd), quer nas encruzilhadas, nos matos, rios e cemitrios. DIA-DO-NOME vd. Orko Dd - ara - boa sade Dide - Levantar. Dg espelho DIJINA Nome inicitico dos filhos-de-santo dos candombls de nao angola DILOGUN (rn dnlgun) Nome dado adivinhao com bzios que podem ser de 4 a 36 (mais comumente 16). Nesse jogo de If as respostas ao orculo so dadas por s Dn Fritar DBL Cumprimento prescrito aos iniciados de rs femininos diante dos lugares consagrados ao culto, pai ou me-de-santo, rs e graus hierrquicos elevados. 0 termo ik designa o seu correspondente para o caso de filhos-de-santo de brisa masculinos Dbl deitar Dudu - Preto. Dp - Agradecer Dro - De p
k - pessoa mentirosa, falsa, fraudulenta k - rato Eleb - Aquele que est de obrigao. Aquele em nome do qual se faz o sacrifcio ou oferenda ld - Criador Eled - Orix guia. Elgbgi - curandeiro que usa ervas Els - pessoa que adora o mensageiro s Elkan - Ningum Elu - estranho mi - Eu m - respirao, tambm se refere a alma humana Emi Vida ENI Nome dado a esteira de palha utilizada pelos nefitos, sobretudo durante o perodo de recluso. empregada como "mesa", "cama" e "tapete" em distintos ritos. No candombl usual a expresso "irmos-de-esteira" para designar o conjunto de nefitos reclusos ao mesmo tempo, e que eventualmente tenham partiIhado esse artefato simblico na liturgia da iniciao nia - Ser humano Enn - inimigo Enini - orvalho da manh Enu - Boca Enyin - voc Ep - Azeite, leo Ep-pupa - Azeite de dend Equ - Mentira. EQUDE Cargo honorfico circunscrito s mulheres que servem os rs sem, entretanto, serem por eles possudos. o equivalente feminino de og Eran - Carne Eranko Animal ER Termo que caracteriza um estgio de transe atribudo a um esprito-criana re - Esttua Er - Lama F F - Raspar Fadaka - Prata Faiya - encantar, seduzir FAMLIA-DE-SANTO Termo de referencia que designa os laos de parentesco mstico nos quais incorre o filho-de-santo em virtude da iniciao Fri - cortar o cabelo com lmina (raspar) Far - Raspar cabea F - amar Fe - h muito tempo FEITO 0 mesmo que adsu e ia. FEITURA Processo de iniciao que implica em recluso, catulagem, raspagem, pintura, instruo esotrica, imposio do osu (vd.) e apresentao publica (vd.) orko Fniyawo - casar
Erin - Elefante Erink - milho na espiga Er Segredo Er - carregamento, fardo Er - Carrego; carga. Er - Cinza Er - Escravo rbo - compromisso de fazer uma oferenda aos Orixs Erupe - sujo Esan - Vingana. sin Religio ESSA Espritos de ancestrais ilustres do candombl s Primognito da criao. Tambm conhecido como Elgbra (jeje) popularmente referido como compadre ou homem-da-rua. Suscetvel, irritadio, violento, malicioso, vaidoso e grosseiro. Dizem que provoca as calamidades publicas e privadas, os desentendimentos e as brigas. Mensageiro dos' rs e portador das oferendas. Guardio dos mercados, templos, casas e cidades. Ensinou aos homens a arte divinatria. Costuma-se sincretiz-lo com o diabo. Ocorre tanto em representaes masculinas como femininas. Nas casas angola Bombogira; nas casas angola-congo (Exlon). Na umbanda tem mltiplas personagens, entre elas, Pomba-gira. Suas cores so o vermelho e o preto. Saudao "Lar y!" ESTEIRA vd. Eni Eti - Ouvido w - Feijo Ew - folha de planta wn corrente Ew - cabelo grisalho, sinal de dignidade Ewu - perigo wre - cabra Eya - tribo Eyin - Ovo Eyin - Vs
Fenuk - Beijar Fran - Gostar Fr - flauta Ferese - janela Fijb - respeitar Fil - Gorro, chapu FILHO-PEQUENO Termo de parentesco mstico que se refere a um lao interposto pela iniciao entre um novio e seu padrinho, gerando obrigaes e deveres semelhantes aos do compadrio (vd. Me-pequena). FILHO-DE-SANTO Diz-se de todo aquele que afiliado ao candombl. (vd.Povo-de-santo). FIRMA Fecho de colar de forma cilndrica. Suas cores indicam a vinculao de seu portador a um determinado rs F - Lavar
F - Quebrar Fiya - estar com medo, amedrontado FN vd. Jeje. vd. Nao Fowlrn - agir com pacincia Fn - Dar Funfun - branco G Ga - Alta, grande Gri - refeio feita de farinha de mandioca Gala - veado, alce GANZ Instrumento musical de percusso, semelhante a um chocalho, geralmente de folha-de-flandres e forma cilndrica, contendo em seu interior pedaosde chumbo ou seixos Gari - Farinha GB Gbabe - esquecer Gbada - faca com lmina grande Gbdr - rezar Gbagbo - acreditar Gbaguda - farinha de mandioca Gbajumo - cavalheiro; homem gentil Gb - levantar Gbd - agir de maneira inteligente Gbr - cumprimentos Gbese - dvida Gbyw - casar H H - expresso de prazer Hal - amedrontar, ameaar, intimidar HAMUNYIA Cadencia executada pelos atabaques e agogs que capitula a estrutura dos diferentes toques que marcam o sir (vd.). Mais conhecida por Avamunha I Ia - Me Ia ia Av IAB vd. Abor. IBASS Especialista ritual encarregada do preparo das comidas votivas dos rs. I-EFUN Especialista ritual encarregada das pinturas corporais durante o perodo de iniciao. Embora esse ttulo honorfico signifique literalmente "me-do-efun", o ofcio litrgico no se limita s pinturas com o pigmento branco (efun). So tambm empregados: wj e osn, respectivamente as cores azul e vermelho ILAX Titulo honorifico geralmente ostentado pela prpria me-de-santo, significando "me-do-ax" ou "zeladora-doax" Ialorix - Me de santo (sacerdote de orix) IA Termo que designa o novio aps a fase ritual da recluso iniciatria. Em yorb significa "esposa mais jovem"
Funfun - Branco Fnlflorun - dar liberdade, agir de maneira certa Fnwiniwini - garoar F - o som feito pelo vento
Gbn - Plantar Gb - Ouvir Gbogbo - Todos Gbju - bravo Gbrn - grande Gbr ouvir G - Cortar G Irun - Cortar o cabelo Gld - sociedade dedicada a homenagear os ancestrais Gnd - homem forte Gib - Jogar Gmb - cicatriz; marca no rosto que indica linhagem Gl - ouro Gn - pessoa alta Gun - subir Gunnugun - abutre, urubu Grr Pipoca
Ib - Colar, cheio de objetos ritualstico b - homenagem em respeito aos Orixs Ib pjpj - febre muito alta bamol - foras espirituais que so merecedoras de respeito Iban - Queixo banj - Tristeza Ibj - Gmeos bere - Origem b - Nascimento bnu - Raiva Ib - Lugar de adorao Ib - Mato Ibji - sombra Ibl - run - leito de doena Ibl - ik - leito de morte Ibsn k - cemitrio Id - Espada Ida-oba - Espada do Rei dw - consulente de adivinhao Ide - Pulseira
Ideruba - Fantasma Id - nus, ndega dd - Umbigo Idunnu Felicidade IF Deus dos orculos e da adivinhao. Senhor do destino. H quem afirme ser sua representao a cabaa envolvida por uma trama de fios de bzios. Sua cor o branco. Seu dia a quinta-feira. Conhecido tambm como rnml, "somente-o-cu-sabe-quemser-salvo". Saudao "Epbb/" If - Adivinhao Ifiyable - viso mstica feseji - perdo fun - Intestino Iga - quintal de um ancio gb - histria Igbado - milho gbl cemitrio IGB OD Expresso yorub que designa a cabaa ou o artefato litrgico que contm no seu interior os elementos simblicos e as substancias que tornam possfvel a existncia individualizada. IGB-OR Expresso yorb que designa, no rito do bor, o recipiente em que vo sendo depositadas as substancias constitutivas e reveladoras da identidade do sacrificante. Literalmente significa "cabaa-da-cabea". Na liturgia dos candombls freqentemente utilizada a forma ib, com o mesmo sentido Igbe Grito GBN Cadncia rtmica lenta executada pela orquestra cerimonial em louvor a sl. 0 termo designa tambm o molusco gasterpode terrestre, com concha univalva, corpo prolongado e tentculos na cabea. E o caracol tambm conhecido como "o boi de sl" e sua oferenda predileta. Na linguagem corrente dos candombls usual a forma ib gbn - lesma, caracol Igb - floresta Igbd rs - local sagrado para iniciar uma pessoa nos mistrios dos Orixs gboro - rua, estrada Igi - rvore Igi - pe - palmeira Ih - buraco Ija - luta, briga jb - Acidente jta - Anteontem Ijex - Nome de uma regio da Nigria e de um toque para os Orixs Oxum, Ogum e Oxal. Iji - rvore Ijo - Dana ka Dedo IK vd. Dbl kdde Pena vermelha do papagaio-dacosta (Psittacus eritacus, sp.). Simboliza o
nascimento do novo filho-de-santo e, de um modo geral, a fecundidade k - Morte Ikn - estmago Il - marcas faciais Il - Quiabo l rn - Leste Il Casa - vd. Casa-de-santo Il - Terra Il Ok Cemitrio IL-RS Expresso yorb que designa a dependncia de uma casa-de-santo onde se encontram depositadas as diferentes insgnias e objetos que compem a representao emblemtica de cada um dos rs. tambm conhecida a forma "quarto-de-santo" ou "casa-do-santo" l - Cidade l - tambor male - respeito ao ancestral mw - ara - encarnao, estado de reencarnao Imo - ope - folhas de palmeira ml - foras da natureza (rs) Imonamona - raio Im - Nariz In - fogo In Fogo INKICE vd. rs Inn - Fogo pd - encontro Ipad - Reunio pel - pequena cicatriz facial que indica a linhagem familiar Ipin - guardio pitan - tradio oral rw - estrelas rmj - cnticos do funeral dos caadores rpo - Harmonia rs - arroz Irin - ferro, sagrado para o Orix gn IRMO-DE-AX Termo de referncia que designa a relao de parentesco mstico entre os membros de uma mesma casa-de-santo. Diz-se, tambm, irmo-de-santo. IRMO-DE-BARCO vd. Barco. IRMO-DE-ESTEIRA vd. Eni Ir - Mentira Irun - cabelo Irnmle - foras da natureza (rs) sl - rgos reprodutores Ise - trabalho sgn - reverncia aos antepassados Isink - funeral, enterro tan - towodowo - lenda tradicional, histria sobre os orixs tan - histria, lenda, mitologia tef - iniciado nos fundamentos de If Ito - urina w - gba - carter de um ancio w - d - natureza w - Respeito
Iwj or - Testa w rohin - Notcia do jornal wo - Chifre wo - Tu w rn - Oeste Iwr - ouro y - gan - mulher mais velha, (anci), dentro da sociedade dos mdiuns ancestrais y - me y nl - Vov ygb - avylwo - divindade de if feminina, significa: " me dos mistrios ". Iyabas Cozinheira IY EGB Titulo honorfico importante na hierarquia dos terreiros que distingue sua portadora como "me-da-comunidade" ylwo - divindade feminina, me dos mistrios J Jde - Sair Jdeogun - preparar o combate Jdi - atacar Jagunjagun - Guerreiro, Soldado Jaj - Esteira Jal - Roubar J - acordar Je - comer Je ewo - m sorte que vem como o resultado de uma violao de tabu/regra Jj - rogar uma praga JEJE vd. Nao. vd. Fn. JEL Um dos nomes pelos quais conhecido s jel ou Ijel Jeun - Comer K K - Ler, contar Kbiys - cumprimento de respeito a um rei (oba) Kbysl - expresso de respeito a um chefe ou mais velho Kdr - destino K'g - pedir permisso para entrar em uma casa Kal - sentar Kan - Azedo Kan - estar em chamas Kr - bom dia Krn - ficar doente Kw - ler Kw - saudao, aclamao K - cortar Kedere - clarear, esclarecer Khnd - o segundo gmeo a nascer Keker - Pequeno Kker - pequeno Kr - ser pequeno KTU vd. Nao
Iyalax - Me do ax do terreiro yl - esposa mais velha em uma famlia polgama. Ylors - mulher iniciada nos mistrios das foras da natureza (rs), me de santo. YSAN Divindade das tempestades e do Rio Niger, mulher de gn, e, depois, de Sng. Relacionada com os vendavais, os raios e os troves. Sincretizada com Santa Brbara. Seu dia da semana a quarta-feira. Suas insgnias so a espada e o espanta-moscas de crinas de cavalo. Suas cores so o vermelho escuro e o marrom. Considerada a me dos egn, que a nica a dominar. Saudao "Eparrei !" Iyekan - ancestrais do pai Iyo Sal
Jw - confessar Ji - Acordar, roubar Jigi - espelho Jije - comer Jikelewi - borrifar Jimi - Acorda-me J - Danar Jko - sentar Jn - estar em chamas J - desculpar, perdoar Jowo - grande favor Jb - Respeitar Juba - rezas, pedido Juw Acenar
Kkn - mortal Kiniun - leo K - Aprender Ko Dara - Ruim K Tp - De nada Kkr - chave; sagrado para o mensageiro Exu (s) Kla - noz de cola amarga. Sagrada para a maioria dos Orixs Korin - cantar Krira - odiar Kor - Fel, amargo Kosi Nada Kt - Buraco Ku - morrer Ku - Morrer Kunle - ajoelhar no cho como um gesto de respeito, tanto para um local sagrado como para uma pessoa mais velha Kunrin - cantar Kuru - Longe Kurumu redondo
L L - Abrir L - sonhar Labalb - Borboleta Lbel - secretamente L - l - o comeo (considerar tempo) L - l - para sempre Lik - imortal Lailai - Para sempre Lla - Sonhar Ll - De noite Llju - esclarecer, iluminar Ln - Ontem Larin Moderado LAVAGENS Termo genrico pelo qual so designados os ritos Iustrais dos candombls. Esses ritos purificatrios podem ser exercitados sobre os colares cerimoniais, as pedras (t) consagradas aos rs, e nos templos. A mais tradicional manifestao publica dessa cerimnia realizada na Igreja de N. S. do Bonfim, na Bahia. LAVAGEM-DE-CONTAS Rito de agregao que consiste em lustrar os colares sagrados. Esse ritual marca o aparecimento do postulante como abi, vinculando-o a estrutura hierrquica de uma casa-de-santo L - Forte Ltl't - segmentos de um ritual M Ma - de fato, realmente MACUMBAS vd. Candombls. ME-CRIADEIRA Termo de referncia que designa a ebmin encarregada de atender o novio durante o seu perodo de recluso. a responsvel pelo preparo e administrao dos alimentos; higiene pessoal; guarda-roupa e instruo do nefito nos mistrios do culto. Por isso, diz-se que "cria" aquele que est sendo iniciado. ME-DE-SANTO vd. Babalorix. ME-PEQUENA Ttulo honorfico feminino que corresponde segunda pessoa na ordem hierrquica de uma casa-de-santo. Tambm ocorre a forma ia-keker. Seu equivalente masculino pai-pequeno. Diz-se, tambm, me ou pai-pequeno daquele que, ao lado da me ou pai-de-santo, encarrega-se da formao do ia (vd. Filho-pequeno) Maga - sacerdote chefe do Orix Xang (Sng) Maleme - Pedido de perdo Mal - Vaca Malu - Boi Mal Ako - Boi Ml - boi Mandinga - Feitio Mrw - folhas de palmeira - As folhas desfiadas do dendezeiro (Elaeis guyneensis, A. Cheval, PALMAE) que guarnecem as entradas de uma casa-de-santo contra os egn, os espritos dos mortos MATAMBA vd. ysan. MAWU vd. sl Meje - Sete Mejeji - Duas vezes Mj - dois Mrin - quatro Mrndlgn - dezesseis (16), tambm usado para referir a um sistema de adivinhao usado pelos iniciados de Orixs que est baseado nos primeiros dezesseis versos da divindade If (Od) Meta - trs Mw - dez Mi - engolir, respirar M - Viver Mi-amiami - Farofa oferecida para exu Mmo - sagrado, divino Mrn - outro M - Conhecer Mo - Eu Mod Cheguei Moj - saber, conhecer Mojub - Apresentando meu humilde respeito. Louvao endereada aos ancestrais ilustres, foras da natureza e aos prprios rs, durante os ofcios litrgicos Lw - ser bonito Lile - Feroz, violento Lil - Partir L - Ir Ld - do lado de fora Lod - Lado de fora, l fora Lod oni - no presente Lodo - No rio LGN EDE Divindade yorb considerada no Brasil filho de Ibualama ou Inle (ss) e sun Yyponda. Homem durante seis meses, jovem e caador. Nos outros seis, mulher, bela ninfa que s come peixes. Suas insgnias so o of (vd.) e o leque dourado (abebe) de sun. Suas cores so o azul e o amarelo-ouro translcido. Seu dia da semana quinta-feira. Saudao "Lgn!" Lkan - bravo Lkun - forte Lla - Amanh Lona - No caminho Lni - hoje Lsn - De tarde Lowo - Rico Lw - ser rico, ter abundncia Lu - Furar Lukoun pnis
Moru - tempo quente M - Pegar Mu beber Mul - Levar embora Mun Beber
MUZENZA Diz-se dos filhos-de-santo nos candombls de "nao" angola. 0 mesmo que ia. Por extenso, designa a primeira sada pblica do nefito no rito angola. Significa, literalmente, "estranho ser animado", na etimologia da lngua kikongo.
N N - Bater N - Gastar N - primeiro de todos NAO Designa, no Brasil, os grupos que cultuam divindades provenientes da mesma etnia africana, ou do mesmo subgrupo tnico. Mo exemplos do primeiro caso as "naes" congo, angola, jeje, ao passo que o segundo caso ilustrado por ktu, ijes e y,correspondentes aos subgrupos da etnia nag. Trata-se, na verdade, de categorias abrangentes as quais se reduziram as mltiplas etnias que o trfico negreiro fez representadas no Pais. 0 termo tem servido para circunscrever os traos diacrticos atravs dos quais se revela um mundo caracterizado por um notvel conjunto de elementos comuns. Tem servido, alm disso, paia hierarquizar esse universo em termos da maior ou menor "pureza" atribuda a cada "nao" em virtude de uma suposta fidelidade e autenticidade litrgicas. Naj - Prato feito com argila NN Divindade das guas primordiais, dos pntanos e brejos. Da associada quer ao limo fertilizante e a vida, quer a putrefao e a morte. Considerada me de Omol sincretizada com Sant'Ana. Suas cores so o vermelho, o branco e o azul que exibe em seus colares. Sua insgnia o Ibiri artefato confeccionado com a nervura central das folhas do dendezeiro, de pice recurvo como um bculo. Seu dia sbado. Saudao "Slba" Nba - juntar-se Nfe - amar Ni - dizer, ser, algum, aquele, depende do contexto N - Ter Ni r - De manh Nbi - No lugar Ngbt - quando Nikan - sozinho Nle - em casa Nn - dentro Nipa - Sobre Nipon - Grosso. Ntor - Por que Ntorp - Porque Nje - bem Njo - danar Nko - no Nl - grande Nlo - indo Nmu bebendo NOZ-DE-COLA vd. Ob Nrin - caminhando Nro - pensando Nu - Sumir Nyn voc
O O - ele, ela, isto Ob Rei OB Terceira mulher de Sng, Ob a deusa nigeriana do rio do mesmo nome. Muitas vezes se confunde com ysan, pois, alm de casada com Sng, usa tambm espada de cobre. Na outra mo leva, seja um escudo, seja um leque com o qual esconde uma de suas orelhas em lembrana do episdio mtico que deu margem sua rivalidade com sun. No Brasil sincretizada com Santa Catarina e Santa Joana d'Arc. Seu dia quarta-feira. Seus colares so de contas alternadamente amarelas e vermelhas de tonalidades leitosas. E saudada como "Obxire!" OBALWIY a "forma" jovem de Spnnn, do qual Omolu a "forma" velha. Divindade da varfvola e das molstias infectocontagiosas e epidmicas, consta como filho de Nn, criado por Yemoja, e, portanto, irmo de smr Veste-se todo de palha, com o que cobre as suas ulceraes. Sua saudao "Atot!" significa "Calma!", exigida a um deus to poderoso e temvel. Sua insgnia o ssra feixe de nervuras das folhas do dendezeiro, amarrado com tiras de couro, em vermelho e preto (ou branco e preto), incrustradas de bzios. sincretizado, no Brasil, com So Roque, as vezes, com So Lzaro e ainda com So Sebastio, em Recife Oba obnrin - Rainha me OBTL vd.sl Ob - Termo que designa a faca usada nos sacrifcios, por extenso qualquer faca no jargo do candombl Ob fari - Navalha Ober - Alguidar Ob - noz de cola, usado num sistema simplificado de adivinhao. Fruto de uma palmeira africana (Cola acuminata, Schott. & Endl. STER-CULIACEAE) aclimatada no Brasil. Indispensvel no candombl, onde serve de oferenda para os rs e usado nas prticas divinatrias simples, cortado em pedaos Ob - sexo feminino Obinrin - Mulher Obirim - Mulher, feminino bo - Macaco bo vagina OBRIGAO vd. Ebo. OBRIGAO DE SETE ANOS E uma das obrigaes mais importantes da carreira inicitica. Equivale a um autentico rito de investidura, a partir do qual, tornando-se ebmin, o filho-de-santo pode proceder a iniciao de outros buk - bode Od - Caador de - do lado de fora Od - Fora, rua de ay - o mundo todo Odide - papagaio Od - Rio dodo - justia Od Destino OD Pronunciamento oracular resultante da prtica divinatria com o pl (vd.), com os cocos de dend (vd.) ou com os bzios (vd.). H 16 od primrios ou maiores. Suas combinaes com os 16 secundrios resultam em 256, cujos desdobramentos chegam a 4.096. Cada od nominado e pertence a uma divindade ODDUW Divindade yorub, ora apresentada, nos mitos, como masculino e irmo de Obtl (vd.) (vd. tambm Cesto-dacriao), ora como feminino e, no caso, esposa deste ultimo. Odduw significa "a cabaa de onde jorrou a vida". evocada, no Brasil, em alguns terreiros (vd.) e, tambm, no candombl-dos-eguns de Itaparica (vd. Egngn). ODUNDUN A folha-da-costa ou saio africano (Kalanchoe brasiliensis, Comb. CRASSULACEAE). Uma das folhas rituais mais importantes dos candombls Odukun - batata doce Odn - Ano dndn - erva medicinal OF Designa o instrumento simblico de ssi, consistindo num arco e flecha unidos em metal branco ou bronze Of - Arco e flecha Of - flecha fin - lei, direito Of - feitiaria furuf - Respirar, ar, espao OG Ttulo honorfico conferido, seja pelo chefe do terreiro, seja por um rs incorporado, aos benemritos da casa-desanto, que contribuam com sua riqueza, prestgio e poder, para a proteo e o brilho do se (vd.). Esse tipo de titulatura admite uma srie de especificaes que abrangem, desde cargos administrativos, at funes .rituais. A iniciao dos ogs mais breve e se distingue daquela dos ias (vd.), por excluir a catulagem, a raspagem e alguns outros rituais. Tal como as equdes (vd.) os ogs no so passveis de transe. g - Chefe Ogbe - crista de galo Ogbo ato - ficar velho, vida longa Ogboni - sociedade de homens ancies que adoram o Orix Onile gd - Banana gd - encanto, feitiaria Ognrin mulher
GN Divindade da forja e dos usurios do ferro; por extenso, da guerra e da agricultura e, tambm, da caa ou de todas as demais atividades que envolvem a manipulao de instrumentos de ferro. rei de Ir e por isso chamado, no Brasil, Onr. Costuma ser representado por um semicrculo soldado a base por uma haste, no qual se encontram, pendurados no arco do semicrculo, todo o tipo de instrumentos, que, como o conjunto inteiro, so de ferro. E filho de Yemoja e irmo de s e ss. Por isso, tem a ver com os caminhos, a caa e a pesca. Pertence-Ihe a faca sacrificial o be (vd.). Os colares so de contas verdes ou azul-escuro (em angola). Seu dia a tera-feira. Saudao "gn y!" Ogun - Guerra gn - Orix da Guerra e Metais Ohn - Voz jiji - Sombra Ojise - mensageiros j - chuva Oj bmta - Sbado Oj ik - Domingo Oj Aj - Segunda-feira Oj B - Quinta-feira Oj Et - Sexta-feira Oj sgn - Tera-feira Oj R - Quarta-feira jl - jibia Oj - olho ou face, dependendo do contexto Oj - ri - sepultura, tmulo Oj se - fora nos olhos Oj n - caminho, estrada Oju ona - Olho da rua, ( caminho ) Oj run - Cu Ojubona - professor Ojugbede - sacerdote chefe do Orix do ferro gn em Il If Oka - cobra Okan - Corao k - Montanha Oko - Esposo Ok - Pnis Okn - corao k - cadver, defunto kun - o oceano, mar Okunlin - Homem kta - Pedra Ol - ladro Olod - Senhor da rua Oldmar - Supremo vd. Olrun Olona - nome em louvor ao Orix Ogun que significa: "proprietrio da estrada" OLJ Expresso yorub que na lngua ordinria significa seja o vendedor, seja o dono do mercado. Na cosmologia do povo-desanto, a locuo dono-do-mercado equivale a um dos ttulos de s OLR Termo que designa o "dono da cabea", isto , o rs pessoal de cada iniciado (vd. Or).
OLRUN Divindade suprema yorub, criador do cu e da terra. Deus do firmamento. o Eleda, "senhor-dascriaturas-vivas"; o elm "dono-da-vida"; que criou o homem e a mulher a partir do barro, encarregando seu filho, Obtl, de mold-los e anim-los com o sopro vivificante. De carter inamovvel, o numinoso que permanece fora do alcance dos homens que no Ihe podem render culto. No tem insgnias. Sua cor o branco absoluto. tambm chamado de Old-mar Olr - chefe Olrum - Deus Olosa - Orix da laguna OLOSSAIN Sacerdote encarregado da coleta e da preparao ritual das ervas sagradas na liturgia dos candombls. 0 mesmo que babalossain Olw - sbio mais velho Olk - Professor Oluwo - chefe adivinhador de If do conselho masculino dos ancios Omi - gua Omi ay - as guas da terra Omi Dd - Caf preto Omira - sangue menstrual Omi-tt - gua fria Omo - filho, criana. Omod - criana jovem n - estrada, caminho Ong Comida Onbr - cliente Onbode - porteiro Onl - guarda da casa Oni're - nome em louvor para o Orix do ferro Ogun, que significa "chefe da cidade de Ire" Ons - trabalhador Onje - omida Onje r - Caf da manh Onje Al - Jantar Onje sn - Almoo ni - O Rei da nao Yorub Orn - Sol s - o mesmo que Orix SL Este o nome pelo qual se conhece, no Brasil, Obtl (o Senhor do Pano Branco) e significa "o grande ris". Filho de Olrun (vd.) foi encarregado por este de criar o mundo e os homens. Nesta ultima condio portador dos ttulos de jl, jlm e Almorer. Apresenta-se ora como um jovem guerreiro, simbolizado pelo arrebol sgnyn, ora como um velho, curvado ao peso dos anos, simbolizado pelo sol poente slfn. Suas insgnias, em prata lavrada, so, em conseqncia, ora a espada e o pilo, ora o psor um basto com aros superpostos, adornados de pingentes, encimados por um passado (em geral uma pomba) smbolo do poder. Costuma-se sincretiz-lo com Nosso Senhor do Bonfim.
Sua cor herldica o branco e seu dia a sexta-feira. A ele se dedica a grande festa popular da "lavagem do Bonfim" (vd. Lavagem). Saudao "Ep bb! Ep !" soko - Orix da fazenda p palmeira PL Colar aberto no qual se encadeiam oito metades de coquinhos de dende, mediante um fio tranado de palha-da-costa. o instrumento divinatrio privativo dos autnticos sacerdotes de If (vd. Os bblwo (vd.). Opl - corrente usada pela divindade If, significa: " enigma da palmeira " pin sn - o fim do ritual polo - Sapo pp - rua pr - mentiroso r - Amigo (a) Or - Termo que designa a cabea na vida litrgica dos candombls. , alm disso, uma divindade domstica yorub guardi do destino e cultuada por adeptos de ambos os sexos. Tambm se diz que a alma orgnica.perecvel, cuja sede a cabea inteligncia, sensibilidade, etc. ORK Conjunto de narrativas da saga mstica dos rs que proclamam seus feitos. Ocorre tambm sob a forma de pequenos enigmas endereados a uma pessoa como voto de bons augrios Orl - nome de uma nao Orin Cantiga RS Qualquer divindade yorub com exceo de Olrun (vd.). Seus equivalentes fn (vd.) so voduns. A designao das divindades do culto angola-congo que Ihe correspondem inkice. Essas equivalncias so imperfeitas, pois, ao passo que uns so foras da natureza, outros so espritos que retornam sob a representao de animais, enquanto outros ainda so espritos ancestrais ris bi - esposa de Orungan RSNL um ttulo de Obtl, a partir do qual se formou, no Brasil, o nome Oxal ORGB Fava de uma planta africana adaptada no Brasil (Garcinia Kola, Hae-ckel, GUTTIFERAE). Orko - Expresso yorub, empregada na liturgia dos candombls, que significa "qual o teu nome?". Ocorre na mais expressiva cerimonia publica do candombl, conhecida como sada-de-santo, dia-do-nome, sada-deia e muzenza rn - Pescoo Orun Cu RUN vd. Aiy Ornkn Joelho RNML vd. If sa - Lagoa Osn - Laranja
Osn - fruta snyn - Orix das ervas e dos medicamentos s - Sabo s - semana ritual de quatro dias s - Esquerda Os Bruxo SNYNN rs das folhas litrgicas e medicinais, imprescindveis para a realizao do culto. Na frica considerado companheiro de If e tambm adivinho. Seu emblema so sete hastes de ferro pontiagudas, das quais a haste central encimada por um pssaro. As sete hastes esto soldadas pela base, formando, no seu pice, um crculo em torno da haste com o pssaro. As cores das contas de seus colares so o verde (ou azul) e o vermelho leitoso. Seu dia , para alguns, a seguinda, e para outros, a quinta-feira. Sua saudao "Ew !" ss - orix da caa - Filho de Yemoja, irmo de gn (vd.), companheiro de s e snyn, este rs, considerado rei de Ktu, tem o ttulo de ode (o Caador). No Brasil sincretizado, seja com So Jorge (na Bahia), seja com So Sebastio (no Rio de Janeiro e Porto Alegre). Seu smbolo o of (vd.). 0 cotar votivo de contas azul-de-viena (azul esverdeado). Saudao "k r" Os Ms SMR Costuma ser identificado com o arco-ris e com a serpente. Representa a continuidade, o movimento e a eternidade. No Brasil considerado irmo de Obalwiy (vd.) e filho de Nn (vd.), possivelmente em virtude de sua origem daomeana. Dele se diz que o Rei de Jeje. Seu smbolo so as duas cobras que leva nas mos quando dana, sendo uma masculina e outra feminina, aluso ao seu carter duplo de macho e fmea. Dia consagrado: tera-feira. Colares de contas verdes e amarelas listradas. Saudao "Arb bo y!" Sincretizado com So Bartolomeu. SN Divindade das guas, em particular no Rio sn, na Nigria. E a segunda esposa de Sng, mas foi casada tambm com gn e ss. Deste ultimo casamento nasceu Lgn-ede (vd.). Seus smbolos so o leque dourado e a espada. pois uma iab que se caracteriza pela coqueteria, gostando de enfeites e jias de ouro (ou cobre amarelo). Tem o ttulo de Ialod chefe das mulheres do mercado, sendo sincretizada no Brasil com diversas Nossas Senhoras (da GIria, da Conceio, do Carmo, das Candeias, da Candelria) e com Santa Luzia. Alm disso, a Rainha de sogbo e y. Seus colares so de contas amarelo-douradas translcidas. Saudao "Rora yy o!" Seu dia o sbado. sup Lua
OSU Artefato cnico, confeccionado a partir de substncias sagradas de origem animal, vegetal e mineral, imposto a cabea do novio aps as incises rituaisfeitas sobre o alto do crnio (vd. Adsu). Ota e Okuta - Pedra Ot - lcool Ot B - Cerveja Otin Dudu - Vinho tinto Otin fum-fum - Aguardente P P Matar Pada Voltar PD Rito que desempenhado no incio das cerimnias do candombl em homenagem a s, considerado necessrio como rito propiciatrio, pois as primcias sacrificiais devem caber aquele que , alm de primognito da criao, o portador titular de qualquer oferenda. 0 seu no cumprimento visto como implicando em perturbao de toda a ordem ritual Pad - Encontrar Pd - encontrar Paeja Pescar PAI-DE-SANTO vd. Babalorix. PAI-PEQUENO vd. Me-pequena Pk - farinha de mandioca, mandioca Paki - Sala Pkr - ritual noturno nos funerais PALHA-DA-COSTA Tipo de palha proveniente da Costa da frica, com que se designa a regio sudanesa da frica Ocidental (Golfo da Guin). Usa-se tranada em diferentes artefatos litrgicos. Pam - Esconder Par - desaparecer, ser destrudo Pari - completar Pariw - gritar, barulho Patap Burro PATW ou PATW Palmas em cad0ncia sincopada empregadas como saudao aos rs, bem como em circunstncias que impem o silencio, como no caso do recolhimento, para indicar uma necessidade a ser atendida. Diz-se pa.
Otin nib - Cerveja tit - verdade Otu - sacerdote que faz oferendas em nome do Rei (Oba) tn - Direita un - Ele (a) Owo - No Ow - Dinheiro Oyin Mel
PARS vd. Candombls P - Chamar Peji - Espcie de altar onde se encontram dispostos os diversos tipos de insgnias da divindade, como as pedras votivas (ta), armas e demais objetos simblicos, e onde esto dispostos os recipientes contendo as comidas ofertadas aos rs PEMBAS Espcie de giz de diferentes cores que usado para traar desenhos mgicoreligiosos e de carter invocatrio. E mais freqentemente empregado nos ritos de umbanda. Pl - marcas na face. Caracteriza as famlias Pelebi - Pato Peleke - aumentar Ppiye - Pato Pepel Banco Pn - dividir, repartir Pitan - contar historias POMBA-GIRA vd. s Pk - copo feito de uma casca de coco POVO-DE-SANTO Designao coletiva que abrange o conjunto dos filhos-de-santo de todos os candombls PRETOS-VELHOS Termo que designa um tipo de entidade caracterstica dos cultos de umbanda. Representam os espritos de negros escravos que se notabilizaram por sua humildade, sabedoria e magia. So conhecidos como Vov/Vov, Tio/Tia e Pai/Me. Pupa - Vermelho Pp - Muito Putu bom
Q QUEBRA-DE-QUIZILA vd. Quizila. QUITANDA-DE-IA Rito do ciclo inicitico em que so rompidos alguns dos tabus que cercam o novio. Consiste no desempenho dramtico de funes e atividades evocativas de situaq5es do quotidiano. 0 termo alude, ainda, a venda que o ia efetua de produtos variados (frutas, doces, etc.) expostos sobre tabuleiros,como nas feiras e mercados. A origem do termo quitanda kimbundo e significa expor, e, por extenso, feira ou mercado. QUIZILA Interdito ritual; o mesmo que w. Na liturgia dos candombls h um ciclo cerimonial, onde se realiza o rompimento dos tabus que circundam o novio durante a iniciao, conhecido como quebra-de-quizila. Dele fazem parte o pann e a quitanda-de-ia.
R R - Apodrecer R - Comprar R - engatinhar Rr - No Rri - rapar a cabea, o primeiro degrau da iniciao Re - Ir Rin - rir Rr - coisas boas, boa fortuna Rere - Muito bem Rrn - Rir R - Ver Rn - Andar Rn - Trabalhar S S - estao, determinado espao de tempo SADA-DE-SANTO vd. Orko Saju Antes SAKPAT vd. Obalwiy Sn - estar bem Snku - morte prematura Snm - cu Sanra - estar gordo Sanro Gordo SANTO vd. rs Sarapeb - Mensageiro Sr - Rpido, correr SAWORO Artefato de palha tranada e que tem como fecho um guizo. 0 novio deve t-lo atado ao tornozelo, e port5-lo durante um largo perodo ap6s a sua recluso. Um dos smbolos cerimoniais da sujeio do ia numa casa-desanto S - cozinhar Sr - chocalho, sagrado para o Orix Sng Sgg - tirar a sorte, fundio de certas formas de adivinhao Sk - mentir Si Ori - Abrir a Cabea Simi - Descansar Sinsin - descansar Snun - Dentro Sir Diverso T T - vender Tb - Tabaco, fumo Two - o primeiro gmeo a nascer Tlk - pessoa pobre TAMBORES-DE-MINA vd. Candombls Tan - Vela, lmpada Tann - acender a luz Tara - pequena pedra Tata Gafanhoto TATA-DE-INKICE vd. Babalorix Taya - Esposa T - espalhar Te - estabelecer T - pressionar Tf - iniciao If Tel - seguir Tmi - Meu, minha TEMPO um ndice. Corresponde ao rok nag. Muitas vezes seus assentamentos (vd.) se encontram ao ar livre, isto , "no tempo". Dele se diz que o dono da bandeira branca que distingue as casas-de-santo (vd.). Seu SIRI Conjunto de danas cerimoniais onde ocorrem distintos ritmos, cnticos e estilos coreogrficos caractersticos do desempenho de cada rs Sise - Trabalho So - amarrar Sd - fora Skoto calas SNPNNN vd. Obalwiy. SNG Divindade iorubana do raio e do trovo. Descendente do fundador mtico da cidade de y e seu 4. rei. Seu smbolo o machado duplo, notabilizando-se ainda como o dono da pedra-do-raio, indispensvel aos seus assentamentos. E viril, como atestam suas vrias esposas (sun, Oba, Oya), violento e guerreiro, distinguindo-se, sobretudo, pelo seu senso de justia, aspecto mais desenvolvido da sua representao no Brasil, e que o liga a So Jernimo, com quem sincretizado. Suas cores so o vermelho e o branco. Seu dia quartafeira. Saudao "K wo, k biy s!" Sr - falar Sr - Falar Stito - ter f Sn - Dormir Sunkun - chorar Sr Pacincia Riri - tremer de medo R - Pensar Roboto Redondo ROA vd. Casa-de-santo Rjo - chover Ronu - Pensar Rbo Sacrifcio RUM, RUMPI, RUNL vd. Atabaques Run - perecer, sucumbir RUNKO Termo pelo qual se designa o aposento destinado a recluso dos nefitos durante o processo de iniciao. f conhecido tambm como alase, camarinha ou ainda se Rsrs Amarelo
smbolo uma grelha de ferro com trs pontasde-lana. sincretizado com So Loureno, santo catlico que sofreu o martrio sobre uma grelha. TERREIROS vd. Candombls Tete Aplicado TETEREGUN Planta da famlia das ZINGlBERACEAE (Costus spicatus, SW.). conhecida, ainda, como sangolov e cana-demacaco. Na classificao das folhas liturgias considerada de agitao W Wa - Nosso W - ser Wdi - fazer perguntas WJ Nome litrgico do anil ou ndigo, a cor azul-escura Wakati - Hora Wr Leite W - Banho Wejeweje - coisas boas Were - jovem Wr - Louco Wp - dizer algo W - Vestir Y Y - inundar Y - virar para o lado Yg - Licena Yalayala - gavio, rpido, veloz Yama - Oeste Yn - escolher Yan - Torrar Yanran - bom Yara - quatro Yra - ser rpido Yara-ypejo Sala Yaro - Ficar aleijado Yesi quem YEW rs feminino do rio e da lagoa Yew, na Nigria. Uma das iabs, considerada ora S Corresponde a letraX Saju - Antes Sir Diverso XANGS vd. Candombls Xaor - Tornozeleira de palha da costa usada durante o recolhimento para o processo de iniciao. V VODUN vd. rs.
Tmtm - pequeno Tntn - sincero Titi - at Titun - Novo T - Urinar Tbi - Grande, maior Tbi ode - caar Toto - Ateno Tn - Retorno Tnd - renascer Tutu - Frio, gelado
W - o qual Wo - relaxar Wodi investigar Wo'gun mrin - os quatro cantos do mundo, as quatro direes Wol - entrar Wolwd - entrar e sair Won - ento Wran - assistir Wu - Desenterrar Wun ni - Gostar Wr Ouro
irm de iysan, ora esposa de smr. Seu nome significa beleza e graa. As cores de seus colares so o vermelho e o amarelo. Usa como insgnias o arpo, a ncora e a espada. Ha um vodun daomeano com o mesmo nome, cultuado em So Lus do Maranho. Saudao "Rir!" Yewere - sem valor, indigno Yy - bobagem Yeye - me Yi - isto Yibi - grandeza Yio - desejo Yiyan - Assado Yo - aparecer Yonrin Areia
MDULO II OS ORIXS: ORIXS POUCO CULTUADOS EXU ELEGBAR OGUM OSSANHE OXOSSI LOGUN-ED OXUM EW OY OB YEMONJ OXUMAR XANG NAN OBALUA / OMUL IRKO OXAL
OS ORIXS
So massas de movimentos lentos, serenos e de idade imemorial. So dotados de um grande equilbrio, necessrio para manter a relao entre os que nascem e os que morrem, entre o que dado e o que devolvido. Por isso, esto associados justia e ao equilbrio. So as entidades mais afastadas dos seres humanos e as mais perigosas. Incorrer no desagrado ou na irritao desses Orixs-funfun fatal. Tal situao, est associada ao sentimento que aterroriza alguns iniciados, ao aniquilamento total, a de ser completamente reabsorvido pela massa e no renascer nunca mais. Funfun aqui utilizado com duplo sentido: do branco,de tudo que branco, os objetos e as substncias brancas; e a do incolor, anti-substncia, o nada.
O QUE SO ORIXS ? Muita gente acredita que os orixs so seres inferiores, perversos e de pouca luz. Ou, ento, chegam a defini-los como criaturas demonacas, com grande poder de destruio, usados somente para o mal. Mas, ento, o que realmente so os orixs?
Para ns, os orixs so seres divinos criados por Olorun, nosso Deus nico, que o auxiliaram na criao do universo e de todos os seus componentes. A partir da, eles ganharam a funo de intermedirios entre o criador e a criatura. atravs deles que podemos tentar chegar um pouco mais perto de Deus, se isso no for muita pretenso para ns, meros mortais. Segundo os yorubs, os orixs so os donos da nossa cabea, ou "ori", e nossos protetores individuais. Eles esto sempre tentando nos transmitir seus conhecimentos, que, muitas vezes, passam desapercebidos pela nossa razo, mas no pelos nossos sentidos. Infelizmente, no damos a devida importncia a esse fato, achando que so "coisas da nossa imaginao". Segundo acreditamos, houve uma grande ruptura entre os seres humanos e os orixs, que antes viviam lado a lado, cada um podendo visitar o mundo um do outro; ou seja, a Terra (iy) e o cu (orun), estavam ligados entre si, no existindo barreiras. Algumas lendas do Candombl contam que tudo corria muito bem, at um ser humano desrespeitar a ordem estabelecida por Olorun. Seu erro foi adentrar em um local proibido, maculando-o com a sujeira da Terra. Isso no foi perdoado, e a separao tornou-se inevitvel. Assim, Oxal soprou o seu hlito divino sobre a Terra, criando o ar atmosfrico, que seria, da em diante, a barreira entre esses dois mundos. Desde ento, os seres humanos vivem tentando alcanar o cu e seus seres encantados, sem obter resultado. Ns, atravs do Candombl, conseguimos restabelecer essa ligao com o orun, e temos o poder de presenciar claramente a manifestao da centelha divina em nosso interior, que a experincia mais maravilhosa que algum pode experimentar. A esse conjunto de mecanismos criados pelos seres humanos para tentar chegar mais perto do criador e reatar, assim, a comunicao interrompida no passado, a melhor definio para a palavra religio. H varias formas de um mesmo orix, isto , existem vrios tipos diferentes provenientes de uma mesma origem divina. A esse fenmeno damos o nome de qualidades. Tomemos o exemplo do orix Oxun, que reina nas guas doces. Ele ir subdividir-se em vrias formas ou qualidades, como: Pond, Opar, Kare, Top, etc. Todas essas qualidades tm a mesma essncia, mas diferem entre si em muitas coisas, inclusive no que diz respeito a seus fundamentos e rituais. Esse tema muito complexo, gerando dvidas at mesmo entre os babalorixs. Por isso, para podermos detectar o orix de uma pessoa, assim como sua forma ou qualidade, preciso consultar o orculo de If, ou jogo de bzios. No existe outro meio mais seguro e eficaz. Atravs dos bzios, um bom sacerdote ser capaz de identificar, o orix ao qual a pessoa pertence, e tambm verificar se h, realmente, a necessidade de se fazer a iniciao. Caso isso seja inevitvel, a pessoa em questo dever passar por vrios preceitos de confirmao at o dia da feitura. fundamental que no haja erros de espcie alguma, pois com a vida de um ser humano que estamos lidando. Quando o babalorix identifica o orix de algum, ter, necessariamente de levantar todos os detalhes que esto ligados a ele, como a famlia ao qual pertence, as oferendas de que gosta, o tipo de comida que mais lhe agrada, seus lugares de ebs, rezas, cantigas, etc. , tambm, muito importante saber sobre o elemento da natureza que ele habita e domina, bem como a funo que desempenha dentro do universo. Os orixs podem ser evocados atravs de rezas (aduras), cantigas especiais (orikis), ou pelo seu nome dentro do plantel dos orixs (morunko). Cada um deles tem suas cores predominantes, que derivam das trs cores bsicas do universo, que, segundo os yorubs, so o vermelho, o preto e o branco. As roupas rituais de cada orix, alm de todos os adereos e ferramentas que lhe so peculiares, tambm exibiro essas cores. As comidas tambm so indispensveis nas oferendas, variando muito de orix para orix. ORIXS Os negros africanos, ao chegarem ao Brasil, trouxeram um culto primitivo, oriundo de sua ptria, conhecido como Candombl. Aparentemente de maneira infantil, cultuavam alguns deuses chamados por eles de "orixs". Essas divindades seriam, por um lado, ligadas natureza e por outro aos homens. Praticantes seculares do mediunismo, os negros adeptos do Candombl, no aceitavam e no aceitam at hoje, a "incorporao" em seus mdiuns de Espritos de "mortos". No Candombl um Esprito errante chamado de "egum". As definies a seu respeito e as lendas africanas a respeito de onde eles se originaram so vrias, mas coincidem em alguns pontos bsicos: Orixs so divindades intermedirias entre o Deus Supremo e o mundo terrestre, encarregados de administrar a criao e se comunicar com os homens atravs de vistosos e complexos rituais. As estrias sobre eles falam-nos de seres profundamente humanos em seu comportamento - arqutipos que encontram correspondncia com vrias mitologias, entre elas a greco-romana. Existem duas correntes bsicas que tentam explicar o aparecimento dos Orixs. Uma delas remonta a criao do universo. Antes de tudo havia o caos, at que um deus supremo, Olorum ( semelhana do Deus catlico) criou o universo, suas estrelas, planetas, o mundo material, que se separava, de
maneira drstica, do que havia antes, o mundo imaterial ou sobrenatural. Para estabelecer seu controle sobre os seres que habitariam esses mundos (ou, especificamente, Terra), Olorum criou os elementos, sendo cada um deles a forma material dos Orixs. Outra maneira de se explicar o mesmo processo menos mstica; os Orixs seriam seres humanos importantes, donos de grande poder em vida, que morreram de maneiras incomuns, por meio de grandes acessos de clera ou ento de fulminante paixo. Essa sobrecarga de sentimento teria provocado uma espcie de derramamento da essncia de cada ser, impedindo que eles assumissem a forma comum de todos os espritos mortos, os eguns. Neste caso, tais espritos se identificariam com um dos elementos da natureza. O Orix seria, ento, um ancestral divinizado, que, quando vivo, estabeleceu controle sobre certas foras da natureza, tais como o trovo, o vento, as guas doces ou salgadas, ou mesmo sobre certas atividades como a caa, o trabalho em metal, ou ainda, sobre o conhecimento das virtudes e da utilizao das plantas. O poder, o Ax, do ancestral Orix teria a faculdade, depois da sua morte, de se transmitir momentaneamente a um de seus descendentes, no decorrer de uma crise de possesso. Havia cerca de 600 Orixs na frica, que se reduziram a 50 no Brasil; desses, apenas 16 so cultuados no Candombl na atualidade. Esse processo de assimilao, no entanto, no est definido; ao longo deste sculo, assistiu-se, por exemplo, progressiva reabilitao de Nan, assim como outras entidades aos poucos vo sendo esquecidas. Os "orixs", ao presidirem a prpria natureza atravs de seus agentes, trariam em si caractersticas de personalidade que os ligariam a determinados estados evolutivos da espcie humana. A vibrao provocada pelo tipo de personalidade de um certo indivduo, vai coloc-lo sob a influncia de determinado "Orix". Diz-se, ento, que ele oriundo daquela faixa psquica, ou como fazem no Candombl, que ele "filho de Santo". Os orixs podem ser considerados arqutipos da personalidade freqentemente escondida das pessoas. Os seus adeptos tm em comum tendncias inatas e um comportamento geral correspondente a cada Orix: a virilidade devastadora e vigorosa de XANG, a feminilidade elegante e vaidosa de OXUN, a sensualidade desenfreada de OY-YANSAN, a calma benevolente de NANAN, a vivacidade e a independncia de OXOSSI, o masoquismo e o desejo de expiao de OMOLU etc. os mais cultuados atualmente no Brasil, e de acordo com o ttulo, uma religio a servio do povo, os de maior interesse pela nossa prpria necessidade, maior conhecimento e interao. Levando sempre em considerao que so denominados na linguagem yorubana. Existe uma subdiviso, entre os orixs, que os diferencia e identifica, de uma forma mais individual, mesmo dentro do seu grupo, que denominado "qualidade" do orix, cabe uma explicao mais aprofundada; cada pessoa tem um orix individual, nico e exclusivo, no existem dois orixs iguais em toda terra, e todos possumos, o que chamamos de "cuia' , formada por sete orixs, sendo um principal, chamado de "frente" - o dono do Or - , o segundo "ajunt", os demais: "proteo", "carrego", "alicerce" e "cumieira". A cada orix, as qualidades variam de acordo com a nao que se pratica (kto, gge, angola, ijex, fon...), essas qualidades exprimem situaes desses orixs, que podem ser, ttulos honorficos (caso de Xang), tipos de animais, lugares, situaes, formas ... os sete orixs que formam a "cuia" de cada pessoa, com as suas mais diversas qualidades, formam entre si, uma combinao matemtica, quase que infinita, o que propicia a cada indivduo, um orix nico, sem outro igual. Os ORIXS - deuses IORUBS na frica e no Novo Mundo seriam ancestrais mticos encantados e metamorfoseados nas foras da natureza. Cada Indivduo tem um ORIX principal que o "dono da cabea", e outros trs que exigem cultua co e que tambm oferecem proteo. A tradio afirma que cada ser humano, no momento em que criado, escolhe livremente sua cabea (ORI) e seu destino (ODU). Cada pessoa tem uma origem divina, que a liga a uma divindade especfica. Esta parte divina situada dentro da cabea. A substncia de origem divina (IPORI) torna manifesta a filiao a um deus especifico o ELED, por Isso chamado o dono da cabea. Conhecer seu ELED possibilita ao homem ser artfice de seu prprio destino, cumprindo as obrigaes ou Interdies que seu ORIX determina. Saber manipular tais influncias equivale ao conhecimento do horscopo natal com as melhoras de vida, que se pode obter sabendo ouvir os astros. 0 "dono da cabea" (ELED) determina o tipo psicolgico de seu filho e responde, tambm, por suas caractersticas fsicas e seu destino. Tradicionalmente, sabe-se qual o ORIX da cabea, pela leitura de bzios - forma divinatria na qual se l o ODU. Para isso, usa-se bzio africano (CAURI) previamente preparado para esse fim. Voltaremos, aps uma viso geral da estrutura do CANDOMBL, aos ORIXS e tipos psicolgicos.
AAAJ : Est ligado floresta, aquela que ensina o uso das ervas. AB : cultuado na Casa Grande das Almas das Minas, no Maranho, irm gmea de BAD, no Jje chamado de AGB. AFF : Deusa dos ventos, Deusa Yorub. Se relaciona com Oy. AFOMAN: Deus da varola, responsvel pelas epidemias. AJ XALUG : O escolhido de Olorum, representa riqueza e sucesso. Quando grande soma de dinheiro tem que ser obtida feito apelo este Orix. AJ : um Orix que comenda o vento e possui uma fora extraordinria. As pessoas desse Orix fazem sacrifcios de animais e festejos separados dos demais. AGEM : um tipo de Orix comum entre Ijb e Agoiwye. AZAMOD : Cultuado no Jje. No seu dia realizada uma grande festa (6 de Janeiro). Nessa festa, todos os iniciados devem usar roupa branca. As mulheres trazem na cabea travessas e gamelas de barro repletas de frutas, que so colocadas nos ps das rvores correspondentes. Todos devem comer frutas. No h sacrifcio de animais. APAOK : Orix que tem o seu corpo em forma de rvore, o senhor da jaqueira. Segundo algumas lendas gerou Oxossi. muito confundido com Irko. AXAB : Orix feminino da famlia de Xang, usa vestimentas nas cores vermelho e branco (podendo ser estampado). Usa sempre pano da costa. Traz na mo uma lira. AZA : o vodum da morte. O seu assentamento enterrado o mais fundo possvel, ou tapado com cimento, de forma que ningum tenha acesso. Esta entidade tambm protege aqueles que trabalham no comrcio, seu assentamento fundamentado com sangue humano. Seu ferro uma foice. AFREKUET : ou AWEREKUET. Deus da abertura dos caminhos, divindade africana, cujo culto mais freqente no Jje. Tem ligao com Kevioso. AIDOVED : Pertence ao culto da D. AKONKOR : assentado na cajazeira sagrada. Cultuado na Casa Grande das Minas do Maranho. AKSSAPAT : No nosso culto corresponde a Sakpat. BAIANNI ou BANHANI : Tem ligao com Xang. Suas vestimentas so parecidas com a de Xang, traz tambm um ad de bzios, de modo que fica desproporcional com a cabea do Ia. BAD : Ele o filho de Sogbo. considerado prncipe. Usa roupa colorida com predominncia de branco e vermelho, usa tambm um gorro na cabea. BALUFON ou BALUFAN : deus inventor da tecelagem. BOSSKO ou POSS : Pertence a famlia chamada Dambir, ligada terra. muito perigoso. DOS ou DOSPE : Pertence famlia dos antepassados. YAMI OXORONG : um Orix terrvel ao qual devemos o mximo de respeito. Sua representao na frica atravs de um pssaro africano. YAMI emite sons assustadores, de onde vem o seu nome. Ao se falar nesse Orix deve-se fazer reverncia. Como dona da barriga humana ela terrvel em suas cobranas. considerada uma bruxa e um pssaro ao mesmo tempo, seu smbolo uma coruja. Iyami Oshorong o termo que designa as terrveis ajs, feiticeiras africanas, uma vez que ningum as conhece por seus nomes. As Iyami representam o aspecto sombrio das coisas: a inveja, o cime, o poder pelo poder, a ambio, a fome, o caos o descontrole. No entanto, elas so capazes de realizar
grandes feitos quando devidamente agradadas. Pode-se usar os cimes e a ambio das Iyami em favor prprio, embora no seja recomendvel lidar com elas. O poder de Iyami atribudo s mulheres velhas, mas pensa-se que, em certos casos, ele pode pertencer igualmente a moas muito jovens, que o recebem como herana de sua me ou uma de suas avs. Uma mulher de qualquer idade poderia tambm adquiri-lo, voluntariamente ou sem que o saiba, depois de um trabalho feito por alguma Iyami empenhada em fazer proselitismo. Existem tambm feiticeiros entre os homens, os ox, porm seriam infinitamente menos virulentos e cruis que as aj (feiticeiras). Ao que se diz, ambos so capazes de matar, mas os primeiros jamais atacam membros de sua famlia, enquanto as segundas no hesitam em matar seus prprios filhos. As Iyami sao tenazes, vingativas e atacam em segredo. Dizer seu nome em voz alta perigoso, pois elas ouvem e se aproximam pra ver quem fala delas, trazendo sua influncia. Iyami freqentemente denominada eley, dona do pssaro. O pssaro o poder da feiticeira; recebendo-o que ela se torna aj. ao mesmo tempo o esprito e o pssaro que vo fazer os trabalhos malficos. Durante as expedies do pssaro, o corpo da feiticeira permanece em casa, inerte na cama at o momento do retorno da ave. Para combater uma aj, bastaria, ao que se diz, esfregar pimenta vermelha no corpo deitado e indefeso. Quando o esprito voltasse no poderia mais ocupar o corpo maculado por seu interdito. Iyami possui uma cabaa e um pssaro. A coruja um de seus pssaros. este pssaro quem leva os feitios at seus destinos. Ele pssaro bonito e elegante, pousa suavemente nos tetos das casas, e silencioso. "Se ela diz que pra matar, eles matam, se ela diz pra levar os intestinos de algum, levaro". Ela envia pesadelos, fraqueza nos corpos, doenas, dor de barriga, levam embora os olhos e os pulmes das pessoas, d dores de cabea e febre, no deixa que as mulheres engravidem e no deixa as grvidas darem luz. As Iyami costumam se reunir e beber juntas o sangue de suas vtimas. Toda Iyami deve levar uma vtima ou o sangue de uma pessoa reunio das feiticeiras. Mas elas tm seus protegidos, e uma Iyami no pode atacar os protegidos de outra Iyami. Iyami Oshorong est sempre encolerizada e sempre pronta a desencadear sua ira contra os seres humanos. Est sempre irritada, seja ou no maltratada, esteja em companhia numerosa ou solitria, quer se fale bem ou mal dela, ou at mesmo que no se fale, deixando-a assim num esquecimento desprovido de glria. Tudo pretexto para que Iyami se sinta ofendida. Iyami muito astuciosa; para justificar sua clera, ela institui proibies. No as d a conhecer voluntariamente, pois assim poder alegar que os homens as transgridem e poder punir com rigor, mesmo que as proibies no sejam violadas. Iyami fica ofendida se algum leva uma vida muito virtuosa, se algum muito feliz nos negcios e junta uma fortuna honesta, se uma pessoa por demais bela ou agradvel, se goza de muito boa sade, se tem muitos filhos, e se essa pessoa no pensa em acalmar os sentimentos de cime dela com oferendas em segredo. preciso muito cuidado com elas. E s Orunmil consegue acalm-la. Fonte: As Senhoras do Pssaro da Noite
IYA : uma Deusa cultuada pelos negros da nao Grunci. O assentamento dessa deusa feito em um tanque, com conchas e caramujos, alm de quartinhas de porcelana. LISSA : considerado Vodun pertence a famlia do raio., MAWU : Possui uma parte feminina e outra masculina, o seu par feminino LISSA. Para alguns as duas partes so gmeas, uma corresponde Lua outra ao Sol, filhos de uma divindade suprema ANABIOL. POLIBOZI : Vodun cultuado na Casa Grande das Minas, no Maranho, cujo pai Sakpat. JOKN : Deuses jovens que servem de guias abrindo caminhos para outros Voduns mais velhos passarem. Cultuado no Jje. IMOL : uma entidade sobrenatural que representa os mortos e os ancestrais. So representados por pequenos montes de terra e batendo a terra que devem ser invocados.
ONIL : um irunmol cultuado pelos sacerdotes de Eguns. a primeira entidade a receber as oferendas nas obrigaes. uma entidade sobrenatural, pois representa os mortos e os ancestrais. Usa-se montculos de terra para representa-lo e batendo ritualmente na terra que devem ser invocados os mortos. YEBURU ou YE-BI-IRU : Me de todos os Orixs. a mulher de Orumil, cuja ligao concebeu Exu Elegbara. YAMASE : a me de Xang, a esposa de Oranmian ou Araniyan.
BABA EGUN ya teve nove filhos, uns dizem que foi com gn, outro foi com Xng, oito nasceram mudos e o ltimo nasceu um Egun e graas aos sacrifcios recomendados por If, nasceu com o poder de falar com voz estranha e sobre natural, chamada Segi, que imita a voz do macaco africano chamado Ijimar, macaco que consagrado aos rs. 1. IMALEG - Nasceu no primeiro dia do Eb Yk, arrancado do ventre de ya pelas ymi, e foi envolvido em abanos. 2. IORUG - Foi envolvido na palha seca e alimentado com talos de bananeira. Nasceu com a vaidade de ya e o preferido. 3. AKUG - Nasceu no terceiro dia da tempestade e foi criado nas touceiras de bambu. rebelde.No se deve tocar no cho do bambuzal. 4. URUG - Alimenta-se das folhas da bananeira e esconde-se nas florestas. Faz buracos. 5. OMORUG - Alimenta se do p do bambu que est cado no cho. Vive no milharal e fica escondido no milharal observando os seres humanos. 6. DEM - ya cobriu-o de lama para saber o segredo dos seus inimigos. Usa pele de bfalo para acompanhar xsi. 7. REIG - Acompanha os mortos e ronda os cemitrios.Esconde nas grandes rvores do cemitrios e ronda as sepulturas a procura de objetos perdidos ou esquecidos pelas pessoas. 8. HEIG - violento e vive perseguindo o Ori do ser humano. Propicia desastres e desordens. 9. EGUN EGUN - Filho de Xng. ya preparou-o para combater. Ele se apossa do ser humano, fazendo cometer desatinos ALGUNS BABA EGUNS QUE VEM NOS CAMINHOS DOS ORIXS BABA EGUN LAPORI - Este Baba Egun vem nos caminhos de Ex. um egun muito perigoso quando no cultuado de acordo com suas vontade e fundamentos trabalhador, gosta de limpar os caminhos das pessoas, tira doenas e feitios.Costuma trazer sorte nas loterias. BABA EGUN SENGR - Este Baba Egun vem pelos caminhos de Ogn, muito guerreiro e no foge a uma luta para tirar seus protegidos das perseguies, ajudam muito os militares, policiais desde que estejam corretos, quando se zanga pode colocar pessoas na cadeia quando estas cometem atos incorretos. BABA EGUN OKIN - Este Baba Egun vem nos caminhos de xsi, traz fartura caador, gosta de ser bem tratado, gosta de comer espigas de milho enfeitadas com fitas coloridas, mingau de farinha de aca doce, frutas doces, acas passados no acar cristal; seu ax feita do couro do leopardo. BABA EGUN BAKABAKA - Este Baba Egun vem nos caminhos de Omol, quando bem tratado gosta de tirar as molstias das pessoas, pragas, perseguies de quimbas e quando aborrecido traz doenas muito feiticeiro costuma tirar as feitiarias de todos aqueles que lhe pedem. BABA EGUN ALAMPAL - Este Baba Egun vem pelos caminhos de ya e Obaluawe, traz muita prosperidade, gosta de participar dos ebs, abre caminhos e vence demandas.Quando se da comida a ele costuma aparecer um vento tipo rodamoinho marcando a sua presena. carregador de eb e acorrenta os quimbas que costumam perseguir s pessoas. BABA EGUN XEMB - Este Baba Egun vem nos caminhos de Oxumar, traz riquezas, progressos, dar intuies artsticas, livra quem lhe pede ajuda das traies. Quando come as pessoas costumam ouvir o sibilar da cobra. BABA EGUN BAMBUX ADINMODO - Este Baba Egun vem pelos caminhos de Xang, livra as pessoas de problemas de justia e das injustias que aparecem no dia a dia da vida de cada ser humano. Ajuda os polticos e pune quem no cumpre corretamente seus afazeres dentro da poltica e da justia. muito bom quando bem tratado. BABA EGUN OMITOD - Este Baba Egun vem nos caminhos de Iyemonj, tambm se ouve falar que vem nos caminhos de Osn.Protege contra enchentes e maremotos, quando bem tratado
costuma trazer riquezas, esse Baba egun protege os viajantes por mar. Quando come o mar fica agitado. AXEX A morte para ns espritas transitria, episdica, porque o termo morrer, no tem grande sentido, pois ns somos conscientes que ela representa apenas um pulo de uma vida para outra, cujo mistrio e segredos s Oxal sabedor. S que cabe lembrar que para os iniciados no culto dos Orixs, temos que passar por um grande ritual para dar caminho ao Egun para que ele seja encaminhado ao seu destino que lhe foi reservado e somente atravs deste ritual que se poder ter contato com o Egun e saber a direo que ele vai tomar. Uma delas saber s ele que ser despachado ou quer ser assentado para ajudar todos que ficaram para dar continuidade ao barraco. Entramos numa parte do santo muito sria que o culto a Baba Egun, onde tem que se ter um grande conhecimento e ter cargo dado pelo santo, pois do contrrio ir por em risco a sua vida e a dos outros.O culto a Egun no pertence a ningum mas se tem que ter um grande respeito, porque o egun no a morte, mas contm a morte por isso ter muito cuidado para no atrair Ik. Todas as casas de Santo tem por obrigao de ter seu Lessen ( local onde fica os ojub dos eguns, Onil, Ik, ya Bal, Bara Eler e Ossanhe que guardio da floresta de Ik ) para segurana do zelador e de todos que freqentam a roa e tambm para poderem fazer os cerimoniais fnebres que so restritos e srios. O ritual perigoso para quem no est capacitado para tal poder ter conseqncias com o risco da prpria vida. O sacerdote feito no santo no estar completo se no tiver conhecimento dessa parte. A roa sendo prpria do zelador a situao fica mais fcil para anlise perante o As. O jogo de Yf dar toda orientao necessria ao responsvel pela obrigao, e a palavra do Egun, ser ouvida para que ele determine quem ser o sucessor que assumir o destino da casa de santo.No meu conhecimento acho uma falta de conhecimento do zelador que em vida diz que no vai querer que faam o Axex quando eles partirem. Isto no correto e contraria toda a liturgia do candombl pregadas. a todos ensinamentos deixado pelos nossos ancestrais.O que mais me indiguina que alguns filhos de santo no do valor este acervo cultural, limitando-se apenas que so feitos, mas no vo as casas de santo ajudar seus zeladores nem para visitar, quando est precisando de ajuda, ou quando a casa esta em funo, perdendo com isto a oportunidade de participar e aprender e at mesmo assistir quem sabe, a uma obrigao com or raro, que muitas das vezes s ir se repetir-se anos depois, e a, o filho perdeu o bonde da histria, e no aprendeu no seu prprio As os fundamentos das obrigaes que foram realizadas. Para quem no interessa isto nada afeta, porm para aqueles filhos que s se lembram do seu As quando lhes convm catar, vai um lembrete, que ao zelador tambm reservado o direito de abrir as portas para quem o acompanha nos bons e maus momentos, e no os turistas, que nunca chegam juntos, que no compartilham com os demais, que esto na roa ralando para aprender. Falarei agora sobre o procedimento do zelador quando est com um filho enfermo, muito mal mesmo. O que se faz normalmente arriar o Yb do santo do pepel e coloca-lo sob gua. Se for Yab colocamos gua dentro da tirrina, e se for Abor com asentamentos de Yb, de massa devemos coloclo dentro de uma bacia com gua, arriamos um eb, at que se defina a situao. Em hiptese nenhuma devemos fazer sacrifcio animal em casos como esses, temos que ter pacincia e f, e somente esperar, nada mais. Acontecendo a recuperao do enfermo, ficando ele fora de perigo, suspendemos o santo para o pepel, despachamos aquela gua e o eb, e a vida segue em frente, fazendo uma limpeza em regra na casa de santo, e a sim ,pode se pensar em fazer um jogo e pedir permisso para dar comida de Inj aos Orixs. Mas como estou falando da morte aps o falecimento, despacha-se a gua do Yb na casa de Egun e o eb , carrego para ser despachado num rio. Para melhor esclarecimento, supondo que o falecimento foi o zelador ou a zeladora o procedimento o seguinte: Arreiam-se todos os seus assentamentos, juntamos todos os seus pertences e colocamos tudo na casa de Egun( Il Yb Ak ) arrumado provisoriamente at a chegada do zelador que vai dar inicio s obrigaes que antecedem o Asese. A manuteno desses fundamentos secretos s feito com pessoas altamente capacitadas, longe dos leigos. O VELRIO
O velrio do zelador dever ser feito no barraco onde ele passou a maior parte de sua vida espiritual, ao lado do deus Ybs, e dos filhos do As. Todos os filhos da casa do falecido, devero estar de branco, sendo que as mulheres, com suas roupas simples, sem brilho nenhum, sem anguas, sem pinturas nenhuma, com seus ojs de cabea sem orelhas, e com uma conta de Xang somente. Os homens devero estar de cala, camisa, uma conta de Xang, e os Ogans alm disto um Eket. Todos devero usar contra Egun e as mulheres, umbigueiras e um detalhe importante, todos tem que estar descalos. Neste perodo do velrio que sero feitas as obrigaes do Ori do Egun, por quem de direito, acompanhado pelos seus Ogans. ACOMPANHAMENTO COMO DAR ENTRADA NO YBAL CEMITRIO A sada do corpo dever ser feita aps a encomendao do Egun, e entre outros detalhes, tem Or especial para isto. Quando chegar no Ybal, os Ogans da casa, e outros tambm que so amigos, colocam o caixo nos ombros e ao passar o porto principal levantado e isto, todos cantando as louvaes corretas para entrada e acompanhamento. Ultrapassada a entrada principal , os Ogans abaixam o caixo do ombros e os levam pelas mos segurando pelas alas. Em cada encruzilhada do Ybal que passar, tem que parar e dar uma embaladinha para frente e para trs trs vezes, e a so trocados os Ogans em cada uma, at chegar a sepultura. No sepultamento dever ser o caixo ser coberto por uma toalha branca, dever ser derramado sobre ele, Debur, Eb, Acas, Ekurus, e os atins de Oxal, alm das flores que ficam a critrio da famlia. Aps o sepultamento nos tempos da antiga os filhos do terreiro voltavam todos para a roa para dar incio aos preparativos para o ritual do Asese, que comeava no mesmo dia do sepultamento. Bom isto nos tempos idos realmente, porque atualmente no possvel este procedimento devido ao alto custo de vida, no cedendo margem para viabilizar a obrigao. O que se faz hoje uma lista de ajuda, para ser passada aos membros da casa, clientes, no sentido de angariar fundos para enfrentar as despezas decorrentes da cerimnia fnebre. A ento, ser marcado o dia do inicio e se avisa a toda comunidade do Egb para que comparea ao cerimonial.
MATERIAIS PARA MONTAGEM DO ASESE Os materiais usados no Asese variam de nao para nao, e aos queridos irmos que muito embora digamos que Egun no tem nao, isto verdade, no obstante, os rituais so diferentes embora, usemos mais ou menos as mesmas coisas. MATERIAIS PARA MONTAGEM DO YBAL No Ybal que montado para inicio da obrigao, ns reunimos todos os pertences do morto, todos os Ybs de Santo, e tudo isto obedece a um ritual de profundidade. COMIDA PARA O POVO A comida a ser servida para o pessoal que est participando das obrigaes o peixe ou outras iguarias oriundas do mar, como bacalhau, camaro etc. No usando peixe, pode ser feito arroz com salada, macarro, enfim tudo o que puder sem levar nada de carne animal. TEMPO DE DURAO DO ASESE Se for zelador com casa de santo aberta, o tempo de durao de 7 dias. Ebomis com obrigao de sete anos tambm so sete dias. Se for Yaw com um ano, o tempo de um dia, se for Yaw de trs anos, o tempo de trs dias. Ogans, Ekedy, Obs em quaisquer situao so sete dias. Yaws ou qualquer vodunssi sem obrigao tenha ele quantos anos tiver tem direito ao menos a um dia de Asese. INDUMENTRIA
Como todos sabem o branco representa o luto de Oxal, e representa a paz, na nossa religio o branco para essa obrigao uniforme geral para quem vem assistir. As senhoras usam saias, camisa, calolo, pano da costa, oj de cabea. Os detalhes que no usam anguas, e nem roupas brilhosas, orelhas nos ojs e bata. Quanto a bata, s podero us-las as Yaloriss de outros Ass e a zeladora da casa, se for o caso. RITUAL DAS DANAS Sabemos que o Candombl e todo ele ritmado e a cerimnia de Asese tambm tocada pelos potes e cabaas, que atravs dos Ogans, so encontrados os cnticos sagrados de louvao ao esprito do falecido. Esses cnticos so lamentos, rezas e oraes que propiciam o encaminhamento do Egun, viabilizando o seu desligamento das coisas terrenas. Os primeiros dias so de uma presena marcante, porque ele ainda no entendeu o seu passamento. Quando o falecimento normal torna-se mais fcil, porm quando o falecimento ocasionado por acidente, crime ou qualquer outra situao traumtica, a aceitao muito mais demorada. Esta a razo por qu se faz o Asese de ms, trs meses, seis meses, ano, trs anos, sete anos, quartoze anos e vinte um anos. Este caso so para Babalorixs e Yalorixs que tiveram vidas muito ativas em suas casas quando eram vivas. O ritual das danas nativas obedece a uma ordem rgida ao que se refere ao ritual, apelidado de tirar o p de Egun isto quer dizer que a Yalorix ou o Babaloris mais velho quem vai danar primeiro lugar. A ordem do mais velho para o mais novo, e quando esses esto danando, os demais colocam as mos para o alto no sentido de orar a pessoa, bem como transmitir uma energia positiva e forte para fila. Neste andamento uns vo trocando de pessoas na frente do Ibal, e colocando em suas mos moedas, que so adquiridas com os Ogans. A troca de moedas correntes trata-se de um eb que esta sendo passado. Visto que o dinheiro anda em tudo que lugar e troca de mos em mos em bons e maus ambientes do planeta. Os antigos aproveitam este dinheiro adquirido, no decorrer dos dias, para ajudar a pagar a missa de stimo dia do Egun. IVOCAO DE EGUNGUN BABA Egun lase se inse Ik alura Kodun Kodun a sagan nugan Ik adere Ik sudan Dan nugan Se inse Baba ope iwo iwo Egun etileriwo.To ko Bibiwa Maria womokokan totop Iriwa Ogun Alura-Egun-Atop Egun Igigi dagolonan sata Kadukan, Di Intoto Kukan Kotoyo Kudan Kotoyo Ese e Kotoyo Sande PARA TRAZER O BABA EGUN AO OJUB BABA Egun min Dide min tie Baba Ye omon Korin on Iko. Emi Onil Igabar Baba, Baba Alaye Aye Baba Adup Akoda Ik On. Nas mais diferentes culturas, a concepo religiosa da morte est contida na prpria concepo da vida e ambas no se separam. Os iorubs e outros grupos africanos que formaram a base cultural das religies afro-brasileiras acreditam que a vida e a morte alternam-se em ciclos, de tal modo que o morto volta ao mundo dos vivos, reencarnando-se num novo membro da prpria famlia. So muitos os nomes iorubs que exprimem exatamente esse retorno, como Babatund, que quer dizer O-pai-estde-volta. Para os iorubs, existe um mundo em que vivem os homens em contato com a natureza, o nosso mundo dos vivos, que eles chamam de ai, e um mundo sobrenatural, onde esto os orixs, outras divindades e espritos, e para onde vo os que morrem, mundo que eles chamam de orum. Quando algum morre no ai, seu esprito, ou uma parte dele, vai para o orum, de onde pode retornar ao ai nascendo de novo. Todos os homens, mulheres e crianas vo para um mesmo lugar, no existindo a idia de punio ou prmio aps a morte e, por conseguinte, inexistindo as noes de cu, inferno e purgatrio nos moldes da tradio ocidental-crist. No h julgamento aps a morte e os espritos retornam vida no ai to logo possam, pois o ideal o mundo dos vivos, o bom viver. Os espritos dos mortos ilustres (reis, heris, grandes sacerdotes, fundadores de cidades e de linhagens) so
cultuados e se manifestam nos festivais de egungum no corpo de sacerdotes mascarados, quando ento transitam entre os humanos, julgando suas faltas e resolvendo as contendas e pendncias de interesse da comunidade. O papel do ancestral egungum no controle da moralidade do grupo e na manuteno do equilbrio social atravs da soluo de pendncias e disputas pessoais, infelizmente, no se reproduziu no Brasil. Embora o culto ao egungum tenha sido reconstitudo na Bahia em uns poucos terreiros especializados, o candombl de egungum da ilha de Itaparica (Braga, 1992), mais tarde tambm presente na cidade de Salvador e em So Paulo, est muito distante da prtica diria dos candombls de orixs e praticamente divorciados da vida na sociedade profana, perdendo completamente as funes sociais africanas originais, de tal modo que a religio africana no Brasil, disseminada pelos terreiros de orixs, acabou por se constituir numa religio estritamente ritual, uma religio a-tica, uma vez que seus componentes institucionais de orientao valorativa e controle do comportamento em face de uma moralidade coletiva exercitada nos festivais dos antepassados egunguns ausentaram-se completamente da vida cotidiana dos seguidores da religio dos orixs. O ideal iorub do renascimento as vezes to extremamente exagerado, que alguns espritos nascem e em seguida morrem somente pelo prazer de rapidamente poder nascer de novo. So os chamados abicus (literalmente, nascido para morrer), que explicam na cultura iorub tradicional as elevadas taxas de mortalidade infantil. Em geral, um abicu renasce seguidamente do tero da mesma me. Quando uma criana identificada como sendo um abicu, muitos so os ritos ministrados para impedir sua morte prematura. Assim como a sociedade Egungum cultua os antepassados masculinos do grupo (Babayemi, 1980), outra sociedade de mascarados, a sociedade Gueled, celebra a mes ancestrais, s quais cabe tambm zelar pela sade e vida das crianas, inclusive os abicus (Lawal, 1996). Os festivais Gueled no sobreviveram no Brasil (segundo o Professor Agenor Miranda Rocha, em conseqncia de disputas, no comeo do sculo, entre lideranas do candombl da Casa Branca do Engenho Velho, que provocaram a ciso do grupo e fundao do Ax Op Afonj por Me Aninha Ob Bi). Tambm no sobreviveu integralmente a idia de abicu e o termo passou a designar, em muitos candombls, as pessoas que so consideradas como tendo nascido j iniciadas para o orix a que pertencem, no devendo, assim, ser raspadas, como devem ser os demais que se iniciam na religio. A maneira fragmentria como a religio africana foi se reconstituindo no Brasil implicou, claramente, em acentuadas mudanas nos conceitos de vida e morte, mudanas que vo afetar o sentido de certas prticas rituais, especialmente quando sofrem a concorrncia de ritos catlicos e de concepes ensinada pela Igreja. A tradio crist ensina que o ser humano composto de corpo material e esprito indivisvel, a alma. Na concepo iorub, existe tambm a idia do corpo material, que eles chamam de ara, o qual com a morte decompe-se e reintegrado natureza, mas, em contrapartida, a parte espiritual formada de vrias unidades reunidas, cada uma com existncia prpria. As unidades principais da parte espiritual so 1) o sopro vital ou emi, 2) a personalidade-destino ou ori, 3) identidade sobrenatural ou identidade de origem que liga a pessoa natureza, ou seja, o orix pessoal e 4) o esprito propriamente dito ou egum. Cada parte destas precisa ser integrada no todo que forma a pessoa durante a vida, tendo cada uma delas um destino diferente aps a morte. O emi, sopro vital que vem de Olorum e que est representado pela respirao, abandona na hora da morte o corpo material, fabricado por Oxal, sendo reincorporado massa coletiva que contm o princpio genrico e inesgotvel da vida, fora vital csmica do deus-primordial Olodumare-Olorum. O emi nunca se perde e constantemente reutilizado. O ori, que ns chamamos de cabea e que contm a individualidade e o destino, desaparece com a morte, pois nico e pessoal, de modo que ningum herda o destino de outro. Cada vida ser diferente, mesmo com a reencarnao. O orix individual, que define a origem mtica de cada pessoa, suas potencialidades e tabus, origem que no a mesma para todos, como ocorre na tradio judaicocrist (segundo a qual todos vm de um nico e mesmo deus-pai), retorna com a morte ao orix geral, do qual uma parte infinitsima. Finalmente, o egum, que a prpria memria do vivo em sua passagem pelo ai, que representa a plena identidade e a ligao social, biogrfica e concreta com a comunidade, vai para o orum, podendo da retornar, renascendo no seio da prpria famlia biolgica. Quando se trata de algum ilustre, os vivos podem cultuar sua memria, que pode ser invocada atravs de um altar ou assentamento preparado para o egum, o esprito do morto, como se faz com os orixs e outras entidades espirituais. Sacrifcios votivos so oferecidos ao egum que integra a linhagem dos ancestrais da famlia ou da comunidade mais ampla. Representam as razes daquele grupo e so a base da identidade coletiva. Na frica tradicional, dias depois do nascimento da criana iorub, realiza-se a cerimnia de dar o nome, denominada ekomojad, quando o babala consulta o orculo para desvendar a origem da criana. quando se sabe, por exemplo, se se trata de um ente querido renascido. Os nomes iorubs sempre designam a origem mtica da pessoa, que pode referir-se ao seu orix pessoal, geralmente o orix da famlia, determinado patrilinearmente, ou condio em que se deu o nascimento, tipo de gestao e parto, sua posio na seqncia dos irmos, quando se trata, por exemplo daquele que
nasce depois de gmeos, a prpria condio de abicu e assim por diante. A partir do momento do nome, desencadeia-se uma sucesso de ritos de passagem associados no s aos papis sociais, como a entrada na idade adulta e o casamento, mas tambm prpria construo da pessoa, que se d atravs da integrao, em diferentes momentos da vida, dos mltiplos componentes do esprito. Com a morte, estes ritos so refeitos, agora com a inteno de liberar essas unidades espiritiais, de modo que cada uma deles chegue ao destino certo, restituindo-se, assim, o equilbrio rompido com a morte. No Brasil, nas comunidades de candombl e demais denominaes religiosas afro-brasileiras que seguem mais de perto a tradio herdada da frica, a morte de um iniciado implica a realizao de ritos funerrios. O rito fnebre denominado axex na nao queto, tambor de choro nas naes mina-jeje e mina-nag, sirrum na nao jeje-mahim e no batuque, ntambi ou mukundu na nao angola, tendo como principais fins os seguintes: 1) desfazer o assentamento do ori, que fixado e cultuado na cerimnia do bori, cerimnia que precede o culto do prprio orix pessoal; 2) desfazer os vnculos com o orix pessoal para o qual aquele homem ou mulher foi iniciado, o que significa tambm desfazer os vnculos com toda a comunidade do terreiro, incluindo os ascendentes (me e pai-desanto), os descendentes (filhos-de-santo) e parentes-de-santo colaterais; e 3) despachar o egum do morto, para que ele deixe o ai e v para o orum. Como cada iniciado passa por ritos e etapas iniciticas ao longo de toda a vida, os ritos funerrios sero to mais complexos quanto mais tempo de iniciao o morto tiver, ou seja, quanto mais vnculos com o ai tiverem que ser cortado (Santos, 1976). Mesmo o vnculo com o orix, divindade que faz parte do orum, representa uma ligao com o ai, pois o assentamento do orix material e existe no ai, como representao de sua existncia no orum, ou mundo paralelo. Mesmo um abi, o postulante que est comeando sua vida no terreiro e que j fez o seu bori, tem laos a cortar, pois seu assento de ori precisa ser despachado, evidentemente numa cerimnia mais simples. Em resumo, podemos dizer que a seqncia inicitica por que passa um membro do candombl, xang, batuque ou tambor de mina (bori, feitura de orix, obrigaes de um, trs e cinco anos, dec no stimo ano, obrigaes subseqentes a cada sete anos) representa aprofundamento e ampliao de laos religiosos, quando novas responsabilidades e prerrogativas vo se acumulando: com a me ou pai-de-santo, com a comunidade do terreiro, com filhos-de-santo, com o conjunto mais amplo do povode-santo etc. Com a morte, tais vnculos devem ser desfeitos, liberando o esprito, o egum, das obrigaes para com o mundo do ai, inclusive a religio. O rito funerrio , pois, o desfazer de laos e compromissos e a liberao das partes espirituais que constituem a pessoa. No de se admirar que, simbolizando a prpria ruptura que tal cerimnia representa, os objetos sagrados do morto so desfeitos, desagregados, quebrados, partidos e despachados. O termo axex, que designa os ritos funerrios do candombl de nao queto e outras variantes de origem iorub e fom-iorub, ou jeje-nag, como so mais conhecidas, provavelmente uma corruptela da palavra iorub jj. Em terras iorubs, por ocasio da morte de um caador, era costume matar-se um antlope ou outra caa de quatro ps como etapa do rito fnebre. Uma parte do animal era comida pelos parentes e amigos do morto, reunidos em festa em homenagem ao defunto, enquanto a outra parte era levada ao mato e oferecida ao esprito do falecido caador. Juntamente com a carne do animal, depositavam-se na mata os instrumentos de caa do morto. A este eb dava-se o nome de jj (Abraham, 1962: 38). O axex que se realiza no candombl brasileiro pode ser pensado como um grande eb, com a oferenda, entre outras coisas, de carne sacrificial ao esprito do morto, e no qual se juntam seus objetos rituais. Sendo o candombl uma religio de transe, vrias divindades participam ativamente do rito funerrio, especialmente os orixs associados morte e aos mortos, ocupando Oi ou Ians lugar de destaque. Ians considerada o orix encarregado de levar os mortos para o orum, atribuindo-se a ela o patronato do axex, conforme mito narrado por Me Stella Od Kaiod, ialorix do Ax Op Afonj, que resume bem a idia do axex como cerimnia de homenagem ao morto. Assim diz o mito: Vivia em terras de Queto um caador chamado Odulec. Era o lder de todos os caadores. Ele tomou por sua filha uma menina nascida em Ir, que por seus modos espertos e ligeiros foi conhecida por Oi. Oi tornou-se logo a predileta do velho caador, conquistando um lugar de destaque entre aquele povo. Mas um dia a morte levou Odulec, deixando Oi muito triste. A jovem pensou numa forma de homenagear o seu pai adotivo. Reuniu todos os instrumentos de caa de Odulec e enrolou-os num pano. Tambm preparou todas as iguarias que ele tanto gostava de saborear. Danou e cantou por sete dias,
espalhando por toda parte, com seu vento, o seu canto, fazendo com que se reunissem no local todos os caadores da terra. Na stima noite, acompanhada dos caadores, Oi embrenhou-se mata adentro e depositou ao p de uma rvore sagrada os pertences de Odulec. Nesse instante, o pssaro "agb" partiu num vo sagrado. Olorum, que tudo via, emocionou-se com o gesto de Oi-Ians e deu-lhe o poder de ser a guia dos mortos em sua viagem para o Orum. Transformou Odulec em orix e Oi na me dos espaos sagrados. A partir de ento, todo aquele que morre tem seu esprito levado ao Orum por Oi. Antes porm deve ser homenageado por seus entes queridos, numa festa com comidas, canto e dana. Nascia, assim, o ritual do axex. (Santos, 1993: 91). Tambm participam do axex os orixs Nan, Eu, Omulu, Oxumar, Ogum e eventualmente Ob, no se incluindo, contudo, nesta lista Xang, que dizem ter pavor de egum, conforme narram outros mitos. A seqncia do axex comea imediatamente aps a morte, quando o cadver manuseado pelos sacerdotes para se retirar da cabea a marca simblica da presena do orix, implantada no alto do crnio raspado durante a feitura, atravs do oxo, cone preparado com obi mascado e outros ingredientes e fixado no coro cabeludo sobre incises rituais. O cabelo nesta regio da cabea retirado e o crnio lavado com amassi (preparado de folhas) e gua. Esta lavagem da cabea inverte simbolicamente o primeiro rito inicitico, quando as contas e a cabea do novo devoto so igualmente lavadas pela me-de-santo. O lquido da lavagem o primeiro elemento que far parte do grande despacho do morto. Depois do enterro, tem incio a organizao do axex propriamente dito. Ele varia de terreiro para terreiro e de nao para nao. mais elaborado quando se trata de altos dignitrios e depende das posses materiais da famlia do morto. Genericamente conserva os procedimentos bsicos de inverso da iniciao, havendo sempre: 1) msica, canto e dana, 2) transe, com a presena pelo menos de Ians incorporada, 3) sacrifcio e oferendas variadas ao egum e orixs ligados ritualmente ao morto, sendo sempre e preliminarmente propiciado Exu, que levar o carrego, evidentemente, e os antepassados cultuados pelo grupo, 4) destruio dos objetos rituais do falecido (assentamentos, colares, roupas, adereos etc.), podendo parte permanecer com algum membro do grupo como herana, 5) despacho dos objetos sagrados "desfeitos" juntamente com as oferendas e objetos usados no decorrer da cerimnia, como os instrumentos musicais prprios para a ocasio, esteiras etc. Quando, no final, o despacho levado para longe do terreiro, tudo juntado num grande balaio, nenhum objeto religioso de propriedade do morto resta no templo. Ele no faz mais parte daquela casa e s futuramente poder ser incorporado ao patrimnio dos ancestrais ilustres, se for o caso, podendo ento ser assentado e cultuado. Por ora, o egum est livre para partir. Igualmente, o orix ou orixs pessoais do falecido j no dispem de assentos (ib-orix) no terreiro, tendo portanto seus vnculo desfeitos. O ori, que pereceu junto com seu dono, tambm no mais existe fixado num ib-ori (assentamento). Se algum objeto ou assento foi dado a algum, ele tem novo dono, para quem transferida a responsabilidade do zelo religioso. Nada mais do morto. Nada mais h que o prenda ao terreiro. Durante o axex, acredita-se que o morto pode expressar suas ltimas vontades e para isso o sacerdote que preside o ritual faz uso constante do jogo de bzios. Assim, antes de cada um dos objetos religiosos que lhe pertenceram em vida ser desfeito, rasgado ou quebrado, o oficiante pergunta no jogo se tal pea deve ficar para algum de seu crculo ntimo. No de bom-tom, contudo, deixar de despachar pelo menos grande parte dos objetos. Quando se trata de fundador de terreiro ou outra pessoa de reconhecidos mritos sacerdotais, costume deixar os assentos de seus orixs principais para o terreiro, os quais passam a ser zelados por toda a comunidade. No raro, assentos de orixs de me e pais de grande prestgio costumam ser disputados por filhos com grande estardalhao, havendo mesmo relatos de roubos e at de disputas a faca e bala. O axex realizado no terreiro em dois espaos: num recinto reservado, preferencialmente uma cabana especialmente construda com galhos e folhas, e no barraco. Na cabana, em que poucos entram, so colocados os objetos do morto, onde so desfeitos, a se realizando os sacrifcios para os
orixs e para o egum. No barraco so celebradas as danas, a permanecendo os membros do terreiro, os parentes e amigos do finado. O morto representado no barraco por uma cabaa vazia, que vai recebendo moedas depositadas pelos presentes, no momento em que cada um dana para o egum. Todos devem danar para o egum, como homenagem pessoal. Apesar dos cnticos e danas, o clima da celebrao propositalmente constrito e triste. Os atabaques so substitudos por um pote de cermica, do qual se produz um som abafado com uso de leques de palha batidos na boca, e por duas grandes cabaas emborcadas em alquidares com gua e tocadas com as varetas aguidavis. Os presentes usam tiras da folha do dendezeiro, mari, atadas no pulso, como proteo contra eventual aproximao dos eguns. Todo esse material, ao final, compor o carrego do morto. No barraco tambm servido o repasto preparado com as carnes do sacrifcio, reservando-se aos ancestrais, orixs e egum as partes que contm ax. No quarto reservado, o morto representado por recipientes de barro ou cermica virgens, os quais futuramente podem ser usados para assentar o esprito do falecido juntamente com os demais antepassados ilustres daquela comunidade religiosa, ou despachados. Por influncia do catolicismo, que costuma repetir a missa fnebre em intervalos regulares, em muitos terreiros o rito do axex repetido depois de um ms, um ano e a cada sete anos, especialmente quando se trata do falecimento do babalorix ou ialorix. Mas a maioria dos iniciados, entretanto, acaba no recebendo sequer um dia de axex. Isto ocorre por falta de interesse da famlia carnal do morto, muito freqentemente no participante do candombl, por dificuldades financeiras, j que alto o custo da celebrao, ou por incapacidade do pessoal do terreiro para oficiar a cerimnia. Na melhor das hipteses, os ots, pedras sagradas dos assentamentos, so despachadas com um pouco de canjica, reaproveitando-se todos os demais objetos sagrados. Hoje, com a grande e rpida expanso do candombl, o axex parece estar em franca desvantagem com relao s demais cerimnia. Sobretudo em So Paulo, onde o candombl no completou sequer cinqenta anos, poucos terreiros dispem de sacerdotes e sacerdotisas capazes de cantar e conduzir o rito fnebre, obrigando a comunidade, em caso de morte, a se valer dos servios religiosos de pessoa estranha ao terreiro, que costuma cobrar e cobrar muito caro pelo servio. Vrios adeptos do candombl, que se profissionalizam como sacerdotes remunerados, especializam-se em axex. So ento chamados para a cerimnia quando um terreiro necessita de seus prstimos. Isto, evidentemente, encarece muito a cerimnia, o que acaba por inviabiliz-la na maioria dos casos. Mesmo quando morre um sacerdote dirigente de terreiro, h grande dificuldade para a realizao dos ritos funerrios, sobretudo naquelas situaes em que a morte do chefe leva ao fechamento da casa, provocada tanto por disputas sucessrias, como por apropriao da herana material do terreiro pela famlia civil do falecido. Vale lembrar que se pode contar nos dedos os terreiros que, por todo o Brasil, sobreviveram a seus fundadores. Em geral, a famlia do finado no tem qualquer interesse em realizar o axex e nem est disposta a gastar dinheiro com isso. Por outro lado, pouqussimos pais e mes-desanto, sobretudo em So Paulo e no Rio de Janeiro, se dispe a realizar qualquer tipo de cerimnia sem o pagamento por parte do interessado, mesmo quando o interessado membro de seu prprio terreiro. Muitos pais e mes-de-santo mantm terreiros especialmente como meio de vida, de modo que as regras do mercado suplantam em importncia e sentido as motivaes da vida comunitria. Ao que parece, o empenho das comunidades de culto na realizao dos ritos funerrios, na maioria dos casos, muito reduzido quando comparado com o interesse, esforo e empenho despendidos nos atos de iniciao e feitura, como se, com a morte, pouca coisa mais importasse. Cria-se assim uma situao em que a preocupao em completar o ciclo inicitico vai perdendo importncia, alterando-se profundamente, em termos litrgicos e filosficos, a concepo da morte e, por conseguinte, a prpria concepo da vida. Os conceitos originais africanos de vida e morte vo se apagando e o candombl vai cada vez mais adotando idias mais prximas do catolicismo, do kardecismo e da umbanda, criando-se, provavelmente, uma nova religio, que hoje j se esparrama pela cidades brasileiras a partir de So Paulo e Rio de Janeiro, e que muitos chamam, at pejorativamente, de umbandombl, em que os eguns, que so na concepo iorub ancestrais particulares de uma especfica comunidade, vo perdendo suas caractersticas africanas para se transformar em entidades genricas, no ligadas a nenhuma comunidade de culto em particular, que baixam nos terreiros para "trabalhar", assumindo a justificativa da caridade, ideal e prtica crist-kardecistas que aos poucos vo suplantando os modelos africanos de ancestralidade e seus ideais de culto origem e valorizao das linhagens. Esta nova maneira de pensar a morte e vida por grande parte dos adeptos do candombl, sobretudo os de adeso mais recente, constitui forte razo para a crescente perda de interesse na realizao do axex para todos os iniciados. Com isso, certamente, ganham terreno as concepes e ideais da umbanda e perdem as do candombl. Isto o contrrio do movimento de africanizao(1) e j h muito se
Africanizao o processo de retomada das tradies religiosas africanas iniciado na dcada de 60 em terreiros de nao de origem iorub ou nag. Implica reaprendizado da lngua iorub, recuperao da mitologia e de rituais esquecidos e alterados
constituiu num processo oposto, o da umbandizao do candombl. Sem axex, a feitura de orix no faz sentido, pelo menos nos termos das tradies africanas que deram origem religio dos orixs no Brasil. O ciclo simplesmente no se fecha e a repetio mtica, to fundamental no conceito de vida segundo o pensamento africano, no pode se realizar. TAQUARAU; QUIXAMBEIRA; AMOREIRA; ALFACE; BAMBU; CARAMBOLA; JACA PRETOS VELHOS Calendrio Festivo da Umbanda 13 de maio.
EGUN
As obrigaes devem ser oferecidas nas primeiras horas da manh ou ao entardecer. Ervas Consagradas OBS: Todos amacis( lquido sagrado preparado com folhas maceradas,que se deixa repousar. destinado a banhar as cabeas dos iniciados.) devero conter tambm ervas de Oxal (mais comum: Tapete de Oxal (Boldo). Dias especiais tambm festivos. 13 de junho Santo Antnio de Pdua (Santo Antnio de Pemba). 15 de novembro Dia da Umbanda.
na dispora, inclusive os procedimentos oraculares, e abandono das prticas sincrticas catlicas e do culto de entidades de origem no iorub, como os caboclos (Prandi, 1991; 1996). Me Stella Od Kaiod, ialorix do Ax Op Afonj, de Salvador, Bahia, tem sido uma das lideranas mais expressivas, em mbito local e nacional, na luta contra o sincretismo catlico, tendo o terreiro que governa h muito abandonado, ao menos formalmente, as prticas catlicas que usualmente esto mescladas com o pensamento e o ritual do candombl.
EX ELEGBAR Elegbar o senhor do poder, ele o representa e o controla. A palavra Exu em Yorub quer dizer esfera. Elegbar tem o poder de se deslocar para todos os lugares e usam transportes (carros, barcos, etc...). No vive somente nas encruzilhadas nas madrugas fazendo emboscadas. verdade que gosta de lugares escuros e suspeitos, porm se afina facilmente a qualquer local. Elegbar tem o poder de fazer o bem e o mal. No candombl se usam denominaes diferentes para distinguir Exu Bar dos demais Exus. Emprega-se o termo Iku-egun que significa entidades que tiveram vida terrena e que cumprem misso na Terra (exus, caboclos e pretos velhos de Umbanda). Os Exus Ik-eguns so aqueles eguns desencarnados que tiveram pouca iluminao espiritual e vivem servio de outros Exus, os quais trataremos mais tarde. de extrema importncia que no se faa confuso com BABA_EGUN, que so ancestrais mortos, com desenvolvimento espiritual mais elevado e que atingiram a categoria de Bab. Os Exus Ik-eguns usam o tridente de ferro como smbolo, cujo significado o seguinte: o primeiro dente representa a fora positiva, o do meio a fora neutra, e o ltimo a fora negativa. O elegbar que trataremos nesse captulo no este que usa tridente, o Exu em questo usa uma ferramenta original feita de bronze ou ferro. constituda de sete ferros voltados para cima, que simbolizam os sete caminhos do homem. Esse tipo de entidade recebe o nome de Exu Bar. A palavra significa: OB: REI; AR: CORPO aquele que habita o corpo do homem. De modo geral, Ex Bar o nome dado ao Exu ligado ao destino individual e princpio dinmico de todas as coisas. O Ex Bar traz no dorso um basto de madeira com uma cabea humana esculpida, terminando com um gorro curvo para traz, enfeitados com as contas e bzios. Este basto recebe o nome de g-elegbar. Saudao: Laroi Ex, Ex, |Ex Mojub! A seguir apresentamos uma relao dos Ik-eguns com os Orixs correspondentes: OGUN: Tiriri, veludo, Tranca-Rua. OXOSSI: Ex Veludo, Viramundo, Tranca Rua. OSSANHE: Ex da Mata, Ex Barab Toquinho. OMOL: Ex Caveira, Ex Sete Capas, Catacumba, Tata Caveira, Brasa, Mar, Carangola, Pago, MeiaNoite. XANG: Marab e Barab. OY: Ex Ventania, Pombogira do Sumio, Figueira e Mulando. IEMONJ: Ex do Lodo, Pombogira do Lodo, Pombogira Menina. OXUN: Ex Cheiroso, Brasa, Veludo, Padilhas e Pombas Giras Meninas. OXUMAR: Rainha do Inferno, Figueira, Sete Saias. NAN: Ex do Lodo, Pombogira do Lodo, Pombogira Menina.
OXAL: Ex Lcifer, Sete Encruzilhadas, Veludo, Camisa Preta. Exu o primeiro orix a ser louvado no candombl, porque representa o principio do movimento. Uma vez acionado preciso controla-lo, como se sabe com respeito a qualquer movimento. Como a fome um dos motivos que levam o homem a se mover em direo a um objetivo, Exu come demais. E por comerem as plantaes, que as formigas sao tidas como sendo de Exu e a terra dos formigueiros tambm. Ele compreendido na frica como um deus do movimento (nada a ver com o diabo cristo, embora o sincretismo o associe assim, no Brasil), que come tudo que pode, e que "quente". Exu mora nas encruzilhadas (a idia "o que mas no ", sempre. Uma encruzilhada a princpio no caminho algum e ao mesmo todos eles, certo?) Os ps de qualquer animal tambm sao de Exu, segundo os africanos. E Exu controvertido, porque tem um gnio travesso (Em Cuba, por causa disso ele o Menino Jesus) e faz o que lhe pedem. No tem noo de bem e de mal e se movimenta apontando o pnis pro lugar onde quer ir. No existe lugar, no passado, presente ou futuro a que Exu no possa ir. Existe um oriki (verso sagrado) que diz, inclusive, que "Exu mata ontem um passarinho com pedra que atirou hoje para o amanha." Exu tambm associado sexualidade, a segunda fome humana. O dia da semana: segunda-feira (o primeiro dia na semana ioruba , que tem 4 dias, tambm). Existem infinitos avatares de Exu, e mitos muito bonitos tambm. Um deles, de que eu gosto muito conta que "Exu, filho primognito de Iemanj com Orunmil, o deus da adivinhao e irmo de Ogum, Xang e Oxssi, era voraz e insacivel. Conseguiu comer todos animais da aldeia em que vivia. Depois disso, passou a comer as rvores, os pastos, tudo que via at chegar ao mar. Orunmil previu ento que Exu no pararia e acabaria comendo os homens, e tudo que visse pela frente, chegando mesmo a comer o cu. Ordenou ento a Ogum que contivesse o irmo Exu a qualquer custo. Para conseguir isto, Ogum foi obrigado a matar Exu, a fim de preservar a terra criada e os seres humanos. Mas mesmo depois da morte de Exu, a natureza, os pastos, as rvores, os rios, tudo permaneceu ressecado e sem vida, doente, morrendo. Um babala (representante de Orunmil na terra) alertou Orunmil de que o esprito de Exu sentia fome e desejava ser saciado, ameaando provocar a discrdia entre os povos como vingana pelo que Orunmil e Ogum haviam feito. Orunmil determinou ento que em toda e qualquer oferenda que fosse feita pelos homens a um orix, houvesse uma parte em homenagem a Exu, e que esta parte seria anterior a qualquer outra, para que se mantivesse sempre satisfeito e assim possibilitasse a concrdia". Cor: preto e azul escuro entre os iorubas, preto e vermelho entre os angolas (A cor preta se relaciona ao fato de que para que a luz chegue a algum lugar o movimento j precisa ter sido acionado, ou seja Exu deve ser antes do movimento da luz) Elemento: fogo e ar. Smbolo: og (um pnis de madeira, com bzios pendurados simbolizando o smen) Numero 1 Comida: farofa Saudao: Laroi, Exu! EXU ( "esfera" ) A palavra EXU em iorub significa "ESFERA", aquilo que infinito, que no tem comeo nem fim. Exu serve como intermedirio entre os Orixs e ns, homens. a fora da criao, o princpio de tudo, o nascimento, o equilbrio negativo do Universo, (o que no quer dizer coisa ruim). Exu a clula da criao da vida, aquele que gera o infinito, infinitas vezes. o primeiro passo em tudo. Est presente, mais que em tudo e todos, na concepo global da existncia. a capacidade dinmica de tudo que tem vida. Principalmente dos seres humanos, que carregam em seu plexo este elemento dinmico denominado Exu. No candombl chamado Bra, ou seja, "no corpo", preso a ele. a abertura de todos os caminhos e a sada de todos os problemas. Aquele que ludibria, engana, confunde; mas, tambm ajuda, d caminhos, soluciona. Seu smbolo no o tridente associado ao diabo, mas sete ferros voltados para cima representando os sete caminhos do homem, os sete chacras (pontos de captao, distribuio e armazenamento de energia), as sete cores, as sete auras. o mais humano dos orixs, sendo uma divindade de fcil relacionamento. Sua funo de contato entre o homem e os demais orixs faz com que supere o real, e atinja o mgico. So os orixs que respondem no jogo de bzios, mas Exu que traduz a resposta. No dele a responsabilidade de decidir o que certo ou errado; apenas realiza a tarefa para a qual foi invocado. Teria mesmo papel que o deus Mercrio na mitologia grega.
O mensageiro dos deuses. o elemento de ligao entre este mundo e o outro. difcil de ser definido de maneira coerente, gosta de gerar disputas e provoca acidentes. vaidoso, grosseiro, indecente, a presena de Exu est no membro ereto do macho, na penetrao da fmea, na ejaculao, na primeira clula que est em formao, na paixo, no desprezo, no engano, na dor. Ex trabalha mediante dinheiro, bebida ou sacrifcio animal. Mas, cuidado: bom cumprir com suas obrigaes, pois ele pune quem no cumpre a palavra, um servo, porm enrgico e sensual ao extremo, atua como segurana de seus devotos, sua especialidade quebrar normas e regras. Ele amado e odiado em igual proporo e seus raros filhos costumam ser provocadores, abusados, astutos, geis fsica e mentalmente. Seu comportamento humano erroneamente ligado ao diabo, no sincretismo. Contudo, isso uma inverdade. um orix que vive e transita entre todas as dimenses, muito vivido e, por vezes, amargo e explosivo. Ele o resultado da integrao gua e terra, masculino e feminino, sendo o terceiro elemento. Cultuado entre os Orixs, apenas por seu intermedirio possvel adorar as Yabs-Mi (as feiticeiras). Traar e abrir caminhos uma das suas principais atividades, pois ele circula livremente entre todos os elementos do sistema. o princpio da comunicao. Est fortemente representado no O-POM-de-IF (tbua adivinhatria de If Deus da Adivinhao) pelos tringulos e losngulos. O sistema oracular funciona graas a ele. Est profundamente associado ao segredo da transformao de materiais em indivduos. o princpio dinmico da expanso (evoluo), agente de ligao, princpio do nascimento de seres humanos, princpio da reparao (causa/efeito). Porm, Ex possui o lado bom e, se ele tratado com considerao, reage mostrando-se servisal e prestativo. Se, ao contrrio, esquecerem de lhe oferecer sacrifcios e oferendas, podem esperar catstrofes. Desta forma, revela-se o mais humano dos Orixs, nem completamente mau, nem completamente bom.Historicamente, por ter o poder de estar em vrios lugares ao mesmo tempo, diz-se que Ex tem o dom da UBIQUIDADE. Ele controla o equilbrio entre RUN (cu) e IY (terra). Como Orix, diz-se que ele veio ao mundo com um porrete, chamado OG, que teria a propriedade de transport-lo, em algumas horas, a centenas de quilmetros e atrair, por um poder magnticos, objetos situados a distncias grandes. EX o guardio dos templos, casas, cidades e das pessoas e serve de intermedirio entre os homens e os deuses. Cada ORIX possui o seu EX no jogo de IF (uma prtica comum, que se utiliza de 16 bzios) ele o portador da resposta. Chamam-no tambm de Legba ou Elegba. EX o primeiro que se serve e cultua, o Senhor, o decano de todos os elementos, todos os orixs necessitam de suas foras, pois ele est ligado evoluo e ao destino de cada um.Cada ser humano possui o seu EX BARA, que assentado, no vira na cabea de ningum. Este Ex nasce e morre com a pessoa.O principal Ex do LS-GN o MONMON, seu culto s acontece quando troves e relmpagos cortam os cus. Seu assentamento fica numa cabana de sap, aberta, ficando a mostra. Na frica existem iniciados no Culto Afro-Brasileiro, so pouqussimas as pessoas feitas de Exu. No se pode ir a um Orix sem antes tratar de Ex. Embora seus toques sejam rpidos (ex. Bravum Adarrum), ele dana com satisfao qualquer toque aos Orixs quando ordenado. Exceto para Oxaluf, com o qual ele brigou por desejar seu trono.Ele tem o ttulo de ASIWAJU, quer dizer: aquele que vai na frente do todos e o primeiro a ser serrvido.Ex o detentor de ax e quem, junto com Olodumar, criou o universo, ambos tm o mesmo poder. Num terreiro (egb) temos o Ex da porteira (guardio), fica na entrada do terreno, faz a revista nas pessoas que entram e saem, e seguem as ordens do Ex, dono do local. Algumas casas tem, em volta, sete ou quatorze, assentos de Ex, abaixo do nvel da terra, e todas as vezes que h alguma festa na roa, esses exus comem. QUALIDADES YANGI: o mais velho, a primeira forma a surgir no mundo. o dono do poder dinmico do processo da multiplicao dos seres. Est ligado tanto ao ancestral masculino como ao feminino. Carrega o ADOIYRAN, cabaa que contm a fora de se propagar. Esta cabaa vai no assentamento. companheiro, inseparvel, de OGUN, a ponto de serem confundidos. Rei dos Ex. Veste o branco, vermelho e o azul escuro. Come bichos machos e fmeas. AGBO: De Omul AKESAN: relacionado ao jogo de Bzios LALU: jovem, est ligado a Oxossi, Loguned e vem dos caminhos de Oxal. No deve beber cachaa nem dend. Veste-se de branco. Vem, tambm, para outros Orixs. Tem muitos filhos.
GERI: Ligado a Oxun Iapond GIBIRIN: Ligado a Oxagui e Ossayin TIRIRI: de grande valor e mrito, est associado a Ogun e Oxossi. Usa vermelho ou todas as cores. Sempre nas porteiras e caminhos, tem grande fora. SIGIDI: S serve a homens. Provocador de brigas. ALAKEFO: Associado a Nan BARAKESAN: Ligado a Oy IGBARABO: Junto a Xang, Yemanj e Ogun YN: invocado no incio do PAD. associado ao fogo e representa a fora. simbolizado pelo EGAN (gorrinho em forma de cone), pelo pssaro e pelo IKOODDE, pena vermelha do papagaio ODDE. Usa vermelho. BARA IF: Destinado ao Jogo de Bzios ALAKETU: o Ex do dinheiro, veste branco, vermelho e azul escuro. Causador de acidentes. ABENEKWA: Ligado a Oxun Ajagur ELERU: o senhor das oferendas, o portador e o mensageiro. sempre o primeiro a ser invocado. Veste o preto e o vermelho. o dono do dend. ele que carrega o dend na peneira. YGELU: Associado ao WJ, que representa o fruto da terra e por extenso o mistrio do processo oculto da vida e da multiplicao. Dele o caracol africano. Veste o azul arroxeado. s vezes aparece vestido de preto. ODARA: invocado no pad. Providencia a comida e a bebida de todos. benfico, no gosta de bebida alcolica, aprecia mel e vinho, gosta de branco, mas usa vermelho e preto. Ele nos d a fortuna. LONA: o Ex das porteiras dos barraces, vigia os caminhos. Traz os clientes e a fartura. Usa vermelho, preto e azul arroxeado. OLOB: Este Exu o dono da faca. ele que separa as fraes de substncias para formar outros seres diferentes. muito semelhante ao OGUN XOROQUE, anda pelas madrugadas, sempre procurando os profanadores de oferendas postas nas encruzilhadas. Sua cor azul arroxeado. Ele o AXOGUN e sacerdote, sacrificador da sociedade das YMI J. ENGBANIJO: o dono da boca, aquele que fala e traz as respostas. LARY: astuto e provoca brigas COR: preto, vermelho, branco, azul-marinho e cinza COMIDA: Aca branco/vermelho Abern Obi vermelho Orogbo Epo pua Farofas de: o dend agilizar o Waji dinamizar o Gema de ovo prosperidade o Clara de ovo despachar a rua Mel de abelhas
Carne frigida no epo pupa ou crua ou carne seca Banana cozida Banana da terra no epo pupa Atare orogbo
DIA DA SEMANA: segunda-feira DATA: no existe especificamente, pois todos os dias so de Ex. FRUTAS: limo, banana, cana-de-acar FOLHAS: Folha da costa Bredo-sem-espinho Alfavaquinha Mal-me-quer-bravo Tiririca Folha de bob Canano-de-porco Canano branco-de-leite Pico da praia Folha da fortuna Urtiga Tento de Ex Arrebenta cavalo Mamona Mulungun Vassourinha de N. Senhora Folha de fogo Corao de negro Fruto da aroeira vermelha Figueira brava Bredo
BEBIDAS: Todas as bebidas fortes IIEK: contas pretas e vermelhas METAL: no tem, sua matria a terra, pois nasceu da terra em forma de pnis. PARTES DO CORPO: sensao de sede e de fome, cavidade do Ori (cabea), cavidade do tero, atividade sexual (no da atividade procriadora, da fecundao, pois ele o resultado, o descendente), placenta fecundada, os ps (bola dos ps), uma parte do fgado (a outra de Oya). SMBOLOS: Ogo (basto cheio de tranas de palha numa ponta com cabeas penduradas, nas quais ele traz suas bebidas. O Ogo todo enfeitado de bzios). SACERDOTES: Lebasi filhos de Ex Obs: na Nigria tem o nome de Olupon CARGOS: (femininos) DAGAN OTUN DAGAN OSI DAGAN TOQUE: Bravun SAUDAO: Larye, Ex
Koba Laroye Mojuba Ex Koko ro bi j (EXU, o Mercrio africano, o intermedirio necessrio entre o homem e o sobrenatural, o intrprete da linguagem dos mortais e dos ORIXS. pois o encarregado de levar aos deuses da frica o chamado de seus filhos estrangeiros. E nestas notas introdutrias, ele e chamado a levar aos filhos estrangeiros amostragem das infinitas possibilidades deste rico Panteo, que se mantm vivo na frica, no Brasil e em outros pases do Novo Mundo). EXU - EXU o preexistente ordem do mundo. Como a prpria vida, ele se transforma sem parar, mas no uniformemente, porque EXU muda o jogo a seu bel prazer - um "trckster". astucioso, vaidoso, inteligente e ambguo, a tal ponto que os primeiros missionrios assustados compararam-no ao diabo, dele fazendo smbolo de tudo que maldade. Mas EXU, por ser o prprio dinamismo, quem faz, com seus paradoxos, as coisas manterem-se vivas. ele que propicia estar o AXE sempre circulando e, ao ser tratado com considerao (oferendas) reage favoravelmente, mostrando-se servial e prestativo. EXU revela se o mais humano dos ORIXS, nem completamente mau, nem completamente bom. Por estar relacionado com os ancestrais, ele o guardio dos templos, das casas, das cidades e das pessoas. Cada pessoa tem o seu BARA - at cada ORIX tem seu EXU. Ele est em tudo e com tudo, pois o intermedirio eterno entre os homens e os deuses. por isso que em todas as cerimnias do CANDOMBL sua oferenda a primeira e chama-se PAD - que significa reunio. No PAD, EXU chamado, saudado, cumprimentado e enviado ao alm, com dupla inteno: convocar os outros ORIXS para a festa e ao mesmo tempo afasta-lo, para que no perturbe a boa ordem da cerimnia, com seus golpes de "trckster". Como transportador das oferendas, ele OXETU, filho de OXUM com os dezesseis ODU do orculo (Jogo de bzios) (CAURI) Este aspecto benfazejo de EXU outorga-lhe o poder de restituir a fecundidade ao mundo. Como senhor do poder da transformao, ele EXU ELEGBARA, que foi cortado em pedaos e em seguida se regenerou e, ao faz-lo, reuniu simbolicamente o Universo inteiro. EXU mantm o equilbrio das trocas, provoca o conflito para promover a sntese. Tudo que se une, multiplica-se, separa-se, transforma-se - tudo EXU, personificao do principio da transformao. Seu dia segunda-feira. Ele est associado ao nascente e ao futuro e sua cor o azul escuro arroxeado, cor do mistrio da procriao. Seu animal e o co; o cacto e o mandacaru so suas plantas. Rege o sexo e usa um chapu que se assemelha ao falo: no h sexualidade sem EXU. OKOT o caracol, smbolo de EXU, e representa a espiral da evoluo. Quando se manifesta, saudado por um de seus nomes (LAROYE). Veste-se de branco, azul e vermelho, leva na mo um tridente ou um ferro de sete pontas ou ainda uma lana. O tipo psicolgico do filho de EXU tem as seguintes caractersticas: robusto, gil, dinmico, incansvel, transborda vitalidade. grande amigo dos prazeres da vida, guloso, est sempre com fome e bebe bastante. E por isso que ningum do CANDOMBL deve beber nada sem antes jogar no cho da porta da rua, bebida para EXU. Alegre, brincalho, gosta de pregar peas, esconder objetos, contar mentiras, ensinar o caminho errado. Adora chocar, dizer palavres. E desordeiro e adora tumultuar festas e reunies. Quando lhe convm, pode ser extremamente trabalhador, eficiente, incansvel e obstinado tendo em vista sempre o que com isso ir ganhar. Mas totalmente imprevisvel, podendo deixar o trabalho em que se empenha apenas por capricho. No , entretanto, Insensvel. prestativo e no recusa sua ajuda aos amigos. chamado sempre para resolver problemas financeiros, brigas, encrencas amorosas, as quais com habilidade e bom humor consegue dar uma soluo feliz. Mas a principal caracterstica dos filhos de EXU e a exacerbao da sexualidade; suas vidas so regidas por intensa atividade sexual, e fidelidade sexual e algo impossvel de obter-se dos filhos de EXU. Exu para uns, um Orix como todos outros, mas que raramente se tem notcia de algum que seja seu filho, na maioria das vezes as pessoas desse Orix na hora da feitura so consagradas a Ogun. Segundo a maioria dos pesquisadores, na frica as pessoas consagradas a Exu so orgulhosas disso, mas no Brasil em virtude do sincretismo que fizeram de Exu com o Diabo, o mesmo no acontece as pessoas de Exu preferem ser de Ogun, para no serem discriminadas. Exu o mais sutil e o mais astuto de todos os Orixs. Ele aproveita-se de suas qualidades para provocar mal entendidos e discusses entre as pessoas ou para preparar-lhe armadilhas. Ele pode fazer coisas extraordinrias como, por exemplo, carregar, numa peneira, o leo que comprou no mercado, sem que este leo se derrame desse estranho recipiente! Exu pode ter matado um pssaro ontem, com uma pedra que jogou hoje! " s o princpio reparador do Sistema Ng. o controlador rgido de todos os sacrifcios. Inspetor geral, segundo Idowu (1962); "oficial de polcia imparcial", segundo Abimbola (1969:393) que diz: "a
ao de s a de... punir os contraventores, particularmente aqueles que negligenciaram fazer o sacrifcio prescrito". s Yang, segundo a histria Atrun drun s, delega a dvida: o que foi introjetado por ele ser restitudo atravs dos ebs efetuados por todos os elementos procriados. A restituio deslocada, transferida a um outro objeto ou a um outro ser com o qual o ofertante se identifica. Esse mecanismo, que consiste em transferir a um outro a restituio do se absorvido, fundamental para a compreenso dos rituais de oferenda e da dinmica do sistema. A restituio transferida - a oferenda que permite manter a integridade de cada indivduo; controlada por s Elebo, ela permite ao s acompanhante exercer sua funo de princpio dinmico, desenvolver e expandir a existncia de cada indivduo". Assim, com o devido respeito, comeamos por saudar ao Imole Eshu : Mo ju iba, Esu Oba Baba awon Esu ! Iba se, o ! Saudaes, Eshu Senhor e Pai de todos os Eshus ! Que esta homenagem se cumpra! E pedimos-lhe Ago / licena para citar o seu Orisirisi / Contos Imemoriais onde se fala de seus dezesseis maiores atributos, sobretudo ligados ao Culto de If, e que so to negligenciados hoje em dia at pelos seus El'esu / Sacerdote de Eshu! Eis aqui seus maiores dezesseis ttulos e suas correspondentes "qualidades", os quais sempre foram ligados aos 16 Odu / Fundamentos de Tradio dos Itan Ifa / Contos de If de Ile Ife / a Cidade Santa de If : Esu Esu Esu Esu Esu Esu Esu Esu Esu Esu Esu Esu Esu Esu Esu Yangi - o Senhor da Laterita Vermelha Agba - o Senhor Ancestral Igba Keta - o Senhor da Terceira Cabaa Okoto - o Senhor do Caracol Oba Baba Esu - o Rei e Pai de todos os Eshus Odara - o Senhor da Felicidade Osije - o Mensageiro Divino Eleru - o Senhor da Obrigao Ritual Enu Gbarijo - o Senhor da Boca Coletiva Elegbara - o Senhor do Poder Mgico Bara - o Senhor do Corpo L'Onan - o Senhor dos Caminhos Ol'Obe - o Senhor da Faca El'Ebo - o Senhor das Oferendas Alafia - o Senhor da Satisfao Pessoal
Esu Oduso - o Vigia dos Odus ARQUTIPO O arqutipo de Exu muito comum em nossa sociedade, onde proliferam pessoas com carter ambivalente, ao mesmo tempo boas e ms, porm com inclinao para a maldade, o desatino, a obscenidade, a depravao e a corrupo. Pessoas que tm a arte de inspirar confiana e dela abusar, mas que apresentam, em contrapartida, a faculdade de inteligente compreenso dos prblemas dos outros e a de dar ponderados conselhos, com tanto mais zelo quanto maior a recompensa esperada. As cogitaes intelectuais enganadoras e as intrigas polticas lhes convm particularmente e so, para elas, garantias de sucesso na vida.
ESSABAS DE EX Folha da Costa Odun-dun Bredo sem espinho - Tet Aroeira Fruto da aroeira vermelha Cansanso-de-porco Kan-kan Cansano branco de leite - In
Folha de mangueira Aoita Cavalo Dedo de Ex Folha de Tento de Ex Folha de Bob Kanan-kanan Tiririca - Labre Mal-me-quer-bravo - Pep Carrapicho de Agulha Pico-da-praia - Aber
Palma do Diabo Corredeira Preta Corredeira Branca Urtiga Alfavaquiva Orim-rim Folha do Fogo Corao de Negro Figueira Brava
ABRANDA FOGO; AMENDOEIRA; AMOREIRA; ANGELIM; AROEIRA; ARREBENTA CAVALO; ARRUDA MIDA; AZEVINHO; AVINAGUEIRA; BARBA DO DIABO; BARDANA; BELADONA; BRINCO DE PRINCESA; CACTUS ( TODOS ); CANA-DE-ACAR; CANA DE MACACO; CANJERANA; CANSAO; CATINGUEIRA; BELDROEGA; CAJUEIRO; CANJERANA; CARRAPICHO; COMIGO-NINGUM-PODE; CORREDEIRA; CRIZANTEMO; ERVA PRE; FIGUEIRA PRETA; FOLHA DA FORTUNA; FEDEGOSO; FOLHA DA COSTA; GARRA DO DIABO; TAJUJ; SEMPRE VIVA; TAMIARANGA; TAPIXIRICA; TAYUYA; TINHORO ROXO; TINTUREIRA; TIRIRICA (DAND-DA-COSTA); URTIGA; JAMELO; IVITINGA; JUAZEIRO; JURUBEBA; LARANJEIRA DO MATO; MACONHA; MAMO BRAVO; MAMO; MANGUEIRA; MATA CABRAS; MANJERIOBA; MATA PASTO; MUSSAMBE; MARIA MOLE; ORA-PRO-NOBIS; PALMEIRA AFRICANA; PAU SANTO; PAU D'ALHO; PERPTUA; PICO DA PRAIA; PIMENTA DA COSTA; PIMENTA MALAGUETA; PINHO BRANCO; PINHO ROXO; MIXIRICA; QUIXAMBEIRA; XIQUEXIQUE; SO GONALINHO; ASSAPEIXE; BABOSA; MENTA; PATCHOULI.
A seguir coloca-se em ordem de preferncia as comidas que Ex gosta: - PRE - Comidas secas - Peixe fresco ou defumado - Cabritos e porcos - Aves
Qualidades de Ex Bar: - Ex Lona ou In - Ex Odara - Ex Ojise-Ebo - Ex Ajelu, Ijelu, Ajelu Lalu - Ex If-Mil - Ex Barakesan
QUALIDADES DE EXS: 1.Elegbra 2.Alktu 3.Laalu 4.Jelu 5.Run danto 6.Tiriri 7.Lonan 8.Jele bara ASPECTOS: EX LON ou IN: um dos primeiros a ser invocado nas cerimnias de Ipad. o protetor do Babalorix do Egb. Este Ex est ligado ao fogo. EX ODARA: Invocado na cerimnia do Ipad, afim de proporcionar bem estar, felicidade, satisfao e harmonia. EX OJISE-EBO: invocado antes de qualquer oferenda aos Orixs. Ele responsvel pela entrega dos ebs. EX IJELU: Ligado multiplicao e crescimento dos seres diversos, regula a lactao materna, ou seja, toda a transformao dos seios durante a gravidez. Est associado tambm ao pequeno caracol. EX MIL: Est relacionado ao amor, ao lado emocional, ao afeto humano. Costuma proteger os filhos de Oxum, Nana e Yemonj. EX BARAKESAN: Supervisiona as trocas feitas pelo homem. EX ALEKEF: Est ligado aos meses do ano, regula os movimentos da Terra. EX ALAKETU: Este est ligado nao Ketu. EX MOJUB: Este Ex est envolvido s traies do homem. Moju: viver noite; Ba: armar emboscada. EX AJAKE-OSUN: Este Ex s faz o bem, se recusa a fazer o mal. S gosta de ser tratado por homem. EX TIRIRI: Ti - com grande fora, Riri - valor e mrito. Tiriri recebeu este nome por ter atingido um grau especial. EX SOROK: Trabalha com Ogun Sorok. Sorok quer dizer: grito forte, brado. EX ELEB: Carregador de Eb. EX AKUERAN: Est ligado caa. 9.Anan ou Inan 10.Bar 11.Jigidi 12.Mavambo 13.Embeberekete 14.Sinza Muzila 15.Sand 16.Baragbo 17.Akesan 18.Baralajki 19.Betire 20.Lamu Bata 21.Okanlelogun
EX ELERU: Comea a ser assentado do lado de fora at chegar dentro do Egb. EX YANGU ou AGB: Ex p-de-kot, Rei de todos os seus descendentes. Foi o primeiro nascido de sua linhagem, pai ancestral. Este Ex foi formado atravs da mistura de gua e terra (lama), matria prima que Ik usou para modelar o ser humano. conhecido tambm como pedra vermelha de la territa ou como a proforma (primeira forma), ou seja, primeira matria dotada de forma.
LENDA DE EX Elegbara foi procurar uma rainha desprezada, cujo marido a havia abandonado. Elegbara pediu rainha apaixonada que trouxesse alguns fios de barba do Rei, dando ela uma faca para executar sua ordem e prometendo que lhe faria um amuleto para trazer o marido de volta. Logo aps, Elegbara foi casa do filho da Rainha, aquele que herdaria o trono. Este prncipe vivia fora do reino do pai. A tradio local impunha tal condio, por acreditarem que a cobia pelo poder lhes subisse a cabea e os jovens prncipes fossem levados a cometerem crimes contra o Rei. Elegbara disse ao prncipe que o Rei iria para ume batalha e desejava a presena do filho e seus guerreiros no castelo real noite. Por ltimo, Elegbara foi ao Rei e disse-lhe que a Rainha desprezada, tomada de dio pela sua antipatia para com ela desejava mata-lo. Elegbara disse que o Rei deveria ter muito cuidado noite. Ao anoitecer, o Rei foi para os seus aposentos como de costume. Mais tarde, chegou a Rainha aproximando-se devagar com uma faca, pois tencionava cortar alguns fios da barba do Rei. O Rei avisado por Elegbara toma tal situao como uma tentativa de assassinato, desarmando a Rainha e comeando uma luta. O prncipe chega ao palcio e ouve gritos e barulhos vindos do quarto real. Ele e seus guerreiros invadem o quarto e presenciam o Rei e a Rainha lutarem e pensam que o Rei estava tentando matar a Rainha. Por sua vez, o Rei vendo o prncipe e os guerreiros invadindo seu quarto, julga como uma conspirao entre me e filho para tirar seu trono. Trava-se assim, uma batalha cruel entre pai, me e filho, o que levou a destruio de todo o reino.
LENDA DE EX Conta-se que dois grandes amigos tinham, cada um, um pedao de terra, dividido por uma cerca. Diariamente os dois iam trabalhar, capinando e revirando a terra para plantio.Ex interessado nas terras, fez a proposta de adquiri-las, o que foi negado pelos agricultores. Aborrecido, mas determinado a adquirir aqueles dois terrenos, procurou agir. Colocou na cerca um bon, de um lado branco e do outro vermelho. Naquela manh, os amigos lavradores chegaram cedo para trabalhar a terra e viram o bon na cerca. Um deles viu o lado branco e o outro o lado vermelho. Em dado momento, um dos amigos perguntou: - O que este bon branco faz encima da cerca? O outro respondeu: -Branco? Mas o bon vermelho! E comearam uma discusso incansvel. Desencadeou-se uma luta corporal, e com as mesmas ferramentas de trabalho mataram-se. Ex que de longe assistiu tudo, esperando o desfecho j imaginado por ele, aproximou-se e assumiu a posse das terras, no sem antes fazer um comentrio bem sagaz: Que gente confusa que no consegue resolver problema to simples!
LENDA DE EX Havia uma rivalidade entre Ex e Oxal. Ambos discutiam sobre a sua supremacia, ou seja, quem detinha o poder, quem era o mais antigo, quem iria governar. Oxal se sentindo insultado, durante uma disputa cheia de malcias, armadilhas e enigmas, apodera-se da cabaa que pe fim ao poder de Ex, transformando-o em mero servidor, aquele que transporta e codifica as informaes e mantm a ligao entre iy e Orun! LENDA DE EX Ex sempre foi o mais alegre e comunicativo de todos os orixs. Olorun, quando o criou, deulhe, entre outras funes, a de comunicador e elemento de ligao entre tudo o que existe. Por isso, nas festas que se realizavam no orun (cu), ele tocava tambores e cantava, para trazer alegria e animao a todos. Sempre foi assim, at que um dia os orixs acharam que o som dos tambores e dos cnticos estavam muito altos, e que no ficava bem tanta agitao. Ento, eles pediram a Ex, que parasse com aquela atividade barulhenta, para que a paz voltasse a reinar. Assim foi feito, e Ex nunca mais tocou seus tambores, respeitando a vontade de todos. Um belo dia, numa dessas festas, os orixs comearam a sentir falta da alegria que a msica trazia. As cerimnias ficavam muito mais bonitas ao som dos tambores. Novamente, eles se reuniram e resolveram pedir a Ex que voltasse a animar as festas, pois elas estavam muito sem vida. Ex negou-se a faz-lo, pois havia ficado muito ofendido quando sua animao fora censurada, mas prometeu que daria essa funo para a primeira pessoa que encontrasse. Logo apareceu um homem, de nome Ogan. Ex confiou-lhe a misso de tocar tambores e entoar cnticos para animar todas as festividades dos orixs. E, daquele dia em diante, os homens que exercessem esse cargo seriam respeitados como verdadeiros pais e denominados Ogans.
OGUN considerado o ltimo filho de Oduduw, criador dos seres. Ogun o Deus da agricultura e do ferro, responsvel por tudo que a humanidade desenvolve nesses setores. Este Orix muito poderoso, guerreiro invencvel. Ogun no tem somente o lado guerreiro, tambm amigo e companheiro do homem. lder junto com Ex, participando das mudanas sociais polticas e econmicas. Os filhos desse Orix tem uma existncia marcada pelo trabalho. Personalidade: Impetuoso; guerreiro; autoritrio; at certo ponto oportunista; violento; no perdoa arrogantes; utilizam a franqueza para melindrar os outros. O seu lado positivo a cautela; hospitalidade; ajuda todos sem distino; no esmorecem facilmente; do com generosidade e servem em especial aqueles de quem gostam. Ogun filho de Oduduw e Iemonj. PA: 7 batidas direita, 7 batidas esquerda, 1 frente, 1 atrs e as trs de reverncia no adobale. DIA: Tera-feira COR: Azul-Marinho, verde e branco. ANIMAIS PARA SACRIFCIO: Galo, bode, em raros casos o boi e o cachorro. METAL: Ferro.
SMBOLOS: Ferramentas, espada, lana, foice, faca, enxada, p, alicate, etc... Suas roupas so cobertas de mari. O orix Ogun um dos mais amados na cultura ioruba. Em primeiro lugar porque ele foi o primeiro ferreiro. Como foi ele, tambm, quem descobriu a fundio e inventou todas as ferramentas que existem. Portanto o patrono da tecnologia e da prpria cultura, pois sem as ferramentas nada mais poderia ser inventado at mesmo plantar em grandes extenses seria extremamente difcil. Tendo inventado as ferramentas, com a foice ele abriu os primeiros caminhos para o resto do mundo, o que d a ele o poder de abri-los ou fecha-los. Com a faca ele fez o primeiro sacrifcio ritual, por isso sempre se louva Ogum durante estes sacrifcios e sua inveno da faca. Com o ancinho ele arou terras e plantou, com a tesoura cortou peles e inventou os abrigos. Com o machado cortou rvores para construir abrigos, com o martelo pode unir com pregos que inventou, os troncos. Com a cunha pode levantar grandes pesos e assim aconteceu de Ogum, com a espada que forjou, guerrear e conquistar territrios para seu povo. Ele, no entanto, no quis ser rei, pois preferia os desafios ao poder. Continuou lutando e inventando para sempre. Hoje em dia diz-se que os computadores sao de Ogun e de Ogun sao tambm todos os analistas de sistemas. Ogun s cometeu um erro nos mitos, quando seu pai mandou que fizesse uma tarefa e ele pelo caminho embebedou-se com vinho de palmeira e acabou no realizando o que devia. A partir da nunca bebeu, mas diz-se que os filhos de Ogun adoram vinho branco e devem tomar muito cuidado com bebidas. A guerra de Ogun, cujo nome significa exatamente guerra. Como Ogun nunca se cansa de lutar, costuma-se chamar por sua ajuda em situaes em que extremamente difcil continuar lutando ou quando o inimigo extremamente forte. No se deve invocar Ogun a toa, pois seu gnio extremamente violento e diz um oriki que ele mata o injusto e o justo, o ladro e o dono da casa roubada (porque permitiu que acontecesse) portanto no se deve brincar com este orix, que no perdoa. Ogun vive sozinho; um solteiro convicto. Teve muitas mulheres mas no vive com nenhuma, e criou um filho adotivo abandonado nas mos dele por Ians, a deusa dos ventos e raios que por sua vez o havia adotado de Oxum, a deusa do amor e da riqueza Um dos mitos sobre ele diz que Ogum, filho de Iemanj com Odudua. Desde criana j era destemido, impetuoso, arrojado e viril, tendo se tornado sempre mais e mais um brilhante guerreiro e conquistado, para seu pai, muitos reinos, no havendo, por esta razo, um s caminho que Ogum no tenha percorrido. Nos intervalos entre as guerras e as conquistas, Ogum criou os metais, a forja e as ferramentas que facilitaram a vida dos homens no mundo. Ele forjou a primeira faca, a primeira ponta de lana, a primeira espada, a primeira tesoura. Um irmo dedicado, diz o mito que Ogum tinha por Oxssi uma afeio muito especial, defendendo-o vrias vezes de seus inimigos e passando mesmo a morar fora de casa com Oxssi, quando este foi expulso de casa por Iemanj. Diz ainda o mito que foi Ogum quem ensinou Oxssi a defender-se, a caar e a abrir seus prprios caminhos nas matas onde reina. Ogum teve muitas mulheres, a principal delas Ians, guerreira como ele. Tendo sido roubada por Xang, que seu irmo por parte de me, Ogum passou a viver sozinho, para a guerra e a metalurgia. Dia: tera-feira Nmero: 7 Cor: azul cobalto (ou azul ferreiro, como chamam alguns) A cor exata o azul da chama do fogo. Smbolo: espada Comida: feijoada Saudao: Ogun I! OGUM (gum: "guerra") orix das contendas, deus da guerra. Seu nome, traduzido para o portugus, significa luta, batalha, briga. Divindade masculina iorubana, o filho mais enrgico de Oddu, tornou-se regente da cidade de If quando seu pai ficou temporariamente cego. Em outras lendas filho de Iemanj e irmo mais velho de Exu e Oxssi. Por este ltimo nutre um enorme sentimento, um amor de irmo verdadeiro. o deus do ferro, dos ferreiros e de todos que utilizam esse metal. Fora da natureza que se faz presente nos momentos de impacto e nos momentos fortes. O sangue que corre no nosso corpo regido por Ogum. Considerado como um orix impiedoso e cruel, temvel guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos, ele at pode passar esta imagem, mas tambm sabe ser dcil e amvel. a vida em sua plenitude. Os lugares consagrados a Ogum ficam ao ar livre, na entrada das casas e terreiros. Geralmente so pedras em forma de bigorna junto s rvores. Ogum representado tambm por franjas de
palmeira ou dendezeiro desfiadas chamadas mariwo que penduradas nas portas ou janelas, representam proteo, cortando as ms influncias e protegendo contra pessoas indesejveis. O culto a Ogum bastante difundido tanto no Brasil quanto na Nigria. Sem sua permisso e proteo, nenhuma atividade til, tanto no espao urbano como no campo, poderia ser aproveitada. Deve ser invocado logo aps Exu ser despachado, abrindo caminho para os outros orixs. Como na frica, ele representado por sete objetos de ferro pendurados em uma haste de metal. A importncia de Ogum vem do fato de ser ele um dos mais antigos dos deuses iorubs e, tambm, em virtude de sua ligao com os metais e aqueles que os utilizam. Orix yorub, considerado rei de if, na Nigria. general de oduduw, preside as guerras e as lutas. Executa trabalhos manuais em ferro, madeira, etc. o criador das armas e ferramentas. Ele geralmente assentado pelo lado de fora, gosta de ficar rodeando de rvores, como YIOB, peregun, sua rvore de maior fundamento, YIZIEEOU, p de jaca. Mulher no deve chegar perto. O deus guerreiro de personalidade instvel, filho de Yemanj com Oxal. No amor este soldado sensual e aconchegante. Na guerra, furioso e vingativo. Experiente ferreiro, utiliza-se de seus conhecimentos para defender os filhos. Amante incontestvel, no dispensa uma boa peleja. Todos aqueles que se utilizam do ferro para trabalhar, do metalrgico ao cirurgio, passando pelo aougueiro e o agricultor, esto sob sua proteo. Seus filhos costumam adorar estar com os amigos, transformando a rotina do dia-a-dia. Parecem brisas de to suaves, mas, ao menor sinal de conflito, explodem numa fria devastadora. Sua franqueza desconcertante e a curiosidade, idem. Abominam a derrota e o perdo, preferindo um grito de guerra vitorioso. Ogn caa e inventa armas. Deve-se ter sempre a seus ps uma cabaa virada, pois, se ele no encontr-la, fica nervoso. O fogo e o sangue simbolizam a raiva e o desejo de guerrear. Ele teve vrias esposas: Oxn, Ob e Oya, a mais importante foi ELESY OXN ORIY, aquela que pintava sua cabea com ps brancos e vermelhos. Sua representao feita por sete, quatorze ou vinte e uma ferramentas de ferro, como por exemplo: martelo, foice, ancinho, enxada, faco, etc. Os cultos de Ex e Ogn so muito parecidos. Ogn alimenta-se de feijoada, inhame, xinxim de galinha. Ogn recebeu vrios nomes, pelas aldeias e cidades por onde passava, OGN BENIN, OGN DAYO, OGN FENN, OGN KAUAN; que no so qualidades e sim ttulos. QUALIDADES OGN MEN um jovem guerreiro. Veste-se de verde, branco e amarelo. Come com Oxal e tem grande fundamento com Yemanj. OGN MEJE: Seria o mais velho, a raiz de todos. um Ogn completo. Come nos cemitrios. Solteiro, ranzinza e muito sanguinrio. Suas cores so o verde claro e o vermelho claro. OGNJ: o Orix da casa de Oxal, o grande guerreiro branco. Como todo Ogn, come inhame, tem temperamento rabugento e solitrio. Em seus assentamentos leva Oxn e Wji. No se pronuncia seu nome em vo e nem noite. Veste branco e tambm, o verde, suas contas so verde-claro. Cobre-se de mariwo. OGN XOROQUE: um Orix de Jeje, um tipo muito perigoso. Dizem que foi amaldioado por seu pai e sua me. Conta lenda que um vulco entrou em erupo e XOROQUE pulou de dentro dele, em forma de fogo. o senhor da noite, vive nos cantos das encruzilhadas, castigando os que por ali passam e profanam as oferendas ali colocadas. o Orix da vingana, pois, seu temperamento muito forte. Tem que ser feito no domnio do pai, VILA MAVUMBE, e ambos no domnio da me, APAND. Faz-se o Ex, escravizado por Ogn, tendo que assentar Oxn. No pode ser feito dentro do barraco. Tudo duplo, at o QUEL. So dois assentamentos, um de Ex, sem massa e outro de Ogn, com massa, sobre o Ex. Dana-se para Ex, Ogn e Oxn. OGN WARI: Feiticeiro, fica ao lado do Igbal, o seu assentamento. velho, agitado, violento, implacvel. Sua bebida a cachaa. Come carne crua. No seu assentamento tem duas tbias, 1 crnio e terra de cemitrio. O assentamento na mata e fica em lugar alto. OGN ELEBED: Assentamento todo em ferro (mini oficina de ferreiro). Este Ogn o marido de Yemanj Ognit e o pai de Akeko. o mais velho, trabalhador, exigente e rabugento. Veste-se de azul arroxeado e o vermelho. Contas iguais roupa. Come com Ex e Yemanj. OGN AKORO: Irmo de Oxossi e ligado floresta. invocado no Pad. filho de Yemanj Ognt, jovem, dinmico, empreendedor, protetor, seguro, amigo fiel e ligado ao mau. Seu assentamento leva vrias folhas. OGN AJAK: Irmo mais velho de Xang, conquistou a cidade de Oy e deu para seu irmo governar. Teria sido o primeiro rei de Oy. agressivo, gosta de dar ordem e ser obedecido. Guerreiro sanguinrio, come carne crua. Usa as cores vermelho, azul e amarelo. OGN ONIRE: Primeiro filho de Odda. Usa contas verdes e veste-se de verde, Guerreiro impulsivo,
violento, cortador de cabea sanguinrio, ligado a morte e aos antepassados. Muito impaciente, no pensa antes de agir, mas acalma-se rpido. OGN IGBAGBO: Outro nome de Ogn Olode. caador e no come animais caseiros. Amigo e conhecedor dos caminhos como Oxssi. semelhante a Oxssi. Come, em seus assentamentos, caa. Leva um Ademat e s come nos caminhos da mata. OGN POPO: assentado ao lado de Oxal AJ: Fica fora do barraco e toma conta da porteira. o primeiro a ser saudado. Companheiro de Ex, ronda as encruzilhadas, comendo com Ex nas estradas. veste-se e tem contas azul arroxeado. ONIJ: o Orix que tritura, corta e provoca ferimentos. No aconselhvel raspar este Orix em seus filhos. Veste o verde escuro e o vermelho. Tem ligaes com Oya Ygbal. IKOL: um Ogn solitrio que tem ligaes com Xoroque e Oxal. Come gbn e veste-se de verde escuro ou vermelho. Adora galos vermelhos e bode de chifres grandes. ELEMON: Mora nas matas e caa muito bem. muito srio, spero, no se apegando a ningum, a mo ser a sua prpria famlia. Tem fundamento com Obalua e Ex. CORES: azul marinho, verde garrafa (Ijes), amarelo ouro. COMIDA: feijoada e inhame. DIA DA SEMANA: tera-feira DATA: 13 de junho FRUTAS: manga, caj, obi, orogbo, coco. FOLHAS: Papo de Peru (Jokomije) Mutamba (Afr) Eucalipto Mariwo (Mariwo) Peregum (Piperegun) Umbaba Espada de Ogn (Ewe id ris) Rama de leite (Ob) Comboat Iroko (Iroko) Erva Tosto (Ereje) Chapu de couro Mal-me-quer-bravo (Banjk) Folha de bicho (tpnl) Capim limo Akoko (Akoko) Lngua de vaca (Enm Mal) Cordo de frade Canela de Macado (Teteregun) Capeba (Jh) Folhas de manga espada Taioba (Eke Apo) Alfavaquinha (Orirn) P de pinto Parietria (Mann) Folha da Costa (Odundun) Vence demanda So Gonalinho (Alks) Cip chumbo (Alopep) Abre caminho Erva Prata Omm (Bredo) Dand da costa BEBIDAS: gua de coco, alu, meu (vinho de palma). ILEK: miangas com segui (azulo), argolo de ferro. METAL: Ferro. PARTES DO CORPO: Mos e couro cabeludo. SMBOLOS: espada, faca, ma de ferro, faco. SACERDOTES: Olgn. CARGOS: Asgn (Sacrifica), Olobe (Senhor da Faca) Otun Osi Obs.: O primeiro Asgn do terreiro tem que ser Omo gn.
TOQUE: Bravun. SAUDAO: Ogn Ye (Salve Ogn) Patakori Ogn ( importante na cabea) Ogum como personagem histrico, teria sido o filho mais velho de Oddu, o fundador de If. Era um temvel guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedies, ele trazia sempre um rico esplio e numerosos escravos. Guerreou contra a cidade de Ar e a destruiu. Saqueou e devastou muitos outros Estados e apossou-se da cidade de Ir, matou o rei, a instalou seu prprio filho no trono e regressou glorioso, usando ele mesmo o ttulo de Onr, "Rei de Ir". Por razes que ignoramos, Ogum nunca teve o direito a usar uma coroa (ad), feita com pequenas contas de vidro e ornada por franjas de missangas, dissimulando o rosto, emblema de realeza para os iorubs. Foi autorizado a usar apenas um simples diadema, chamado kr, e isso lhe valeu ser saudado, at hoje, sob os nome de gn Onr e gn Alkr inclusive no Novo Mundo, tanto no Brasil como em Cuba, pelos descendentes dos iorubs trazidos para esses lugares. Ogum teria sido o mais enrgico dos filhos de Oddu e foi ele que se tornou o regente do reino de If quando Oddu ficou temporariamente cego (informao pessoal do ni(rei) de If em 1949). Ogum decidiu, depois de numerosos anos ausente de Ir, voltar para visitar seu filho (informao pessoal do Onr em 1952). Infelizmente, as pessoas da cidade celebravam, no dia da sua chegada, uma cerimnia em que os participantes no podiam falar sob nenhum pretexto. Ogum tinha fome e sede; viu vrios potes de vinho de palma, mas ignorava que estivessem vazios. Ningum o havia saudado ou respondido s suas perguntas. Ele no era reconhecido no local por ter ficado ausente durante muito tempo. Ogum, cuja pacincia pequena, enfureceu-se com o silncio geral, por ele considerado ofensivo. Comeou a quebrar com golpes de sabre os potes e, logo depois, sem poder se conter, passou a cortar as cabeas das pessoas mais prximas, at que seu filho apareceu, oferecendolhe as suas comidas prediletas, como ces e caramujos, feijo regado com azeite-de-dend e potes de vinho de palma. Enquanto saciava a sua fome e a sua sede, os habitantes de Ir cantavam louvores onde no faltava a meno a gnjaj, que vem da frase gn je aj (Ogum come cachorro), o que lhe valeu o nome de gnj. Satisfeito e acalmado, Ogum lamentou seus atos de violncia e declarou que j vivera bastante. Baixou a ponta de seu sabre em direo ao cho e desapareceu pela terra adentro com uma barulheira assustadora. Antes de desaparecer, entretanto, ele pronunciou algumas palavras. A essas palavras, ditas durante uma batalha, Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou. Porm, elas no podem ser usadas em outras circunstncias, pois, se no encontrar inimigos diante de si, sobre o imprudente que Ogum se lanar. Como Orix, Ogum o deus do ferro, dos ferreiros e de todos aqueles que utilizam esse metal: agricultores, caadores, aougueiros, barbeiros, marceneiros, carpinteiros, escultores. Desde o incio do sculo, os mecnicos, os condutores de automveis ou de trens, os reparadores de velocpedes e de mquinas de costura vieram juntar-se ao grupo de seus fiis. Ogum nico, mas, em Ir, diz-se que ele composto de sete partes. gn mjeje lde Ir, frase que faz aluso s sete aldeias, hoje desaparecidas, que existiriam em volta de Ir. O nmero 7 , pois, associado a Ogum e ele representado, nos lugares que lhe so consagrados, por instrumentos de ferro, em nmero de sete, catorze ou vinte e um, pendurados numa haste horizontal, tambm de ferro: lana, espada, enxada, torqus, faco, ponta de flexa e enx, simbolos de suas atividades. ARQUTIPO O arqutipo de Ogum o das pessoas violentas, briguentas e impulsivas, incapazes de perdoarem as ofensas de que foram vtimas. Das pessoas que perseguem energicamente seus objetivos e no se desencorajam facilmente. Daquelas que nos momentos difceis triunfam onde qualquer outro teria abandonado o combate e perdido toda a esperana. Das que possuem humor mutvel, passando de furiosos acessos de raiva ao mais tranquilo dos comportamentos. Finalmente, o arqutipo das pessoas impetuosas e arrogantes, daquelas que se arriscam a melindrar os outros por uma certa falta de discrio quando lhes prestam servios, mas que, devido sinceridade e franqueza de suas intenes, tornam-se difceis de serem odiadas.
ESSABAS DE OGUN: Palmeira de dend Mariw Peregun (piperegun) pipergn nativo Canela de macaco - Tetergun Mutamba - Afer Taioba - Bala
Rama-de-leite - Ob Erva-tosto, graminha - Ereg Aroeira Espada de So Jorge - Jun Capeba - J Cip-chumbo Ano-peipa Guin-pipiu Osigbat Folha da costa (saio) Odn-dun Folha-de-Ioko Irko Malmequer bravo Pep Parietria Monam
Folha-de-bicho - Ibin Erva-de-passarinho Afoman Bredo Omun Alfavaquinha Orim-rim Abre-caminho-de-Ogun Aroeira branca Cajarana Folhas de manga espada Pau-ferro Caiara Caj Jamin Bredo sem espinhos - Tet
GN
ABRE CAMINHO; AGRIO; ALFAVAQUINHA; ALUM; ARNICA; BELDROEGA; BREDO SEM ESPINHO; CAJAZEIRA; CAMBOAT; CANA DO BREJO; CANELA DE MACACO; CAPIM LIMO; CAPIXABA; CARQUEJA; CHAPU DE COURO; CIP CHUMBO; CORDO DE FRADE; DAND DA COSTA; ERVA DE PASSARINHO; CRISTA DE GALO; DRAGOEIRO; EUCALIPTO; ESPADA DE SO JORGE; GUARABU; GOIABEIRA; HELICNIA; GN; JABOTICABEIRA; JAMBO; GRUMIXAMEIRA; ERVA TOSTO; GUIN; JUC; JATAI; JATOB; LIMO BRAVO; LOSNA; LNGUA DE VACA; MUTAMBA; MALMEQUER; MANGUEIRA; P DE PINTO; PAU ROSA; PIRI-PIRI; POINCTIA; PORANGABA; TANCHAGEM; SANGUE DE DRAGO; UMBABA; VENCE DEMANDA; PEREGUN; MADEIRA DE LEI; AROEIRA BRANCA; CANJARANA; MANGA ESPADA; AROEIRA; LEVANTE; PAU FERRO; SO GONALINHO; CAIARA OGUM
Cerveja branca
Manga Espada
Inhame cozido na gua, descascado e dividido ao meio, regado com mel (Estrada de Rodagem). Inhame assado na brasa, descascado dividido ao meio, regado com dend (Estrada de Ferro).
Mencionaremos aqui as ervas mais conhecidas no Rio de Janeiro: Espada de So Jorge, Aroeira, So Ganalinho.
Os Orixs normalmente trazem em seus filhos suas caractersticas fsicas e de carter. Assim podemos dizer que os filhos de:
A prata.
23 de abril.
QUALIDADES DE OGUN 1. Onire 2. Alagbede 3. J 4. Omini 5. Wari 6. Eroto ndo 7. Akoro Onigbe
LENDA DE OGUN Ogun vivia em sua aldeia, quando foi requisitado para uma guerra, que no tinha data para acabar. Antes de partir, ele exigiu que seus habitantes dedicassem um dia em sua homenagem, fazendo o sacrifcio de jejuar e fazer silncio absoluto, alm de outras oferendas. Partiu, em sua longa jornada, para os campos de batalha, onde permaneceu sete anos. No regresso sua aldeia, caminhou durante muitos dias, sentindo muito cansao. A fome e a sede tambm o atormentavam. Na primeira casa que encontrou pediu gua e comida, mas ningum o atendeu, permanecendo calados e de olhos fixos no cho.
Resolveu, ento, fazer outra tentativa na prxima casa, mas a cena foi a mesma, o que despertou sua ira. Ele esbravejou com os moradores, exigindo que falassem com ele, mas ningum o fez. No se conformava com tamanha falta de respeito, depois de ter lutado tanto! Ogun esperava uma recepo calorosa em sua prpria aldeia, mas, ao contrrio, s encontrou silncio. medida que avanava pelo interior da cidade, a mesma coisa se repetia, casa aps casa. Ogun nem imaginava o que estava acontecendo. Perguntava e no recebia resposta. Sua ira j estava incontrolvel, quando chegou ao centro do povoado, onde haviam muitas pessoas. Estranhou o fato de ningum estar conversando. Perguntou a eles onde estavam suas famlias, mas no obteve resposta. Era uma afronta! Foi assim que, evocando todos os seus poderes, Ogun dizimou sua prpria aldeia. Caadores que passavam pela cidade, entre eles seu filho, o reconheceram e tentaram aproximar-se. Vendo que sua clera era imensa, resolveram evocar Ex para acalm-lo. A ira desse orix finalmente foi aplacada. Seu filho, indignado ao ver tanta destruio, indagou o motivo que levou seu pai a cometer tal atrocidade. Ogun respondeu que aquelas pessoas lhe faltaram com respeito quando no o reconheceram. Precisavam de um castigo. Foi, ento, que seu filho fez-lhe lembrar da exigncia que fizera antes de partir para a guerra. Ogun, tomado pelo remorso, devido sua crueldade com pessoas que s estavam obedecendo ordens, abriu o cho com sua espada enterrando-se de p.
OSSANHE ou OSSANHA: a manifestao da conservao e da preservao. o Orix responsvel pelas folhas, sendo cultuado nos candombls com grande respeito, devido participao fundamental das ews (folhas) em todos os axs, tais como: sacudimentos, banhos, inxs, etc... A fora do culto est baseado na infuso das folhas. PERSONALIDADE: Livres, passionais, desconfiados, generosos, ciumentos, observam tudo ao seu redor, tem tendncia ao isolamento e so caprichosos no que realizam. PA: 3 batidas de palma, bem espaadas, levantando-se de cada vez as mos fechadas para diante e para cima, lentamente. Em seguida, 7 batidas lentas para frente e as 3 vezes de reverncia, ainda mais lentas, seguindo o adobale. SAUDAO: ew, ew ossanhe!. DIA: Quinta-feira COR: Todos os matizes de verde, e o branco. METAL: Estanho ANIMAIS: bode, galo e pombos. SMBOLO: Haste de ferro, tendo na extremidade superior um pssaro em ferro forjado. Esta mesma haste cercada por seis outras dirigidas para o alto em forma de leque. Ossain, a energia mgico/curativa das folhas e por isso divinizada na forma do senhor das folhas e dos remdios. Seu interesse pela cincia tornou-o um solitrio desde que desceu do orum (o cu ioruba). Embrenhou-se pelas florestas e vive para descobrir e se apoderar dos segredos mgicos das folhas, o elemento mais importante, sem dvida, no candombl. Alguns mitos dizem que Ossain aprendeu os segredos das folhas com Aroni, uma espcie de gnomo africano, que tem uma perna s, e com os pssaros, alguns deles a forma tomada pelas temveis feiticeiras africanas (aj) Iyami Oshorong, cujo nome no deve ser pronunciado para no atra-las. Sentindo-se sozinho, enfeitiou Oxssi, a quem sempre encontrava nas matas, e o levou para os fundos destas onde lhe ensinou muitos segredos e pretendia mant-lo, (alguns mitos dizem que como amigo, outros dizem que como amante) o que Iemanj e Ogum no permitiram, voltando Ossain sua solido.
Segundo o mito, Xang, o deus trovo, desejando obter os fundamentais poderes de Ossain, pediu sua mulher, Ians, a deusa dos ventos e das tempestades, que ventasse muito no lugar onde morava Ossain, para que as folhas sagradas que guardava em sua cabaa de segredos fossem espalhadas e ele pudesse apanh-las. Por seu amor a Xang, Ians assim fez. No entanto, quando vento espalhou as folhas todos os orixs correram para apanh-las, sabendo de seus poderes. Ossain, ao ver o que acontecia pronunciou palavras mgicas que solicitavam que as folhas voltassem s matas, sua casa e seu domnio. Todas as folhas voltaram, mas cada orix ficou conhecendo o poder daquelas que conseguiu apanhar. S que elas no tinham o mesmo ax (poder, energia) que quando estavam sob o domnio de Ossain. Para evitar novos episdios de roubo e inveja, Ossain permitiu, ento, que cada orix se tornasse dono de algumas folhas cujo poder mgico, de conhecimento e cura ele liberaria quando lhe pedissem ao retir-las de suas plantas. Em troca exigiu que jamais cortassem ou permitissem o corte de uma planta curativa ou mgica. Toda a medicina ioruba se baseia, portanto, nos poderes de Ossain sobre as folhas-remdio e Obaluai o deus que rege as doenas graves. Ambos os orixs sao muito temidos e respeitados, porque tambm entre os iorubas, o mesmo princpio que cura, mata. Remdio e veneno sao questo de grau. Cor: verde escuro (cor do "sangue" das folhas) Dia da semana: quinta-feira Elemento: ar Smbolo: um ramo de folhas com um pssaro pousado, indicando seus poderes de cura e de magia. Comida: milho Saudao: Ew! Aa! OSSAIN ("luz divina") O deus das ervas, dono das matas, orix da medicina, da cura, da convalescena. Mestre do poder curativo das ervas, que proporciona o Ax das plantas, ou seja, a fora vital, imprescindvel realizao de qualquer ritual nos Cultos Africanos. Ossain a mgica das folhas, tornando mgicas tambm a sua convivncia com os seres humanos. o pai da fitoterapia; tem influncia na homeopatia, aquele que gera a capacidade de cura pela ingesto ou aplicao de plantas medicinais; nos consultrios, nas cirurgias, na farmcia, nas pesquisas qumicas e cientficas. Ele o alquimista, o mgico, o senhor das poes mgicas e curativas, o bruxo, o mdico dos orixs. Conhecedor profundo do segredo de todas as ervas. Toda vez que queimamos uma floresta, desmatamos, cortamos rvores, ou simplesmente arrancamos folhas desnecessariamente, estamos violando a natureza, ofendendo seriamente essa fora natural que denominamos Ossain. Assim, todo orix que precisava de uma erva ou planta devia em primeiro lugar pedir a Ossain, que cobrava por estes trabalhos, aceitando como pagamento mel, fumo, etc. At que um dia Xang passou a achar que todos os orixs deveriam ter o conhecimento das ervas, e pediu a Oia-Ians que convencesse Ossain a dividir com os demais os segredos e os mistrios das plantas. Oia-Ians sacudiu sua saia provocando grande ventania, espalhando as folhas para todos os orixs, para que cada um exercesse poder sobre uma delas. Em meio a ventania, Ossain repetia sem parar: Eu, eu assa!, que significa "Oh, folhas!". Embora cada orix tenha se apossado de um tipo de folha, com esta reza Ossain evitou que seu poder fosse distribudo com eles, pois s ele conhecia o ax de cada uma delas conservando s para ele o poder sobre elas.
OSSANYIN Nascido em Irawo, filho de Oxal e Yemanj, irmo de Ogn, Oxssi e Xang. Ossanyin muito ligado a Ogn e Oxossi, o mesmo no acontecendo com Xang, como aparece em vrias verses que eles se opem. Ossanyin o patrono das folhas e da vegetao. Cada folha tem uma finalidade prpria dentro do Culto aos Orixs e quando associadas tem poderes mgicos e medicinais: KO SI W, KO SI ORS (Sem folhas no h Orix). Sem Ex e Ossanyin no Candombl. Num terreiro s pode haver um Omo Ossanyin (iniciado), embora possa, sem problemas, ter vrios abians, cujo Orix principal seja Ossanyin. Ossanyin acompanhado pelo seu principal Exu Sasaneji e o encantado Aroni, cujas caractersticas, tanto desse como daquele passamos a descrever: Exu Sasaneji: Tem uma perna s e um olho coberto com uma folha, no seu assentamento usa-se:
ervas, frutas (colhidas no caminho) e razes maceradas, vinho moscatel, azeite doce, mel. Aroni: um ano (duende), usa um gorro vermelho, enfeitado com bzios, um cachimbo de barro e pula numa perna s. A base de seu assentamento algodo. Suas bebidas preferidas so: alu, gua de coco com pitada de sal. Come galos brancos, mel, fumo de rolo (desfiado), etc. Para chamarmos Aroni usamos fumo de rolo em cima de brasa e um ovo quebrado. Aroni quem intui o Babalorix a combinao das folhas. As folhas apanhadas no redemoinho so para Aroni. No Il Ax Opo Afon j Ossanyin macho, j no Gantois cultuado com fmea e come cabra. Para colhermos folhas, na mata, despachamos o Exu de Ossanyin e o da mata. As folhas so colhidas com a mo direita e colocadas numa cabaa com aca dissolvido na gua qual as perguntas so feitas a duas cabacinhas e suas vozes podero ser ouvidas. As cabaas tambm acondicionam alm de folhas, mel, fumo de rolo e cachaa, que um elemento portador de muito Ax. A voz de Ossanyin estranha, pois imita o grito de um pssaro ATIORO. A colheita das flores, devem ser feitas com extremo cuidado, sempre em lugar selvagem, onde as plantas crescem livremente, deve-se estar em estado de pureza para esta colheita, abstendo-se de relaes sexuais pelo menos trs dias precedentes, indo a floresta durante a madrugada sem dirigir a palavra a ningum. Tendo que deixar no cho uma oferenda a Ossanyin logo que se chegue ao local. Ossanyin usa uma cabaa chamada Igb-Ossanyin. Fuma e bebe mel e pinga. Ele feiticeiro, por isto representado por um pssaro chamado Eley, que reside na sua cabaa. Ossanyin existe em todas as folhas, por isso quando queimam as matas ele fica revoltado com ser humano, que destri a fora da natureza, que a cura de todas as doenas que existem e que vo existir. QUALIDADES IBENEJI: o mais velho, usa mel e favos, etc. IKINISE: Usa cachimbo e faco niquelado ou de prata, na sada no barraco.Outras Qualidades: OYNGBO, ONIGBOGBO, WE DUNDUN, WE RINRIN, WE GB COR: Verde/amarelo ou verde/branco para Ibeneji COMIDA: Eko, espiralado, na folha da couve, banana, taioba ou mamona vermelha. Amiyan mingau de farinha de aca com canela ralada e 3 pitadas de sal. Obi branco. Orogbo. Milho vermelho cozido com sal. Feijo fradinho e preto torrado. Mel puro. Amendoim torrado sem casca. Farofa de dend com sal. DIA DA SEMANA: Quinta-feira. DATA: 5 de outubro. FRUTAS: No ctricas. FOLHAS: Lngua de galinha Folha de dendezeiro Mutamba Cip chumbo Canela de macaco Espada de Ogn Folha de palmeira Peregun Rama de leite Erva tosto Papinho de peru Vassourinha de relgio Parietria Erva de passarinho Caj Beldroega
Taioba Alfavaquinha Cana do Brejo Bredo sem espinho Mal-me-quer-bravo Folha da costa BEBIDAS: Alu, gua de coco, gengibre, rapadura ralada e gua de coco, cachaa de alambique, vinho tinto ou branco, melao de cana. ILEK: Verde rajado de amarelo. METAL: ferro, estanho, bronze. PARTE DO CORPO: O peito dos ps, parte da perna entre o tornozelo e o joelho. SMBOLO: Haste com folhas e um pssaro tir. SACERDOTE: Olosaiyn. CARGOS: Sarapebe homem que comunica o ocorrido de um egbe, relaes pblicas. Bblris/ylris. Babalosaiyn. TOQUE: Ijex. SAUDAO: we we As Ossaniyn ou Ossain (como se escreve habitualmente) o deus das ervas. Comanda as folhas, as medicinais, as litrgicas, o mestre do mato. Sem ele nenhuma cerimnia possvel. Usa pilo, veste verde, sua ferramenta tem sete pontas, uma das quais no centro com um pssaro no alto. Bode e galo so suas comidas prediletas; sua saudao: Ew ! muitas vzes representado com uma nica perna. Trata-se de um dos Orixs mais importantes. OSSAIN, O SENHOR DAS FOLHAS Ossain recebera de Olodumar o segredo das folhas. Ele sabia que algumas delas traziam a calma ou o vigor. Outras, a sorte, a glria, as honras ou ainda, a misria, as doenas e os acidente. Os outros orixs no tinham poder sobre nenhuma planta. Eles dependiam de Ossain para manter sua sade ou para o sucesso de suas iniciativas. Xang, cujo temperamento impaciente, guerreiro e impetuoso, irritado por esta desvantagem, usou de um ardil para tentar usurpar a Ossain a propriedade das folhas. Falou dos planos sua esposa Ians, a senhora dos ventos. Explicou-lhe que, em certos dias, Ossain pendurava, num galho de Iroko, uma cabaa contendo suas folhas mais poderosas. "Desencadeie uma tempestade bem forte num desses dias", disse-lhe Xang. Ians aceitou a misso com muito gosto. O vento soprou a grandes rajadas, levando o telhado das casas, arrancando rvores, quebrando tudo por onde passava e, o fim desejado, soltando a cabaa do galho onde estava pendurada. A cabaa rolou para longe e todas as folhas voaram. Os orixs se apoderaram de todas. Cada um tornou-se dono de algumas delas, mas Ossain permaneceu senhor do segredo de suas virtudes e das palavras que devem ser pronunciadas para provocar sua ao. E, assim, continuou a reinar sobre as plantas como senhor absoluto. Graas ao poder (ax) que possui sobre elas. ARQUTIPO O arqutipo de Ossain das pessoas de carter equilibrado, capazes de controlar seus sentimentos e emoes. Daquelas que no deixam suas simpatias e antipatias intervirem nas suas decises ou influenciarem as suas opinies sobre pessoas e acontecimentos. o arqutipo dos indivduos cuja extraordinria reserva de energia criadora e resistncia passiva ajuda-os a atingir os objetivos que fixaram. Daqueles que no tm uma concepo estrita e um sentido convencional de moral e da justia. Enfim, daquelas pessoas cujos julgamentos sobre os homens e as coisas so menos fundados sobre as noes de bem e de mal do que sobre as de eficincia.
ESSABAS DE OSSANHE:
Todas as folhas, porm deve-se usa-las com cuidado pois cada uma tem uma finalidade especfica. So gonalinho Gorobinha Lingua-de-galinha Ganuc Papinho-de-peru Tolu-tolu Folha de neve branca, cana-do-brejo Timim Vassourinha Simim-simim
SNYN
QUEBRA-PEDRA; PATIBA; NARCISO; MAMONA; GUABIRA; FUMO; ESPINHO CHEIROSO; ERVA VINTM; DENDEZEIRO; CELIDNIA; CARRAPATEIRA; BUCHEIRA; BAUNILHA-DE-NICURI; ARIDAN; AMENDOEIRA; ALECRIM DO CAMPO; AKK; ALFAVAQUINHA; MENDOIM; AROEIRA; BELDROEGA; CANELA DE MACACO; CIP CHUMBO; ERVA DE PASSARINHO; ERVA TOSTO. FIXO; JIL; LGRIMA DE NOSSA SENHORA; LNGUA DE GALINHA; MALMEQUER; MAMONA VERMELHA; PITANGUEIRA; ALFAVAQUINHA; PEREGUN; JEQUIRITI; JURUBEBA; OBI; OGBO.
LENDA DE OSSANHE: Ossanhe sempre viveu na floresta de onde aprendeu o segredo da fora das folhas. Sendo conhecedor de tais poderes os Orixs sempre o procuravam. Xang achava que o conhecimento de Ossanhe sobre as folhas deveria ser universal e no algo secreto, pois colocava Ossanhe como a grande sbia das florestas. Xang pediu a Oy que convencesse Ossanhe a lhe revelar tais mistrios. Ossanhe no se deixou convencer. Oy insultada, provocou uma ventania espalhando as folhas por diversos reinos.
LENDA DE OSSAIN Ossain era o nico orix que sabia reconhecer e despertar os poderes mgicos das plantas e us-los para curar as enfermidades, ou nos rituais litrgicos. Ele sabia, como ningum, fazer misturas mgicas com os vegetais, razes e folhas. Os outros orixs tambm tinham o desejo de possuir suas prprias folhas, bem como o conhecimento necessrio para receber o ax proveniente delas, mas Ossain no revelava seus segredos e no deixava ningum apanhar folhas em suas florestas. Oy (Yassan) no aceitava essa situao, pois sua aldeia estava sendo assolada por doenas, e nada podia ser feito. Foi, ento, que ela pediu a Ossain que lhe desse algumas folhas e seus respectivos encantamentos, mas este negou-se a faz-lo. Oy ficou muito contrariada, no se conformando com uma atitude to insensvel. Sua fria incontrolvel fez levantar o vento. E o vento foi to forte, que as folhas se desprenderam das rvores, voando para todos os cantos da floresta. Ossain gritava: "Minhas folhas, minhas folhas". A cabaa com os segredos ficou exposta por algum tempo, possibilitando aos orixs a oportunidade de absorver uma pequena parte desse conhecimento. Assim, os orixs cataram suas folhas, que seriam utilizadas em seus rituais sagrados; porm, no podiam dispensar a ajuda de Ossain, pois ele sempre ser o grande sbio da floresta. Outra lenda nos conta que Ossain trabalhava na roa de Orunmil, que um orix fun-fun (da cor branca) e detentor do conhecimento do orculo divinatrio. Ossain tinha a tarefa de cultivar os campos, mas recusava-se a limpar o terreno para fazer a semeadura. Ele no conseguia podar as plantas, pois achava utilidade em todas elas. Essas folhas podiam curar todo tipo de doena existente. Orunmil, vendo que o servio no saa, foi ver o que estava acontecendo. Ossain explicou seus motivos, fazendo com que o grande orix fun-fun percebesse estar diante de um ser encantado e de grande conhecimento. Ao invs de castig-lo, deu-lhe uma posio de destaque dentro do orculo de If. Dessa forma, Orunmil teria, perto de si, algum para lhe revelar os segredos das folhas.
IBEJI: IBEJI Os Ibejis representam a solidariedade, a gemelaridade (qualidade das coisas gmeas, compostas de dois inseparveis, e assim do prprio processo de conhecimento humano, composto de pares inseparveis de oposies). Representam ainda os irmos, a infncia, o inicio da vida, momento em que a dependncia da solidariedade maior. Um dos mitos diz que os orixs crianas, os gmeos Ibejis, eram companheiros de brincadeira de Logun-Ed e de Ew, sendo filhos de Iemanj. Um dia, enquanto brincavam numa cachoeira, um deles acabou se afogando. O Ibeji que ficou, comeou ento a se tornar a cada dia menos forte, mais melanclico e sem interesse pela vida. Foi ento a Orunmil e suplicou que este lhe trouxesse seu irmo de volta. No podendo fazer tal coisa, Orunmil transformou a ambos em imagens de madeira, e os deu de presente a Oxum, para q deles cuidasse e para que pudessem ficar juntos para sempre. Cor: Rosa e Azul Numero 2 Comida: caruru Dia da Semana: Sbado Saudao: Ere wa! IBEJI (ib: "nascer"; eji: "dois") Ibeji na nao Keto, ou Vunji nas naes Angola e Congo. o orix Er, ou seja, o orix criana. a divindade da brincadeira, da alegria; sua regncia est ligada infncia. Ibeji est presente em todos os rituais do Candombl pois, assim como Exu, se no for bem cuidado pode atrapalhar os trabalhos com suas brincadeiras infantis, desvirtuando a concentrao dos membros de uma Casa de Santo. o orix que rege a alegria, a inocncia, a ingenuidade da criana. Sua determinao tomar conta do beb at a adolescncia, independente do orix que a criana carrega. Ibeji tudo de bom, belo e puro que existe; uma criana pode nos mostrar seu sorriso, sua alegria, sua felicidade, seu engatinhar, falar, seus olhos brilhantes. Na natureza, a beleza do canto dos pssaros, nas evolues durante o vo das aves, na beleza e perfume das flores. A criana que temos dentro de ns, as recordaes da infncia. Feche os olhos e lembre-se de uma felicidade, de uma travessura e voc estar vivendo ou revivendo uma lenda desse orix. Pois tudo aquilo de bom que nos aconteceu em nossa infncia, foi regido, gerado e administrado por Ibeji. Portanto, ele j viveu todas as felicidades e travessuras que todos ns, seres humanos, vivemos. A lenda, a histria de Ibeji, acontece a cada momento feliz de uma criana. Ao menos para manter vivo este importante orix, procure dar felicidade a uma criana. Faa voc mesmo o encantamento de Ibeji. fcil: faa gerar dentro de si a felicidade de estar vivendo. Transmita esta felicidade, contagie o seu prximo com ela. Encante Ibeji com a magia do sorriso, com o amor de uma criana. E seja Ibeji, feliz!
YBEJI Em verdade os ybejis nada tem ver com crianas, porque eles so a metamorfose do prprio orix cuja transformao e mutao se faz necessria a fim de recicl-lo em adaptao a nossa vida terrena, em face de uma melhor identificao e comunicao entre eles orixs e ns humanos. Em verdade a dupla,representada pelos eres no so dois e sim trs, porque quando se arruma ybeji, tudo que se faz para os dois, tem que ser fazer para o terceiro, este terceiro que vai para rua segurar todas as demandas e feitios que nem Ex desmancha (as vezes) porm os eres o fazem com a capacidade de maior acerto e resultados defensivos. Os seus assentos so representados com duas ou dois bonequinhos com enfeites, brinquedinhos, quartinhas pequeninas, ids, pedrinhas brilhosas, ouro, prata, cristal, bolas de gude etc. Sua criao: Galos ou galinhas garniz, podendo dar somente galinhas ou frangos branco.
NO SE FAZ YBEJI O que acontece que existe cabea deles, porm se faz Osn ou Oxal preparando tudo para Ybeji, mas se trazendo esses orixs para comandar a cabea. ARQUTIPO So pessoas alegres e extrovertidas, e no tm muita responsabilidade com os compromissos. Para eles vida um eterno brinquedo e eles no se ligam para o que os outros pensam, eles fazem o que querem, a hora que desejam e fim. So criaturas dceis e amigas e quase sempre no tem maldade em nada que fazem, vivem um mundo diferente dos demais, porque a iluso e fantasia fazem parte constante do seu dia dia. to bom ser assim no ?
IBEIJADA
OXOSSI: Deus dos caadores, irmo de Ogun, representando a fartura. Tornou-se um Orix popular, por aventurar-se pelas matas para descobrir novos caminhos para acampamentos, o que deu origem a vrias cidades. Apresenta esse Orix tambm um lado alqumico, pois conta a lenda que Oxossi por viver grande parte do tempo na mata, aprendeu com Ossanhe, divindade das folhas, a utilidade e a aplicao de cada essaba. PERSONALIDADE: Audacioso, exibicionista, cheios de iniciativa, espertas, rpidas, esto sempre alertas, hospitaleiros, generosos, temperamentais, orgulhosos, irrequietos, possuem senso coletivo, senso de responsabilidade e mudam de opinio facilmente. Cabe acrescentar ainda, que Oxossi est associado ao frio, noite e a Lua. Relaciona-se com os animais cujo grito imita a perfeio. Assim Oxossi, valente e gil. SMBOLOS: OF: arco e flecha, capanga e aves. PA: 3 batidas de palmas, bem espaadas e levantando-se a cada vez, as mos fechadas adiante e para cima, lentamente. Em seguida, 7 lentas na frente e as trs de reverncia, ainda mais lentas, em seguida do adobale. SAUDAO: Ok Oxossi! Ok aro ode! Ode kok maior!. FILIAO: Aparok DIA: Quinta-feira METAL: Estanho Oxssi, filho de Iemanj com Orunmil. divinizao da floresta, reinando sobre o verde sobre os animais selvagens, dos quais considerado o dono e dos quais tem todas as virtudes. Oxossi sagaz como o leopardo, forte como o leo, leve como um pssaro, silencioso como um tigre, observador como a coruja, sabe se esconder como um tatu, vaidoso como o pavo, corre como os coelhos, sobe
em rvores como macaco, conhece os animais profundamente e com eles partilha o conhecimento da natureza. Dizem os mitos que aprendeu a caar com seu irmo Ogum, quando este lhe deu as pontas de flechas e, mais tarde, a espingarda. A essncia de Oxossi "atingir um objetivo". Fixar um alvo e atingi-lo. Alimentar a famlia. Oxossi sempre foi o responsvel por alimentar a famlia. considerado o orix que d de comer s pessoas, pois sob seus domnios esto os animais e os vegetais. Assim, invoca-se a energia de Oxssi quando se quer encontrar algo ou atingir algum objetivo e para prover sustento (moral ou fsico) durante as jornadas. No limite, Oxossi o patrono da natureza, enquanto Ogum a cultura. Como sempre foi muito observador aprendeu tambm os mistrios e poderes das plantas com Ossain, orix dono dos poderes de cura das folhas, que certa vez o enfeitiou, levando-o para o fundo da floresta a fim de ter companhia. Iemanj, sua ciumenta me, enfurecendo-se, mandou que Ogum fosse buscar seu irmo na floresta e o arrancasse dos feitios de Ossain. Invoca-se Oxossi, portanto, quando se quer encontrar remdios para certos males, embora seja necessrio pedir a Ossain que o remdio faa efeito. Ogum assim o fez, mas como Oxssi relutasse em voltar ao lar, e ao voltar desfeiteasse sua me, esta o proibiu de viver dentro da casa, deixando-o ao relento. Como havia prometido ao irmo ser sempre seu companheiro, Ogum foi viver tambm do lado de fora de casa. Oxssi tornou-se o melhor dos caadores e diz o mito que foi ele quem livrou Araketu, sua cidade, de um grande feitio das perigosssimas ajs (feiticeiras africanas) Iyami Oshorong, que se transformam em pssaros e atacam as pessoas e cidades com doenas e misria. Tendo uma destas feiticeiras pousado sobre o palcio do rei de Ketu, e os demais caadores do reino perdido todas as suas flechas tentando mat-la, Oxssi, com apenas uma, deu cabo do perigoso pssaro, tendo sido conclamado o rei de Ketu. Pede-se a Oxssi, portanto, que destrua feitios ou energias malficas. Um dia, enquanto caava elefantes para retirar-lhes as presas, Oxssi encontrou e apaixonou-se por Oxum, a deusa das guas doces e do ouro que repousa em seus leitos e com ela teve um filho, LogunEd. Filho da floresta com as guas dos rios, Logun-Ed considerado o orix da fartura e da riqueza que ambos os domnios apresentam e dos quais compartilha. Mais adiante eu falo sobre Logun-Ed. Dia da Semana: tera-feira Smbolo: of (arco e flecha) Cor: azul e verde (azul pela relao com o ar - no lanamento das flechas - e verde pelas matas) Elemento: ar e terra Nmero: 3 Comida: milho e coco. Saudao: Ok Ar, Oxossi! OXSSI (oxo: "caador; ossi: "noturno") Oxssi, deus dos caadores teria sido o irmo caula ou o filho de Ogum , o orix da caa, chamado muitas vezes de Od Waw, ou seja, "Caador dos Cus". a divindade da fartura, da abundncia, da prosperidade, Em seu lado negativo, porm, pode ser tambm o pai da mngua, da falta de proviso. A seguir citaremos outras importncias, isto , atribuies de Oxssi: Suas principais caractersticas so a ligeireza, a astcia, a sabedoria, o jeito ardiloso para faturar sua caa. um orix de contemplao, amante das artes e das coisas belas. Como todos os orixs, Oxssi tambm est no dia-a-dia dos seres vivos, convivendo intimamente com todos ns. Dentro do Culto, ele o caador do Ax, aquele que busca as coisas boas para uma Casa de Santo, aquele que caa as boas influncias e as energias positivas. No dia-a-dia, encontramos o deus da caa no almoo, no jantar, enfim em todas as refeies, pois ele que prov o alimento. Rege a lavoura, a agricultura, permitindo bom plantio e boa colheita para todos. O culto a esse orix bastante difundido no Brasil, mas pouco lembrado na Nigria, o que se deve ao fato de Oxssi ter sido cultuado basicamente em Keto (terra dos panos vermelhos), onde foi consagrado como rei. No sculo XIX, devido ao trfico negreiro, a cidade foi praticamente destruda pelos ataques das tropas do rei Daom. Os filhos consagrados a Oxssi foram vendidos como escravos no Brasil, Antilhas e Cuba. o orix que cultua o prprio individualismo, tendo determinao para qualquer combate. Outros deuses da caa: Oriluer, Erinl, Ibualama, Logun Ed. Oxssi Od, est ligado terra virgem. Possui muita importncia em Ktu, torna-se Alktu (rei do Ktu). xx (princpio dos princpios) dos descendentes de Ktu. Os Oge (chifres de touro) fazem a comunicao entre o Aiy e Orn, chamados de: Olugboohun o senhor escuta a minha voz.
Oxssi um caador nato, irmo mais novo de Ogum e protetor dos caadores e policiais de toda ordem. Seus filhos so lutadores, obstinados e no desistem de seus objetivos por nada. De fortes ligaes msticas so capazes at de adquirir poderes sobrenaturais. Acima de tudo, possuem uma alegria contagiante e uma agitao inevitvel. Empunha um arco e flecha de ferro e sua coe o azul celeste claro. Mitologicamente Oxossi filho de Oxal e Yemanj , embora esta verso coexista com outra menos conhecida, que diz que o Deus da Caa filho de Apok (Jaqueira). Oxossi, Caador de elefantes, animal associado realeza e aos antepassados. Vive na floresta, onde moram os espritos e est relacionado com rvores tambm. Oxossi usa Irukr, uma espcie de chicote, feito com pelos do rabo do touro, cujo objetivo maior dominar os espritos da floresta, pois o rabo do animal como fica voltado para traz, ou seja, para o passado e para os espritos dos mortos. O Irukr tambm serve para espantar os mosquitos e sobretudo as abelhas mensageiras de Oxossi, que deixam o seu mel aos ps de Iroko ou do Apok a verdadeira me de Oxossi, a que lhe deu o tesouro, que nada mais do que o mel alimento real e o s principal das divindades femininas. As abelhas representam os espritos de antepassados femininos que povoavam a floresta. Uma das qualidades de Oxossi se identifica com a pantera o terrvel Ode. Oxossi conhece a natureza, as plantas, as quais esto associadas qualidade de Ode Ose Ewe e est ligado ao frio, noite e a lua. Inclusive vrios oriki de Oxossi confirmam esta associao. Oxossi o nico Orix que entra na mata da morte, joga sobre si um p sagrado, avermelhado, chamado AROL, que passou a ser um de seus dotes. Este p o torna imune morte e aos EGUNS. OR DE OXOSSI Omo Ode Lailai Omo Ode Kosaj Abaderoco Kois Omo Ode Kosaj QUALIDADES AKUERAN: Velho, come carne crua, culto realizado na madrugada. Tem fundamento com Oxumar e Osnyn. Muitas de suas comidas so oferecidas cruas. Ele o dono da fartura, ele mora nas profundezas das matas. Veste-se de azul claro e tiras vermelhas, suas contas so azul claro. Seus bichos so: papagaio e arara, tira-se as penas e solta-e o bicho. DANADANA: Ele o Orix que entra na mata da morte Velho, irmo de Ogn, tem fundamento com Exu, Osnyn, Oxumar, Oya e Obalua/Omul. e sai sem temer EGUN e a prpria morte. Veste azul claro. OTIN: Conhecido como Bab Otin Oxossi menino, capanga de coelho, veste azul claro e o vermelho, contas azuis e chapu de plumas brancas. Usa uma lana. Guerreiro muito parecido com o irmo Ogn vive na companhia dele, caando e lutando, muito manhoso e no tem carter fcil, muito valente, estando sempre pronto a sacar sua arma quando provocado. No leva desaforo e castiga seus filhos quando desobedecido. Tem que se dar comida a Ogn. ODEMIRA: Acompanha Yemanj, cultuado apenas no Ax Opo Afonj. OKOLO: Velho, Ossaiyn que traz esta qualidade no barraco. ORIEJE: Veste verde, assentado na floresta. OSONGBO: Vem ao barraco com uma flauta de osso, cultua egungun. ORUMINA: do mato, aprecia animais selvagens. GENDEPE: do mato, violento. ONIPABO: Violento, acompanha Ogn, veste-se de azul, verde e vermelho. ODOOKE: Vive nos montes, Oxun do lado, come bode castrado. ROL: Deus da caa, veste-se de peles de animais, usa polvari, come carne crua, usa duas capangas, debaixo do assentamento tem umaestrela. invocado no pad de Exu. o verdadeiro rei de Ketu,as pessoas dele so muito antipticas, jovem e romntico, gosta de namorar, vive mirando-se nas guas, apreciando sua beleza. Come com Ogn e Oxn, aprecia carne de veado e gil na arte de caar. ODE OSE EWE OU YBO: o senhor da floresta, ligado as folhas e as Osonyn, com quem vive nas matas. Veste azul claro e usa capacete quase tampando o seu rosto. IGBO: Velho, associado a Osonyn. Cultuado em Lobu. Mania de perfeio
YBUALAMO: velho e caador. Come nas guas mais profundas. Conta um mito que Ybualamo o verdadeiro pai de Loguned. Apaixonado por Oxn e vendo-a no fundo do rio, ele atirou-se nas guas mais profunda em busca de seu amor. Sua vestimenta azul celeste, como suas contas. Come com Omol Azoani, usa um capacete feito de palha da costa e um saiote de palha. INL OU ERINL: o filho querido de Oxaguian e Yemanj. Veste-se de branco em homenagem a seu pai. Usa chapu com palmas brancas e azuis claro. to amado que Oxaguian usa em suas contas uma azul claro de seu filho. Come com seu pai e sua me (todos os bichos) e tem fundamento com Ogn J. KOIF: No se faz no Brasil e na frica, pois, muitos de seus fundamentos esto extintos. Seus eleitos ficam um ano recolhidos, tomando todos os dias o banho das folhas. Veste vermelho, leva na mo uma espada e uma lana. Come com Osnyn e vive muito escondido dentro das matas, sozinho. Suas contas so azuis clara, usa capangas e braceletes. Usa um capacete que lhe cobre todo o rosto. Assenta-se Koif e faz-se Ybo, Ynl ou Oxn Kar; trinta dias aps, faz-se toda a matana. OD KARE: ligado as guas e a Oxn, porm os dois no se do bem, pois, exercem as mesmas foras e funes. Come com Oxn e Oxal. Usa azul e um Bant dourado. Gosta de pentear-se, de perfume e de acaraj. Bom caador, mora sempre perto das fontes. OD WAW: Vem da origem dos Orixs caadores. Veste-se de azul e branco, usa arco e flecha e os chifres do touro selvagem. Come com Oxal e Xang, pois, dizem que ele fez sua morada debaixo da gameleira. Est extinto, assenta-se ele e faz-se Ayr ou Oxn Kar. OD WAL: velho e usa contas azuis escuro. considerado como rei na frica, pois, seu culto ligado diretamente pantera, muito severo, austero, solteiro e no gosta das mulheres, pois, as acha chatas, falam demais, so vaidosas e fracas. Come com Exu e Ogn. LENDA Conta-se que um grande caador entrou na mata com seu filho Longuned, ensinandolhe a arte de caar e manejar o arco e a flecha, aps inmeras caadas, Logun sentou-se embaixo de uma rvore para descanar. Nessa rvore pousou um pssaro e Oxssi preparou sua arma e atirou. Acertou em cheio pssaro e, tambm, uma colmia de abelhas. Elas foram cair justamente sobre a cabea de Loguned, que sem ter como se defender foi picado. Oxossi vendo o desespero do filho, correu a acudi-lo, sendo mordido vrias vezes. Conseguindo fugir, deitou seu filho em folhas frescas e, sem saber o que fazer, ps-se a chorar. Eis que o Orix Omol vendo aquilo, parou e apiedou-se do estado de Loguned, pois, a criana estava morrendo. Omul tirou de sua capanga gua de cana e gengibre, pilou e aplicou sobre os ferimentos, aliviando as dores. Aps isto, fez o mesmo com Oxossi, curando-o completamente. Oxossi ento disse-lhe: Senhor dos aflitos, ponho o meu reino a seus ps e toda a minha caa que daqui por diante eu consegui, comeremos juntos. Omul agradeceu e seguiu seu caminho. Ento Oxossi jurou que nunca mais comeria o mel, pois, o mel o faria lembrar todo o sofrimento seu e de seu filho. Por isso Oxossi no leva mel e Loguned levado com acar mascavo e gengibre. Toda pessoa de Logun tem que assentar Azoani. Tem que ter um pedao de colmia para quando Logun chegar, depois enrola-se num murim e joga-se no rio. Tambm proibido aos filhos de Logun comerem palmito, fgado de boi e caas. COR: azul claro, verde, branco (s vezes). COMIDA: ewa (feijo fradinho torrado) dentro de um ober (panela de barro alguid), axox (milho vermelho com fatias de coco) e frutas variadas. DIA DA SEMANA: quinta-feira. DATA: Corpus Christi (BA), 23 de abril (SP), 20 de janeiro (RJ). FRUTAS: coco, goiaba, manga rosa, pitanga, jabuticaba, espiga de milho, graviola, mamo e limo. FOLHAS: Jaborandi So gonalinho Espinho cheiroso Alecrim do campo Maminha de vaca Abre caminho Alfavaca Bredo de santo Antonio Erva curraleira Groselha (folhas) Pitanga Rabo de tatu Patchulim (folhas) Lngua de vaca Capim cabeludo Lgrimas de N. Sra. Dand da Costa Arueira Carrapicho Caiara Nenfar/Golfo
Saio Folha do fogo Oripepe Ing Capeba Peregun Accia jurema Jarrinha Alecrim caboclo BEBIDAS: gua de coco, alu, gua de coco com acar mascavo, gua com acar mascavo e melao. ILEK: nas mesmas cores. METAL: bronze, metal amarelo, estanho (s vezes). PARTE DO CORPO: antebrao, brao, cabelo do corpo e pulmo. SMBOLOS: Of, Ode Mata, Irukr, Oge (2), Apo (capanga). SACERDOTE: Odesi CARGOS: qualquer, inclusive Oj. SAUDAO: Oke Aro! Oxossi, rei de Ketu, meu pai e pai de mestre Carib, de Genaro de Carvalho e de Camafeu de Oxossi, So Jorge matando o drago. Deus da caa, das midas florestas, com o of(arco e flexa), abate os javalis, as feras, o invencvel caador. Rei Oxossi, senhor do Ketu, rodeado de animais, usa capanga e chapu de couro. Carne de porco, eis a sua comida preferida. Gosta tambm de bode e galo mas no tolera feijo branco. Come ainda ojoj, milho cozido com pedaos de cco. Dana com of e eruker feito com rabo de boi. Sua palavra de saudao Ok. Existem vrias qualidades de Oxossi: Otin, Inl e Ibualama. Orix poderoso, encantado do maior respeito, suas festas so de grande beleza e opulncia. Uma delas, a das Quartinhas de Oxossi, no candombl do Gantois, onde reina a veneranda Me Menininha, inesquecvel espetculo. Ibualama ou Inl uma qualidade de Oxossi, marido de Oxum. Como os demais Oxossis caador, rei de Ketu, usa of(arco e flexa) e chapu de couro. Come tudo que caa e seu dia quinta-feira. Um Oxossi azul, Otin! Usa capanga e lana. Vive no mato a caar. Come tda espcie de caa mas gosta muito de bfalo. ARQUTIPO O arqutipo de Oxssi o das pessoas espertas, rpidas, sempre alerta e em movimento. So pessoas cheias de inicitiva e sempre em vias de novas descobertas ou de novas atividades. Tm o senso da responsabilidade e dos cuidados para com a famlia. So generosas, hospitaleiras e amigas da ordem, mas gostam muito de mudar de residncia e achar novos meios de existncia em detrimento, algumas vezes, de uma vida domstica harmoniosa e calma.
ESSABAS DE OXOSSI: Folha de Irko Canela de macaco Taioba Rama-de-leite Erva-tosto Cip-chumbo Aroeira branca Peregun Erva pombinho (quebra-pedra) Pega-pinto Alecrim do campo Bredo sem espinho Tet QUALIDADES DE OD: 1. Or ou Orlr 2. Inl ou Erinl, ou ainda Age 3. Ibalmo 4. Fayemi 5. Ondun 6. Asunara 7. Apala 8. Agbandada 9. Owala 10. Kusi 11. Ibuanun 12. 13. 14. 15. Olumeye Akanbi Alapade Mutalambo Alfavaquinha Orim-rim Folha da costa Odn-dun Jarrinha Jacomij Dand do brejo Irek-omin Espada de Ogun Jun Folha de loko Irko Folha de dendezeiro Mariw Capim cabeludo Irum-perlmin Akoko Cana-fita Fitiba Parietria Monan
ODE
ALFAVACA; ABRE CAMINHO; ACCIA; FUREMA; ALFAVAQUINHA; ALFAZEMA DE CABOCLO; ALECRIM DO CAMPO; ALECRIM; ARASSA DE COROA; ARASSA DO CAMPO; BREDO SEM ESPINHO; CARQUEJA; CANA FITA; CAIARA; CABELO DE MILHO; CAPEBA; CIP CABOCLO; CAPIM LIMO; CIP CRAVO; CARRAPICHO; ERVA CURRALEIRA; COQUEIRO DE IRI; ERVA DE PASSARINHO; GOIABEIRA; GROSELHA; ARRUDA MIDA; GUACO; GUIN; HISSOPO; INGAZEIRO; MALVA DO CAMPO; JACATIRO; LNGUA DE VACA; MALVARISCO; PITANGATUBA; PARIPAROBA; NICURIZEIRO; PEREGUN; PITANGUEIRA; GUAXIMA ROSA; JASMIM MANGA; JURUBEBA; MILHO; SAIO; SO GONALINHO; MURICI; FOLHA DE BICHO; LGRIMA DE NOSSA SENHORA; ALECRIM DO CAMPO; ARAA.
OXOSSI
mata fechada
Vermelha ( Palmas)
As bebidas que Vinho Moscatel so regidas pelos orixs: Frutos e Frutas Todas as frutas e frutos.
Canjiquinha de milho vermelho, com pedaos pequenos de coco regado com mel.
Mencionaremos aqui as ervas mais conhecidas no Jurema, Alfavaca, Jureminha, Pelegum verde, Cana de Brejo, Caiara, Rio de Janeiro: Eucalipto.
Os Orixs normalmente trazem em seus filhos suas caractersticas fsicas e de carter. Assim podemos dizer que os filhos de:
So pessoas leves, inquietas, interessam-se por tudo, pouco perseverantes, instveis em suas afeies, facilmente sugestionados.
O ferro.
20 de janeiro.
LENDA DE OXOSSI: Oxossi irmo de Ogun. Ogun resolveu ensinar a arte de caar Ib, Como era conhecido Oxossi. Oxal precisou da pena de uma determinada ave e recomendou os servios de Ogun. Ogun no conseguiu e indicou o nome de Ib para assumir o servio, dizendo Oxal que ele era o melhor caador do mundo. Assim Ib seguiu viagem, foi para a floresta e com apenas uma flecha conseguiu matar a ave e retirar a pena que Oxal precisava. S que na sada da floresta foi atacado por vrios animais ferozes, conseguindo escapar com vida, carregando a pena. Andou vrios dias se arrastando pelo cho. Conseguindo chegar ao reino de Oxal no atravessou os portes por estar quase morto. Ogun o encontrou e o levou at Oxal. Desconsertado Ib desculpou-se com Oxal pelo atraso porm, Oxal o saudou dando ele um novo nome: OXOSSI Senhor da Caa. LENDA DE OD Na cidade de If, realizavam-se festividades e rituais por ocasio das colheitas. Os sacerdotes da aldeia, fugindo aos seus costumes, no realizavam as oferendas obrigatrias para trs das maiores bruxas conhecidas: as Iya-mi Oxorongs. Esse ato imperdovel precisava de uma boa punio. Foi assim que elas enviaram um enorme pssaro para assombrar aquela aldeia. A ave ficou pousada no telhado do palcio, de onde podia avistar toda a cidade. Um clima de medo e mau agouro espalhou-se entre os moradores, que no sabiam o que fazer para acabar com aquele terrvel monstro. Oferendas foram realizadas para as Oxorongs, mas sem resultado. Era tarde demais para isso.
Foi ento que alguns caadores se apresentaram para matar o pssaro das bruxas, mas foram todos derrotados. O ltimo caador possua apenas uma flecha, e era a ltima esperana de livrar a aldeia da morte. Esse caador era Od. Sua me, que estava longe daquele lugar, teve um mau pressgio com relao a ele. Consultando um babalaw, teve a confirmao do que j sabia: seu filho corria grande perigo. Foram necessrias muitas oferendas para que a misso de Od fosse executada com perfeio e, graas a isso, Od pde matar o pssaro com sua nica flecha, livrando sua aldeia da aniquilao. Desde ento, vem sendo venerado por esse povo.
LOGUN-ED um Orix ligado as guas (doces e salgadas) e floresta. pescador e caador. Traz consigo a iluso. Logun-Ed foi criado da iluso de Oxum e Oxossi. Logo um jovem bonito, orgulhoso e vaidoso. um dos poucos Orixs que no filho de Oxal com Iemonj, ou Oxal com Nana. PERSONALIDADE: Astucioso, sonhador, comunicativo, cativa as amizades, inteligente, lutadores, fazem charme para conseguir determinadas coisas, geralmente tem problemas amorosos, desconfiados, ajudam os amigos. FILIAO: Oxum e Oxossi. PA: 3 batidas de palma, bem espaadas, levantando-se de cada vez as mos fechadas, adiante e para cima, lentamente. Em seguida, 7 batidas lentas para a frente e as trs de reverncia, seguindo-se o adobale. SMBOLO: Of, Abb e capangas. DIA: Quinta-feira ou Sbado CORES: Azul claro e branco. ANIMAIS: galo, coelho, pavo e cabrito. METAL: lato Logun-Ed, chamado geralmente apenas de Logun, o ponto de encontro entre os rios e florestas, as barrancas, beiras de rios, e tambm o vapor fino sobre as lagoas, que se espalha nos dias quentes pelas florestas. Logun representa o encontro de naturezas distintas sem que ambas percam suas caractersticas. filho de Oxssi com Oxum, dos quais herdou as caractersticas. Assim, tornou-se o amado, doce e respeitado prncipe das matas e dos rios, e tudo que alimenta os homens, como as plantas, peixes e outros animais, sendo considerado ento o dono da riqueza e da beleza masculina. Tem a astcia dos caadores e a pacincia dos pescadores como principais virtudes. Dizem os mitos que sendo Oxssi e Oxum extremamente vaidosos, no puderam viver juntos, pois competiam pelo prestigio e admirao das pessoas e terminaram separando-se. Ficou combinado entre eles que Logun-Ed viveria seis meses nas guas dos rios com Oxum e seis meses nas matas, com seu pai Oxssi. Ambos ensinariam a Logun a natureza dos seus domnios. Ele seria poderoso e rico, alm de belo. No entanto, o hbito da espreita aprendido com seu pai, fez com que, um dia, curioso a respeito da beleza do corpo de sua me, de que tanto se falava nos reinos das guas, Logun-Ed vestindo-se de mulher fosse espi-la no banho. Como Oxum estivesse vivendo seu romance com Xang, tio de Logun, e Xang tivesse exigido como condio do casamento que ela se livrasse de Logun, Oxum aproveitou a oportunidade para punir Logun com sua transformao num orix meji (hermafrodita) e abandon-lo na beira do rio. Ians o encontra, e fascinada pela beleza da criana leva Logun para casa onde, juntamente com Ogum, passa a cri-lo e educa-lo.
Com Ogum Logun-Ed aprendeu a arte da guerra e da forja e com Ians o amor liberdade. Diz o mito que Logun tinha tudo, menos amor das mulheres, pois mesmo Ians, quando roubada de Ogun por Xang, abandona Logun com seu tio, criando assim um profundo antagonismo entre Xang e Logun, j que por duas vezes Xang lhe tira a me. Em outro episdio Logun vai brincar nas guas revoltas (a deusa Ob, tambm esposa de Xang) e esta tenta mat-lo como vingana contra Oxum que lhe fizera uma enorme falsidade. Oxum, vendo em seu jogo de bzios o que estava sucedendo com seu filho abandonado, pede a Orunmil que o salve e este, que sempre atendia s preces da filha de Oxal, faz uma oferenda a Ob que permite ento que os pescadores salvem Logun-Ed, encarregando-o de proteger, a partir daquele dia, os pescadores, as navegaes pelos rios e todos os que vivessem beira das guas doces. Logun nunca se casou , devido a seu carter infantil e hermafrodita e sua companhia predileta Ew, que tambm vive, como ele, solitria e no limite de dois mundos diferentes. Cor: Azul e amarelo Nmero: 3 Dia da semana: quinta-feira Comida: milho e coco, peixes Smbolo: of (arco e flecha) e abeb (espelho de mo) Saudao: Loci loci, Logun! LOGUN-ED ("prncipe aclamado") Logum, orix andrgino, filho de Erinl (qualidade de Oxssi) e Oxum-Ok (Oxum guerreira) que vive nas montanhas, cujo culto feito, apesar de raro, em Ijex, Nigria. Orix com muitos adeptos no Rio de Janeiro. Representa o prncipe das matas e caa, j que Oxssi o rei. Durante seis meses do ano vivia nas matas com o pai Oxssi, alimentando-se da caa e, os outros seis meses vivia nas guas com sua me Oxum, abastecendo-se de peixes. Ele representa a sntese desses dois orixs. Esta sntese tambm est presente nas suas vestimentas, instrumentos e oferendas. Seu ot composto de duas pedras, uma retirada da mata e outra retirada das guas (rios e cachoeiras). Logum dana ora como o pai, ora como a me. Logum-Ed a beleza em pessoa, o encanto dos jovens, o namoro, o flerte. Ele rege a ingenuidade do jovem, a adolescncia. Seu encanto est no primeiro beijo, no primeiro abrao, na primeira oportunidade de "mos dadas", no primeiro carinho. tambm o deus da arte, o prncipe daquilo que belo e terno, da alegria e jovialidade. Porm, de gnio imprevisvel, encontramos Logum-Ed na intriga, no segredo maldoso, pois ele capcioso, matreiro, inventivo, meio moleque. Conta a lenda que seus pais brigavam muito, achando melhor viverem separados. Oxssi na montanha e Oxum no seu domnio, onde havia gua e uma cachoeira. Por gostar muito dos dois, como era um grande feiticeiro, preparou uma poo na qual durante seis meses teria caractersticas masculinas, usando um of para caa e usando roupas azul turquesa, e nos outros seis meses assumiria caractersticas femininas, usando roupas amarelo-douradas e empunhando um abeb. Um dia Logum estava com sua me, entediado resolveu dar uma volta, caminhou e chegou em If (reino de Ogum). Com seu jeito, cativou Ogum e foi morar com ele. Preocupada com a demora do filho, Oxum foi procur-lo, e tal foi seu espanto quando o encontrou morando com Ogum. Irada, expulsou-o de casa. Logum no entendendo o que se passava, foi procurar o pai, Oxssi, que tambm o colocou para fora de casa. Desesperado, andou at Oi, encontrando Oia-Ians que o acolheu e o proclamou prncipe, por sua formosura, apesar da pouca idade. Sabendo da poo mgica, fez Logum beb-la, porm nada adiantou pois seu efeito j tinha passado. Surpreendentemente, se transformou em uma pessoa andrgina. LOGUN_ED O filho de Oxossi com Oxum e criado por Ogun e Inhans, o principe pescador, adoraao do culto de Oxum e a fase em que Oxum sua vedadeira me quando ela Yeye Pond. Logun_Ed (Omo Ein) filho do ovo descendente da fertilidade que representada pelo ovo smblo da procriao. Esta divindade habita, e se magnetiza com a graa e a beleza das guas de sua me e se encanta com a exuberncia da floresta abundante de seu pai Oxossi, o guerreiro caador, que a ele seu filho ensinou a arte de pescar e caar como seu pai. Ele viveu em companhia de Ogum tambm, com quem aprendeu a arte de guerrear para conseguir se manter. Com Oy aprendeu a se guiar pelo vento e a brincar com as tempestades em toda sua plenitude. Logun_Ed santo nico, razo pela qual s se faz um ya desse santo na casa uma s vez a no ser que o feito na casa venha falecer. Se vocs pasarem a observar quando tem em um candombl, mais de um Logun_Ed virado voc vai notar neles umas tendncias, um para o lado de Oxossi, outro para o lado de Oxum sua me. Suas vestes:
Azul claro - dourado - branco - bandas - bombacho - chapu de banda com plumas azuis e branca braaletes - argolas de pescoo douradas - rde - canio-of - abeb etc. QUALIDADES ED LOKO - Tem fundamento com Ex. ED YBAYN - Leva carrinhos e bolas de gude, pois le um recm nascido. APANAN - Todos comem com Ex e Oxosse. Seus fundamentos esto com sua me de criao Onira, sem ela Logun no caminha. Toda pessoa de Logun tem que assentar Onira e toda pessoa de Onira tem que assentar Logun_Ed, assenta tambm, Ybualamo, Yponda e Opar. Erinl teria tido, com Oxum Ipond, um filho chamado Lgunde (Loguned), cujo culto se faz ainda, mas raramente, em Ilex, onde parece estar em vias de extino. No Brasil, tanto na Bahia como no Rio de Janeiro, Loguned tem, entretanto, numerosos adeptos. Esse deus tem por particularidade viver seis meses do ano sobre a terra, comendo caa, e os outros seis meses, sob as guas de um rio, comendo peixe. Esse deus, segundo se conta na frica, tem averso por roupas vermelhas ou marrons. Nenhum dos seus adeptos ousaria utilizar essas cores no seu vesturio. O azul-turquesa entretanto parece ter sua aprovao. ARQUTIPO Erinl teria tido, com Oxum Ipond, um filho chamado Lgunde (Loguned), cujo culto se faz ainda, mas raramente, em Ilex, onde parece estar em vias de extino. No Brasil, tanto na Bahia como no Rio de Janeiro, Loguned tem, entretanto, numerosos adeptos. Esse deus tem por particularidade viver seis meses do ano sobre a terra, comendo caa, e os outros seis meses, sob as guas de um rio, comendo peixe. Esse deus, segundo se conta na frica, tem averso por roupas vermelhas ou marrons. Nenhum dos seus adeptos ousaria utilizar essas cores no seu veturio. O azul-turquesa entretanto parece ter sua aprovao. ESSABAS DE LOGUN-ED Oripep LOGND CARRAPICHO
LENDA DE LOGUN-ED Logun, jovem bonito e alegre, foi criado com muito mimo. Se tornara um menino desobediente. Oxum (Rainha das guas doces), estava cuidando dos afazeres domsticos enquanto Logun brincava perto do rio. Oxum pediu para que no se aproximasse muito da margem, pois aquele local era muito perigoso. Logun, muito teimoso, esperou Oxossi (Senhor da caa) partir para a floresta e sua me se distrair, para tentar atravessar o rio por meio de um galho, que no agentou e Logun caiu no rio e sumiu. A grande ave azul sobrevoava a casa de Oxossi afim de proteger Logun e Oxum. A ave voou at a floresta e avisou Oxossi. A essa altura Oxum j estava em desespero, pois seu nico filho teria sido engolido pelo rio. Oxum comeou a invocar Olorum, dizendo: Olorum meu Pai, o senhor me deu o poder de ser a Rainha das guas e vejo meu nico filho morrer no meu leito e nada posso fazer!. Oxossi, por sua vez disse: Oh Grande Pai! Concedei-me a graa de ver meu filho renascer das guas!. Olorum resolvendo atender aos pais, ergue Logun do fundo do rio, mas adverte: A est seu filho, que por teimosia quase no volta. De agora em diante ele ser filho de Ibualama e Iepond! Logun, seu castigo ser cuidar dos rios, zelar pelas suas margens, cuidar da pesca e proteger os pescadores!.
LENDA DE LOGUN No incio dos tempos, cada orix dominava um elemento da natureza, no permitindo que nada, nem ningum, o invadisse. Guardavam sua sabedoria como a um tesouro. nesse contexto que vivia a me das gua doces, Oxun, e o grande caador Od. Esses dois orixs constantemente discutiam sobre os limites de seus respectivos reinados, que eram muito prximos. Od ficava extremamente irritado quando o volume das guas aumentavam e transbordavam de seus recipientes naturais, fazendo alagar toda a floresta. Oxun argumentava, junto a ele, que sua gua era necessria irrigao e fertilizao da terra, misso que recebera de Olorun. Od no lhe dava ouvidos, dizendo que sua caa iria desaparecer com a inundao. Olorun resolveu intervir nessa guerra, separando bruscamente esses reinados, para tentar apazigu-los. A floresta de Od logo comeou a sentir os efeitos da ausncia das guas. A vegetao, que era exuberante, comeou a secar, pois a terra no era mais frtil. Os animais no conseguiam encontrar comida e faltava gua para beber. A mata estava morrendo e as caas tornavam-se cada vez mais raras. Od no se desesperou, achando que poderia encontrar alimento em outro lugar. Oxun, por sua vez, sentia-se muito s, sem a companhia das plantas e dos animais da floresta, mas tambm no se abalava, pois ainda podia contar com a companhia de seus filhos peixes para confort-la. Od andou pelas matas e florestas da Terra, mas no conseguia encontrar caa em lugar algum. Em todos os lugares encontrava o mesmo cenrio desolador. A floresta estava morrendo e ele no podia fazer nada. Desesperado, foi at Olorun pedir ajuda para salvar seu reinado, que estava definhando. O maior sbio de todos explicou-lhe que a falta dgua estava matando a floresta, mas no poderia ajud-lo, pois o que fez foi necessrio para acabar com a guerra. A nica salvao era a reconciliao. Od, ento, colocou seu orgulho de lado e foi procurar Oxun, propondo a ela uma trgua. Como era de costume, ela no aceitou a proposta na primeira tentativa. Oxun queria que Od se desculpasse, reconhecendo suas qualidades. Ele, ento, compreendeu que seus reinos no poderiam sobreviver separados, unindo-se novamente, com a beno de Olorun. Dessa unio nasceu um novo orix, um orix prncipe, Logun-Ed, que iria consolidar esse "casamento", bem como abrandar os mpetos de seus pais. Logun sempre ficou entre os dois, fixandose nas margens das guas, onde havia uma vegetao abundante. Sua interveno era importante para evitar as cheias, bem como a estiagem prolongada. Ele procurava manter o equilbrio da natureza, agindo sempre da melhor maneira para estabelecer a paz e a fertilidade. Conta uma outra lenda que as terras e as guas estavam no mesmo nvel, no havendo limites definidos. Logun, que transitava livremente por esses dois domnios, sempre tropeava quando passava de um reinado para o outro. Esses acidentes deixavam Logun muito irritado. Um dia, aps ter ficado seis meses vivendo na gua, tentou fazer a transio para o reinado de seu pai, mas no conseguiu, pois a terra estava muito escorregadia. Voltou, ento, para o fundo do rio, onde comeou a cavar freneticamente, com a inteno de suavizar a passagem da gua para a terra. Com essa escavao, machucou suas mos, ps e cabea, mas conseguiu fazer uma passagem, que tornou mais fcil sua transio. Logun criou, assim, as margens dos rios e crregos, onde passou a dominar. Por esse motivo, suas oferendas so bem aceitas nesse local.
OXUM: Me e rainha das guas doces, esta ninfa a Deusa da Nao Ijex. considerada a Orix que est ligada ao ouro, a prosperidade e a criao, sendo responsvel pelas crianas. Todas as crianas recebem a proteo de Oxum at os sete anos, aps isso, so entregues ao Orix correspondente. Oxum traz consigo o gosto da vingana. Os seus filhos so geralmente manhosos e se metem em fofocas facilmente. Junto com Oy, do s mulheres um jeito sensual e faceiro. Por ser a Deusa do amor, est sempre presente no relacionamento amoroso das pessoas. Oxum uma divindade muito ligada magia, com Yam Oxorong aprendeu a ................?
Oxum rege a fecundao, ela a responsvel pela multiplicao das clulas do zigoto. Todos temos uma forte ligao com o tero, uma vez que nos originamos nesse local. PERSONALIDADE: Falsidade, gosto por intrigas, protetora, sua raiva leva ao desequilbrio emocional, meiga dengosa, intuitiva, est ligada ao jogo de bzios e magia, faz manha quando quer as coisas. PA: Mesmo de Iemonj. Oxum a fora dos rios, que correm sempre adiante, levando e distribuindo pelo mundo sua gua que mata a sede, seus peixes que matam a fome, e o ouro que eterniza as idias dos homens nele materializadas. Como as guas das rios, a fora de Oxum vai a todos os cantos da terra. Ela d de beber as folhas de Ossain, aos animais e plantas de Oxssi, esfria o ao forjado por Ogum, lava as feridas de Obaluai, compe a luz do arco-ris de Oxumar. Oxum por isso associada maternidade, da mesma maneira que Iemanj. Por sua doura e feminilidade, por sua extrema voluptuosidade advinda da gua, Oxum considerada a deusa do amor. A Vnus africana. Como acontece com as guas, nunca se pode prever o estado em que encontraremos Oxum, e tambm no podemos segura-la em nossas mos. Assim, Oxum o ardil feminino. A seduo. A deusa que seduziu a todos os orixs masculinos. Diz o mito que Oxum era a mais bela e amada filha de Oxal. Dona de beleza e meiguice sem iguais, a todos seduzia pela graa e inteligncia. Oxum era tambm extremamente curiosa e apaixonada. E quando certa vez se apaixonou por um dos orixs, quis aprender com Orunmil, o melhor amigo de seu pai, a ver o futuro. Como o cargo de olu (dono do segredo) no podia ser ocupado por uma mulher, Orunmil, j velho, recusou-se a ensinar o que sabia a Oxum. Oxum ento seduziu Exu, que no pde resistir ai encanto de sua beleza e pediu-lhe roubasse o jogo de ikin (cascas de coco de dendezeiro) de Orunmil. Para assegurar seu empreendimento Oxum partiu para a floresta em busca das Iyami Oshorong, as perigosas feiticeiras africanas, a fim pedir tambm a elas que a ensinassem a ver o futuro. Como as Iyami desejavam provocar Exu h tempos, no ensinaram Oxum a ver o futuro, pois sabiam que Exu j havia roubado os segredos de Orunmil, mas a fazer inmeros feitios em troca de que a cada um deles elas recebessem sua parte. Tendo Exu conseguido roubar os segredos de Orunmil, o deus da adivinhao se viu obrigado a partilhar com Oxum os segredos do orculo e lhe entregou os 16 bzios com que at hoje as mulheres jogam. Oxum representa, assim a sabedoria e o poder feminino. Em agradecimento a Exu, Oxum deu a Exu a honra de ser o primeiro orix a ser louvado no jogo de bzios, e entrega a eles suas palavras para que as traga aos sacerdotes. Assim, Oxum tambm a fora da vidncia feminina. Mais tarde, Oxum encontrou Oxssi na mata e apaixonou-se por ele. A gua dos rios e floresta tiveram ento um filho, chamado Logun-Ed, a criana mais linda, inteligente e rica que j existiu. Apesar do seu amor por Oxossi, numa das longas ausncias destes Oxum foi seduzida pela beleza, os presentes (Oxum adora presentes) e o poder de Xang, irmo de Oxossi, rompendo sua unio com o deus da floresta e da caa. Como Xang no aceitasse Logun-Ed em seu palcio, Oxum abandonou seu filho, usando como pretexto a curiosidade do menino, que um dia foi v-la banhar-se no rio. Oxum pretendia abandon-lo sozinho na floresta, mas o menino se esconde sob a saia de Ians a deusa dos raios que estava por perto. Oxum deu ento seu filho a Ians e partiu com Xang tornando-se, a partir de ento, sua esposa predileta e companheira cotidiana. Cor: amarelo-ouro Nmero: 5 Dia da semana: Sbado Smbolo: abeb (espelho) Comida: Ipet, Omolocum (feijo fradinho com camaro) Saudao: Ora ieieu, Oxum! OXUM (rio que passa por Oxogbo, na Nigria) . Segunda esposa de Xang, tendo vivido em outras pocas com Ogum e Oxssi. Sua morada nas cachoeiras e rios de gua doce, onde costumam lhe entregar comidas e presentes. Na frica chamada Iyalode, cargo ocupado pela mulher mais importante da cidade. Foi rainha de Oy, onde as mulheres que queriam engravidar procuravam-na, sendo respeitadssima como feiticeira. Como todos os outros orixs, existem diversos tipos de Oxuns, de acordo com a proximidade de uma tribo ou a profundidade do rio. Oxum pode ser maternal, jovem feiticeira ou uma guerreira.
Me da gua doce, deusa da candura e da meiguice, dona do ouro. Oxum a rainha do Ijex. Orix da prosperidade, da riqueza, ligada ao desenvolvimento da criana ainda no ventre da me. Oxum exerce uma ampla influncia no comportamento dos seres humanos, regendo principalmente o lado teimoso e manhoso, alm daquele esprito maquiavlico que existe em todos ns. No bom sentido, Oxum " o veneno das palavras", o modo piegas das pessoas, a forma "metida", esnobe apresentada principalmente pelo sexo feminino. o cochicho, o segredinho, a fofoca. Est encantada nas conversas, nos risinhos, nos comentrios, nas intriguinhas. Rege o charme, o it, a pose; tudo que est ligado sensualidade, sutileza, ao dengo, sendo o sexo feminino o mais influenciado. o flerte, o carinho. o amor puro, real, maduro, solidificado, sensvel, no chegando a ser a paixo. o amor verdadeiro; ela propicia e alimenta este sentimento nos homens, fazendo-os ser mais calmos e romnticos. a deusa do amor. Oxum est muito intimamente ligada magia, pois a divindade africana mais ligada s ymi oxorong, feiticeiras, bruxas. Com elas aprendeu a arte da magia, estando esta arte ligada ao amor. Regente do ouro, ela est presente e se encanta em joalherias e outros lugares onde se trabalha com ouro, seu metal predileto e de regncia absoluta. a protetora dos ourives. o prprio ouro. A regncia mais fascinante de Oxum o processo de fecundao. Na multiplicao da clula mater, Exu entrega a regncia para Oxum que vai cuidar do embrio, do feto, at o nascimento. Oxum que vai evitar o aborto, manter a criana viva e sadia na barriga da me, onde no nascimento a entrega para Iemanj, que lhe dar destino. OXN Oxn a filha predileta de Yemanj e Oxal, ela representa as riquezas e tem suas cores realizadas ao metal mais precioso da antiguidade que era o cobre. Sua cor preferida o amarelo. Mantm profundos laos de amizade com Orumil, quando ela foi esposa de Orumil recebeu o ttulo de Yi Petyby, a zeladora dos cauris. Foi nessa ocasio que ela passou a ter ligaes com Exu e um Od chamado Oxetur, para obter as respostas perfeitas do jogo de adivinhaes, passando ento a ser perseguida por Exu, o que aqui na terra reflete nos seus filhos. As filhas de Oxn s jogam os bzios em nmero de oito, o Mere Dylogun, pois os outros oito bzios restantes que completam o Dylogun, o jogo dos dezesseis bzios foram roubados por Exu. Isto nos revela a perseguio que movida s filhas de Oxn por Exu, pois elas mantm a outra metade do segredo do Dylogun. Oxn mantm um grande lao de amizade com Orix Ossanyin, pois para o equilbrio da mistura das ervas para a feitura do Amac, h necessidade das guas de oxn, Deusa das cachoeiras e das guas doces. Olodumar explicou, mediante as coisas estarem indo mal sobre a terra, que sem a presena da Oxn e seu poder sobre a fecundidade, nenhum se seus empreendimentos poderia dar certo, e assim todas as mulheres tornaram-se fecundas e todos os projetos obtiveram felizes resultados. Oxn chamada de Yalod, ttulo conferido pessoa que ocupa o lugar mais importante entre todas as mulheres da cidade, alm disso, ela a rainha de todos os rios e exerce seu poder sobre as guas doces, sem a qual a vida na terra seria impossvel. A sua dana preferida Igex, lembrando o comportamento de uma mulher vaidosa e sedutora, ela cura doente com gua fria, cura criana. Seu Oro, um pssaro que tem uma pena brilhante na cabea, e a Yalod, ajuda as crianas a terem uma me. Manda a cabea m ficar boa, Oxn doce e poderosa como Oni. Ela meiga, afvel, elegante tendo muito dinheiro para divertir-se, ela poderosa como um rei, no se iludam: Oxn vigorosa e experiente feiticeira, seus filhos devem tomar cuidado com lcool, as drogas e as doenas venreas. Oxn foi a primeira Yaba, ou seja primeira zeladora de santo, raspando a cabea da galinha de angola e quem colocou o primeiro adocho (coroa), dando assim aos seus descendentes a forma atual. Ela foi a segunda esposa de Xang, antes, porm, esposa de Oxssi, sua grande paixo. Patrona do ventre, comanda o baixo ventre. Governa as ervas anti-spticas e desinflamatrias. Ela genitora, ligada procriao, patrona da gravidez, do desenvolvimento do feto, coloca o beb sob sua proteo at que adquira o conhecimento da linguagem. Oxn, foi a primeira Iyami encarregada de ser Olotoju Anon Omi (aquela que vela pelas crianas e cura). Me ancestral suprema, Oxn considerada a patrona dos peixes, mas tambm representada pelos pssaros. O ovo um de seus smbolos. QUALIDADES YEYEODO: me das nascentes. Come ao lado de Yemanj, veste branco e azul. AGBALU: velha idosa, rabugenta, veste azul claro e leva dois abeb nas mos, sendo que na direita de metal amarelo e na esquerda de metal branco, vazados com uma lua cheia. S pode ter uma na casa. Seu assentamento ao lado de Yemanj Sogba.
AJIMU: Veste azul claro e rosa. Come com Oxal e Omul, no come bicho fmea, exceto a pata. a senhora da fecundidade e do feitio, velha e vira bruxa na beira do rio. Temperamento meigo. Seus fios de conta so em cristal amarelo escuro. mais ou menos nova. IYAOMI: ela quem pergunta a Exu o que vai ser dito ao consulente, no jogo de bzios. No assentamento de Exu tem uma quartinha que de Iyaomi. ABOTO: Jovem, vaidosa, fundamento no poo, considerada me de Ibeji, fio de conta amarelo leitoso bem claro. OPARA: Veste amarelo, rosa ou vermelho. o brao do trovo. Jovem, guerreira e vaidosa. Tem ligao com Oya/Ogn ou Xang (somente). a Oxn da estradas. Ela companheira inseparvel de Onira, comem juntas no bambuzal ou no rio, quando juntas so perigosas, tem fundamento com Egun. AJAGUR: violenta, feiticeira, nasce dos rios, temperamento impetuoso, muito guerreira, relacionada a Ogn, terrvel rival de Oya, muito agressiva e orgulhosa. Veste amarelo ouro e rosa claro. Come com Ogn e Xang. Come coelha. YEYEOKE: chamada Oxn menina, relacionada aos montes. Vive no interior das matas associada as Yiamin, muito guerreira e caadora, casada com Oxossi. Veste amarelo ouro, usa arco e flecha, traz uma espada e um leque. Come com Oxossi e Yew somente caa. IPOND: Vive no mato e nos cemitrios. Usa uma espada, fundamento com Oxossi Ibualamo e Obalua. Namoradeira, desconfiada, astuta, violenta. a me de Loguned. Grande Deusa de Ijex, veste-se de amarelo ouro e na barra da saia azul claro. A pata uma de suas grandes Kizila, o seu bicho de fundamento a tartaruga, que aprecia a carne e os ovos, come com Oxossi, Yemanj e seu filho Logun. YEYEOG: Velha, rabugenta, ligao com Xang Ogodo. YEYEKARE: Muito bonita, guerreira, autoritria e agressiva. Veste saia branca com forro amarelo claro. Tem ligao com Oxossi e Ogn. Acompanha Yemanj e Oxal, come na lagoa e no encontro das gua salgadas. Devido ser muito guerreira, numa luta feriu-se na perna esquerda, manca da perna esquerda e come bichos fmeas. YEYEPETU: Culto extinto no Brasil. YEYEOBA: Ligada a Xang. ALOKE: Ligao com Yemanj. OGBO: relacionada ao parto e ao nascimento do feto. a origem de Oxn, seu culto realizado nas nascentes dos rios. Veste o amarelo ouro e azul claro, come com Oxal e Yemanj. AYILA OU YALA: av das Oxn, muito poderosa e guerreira, foi esposa de Ogn. Veste o amarelo ouro e azul claro, come com Ogn, mora nas matas e tem caminhos com Obalua. CORES: Amarelo ouro, azul claro, branco, bege (Ijimu), rosa, amarelo, azul e branco (Opar). COMIDA: Aca, ipet, omolocun, inhame da costa, inhame da costa com camaro seco, obi, orogbo, uado, acar no azeite doce. DIA DA SEMANA: Sbado. DATA: 8 de dezembro. FRUTAS: Todas as frutas doces, inclusive manga rosa e carlotinha com acar cristal. FOLHAS: Colnia Omi Negamina Macaca Mutamba Folha da fortuna Folha da costa Canela de macaco Bredo sem espinho Catinga de mulata Erva de Santa Luzia Rama de leite Folha de Ioko Levante Bredo sem espinho Oripepe BEBIDAS: gua de rio com essncia de flor de laranjeira, mel com gua de poo ou cachoeira, alu. ILEK: Amarelo ouro, amarelo claro, mbar com marfim. METAL: Ouro, lato amarelado, cobre amarelado. PARTE DO CORPO: Todo o rosto, o baixo ventre, o bao, s vezes o corao, patrona do ventre, a terceira viso e a circulao sangunea (os rios). SMBOLO: Abeb, Espada. SACERDOTE: Iyalosun ou Amolosun CARGOS: Qualquer cargo. TOQUE: Ijex. SAUDAO: ORI YE YE O FI DE RI O M (Opar) Or Yey !
Oxum era muito bonita, dengosa e vaidosa. Como o so, geralmente, as belas mulheres. Ela gostava de panos vistosos, marrafas de tartaruga e tinha, sobretudo, uma grande paixo pelas jias de cobre. Este metal era muito precioso, antigamente, na terra dos iorubs. S uma mulher elegante possua jias de cobre pesadas. Oxum era cliente dos comerciantes de cobre. Omiro wanran wanran wanran omi ro! "A gua corre fazendo o rudo dos braceletes de Oxum!" Oxum lavava suas jias, antes mesmo de lavar suas crianas. Mas tem, entretanto, a reputao de ser uma boa me e atende s splicas das mulheres que desejam ter filhos. Oxum foi a segunda mulher de Xang. A primeira chamava-se Oi-Ians e a terceira Ob. Oxum tem o humor caprichoso e mutvel. Alguns dias, suas guas correm aprazveis e calmas, elas deslizam com graa, frescas e lmpidas, entre margens cobertas de brilhante vegetao. Numerosos vos permitem atravessar de um lado a outro. Outras vezes suas guas, tumultuadas, passam estrondando, cheias de correntezas e torvelinhos, transbordando e inundando campos e florestas. Ningum poderia atravessar de uma margem outra, pois ponte nenhuma as ligava. Oxum no toleraria uma tal ousadia! Quando ela est em fria, ela leva para longe e destri as canoas que tentam atravessar o rio. Olowu, o rei de Owu, seguido de seu exrcito, ia para a gerra. Por infelicidade, tinha que atravessar o rio num dia em que este estava encolerizado. Olowu fez a Oxum uma promessa solene, entretanto, mal formulada. Ele declarou: " Se voce baixar o nvel de suas guas, para que eu possa atravessar e seguir para a guerra, e se eu voltar vencedor, prometo a voc nkan rere", isto , boas coias. Oxum compreendeu que ele falava de sua mulher, Nkan, filha do rei de Ibadan. Ela Baixou o nvel das guas e Olowu continuou sua expedio. Quando ele voltou, algum tempo depois, vitorioso e com um esplio considervel, novamente encontrou Oxum com o humor perturbado. O rio estava turbulento e com suas guas agitadas. Olowu mandou jogar sobre as vagas toda sorte de boas coisas, as nkan rere prometidas: tecidos, bzios, bois, galinhas e escravos. Mel de abelhas e pratos de mulukun, iguaria onde suavemente misturam-se cebolas, feijo fradinho, sal e camares. Mas Oxum devolveu todas estas coisas boas sobre as margens. Era Nkan, a mulher de Olowu, que ela exigia. Olowu foi obrigado a submeter-se e jogar nas guas a sua mulher. Nkan estava grvida e a criana nasceu no fundo do rio. Oxum, escrupulosamente, devolveu o recm-nascido dizendo: " Nkan que me foi solenemente prometida e no a criana. Tome-a!". As guas baixaram e Olowu voltou tristemente para sua terra. O rei de Ibadan, sabendo do fim trgico de sua filha, indignado declarou: "No foi para que ela servisse de oferenda a um rio que eu a dei em casamento a Olowu!" Ele guerreou com o genro e o expulsou do pas. O Rio Oxum passa em um lugar onde suas guas so sempre abundantes. Por esta razo que Lar, o primeiro rei deste lugar, a instalou-se e fez um pacto de aliana com Oxum. Na poca em que chegou, uma de suas filhas fra se banhar. O rio a engoliu sob as guas. Ela s saiu no dia seguinte, soberbamente vestida, e declarou que Oxum a havia bem acolhido no fundo do rio. Lar, para mostrar sua gratido, veio trazer-lhe oferendas. Numerosos peixes, mensageiros da divindade, vieram comer, em sinal de aceitao, os alimentos jogados nas guas. Um grande peixe chegou nadando nas proximidades do lugar onde estava Lar. O peixe cuspiu gua, que Lar recolheu numa cabaa e bebeu, fazendo, assim, um pacto com o rio. Em seguida ele estendeu suas mos sobre a gua e o grande peixe saltou sobre ela. Isto dito em iorub: Atewo gba ej. O que deu origem a Ataoj, ttulo dos reis do lugar. Ataoj declarou ento: "Oxum gb!" "Oxum esta em estado de maturidade, suas guas so abundantes." Dando origem ao nome da cidade de Oxogb. Todos os anos faz-se, a, grandes festas em comemorao a todos estes acontecimentos. ARQUTIPO O arqutipo de Oxum o das mulheres graciosas e elegantes, com paixo pelas jias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que so smbolos do charme e da beleza. Voluptuosas e sensuais, porm mais reservadas que Oi. Elas evitam chocar a opinio pblica, qual do grande importncia. Sob sua aparncia graciosa e sedutora escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascenso social.
Folha da costa Odun-dun Vitria rgia Malva branca Efin Oripep Beldroega Omim Ojuor Capeba J Oxibat Folha de loko Irko Oriri Malmequer branco Pepe Vassourinha de igreja Bredo sem espinho Tet Alfavaquinha Orim-rim Parietria Monan ABILZEIRO; AGUAP; ALFAVAQUINHA; AMOR DO CAMPO; ALUM; BABOSA; ASSA-PEIXE; AZEDINHA; BANANEIRA; BRILHANTINA; BEM-ME-QUER; BELDROEGA; CAMAR; CAMOMILA; ERVA CAPITO; CANELA DE MACACO; CAPEBA; CIP CHUMBO; COLONIA; ERVACIDREIRA (MELISSA); VASSOURINHA DE RELGIO; QUITOCO; ORIPEPE; MELISSA; MANJERICONA; JAMBO; IP AMARELO; GUANDO; FOLHA DA FEITICEIRA; ERVA-DE-SANTA MARIA; CEBOLA; ERVA DE SANTA LUZIA; FOLHA VINTM; FOLHA DA COSTA; GRAVIOLA; JARRINHA; MACAA; ME BOA; MALMEQUER; MALVA BRANCA; MANJERICO; MILAME; MUTAMBA; ORIRI; OXIBATA; PARIETRIA; RAMA DE LEITE; TAIOBA BRANCA; FOLHA DA FORTUNA; BARONESA; VITORIA REGIA; ALFAZEMA; ORIPEPE. OXUM Canela de macaco Tetergun Golfo branco Omin-oj Folha de vintm Ilerin Rama de leite Ob Folha da fortuna Eim-dumdum Mutamba - Afer Papinho de peru Tolu-tolu Caj Jamin
SUN
Locais de maior cachoeiras e rios vibrao dos orixs As cores e flores que so regidas pelos orixs: As bebidas que so regidas pelos orixs: Frutos e Frutas Branca e amarela (Rosas e Palmas)
Champanhe branca
Algumas das Omolocum (Feijo fradinho cozido na gua, com camares comidas mais refogados no azeite doce coberto por 8 ovos cozidos). comuns oferecidas aos Orixs: Mencionaremos Oriri, Colnia, ptalas de rosas brancas. aqui as ervas mais conhecidas no Rio de Janeiro:
Os Orixs normalmente trazem em seus filhos suas caractersticas fsicas e de carter. Assim podemos dizer que os filhos de: Os Orixs tm suas preferncias tambm quanto aos metais. Calendrio Festivo da Umbanda
So pessoas vaidosas, de meiga beleza, lentas, um tanto quanto preguiosas, interessadas, porm descuidadas.
O ouro.
8 de dezembro.
QUALIDADES DE OXUM:
1. Abalu (a mais velha de todas) - ABAL (carrega ogum uma Ians) 2. Jumu ou Ijimu (a me de todas, estreita ligao com as ymi) 3. Aboto ou Oxogbo (feminina e coquete, ajuda as mulheres terem filhos) 4. Apara (a mais jovem e guerreira) 5. Ajagura (guerreira) 6. Yeye Oga (velha e enquizilada) 7. Yeye Petu 8. Yeye Kare (guerreira)
9. Yeye Oke (guerreira) 10. Yeye Onira (guerreira) 11. Yeye Oloko (vive nas florestas) 12. Yeye pond (esposa de Oxssi Ibualama, guerreira e porta um leque) 13. Yeye Merin ou Iberin (feminina e coquete) 14. Yeye yl ou ynl (a av, que foi mulher de Ogum) 15. Yeye Lokun ou Pplkun (que no desce sobre a cabea de suas filhas) 16. Yeye Odo (dos perdes)
LENDA DE OXUM: Esta lenda conta como Oxum conseguiu enganar Ex e aprender a arte de adivinhar. Oxum pediu a seu Pai Oxal, que lhe ensinasse a arte de adivinhar. Oxal disse a Oxum que s Ex e If detinham tal poder. Oxum procurou Ex e lhe pediu que a ensinasse a jogar. Ex claro, negou. A jovem foi para a floresta procurar Yam Oxorong, que admirou-se da coragem de Oxum, uma vez que ningum entrava na floresta ao escurecer. Oxum encontrou Oxorong e esta lhe ensinou a feitiaria para acabar com a pose de Ex. Oxum voltou a procurar Ex, desta vez levando as mos cheias de um p brilhante. Oxum desafiou Ex a adivinhar o que havia em suas mos, quando Ex olhou o p ficou cego por algum tempo, deixando seus bzios carem. Oxum se fez de prestativa e comeou a ajudar Ex, desvendando o jogo. Oxum perguntava Ex: Quantos bzios so? Quem responde no primeiro? e assim por diante. Ex fica irritado ao saber da astcia de Oxum e procura If, que por sua vez acha graa da coragem de Oxum e diz a Ex que ter que dividir seus conhecimentos com Oxum.
LENDA DE OXUN Conta a lenda que Oxal, numa de suas caminhadas pelo mundo, iria passar pela aldeia de Oxun, onde pretendia parar e descansar. Ex, mensageiro dos orixs, correu para avisar Oxun que o grande orix fun-fun estava a caminho de sua cidade. Era preciso organizar uma grande recepo, pois a visita era muito importante para todos. Ela, ento, apressou-se com os preparativos da festa, ordenando a limpeza de todas as casas e lugares pblicos da aldeia, bem como que os enfeites utilizados fossem da cor branca. Oxun cuidou pessoalmente da ornamentao e limpeza de seu palcio, pois tudo tinha que estar perfeito, altura de Oxal. Com tantos afazeres importantes, em to curto espao de tempo, Oxun no se lembrou de convidar as Iya-mi para a grande festa. As feiticeiras no perdoaram essa desfeita. Sentindo-se muito desprestigiadas, resolveram desmoralizar Oxun perante os convidados. No dia da chegada de Oxal cidade, Oxorong entrou disfarada no palcio para colocar, no assento do trono da Oxun, um preparado mgico, que no fora notado por ningum. Toda a cidade estava impecavelmente limpa e ornamentada. O palcio de Oxun, que fora caprichosamente preparado, tinha seus mveis e utenslios cobertos por tecidos de uma alvura imaculada. Branca tambm seria a cor das roupas utilizadas na cerimnia. Oxal finalmente chegou, sendo respeitosamente reverenciado numa grande demonstrao de f e admirao ao grande mensageiro da paz. Oxun, sentada em seu trono, esperava com impacincia a entrada de Oxal em seu palcio, quando iria oferecer-lhe seu prprio assento. Mas, ao tentar levantar-se, percebeu que estava presa em sua cadeira e, por mais fora que fizesse, no conseguia soltar-se. O esforo que empreendeu foi to grande, que, mesmo ferida, conseguiu ficar em p, mas uma poa de sangue havia manchado suas roupas e tambm sua cadeira. Quando Oxal viu aquele sangue vermelho no trono em que se sentaria, ficou to contrariado, que saiu imediatamente do recinto, sentindo-se muito ofendido. Oxun, envergonhada com o acontecido, no conseguia entender porque havia ficado presa em sua prpria cadeira, uma vez que ela mesma tinha cuidado de todos os preparativos. Escondendo-se de todos, foi consultar o orculo de If para obter um conselho. O jogo, ento, lhe revelou que Oxorong havia colocado feitio em seu assento, por no ter sido convidada. Ex, a pedido de Oxun, foi em busca do grande pai, para relatar-lhe o ocorrido. Oxal retornou ao palcio, onde a grande me das guas estava sentada de cabea baixa, muito constrangida. Quando ela o viu, comeou a abanar seu abebe, transformando o sangue de suas roupas em penas vermelhas, que, ao voar, caram sobre a cabea de todos os que ali estavam, inclusive a de Oxal. Em reconhecimento ao esforo que ela empreendeu para homenage-lo, ele aceitou aquela pena vermelha (ekodide), prostrando-se sua frente, em sinal de agradecimento. A partir de ento, essa pena foi introduzida nos rituais de feitura do Candombl. EW: a Deusa do rio YEW, ligada gua doce. Est associada fecundao e s virgens. Nas suas danas ela brinca com as guas. A sua mais forte caracterstica ser guerreira, trs uma espada, que um dos seus objetos de culto. PERSONALIDADE: Calma aparente, dengosa, delicada, lutadora, vaidosa e orgulhosa. PA: Igual das demais Iabs. SAUDAO: Ora Ew eu!. CORES: Vermelho, amarelo, salmo e branco. DIA: Sbado METAL: Cobre FILIAO: Nan e Oxal
Pgina 62: COR: Amarelo, azul, dourado e branco. METAL: Dourado SMBOLO: Abb. Muito pouco se sabe atualmente sobre Ew. Ela tambm filha de Nan, e vista como horizonte, o encontro do cu com a terra, do cu com o mar. Ew representa ainda outros horizontes, como a interface onde se tocam a vida e a morte, o dia e a noite e outros. Assim, todas as transformaes, mudanas e adaptaes sao regidas por ela. Ew virgem, bela e iluminada. Apesar desta beleza e do assdio dos orixs masculinos, nunca quis se casar, sendo uma moa quieta e isolada, voltada para o conhecimento dos segredos das transformaes. Nan, preocupada com sua filha, pediu a Orunmil que lhe arranjasse um amor, um casamento, mas Ew desejava viver sozinha, dedicada sua tarefa de fazer cair a noite no horizonte, puxando o sol com seu arpo. Como Nan insistisse em seu casamento, Ew pediu ajuda a seu irmo Oxumar, o arco-ris, que a escondeu no lugar onde ele se acaba, por trs do horizonte, e Nan no mais pde alcan-la. Assim, os dois irmos passaram a viver juntos, para sempre inatingveis. Ambos regem o intangvel e Ew tambm compreendida como a energia que torna possvel o abandono do corpo e a entrada do esprito numa nova dimenso. No Brasil poucos candombls cultuam Ew, pois dizem que o conhecimento sobre as folhas necessrias ao seu culto foi perdido durante o processo de aculturao dos africanos escravos. Dia da semana: segunda-feira Cor: verde-mar e rosa (o tom o rosa do cair da tarde) Smbolo: Arpo com uma serpente enrolada, por sua ligao com Oxumar. Comida: batata doce. Saudao: Rirr! EW (nome de um rio nigeriano) um orix feminino, divindade do canto, das coisas alegres e vivas. Dona de raro encanto e beleza, e considerada como a rainha das mutaes, das transformaes orgnicas e inorgnicas. o orix que transforma a gua de seu estado lquido para o gasoso, gerando nuvens e chuva. Quando olhamos para o cu e vemos as nuvens formando figuras de animais, objetos, pessoas, ali est a magia e o encantamento de Ew, evoluindo e desenhando no cu. a deusa do que belo, dando cores aos seres tornando-os vivos e bonitos. Est ligada com a alegria, regendo com Ibeji o que se tem ou o que se seja ser feliz. Filha mais nova de Nan, gmea de Oxumar, irm de Obaluai e Ossain. YEW uma Santa dona da viso. um rix um pouco raro no Brazil. Ela gosta que suas filhas sejam novas e virgens. Quando suas filhas casam ou perdem a virgindade, elas passam a ser adoxu da xn. Mais tarde, se elas se abstiverem do sexo ou ficarem vivas, Yew passa reg-las, inclusive, a possuir suas cabeas. Ela como Nnn, no gosta de escolher homens para seus eleitos, podendo os mesmos serem seus Ogns (alabes e axoguns) e outras funes que no seja incorporar a Deusa. muito amiga dos pssaros. Todas as partes brancas lhe pertence, o branco do arco-iris, os raios branco do sol, a neve e o leite das folhas. Tambm um rix das florestas e comanda os astros como o sol, a lua e as estrelas. YEW quer dizer: - A serpente azul ou a senhora da viso. Usa vermelho cristal e o amarelo gema, trs contas vermelhas e duas amarelo gema. QUALIDADES GEBEUYIN GYRAN OMAJ EREW LENDA
YEW estava a banhar-se e a lavar roupas no rio quando Orunmil apareceu fugindo de Ik (a morte), relatando o que estava acontecendo e a pedir que o escondesse, pois estava muito novo para morrer. Ela atendeu escondeu-o sob um monte de roupas que estavam em baixo de sua saia. Ik surgiu e perguntou-lhe, mulher, viste algum passar aqui? YEW perguntou por que mulher? Ik respondeu-lhe: Sabes quem sou eu? YEW instigando a morte sem tem-la disse: sei s a morte. E tu sabes quem eu sou? Sim, respondeu Ik, s Yew a mulher de Obaluawe e estimo meus respeitos. Com ar soberano ela disse-lhe: Vi sim,algum passou correndo para aquele lado, indicando a Ik o lado errado, salvando assim a vida daquele jovem. Orumil agradecido deu a Yew o dom da vidncia. Nesse exato momento Yew teve um pensamento e Orumil falou-lhe: Yew tu sers me. Era justamente o que ela estava pensando. Este era o melhor presente dado a esta grande guerreira. Orix das guas, deusa do rio Iew. Santa guerreira, valente. Roupas vermelhas, usa espada e brajs de bzios com palha da costa. dos orixs mais belo. Gosta de pato, tambm de pombos. Yewa a divindade do rio Yewa. Na Bahia cultuada somente em trs casas antigas, devido complexidade de seu ritual. As geraes mais novas no captaram conhecimentos necessrios para a realizao do seu ritual, da se ver, constantemente, algum dizer que fez uma obrigao para Yewa , quando na realidade o que foi feito o que se faz normalmente para Osun ou Oya. O desconhecimento comea com as coisas mais simples como a roupa que veste, as armas e insgnias que segura e os cnticos e danas, isso quando no diz que Yewa a mesma coisa que Osun, Oya e Yemoja. Yewa usa ofa que utiliza na guerra ou na caa. No seu ritual imprescindvel, dentre outras coisas, o iko (palha da costa), existe mesmo um ese Ifa do odu Otuamosun, que fala de Yewa saindo de uma floresta de iko (22). O seu grande ewo (coisa proibida) a galinha. Corre a lenda entre as casas antigas da Bahia que cultuam Yewa, que certa vez indo para o rio lavar roupa, ao acabar, estendeu-a para secar. Nesse espao veio a galinha e ciscou, com os ps, toda sujeira que se encontrava no local, para cima da roupa lavada, tendo Yewa que tornar a lavar tudo de novo. Enraivecida, amaldioou a galinha, dizendo que daquele dia em diante haveria de ficar com os ps espalmados e que nem ela nem seus filhos haveriam de com-la, da, durante os rituais de Yewa, galinha no passar nem pela porta. Verger encontrou esse ewo na frica e uma lenda idntica (23). Na Nigria, Abimbola publicou um itan Ifa (histria de Ifa), falando que de carta feita estando Yewa beira do rio, com um igba (gamela) cheio de roupa para lavar, avistou de longe um homem que vinha correndo em sua direo. Era Ifa que vinha esbaforido fugindo de iku (a morte). Pedindo seu auxlio, Yewa despejou toda roupa no cho, que se encontrava no igba, emborcou-o em cima de Ifa e sentou-se. Da a pouco chega a morte perguntando se no viu passar por ali um homem e dava a descrio. Yewa respondeu que viu, mas que ele havia descido rio abaixo e a morte seguiu no seu encalo. Ao desaparecer, Ifa saiu debaixo do igba e Yewa, levou-a para casa, a fim de tornar-se sua mulher (24).
ESSABAS DE EW: Tetergun Cana do brejo Ojuor Folha de Santa Luzia SANGOLOVO ( CANA DO BREJO ); MELANCIA; CANA DO BREJO; ARROZINHO; OJUORO;
LENDA DE EW: Ew era a encarregada de cuidar das roupas de Oxal, clareava todas com cuidado pois o dono era exigente. Quando executava tal tarefa, em determinada ocasio, uma galinha apareceu sua frente e Ew, sem querer estrangulou-a, sujando toda roupa do Senhor. Ew com medo escondeu-se debaixo do manto de Oxal. Esta lenda relata o por que de Ew no gostar de comer galinha.
OY: Oy uma ninfa que est ligada s guas atravs das tempestades. Sendo a Rainha do Vento, provoca tufes, furaces, em fim vrios danos aqui na Terra. guerreira corajosa, representa a agressividade. Segundo suas lendas, Oy tem domnio da espada, do escudo, da caa, do bfalo d dos Eguns. PA: O mesmo das demais Iabs. COR: Amarelo, rosa, vermelho e branco. ANIMAIS: Caa em geral. SAUDAO: Eparrei Oy! Oy mesan orun!. SMBOLO: espada e o Er-ker. QUALIDADES: Oy Seno Oy Onira Oy Gunn Oy Sir Oy Bagan Ians a fora dos ventos, dos furaces, das brisas que acalmam, das coisas que passam como o vento, dos amores efmeros, sensuais, das tempestades, que assolam a existncia mas no duram para sempre. Ians ajudava Ogum na forja dos metais, soprando o fogo com o fole para aviva-lo mais e mais, e assim fabricarem mais ferramentas para trabalhar o mundo e armas para as guerras de que ambos tanto gostavam. Por seu temperamento livre e guerreiro, Ians era uma companheira perfeita para Ogum. Diz o mito que Ians no podia ter filhos, por isso adotou Logun-Ed, filho abandonado por Oxum, e o criou durante algum tempo. Diz o mito, tambm , que Ians era to linda que, para fugir ao assdio masculino vestia-se com uma pele de bfalo, e saa para a guerra. Que era amiga to leal que foi ela a primeira a realizar uma cerimonia de encaminhamento da alma de um amigo caador ao orum (cu). Ians no parava jamais. Um dia em que Xang foi visitar seu irmo Ogum e encomendar-lhe armas para a guerra, Ians (tambm conhecida como Oy) apaixonou-se por Xang, e partiu para viver com ele, deixando LogunEd com Ogum, que terminaria de cri-lo. A partir de ento, tornou-se uma das trs esposas de Xang e com ele reina e luta, enviando seus ventos para limpar o mundo e anunciando a chegada dos raios e troves de seu amado. Dia da semana: quarta-feira Cor: vermelho, rosa, marrom Smbolo: eruxin (rabo de cavalo, signo de poder ioruba) ob (espada) Nmero: 9 Comida: acaraj Saudao: Eparrei, Oy! OIA-IANS ou OY (mesan: "nove") Oia-Ians o orix de um rio conhecido como Nger, cujo nome original em iorub Oy. Deusa da espada do fogo, dona da paixo, Oia-Ians a rainha dos raios, dos ciclones, furaces, tufes, vendavais. Orix do fogo, guerreira e poderosa. Me dos eguns, guia dos espritos desencarnados, senhora do cemitrio. Orix da provocao e do cime. Paixo violenta , que corri, que cria sentimentos de loucura, que cria o desejo de possuir, o desejo sexual. a volpia, o clmax. Ela o desejo incontido, o sentimento mais forte que a razo. A frase "estou apaixonado" tem a presena e a regncia de Oia-Ians, que o orix que faz nossos coraes baterem com mais fora e cria em nossas mentes os sentimentos mais Oy Egbal Oy Top
profundos, abusados, ousados e desesperados. o cime doentio, a inveja suave, o fascnio enlouquecido. a paixo propriamente dita. a falta de medo das conseqncias de um ato impensado no campo amoroso. Oia-Ians rege o amor forte, violento. Oy tambm a senhora dos espritos dos mortos, dos eguns. a deusa dos cemitrios. ela que servir de guia, ao lado de Obaluai, para aquele esprito que se desprendeu do corpo. ela que indicar o caminho a ser percorrido por aquela alma. Comanda a falange dos Boiadeiros. Embora tenha sido esposa de Xang, Oia-Ians percorreu vrios reinos. Foi paixo de Ogum, Oxaguian, Exu. Conviveu e seduziu Oxssi, Logun-Ed e tentou, em vo, relacionar-se com Obaluai. Em If, terra de Ogum, foi a grande paixo do guerreiro. Aprendeu com ele e ganhou o direito do manuseio da espada. Em Oxogbo, terra de Oxaguian, aprendeu e recebeu o direito de usar o escudo. Deparou-se com Exu nas estradas, com ele se relacionou e aprendeu os mistrios do fogo e da magia. No reino de Oxssi, seduziu o deus da caa, aprendendo a caar, tirar a pele do bfalo e se transformar naquele animal com a ajuda da magia aprendida com Exu. Seduziu o jovem Logun-Ed e com ele aprendeu a pescar. Oia-Ians partiu, ento, para o reino de Obaluai, pois queria descobrir seus mistrios e at mesmo conhecer seu rosto, mas nada conseguiu pela seduo. Porm, Obaluai resolveu ensinar-lhe a tratar dos mortos. De incio, Oia-Ians relutou, mas seu desejo de aprender foi mais forte aprendeu a conviver com os eguns e control-los. Partiu, ento, para Oi, reino de Xang, e l acreditava que teria o mais vaidoso dos reis, e aprenderia a viver ricamente. Mas, ao chegar ao reino do deus do trovo, Oia-Ians aprendeu muito mais. Aprendeu a amar verdadeiramente e com uma paixo violenta, pois Xang dividiu com ela os poderes do raio e deu a ela o seu corao. O fogo o elemento bsico de Oia-Ians. O fogo das paixes, da alegria, o fogo que queima. E aqueles que do uma conotao de vulgaridade a essa belssima e importantssima divindade africana, so dignos de pena e mais dignos ainda, do perdo de Oia-Ians. YA ya a dona dos raios,dos ventos e dos mortos,controla Ygbal ( casa dos mortos ). Esposa de seu primo, Xango, foi a maior guerreira que j existiu na Africa,sua fria era incontrolvel, no temendo nem a morte.Ligada s florestas que ela domina com seu OruKer,que foi presenteado por Oxosse. associada aos ancestrais masculinos que ela dirige e maneja. Est relacionada ao vermelho e representada pelo relmpago. Oya teve 9 filhos, uns dizem que foi com ogun, outros que foi com Xang, oito nasceram mudos e surdos e o ltimo nasceu um Egun e graas aos sacrifcios recomendados por If, nasceu com o poder de falar com voz estranha e sobrenatural, chamado Segi, que imita a voz do macaco africano chamado Ijimar, macaco que consagrado aos res. QUALIDADES OY Igbal - (ligada diretamente ao culto aos eguns) OY Fur OY Odo OY Iamesan OY Onira OY Yatop OY Afef Yk Funan OY Afakareb OY Afef OY Bagan OY Pet OYA Egunnit Oya (Oi) a divindade dos ventos, das tempestades e do rio Niger que, em iorub, chama-se Od Oya. Foi a primeira esposa de Xang e tinha um temperamento ardente e impetuoso. Conta uma lenda que Xang enviou-a em misso na terra dos baribas, a fim de buscar um preparado que, uma vez ingerido, lhe permitiria lanar fogo e chamas pela boca e pelo nariz. Oi desobedecendo s instrues do esposo, experimentou esse preparado, tornando-se tambm capaz de cuspir fogo, para grande desgosto de Xang, que desejava guardar s para si esse terrvel poder. Oi foi, no entanto, a nica das mulheres de Xang que, ao final do seu reinado, seguiu-o na fuga para Tap. E, quando Xang recolheu-se para baixo da terra, em Koss, ela fez o mesmo em Ir. ARQUTIPO O arqutipo de Oy-ians o das mulheres audaciosas, poderosas e autoritrias. Mulheres que podem ser fiis e de lealdade absoluta em certas circunstncias, mas que, em outros momentos, quando contrariadas em seus projetos e empreendimentos, deixam-se levar a manifestaes da mais extrema
clera. Mulheres, enfim, cujo temperamento sensual e voluptuoso pode lev-las a aventuras amorosas extraconjugais mltiplas e frequentes, sem reserva nem decncia, o que no as impede de continuarem muito ciumentas dos seus maridos, por elas mesmas enganados.
ESSABAS DE OY: Oriri Folha da Costa Odn-dun Folha de Umbaba - Abauba Erva Tosto - Ereg Maca Peregun Folha de Azalia Papoula Para-raio Flor de Coral Brinco de Princesa Louro Bredo sem espinho Tet Espada de Ogun Jun Alfavaquinha Orim-rim Jarrinha Jacomij Erva-de-passarinho Afoman Pega-pinto Tepola Parietria Monan Capeba J Taioba Bala Beti-cheiroso Obay Caj Jamin Pipergn nativo Mutamba Afer Folha de Loko loko Lingua-de-galinha Gunoco Malmequer Pep Rama de leite Ob PARA-RAIO; PARIETRIA; PEREGUN; MUTAMBA; FOLHA DE FOGO; CANELA DE MACACO; BAMBU; BOMINA; BREDO SEM ESPINHO; CAPEBA; CASUARINA; ERVA DE PASSARINHO; ERVA TOSTO; ESPADA DE SANTA BRBARA; GUIN; ORTEL DA HORTA; JABORANDI; JARRINHA; LNGUA DE GALINHA; LOURO; MALMEQUER; MALVA ROSA; MARACUJ-CAIANO; MARAVILHA BONINA; NEGA MINA; PINHO BRANCO; PINHO ROXO; SANTA BARBARA; SENSITIVA (DORMIDEIRA); TAIOBA BRANCA; TROMBETA; LACRE; FOLHA DE CORAL; ANIZ; LINGUA DE VACA Folha de fogo Adimum-aderum Espada de Oymssn rosa Obe-cemi-ola Canela-de-macaco Tetergun
OYA
IANS
bambuzal e rochas
Manga Rosa.
Acaraj (feijo fradinho descascado e modo com camaro seco batido at o ponto, frito no azeite de dend em forma de bolinhos, semelhante seu formato ao quibe).
Mencionaremos aqui as ervas mais conhecidas no Rio de Janeiro: Erva de Ians, Espada de Santa Brbara, Folhas de Bambu, Pra-Raio. Os Orixs normalmente trazem em seus filhos suas caractersticas fsicas e de carter. Assim podemos dizer que os filhos de:
O cobre.
4 de dezembro.
QUALIDADES DE YANS:
1. Oya Binik 2. Seno 3. Abomi 4. Gunn 5. Bagn 6. Onr 7. Kodun 8. Maganbelle 9. Yapopo 10. Onisoni
11. Bagbure 12. Tope 13. Filiaba 14. Semi 15. Sinsir 16. Sire 17. Gbale ou Igbale (aquela que retorna terra) se subdividem em: 1. Funn
2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
As ltimas , esto ligadas ao culto dos mortos.Tem forte ligao com Omulu , Ogun e Ex.
LENDA DE OY: Oy, bela e extrovertida, saa pelo mundo em busca de obter conhecimentos. Por onde andava geralmente se relacionava com reis e prncipes, os deixava apaixonados e depois partia em busca de novas aventuras. A Rainha dos Ventos chegou If, reino de Ogum o grande guerreiro, que apaixonado por ela, ensinou-lhe como lutar com espadas, logo em seguida, o abandonou seguindo para Oxogb, onde vivia Oxoguian. Seduziu-o, aprendeu o uso do escudo e abandonou. Na estrada encontrou Ex e o atraiu com seu jeito espalhafatoso. Ex lhe ensinou como lidar com fogo e tudo sobre magia. No se prendendo Ex, foi para floresta onde se relacionou com Oxossi, aprendendo a caar e a tirar a pele do bfalo, transformando-se nas horas de perigo neste animal. Encontrando Logun encantou-o, aprendendo com ele a pescar. Seguindo para a terra de Obalua queria descobrir os seus segredos, tentou seduzi-lo com a dana do vento, mas nada adiantou, pois Obalua no se sentiu atrado por ela. Obalua com pena pelo esforo de Oy, lhe ensinou a dominar Egun. Oy continuou viajando at chegar a Oy, onde conheceu Xang, dividindo com ele os poderes do raio e do trovo, s que desta vez apaixonou-se pelo Rei.
LENDA DE OY YANSAN Segundo a lenda, Oy vivia feliz com Ogun, pois os dois tinham muitas coisas em comum, como o gosto pela guerra e o desejo de desbravar novos lugares. Gostavam da companhia um do outro, sentindo-se em harmonia. Com ele, que conhecedor de todos os caminhos, Oy aprendeu a andar pela Terra. Gostava muito de v-lo trabalhar, em seu oficio de ferreiro, tentando aprender como ele confeccionava suas armas e ferramentas. Oy pedia insistentemente que lhe fizesse uma arma para guerrear. Um dia, Ogun a surpreendeu, oferecendo-lhe uma espada curva, que era ideal para seu uso. Isso a agradou muito, tanto que, mais tarde, todo seu exrcito estava usando esse mesmo tipo de arma. Mas Ogun no a levava em suas batalhas, deixando-a sozinha e entediada. Sem falar no tempo que gastava em seus afazeres de ferreiro. Oy adorava a liberdade, mas, ao mesmo tempo, no dispensava uma boa companhia. Comeou a sentir-se rejeitada por ele. Foi nesse momento que Xang, o grande rei, foi procurar Ogun, pois precisava de armas para seu exrcito. Ele era muito atraente e cuidadoso com sua aparncia. Era impossvel no notar sua presena. Ogun, aceitando o pedido, comeou a produzir armas para Xang, que tinha muita urgncia. Ficaria na aldeia o tempo necessrio para o trmino do servio. Xang tambm notou a presena de Oy, sentindo uma grande atrao por ela. Com seu jeito de ser, aproximou-se dela para trocar conhecimentos a respeito de suas habilidades. Descobriram,
nessas conversas, que possuam muitas afinidades, inclusive que no gostavam de viver isolados, assim como Ogun. Oy estava muito interessada em Xang e em tudo o que estava aprendendo com ele, mas no queria magoar Ogun, a quem respeitava muito. Xang props-lhe uma unio eterna, sem monotonia, sem solido, viajando sempre juntos por toda a Terra. Seria uma unio perfeita. Quando Ogun terminou seu trabalho, os dois j haviam partido. Ele ficou enfurecido com a traio de ambos, mesmo sabendo que sua companheira no podia ficar cativa para sempre. Partiu atrs deles para vingar sua desonra! Oy estava vindo ao seu encontro, para explicar-lhe que no poderia mais ficar com ele, pois Xang a completava, mas que iria respeit-lo sempre como grande orix da guerra. Ogun estava to enfurecido, que no ouviu o que ela dizia, e foi com grande fria que investiu contra ela, erguendo sua espada. Oy, em defesa prpria, tambm o atacou. Ela foi golpeada em nove partes do seu corpo, e Ogun em sete, formando curas. Esses nmeros ficaram muito ligados a esses orixs, assim como as curas, que foram introduzidas nos rituais africanos.
OB: Est ligada s guas e guerra. Atribuem-se as enchentes e as cheias dos rios este Orix. Pelo fato de conviver muito tempo com Xang ela aprendeu a lidar com energias diferentes, tais como a energia eltrica. Ob tambm rege a desiluso amorosa, o sentimento de perda, a depresso e a raiva. PERSONALIDADE: Guerreira, so frgeis nas relaes amorosas, sinceras, depressivos, raivosos, boas, habilidosas e rpidas. PA: Igual Oy. COR: Amarelo, vermelho e branco. SMBOLO: A luta. METAL: Dourado e cobre. ANIMAIS: Galinha, galinha d`angola e cabra. Ob representa as guas revoltas dos rios. As pororocas, as guas fortes, o lugar das quedas sao considerados domnios de Ob. Ela representa tambm o aspecto masculino das mulheres (fisicamente) e a transformao dos alimentos de crus em cozidos. Por sua envergadura fsica e fora, tornou-se uma guerreira, a nica mulher capaz de desafiar Ogum para uma luta, e por ser Ob extremamente forte e destemida, Ogum se viu obrigado a usar de um truque contra ela, espalhando quiabo amassado no cho, e atraindo Ob para aquele canto, onde a guerreira escorregou e no apenas perdeu a luta como foi possuda fora por Ogum, que se tornou seu inimigo. Sendo uma cozinheira excelente foi escolhida para ser a terceira esposa de Xang, o deus trovo. Sempre se sentindo menos desejada por seu amado que Oxum e Ians, Ob se esmerava em agradlo com seus pratos cada vez mais aprimorados. Mas Oxum era sempre a preferida de Xang. Um dia Ob no se conteve e perguntou a Oxum qual o segredo de sua seduo. Oxum, que vivia com a cabea enrolada em turbantes maravilhosos, disse que havia cortado a prpria orelha esquerda e colocado no amal (uma comida base de quiabo) de Xang que, ao com-lo, por ela se perdera de paixo para sempre. Ob ento cortou a prpria orelha e a colocou no amal. Ao ver Ob com um ferimento no lugar da orelha Xang quis saber o que houvera e Ob contou. Neste momento Oxum tirou seu turbante e, mostrando as duas orelhas intactas a Ob, desatou a rir. Xang, zangado com a insensatez de Ob e enojado por ver sua orelha na comida, expulsou-a de seu palcio e Ob tanto chorou e teve raiva que se transformou num rio revoltoso. Na frica, no lugar onde se encontram os rios Ob e Oxum o estouro das guas extremamente violento. Cor: vermelho com amarelo Numero: 4
Smbolo: Ob Comida: quiabo Dia da semana: Quarta-feira Saudao: Ob xir! OB ("rainha") Divindade guerreira, considerada at como uma Oia-Ians velha, originria do rio de mesmo nome na Nigria. Ligada gua doce como Oxum, ao contrrio desta est presente nas guas revoltas como: enchentes, inundaes e cheias dos rios e tambm no corisco, que lhe foi dado pelo marido Xang. o orix que domina a paixo. Ob rege a desiluso amorosa, a tristeza, o sentimento de perda, a incapacidade do homem de ter o que ama e deseja. Ob a raiva, a frustrao, a solido, a depresso, o sentimento de abandono. Embora a lenda diga ser Ob uma guerreira vencedora, ela conseguiu seu encantamento no oposto, ou seja, na derrota. Ob era esposa de Xang, juntamente com Oxum que muito esperta queria se livrar da rival. Certo dia, para enganar Ob, Oxum apareceu com um pano cobrindo uma das orelhas. Ob quis saber o que era aquilo, e ela ento contou que tinha cortado a prpria orelha e colocado na comida de Xang, e este teria gostado muito, da ela ser a sua favorita. Ob por tanto amor que nutria pelo marido, no pensou duas vezes, e fez o mesmo. Xang repugnado expulsou-a de seu reino. E toda esta dor, desesperana, abandono, ficou em Ob e tem sua regncia. a lgica dizendo que a "ltima gota", que faz transbordar nossos sentimentos. Se um rio enche e transborda, porque no suporta mais o volume de gua, deixando escapar "aquilo que no cabe mais", isto Ob, esta sua regncia, seu encantamento e sua influncia. Geralmente quando incorpora, lana-se contra as filhas de Oxum, principalmente se estas estiverem prximas do orix Xang. A iniciao de uma filha de Ob necessita de certas ervas difceis de serem encontradas no Brasil. Da o grande nmero de filhas de Oia-Ians, de caractersticas muito semelhantes a Ob, crescer a cada dia. OB a divindade do rio do mesmo nome, foi a terceira mulher de Xang. Como s duas primeiras, Oy e Osn,ela foi tambm mulher de Ogun segundo uma lenda de If. Ob um orix feminino muito enrgico e fisicamente mais forte que muitos orixs masculinos. Ela desafiara e vencer na luta, sucessivamente, Oxal, Xang e Orumil. Chegada vez de Ogun, aconselhado por um babalawo, ela preparou uma oferenda de espigas de milho e quiabo. Amassou tudo num pilo, obtendo uma pasta escorregadia, que espalhou pelo cho, no lugar previsto, digo onde aconteceria a luta. Chegado o momento, Ob que fora atrada at o lugar previsto, escorregou sobre a mistura, aproveitando-se Ogun para derrub-la e possu-la no ato. Mais tarde, quando Ob se tornou a terceira mulher de xang, uma grande rivalidade no demorou a surgir entre ela e Osn.Esta era jovem e elegante e Ob era mais velha e usava roupa fora de moda, fato que nem chegava ser dar conta, pois pretendia monopolizar o amor de Xang. Com este objetivo, sabendo quanto Xang era guloso, procurava sempre surpreender os segredos da receitas de cozinha utilizadas por Osn, a fim de preparar s comidas de Xang. Osn irritada, decidiu pregar-lhe uma pea e um belo dia, pediu-lhe que viesse assistir, um pouco mais tarde, preparao de um determinado prato que, segundo lhe disse Osn maliciosamente que realizava maravilhas junto a Xang, o esposo comum. Ob apareceu na hora indicada. Osn, tendo a cabea atada por um pano que lhe escondia as orelhas, cozinhava uma sopa na qual boiava dois cogumelos. Osn mostrou a sua rival, dizendo que havia cortado as prprias orelhas, colocando-as para ferver na panela, a fim de preparar o prato predileto de Xang. Este chegando logo, tomou a sopa com apetite e deleite e retirou-se, gentil e apressado, em companhia de Osn. Na semana seguinte, era vez de Ob cuidar de Xang. Ela decidiu por em prtica a receita maravilhosa: cortou uma de suas orelhas e cozinhou-a numa sopa destinada a seu marido. Este no demonstrou nenhum prazer de v-la com a orelha decepada a achou repugnante o prato que ela lhe serviu. Osn apareceu, neste momento, retirou o seu leno e mostrou que suas orelhas jamais haviam sido cortadas nem devoradas por Xang. Comeou, ento a caoar da pobre Ob, que, furiosa precipitou-se sobre sua rival. Seguiuse uma luta corporal entre elas. Xang, irritado fez explodir o seu furor. Osn e Ob, apavoradas, fugiram e transformaram-se nos rios que levam seu nomes. No local da confluncia dos dois cursos de gua, as ondas se tornaram-se muito agitadas em conseqncia da disputa entre as duas divindades. Conta-se ainda, sobre Ob, uma lenda por vezes atribuda a Osn,baseada num jogo de palavras: Orai Owu, partindo em expedio guerreira,teve que atravessar o rio Ob com seu exrcito. O rio estava em perodo de enchente e as guas to tumultuadas que no podiam ser atravessadas. Oreifez, ento, uma promessa solene, embora mal formulada. Ele declarou: Ob,deixe passar meu exrcito, eu lhe imploro, faa baixar o nvel de suas guas e se sair vitorioso da guerra,eu lhe oferecerei uma nkan rere(boa coisa).Ora,le tinha por mulher uma filha do rei Ibadan que levava o nome nkan. As guas baixaram, o rei atravessou o rio e venceu a guerra.
Regressou com um saque considervel.Chegando prximo ao rio Ob, ele encontrou novamente em perodo de cheia. O rei ofereceu-lhe todas as nkan rere, tecidos, bzios, bois e comidas, mais o rio rejeitou todos estes dotes. Era nkan a mulher do rei, que ele exigia. Como rei de Owu era obrigado a passar, teve que lanar nkan as guas, mas ela estava grvida e pariu no fundo do rio. Este rejeitou o recm nascido, declarando que somente nkan lhe havia sido prometida. As guas baixaram e o rei voltou triste aos seus domnios, seguido pelo seu exercito. O rei de Ibadan tomou conhecimento do ocorrido. Indignado, declarou que no tinha dado sua filha em casamento para ela servir de oferenda para um rio. Fez a guerra a seu genro,venceu-o e expulsou de seu pas. OB NO NOVO MUNDO No Brasil, assim que Ob aparece num candombl manifestada em uma de suas iniciadas, ata-se um turbante em sua cabea a fim de esconder uma de suas orelhas, como na recordao da lenda j narrada. Se Osn manifesta-se no momento, a tradio exige que as duas divindades encarnadas procurem lutar novamente e preciso, ento intervir energicamente para separ-las. A dana de Ob guerreira, ela brande o sabre com uma das mos e na outra leva um escudo. Suas oferendas consistem em, cabras,patos e galinha d'angola. Sincretismo: Ob sincretizada com Joana D'Arque, mais tambm sincretizada como S'ta Catarina. Qualidade: Ob no tem diviso, uma santa guereira que traz espada, e reina nas fogueiras e acampamemtos a gua viva do mar,muitos antigos dizem que Ob pode ser uma qualidade de Oy. Deusa do Rio Ob. Espsa de Xngo. Guerreira, veste vermelho e branco, usa escudo e lana. Na dana briga com Oxum que a induziu a cortar uma das orelhas para us-la na comida de Xang e com isso manter seu amor. Os resultados revelaram-se desastrosos e Ob foi repudiada por Xang. Ob come conqun, cabra e pato. Dana tapando com a mo o lado do rosto de onde cortou a orelha. Ob era uma mulher vigorosa e cheia de coragem. Faltava-lhe, talvez, um pouco de charme e refinamento. Mas ela no temia ningum no mundo. Seu maior prazer era lutar. Seu vigor era tal que ela escolheu a luta e o pugilato como profisso. Ob saiu vencedora de todas as disputas que foram organizadas entre ela e diversos orixs. Ela derrotou Obatal, tirou Oxossi de combate, deixou no cho Orunmil. Oxumar no resistiu sua fora. Ela desafiou Obalua e botou Ex pr correr. Chegou a vez de Ogum! Ogum teve o cuidado de consultar If, antes da luta. Os adivinhos lhe disseram para fazer oferendas, compostas de duzentas espigas de milho e muitos quiabos. Tudo pisado num pilo para se obter uma massa viscosa e escorregadia. Esta substncia deveria ser depositada num canto do terreno onde eles lutariam. Ogum seguiu, fielmente, estas instrues. Na hora da luta, Ob chegou dizendo: "O dia do encontro chegado". Ogum confirmou: "Ns lutaremos, ento, um contra o outro". A luta comeou. No incio, Ob parecia dominar a situao. Ogum recuou em direo ao lugar onde ele derramara a oferenda. Ob pisou na pasta viscosa e escorregou. Ogum aproveitou para derrub-la. Rapidamente, libertou-se do seu pano e a possuiu ali mesmo, tornou-se, dessa maneira, seu primeiro marido. Mais tarde, Ob tornou-se a terceira mulher de Xang, pois ela era forte e corajosa. A primeira mulher de Xang foi Oi-Ians que era bela e fascinante. A segunda foi Oxum, que era coquete e vaidosa. Uma rivalidade logo se estabeleceu entre Ob e Oxum. Ambas disputavam a preferncia do amor de Xang. Ob procurava, sempre, surpreender o segredo das receitas utilizadas por Oxum quando esta preparava as refeies de Xang. Oxum, irritada, decidiu preparar-lhe uma armadilha. Convidou Ob a vir, um dia de manh, assistir preparao de um prato que, segundo ela, agradava infinitamente a Xang. Ob chegou na hora combinada e encontrou Oxum com um leno amarrado cabea, escondendo as orelhas. Ela preparava uma sopa para Xang onde dois cogumelos flutuavam na superfcie do caldo. Oxum fez crer a Ob que se tratava de suas orelhas, que ela cozinhava, assim, para preparar o prato favorito de Xang. Este logo chegou, vaidoso e altivo. Engoliu, ruidosamente e com deleite, a sopa de cogumelos e, galante e apressado, retirou-se com Oxum para o quarto. Na semana seguinte, era a vez de Ob cuidar de Xang. Ela decidiu pr em prtica a receita maravilhosa. Xang no sentiu nenhum prazer ao ver que Ob se cortara uma das orelhas. Ele achou repugnante o prato que ela lhe preparara. Neste momento, Oxum chegou e retirou o leno, mostrando sua rival que suas orelhas no haviam sido cortadas, nem comidas. Furiosa, Ob precipitou-se sobre Oxum com impetuosidade. Uma verdadeira luta se seguiu. Xang, encolerizado, trovejou sua fria. Apavoradas, Oxum e Ob fugiram e se transformaram em rios. At hoje, as guas destes rios so tumultuadas e agitadas, no lugar de sua confluncia, em lembrana da briga que ops Oxum e Ob pelo amor de Xang.
ARQUTIPO (Do livro "Orixs - Pierre Fatumbi Verger - Editora Corrupio") O arqutipo de Ob a das mulheres valorosas e incompreendidas. Suas tendncias um pouco viris fazem-nas frequentemente voltar-se para o feminismo ativo. As suas atitudes militantes e agressivas so consequncias de experincias infelizes ou amargas por elas vividas. Os seus insucessos devem-se, frequentemente, a um cime um tanto mrbido. Entretanto, encontram geralmente compensao para as frustraes sofridas em sucessos materiais, onde a sua avidez de ganho e o cuidado de nada perder dos seus bens tornam-se garantias de sucesso.
ESSABAS: Mesmas de Inhas e Oxum. Candeia OBA Negamina Folha de amendoeira ASSA-PEIXE; GOIABA; BETERRABA; GERNIO
QUALIDADES DE OB: 1. Ob Gideo 2. Ob Rew LENDA DE OB: Seguindo pelo mundo revoltada, Ob dedicou-se a luta, sendo conhecida como a bela guerreira. Todos comentavam sobre a imbatvel Ob, chegando ao conhecimento de Ogum. Este se sentiu ofendido, resolvendo procura-la e quando a encontrou encantou-se com a bela guerreira. Marcaram uma luta na qual se Ogum ganhasse ela o amaria, caso contrrio seria a mais hbil guerreira e Ogum lhe entregaria a espada. Ogum usando de esperteza, mandou que seus guardas esgalhassem baba de quiabo pelo cho. Chegando o dia, Ob parte para cima de Ogum, sendo que mal consegue ficar em p, pois o cho estava escorregadio. Ob percebeu a malcia de Ogum e puxou-o, os dois lutaram durante horas mas nenhum conseguiu vencer. Os dois se entenderam. Ogum quis levar Ob, mas esta o recusou por ter seu corao com Xang.
IEMONJ: Esta Deusa est ligada criao, considerada a Grande Me. Sendo uma das ninfas das guas salgadas tem sua representao nos mares e oceanos, a responsvel pela vida dos animais do meio aqutico. A Iemonj tratada neste trabalho filha de Olokun (Senhor dos Oceanos). Ela e Oxal tiveram uma unio, da qual muitos Orixs foram originados. Suas danas representam as ondas do mar. PERSONALIDADE: Francos, intuitivos, voluntariosos, decididos, ciumentos, custam muito a perdoar uma ofensa, so amigos at a morte, vaidade pouco acentuada, sinceros, teimosos, valentes, passam grande parte do seu tempo pensando.
PA: Batidas de palmas imitando o som das ondas do mar, seguindo-se as 3 de reverncia e o adobale. FILIAO: Olokun SAUDAO: Odoiy! Od Siaba!. DIA: Sbado. COR: Azul claro, branco, prola e transparente. METAL: Metais brancos. QUALIDADES: Asaba Ranara Ogunt Olossa Yemowo QUALIDADES DE YEMONJ: 1.Yemanj Ogunt (esposa de Ogum Alagbed) 2.Yemanj Saba (fiadeira de algodo, foi esposa de Orunmil) 3.Yemanj Sesu/Susure (voluntariosa e respeitvel, mensageira de olokun) 4.Yemanj Tuman/Aynu/Iewa 5.Yemanj Ataramogba/Iyku (vive na espuma da ressaca da mar) 6.Iya Masemale/Iamasse (me de Xang) 7. Awoy/Iemowo (a mais velha de todas, esposa de Oxal) Maleb Asesu Akur ou Konl
Iemanj, sao todas as guas salgadas e areias do mar. considerada o princpio de tudo, juntamente com a terra, Oduduwa. Iemanj o mar que alimenta, que umidifica as terras, que energiza a terra, e tambm o maior cemitrio do mundo. Representa ainda as profundezas do inconsciente, o movimento rtmico, todas as coisas cclicas, tudo que pode se repetir infinitamente. A fora contida, o equilbrio. Iemanj uniu-se a Oxal, a criao, e com ele teve os filhos Ogum, Exu e Oxssi e Xang. Como seus filhos se afastaram dela, Iemanj foi aos poucos se sentindo mais e mais sozinha e resolveu correr o mundo, at chegar a Oker, onde foi adorada por sua beleza, inteligncia e meiguice. L, o rei se apaixonou por ela, desejando que se tornasse sua mulher. Iemanj ento fugiu, mas o Alafin colocou seus exrcitos para persegui-la. Durante sua fuga, foi encurralada por Oke (as montanhas) e caiu, cortando seus enormes seios, de onde nasceram os rios. Assim, ela tambm a me de Oxum, Ob e Ians (em alguns mitos). Conta-se que a beleza de Iemanj tamanha que seu filho Xang no resistiu a ela e passou a persegui-la, com o desejo incestuoso de possu-la. Na fuga, Iemanj cai e corta os seios, dando origem s guas do mundo e aos Ibejis, filhos de Xang com Iemanj. Outro mito ainda, narra a seduo em sentido contrrio. Iemanj quem persegue seu filho Aganju (a terra firme) e este quem foge. Representando o inconsciente, Iemanj considerada tambm a "dona das cabeas", no sentido de ser ela quem d o equilbrio necessrio aos indivduos para lidar com suas emoes e desejos inconscientes. Cor: azul claro e verde, nos tons do mar. Smbolo: Abeb (espelho, smbolo das guas em geral) Dia da Semana: Sbado Numero: 10 Comida: arroz com mel Saudao: Od Iy! IEMANJ (iya: "me"; omo: "filho"; eja: "peixe"). A majestade dos mares, senhora dos oceanos, sereia sagrada, Iemanj a rainha das guas salgadas, considerada como me da maioria dos orixs, regente absoluta dos lares, protetora da famlia. Chamada tambm de deusa das prolas, aquela que apara a cabea dos bebs no momento de nascimento.
Essa fora da natureza tambm tem papel muito importante em nossas vidas, pois ela reger nossos lares, nossas casas. ela que d o sentido da famlia s pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto. Ela a geradora do sentimento de amor ao seu ente querido, que vai dar sentido e personalidade ao grupo formado por pai, me e filhos tornando-os coesos. Rege as unies, os aniversrios, as festas de casamento, todas as comemoraes familiares. o sentido da unio por laos consangneos ou no. Numa Casa de Santo, Iemanj atua dando sentido ao grupo, comunidade ali reunida e transformando essa convivncia num ato familiar; criando razes e dependncia; proporcionando sentimento de irmo para irmo em pessoas que a bem pouco tempo no se conheciam; proporcionando tambm o sentimento de pai para filho ou de me para filho e vice-versa, nos casos de relacionamento dos Babalorixs (Pai de Santo) ou Ialorixs (Me de Santo) com os Omorixs (Filhos de Santo). A necessidade de saber se aquele que amamos esto bem, a dor pela preocupao, uma regncia de Iemanj, que no vai deixar morrer dentro de ns o sentido de amor ao prximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, me, outro parente ou amigo muito querido. a preocupao e o desejo de ver aquele que amamos a salvo, sem problemas, a manuteno da harmonia do lar. ela que proporcionar boa pesca nos mares, regendo os seres aquticos e provendo o alimento vindo do seu reino. ela quem controla as mars, a praia em ressaca, a onda do mar, o maremoto. Protege a vida marinha. Filha de Olokum e me da maioria dos orixs. Sua cor branca, associada ao orix Oxal; juntos teriam feito a criao do mundo. proveniente de uma nao chamada Egb, na Nigria, onde existe um rio com o mesmo nome do orix. Exu, seu filho, se encantou por sua beleza e tomou-a fora, tentando violent-la. Uma grande luta se deu, e bravamente Iemanj resistiu violncia do filho que, na luta, dilacerou os seios da me. Enlouquecido e arrependido pelo que fez, Exu "caiu no mundo" desaparecendo no horizonte. Cada ao cho, Iemanj entre a dor, a vergonha, a tristeza e a pena que teve pela atitude do filho, pediu socorro ao pai Olokum e ao criador Olorum. E, dos seus seios dilacerados, a gua, salgada como a lgrima, foi saindo dando origem aos mares. Exu, pela atitude m, foi banido para sempre da mesa dos orixs, tendo como incumbncia eterna ser o guardio, no podendo juntar-se aos outros na corte. YEMONJ uma belssima ninfa negra de grandes e belos seios desnudos e volumosos, aparece sempre com uma vestimenta da cintura para baixo, nas cores azul e branca, com um adorno em forma de coroa, chamado Akoro, mas conhecido como Ad, na cor prateada, tendo nos braos braceletes de prata e ids, em suas mos um leque de prata em forma de peixe, chamado de Abeb e uma espada chamada de Kupanga Omyi Benbe ou Lid, demonstrando assim as riquezas encontradas nas guas profundas do mar. Divindade das guas salgadas. QUALIDADES YEMUO a primeira, a mais velha e esposa de Xang. Veste branco e cristal YIAMAC ou YIAMACI-MAL a segunda, me de xang e Oxumar. Esposa de Orannian e muito festejada durante as festas consagradas a seu filho Xang. Suas contas so brancas leitosas, rajadas de vermelho e azul. YINA ou MALELE a terceira, aquela que os filhos sempre sero peixes, tambm conhecida como Marib, mora nas guas mais profundas, a sereia, ligada a reproduo dos peixes, vem sempre a beira mar apanhar sua oferendas. Ligada a Oxal e a Ex. OGUNT a quarta, espsa de Ogun Alakibeb, me de Ogun Akoro. Ogunt quer dizer aquela que contm Ogun. Vive perto das praias, no encontro das guas com s pedras. Traz na cintura um faco e todas as ferramentas que Ogun usa, penduradas em sua vestes. Sua maior quizila a pata. Come carneiro e todos os bichos machos, castrado na hora do sacrificio. Come com seu filho
Ogun nos campos e caminhos. Veste azul marinho e branco cristal ou verde e branco (nas casas de jeje no come carneiro). OLOSS a quinta. Come com Osn e Nanan. Veste verde claro e sua contas so branco cristal. Come carneiro castrado na hora do sacrificio (nas casas de jeje no se copa carneiro). ASAAB ou SOB a sexta. velha e manca da perna esquerda, devido uma luta com Ex. Muito rabujenta e traioeira, fala de costas,fia as roupas de Oxal e comanda s camadas profundas do mar. Foi casada com Orumil IF e usa uma corrente de prata no tornozelo, come pata e tem pavor de carneiro, come junto com Omol,Osn Kar e Oxal. YIASESSU ou SESSU a stima. a mensageira de Olkun, o deus do mar. Vive nas guas sujas do mar e muito esquecida e lenta. Come com Obaluwiy e Ogun. Veste verde gua e suas contas branco cristal. Come pata e carneiro castrado na hora do sacrifcio(na nao jeje no come carneiro). AKUR a oitava. Vive nas espumas do mar, aparece vestida com lodo do mar e coberta de algas marinhas. Muito rica e pouco vaidosa. Adora carneiro, come com Nanan, veste o verde gua e contas iguais. AYIO a nona. Muito velha e veste sete anguas para proterger-se. Vive no mar e descansa na lagoa. Come com Osn e Nanan. SUAS FOLHAS Erva prata, macass, capueraba branca e azul, umbba, oxibata, altia, arass da praia, colnia, condessa, graviola, erva de santa luzia, me boa, lgrima de Nossa senhora, pata de vaca e a principal que o papo de peru. Iemanj, cujo nome deriva de Yy omo ej ("Me cujos filhos so peixes"), o orix dos Egb, uma nao iorub estabelecida outrora na regio entre If e Ibadan, onde existe ainda o rio Yemoja. As guerras entre naes iorubs levaram os Egb a emigrar na direo oeste, para Abeokut, no incio do sculo XIX. Evidentemente, no lhes foi possvel levar o rio, mas, em contrapartida, transportaram consigo os objetos sagrados, suportes do se da divindade, e o rio gn, que atravessa a regio, tornou-se, a partir de ento, a nova morada de Yemanj. Este rio gn no deve, entretanto, ser confundido com gn, o deus do ferro e dos ferreiros, contrariamente opinio de numerosos que escreveram sobre o assunto no fim do sculo passado. No nos deteremos nas extravagantes hipteses do Padre Baudin, retomadas com entusiasmo pelo Tenente-Coronel Ellis e outros autores. Daremos, porm, em notas um resumo destes textos. O principal templo de Iemanj est localizado em Ibar, um bairro de Abeukut. Os fiis desta divindade vo todos os anos buscar a gua sagrada para lavar os axs, no no rio gn, mas numa fonte de um dos seus afluentes, o rio Lakaxa. Essa gua recolhida em jarras, transportada numa procisso seguida por pessoas que carregam esculturas de madeira(re) e um conjunto de tambores. O cortejo na volta, vai saudar as pessoas importantes do bairro, comeando por Olbr, o rei de Ibar. Iemanj seria filha de Olkun, deus (em Benin) ou deusa (em If) do mar. Numa histria de If, ela aparece "casada pela primeira vez com Orunmil, senhor das adivinhaes, depois com Olofin, rei de If,...Iemanj, cansada de sua permanncia em If, foge mais tarde em direo ao Oeste. Outrora, Olkun lhe havia dado, por medida de precauo, uma garrafa contendo um preparado, pois "no se sabe jamais o que pode acontecer amanh", com a recomendao de quebr-la no cho em caso de extremo perigo. E assim, Iemanj foi instalar-se no "Entardecer-da-Terra", o Oeste. Olofin-Oddu, rei de If, lanou seu exrcito procura de sua mulher. Cercada, Iemanj, em vez de se deixar prender e
ser conduzida de volta a If, quebrou a garrafa, segundo as instrues recebidas. Um rio criou-se na mesma hora, levando-a para Okun, o oceano, lugar de residncia de Olkun (Olokum). Iemanj tem diversos nomes, relativos, como no caso de Oxum, aos diferentes lugares profundos(ib) do rio. Ela representada nas imagens com o aspecto de uma matrona, de seios volumosos, smbolo de maternidade fecunda e nutritiva. Esta particularidade de possuir seios mais que majestosos - ou somente um deles, segundo outra lenda - foi origem de desentendimentos com seu marido, embora ela j o houvesse honestamente prevenido antes do casamento que no toleraria a mnima aluso desagradvel ou irnica a esse respeito. Tudo ia muito bem e o casal vivia feliz. Uma noite, porm, o marido havia se embriagado com vinho de palma e, no mais podendo controlar as suas palavras, fez comentrios sobre seu seio volumoso. Tomada de clera, Iemanj bateu com o p no cho e transformou-se num rio a fim de voltar para Oldun, como na lenda precedente. Iemanj no Novo Mundo Iemanj uma divindade muito popular no Brasil e em Cuba. Seu ax assentado sobre pedras marinhas e conchas, guardadas numa porcelana azul. O sbado o dia da semana que lhe consagrado, juntamente com outras divindades femininas. Seus adeptos usam colares de contas de vidro transparentes e vestem-se, de preferncia, de azul-claro. Fazem-se oferendas de carneiro, pato e pratos preparados base de milho branco, azeite, sal e cebola. Diz-se na Bahia que h sete Iemanjs: Iemow, que na frica a mulher de Oxal; Iamass, me de Xang; Eu (Yewa), rio que na frica corre paralelo ao rio gn e que freqentemente confundido com Iemanj em certas lendas; Oloss, a lagoa africana na qual desguam os rios. Iemanj Ogunt, casada com Ogum Alagbed. Iemanj Assab, ela manca e est sempre fiando algodo. Iemanj Assessu, muito voluntariosa e respeitvel. Em Cuba, Lydia Cabrera d sete nomes igualmente, especificando bem que apenas uma Iemanj existe, qual se chega por sete caminhos. Seu nome indica o lugar onde ela se encontra. ARQUTIPO Tomamos emprestada a descrio do arqutipo de Iemanj a Lydia Cabrera, sua filha, certamente a mais competente de todas aquelas que nos foi dado o prazer de conhecer: "As filhas de Iemanj so voluntariosas, fortes, rigorosas, protetoras, altivas e, algumas vezes, impetuosas e arrogantes; tm o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e so justas mas formais; pem prova as amizades que lhes so devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, no a esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, so maternais e srias. Sem possurem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jias caras. Elas tm tendncia vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano no lhes permitem um tal fausto".
ESSABAS DE IEMONJ: Oriri Bredo sem espinho Tet Manjerico Alfavaquinha Orim-rim Rama de leite - Ob Malva branca Efin Maca Golfo-branco Omin-oj Folha de colnia Jarrinha Jacomij Folha da costa Odun-dun Folha de bicho Ibin Pata de vaca (beira de rio) Capeba J Umbaba Beti-cheiroso Obay Erva de So Joo (mestrato)
Folha de loko Irko Folha de neve branca, cana-do-brejo Tinin Golfo de baronesa Ereximominpala
YEMOJ
AGUAP; GUA DE LEVANTE; ALFAVAQUINHA; ALTIA; UNHA DE VACA; UMBABA; SALSA DA PRAIA; PATA DE VACA; PAPO DE PERU; MUSGO MARINHO; MARICOTINHA; JASMIM; ERVA DE SANTA LUZIA; DAND DO BREJO; CONDESSA; CAMLIA; ARASS DA PRAIA; BREDO SEM ESPINHO; CANA DO BREJO; CANELA DE MACACO; CAPEBA; COLONIA; ERVA PRATA; FOLHA DA COSTA; FOLHA DE BICHO; GRAVIOLA; JARRINHA; LGRIMA DE NOSSA SENHORA; MACAA; ME BOA; MALVA BRANCA; PARIETRIA; RAMA DE LEITE; TAIOBA BRANCA; OXIBATA; ERVA SO JOO
YEMANJA
praias
Champanhe branca
Mamo.
Mencionaremos aqui as ervas mais conhecidas no Rio de Janeiro: Erva da Lua, Alfazema, Colnia, ptalas de rosas brancas.
Os Orixs normalmente trazem em seus filhos suas caractersticas fsicas e de carter. Assim podemos dizer que os filhos de: Os Orixs tm suas preferncias tambm quanto aos metais. Calendrio Festivo da Umbanda
So pessoas facilmente irritveis, generosas at certo ponto, de tendncia maternal e amantes da solido.
A prata. 15 de agosto.
LENDA DE YEMONJ Yemonj, grande orix das guas, era filha de Olokun, o senhor dos oceanos. Era possuidora de um grande instinto maternal, que fez dela me de dez filhos. Embora casada, no tinha grande apego por seu marido. s vezes, pensava em deix-lo, mas ele era um homem muito importante e poderoso, e no permitiria tal desonra. Yemonj tambm pensava no bem-estar de seus filhos, no podendo deixlos desamparados. Seu marido usava o poder com tirania, inclusive com sua famlia, tornando a vida dela insuportvel. Ela no agentava mais se submeter aos caprichos de um homem que ela desprezava. Ela procurou seu pai para aconselhar-se sobre a atitude que deveria tomar. No fundo, ela j estava decidida a fugir, mas precisava de seu apoio. Olokun no a recriminou, pois ela era uma soberana e, como tal, no poderia aceitar o jugo de ningum. Ele, ento, deu sua filha uma cabaa com encantamentos, para que ela usasse quando estivesse em perigo. Yemonj colocou seu plano em prtica, fugindo com todos os seus filhos. Quando ela j estava bem longe de sua aldeia, viu que estava sendo perseguida pelo exrcito de seu marido. Pensou em enfrent-los, mas eles eram muitos e seria uma luta desleal. Yemonj odeia os confrontos, pela destruio que causam, j que um orix propagador de vida. Quando se sentiu acuada, resolveu abrir a cabaa e pedir socorro ao seu pai. Do seu interior escoou um lquido escuro, que, ao tocar o cho, imediatamente formou um rio, que corria em direo ao oceano. Foi nessas guas que Yemonj e seu povo encontraram um caminho para a liberdade.
OXUMAR: Oxumar (serpente, arco-ris) a servidora de Xang e o seu trabalho o de recolher as guas cadas sobre a Terra durante as chuvas. a manifestao do conflito natural, a manifestao do conflito e da unio (D).
Tem sua representao na pororoca, junto com Iemonj e Oxum, e no arco-ris. o Orix da riqueza. PERSONALIDADE: temperamento desconfiado, falsos, retrados quando conveniente, observadores, alegres, trazem a transformao a beleza e a fartura, com o sucesso tornam-se generosas. PA: Igual a Oxum. SAUDAO: Arrobobia, Tiuaraa Bessm!. DIA: Sbado. CORES: Verde e amarelo, alm das que compe o arco-ris. ANIMAIS: Bode, cabra, frangos e galinha d`angola. Oxumar ou Oxumar, a energia das cores, da luz do sol aps as chuvas, o arco-ris, e por isso mesmo associado s serpentes, que sao muito coloridas e poderosas. Conta o mito que apesar de tudo que houvera com Obaluai, Nan e Oxal tiveram outro filho. Este era Oxumar. Contudo, como novamente eles haviam desobedecido os preceitos de Orunmil, Oxumar nasceu sem braos e sem pernas, com a forma da serpente, rastejando pelo terra, e ao mesmo tempo de homem. Mais uma vez decepcionada, Nan abandonou Oxumar. Oxumar entretanto possua grande capacidade adaptativa e, mesmo sem membros para locomoverse, aprendeu a subir em rvores, a caar para comer, a colher as batatas doces de que tanto gostava, a nadar e possua imensa astcia e inteligncia. Orunmil, o deus da adivinhao do futuro admirando-se e apiedando-se dele tornou-o um orix belo, de sete cores de luz, encarregando-o de levar e trazer as guas do cu para o palcio de Xang. Oxumar portanto quem traz as guas da chuva e a ele que se pede que chova. Como seu percurso era longo, Oxal, seu pai, fez com que ele tomasse a forma do arco-ris quando tivesse esta misso a realizar. Com as guas da chuva, Oxumar traz as riquezas ao homens ou a pobreza. Oxumar vive com sua irm Ew no fim do arco-ris. Nmero: 10 Cor: as do arco-ris Dia da semana: quinta-feira Smbolo: D. (ma serpente enrolada numa rvore, simbolizando o poder da adaptao) Comida: batata doce Saudao: Arroboboi Oxumar! OXUMAR ("aquele que se desloca com a chuva e retm o fogo nos seus punhos" ) Orix andrgino, cuja funo principal a de dirigir as foras que produzem movimento, ao e transformao. Por ser bissexual, tem uma natureza dupla; representado na mitologia daomeana por uma cobra e o arco-ris, que significam a renovao e a substituio. Durante seis meses masculino, representado pelo arco-ris e tem como incumbncia levar as guas da cachoeira para o reino de Oxal no Orum (cu). Nos outros seis meses, Oxumar assume a forma feminina, e nessa fase, seria uma cobra que vez ou outra se transforma em uma linda deusa chamada Bessm. A dualidade de Oxumar faz com que ele carregue todos os opostos e antnimos bsicos dentro de si: bem e mal, dia e noite, macho e fmea, doce e amargo. Como uma cobra, morde a prpria cauda formando o smbolo ocidental do Orobros, gerando um movimento circular contnuo que representaria a rotao da Terra e prprio movimento incessante dos corpos celestes no espao. Nas lendas, aparece sempre como filho de Nan e Oxal. No Brasil, seus iniciados usam o braj, um longo colar de bzios trabalhados de maneira a parecerem as escamas de uma serpente. Durante sua dana, o ia aponta os dedos para cima e para baixo, alternadamente indicando os poderes do cu e da terra. Em algumas regies cultuado como deus da riqueza, simbolizado por uma grande cunha entre seus apetrechos de culto. Oxumar est presente nas negociaes, no pagamento das contas, no recebimento de um prmio, na compra, nos negcios envolvendo gastos, lucros e despesas. Est presente nos bancos, nas financeiras, enfim, nos lugares em que se manuseia dinheiro o Orix da riqueza (material e espiritual). Est associado ao ciclo vital, smbolo de continuidade da vida. representado por uma serpente, que, rastejando sobre a Terra, desenhou vales e rios.
o Orix que controla e regula os movimentos celestes. Simboliza a atividade, a continuidade e a permanncia. Sua comunicao com os homens expressa pelo arco-ris, o que revela as suas mltiplas funes. Leva gua dos mares, transformando-a em chuva, trazendo o raio e o trovo Terra, garantindo a fertilidade e o crescimento dos elementos da natureza. Por isso se diz: rb vo yi! Aquele que vai, d a volta e continua! Oxumar, na cultura yorub filho de Nana e Oxal, entre os africanos que trouxeram este culto para o Brasil, Oxumar Rei da Nao Jeje, onde recebe o nome de DAN, BESEN ou DANGB. Por se Orix da continuidade, tem como representao uma serpente engolindo o prprio rabo. Oxumar, por estar ligado a terra e as guas, j que reside nas profundezas do oceano, o dono das riquezas escondidas nas florestas, nas entranhas da terra e nos fundos dos mares. tambm dono das pedras preciosas, do ouro, do coral, do sgi, que vem a ser os excrementos que deixa no mundo. Oxumar o Orix de todas as coisas compridas: das extensas palmeiras e do cordo umbilical (que deve ser enterrado aos ps da palmeira para assegurar vida longa e prspera ao recm-nascido). Uma das caractersticas dos filhos de Oxumar, so pessoas que tendem renovao e mudana. Periodicamente mudam tudo em sua vida (de maneira radical): mudam de casa, de amigos, de religio, de emprego; vivem rompendo com o passado e buscando novas alternativas para o futuro, para cumprir seu ciclo de vida: mutvel, incerto, de substituies constantes. So magras como a cobra, possuem olhos atentos, salientes, difceis de encarar, mas no enxergam, se prendem a valores materiais, ostentando riquezas; so orgulhosas, exibicionistas, mas tambm generosas e desprendidas quando se trata de ajudar algum. QUALIDADES KETU EFERIN: Vem ao barraco com ade em palha da costa, com as 7 cores do arco-ris, usa tambm uma couraa de metal, de vrias cores e duas serpentes em estanho. EBASUN: Ao lado de Obalua, tendo na mo direita uma cobra e na esquerda um espadim, como o desenho abaixo: Obs: Esta qualidade assentada fora de casa. EJO: feita fora de casa, terrvel KAFORIDAN: velho, pai de Dan (A serpente encantada) e est ligado a fertilidade JEJE DAN: Vodun velho BESE: Rei do Jeje fmea DANCIL: DANBAGL: Cultuado tambm no Haiti, est ligado a bruxaria DANGB: Se veste de branco, come cabritos brancos, usa 2 cobras imersas no azeite de dend/azeite doce. macho AYDOWEDO: fmea COR: Verde, amarelo, preto e amarelo, Jeje: preto, amarelo com sgi COMIDA: Isu(inhame), batata doce, egbo bem mole, aca, omolocun (ovos cozidos, cortados em rodelas e fritas no azeite doce), acaraj, folha de mostarda frita no azeite de dend com camaro seco, pipoca, quiabo, banana da terra frita no azeite de dend, feijo fradinho, feijo preto, egbo, camaro seco, azeite de dend e azeite doce, farofa de ovos, sai como eb: salada de frutas com mel, pipoca no azeite doce e dend DIA DA SEMANA: Tera-feira DATA: 24 de agosto FOLHAS: Iroko Pente de Oxumar Parietria Mutamba taioba Golfo redondo de Nan Mariazinha BEBIDAS: Alu, gua ILEK: Braj ou Baraj METAL: Estanho, bronze, ferro PARTE DO CORPO: Espinha dorsal, sistema nervoso e sistema neurovegetativo SMBOLOS: Oj em forma de serpente, 2 ibiri em forma de cobra, 2 cobras em estanho, usadas nas mos SACERDOTE: Podem ocupar qualquer cargo TOQUE: Bravun, Opanij, Avania, Dahom SAUDAO: ARO BO BOI ou ARO MO BOI
Oxumar era, antigamente, um adivinho (babala). O adivinho do rei Oni. Sua nica ocupao era ir ao palcio real no dia do segredo; dia que d incio semana, de quatro dias, dos iorubs. O rei Oni no era um rei generoso. Ele dava apenas, a cada semana, uma quantia irrisria a Oxumar que, por essa razo vivia na misria com sua famlia. O pai de Oxumar tinha um belo apelido. Chamavam-no "o proprietrio do chale de cores brilhantes". Mas tal como seu filho, ele no tinha poder. As pessoas da cidade no o respeitavam. Oxumar, magoado por esta triste situao, consultou If. "como tornar-me rico, respeitado, conhecido e admiradopor todos?" If o aconselhou a fazer oferendas. Ele disse-lhe que oferecesse uma faca de bronze, quatro pombos e quatro sacos de bzios da costa. No momento que Oxumar fazia estas oferendas, o rei mandou chama-lo. Oxumar respondeu: "Pois no, chegarei to logo tenha terminado a cerimnia." O rei, irritado pela espera, humilhou Oxumar, recriminou-o e negligenciou, at, a remessa de seus pagamentos habituais. Entretanto, voltando sua casa, Oxumar recebeu um recado: Olokum, a rainha de um pas vizinho, desejava consult-lo a respeito de seu filho que estava doente. Ele no podia manter-se de p. Caa, rolava no cho e queimava-se nas cinzas do fogareiro. Oxumar dirigiu-se corte da rainha Olokum e consultou If para ela. Todas as doenas da criana foram curadas. Olokum, encantada por este resultado, recompensou Oxumar. Ela ofereceu-lhe uma roupa azul, feita de rico tecido. Ela deu-lhe muitas riquezas, servidores e um cavalo, sobre o qual Oxumar retornou sua casa em grande estilo. Um escravo fazia rodopiar um guarda sol sobre sua cabea e msicoa cantavam seus louvores. Oxumar foi, assim, saudar o rei. O rei Oni ficou surpreso e disse-lhe: "Oh! De onde vieste? De onde sairam todas estas riquezas?" Oxumar respondeu-lhe que a rainha Olokum o havia consultado. "Ah! Foi ento Olokum que fez tudo isto por voce!" Estimulado pela rivalidade, o rei Oni ofereceu a Oxumar uma roupa do mais belo vermelho, acompanhada de muitos outros presentes. Oxumar tornou-se, assim, rico e respeitado. Oxumar, entretanto, no era amigo de Chuva. Quando Chuva reunia as nuvens, Oxumar agitava sua faca de bronze e a apontava em direo ao cu, como se riscasse de um lado a outro. O arco-ris aparecia e Chuva fugia. Todos gritavam: "Oxumar apareceu!" Oxumar tornou-se, assim, muito clebre. Nesta poca, Olodumar, o deus supremo, aquele que estende a esteira real em casa e caminha na chuva, comeou a sofrer da vista e nada mais enxergava. Ele mandou chamar Oxumar e o mal dos seus olhos foram curados. Depois disso, Olodumar no deixou mais que Oxumar retornasse a Terra. Desde esse dia, no cu que ele mora e s tem permisso para visitar a Terra a cada trs anos. durante estes anos que as pessoas tornam-se ricas e prsperas." Oxumare o arqutipo das pessoas que desejam ser ricas; das pessoas pacientes e perseverantes nos seus empreendimentos e que no medem sacrficios para atingir seus objetivos. Suas tendncias duplicidade podem ser atribudas natureza andrgina de seu deus. Com o sucesso tornam-se facilmente orgulhosas e pomposas e gostam de demonstrar sua grandeza recente. No deixam de possuir certa generosidade e nao se negam a estender a mo em socorro queles que dela necessitam.
ESSABAS DE OXUMAR: Folha de caf Mutamba Afer Oriri (alfavaquinha de cobra) Rama de leite Ob Jibia Golfo redondo do monam Exibat Folha de Irko Irko Jarrinha Jacomij Parietria, brotozinho Monan Folha de neve branca, cana-de-brejo Timim Taioba Bala Mariazinha Pecul Caj Jamin Papinho-de-peru Tolu-tolu Pente de smar Aber-ej
SMR
PENTE DE OXUMAR; MARIAZINHA; LNGUA DE VACA; INGAZEIRO; MAR; GRAVIOLA; CAVALINHA; BATATA DOCE; ALTIA; ALCAPARREIRA; ANGELIC; CANA DO BREJO; COQUEIRO DE VENUS; ERVA DE PASSARINHO; MUTAMBA; PARIETRIA; RAMA DE LEITE; TAIOBA BRANCA; FOLHA DE CAF; ORIRI; JIBOIA; DORMIDEIRA
LENDA DE OXUMAR (BESSM): Oxumar era jovem e dotado de muita inteligncia. Um certo dia Olokun, Senhor dos Oceanos, a procurou para saber onde poderia encontrar pedras preciosas. Oxumar pensou por alguns minutos, e disse Olokun que se ele quisesse descobrir o local teria que lhe dar antes seis mil bzios. Olokun deu-lhe os bzios e, logo em seguida, Oxumar apontou para o mar, dizendo que antes de chegar ao fundo ele encontraria tais pedras preciosas. Olokun deslumbrado com as pedras, alm dos seis mil bzios, deu a Oxumar a capacidade de se transformar em serpente e poder chegar ao cu com sua cabea, com o rabo permanecendo na terra. Oxumar com tal poder, esticou-se toda e foi ao cu consultar Olorum, levando consigo seis mil bzios. Oxumar chegando ao cu, reverenciou Olorum e pediu que lhe desse a capacidade de dobrar tudo aquilo que possua. Olorum aceitando seu pedido, dobrou os seis mil bzios em doze mil. Retornando a Terra Oxumar passou a atender todos os Orixs, pois detinha o poder de multiplicar as coisas,logo em seguida, transformou-se em conselheiro inseparvel de Xang.
LENDAS DE OXUNMARE Oxunmare, filho de Nanan e Orixal, recebeu de Olorun uma misso muito especial e importante para dar continuidade ao processo de criao e renovao da natureza. Sua tarefa consistia em carregar, dentro de suas cabaas, toda gua da Terra de volta para o cu. Era uma tarefa rdua e interminvel, pois, nem bem ele enchia as nuvens, a gua j comeava a escorrer, molhando tudo novamente. Ele no tinha tempo a perder, mas, numa dessas viagens, parou para olhar a Terra e viu um imenso lugar, onde tudo era extrado da lama. Estava faltando alguma coisa para dar mais alegria ao lugar. O prprio Oxunmare j tinha colocado em movimento todos os seres criados, como Olorun havia ordenado, mas ainda no bastava, tudo parecia muito igual e sem vibrao. Ele resolveu, ento, pedir a Deus que o ajudasse a encontrar uma maneira de trazer mais felicidade para a Terra, e Olorun concedeu a ele a realizao desse desejo. Quando estava carregando gua, sem querer, deixou cair algumas gotas pelo caminho. De repente, formou-se um arco colorido, de uma beleza incrvel. Aquele arco mostrava as cores do universo, e, atravs dele e de suas infinitas combinaes, Oxunmare poderia colorir toda a Terra com diversos matizes, tornando-a mais alegre e vibrante. A partir de ento, formou-se uma aliana entre Deus (Olorun) e os seres criados, que sempre poderia ser vista quando as guas do cu encontrassem a luz do sol.
O arco-ris tornou-se, tambm, smbolo desse Orix, que gosta de movimento e harmonia em todas as coisas.
XANG: a manifestao da justia, da fora e do poder. Sua representao se d atravs do trovo e do fogo. Este Orix o rei de Oy, regio da frica onde seu culto bastante acentuado. Olokun o encarregou de julgar os homens. Esta divindade no Aceita injustias. Por ser considerado Rei, dono de muitas riquezas, recorre-se freqentemente ele pedindo-se prosperidade. PA: comum, seguindo-se de adobale. SMBOLO: o machado de duas lminas, trs na mo tambm o xer, instrumento musical, usado somente pelos filhos desse Orix. COR: Marrom, vermelho e branco. METAL: Cobre. DIA: Quarta-feira. FILIAO: Oranmian e Yamase. SAUDAO: Kaw Kabicil, Ob nix Kaw!. ANIMAIS: Galo, bode, carneiro e cgado (jap).
QUALIDADES: Dad Air Igbonan Agod Air Adjolos Air Intil QUALIDADES DE XANG: 1. 2. 3. 4. 5. Dad Afonj Lub Ogodo Koso 6. Jakuta 7. Aganju 8. Baru 9. Oloroke 10. Air Intile 11. Air Igbonam 12. Air Mofe ou Adjaos Jakut Oba Koss
Xang, em seu avatar Ayr a fora representada pelo som do Trovo, e no avatar Aganju, a terra firme. um orix que representa o poder em todas as suas dimenses: da riqueza, da seduo, da justia, da fora fsica, da inteligncia. irmo de Ogum por parte de me e tambm de Oxssi, sendo um filho mais caseiro e prximo de Iemanj. Xang Aganju, a terra firme, apaixonou-se por sua me Iemanj, o mar, perseguindo-a por longo tempo at que ela, cansada, caiu e Aganju a possuiu. Deste incesto nasceram outros orixs, filhos de Iemanj e Aganju, entre eles os Ibejis.
Xang era extremamente mulherengo e competitivo, tendo roubado as mulheres favoritas de seus dois irmos, s quais seduziu com sua beleza, inteligncia e poder, pois ele reinou sobre todos sobre todas as terras e teve como esposas Oxum, a deusa do amor e da beleza, roubada de Oxssi, o deus das matas, e Ians, a sensual deusa dos ventos e tempestades, roubada de seu irmo Ogum, o deus da guerra. Ele manteve sempre trs esposas, sendo a terceira delas a poderosa Ob, guerreira forte, a nica a enfrentar Ogum numa luta fsica (perdendo, embora, a luta) e senhora dos segredos da cozinha, aos quais Xang no resistiu, embora Ob no fosse uma mulher bonita. Em suas lutas Xang conta sempre com a vidncia e magia da deusa dos rios, Oxum, com a coragem e impetuosidade de Ians e com a fora bruta de Ob. Xang mora num palcio nos cus, onde prepara as chuvas para sua me Iemanj Xang tem poderes secretos, e seu machado bipene o portador de sua justia. O barulho dos troves o machado de Xang caindo do cu para fazer justia. Cor: vermelho/branco. Nmero: 12 Dia da semana: quarta-feira Smbolo: Ox (machado de dois cortes) Comida: amal (quiabo modo). Saudao: Ka Kabiecil, Xang! XANG ("aquele que se destaca pela fora e revela seus segredos") Talvez estejamos diante do orix mais cultuado e respeitado no Brasil. Isso porque foi ele o primeiro deus iorubano, por assim dizer, que pisou em terras brasileiras. portanto, o principal tronco dos candombls do Brasil. No aspecto histrico xang teria sido o terceiro Alfin y, filho de Oranian e Torosi; no seu aspecto divino, permanece filho de Oranian, divinizado, porm tendo Yamase como me e trs divindades como esposas: Oi, Oxum e Ob.. Xang o rei das pedreiras, senhor dos raios e do trovo, pai da justia e o orix que gera o poder da poltica. Guerreiro, bravo e conquistador, Xang tambm conhecido como o orix mais vaidoso entre os deuses masculinos africanos. monarca por natureza e chamado pelo termo Ob, que significa rei. E o orix que reina em Oy, na Nigria, antiga capital poltica daquele pas. No dia-a-dia encontramos Xang nos fruns, delegacias, ministrios polticos, lideranas sindicais, associaes, movimentos polticos, nas campanhas e partidos polticos, enfim, em tudo que gera habilidade no trato das relaes humanas ou nos governos, de um modo geral. Xang a ideologia, a deciso, a vontade, a iniciativa. a rigidez, organizao, o trabalho, a discusso pela melhora, o progresso social e cultural, a voz do povo, o levante, a vontade de vencer. Tambm o sentido de realeza, a atitude imperial, monrquica. o esprito nobre das pessoas, o chamado "sangue azul", o poder de liderana. Para Xang, a justia est acima de tudo e, sem ela, nenhuma conquista vale a pena; o respeito pelo rei mais importante que o medo. Este, que apesar de grande guerreiro, justo e conquistador, detesta doenas, a morte e aquilo que j morreu. Xang avesso a eguns (espritos desencarnados). Admite-se at que ele uma espcie de im de eguns, da sua averso a eles. Xang costuma entregar a cabea de seus filhos a Obaluai e Omulu sete meses antes da morte destes, tal o grau de averso que tem por doenas e coisas mortas. XANGO Deus do trovo, irmo mais novo de Xang Ajak, foi o quarto Alafin de Oy. Viveu em 1450 antes de cristo com o nome de Olofiran. Foi o maior conqistador e possuia o poder de provocar raios e relmpagos. Foi marido de sua prima Oya. Enforcou-se na colina de Kosso em Oy, onde hoje existe o palcio real de Alafin; reinou por 14 anos. Foi o mais poderoso e mais forte de tdos Alafins. Para os africanos le rene em sua figura mstica trs importantes divindades, que so: JACUT aquele que atira pedras, a encarnao dos raios e troves. a prpria ira de Olorun( Deus criador). ORANF
o justiceiro, reto e impiedoso, que mora na cidade de If TAP muito conhecido por seu temperamento imperioso e virl. No perdoa os erros de seus filhos. Xang usa um machado de duas lminas, chamado Ox, dado por Ogun e na mo o Xre, que feito de umacabaa alongada com pequenos gros de areia dentro, que ao ser agitada produz um rudo semelhante ao da chuva. Os Edun Ar (pedras de raio ) so colocadas numa gamela redonda, em cima do Od (pilo de duas bocas), em seus altares sagrados. Usa tambm uma bolsa de couro, ornada com bzios, que usa a tiracolo, guardando ali suas pedras de fogo, num total de 12, representando seus 12 ministros, que lana na terra durante as tempestades e contra seus inimigos nas batalhas. Usa ainda uma cora ornada de bzios. Xang como todos os reis e chefes de estado, traz consigo os seus conselheiros, os homens que o ajudam a governar e que recebem uma designa: os do lado direito: Otn Ob e do lado esquerdo: Oci Ob. Os Obs da direita no seguram o Xere, porm tem direito a voz e voto, os da esquerda seguram o Xere s tem direito a voto.
OS SEIS OBS DA DIREITA SO Ob Ob Ob Ob Ob Ob Abi Odun Yir Arolu Tel Otopi Kankuf
Aps o desaparecimento de Xango, seus sacerdotes reuniram-se com a finalidade de perpertuarem a memria de seu rei e, num culto secreto e religioso, criaram o culto dos Obs de Xango. Ele o Deus da justia, das pedreiras e do trovo QUALIDADES AGANJ Quer dizer terra firme. Tem perna de pau e casado com Yemanj. o filho mais novo de Orannian e o preferido, herdou sua fortuna. o mais cruel aqule que leva o corao do inimigo na ponta da lana. o Xango amaldioado que matou e comeu ra me. BAR Pega tempo e come com Ex. Dependendo da poca este Orix ora bar ora Yroko. Tem caminhos com Oy Top. No come quiabo nem amal, come amendoim cozido e pad. Na Africa ele chamado de maluco, pois, durante seu reinado fez muita besteira, motivo pelo qual os africanos no o raspam nem assentam. No fazia prisioneiros, matava a todos.
Veste-se de marrom e branco e suas contas so iguais a roupa. Toca se para Ex e Xango. Bar era muito destemido, mas quando comia quiabo, que ele comia gostava muito, dormia o tempo todo e por isso perdeu muitas contendas, pois quando acordava seus adversrios j tinham voltado da guerra. Ele ficava indiguinado. Ento resolveu consultar um Olu que lhe disse: Se assim deixe de comer quiabo. Bar perguntou: me diz o que comerei no lugar do quiabo...S folhas...S folhas? perguntou bar -Sim! respondeu o Olu. Tem duas qualidades, uma se cha oi e a outra xan, so boas e gostosas como o quiabo. E Bar falou: -A partir de hoje, eu no comerei mas quiabo. BAD o mai jovem Vodun da famlia do raio (cujo chefe Keviosso ), corresponde a Xango jovem dos nag. irmo de Loko. Usa roupa azul com faixa atada atrs. No fuma, no bebe, no fala. Um de seus animais prediletos o chicharro. OBAKOSSO Perdeu os poderes mgicos de transport-se da terra para o cu, enforcando-se num p de obi. Tem fundamentos com Ex, Eguse Oy, devido a sua morte. AGOD Muito ruim, brutal, inclinado a dar ordens e ser obedecido, foi le que raptou Ob. Come com Yemonj. AFONJ o dono do talism mgico dado por Oy a mando de Obatal. aquele que fulmina seus inimigos com o raio. Come com Yemonj, sua me. ALAFIN o dono do palcio real,o governante de Oy.Vem numa parte de Oxal e caminha com Oxaguian. OB OLUB muito orgulhoso,intratvel e muito bruto. Come com OY. OLO ROQUE Seria o pai de Oxun Opar. Tem fundamento com Oxossi. Veste vermelho e branco ou marrom e branco. ALUFAN idntico a um Air. Confundem-se ele com Oxalufan. Veste branco e suas ferramentas so prateadas. SUAS FOLHAS Bico de papagaio, chocalho de Xang, erva de So Joo, inhame Acar, malva cheirosa, panacia, para-raio, quiabeiro, tamarindeira, urucum, xiquexique etc. "Xang viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladres e os malfeitores. Por esse motivo, a morte pelo raio considerada infamante. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio uma casa marcada pela clera de xang". Afonj, Ogod, Aganj, Ayr, Lub, Ibar ARQUTIPO
O arqutipo de Xango aquele das pessoas voluntariosas e enrgicas, altivas e concientes de sua importncia real ou suposta. Das pessoas que podem ser grandes senhores, corteses, mas que no toleram a menor contradio, e, nesses casos, deixam-se possuir por crises de clera, violentas e incontrolveis. Das pessoas sensveis ao charme do sexo oposto e que se conduzem com tato e encanto no decurso das reunies sociais, mas que podem perder o controle e ultrapassar os limites da decncia. Enfim, o arqutipo de Xango aquele das pessoas que possuem um elevado sentido da sua prpria dignidade e das suas obrigaes, o que as leva a se comportarem com um misto de severidade e benevolncia, segundo o humor do momento, mas sabendo guardar, geralmente, um profundo e constante sentimento de justia.
ESSABAS DE XAN: Osigbat Jarrinha Jacomij Eucalipto Folha de mitamba Bamba Folha da costa Odun-dun Folha de capito Alap Folha da fortuna Folha de akoko Camboat Hortel (grosso) Manjerona Musgo de pedreira Erva de So Joo (mestrato) Bredo sem espinho Tet Alfavaquinha - Orim-rim Folha de loko Irko Folha de caruru Oic Chocalho de xang Xre-ob Bicheiro Ox-ob Parietria Monam Mutamba Afer Rama de leite Ob Bico-de-papaguaio Odid Beti-cheiroso (macho e fmea) Obay
SNG
XIQUEXIQUE; TAMARINDEIRO; SUSPIRO ROXO; ROMANZEIRO; QUIABEIRO; PESSEGUEIRO; PAU PEREIRA; PANACEIA; NOZ MOSCADA; MUSGO DA PEDREIRA; MORANGUEIRO; MALVA CHEIROSA; LEITEIRA; JAQUEIRA; INHAME ACAR; GAMELEIRA BRANCA; FEDEGOSO; ERVA DE SO JOO; ERITRINA; CRISTA DE GALO; CHOCALHO DE CHANGO; CASTANHA DO PAR; CAMPAR VERMELHO; BICO DE PAPAGAIO; BEIJO VERMELHO; AZEDINHA; AROEIRA BRANCA; ALUM; GUA DE LEVANTE; ALFAVACA ROXA; ANGELIC; AROEIRA ROXA; BETE CHEIROSO; BREDO SEM ESPINHO; CANSAO; CAPEBA; CAVALINHA; ERVA GROSSA; ERVA PRATA; ERVA TOSTO; FOLHA DA COSTA; FOLHA DE BICHO; FOLHA DA FORTUNA; FOLHA DE FOGO; MANJERICO; MELO DE SO CAETANO; MULUNGU; MUTAMBA; NEGA MINA; PARA-RAIO; PARIETRIA; TAQUARAU; TAIOBA BRANCA; UMBABA; URUCUN; VENCE DEMANDA; JARRINHA; CAMBOATA; HORTEL GROSSO; MANJERONA; MUSMO DE PEDREIRA; ERVA SO JOO; KITOKO
XANGO
pedreiras, fendas
Rabada em pedaos com quiabos e carne de peito. Ajeb (quiabos em rodelas batidos na mo, com mel). Angu (Fub).
Mencionaremos aqui as ervas mais conhecidas no Quebra pedra, Pra-Raio, Manjerico Roxo, Alevante, Chapu de Couro, Rio de Janeiro: Saio.
Os Orixs normalmente trazem em seus filhos suas caractersticas fsicas e de carter. Assim podemos dizer que os filhos de:
So pessoas com tendncia obesidade, bons vivants, s vezes com tendncia libertinagem, reservadas.
O cobre.
30 de setembro
LENDA DE XANG Xang, quando viveu aqui na Terra, era um grande Ob (rei), muito temido e respeitado. Gostava de exibir sua bela figura, pois era um homem muito vaidoso. Conquistou, ao longo de sua vida, muitas esposas, que disputavam um lugar em seu corao. Alm disso, adorava mostrar seus poderes de feiticeiro, sempre experimentando sua fora. Em certa ocasio, Xang estava no alto de uma montanha, testando seus poderes. Em altos brados, evocava os raios, desafiando essas foras poderosas. Sua voz era o prprio trovo, provocando um barulho ensurdecedor. Ningum conseguia entender o que Xang pretendia com essa atitude, ficando ali por muito tempo, impaciente por no obter resposta. De repente, o cu se iluminou e os raios comearam a aparecer. As pessoas ficaram impressionadas com a beleza daquele fenmeno, mas, ao mesmo tempo, estavam apavoradas, pois nunca tinham visto nada parecido. Xang, orgulhoso de seu extremo poder, ficou extasiado com o acontecimento. No parava de proferir palavras de ordem, querendo que o espetculo continuasse. Era realmente algo impressionante! Foi, ento, que, do alto de sua vaidade, viu a situao fugir ao seu controle. Tentou voltar atrs, implorando aos cus que os raios, que cortavam a Terra como poderosas lanas, desaparecessem. Mas era impossvel - a natureza havia sido desafiada, desencadeando foras incontrolveis! Xang correu para sua aldeia, assustado com a destruio que provocara. Quando chegou perto do palcio, viu o erro que cometera. A destruio era total e, para piorar a situao, todos os seus descendentes haviam morrido. Ao ver que o rei estava muito perturbado, seu prprio povo tentou consol-lo com a promessa de reconstruir a cidade, fazendo tudo voltar ao que era antes. Xang, sem dar ouvidos a ningum, foi embora da cidade. Ele no suportou tanta dor e injustia, retirando-se para um lugar afastado, para acabar com sua vida. O rei enforcou-se numa gameleira. Oy, quando soube da morte de seu marido, chorou copiosamente, formando o rio Niger. Ela, que tinha conhecimento do reino dos eguns, foi at l para trazer seu companheiro da morte, que veio envolto em panos brancos e com o rosto coberto por uma mscara de madeira, pois no podia ser reconhecido por Ik, o Senhor da Morte. Xang ressurge dos mortos, tornando-se um ser encantado. E foi assim que surgiu uma nova forma, ou qualidade, desse orix, a qual chamamos Air. Essa variao da essncia de Xang adotou, alm do vermelho, a cor branca. Outra lenda nos d conta que Xang, com sua irresistvel aparncia, atraa muitas mulheres. Era muito vistoso, com seus cabelos tranados e os enfeites de cobre em seu corpo. Possua muitas esposas, como Ob e Oxun. Oxun era a mais bela esposa de Xang, muito mais vaidosa do que ele, dispensando grande parte de seu tempo para enfeitar-se e, assim, poder agradar seu amado. Xang apreciava muito sua companhia e o esforo que fazia para faz-lo feliz. Ob no tinha o mesmo tratamento, por isso, sentia-se rejeitada. Ela era muito possessiva em seus relacionamentos e no suportava mais essa situao. Oxun havia percebido que Ob a invejava e queria roubar-lhe o companheiro. Muito faceira e com ares de superioridade, comeou a contar vantagens para a rival, que fingia no se importar. Dizia que Xang adorava um certo quitute preparado com um ingrediente muito especial: um pedao de orelha.
Ob acreditou nela, pois, naquele momento, Oxun estava com um toro amarrado na cabea. Embora parecesse estranho, devia ser tudo verdade, pois Xang estava enfeitiado por Oxun. Juntando muita coragem e determinao, Ob cortou fora sua orelha para preparar o tal prato. Xang chegou bem na hora e viu o sangue que escorria da cabea de Ob. Preocupado, quis saber o que havia acontecido com ela. Quando soube do acontecido, ficou enfurecido com Ob, por pensar em oferecer-lhe uma comida to esquisita! Percebendo a mentira de Oxun, saiu furiosa sua procura para ajustarem contas. Xang separou as duas rivais, que se transformaram em rios. Ob foi embora desse reinado e nunca mais voltou.
NAN: Aqui mostra-se um outro lado de Nan, que muitas vezes esquecido. Todos a conhecem como a senhora dos lagos, pntanos e da lama, deixando assim, de falar da sua participao na purificao astral. considerada uma das Deusas mais antigas, por isso, responsvel pela ordenao do Aiy e do Orum. PERSONALIODADE: Dignidade, agem impensadamente, bravas, gentis, quando a situao lhes favorece, ranzinzas, gostam de criana, exibicionistas, dengosas, educa os filhos com dengo,agem com segurana e majestade, so sbias, so lentas no cumprimento do seu dever e vivem sempre rodeadas de pessoas. FILIAO: A prpria criao. PA: 7 batidas de palmas lentas, na frente da esquerda para a direita, e as trs de reverncia, seguindo-se o adobale. SAUDAO: Saluba Nan-Buruqu!. DIA: Sbado e Domingo Nan a lama primordial, o barro, a argila da qual sao feitos os homens. Dela saem seres perfeitos e imperfeitos, modelados por Oxal e cuja cabea preparada pelo sensvel Ajal. Dizem os mitos que antes de criar o homem do barro, Oxal tentou cri-lo de ar, de fogo, de gua, pedra e madeira, mas em todos os casos havia dificuldades. O homem de ar esvanecia; no adquiria forma. O de fogo, consumia-se, o de pedra era inflexvel e assim por diante. Foi ento que Nan se ofereceu a Oxal, para que com ela criasse os homens, impondo, contudo, a condio de que quando estes morressem fossem devolvidos a ela. Sendo o barro, Nana est sempre no principio de tudo, relacionada ao aspecto da formao das questes humanas , de um indivduo e sua essncia. Ela relacionada tambm , freqentemente, aos abismos, tomando ento o carter do inconsciente, dos atavismos humanos. Nan tanto pode trazer riquezas como misria. Est relacionada, ainda, ao uso das cermicas, momento em que o homem comea a desenvolver cultura. Seja como for, Nan o princpio do ser humano fsico. E assim considerada a mais velha das iabs (orixs femininos). Dizem os mitos que nunca foi bonita. Sempre ranzinza, instvel, sua aparncia afastava os homens, que dela tinham medo. Nan, teve dois filhos com Oxal: Obaluai e Oxumar (a terra e o arco-ris) e uma filha, Ew, que teria nascido de uma relao entre Nan e Oxssi, ou ainda, entre Nan e Orunmil, conforme o mito. Como j vimos nos mitos de Obaluai e Oxumar, ela os gerou defeituosos, por ter quebrado uma interdio e mantido relaes sexuais com Oxal, marido de Iemanj. Abandonou a ambos, que foram criados por outros orixs, e acabou sozinha quando Ew, para fugir de um casamento que sua me lhe impingia, fugiu de casa para morar no horizonte entre o cu e o mar. Alguns mitos dizem que ela tambm a me de Ians, os ventos, e que foi expulsa de casa para no matar sua me, a lama, ressecando-a. Nan sempre esteve em demanda com Ogum, que amava muito sua me Iemanj, tomando partido desta na disputa que se estabeleceu entre elas pelo amor de Oxal.
Ogum muitas vezes tentou se apoderar dos territrios lamacentos de Nan sem, no entanto, conseguir. Como diverso, Ogum gostava de provocar a orix, que exigia de Oxal que este fosse castigado, sem nunca ter conseguido, pois Ogum tinha fama de justo. Tantas vezes Ogum irritou Nan que ela no recebe nenhuma oferenda feita ou cortada com objetos de metal e mesmo o sacrifcio de animais feito em sua homenagem deve ser feito com faca de madeira ou coberta por um pano. Cor : roxo ou lils Nmero: 15 Comida: mostarda Smbolo: ibiri (conhecido como " vassoura de Nan, um instrumento de palha com elementos mgicos dentro, semelhante ao usado por Obaluai, com a qual Nana varre a terra) Dia da semana: segunda-feira Saudao: Saluba! NAN (originalmente Nn / Nana / Nan) Nan, chamada tambm Nan Burucu, Nan Buruqu, de origem Jeje, da regio de Dassa Zum e Sav, no Daom, hoje conhecida como Repblica de Benin. A mais temida de todos os orixs, a mais respeitada, a mais velha, poderosa e sria. Est associada maternidade. Teria o poder de dar a vida e forma aos seres humanos, por isso tambm considerada orix da fecundao e dos primrdios da criao. Ela a deusa dos pntanos, da morte (associada terra, para onde somos levados), transcendncia. Entre o mundo dos vivos e dos mortos, existe um portal. a passagem, a fronteira entre a vida e a morte. Sua regente: Nan. Senhora e geradora da morte (Iku). Seus cnticos so splicas para que leve Iku para longe, para que a vida seja mantida. a fora da natureza que o homem mais teme. Ela senhora da passagem desta vida para outras, comandando o portal mgico, a passagem das dimenses. Nan est presente nos lamaais, pois nasceu do contato da gua com a terra, formando a lama, dando origem a sua prpria vida. Na frica, chamada de Ini, e seus assentamentos so salpicados de vermelho. Ela a chuva, a garoa, a tempestade. O banho de chuva uma lavagem do corpo no seu elemento; uma limpeza de grande fora, uma homenagem a este grande orix. Nan a me de Obaluai. Tratou sempre de si e de seu filho de forma nobre, nunca se metendo ou preocupando com o que as outras pessoas faziam da prpria vida. Ogum travou batalha com Nan pelo direito de passar por suas terras. Por ser um forte e valente guerreiro, no admitia em pedir licena a uma "velha" para entrar em seus domnios. Diante dos perigos do pntano e da ira de Nan, foi obrigado a bater em retirada tendo que achar outro caminho, longe das terras de Nan. Esta, por sua vez, aboliu o uso de metais em suas terras. E at hoje, nada pode ser feito com lmina de metal para ela NAN BURUQU Nan a deusa da morte e seu culto no popular no Brasil. Ainda hoje h temor, por parte de alguns sacerdotes, de iniciarem os Omo Nan. Preferem iniciar seus filhos nos cultos de Omul/Obalua e assentar Nan, porm, a rigor, no se inicia homens no culto de nan, por ser o rgo genital masculino o maior Ex de nana. Nan acompanha seus mortos at a desintegrao total e est sempre acompanhada de Egun, assemelhando-se, neste caso a Oya. Nan a mais velha das Iyagba, considerada vov dos orix. No se usa faca de metal para Nan. Segundo a lenda me de Somponnon, Oxumar, Obalua e Omolu. um orix bastante complexo. representa a memria transcendental do ser humano e o acervo das reaes pr-histricas de nossos antepassados. uma divindade das guas paradas e dos pntanos. Responsvel pela matria-prima (barro) que deu forma ao primeiro homem, participando, assim, da criao do mundo e dos seres. Nan rege fisicamente o estmago, os intestinos, a memria e os ps. Temida por todos que conhecem os seus hbitos e costumes, este orix o representante da continuidade da exigncia humana e, portanto, da morte. Por isso se diz: QUALIDADES BURUKU: A mais velha, verdadeira Deusa da Morta. Veste-se de branco, roxo ou lils. TINELOKUN: Mais nova, tem culto, quase extinto. IGBA: Seu assento numa cabaa. IGBAIYN: A Dona da Terra. INANDIL: Associada a Oxumar. KITI: Fundamento com Oxumar. INSELE: Culto extinto. MAAPAN:
IYAMIBASUN: Culto extinto. COR: Branco/azul marinho, lils ou roxo COMIDA: Aberem (milho torrado e pilado do qual feito um fub com acar ou mel), mugunz DIA DA SEMANA: Sbado DATA: 26 de julho FOLHAS: Bredo sem espinho Oxibata Erva passarinho E as demais folhas usadas no Culto aos Orix Sl b Nana Burku! Divindade que separa os espritos Trevosos da morte! ILEK: Principal Braj (1 bzio pra fora outro pra dentro) METAL: Bronze, estanho, ferro PARTES DO CORPO: Protege a barriga, o tero, a parte genital feminina, protege as mulheres gestantes SMBOLOS: Ebiri ou ibiri TOQUE: Oponij mais lento SAUDAO: Salugba Nan
ESSABAS: riri Folha da costa Odun-dun Capeba - J Cana-do-brejo Manjerico Rama de leite - Ob Folha de mostarda Guaran Papoula roxa Bredo sem espinho Tet RAMA DE LEITE; NN; SAMAMBAIA; QUARESMA; MARIA PRETA; MANAC; MACA; FOLHA DA COSTA; CEDRINHO; BROTO DE BEIJO; ALFAVACA ROXA; ANGELIM; ASSA-PEIXE; AVENCA; BREDO SEM ESPINHO; CANA DO BREJO; CAPEBA; CIPRESTE; CRIZANTEMO; ERVA DE PASSARINHO; FOLHA DA FORTUNA; JARRINHA; LNGUA DE GALINHA; ME BOA; MELO DE SO CAETANO; MUTAMBA; RAMA DE LEITE; TAIOBA BRANCA; TRAVESCNIA ( BROTO DE FEIJO PRETO ) Alfavaquinha Orim-rim Golfo redondo de manam Exibat Jarrinha Jacomij Erva de passarinho Afoman Folha de neve branca, cana-do-brejo Timim Parioba Pecul Taioba Bala Caj Jamin Mutamba Afer
NN
NAN Locais de maior vibrao dos orixs As cores e flores que so regidas pelos orixs: charcos, lamaal de chuvas
As bebidas que Champanhe branca so regidas pelos orixs: Frutos e Frutas Melo Algumas das comidas mais comuns oferecidas aos Orixs: Mencionaremos aqui as ervas mais conhecidas no Rio de Janeiro: Os Orixs normalmente trazem em seus filhos suas caractersticas fsicas e de carter. Assim podemos dizer que os filhos de: Os Orixs tm suas preferncias tambm quanto aos metais. Calendrio Festivo da Umbanda
So pessoas de esprito velho, resmungonas e fechadas, falam pouco, um tanto quanto melanclicas e vingativas.
O ouro. 26 de julho.
LENDA DE NAN: Ogum, impetuoso desbravador de caminhos, fora viajar em busca de conquistas e novas terras e ultrapassando a floresta viu um pntano. Ogum sabia que uma senhora morava l e achou que seria fcil conquistar tal lugar, julgando que poderia tomar as terras de uma velha. Ogum comeou a atravessar o pntano, e logo apareceu Nan com sua vassoura e disse a Ogum que pedisse licena para passar, pois ali tinha dono. Ogum respondeu com mal-criao Nan: Ogum no pede licena, toma! Ogum exige!. Nan se irritou, comeou ordena-lo e Ogum tentou acerta-la com sua lana, porm, Nan invocou ao pntano e a lama que sugasse Ogum. Este comeou a ser puxado pelo pntano, teve que lutar muito para sobreviver e Nan, enquanto isso, assistia com grande serenidade. Ogum consegue se libertar, e Nan o adverte:
No cobice as coisas dos outros. Nunca mais entre sem pedir licena, aqui voc no passa mais!.
LENDA DE NAN: Olorun enviou Nanan e Oxal para viverem na Terra e criarem a humanidade. Os dois foram dotados de grandes poderes para desempenharem essa tarefa, mas somente Nanan tinha o domnio do reinado dos eguns, e guardava esses segredos, bem como o da gerao da vida, em sua cabaa. Oxal no se conformava com esta situao, queria poder compartilhar desses segredos. Tentava agradar sua companheira com oferendas para convenc-la a revelar seu conhecimento. Nanan, sentindo-se feliz com as atitudes de Oxal, decide mostrar-lhe egun, mas apenas ela era reconhecida nesse reinado. Certa vez, enquanto Nanan trabalhava com a lama, Oxal, disfarando-se com as roupas dela, foi visitar egun, sem lhe pedir autorizao. Quando Nanan, sentiu a falta de Oxal e de sua prpria vestimenta, teve certeza de que ele havia invadido o seu reinado, atraioando-a gravemente. Enfurecida com a descoberta, resolveu fechar a passagem do mundo proibido, deixando Oxal preso. Enquanto isso, Oxal caminhava no reinado de Nanan, tentando descobrir seus mistrios, mas apenas ela conseguia comunicar-se com os eguns. Egun, sempre envolto em seus panos coloridos, no tinha rosto, nem voz. Oxal, usando um pedao de carvo, criou um rosto para ele, como j havia feito com os seres humanos, e, com seu sopro divino, abriu-lhe a fala. Assim, ele conseguiu desvendar os segredos que tanto queria, mas, quando se deu conta, viu que no conseguia achar a sada. Nanan no sabia o que fazer, por isso fechou a passagem para mant-lo preso at encontrar uma forma de castig-lo. Contou a Olorun sobre a traio de Oxal, que no aprovou a atitude de ambos. Nanan errou ao revelar a Oxal os segredos que o prprio Olorun lhe confiara. Para castigla, tomou o seu reinado e o entregou a Oxal, pois ele desempenhara melhor a tarefa de zelar pelo eguns. Oxal tambm foi castigado, pois invadiu o domnio de um outro orix. Daquele dia em diante, Oxal seria obrigado a usar as roupas brancas de Nanan, cobrindo o seu rosto com um choro, que somente as iyabs usam.
OBALUA (REI DONO DA TERRA) OMUL (FILHO DO SENHOR) Distinguiu-se aqui Obalua e Omul, da seguinte forma: Obalua representa a fora jovem, o incio da vida; Omul representa a fora velha, ou seja, cansada pela vida. O verdadeiro nome de Obalua ou Omul Xapon ou Sakpat, mas dentro do culto no se pronuncia tal nome, pois provoca a ira do Orix. Deus da varola e das doenas contagiosas, este Orix pune seus filhos sem piedade. Todos os anos realizado o Olubaj, no qual o Orix presencia a cerimnia danando, enquanto os filhos comem suas oferendas. PERSONALIDADE: Masoquistas, vivem em movimento quando esto tranqilos ou tristes, inteligentes, ajudam queles que vo ao seu encontro, rancorosos e temperamentais. METAL: Ferro ou chumbo DIA: Segunda-feira COR: Todas ANIMAIS: Porco, galo e bode.
PA: 5 batidas de palma acima, 5 abaixo e as 3 de reverncia, seguindo-se o adobale. FILIAO: Oxal e Nan. SAUDAO: Atoto (para Obalua) e Ajuberu (para Omul). OBS: Omul traz vestimentas especiais, como o corpo coberto de palha e roupas estampadas. Traz na mo direita um objeto denominado xaxar. Obaluai ou Omolu (os nomes se referem a fases mticas, onde o mesmo deus seria mais jovem ou mais velho), o energia que rege as pestes como a varola, sarampo, catapora e outras doenas de pele. Ele representa o ponto de contato do homem (fsico) com o mundo (a terra). A interface pele/ar. A aparncia das coisas estranhas e a relao com elas. Ele tambm rege as doenas transmissveis em geral. No aspecto positivo, ele rege a cura, atravs da morte e do renascimento. Diz o mito que Obaluia filho de Nana (a lama primordial de que foram feitas as cabeas - orishumanas) e Oxal, tendo nascido cheio de feridas e marcas pelo corpo como sinal do erro cometido por ambos, j que Nana seduziu Oxal mesmo sabendo que lhe era interditado por ser ele o marido de Iemanj. Ao ver o filho feio e malformado, coberto de varola, Nan o abandonou beira do mar, para que a mar cheia o levasse. Iemanj o encontrou quase morto e muito mordido pelos peixes, e tendo ficado com muita pena, cuidou dele at que ficasse curado. No entanto Obaluai ficou marcado por cicatrizes em todo o corpo, e eram to feias que o obrigavam a cobrir-se inteiramente com palhas. No se via de Obaluai seno suas pernas e braos, onde no fora to atingido. Aprendeu com Iemanj e Oxal como curar estas graves doenas. Assim cresceu Obaluai, sempre coberto por palhas, escondendo-se das pessoas, taciturno e compenetrado, sempre srio e at mal-humorado. Um dia, caminhando pelo mundo, sentiu fome e pediu s pessoas de uma aldeia por onde passava que lhe dessem comida e gua. Mas as pessoas, assustadas com o homem coberto desde a cabea com palhas, expulsaram-no da aldeia e no lhe deram nada. Obaluai, triste e angustiado saiu do povoado e continuou pelos arredores, observando as pessoas. Durante este tempo os dias esquentaram, o sol queimou as plantaes, as mulheres ficaram estreis, as crianas cheias de varola, os homens doentes. Acreditando que o desconhecido coberto de palha amaldioara o lugar, imploraram seu perdo e pediram que ele novamente pisasse na terra seca. Ainda com fome e sede, Obaluai atendeu ao pedido dos moradores do lugar e novamente entrou na aldeia, fazendo com que todo o mal acabasse. Ento homens o alimentaram e lhe deram de beber, rendendo-lhe muitas homenagens. Foi quando Obaluai disse que jamais negassem alimento e gua a quem quer fosse, tivesse a aparncia que tivesse. E seguiu seu caminho. Chegando sua terra, encontrou uma imensa festa dos orixs. Como no se sentia bem entrando numa festa coberto de palhas, ficou observando pelas frestas da casa. Neste momento Ians, a deusa dos ventos, o viu nesta situao e, com seus ventos levantou as palhas, deixando que todos vissem um belo homem, j sem nenhuma marca, forte, cheio de energia e virilidade E danou com ele pela noite adentro. A partir deste dia, Obaluai e Ians-Bal se uniram contra o poder da morte, das doenas e dos espritos dos mortos, evitando desgraas aconteam aos homens. Os iorubas acreditam que este mito nos mostra que o mal existe, que ele pode ser curado, mas principalmente que preciso ter conscincia do momento em que ele terminou, sabendo recomear aps um violento sofrimento. Obaluai rege tambm a fora da terra (herdado de sua filiao a Nan). A umidade dela (por suas adoo por Iemanj) e as doenas das plantaes. Numero: 13 Cor: preto, vermelho e branco Smbolo: xaxar (um tubo de palha tranada com sementes mgicas e segredos dentro) Dia da semana: segunda-feira Comida: pipoca Saudao: Atot! OBALUAI ( "rei", "senhor da terra") Deus originrio do Daom. Obaluai uma flexo dos termos Ob (rei) - Oluw (senhor) - Ayi (terra), "rei, senhor da terra". Omulu tambm uma flexo dos termos: Omo (filho) - Oluw (senhor) que quer dizer "filho e senhor". Obaluai, o mais moo, o guerreiro, caador, lutador. Omulu, o mais velho, o sbio, o feiticeiro, guardio. Porm, ambos tm a mesma regncia e influncia, significam a mesma coisa, tm a mesma ligao e so considerados a mesma fora da natureza.
Obaluai o sol, a quentura e o calor do astro rei, o senhor das pestes, das doenas contagiosas ou no. o rei da terra, do interior da terra, e o orix que cobre o rosto com o Fil (de palha da Costa), porque para os humanos proibido ver o seu rosto devido deformao feita pela doena, e pelo respeito que devemos a esse poderosssimo orix. Est no funcionamento do organismo, na dor que sentimos pelo mau funcionamento dos rgos, por um corte, queimadura ou traumatismo. A ele devemos a nossa sade. Trata do interior, mas cuida tambm da pele e de suas molstias. Divide com Oia-Ians a regncia dos cemitrios, pois o orix que vem como emissrio de Oxal (princpio ativo da morte), para buscar o esprito desencarnado. ele que vai mostrar o caminho, servir de guia para aquele esprito. Obaluai tambm o senhor da terra e das camadas do seu interior, para onde vamos todos ns. Da sua ligao com os mortos, pois ele quem vai cuidar do corpo sem vida. Tambm conhecido como Xapan. Obaluai est presente no nosso dia-a-dia, quando sentimos dores, agonia, aflio, ansiedade. Est presente quando sentimos coceira e comiches na pele. Rege tambm o suor, a transpirao e seus efeitos. Rege aquele que tem problemas mentais, perturbaes nervosas e todos os doentes. Est presente nos hospitais, casas de sade, ambulatrios, clnicas, sempre prximo aos leitos. Rege os mutilados, aleijados, enfermos. Ele proporciona a doena, mas principalmente a cura, a sade. o orix da misericrdia. Rege a m digesto, a congesto estomacal. Gera o cido rico e seus efeitos. Filho de Nan, que o abandonou por ser doente, foi criado por Iemanj. Orix fundamentalmente Jeje, mas louvado em todas as naes por sua importncia. Conta-se que, abandonado por Nan, foi cuidado por Iemanj que o alimentava com pipoca sem sal acrescida de mel para melhorar o gosto, e passava azeite de dend em suas feridas para aliviar a dor e coceira. OMOL- OBALUAIY OBA + OLU + AIYE = OBALUAIYE REI + SENHOR + MUNDO = REI E SENHOR DO MUNDO OMO + OLU = OMOLU FILHO + SENHOR = FILHO DO SENHOR Orixs consagrados na frica, onde h grandes endemias e epidemias. So Deuses da desintegrao, mostram as faces da existncia e a vida, dizendo que todos ns temos princpio, meio e fim, da a sua dana no OPANIJ mostrando o cu e a terra. Aqui, no Brasil, Omolu/Obaluae so velhos e decrpitos, contrapondo-se a concepo africana. Esses Orixs representam a transformao, esto ligados ao sol, ao acaso, a noite e o dia, ao princpio e o fim, ao movimento de rotao e translao da Terra e esto associados as endemias e epidemias. Tem como companheiros inseparveis Ogn e Ex devendo por isso ser cultuado em lugar destinado a Exu, fato este que explica tambm ser sua morada as encruzilhadas. As doenas como: desinteria constante, infeco estomacal, perda vertiginosa dos cabelos, vmitos, erisipela, pstulas, furnculos, escorbuto, inchaos, alguns problemas circulatrios, coceiras, sarampo, catapora, rubola, lepra, coqueluche e alergias em geral so associadas a Omulu/Obalua. Coberto dos ps a cabea, para esconder sua aparncia esqulida e ferida, Omulu inspira medo em quem o v. Uma espcie de varola e das doenas e epidemias. Fechando e circunspecto, vive curvado por dores e tremores de febre. Usa como arma o Xaxar, um cetro adornado em contas e bzios que serve como captador de energias negativas. Limpando almas e ambientes. Os raros filhos de Omulu so tensos, sbios e tristes. Costumam ser consultados para decises importantes e, no raro, vivem solitrios. Ocupam importantes cargos pblicos e burocrticos, mas sentem que o bom humor no seu forte. Omulu come pipoca, feijo preto, milho e farofa com dend, servido em folhas de mamona ou bananeira. Apesar de intimamente ligado morte, Omulu cura doenas, pois anda abarrotado de cabaas medicinais. O colar que o simboliza o ladgiba, cujas contas so feitas de sementes existentes dentro da fruta do Igi-Op ou Ogi-Op, palmeiras pretas. Usa tambm bradga, um colar longo de cauris. Obalua o patrono dos cauris e do conjunto de 16 bzios, que reina do instrumento ao sistema oracular: o brendilogun, que lhe pertence. Ele lidera e detm o poder dos espritos e dos ancestrais, os quais o seguem. Oculta sob o saiote o mistrio da morte e do renascimento (o mistrio do gnesis). Ele a prpria terra que recebe nossos corpos para que vire p. Obalua mede a riqueza com cntaros, mas o povo esqueceu-se de sua riqueza e s se lembra dele como o Orix da molstia. A SUA FESTA OLUBAJE Diz a lenda que no princpio do mundo houve uma grandiosa festa em que todos os Orixs se fizeram representar com toda a sua corte, tudo engalanado muita alegria e muita gente presente ao evento. O candombl prosseguia com muita empolgao e quando chegou dentro do XIRE a hora de louvar a grande Yaba Nana Buruque do meio do povo saiu um Orix, um Vodu que caminhava todo tortinho e
com dificuldade, entrou no barraco e com aquele jeito todo esquisito e foi danar para sua Me Nana, acontece que por ser alejado, deformado seus passos eram trpegos. Originando da por parte dos outros Orixs uma verdadeira Xoxao criando o ridculo para aquele Orix que acabara de chegar. Triste ele acabou de danar para sua me e magoado com aquela falta de respeito e ele, antes de se retirar passou a mo em todas as suas chagas, soprou para cima de todos eles a varola contagiante que deixou os Orixs naquele instante doentes e o candombl acabou, e uma verdadeira praga foi disseminada e em todo o mundo principalmente em cima de quem compartilhou daquelas ofensas. Os Orixs em desespero foram procurar YF o Deus da adivinhao para que os orientassem sobre o que fazer para acabar com aquela epidemia, Yf jogou o seu Opele Yf e respondeu a eles que eles tinham agravado seriamente XAPAN, aquele velhinho que tinha sido Xoxado naquele candombl, quando resolveu danar para sua Me Nana, e por isso eles estavam sendo seriamente castigados. E disse mais que eles deveriam fazer uma romaria casa de Xapan com todas as suas comidas votivas em suas cabeas e em crculo em volta de sua casa fossem depositando e entre cnticos e rezas, pedissem perdo a Xapan. Xang no levou Amal, porm como era o dono de todos os Cauris (bzios) deu-os de presente a Xapan tornando-o rico muito rico e assim ele pedira tambm perdo a Xapan. Os Orixs medida que iam arriando as comidas votivas cantavam OBUBAJE AJE- UMBO AYE AJEUMBO todos em fila e Xapan emocionado pegou suas flores o deburu e jogou em cima deles cantando a seguinte cantiga XAXAR BALEFUN AWO BALE BALE e na medida em que iam caindo as flores DOmolu em seus corpos as suas chagas e varolas iam sumindo ficando bons totalmente. Essa e a histria da festa linda Dobalua que traz em seu bojo o ensinamento de que no devemos debochar de ningum. Por uma questo de sincretismo, no Brasil esta obrigao normalmente realizada nos meses de agosto, ocasio que vemos nas ruas as Yaos com seus tabuleiros na cabea, visitando sete casas na chamada peregrinao at o dia do candombl em suas casas. QUALIDADES KET: JAGUN: Quando vem ao barraco, Oxagui quem o traz. AJAGUN: Essa qualidade trazida ao barraco pelo Oxaluf. AYERAN: Sai, no barraco, com uma seta na mo esquerda e o Xaxar na mo direita. INTOTO: Ligado a gameleira e aos antepassados, seu assentamento feito no barro. ALAPAFUMO: Encontra-se, seu culto, em extino, seu deburu feito na terra e depois amassado. ARAWE: S come galos brancos. AJASE: Associado a Ogn e Oya, guerreiro e usa dois xaxars. SAPEKO: Veste-se de vermelho palha da costa tinturada com osun ou urucum, calolo ornado em bzios. AJUNSUN: Associado a Oxumar e Orinsanl, s come orogbo e no cuscuzeiro tem 7 setas e 2 cobras amarradas ao okut. WARU-WARU: Velho. AFOMAN: Nem sempre reconhecido como qualidade. AKAVAN: Relacionados ao cemitrio culto em extino. JEJE: SAKPATA: Sa, no barraco, com o KUMON (haste feita de bambu, ornada com bzios, crnio humano, untado com cera de abelha e palha da costa). Tem dois assentamentos, um enterrado em frente a casa de Exu envolto em pano preto e vermelho, a cada 7 anos renovado. Come ao meio dia, em cu aberto, alm de quadrpedes, come tambm camaleo com crista. AWIMAJE: Quando sa no barraco, usa um Xaxar, como o desenho descreve: AZOANI: Duas cabacinhas e 41 bzios no assentamento. BOZORAN: Acompanha Nana e Oxumar. POSU (BOSUKO): Usa mscara leonina e garras de bambu. ANGOLA: KAFUNJENESU: KAFUNJE: KAFUNJIN: BURUGUNO: EKITATI: KAVIUNGO: KANJANJA: COR: preto (preto/branco), vermelho (marrom/vermelho), branco (vermelho caboclo). COMIDA: -dogburu (para Sakpat no dend). -Eko branco.
-Aca. -Obi funfun. -Aberen. -Abar. -Acaraj. -Farofa de ori. -Latip (folha de: mostrada, lngua de vaca, espinafre, caruru, bredo St Antonio, acrescentar: dend, camaro seco e cebola ralada). -Miolo de boi com camaro seco e cebola ralada. -Mocot. -Egbo. DIA DA SEMANA: Segunda-feira. DATA: 13 ou 16 de agosto. FRUTAS: abacaxi, fruta-de-conde, graviola, abacate, gengibre. FOLHAS: Dand da costa Canela de macaco Raiz de santa Folha de cambar Cordo de frade Vassourinha de relgio Saco-saco Mal-me-quer-bravo Alfavaquinha Folha de batata Crista de galo Folha de So Roque Carrapicho de boi Taioba Canela de velho Mil homens BEBIDAS: Alu, gua. ILEK: Lagidib (pode ser entremeado com terracota ou coral). METAL: Ferro/bronze. PARTE DO CORPO: A pele e os pulmes. SMBOLO: -Aso Iko (Aze). -Xaxar (talos do dendezeiro, contas, palha da costa e couro). -Oko (lanas com setas). -Bzios. -Xaworo. -Igba. SACERDOTE: ASEGBA: Senhor do Igba (cargo masculino) ASOGBA: Cargo no Ile Ax Opo Afonj. ASOGBANILE: Concertador de cabaas. APOTUN: Zelador de Omolu, somente nos terreiros de Omolu. APOGAN: idem. CARGOS: Qualquer um, menos os relacionados a Xang. TOQUE: Opanij (mata-come) PRINCIPAL CERIMNIA: OLUBAJ: Comidas na folha de mamona ou couve KOLEODO: Folhas de trepadeira maceradas, no pilo, com epo pipa, so passadas no corpo da pessoa ao meio dia. SAUDAO: A TO TO A TO TO (pedido de silncio)
Xapan nasceu em Emp, no territrio Tap, tambm chamado, Nup. Era um guerreiro terrvel que, seguido de suas tropas, percorria o cu e os quatro cantos do mundo. Ele massacrava sem piedade aqueles que se opunham sua passagem. Seus inimigos saam dos combates mutilados ou morriam de peste. Assim, chegou Xapan em territrio Mah, no Daom. A terra dos Mahis abrangia as cidades de Saval e Dassa Zum. Quando souberam da chegada iminente de Xapan, os habitantes desta regio, apavorados, consultaram um adivinho. E assim ele falou: "Ah! O Grande Guerreiro chegou de Emp! Aquele que se tornar o senhor do pas! Aquele que tornar esta terra rica e prspera, chegou! Se o povo no o aceitar, ele o destruir! necessrio que supliquem a Xapan que os poupe. Faam-lhe muitas oferendas; todas as que ele goste: inhame pilado, feijo, farinha de milho, azeite de dend, picadinho de carne de bode e muita, muita pipoca! Ser necessrio tambm que todos se prosternem diante dele, que o respeitem e o sirvam. Logo que o povo o reconhea como pai, Xapan no o combater, mas proteger a todos!" Quando Xapan chegou, conduziu seus ferozes guerreiros, os habitantes de Saval e Dassa Zum reverenciaram-no, encostando suas testas no cho, e saudaram-no: "Tot hum! Tot hum! Atot! Atot!" "Respeito e Submisso!" Xapan aceitou os presentes e as homenagens, dizendo: "Est bem! Eu os pouparei! Durante minhas viagens, desde Emp, minha terra natal, sempre encontrei desconfiana e hostilidade. Construam para mim um palcio. aqui que viverei a partir de agora!" Xapan instalou-se assim entre os Mahis. O pas prosperou e enriqueceu e o Grande Guerreiro no voltou mais a Emp, no territrio Tap, tambm chamado Nup. Xapan considerado o deus da varola e das doenas contagiosas. Ele tem tambm o poder de curar. As doenas contagiosas so, na realidade, punies aplicadas queles que o ofenderam ou conduziramse mal. Seu verdadeiro nome perigoso demais pronunciar. Por prudncia, prefervel cham-lo Obalua, o "Rei, Senhor da Terra" ou Omul, o "Filho do Senhor". Quando Xapan instalou-se entre os Mahis recebeu, em uma nova terra, o nome de Sapat. A, tambm, era prefervel cham-lo Ainon, o "Senhor da Terra", ou, ento, Jehol, o "Senhor das prolas". O fato de ser chamado Jehol e Ainon causou mal-entendidos entre Sapat e os reis do Daom, pois eles tambm usavam estes ttulos. Enciumados, os Jehol de Abomey expulsaram, vrias vezes, Jehol Ainon do Daom e obrigaram-no a voltar momentaneamente, terra dos Mahis. Jehol Ainon vingou-se: vrios reis daomeanos morreram de varola! Atot! ARQUTIPO O arqutipo de Obalua das pessoas com tendncias masoquistas, que gostam de exibir seus sofrimentos e as tristezas das quais tiram uma satisfao ntima. Pessoas que so incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida lhes corre tranquila. Podem atingir situaes materiais invejveis e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrpulos imaginrios. Pessoas que em certos casos sentem-se capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstrao de seus prprios interesses e necessidades vitais.
ESSABAS: Taioba - Bala Velame Capeba - J Manjerico Roxo Folha da costa Barba de velho Canela de velho Umbaba Pico Carqueja Erva de bicho Rama de leite Ob Mutamba Afer Caj Jamin Parietria - brotozinho Monam Jurubeba
OMOLU
AGAPANTO; ALAMANDA; AGONIADA; ALFAZEMA DE CABOCLO; ALFAVACA ROXA; ALUM; ASSA-PEIXE; JENIPAPO; MOLOL; MUSGO; QUITOCO; RABUJO; SABUGUEIRO; SETE SANGRIAS; PAINEIRA; MAMONA; MANJERONA; CANELA DE VELHO; CAF DO MATO; CANENA COIRANA; CAROBINHA DO CAMPO; CAPIXINGUI; CEBOLA DO MATO; CIP CHUMBO; ERVA MOURA; CORDO DE FRADE; CORDO DE SO FRANCISCO; ERVA DE PASSARINHO; ESPINHEIRA SANTA; VELAME; HORTEL BRAVA; GUARAREMA; GERVO ROXO; CRIZANTEMO; BABA DE BOI; BABOSA; BELDROEGA VERMELHA; BOMINA;
OMULU (OMBALUAIE) Locais de maior vibrao dos orixs As cores e flores que so regidas pelos orixs: grutas, praias, cemitrios
Vermelha (Cravos)
As bebidas que gua de arroz so regidas pelos orixs: Frutos e Frutas Abacaxi. Algumas das comidas mais comuns oferecidas aos Orixs: Mencionaremos aqui as ervas mais conhecidas no Rio de Janeiro: Os Orixs normalmente trazem em seus filhos suas caractersticas fsicas e de carter. Assim podemos dizer que os filhos de: Os Orixs tm suas preferncias tambm quanto aos metais. Calendrio Festivo da Umbanda
Canela Velho , Barba de Velho, Cinco Chagas, Cordo de Frade (So Francisco).
So pessoas reservadas, at um certo ponto pessimistas, batalhadores, mentalidade autodestrutiva, na maioria de vezes trazem pequenos defeitos fsicos quase no percebidos.
O ferro. 17 de dezembro.
QUALIDADES DE OBALUAI: 1. Jagun Agbagba (ligao com Oy) 2. Omolu 3. Obaluayie 4. Soponna/Sapata/Sakpat 5. Afoman/Akavan/Kavungo (ligao com Ex) afomo; contagiante,infeccioso 6. Savalu/Sapek (ligao com Nana) 7. Dasa 8. Arinwarun (wariwaru) ttulo de xapanan 9. Azonsu/Ajansu/Ajunsu (ligao com Oxal, Oxumare) 10. Azoani (ligao com Yemanj e Oy) 11. Posun/Posuru 12. Agoro 13. Tetu/Etetu 14. Topodun 15. Paru 16. Arawe/Arapan(ligao com oy) 17. Ajoji/Ajagun (ligao com Ogun, Oxagian) 18. Avimaje/Ajiuziun (ligao com Nana, Ossain) 19. Ahoye 20. Aruaje 21. Ahosuji/Seg (Ligao com Yemanj, Oxumare/Besn)
LENDA DE OMUL: Um dia, em que todos os Orixs reunidos no palcio de Obatal danavam e se divertiam, Omul tentou imita-los. Mas este Orix coxo, e devido sua enfermidade, tropeou e caiu. Deuses e Deusas romperam em ruidosa gargalhada. Furioso, Omul jurou vingar-se e tentou infestar a todos os Deuses com a varola. Interveio Obatal que, de espada em punho, deitou Omul porta do palcio e proibiu-lhe, dali por diante, de estar junto com os outros Deuses. LENDA DE OBALUAYE OMULU Nanan, esposa de Orixal, gerou e deu luz a um filho. Sua criao no foi perfeita, nascendo uma criana doente, com muitas chagas recobrindo seu pequeno corpo. Ela no conseguia imaginar que maldio era aquela, que trouxe de suas entranhas uma criatura to infeliz! Sentindo-se impossibilitada de cuidar daquela criana, pois mal conseguia olhar para ela, resolveu deix-la perto do mar. Se a morte a levasse seria melhor para todos. Yemonj, que estava saindo do mar, viu aquele pequeno ser deitado nas areias da praia. Ficou olhando por algum tempo, para ver se havia algum tomando conta dele, mas ningum aparecia. Ento, a grande divindade das gua foi ver o que estava acontecendo. Quando chegou mais perto, pde compreender que aquela criana tinha sido abandonada por estar gravemente enferma. Sentindo uma imensa compaixo por aquela pobre criatura, no pensou em mais nada, a no ser em adot-lo como a um filho. Com seu grande instinto maternal, Yemonj dispensou a ele todo o carinho e os cuidados necessrios para livr-lo da doena. Ela envolveu todo o corpo do menino com palhas, para que sua pele pudesse respirar e, assim, fechar as chagas. Obaluay cresceu e continuou usando aquele tipo de roupa, e ningum, a no ser sua querida me, tinha visto seu rosto. Era um ser austero e misterioso, provocando olhares curiosos e assustados de todos. Ningum conseguia imaginar o que se escondia sob aquelas palhas. Oy, certa vez, o encarou, pedindo que descobrisse seu rosto, pois queria desvendar, de uma vez por todas, aquele mistrio. Obaluay, sem lhe dar a menor ateno, negou-se a faz-lo. Ela, que nunca se deu por vencida, resolveu enfrent-lo. Usando toda sua fora, evocou o vento, fazendo voar as palhas que o protegiam. Quando a poeira assentou, Oy pode ver um ser de uma beleza to radiante, que s poderia ser comparado ao sol. Nem mesmo ela, como orix, conseguia erguer os olhos para ele. Assim, todos entenderam que aquele mistrio deveria continuar escondido. Uma outra lenda nos mostra que esse poderoso orix, em suas andanas pelo mundo, pode presenciar o desenrolar de muitas guerras. Os povos que Olorun criou e deu vida brigavam por um pedao de terra. Muitas pessoas morriam, para que seus lderes pudessem conquistar extenses maiores para seu reinado. Os limites, para esses guerreiros, eram insuperveis, e as guerras no
tinham mais fim. Obaluay no entendia o motivo destas guerras, j que Olorun havia criado a terra para todos. As lutas traziam muita dor e destruio, e ningum mais sabia dar o devido valor vida humana. Os homens s pensavam em seus interesses materiais. Obaluay, indignado com essa situao, resolveu mostrar a eles que a vida o maior tesouro que algum pode ter. O poderoso orix traou, ento, com seu cajado, um grande crculo no cho, no centro dos conflitos. Colocou dentro dele todo tipo de doena existente. Todo guerreiro, que por ali passasse, iria contrair algum tipo de doena. De fato, foi o que aconteceu. Muitas pessoas adoeceram, inclusive os lderes dos exrcitos. S isso conseguiu por fim s guerras. As doenas se transformaram em epidemias, deixando populaes inteiras beira da morte. Um babalaw revelou o mau pressgio, pedindo a todos que refletissem sobre o que estava acontecendo, por culpa deles prprios. Obaluay havia mandado essas mazelas para a terra, a fim de mostrar que, enquanto temos sade e uma vida plena, no devemos nos preocupar excessivamente com coisas materiais. Desta vida nada se leva, a no ser o conhecimento e a experincia que acumulamos. Assim, os que aceitaram esses desgnios e fizeram oferendas, conforme explicou o babalaw, conseguiram livrar-se de suas enfermidades e restabelecer sua dignidade. Mas, infelizmente, nem todos agiram assim. Talvez, por isso, existam tantos povos africanos vivendo do mesmo jeito h milhares de anos, tentando no se desligar da natureza.
IRKO: Senhor do dia, da tarde e da noite. Este Orix est sempre em movimento, se assemelhando Ex neste aspecto, pois ambos so dinmicos. Irko est ligado s rvores e aos quatro elementos da natureza (ar, terra, gua e fogo). Por isso representa as estaes do ano.
PERSONALIDADE: Temperamentais, dominadores, intransigentes, fartos, generosos, sbios, emocionais e dedicados. PA: Comum acompanhado de sopro. COR: Cinza, branco e azul. FILIAO: Oxal. METAL: Chumbo, alumnio e ferro. Iroko representa o tempo. a rvore primordial. A primeira ddiva da terra (Oduduwa) aos homens. Existe desde o princpio dos tempos e a tudo assistiu, a tudo resistiu, a tudo resistir. Iroko a essncia da vida reprodutiva. Do poder da terra. Alguns mitos dizem que Iroko o cajado de Oduduwa, a Terra, que atravs dele ensina aos homens o sentido da vida. tambm a permanncia dentro da impermanncia e impermanncia na permanncia. O ciclo vital, que no muda com o transcorrer da eternidade. A infinita e generosa oferta que a natureza nos faz, desde que saibamos reverencia-la e louv-la. tambm conhecido, nos candombls como "Tempo", embora esta seja uma designao prpria do rito angola. Diz o mito que no princpio de tudo, a primeira rvore nascida, foi Iroco. Iroko era capaz de muita magia, tanto para o bem quanto para o mal, e se divertia atirando frutos aos ps das pessoas q passavam. Quando no tinha o que fazer, brincava com as pedras que guardava nos ocos de seu tronco. Um dia, as mulheres de uma aldeia prxima ficaram todas estreis, por ao das Iyami. Ento elas foram Iroko e pediram fertilidade. Iroko, contudo, exigiu ddivas em troca, pois preciso abrir espao para receber dons, como preciso perder as flores para receber os frutos. As mulheres concordaram e prometeram muitos presentes. Uma delas, contudo, tendo como nica riqueza seu filho, prometeu dar a Iroko esta criana. Quando engravidaram, as mulheres foram a Iroko e fizeram as oferendas. Menos a que prometera a criana, pois ela amava muito o filhinho.
Iroko ficou muito zangado. E aguardou o dia em que a criana brincava ao redor dele e a raptou. Quando a me foi buscar a criana, Iroko lembrou a mulher de sua promessa, ameaando matar o outro filho que lhe dera caso ela retirasse "sua" criana dali. Ento a mulher, desesperada, procurou o babala, que jogando os bzios sugeriu que ela mandasse fazer um boneco de madeira com as feies de uma criana, banhasse com determinadas ervas e quando Iroko estivesse dormindo, substitusse a criana pelo boneco. E assim ela fez. At hoje pode-se ver, nas gameleiras brancas o bebe de Iroko, repousando deitado em seus galhos. Em sua copa vivem tambm as Iyami Oshorong, as ajs (feiticeiras) da floresta. Numero: 11 Smbolo: grelha (representando as direes do tempo) Cor: verde/marrom Dia da semana: Quinta-Feira Comida: inhame, carneiro Ele reside na gameleira branca. assentado no seu p, aps preparo ritual da raiz, e o tronco enfeitado com oj branco. A relao com essa rvore comum a vrias divindades e exprime sua relao com os antepassados. Como Ex, Yroko carrega para longe os fluido alficos. Quando manifesta-se os fis jogam sobre ele os fludos que querem se livrar e ele corre para fora para atirar no mato todo os malefcios. As vezes bebe tanto que cai no cho. Cobre-se ento com um al branco e, pouco depois, j recuperado ele ergue-se e torna a danar. Dana de joelhos no cho e o bravun, ritmo jeje, como Oxumar. Veste cores fortes, vermelho, azul e verde, as vezes cinza ou marrom e branco e leva uma lana na mo. Suas contas so verde musgo riscadas e riscadas de marrom. As vezes vestese de palha como Omol. Sua incorporao pouco vista, seus filhos giram tontos, cambaleando pelo barraco antes de cairem fulminados, logo levantam-se e pem-se a danar. Seu assentamento feito numa gamela oval, pega-se um pedao de tronco da gameleira branca e faz se uma pequena esttua de um negro africano com um id branco no nariz, na cabea um colar de bzios e moedas.Na gamela poe-se uma corrente em volta, seis moedas e no meio da gamela uma seta e a esttua. QUALIDADES GIROKOSI LOKOSSI SUAS FLHAS Milame, colnia, saio, me boa, barba de velho, erva prata, crita de galo, nz moscada, abilzeiro, jaqueira, cajueiro. Quando se faz o Orix, poe-se uma folha de saco-saco embaixo do p do Iyaw uma flha de sacosaco na boca uma folha de assa-peixe. SEUS BICHOS Um cabrito de chifre virado Quatro frangos de esporo grande Um galo d'angola Um pombo branco Aps copar os bichos, tira-se a lingua de todos eles e as esporas do galo.
ESSABAS: Gameleira branca Folha da costa Folha de akoko Folha de colnia Folha da fortuna
RK
SAIO; IRIRI; CAJUEIRO; ABILZEIRO; NOZ MOSCADA; CRISTA DE GALO; BARBA DE VELHO; COLONIA; GAMELEIRA BRANCA; JAQUEIRA; ME BOA; MILAME;
LENDA DE IROK;
Irko vivia junto a seu pai Oxal, era um ser afoito e reclamava demais. Um dia Irko reclamou a Oxal que se considerava muito agitado, e gostava de resolver vrias coisas ao mesmo tempo, achava que um dia era muito curto e no conseguia resolver tudo tempo. S que os perodos de tempo quem estipulava era ele mesmo, ningum o determinava, era algo de seu prprio desejo. Oxal no agentando mais a presso de Irko, resolveu lhe dar o dia, a noite e a tarde, as estaes do ano e as horas. Ento, ele passou a controlar todo o tempo.
Tempo/Irko e If/Orumil Tempo /Irko Tempo ou Loko um orix originrio de wer, regio que fica ao leste de Oy na Nigria, to importante que ele um orix (e os africanos a muito sabem disso). Tem um dito que diz "O tempo d, o tempo tira, o tempo passa e a folha vira", muitas vezes precisamos que o tempo nos seja favorvel, e outras no, quero dizer, precisamos de tempo curto ou longo, com o bom uso do tempo, muitas coisas se modificam, ou podemos modificar. Irko tem um temperamento estvel, de carter firme e em alguns casos violento. Na Nigria, Irko cultuado numa rvore que tem o mesmo nome. Porm, no Brasil esta rvore foi substituda pela gameleira-branca que apresenta as mesmas caractersticas da rvore usada na frica. nesta rvore, a gameleira-branca, que fica acentuado o carter reto e firme do orix pois suas razes so fortes, firmes e profundas. Irko foi associado ao vodun daomeano Loko dos negros de dinastia Jeje e ainda ao inkice Tempo, dos negros bantos. Irko, na verdade, o orix dos bosques nigerianos, onde l na Nigria muito temido, porque como conta um itan, ningum se atrevia a entrar num bosque sem antes reverenci-lo. No Brasil, nos ps da gameleira-branca que fica seu assentamento e tambm ali que so oferecidas suas oferendas. Sua cor o branco e ainda usa palha da costa em sua vestimenta. Sua comida o ajab, o caruru, feijo fradinho, o deburu, o aca, o eb e outras. Em geral na frente das grandes casas de Candombl, principalmente em Salvador, existe uma grande rvore com razes que saem do cho, e so envoltas com um grande Al (pano branco), este Iroko, que tido com rvore guardi da casa de Candombl pois ter esta rvore plantada no terreno da casa de Candombl representa fora e poder.. Este orix conhecido na angola como Maianga ou Maiong. Orumil /If A importncia de Orumil to grande que chegamos a concluir que se um homem fizer algum tipo de pedido ao todo poderoso Olorum (Deus, o Senhor dos Cus), esse pedido s poder chegar at Ele atravs de Orumil e/ou Ex, que so somente eles dois dentre todos os Orix os que tm a permisso, o poder e o livre acesso concedido pr Olorum de estar junto a Ele, quando assim for necessrio. Ainda vale ressaltar que somente Orumil e Ex possuem para si um culto individual, onde so feitos adoraes totalmente especficas para os mesmos, tambm so eles os nicos que podem possuir para somente o seu culto um sacerdote especfico. Isso s possvel pr causa dos poderes delegados pelo todo poderoso a eles, pois os demais Orix so totalmente dependentes de If e Ex, enquanto que eles no dependem de nenhum dos Orixs para desenvolverem sua prpria evoluo, ou seja, o culto If e Ex no dependem do culto aos Orix, entretanto o culto aos Orix dependem totalmente de If e Ex. Orumil o senhor dos destinos, quem rege os o plano onrico (sonhos), aquele que tudo sabe e tudo v em todos os mundos que esto sob a tutela de Olorum, ele sabe tudo sobre o passado, o presente e o futuro de todos habitantes da Terra e do Cu, o regente responsvel e detentor dos
orculos, foi quem acompanhou Odudua na criao e fundao de Il f, normalmente chamado em suas preces de: Elr pn - "o testemunho de Deus'' Ibkj Oldmar - "o vice de Deus" Gbiygbrn - "aquele que est no cu e na terra" pitan f - "o historiador de f" Acredita-se que Olorum passou e confiou de maneira especial toda a sabedoria e conhecimento possvel, imaginvel e existente entre todos os mundos habitados e no habitados Orumil, fazendo com que desta forma o tornasse seu representante em qualquer lugar que estivesse. No Terra Olorum fez com que Orumil participasse da criao da terra e do homem, fez com que ele auxiliasse o homem a resolver seus problemas do dia a dia, tambm fez com que ajudasse o homem a encontrar o caminho e o destino ideal de seu or. No Cu lhe ensinou todos os conhecimentos bsicos e complementares referente todos os Orix, pois criou um elo de dependncia de todos perante Orumil, todos devem consult-lo para resolver diversos problemas, com pr exemplo, a vinda de Oxal terra para efetuar a criao de tudo aquilo que teria vida na mesma, porm o grande Orix no seguiu as orientaes prescritas pr If, e no conseguiu cumprir com sua obrigao caindo nas travessuras aplicadas pr Ex, ficando esta misso pr conta de Odudua. Tambm Orumil fala e representa de maneira completa e geral todos os Orixs, auxiliando pr exemplo, um consulente no que ele deve fazer para agradar ou satisfazer um determinado Orix, obtendo desta forma um resultado satisfatrio para o Orix e para o consulente. Orumil sabe e conhece o destino de todos os homens e de tudo o que tm vida em nosso mundo, pois ele est presente no ato da criao do homem e sua vinda a terra, e neste exato instante que If determina os destinos e os caminhos a serem cumpridos pr aquele determinado esprito. pr isso que Orumil tem as respostas para toda e qualquer pergunta lhe feita, e que ele tm a soluo para todo e qualquer problema que lhe apresentado, e pr esta razo que ele tm o remdio para todas as doenas que lhe forem apresentadas, pr mais impossvel que parea ser a sua cura. Todos ns deveramos consultar If antes de tomarmos qualquer atitude e deciso em nossas vidas, com certeza iramos errar menos, os Iorubs consultam If antes de tomarem qualquer deciso, com pr exemplo, antes de um casamento, antes de um noivado, antes do nascimento e at mesmo na hora de dar o nome a criana, antes da concluso de um negcio, antes de uma viagem, etc. Alm disto tudo, Orumil tambm quem tem a vida e a morte em suas mos, pois ele a energia que esta mais atuante e mais prxima de Olorum, podendo ele ser a nica entidade que tem poderes para suplicar, pedir ou implorar a mudana do destino de uma pessoa. No Orix, encontra-se num plano mtico e simblico superior ao dos outros orixs. Se Olorum o ser supremo dos Iorubs, o nome que do ao Absoluto, Orumil a sua emanao mais transcendente, mais distanciada dos acontecimentos do mundo sub-lunar. Na tradio de If o primeiro companheiro e "Chefe Conselheiro" de Odudua quando da sua chegada If. Outras fontes dizem que ele estava instalado em um lugar chamado k Igti antes de vir fixar-se em k Itase, uma colina em If onde mora rb, a mais alta autoridade em matria de adivinhao, pelo sistema chamado If. tambm chamado gbnmrgn ou l. o testemunho do destino das pessoas. Os babalas (pais do segredo), so os porta vozes de Orumil. A iniciao de um babala no comporta a perda momentnea de conscincia que acompanha a dos orixs. uma iniciao totalmente intelectual. Ele deve passar um longo perodo de aprendizagem, de conhecimentos precisos, em que a memria, principalmente, entra em jogo. Precisa aprender uma quantidades de Itans (histrias) e de lendas antigas, classificadas nos duzentos e cinqenta e seis od (signos de If), cujo conjunto forma uma espcie de enciclopdia oral dos conhecimentos do povo de lngua Iorub. Cada indivduo nasce ligado a um Odu, que d a conhecer sua identidade profunda, servindo-lhe de guia por toda vida, revelando-lhe o Orix particular, ao qual dever ser eventualmente dedicado. If sempre consultado em caso de dvida, antes de decises importantes, nos momentos difceis da vida.
LENDAS DOS ORIXS Iroko Castiga A Me Que No Lhe D O Filho Prometido No comeo dos tempos, a primeira rvore plantada foi Irco, mais antiga que o mogno, o p de obi e o algodoeiro. Na mais velha das rvores de Irco, morava seu esprito. E o esprito de Irco era
capaz de muitas mgicas e magias. Irco assombrava todo mundo, assim se divertia. noite saia com uma tocha na mo, assustando os caadores. Quando no tinha o que fazer, brincava com as pedras que guardava nos ocos de seu tronco. Fazia muitas mgicas, para o bem e para o mal. Todos temiam Irco e seus poderes e quem o olhasse de frente enlouquecia at a morte. Numa certa poca, nenhuma das mulheres da aldeia engravidava. J no havia crianas pequenas no povoado e todos estavam desesperados. Foi ento que as mulheres tiveram a idia de recorrer aos mgicos poderes de Irco. Juntaram-se em crculo ao redor da rvore sagrada, tendo o cuidado de manter as costas voltadas para o tronco. No ousavam olhar para a grande planta face a face. Suplicaram a Irco, pediram a ele que lhes desse filhos. Ele quis logo saber o que teria em troca. As mulheres eram, em sua maioria, esposas de lavradores e prometeram a Iroko milho, inhame, frutas, cabritos e carneiros. Cada uma prometia o que o marido tinha para dar. Uma das suplicantes, chamada Olurombi, era a mulher do entalhador e seu marido no tinha nada daquilo para oferecer. Olurombi no sabia o que fazer e, no desespero, prometeu dar a Irco o primeiro filho que tivesse. Nove meses depois a aldeia alegrou-se com o choro de muitos recm-nascidos. As jovens mes, felizes e gratas, foram levar a Irco suas prendas. Em torno do tronco de Irco depositaram suas oferendas. Assim Irco recebeu milho, inhame, frutas, cabritos e carneiros. Olurombi contou toda a histria ao marido, mas no pde cumprir sua promessa. Ela e o marido apegaram-se demais ao menino prometido. No dia da oferenda, Olurombi ficou de longe, segurando nos braos trmulos, temerosa, o filhinho to querido. E o tempo passou. Olurombi mantinha a criana longe da rvore e, assim, o menino crescia forte e sadio. Mas um belo dia, passava Olurombi pelas imediaes do Irco, entretida que estava, vindo do mercado, quando, no meio da estrada, bem na sua frente, saltou o temvel esprito da rvore. Disse Irco: "Tu me prometeste o menino e no cumpriste a palavra dada. Transformo-te ento num pssaro, para que vivas sempre aprisionada em minha copa." E transformou Olurombi num pssaro e ele voou para a copa de Irco para ali viver para sempre. Olurombi nunca voltou para casa, e o entalhador a procurou, em vo, por toda parte. Ele mantinha o menino em casa, longe de todos. Todos os que passavam perto da rvore ouviam um pssaro que cantava, dizendo o nome de cada oferenda feita a Irco. At que um dia, quando o arteso passava perto dali, ele prprio escutou o tal pssaro, que cantava assim: "Uma prometeu milho e deu o milho; Outra prometeu inhame e trouxe inhames; Uma prometeu frutas e entregou as frutas; Outra deu o cabrito e outra, o carneiro, sempre conforme a promessa que foi feita. S quem prometeu a criana no cumpriu o prometido." Ouvindo o relato de uma histria que julgava esquecida, o marido de Olurombi entendeu tudo imediatamente. Sim, s podia ser Olurombi, enfeitiada por Irco. Ele tinha que salvar sua mulher! Mas como, se amava tanto seu pequeno filho? Ele pensou e pensou e teve uma grande idia. Foi floresta, escolheu o mais belo lenho de Irco, levou-o para casa e comeou a entalhar. Da madeira entalhada fez uma cpia do rebento, o mais perfeito boneco que jamais havia esculpido. O fez com os doces traos do filho, sempre alegre, sempre sorridente. Depois poliu e pintou o boneco com esmero, preparando-o com a gua perfumada das ervas sagradas. Vestiu a figura de pau com as melhores roupas do menino e a enfeitou com ricas jias de famlia e raros adornos. Quando pronto, ele levou o menino de pau a Irco e o depositou aos ps da rvore sagrada. Irco gostou muito do presente. Era o menino que ele tanto esperava! E o menino sorria sempre, sua expresso, de alegria. Irco apreciou sobremaneira o fato de que ele jamais se assustava quando seus olhos se cruzavam. No fugia dele como os demais mortais, no gritava de pavor e nem lhe dava as costas, com medo de o olhar de frente. Irco estava feliz. Embalando a criana, seu pequeno menino de pau, batia ritmadamente com os ps no solo e cantava animadamente. Tendo sido paga, enfim, a antiga promessa, Irco devolveu a Olurombi a forma de mulher. Aliviada e feliz, ela voltou para casa, voltou para o marido arteso e para o filho, j crescido e enfim libertado da promessa. Alguns dias depois, os trs levaram para Irco muitas oferendas. Levaram ebs de milho, inhame, frutas, cabritos e carneiros, laos de tecido de estampas coloridas para adornar o tronco da rvore. Eram presentes oferecidos por todos os membros da aldeia, felizes e contentes com o retorno de Olurombi. At hoje todos levam oferendas a Irco. Porque Irco d o que as pessoas pedem. E todos do para Irco o prometido. Iroko Ajuda A Feiticeira A Vingar O Filho Morto Irco era um homem bonito e forte e tinha duas irms. Uma delas era Aj, a feiticeira, a outra era Ogbo, que era uma mulher normal. Irco e suas irms vieram juntos do Orun para habitar no Ai. Irco foi morar numa frondosa rvore e suas irms em casas comuns. Ogbo teve dez filhos e Aj teve s um, um passarinho. Um dia, quando Ogbo teve que se ausentar, deixou os dez filhos sob a guarda de Aj. Ela cuidou bem das crianas at a volta da irm. Mais tarde, quando Aj teve tambm que viajar, deixou o filho pssaro com Ogbo. Foi ento que os filhos de Ogbi pediram me que queriam comer um passarinho. Ela lhes ofereceu uma galinha, mas eles, de olhos no primo, recusaram. Gritavam de fome,
queriam comer, mas tinha que ser um pssaro. A me foi ento foi a floresta caar passarinhos, que seus filhos insistiam em comer. Na ausncia da me, os filhos de Ogbo mataram, cozinharam e comeram o filho de Aj. Quando Aj voltou e se deu por conta da tragdia, partiu desesperada a procura de Irco. Irco a recebeu em sua rvore, onde mora at hoje. E de l, Irco vingou Aj, lanando golpes sobre os filhos de Ogbo. Desesperada com a perda de metade de seus filhos e para evitar a morte dos demais, Ogo ofereceu sacrifcios para o irmo Irco. Deu-lhe um cabrito e outras coisas e mais um cabrito para Ex. Irco aceitou o sacrifcio e poupou os demais filhos. Irco Engole A Devota Que No Cumpre A Interdio Sexual Era uma vez uma mulher sem filhos, que ansiava desesperadamente por um herdeiro. Ela foi consultar o babala e o babala lhe disse como proceder: Ela deveria ir rvore de Irco e a oferecer um sacrifcio, comidas e bebidas. Com panos vistosos ela fez laos e enfeitou o p de Irco. Aos seus ps depositou o seu eb. Fez tudo como mandara o adivinho, mas de importante preceito ela se esqueceu. Ela deu tudo a Irco, ou, quase tudo. Ela esqueceu que o babala mandara que ns trs dias antes do eb ela deixasse de ter relaes sexuais. S ento, assim, com o corpo limpo, deveria entregar o eb aos ps da rvore sagrada. Irco irritou-se com a ofensa, abriu uma grande boca em seu grosso tronco e engoliu quase totalmente a mulher, deixando de fora s os ombros e a cabea. A mulher gritava feito louca por ajuda e toda a aldeia correu para o velho Irco. Todos assistiam o desespero da mulher. O babala foi tambm at a rvore e fez seu jogo, e o jogo revelou sua ofensa, sua oferta com o corpo sujo. Mas a mulher estava arrependida e a grande rvore deixou que ela fosse libertada. Toda a aldeia ali reunida regozijou-se pela mulher. Todos cantaram e danaram de alegria. Todos deram vivas a Irco. Tempos depois a mulher percebeu que estava grvida e preparou novos laos de vistosos panos e enfeitou agradecida a planta imensa. Tudo ofereceu-lhe do melhor, antes resguardando-se para ter o corpo limpo. Quando nasceu o filho to esperado, ela foi ao babala e ele leu o futuro da criana: deveria ser iniciada para Irco. Assim foi feito e Irco teve muitos devotos. E seu tronco est sempre enfeitado e aos seus ps no lhe faltam oferendas.
OXAL: Criador do Universo, responsvel pelos seres (animais, vegetais e o homem). Este Orix rege o destino do Homem. Oxal participa de todos os orikis. Sendo o Orix que originou quase todos os outros Orixs, atravs das unies com Iemonj e Nan. Dentro do culto tratado com muita reverncia. PERSONALIDADE: Fortes, lutadores, prepotentes, algumas de suas qualidades so bondosas, agressivas, reclames, irritantes gostam do perigo. PA: Comum, de forma lenta e compassada. Seguindo do adobale. COR: Branco e azul. SMBOLO: Oxoguian (pilo, escudo e a espada), Oxalufan (cajado). METAL: Chumbo FILIAO: A prpria criao QUALIDADES: Oxoguian Obatal * Oxalufan Oxaluz * Lissaa Oduduw * Amadiocil *
QUALIDADES DE OXAL: 1. Oxal -o sol 2. Oxaguian - o nascer do sol 3. Oxanyin - Oxal moo 4. Oxadinhan - Oxal moo 5. Oxagiriyan - Oxal feminino 6. Oulissa - Oxal no gege 7. Oxalufan - Oxal velho 8. Ox olokun - Oxal do mar 9. Orixal - Oxal do meio dia 10. Obi-am - esposa de orixal 11. Orix ok - Oxal da agricultura 12. Ob-ok - Oxal da montanha 13. Ora minhan - filho de odudua e obatal 14. Orixanl - rei dos orixs 15. If - o esprito santo 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. Canabur - o nascer do dia Obatal Odudua Okin Lulu Ko Olui Bab Roko Bab Epe Bab Lejugba Akanjapriku Ifuru Kere Bab Igbo Ajaguna
ORI Ori o deus portador da individualidade de cada ser humano. Representa o mais ntimo de cada um, o inconsciente, o prprio sopro de vida em sua particularizao para cada pessoa. Ori mora dentro das cabeas humanas, tornando cada um aquilo que . Como ao morrer, a cabea de uma pessoa no separada para o enterro, Ori conhecido como aquele q pode fazer a grande viagem sem retorno, pois os outros orixs, mesmo quando morrem seus filhos, sao libertados da cabea (Ori) e retornam ao Orun (cu, ou mundo exterior). Durante o processo inicitico a primeira entidade a ser equilibrada justamente o ori, a individualidade pessoal, para que a pessoa no se transforme em um mero espelho do orix. cerimnia de equilbrio do Ori d-se o nome de Bori (bo = comer, ori = cabea => dar comida para a cabea, fortalece-la). Um dos mitos sobre Ori diz que ele pode depois de enterrado voltar ao orum, levado por Nan ou Ew. Diz este mito q um dia Ori percebeu q era o momento de nascer outra vez e foi falar com Olorum, o Universo, solicitando permisso para nascer na mesma famlia em que havia nascido antes. Olorum permitiu, com a condio de q apenas ele, Olorum, pudesse conhecer o dia de sua morte, sem que Ori pudesse opinar sobre esta questo. E que o destino de Ori s pudesse ser mudado quando If fosse consultado" . Este orix no tem caractersticas estticas pois no incorpora. Apenas cultuado juntamente com os orixs, possuindo um nmero no jogo de bzios onde "fala". A quizila de Ori a mentira
AJAL Ajal o oleiro primordial. A parte de Oxal responsvel pela criao fsica dos homens, por seu corpo, sua cabea (onde vive Ori). Ele representa o aspecto mais orgnico do ser humano; o tipo de barro, de maior ou menor qualidade, mais ou menos cozido (o que implica maior ou menor numero de problemas), mais claro ou escuro. Ajal mistura ao barro folhas, frutas, minrios, sangues e uma srie de materiais que determinam como ser aquela pessoa, como Ori poder agir nela. Estes ingredientes, com o tempo perdem o ax (energia) e precisam ser, de vez em quando, repostos, o que feito nos rituais do candombl, entre eles a iniciao. Diz um dos mitos que Ajal foi incumbido de moldar as cabeas dos homens com a lama do fundo dos rios e outros elementos da natureza. Ele moldava as cabeas e as punha para assar em seu forno. Ajal tinha, contudo, o hbito de embriagar-se enquanto cozia o barro e criou muitas cabeas defeituosas, queimando algumas e deixando outras com o barro cru. A causa dos problemas que muitas pessoas apresentam antes de serem iniciadas viria exatamente de um ori cru, ou queimado, ou mal proporcionado feito durante alguma bebedeira de Ajal. Como os orixs no gostam de cabeas ruins, a pessoa ficaria desprotegida, sem a energia do orix. Depois que Ajal terminava de fazer os oris (cabeas) Obatal soprava nelas e lhes dava eni, a vida. Ajal considerado avatar de Oxal, mantendo as mesmas caractersticas. No cultuado. Apenas louvado. ORUNMIL
Orunmil, tambm conhecido como If, o princpio da intuio, da premonio, os sentidos do esprito, o olhar que conhece o futuro. o deus invocado no jogo de bzios, pois ele quem conhece todos os destinos (odus), cabeas (oris) e caminhos. Ele diz a Exu que movimente suas palavras at os bzios, indicando que orix esta regendo uma pessoa, porque, com q destino. considerado um avatar de Oxal, pois ele estava no comeo do mundo. Olodumare (o universo) Obatal (o principio), Oxal (a criao), Oxagui (o conflito), Orunmil (intuio), Oduduwa (o planeta terra), Ajal (o oleiro q molda os oris - cabeas)e Fururu (o sopro de vida) so considerados Oxal todos eles. O comeo de tudo. O princpio dividido em oito, o infinito. Diz o mito que Obatal havia reunido todos os materiais necessrios criao do mundo e que mandou a Estrela da Manh convocar todos os orixs a fim de comear o trabalho com sua ajuda. Mas na hora marcada, apenas Orunmil apareceu. Obatal gostou muito da atitude de Orunmil e o recompensou, ordenando Estrela da Manh que revelasse a Orunmil todos os segredos da criao e do porvir. E ela entregou a Orunmil todos os segredos e materiais que compem a vida humana, e que estavam escondidos h muito tempo dentro de uma concha de caramujo guardada num vaso que ficava entre as pernas de Obatal. Orunmil tornou-se, desde este dia, o dono dos segredos, das magias, das frmulas dos ebs, dos rituais, de tudo quanto envolvia o conhecimento da alma humana e de seu destino. Ele conhece a vontade dos orixs e sabe com que matria foi feito cada homem. Outro mito narra que Orunmil/If filho dos dois princpios mgicos. Que nasceu mudo e no disse uma s palavra at a adolescncia, quando seu pai lhe bateu com um basto. E neste dia ele disse : "Gb-medji", palavra que ningum compreendia. Quando apanhou de novo, tempos depois, disse: "Yeku-medji". E assim, em diversas ocasies, ele foi dizendo palavras, as 16 palavras q compem o opel-if. Depois, disse a seu pai que se apanhasse mais poderia dizer muito mais que uma s palavra. O pai ento bateu muito em Orunmil, que disse ento que ele no ficaria na terra, mas que entregaria a seu pai uma herana que serviria eternamente para todos os deuses de Oxal. E explicou que os 16 nomes que havia dito eram os nomes de seus futuros filhos e que cada um deles tinha um conhecimento. Que se transformaria numa palmeira e que com os caroos de seus frutos (seus filhos) se faria o jogo de If, que poderia ser consultado quando se quisesse saber o futuro ou como resolver problemas. Cor: verde/amarelo Comida: banana com sal. Nmero: 16 Smbolo: iruke (um basto de madeira, curvo) Dia da semana: sexta-feira OXAGUI Oxagui, tambm conhecido como Ajagun, o conflito que antecede a paz; a revoluo que antecede as transformaes profundas; a instabilidade necessria ao dinamismo da vida e da sociedade e a busca do conhecimento. Por isso compreendido como Oxal moo, enquanto a paz, a tranqilidade, a estabilidade, a sabedoria sao compreendidos como Oxal velho, Oxaluf. Ele tambm guerreiro, e sente prazer em destruir para q o novo se estabelea. Um dos mitos diz que Oxagui nasceu apenas de Obatal. No teve me. Nasceu dentro de uma concha de caramujo. E quando nasceu, no tinha cabea, por isso perambulava pelo mundo, sem sentido. Um dia encontrou Ori numa estrada e este lhe deu uma cabea feita de inhame pilado, branca. Apesar de feliz com sua cabea. ela esquentava muito, e quando esquentava Oxagui criava mais conflitos. E sofria muito. Foi quando um dia encontrou a morte (iku), que lhe ofereceu uma cabea fria. Apesar do medo que sentia, o calor era insuportvel, e ele acabou aceitando a cabea preta que a morte lhe deu. Mas essa cabea era dolorida e fria demais. Oxagui ficou triste, porque a morte com sua frieza estava o tempo todo acompanhando o orix. Foi ento que Ogum apareceu e deu sua espada para Oxagui, que espantou Iku. Ogum tambm tentou arrancar a cabea preta de cima da cabea de inhame, mas tanto apertou que as duas se fundiram e Oxagui ficou com a cabea azul, agora equilibrada e sem problemas. A partir deste dia ele e Ogum andam juntos transformando o mundo. Oxagui depositando o conflito de idias e valores que mudam o mundo e Ogum fornecendo os meios para a transformao, seja a tecnologia ou a guerra. Cor: Branca e azul Numero 4 Comida: Inhame pilado Dia da semana: sexta-feira Saudao: Exeu, bab!, Epa Bab!
OXALUF Oxaluf o princpio da criao, o vazio, o branco, a luz, o espao onde tudo pode ser criado, e tambm a paz, a harmonia, a sabedoria que vem depois do conflito (Oxagui). O fim do crculo e o recomeo. Oxaluf o compasso do terra, Oduduwa. Caminha apoiado em seu cajado cerimonial, que o tambm o smbolo da ligao que ele estabeleceu entre o Orun (o cu) e o Ay (a terra). O grande pai ioruba, considerado a bondade masculina. So muitos os mitos que falam de Oxal, mas o mais conhecido nos candombls o que conta que Oxal sentia muitas saudades de seu filho Xang, e resolveu visit-lo. Para saber se a longa viagem lhe seria propcia, foi consultar Orunmil o deus adivinho, seu grande amigo. Este jogou os ikins (casca de caroos de dendezeiro) divinatrios e lhe disse que a viagem no se encontrava sob bons auspcios. E que se ele desejasse que tudo corresse bem deveria se vestir inteiramente de branco e no sujar suas roupas at chegar ao palcio, devendo tambm manter silncio absoluto at o momento em que encontrasse seu filho. E assim fez Oxal. Exu, contudo, que adorava atormentar Oxal, disfarou-se de mendigo e apareceu no caminho deste, pedindo a ajuda para levantar um pesado saco de carvo que se encontrava no cho. Sem poder responder nada e sendo piedoso, Oxal levanta o saco de carvo para Exu, mas estando este saco com o fundo rasgado, abre-se e cai sobre Oxal sujando sua roupa branca. Exu ri loucamente e se vai.. Prevenido como sempre fora, Oxal toma banho num rio e veste roupas brancas novamente. E segue seu caminho. Novamente Exu se disfara e pede ajuda ao viajante, dessa vez para entornar um barril de leo num tacho. Sem poder responder para explicar e tendo boa vontade em ajudar, Oxal levanta o barril e Exu o derrama sobre suas roupas, que desta vez no podiam mais ser trocadas, pois eram as ltimas roupas limpas que Oxal tinha para trocar. Sujo e cansado, Oxal vai seguindo seu caminho quando v o exrcito de Xang se aproximar dele, sinal de que estava bem perto de seu destino. Este, contudo, prende Oxal, confundindo-o com um procurado ladro. Como no podia falar, Oxal nada diz e acaba jogado numa priso durante sete anos. Neste meio tempo o reino de Xang entra em decadncia: suas terras no produzem alimentos, os animais morrem, o povo fica doente. Desesperado, Xang chama um babala que ao jogar o ikin lhe diz que todo o mal do reino advm do fato de haver injustia na terra do senhor da justia. Xang vai ento averiguar pessoalmente todos os presos de seu reino e descobre Oxal pai na priso. Desolado, coloca o velho pai sobre suas prprias costas e o carrega para o palcio, onde se encarrega de banha-lo e vesti-lo com sua alvas roupas, realizando a seguir uma grande festa. A cerimnia do candombl chamada "guas de Oxal" rememora este episdio. Cor: branco Dia da semana: sexta-feira Numero 16 e 8 Comida: canjica Saudao: Epa, Bab! Exeu, Bab OXAL Oxal, o mais importante e elevado dos deuses iorubanos, foi o primeiro a ser criado por Olorum, o deus supremo. Representa o cu, o princpio de tudo, e foi encarregado de criar o mundo. De sua unio com Iemanj resultou o nascimento da maioria dos orixs e da linha do horizonte, dividindo o cu e o mar. considerado o pai de todos os orixs na cultura iorubana. Equilbrio positivo do universo, o pai da brancura, da paz, da unio, da fraternidade entre os povos da terra e do cosmo. considerado o fim pacfico de todos os seres. Orix da ventura, da compreenso, do entendimento, do fim da confuso. Oxal orix que vai determinar o fim da vida, o fim da estrada do ser humano, o fim com a certeza do dever cumprido. A morte deve ser encarada com naturalidade como encaramos os demais assuntos da nossa vida, pois ela faz parte da natureza e sabemos que tudo tem um incio, um meio e um fim. Exu inicia, Oxal termina. assim nas rodas de Candombl, nos Xirs, quando louvamos todos os orixs. ele que sempre atuar como mediador para acalmar discrdias em qualquer plano e produzindo uma soluo, uma definio. Oxal era marido de Nan, senhora do portal da vida e da morte. E por determinao dela, somente os seres femininos tinham acesso ao portal, no permitindo aproximao de seres masculinos em hiptese alguma. Determinao que servia tambm para Oxal, que com o passar do tempo no se conformava com esta deciso, no s por ser marido de Nan, como por sua prpria importncia no panteo dos orixs.
Assim pensou at que encontrou uma forma de burlar as determinaes de sua esposa. No fugindo de sua cor branca, vestiu-se de mulher, colocou o ad (coroa) com os chores no rosto, prprio das iabs e aproximou-se no portal satisfazendo enfim sua curiosidade. Foi pego, porm, por Nan no exato momento em que via o outro lado da dimenso. Nan aproximou-se e determinou: - "J que tu, meu marido, vestiste-te de mulher para desvendar um segredo to importante, vou compartilh-lo contigo. Ters, ento, a incumbncia de ser o princpio do fim, aquele que tocar o cajado trs vezes ao solo para determinar o fim de um ser. Porm, jamais conseguirs te desfazer das vestes femininas e, daqui para frente ters todas as oferendas fmeas!" E Oxal passou a comer no mais como os demais santos abors (homens), mas sim cabras e galinhas como as iabs. E jamais se desfez das vestes de mulher. Em compensao, transformou-se no senhor do princpio da morte e conheceu todos os seus segredos. ORIXS BALS (ligados morte) OGUM - intimamente ligado a causa de acidentes e desastres OBALUAI - ligado doenas letais e contagiosas. Servir de guia para os espritos desencarnados; OIA-IANS - regente dos cemitrios e principalmente por tambm ser guia dos eguns; NAN - dona do portal da vida e da morte. Considerada como a prpria morte; OXAL - princpio ativo da morte. A determinao final. A paz. O fim. OXLFN Ele muito velho, idade avanada, aleijado, lento. Move-se com muita dificuldade, associa-se a idia de repouso, de imobilidade, dana curvado e apoiado no Opxoro, treme de frio e de velhice. Detesta violncia, disputas e brigas, evita tudo que excitante, come sem sal e sem dend, odeia cres fortes e particurlamente o vermelho. A ele pertencem os metais e substncias brancas como a prata; no reino vegetal o algodo; no animal o caracol, d'angola, martim pescador e o pre. Tem dio do cavalo, pois, por causa deste animal que ficou prso por sete anos e muito sofreu. QUALIDADES BABA NIL BABA OJOB BABA OTUN DUNDUN- Usa uma tira prta sob s vestes.No se raspa. BABA OlKUN- o responsvel pelo fundo do mar.Pai de Yemonj. BABA ORY YJALAD O paxoro,na Africa, o basto cerimonial feito de um galho fino de rvore Akoko. No Brasil feito de metal branco LENDA Oxalufon saudoso de seu filho Xang resolveu visit-lo,porm,antes consultou um Babalaw para saber se correria tudo bem nessa viagem. O Babalaw disse-lhe que no fosse, pois haveria contra tempos.Oxalufn mesmo assim, quis se aventurar-se. O Babalaw disse-lhe que a viagem seria muito perigosa, se realmente quisesse ir, deveria seguir tudo o que le dissese. Oxalofon aceitou e ele disse que leva-se trs peas de roupas brancas e sabo e aceitasse tudo que lhe acontecesse sem reclamar. Oxalufon fez todas as oferendas que lhe foram confiadas e partiu, como era muito velho ia muito lentamente,apoiado em seu cajado. Encontrou logo em seu caminho Ex Elep Pupa, dono do azeite de dend, sentado na beira da estrada com um barril de azeite de dend do lado, aps trocas de saudaes, Ex pediu a ele que ajudasse a colocar o barril sobre a sua cabea, ele concordou e Ex aproveitou para, durante a operao derramar, maliciosamente, o contedo do barril sobre Oxalufon, pondo-se a zombar dele. Este no reclamou, seguindo as recomendaes do babalaw, lavando-se no rio prximo, ps uma roupa nova e deixou aquela como oferenda, continuando a andar e foi vtima, ainda pr duas vezes, de triste aventuras com Ex Eleedu, dono do carvo e Ex Alaady, dono do leo de palma, Oxalufon sem perder a pacincia lavou-se e trocou de roupa, aps cada uma das experincias, enfim chegou aos arredores de Oy e foi surpreendido pelo tropel de um cavalo que havia fugido, tentando agarra-lo. Os guardas confundindo com um ladro, nessa poca o roubo de cavalos era um crime ina fianvel pegaram como de costume na poca, quebraram-lhe s pernas, porque assim que faziam com os ladres. Preso e impossibilitado de comunicar-se com seu filho Xang, pelos maus tratos,acabou por ficar aleijado.Logo as coisas comearam a cair em Oy, as colheitas secaram,as mulheres ficaram estreis, as colheitas no mais produziam,os animais comearam a morrer, as calamidades e doenas invadiram o reino de Oy. Xang muito preocupado procurou um Oluwo, advinho, este disse-lhe que tudo estava acontecendo por causa de um velho que estava preso em suas masmorras em seu castelo. Xang imediatamente se
dirigiu para as masmorras, pois queria saber quem era esse velho que tanto danos a seu reino causara. Chegando ao calabouo, ordenou que abrissem as celas, para sua surpresa,em uma delas, encontravase seu pai, soltando imediatamente e suplicando, desculpas, sendo perdoado. Ento ,como por encanto, tudo comeou a properar em Oy. Xang vestiu seu pai ricamente e banhou-o com as guas mais limpas das fontes, sercando com belas mucambas, Oxalufon sentiu-se no paraiso, fartas colheitas e fartos banquetes lhe foram servidos, s tinha um porm, ele estava aleijado e no podia andar, seu filho ento lhe presenteou com uma bengala de prata, ornada com pedras preciosas e prolas, o Opaxor. Quando Oxalufon teve que seguir para Il Yf, cidade sagrada pelo povo Yorub, devido ao seu estado alquebrado, Xang pediu a Ayr que o carregasse nas costas, Ayr era um Orix no fundamento de xang, era um de seus servos de confiana. Xang naquele momento estava reconstruindo Oy, no podia ausentar-se da cidade nem do seu povo, para redimir-se com Oxalufon, pediu a Ayr que o levasse, pois sentia-se indignado com que havia acontecido com seu pai, mesmo sabendo que no tinha sido de propsito. Ayr ia ser o preferido de Oxalufon no perodo de reconhecimento, entretanto, Ayr percebeu que Oxalufon era um Orix muito especial, um ser de grande sabedoria e sabendo que era da confiana de xang, aproveitou o momento para saber os segredos de Oxalufon, ento usou de m f e tentou convencer a este que Xang era culpado pelos sete anos que passou na priso de Oy.Oxalufon, porm, estava ciente de que tudo que passou, pois Olodumare e o Babalawo o havia prevenido. Ayr passou a ter uma grande rivalidade com xang, por este motivo no se deve coloc-los juntos na mesma casa, para xang se pem pilo e para Ayr no, porque ir criar confuso entre Oxalufon e xang. Chegando a Yf, Oxalufon agradecido a Ayr deu-lhe o ttulo de seu primeiro ministro, fazendo dele seu mais fiel amigo, por este motivo Ayr come diferente dos Xang, sendo suas oferendas levando todos ingredientes que estavam na mesa de Oxalufon, foi lhe concedido comer em sua gamela o arroz, a canjica e o mingau de aca, sendo lhe proibido o dend, o sal e os caroos do quiabo, que quando secos prepara-se certos atins de Ex. OXAGUIAN Filho de Oxalufon, jovem,guerreiro e no perde uma oportunidade de lutar contra Omol e xang. o nico que tem autorizao de enfeitar seus colares brancos com as pedras azuis, chamadas de seguy, e suas roupas brancas podem,s vezes, levar uma franja vermelha. Est ligado ao culto de Yroko e dos espritos, assim como a fertilidade e ao culto dos inhames. pai de Oxossi Inl, come com Ogun j, Oxossi Inl, Ayr, Ex, Oy e Onira. Tem fundamento com Oy, pois o dono do atori fundamento que lhe foi dado por ela, motivo pelo qual as pessoas de Guian devem agradar muito a Oy. Vem pelos caminhos de Onira. Tem ligao com Ex. Seus filhos devem evitar brigas, confuses e mentiras, principalmente no devem enganar a Ogn ou a seus filhos, pois ser castigado sem d. No devem comer ovo frito para no esquentar o Orix, cachaa, sal e dend. um Orix muito perigoso. QUALIDADES ORANDIAN OXANDIAN OXANDIN OXANIN OXAMIN O QUE ORI Dentro da cultura yorb, or explicado com muito teor de sabedoria e complexidade da bagajem to rica que nos foi deixada como herana por esse povo milenar. Or no somente a cabea que carregamos sustentada pelo pescoo. Sua funo mais profunda e de suma importncia que abrange um conjunto de: <Alma + Personalidade>. O Or o que direciona o ser humano, em todas suas aes, seja l o que for. O Or como se fosse uma grande bateria que comanda todo nosso corpo. No Or so gerado energias positivas, que trazem muito ax para o ser humano,mas em contra partida quando enfraquecida acumula energias negativas trazendo terrves consequncias para o ser humano. Como tragdias, assassinatos, guerras, loucuras, doenas etc. Tem Or que bom e chamado de or energizado, calibrado as pessoas que tem esse ori so pessoas afortunadas, possuidoras de Olor-IRE. As pessoas que carregam um mal ori, so pessoas infelizes possuidoras de OLOR-Buruku. Por isso eu chamo a ateno de todos que esto lendo essa explanao, trate de cuidar de seus oris, dando comida a cabea, passando primeiro pelo processo de limpeza como:<Balaio de Eguns, comida a bara, comida a terra, comida a Ik, odus, bori branco a cabea, com assento de Ibaori.
AX OR ORUNMIL IF O Orculo africano. Deus dos destinos que aparece no Candombl como qualidade de Oxal.Teria sido o encarregado de estabelecer a ordem no mundo, de separar os elementos e instituir a paz entre os homens. o dono das nozes que revelam a vontade dos deuses, o senhor da adivinhao, que exprime a palavra do criador. As mulheres no podem ser sacerdotizas de If. No se manifesta. Dono dos Bzios, If um orix muito importante e muito bom, acredita-se que o deus todo poderoso mandou If que morava l no cu para terra, para que le consertasse, deu sabedoria, conhecimento e muita inteligncia que lhe permitiu o poder maior entre os outros Orixs.
ESSABAS: Folha da costa (Oxalufan) Tapete de Oxal (Boldo) (Oxafufan) Folha da fortuna Ori-dumdum Rama de leite - Ob Colnia Golfo branco de Monan Levante (Oxoguian) Arruda (Oxoguian) Lingua de vaca (Oxalufan) Bredo sem espinho Tet Alfavaquinha Orim-rim Folha de bicho Ibin Malva branca Efin Folha de vintm Ilerin Beldroega Omim Taioba Bala Golfo branco Omin-oj Jarrinha Jacomij Caj Jamin Mutamba Afer Folha da Costa branca Pachor Parietria Monam Parioba Pecul Folha de leite Omim-iboj Folha de neve branca, cana do brejo Timim
GUA DE LEVANTE; AKK; VENCE DEMANDA; TAPETE DE OXAL; SLVIA; PAINEIRA; MANJERICO; MAMOEIRO; MALVA BRANCA; MACAA; JITIRINA; INHAME; GUACO; FUNCHO; FOLHA VINTM; EWEBI; ERVA PRATA; COLONIA; BOLDO; BETE CHEIROSO; ALGODO; RSNL BELDROEGA; DENDEZEIRO; FOLHA DE BICHO; FOLHA DA FORTUNA; LOURO; MANJERONA; SANGOLOVO ( CANA DO BREJO ); UMBU; MANAC; ARRUDA; LINGUA DE VACA; MILAGRE DE SO JOAQUIM; ALFAVACA; ERVA DOCE. OXAL Locais de maior vibrao dos orixs As cores e flores que so regidas pelos orixs: As bebidas que so regidas pelos orixs: Frutos e Frutas Algumas das comidas mais comuns oferecidas aos Orixs: Mencionaremos aqui as ervas mais conhecidas no Rio de Janeiro: Os Orixs normalmente trazem em seus filhos suas caractersticas fsicas e de carter. Assim podemos dizer que os filhos de: colina descampada Branca ( Palmas e Rosas) Vinho tinto doce Uva Branca. Canjica branca cozida, regada com mel e noz moscada em p, coberta com algodo. Tapete de Oxal (Boldo), Manjerico branco, Puejo, Cinco Chagas, Saio, Alecrim, Barba de Velho, Canela de Velho.
A prata e o chumbo.
LENDA DE OXALUFAN - OXAL (A CRIAO DA TERRA) Olorun, Deus supremo, criou um ser, a partir do ar (que havia no incio dos tempos) e das primeiras guas. Esse ser encantado, que era todo branco e muito poderoso, foi chamado Oxal. Logo em seguida, criou um outro orix que possua o mesmo poder do primeiro, dando-lhe o nome de Nanan. Os dois nasceram da vontade de Olorun de criar o universo. Oxal passou a representar a essncia masculina de todos os seres, tornando-se o lado direito de Olorun. Nanan, por sua vez, teria a essncia feminina, e representaria o lado esquerdo. Outros orixs tambm foram criados, formando-se um verdadeiro exrcito a servio de Olorun, cada um com uma funo determinada para executar os planos divinos. Ex foi o terceiro elemento criado, para ser o elo de ligao entre todos os orixs, e deles com Olorun. Tornou-se costume prestar-lhe homenagens antes de qualquer outro, pois ele quem leva as mensagens e carrega os ebs. Olorun confiou Oxal a misso de criar a Terra, investindo-o de toda a sabedoria e poderes necessrios para o sucesso dessa importante tarefa. Deu a ele uma cabaa contendo todo ax que seria utilizado. Oxal, orgulhoso por ter recebido tamanha honraria, achou desnecessrio fazer as oferendas a Ex. Ex, vendo que Oxal partira sem lhe fazer as oferendas, previu que a misso no seria cumprida, pois, mesmo com a cabaa e toda a fora do mundo, sem a sua ajuda no conseguiria chegar ao local indicado por Olorun. A caminhada era longa e difcil, e Oxal comeou a sentir sede, mas, devido importncia de sua misso, no podia se dar ao luxo de parar para beber gua. No aceitou nada do que lhe foi oferecido, nem mesmo quando passou perto de um rio interrompeu a sua jornada. Mais frente, encontrou uma aldeia, onde lhe ofereceram leite de cabra para saciar sua sede, que tambm foi recusado. Todos os caminhos pareciam iguais e, depois de andar por muito tempo, sentiu-se perdido. De repente, ele avistou uma palmeira muito frondosa, logo sua frente, Oxal, j delirando de tanta sede, atingiu o tronco da palmeira com seu cajado, sorvendo todo o lquido que saa de suas entranhas (era vinho de palma). Embriagado pela bebida, desmaiou ali mesmo, ficando desacordado por muito tempo. Ex avisou Nanan que Oxal no havia feito as oferendas propiciatrias, por isso no terminaria sua tarefa. Ela, agindo por contra prpria, resolveu consultar um babalaw para realizar devidamente as oferendas. O sacerdote enumerou uma srie de coisas que ela deveria oferecer, entre elas um camaleo, uma pomba, uma galinha com cinco dedos e uma corrente com nove elos. Ex aceitou tudo, mas s ficou com a corrente, devolvendo o restante Nanan, pois ela iria precisar mais tarde. Outros sacrifcios foram realizados, at que Olorun a chamou para procurar Oxal, que havia esquecido o saco da criao com o qual criaria a Terra. Nanan, aps terminar suas oferendas, foi atrs de Oxal, encontrando-o desacordado prximo ao local onde deveria chegar. Ao saber que Oxal havia falhado em sua misso, Olorun ordenou que a prpria Nanan prosseguisse naquela tarefa com a ajuda de todos os orixs. E assim foi feito. Nanan pegou o saco da criao e o entregou pomba, para que voasse em crculo. A galinha com cinco dedos foi solta, para espalhar aquela imensa quantidade de terra, e, finalmente, o camaleo arrastou-se vagarosamente, para compact-la e torn-la firme. Quando Oxal acordou, viu que a Terra j havia sido criada, e no o fora por ele. Desesperado, correu at Olorun, que o advertiu duramente por no ter reverenciado Ex antes de partir, julgando-se superior a ele. Oxal, arrependido, implorou perdo. Olorun, sempre magnnimo, deu-lhe uma nova e importantssima tarefa, que seria a de criar todos os seres que habitariam a Terra. Desta vez ele no poderia falhar! Usando a mesma lama que criou a Terra, Oxal modelou todos os seres, e, insuflando-lhes seu hlito sagrado, deu-lhes a vida.
Desta forma, Nanan e Oxal desempenharam tarefas igualmente importantes, juntamente com a valiosa ajuda de todos os orixs, que possibilitaram o surgimento deste novo e maravilhoso mundo em que vivemos. O Orix e sua relao com os Santos Catlicos: Oxal - N.S.Jesus Cristo, N.S. do Bonfim Xang - So Jernimo, So Pedro Ogun - So Sebastio (Bahia), So Jorge (RJ) Oxossi - So Sebastio(RJ), So Jorge (Bahia) Obaluai - So Lazaro, So Roque Oxumare - So Bartolomeu Logun ed - Santo Expedito Ibeji - So Cosme e So Damio Exu - Santo Antnio, e erroneamente Diabo Nan - N.S.Santana Iemanj - N.S. da Glria, N.S. dos Navegantes Oxum - N.S.Conceio (RJ), N.S. das Candeias (Bahia) Ians - Santa Brbara Oba - Santa Catarina ORIXS Oxagui Oxaluf Oxal SINCRETISMOS Menino Jesus de Praga Jesus com 33 anos, Pregador Cristo, o Nazareno, crucificado - Senhor do Bonfim (Bahia) Nossa Senhora da Conceio Nossa Senhora da Glria, Nossa Senhora dos Navegantes (Bahia) Santa Brbara, Santa Luzia, Santa Joana D'Arc Rainha Santana, Santa Teresinha, Santa Edwiges
OXAL
Oxum Iemanj SENHORAS Ians Nan Cosme Damio Doum Crispim Crispiniano Xang Xang Xang Xang Xang Xang Xang Ogum Ogum Ogum Ogum Ogum Ogum Mato Ogum Agod Alufam Agoj Ka Alafim Aganju Abomi de Mal Beira Mar Dil de Nag Guerreiro Rompe Meg
IBEJI
XANG
So Joo Batista So Pedro So Paulo So Jernimo So Tiago Maior So Jos Santo Antnio e So Benedito
OGUM
So Sebastio (So Jorge, na Bahia) Representada pelo Cruzeiro das Almas (cemitrio)
OXAL
Omolu Obalua Iatt NAG Olorum Oxal Oxum Iemanj Ians Ians Ogum Oxssi Ossanyn Xang Omolu Exu Exu
So Lzaro So Judas Tadeu Judas Iscariotes CONGO Nazamb Lemb Di L Kissimbi Danda Lunga Kaiongo Rodialonga Roximucumb Kibuco Motolombo Katende Zaze Kingongo Bombogira (masculino) Panjira (feminino)
OS DOZE ORIXS MAIS CULTUADOS * OMOLOC Zmbi Oxal Oxum Iemanj Ians Nan Ogum Oxssi Ibeji Xang Omolu Exu Pomba-gira
* Orixs ou Voduns do culto Mina-Gge OS SETE ORIXS PRINCIPAIS NAG Oxal Oxum Xang Ogum Oxssi Omolu Exu GGE Olissara ou Lissa Aziri Sob ou Bad G ou Gou Agu ou Agh Azoani ou Sakpate ou Sakpata Legba
Na Umbanda o sincretismo ficou assim estabelecido: OXAL- Nosso Senhor Jesus Cristo IEMANJ- Nossa Senhora da Glria OXUM- Nossa Senhora da Conceio OBALUAI- So Lzaro e So Roque NAN- Nossa Senhora de SantAnna OGUM- So Jorge OXSSI- So Sebastio XANG- So Jernimo IANS- Santa Brbara DIFERENA ENTRE CANDOMBL E UMBANDA necessrio elucidar a diferena entre Candombl e Umbanda, pois a frase mais comum que ouvimos de pessoas leigas no assunto : eu achava que tudo era a mesma "coisa". O primeiro ponto sobre a diferena entre Candombl e Umbanda, que: no h semelhana entre os dois. A comear
pelas origens, o Candombl uma religio africana que existe desde os tempos mais remotos daquele continente, que o bero da terra. De uma forma bsica, no Candombl no existem "incorporaes" de espritos, pois os orixs de quem sentimos fora e vibraes, so energias puras da natureza, que no passaram pela vida, ou seja, no so "entidades", mas elementais puros da natureza, criados por Olorn. No Candombl a consulta feita atravs da leitura esotrico/divinatria do jogo de bzios (no Brasil) - forma de leitura exclusiva do povo candomblecista - e o tratamento para cada caso, feito com elementos da natureza, oriundos dos reinos vegetal, animal e mineral, atravs de ebs (oferendas), Ors (rezas) e rituais africanos. A Umbanda por sua vez - sem qualquer demrito a quem a pratica, pois se levada de uma forma sria e consciente tem seu mrito, valor e aplicao -, uma religio brasileira, que advm do sincretismo catlico-fetichista, necessrio em uma poca de grande represso das religies africanas, em que era proibido o culto dos orixs na sua forma de origem. A partir desta premissa, a Umbanda comeou a tomar corpo, com algum conhecimento de alguns africanos no trato com seus ancestrais, onde se fazia a "incorporao" de algum ente falecido, por um elgn por motivos familiares. Na Umbanda por sua vez, a consulta feita atravs de um mdium "incorporado" , e os "trabalhos" pelo esprito ali incorporado com seus elementos rituais. A umbanda deste sculo, e utiliza os orixs do Candombl, sob outra forma e outro aspecto. Qualquer incorporao, deste gnero, que se fale com as pessoas, beba ou fume em pblico, no Candombl, umbanda; a nica manifestao "semelhante" no Candombl a figura do Er, que, assim como o orix, um elemental da natureza, com uma conduta infantilizada, e que nunca passou pela vida, portanto no um egun (esprito de morto). Ele tem funo especfica, e uma delas se comunicar pelo orix, justamente pelo fato de que ele no fala. Assim, nos referimos como "estado de er". O RITUAL DE ENTRADA O ritual de iniciao no candombl uma cerimnia secreta. Antes de ser iniciada, a novio (a) fica quase um ms trancada na camarina, um quartinho muito simples que tem uma portinha, a palha do dendezeiro e para entrar necessrio tirar os sapatos. O teto de amianto e a camarina tem uma janelinha, para ventilar o ar. No cho, uma esteira e atrs uma mesinha, um prato, uma caneca e a novio (a) s pode comer com colher. Durante o perodo de clausura, o futuro filho de santo passa por um processo de entorpecimento, tendo a cabea raspada, bebendo sangue de animais sacrificados e fazendo o juramento ao candombl. No dia da festa, o terreiro fica cheio de convidados. O barraco canta com os atabaques. O iniciado (a) finalmente apresentado ao pblico. ENCORPORAO E POSSESSO Assunto polmico at mesmo entre os adeptos, o qual d margem, a interpretaes e atitudes, erradas, exageradas e equivocadas, dentro e fora da comunidade. Duas situaes de extrema seriedade, normatizam e definem na sua essncia a "incorporao" pelo orix do seu "filho", lista na categoria dos adoxs, aqueles que "sentem" o orix: 1 - A Lei de Deus no permite, em momento ou instante algum, que o ser humano, no esteja sempre em condies de exercer seu livre arbtrio, ou seja, comandar a si mesmo. 2 - Este mesmo livre arbtrio est presente em todas as horas e situaes no Candombl, e, como dissemos, o orix, uma energia pura da natureza. Portanto, o que sentem os adoxns quando "incorporados", uma forte vibrao dessa energia, que no primeiro impacto, muito forte e com o decorrer do tempo de "incorporao", vai enfraquecendo, para explicar melhor ao leigo, como uma forma de "encanto", motivo pelo qual a atitude, de quando ainda a pessoa iniciada, no abre os olhos ou fala, pois se o fizer, some o "encanto", com o passar dos anos, este orix "incorporado" assume algumas atitudes independentes, pelo seu prprio amadurecimento e compreenso desta forma de energia . O que varia bastante de pessoa para pessoa, a intensidade dessa energia, e, como se sente, quando est sob esse efeito. A nica possibilidade, fora disso, para uma perda de conscincia, de que, na frica, conforme consta em alguns livros, eram ministrados aos iniciados (mas somente nesta fase) um tipo de beberagem. Composta de plantas que teriam este poder, da pessoa ficar num estado de letargia ou sub-conscincia. A RELIGIO O Candombl uma religio dinmica, ao contrrio da imaginao de muitos, pela sua variedade de deuses, essencialmente monotesta, cr em um nico Deus e criador, Olorn (olo=dono, senhor ; orun= cu, espao celeste sagrado), que criou o cu e a terra, os orixs e o homem. O Orn sua moradia e dos Araorn, todos os ancestres e elementais divinizados; o Aiy, moradia dos Araiy, os
seres humanos, os animais, vegetais, minerais e toda forma da natureza; os orixs, elementais da natureza por excelncia, guardies e fiscais da mesma energia indispensvel para toda sobrevivncia, com funo dupla: reger e cuidar da natureza em si e da natureza humana; o homem, objeto maior da sua criao, para de tudo usufruir dentro dos critrios do seu Criador. A teologia yorubana, cr no Orn e Aiy, e em momento algum cita as palavras inferno e pecado. As leis, a lgica, o bom senso e os ensinamentos permeiam a conduta das pessoas. No candombl nada se inventa, tudo se aprende, o saber e o conhecimento s vem com o tempo, ensinamento, humildade, ax, merecimento e compreenso; a sua prtica tende a se adaptar, pelo crescimento e modernidade do mundo, professando a sua religio atravs dos seus ritos, cada vez mais, confinados no Il. AS REGRAS Para existir um Il (casa de candombl), necessrio um Babalorix ou Yialorix, competente, iniciado dentro da lei, seguindo rigidamente ao longo dos seus anos de iniciao suas normas e preceitos, pois somente assim ter o aval, o consentimento, o ax necessrio para desenvolvimento das suas atribuies, atributos esses consignados por seu iniciador no nosso plano material, e seu conseqente desempenho com resultados positivos junto sua comunidade, que s sero obtidos com a aquiescncia dos orixs que os monitoram de forma permanente, permitindo ou at mesmo interrompendo uma situao de resultados realmente significativos, quer seja na sua leitura esotrica ou no trato com o povo. Um Il com ax, estruturado com estudo, aprendizado, dedicao, humildade, respeito e principalmente, conduta ritual. A medida que o il vai "merecendo" os orixs vo lhe "dando valores ao ponto de se obter uma estrutura suficiente, para o incio das atividades de um novo Il. As pessoas que freqentam uma casa de candombl, basicamente so: praticantes, simpatizantes e usurios. A procura por esta religio tanto para prtica como consulta, muito em virtude de um atendimento pessoal e individualizado, em que as pessoas tm uma participao ativa. Naquele instante a pessoa no uma a mais na multido, mas o centro das atenes, de uma forma que possa canalizar toda sua f, para obteno do seu objetivo. O AX Energia mgica, universal e sagrada do orix. uma energia muito forte, mas que por si s neutra. Deve ser anipulada e dirigida pelo homem atravs dos orixs e seus elementos smbolos. O ax dos iniciados est ligado, e diretamente proporcional a sua conduta ritual - relacionamento com seu orix; sua comunidade; suas obrigaes e seu babalorix. O ax o elemento mais precioso do Il, a fora que assegura a existncia dinmica. transmitido, deve ser mantido e desenvolvido, e como toda fora pode aumentar ou diminuir e essa variao est relacionada com a atividade e conduta ritual. A conduta determinada pela escrupulosa observao dos deveres e obrigaes, de cada detentor de ax, para consigo, seu orix e para com seu il. O desenvolvimento do ax individual e do grupo impulsionam o ax do il. A fora do ax contida e transmitida atravs de certos elementos e substncias materiais, e transmitido aos seres e objetos, que mantm e renovam os poderes de realizao. O ax est contido numa grande variedade de elementos representativos dos reinos: animal, vegetal e mineral. Quer sejam da gua (doce ou salgada), da terra, da floresta, mato ou espao urbano. Est contido nas substncias naturais e essenciais de cada um dos seres animados ou no, simples ou complexos, que compem o universo. Os elementos portadores de ax podem ser agrupados em trs categorias: 1 sangue vermelho (ex: sangue, leo de dend, cobre e bronze etc) 2 sangue branco (ex: smen, lcool e sais etc) 3 sangue preto (ex: cinzas de animais, carvo e ferro etc) Toda oferenda e ato ritualstico implicam na transmisso e revitalizao do ax. Para que seja verdadeiramente ativo, deve provir da combinao daqueles elementos que permitem uma realizao determinada. Receber ax significa incorporar os elementos simblicos que representam os princpios vitais e essenciais de tudo o que existe. Trata-se de incorporar o aiy e o orn, o nosso mundo e o alm, no sentido de outro plano. O ax de um il um poder de realizao transmitido atravs de uma combinao que contm representaes materiais e simblicas do "branco", "vermelho" e "preto", do aiy e orn. O ax uma energia que se recebe, compartilha e distribui, atravs da prtica ritual. durante a iniciao que o ax do il e dos orixs "plantado" e transmitido aos iniciados. O JOGO DE BZIOS O jogo de bzios uma leitura divinatria e esotrica por excelncia, utilizado como consulta para identificar nosso orix (ori= cabea + ix=guardio), que a mesma figura do anjo de guarda como tambm a situao material, astral e espiritual de uma pessoa. A leitura esotrica divinatria est diretamente ligada rnml, cujos babalorixs, so seus portavozes, outras lendas africanas, mostram a ligao do jogo de bzios com Ex, Oxum e Oxal. O jogo de bzios exclusivo dos candomblecistas praticantes e reconhecidamente iniciados.
Os bzios so jogados em nmero de dezesseis, que correspondem aos dezesseis ods principais: okaran (ex), megioko (ogum), etaogunda (obaluayi), iorosun (yemanj), ox (oxum), obara (oxossi e loguned, na frica um od de xang), od (omolu e oxal), egionile (oxaguian), oss (oy e yemanj), ofum (oxalufan), owarim (oy), egilexebora (xang), egioligibam (nan), ik (ossain e oxumare), obeogund (ew e ob) e alafia (orixal). Duas formas so as mais utilizadas, sobre a urupema (peneira), ou sobre erindilogun (fio de contas), que em alguns casos constam os dezesseis orixs cultuados atualmente no Brasil; igualmente constam desta parafernlia: uma ot, uma vela branca, um adj (espcie de sineta) usado para saudar os orixs, abrir o jogo e convocar o eled do consulente para que permita uma boa leitura; gua; indispensvel os fios de Oxal e Oxum; um cco de if; moedas; favas; obi; orob; um im; uma fava (semente) especial que represente no jogo o eled consultado, aforante a isso um preparo do babalorix, e os ors (rezas) necessrios. Para uma boa leitura de bzios, trs situaes so fundamentais: 1) Conhecimento e aprendizado. 2) Autorizao, atravs de ritual prprio, o qual ministrado por sacerdote responsvel, tendo o iniciado passado por completo, com seriedade e merecimento, seu perodo de iniciao, que so no mnimo 7 anos. 3) Seriedade do consultor e do consulente. Quem "responde" no jogo de bzios o orix do consulente, ele quem determina a formao dos bzios para serem analisados, uma espcie de permisso, do orix, para que a situao do seu filho seja exposta. O SACRIFCIO DE ANIMAIS Os animais comumente utilizados so, em via de regra: galos, cabritos, carneiros, pombos e galinhas da angola; machos e fmeas. Sua forma de abate, cortado o pescoo com faca bem afiada. Aps o sacrifcio do animal, cujo sangue derramado, em local determinado, so retirados os "axs", que so as vsceras principais (moela, rim, pulmo, corao...) que sero cozidas ou fritas, colocados num ober (prato de barro) e oferecidas como complemento. A carne, ser consumida normalmente pelas pessoas, como se estivesse sido comprada em um supermercado. No Candombl, utilizar o sangue e demais vsceras dos animais dessa forma tem uma causa e objetivo nobre: o de produzir uma energia, o ax, que ir cumprir uma funo: o sangue como forte elemento portador de energia. AS ERVAS DOS ORIXS As ervas contm grande quantidade de ax energia mgico-universal e sagrada, que bem combinadas entre si, detm forte poder de limpeza da aura e produzem energia positiva. Um banho de ervas do orix do candombl age sobre a aura eliminando energias negativas, produzindo boas energias. Um banho de ervas deve reunir as ervas adequadas a cada caso a fim de agir diretamente sobre distrbios, eliminando sintomas provocados por ms energias. Algumas das ervas largamente utilizadas pelo candonbl so: Babosa, Aloe Vera, Erva de Santa Luzia, Sete Sangrias, Goiabeira, Mamona Vermelha, Melissa, Alfavaca, Patchouli, Alecrim, Alfazema, Algas Marinhas - Saio Amoreira.
AS FOLHAS SAGRADAS DOS DEUSES AFROS ACCIA-JUREMA Ligada ao Deus (Orix) Oxossi. Usada nos banhos de descarrego, sacudimentos, lavagem de contas. Obs.: ESTA FOLHA NUNCA DEVE SER QUEIMADA. Nos cultos de Catimb, os indgenas fazem uma bebida, extrada da raiz desta planta, que chamam de Cauim ou Ajuc. Da infuso ou decoco obtida da casca, dizem os ndios que, depois de beb-la, se sentem leves, transportados para o Cu. Na medicina caseira utilizada externamente, em banhos ou compressas sobre ulceras, cancros, e na erisipela, em razo de um princpio orgnico nela contida. ALECRIM DO MATO OU DE CABOCLO Ligada aos Deuses ( Orixs ) Oxal e Oxossi e vrios Orixs. A nica diferena do alecrim do mato que esta espcie chega a uma altura de dois a trs metros. Usada para banhos, amacis de Ori Banho de cabea ), lavagem de contas, e defumaes pessoais e de ambientes, banhos de Ab
(indispensvel), pois afugenta os guns ( espritos desencarnados ) e Exu ( Orix das encrizilhadas, que muitas vezes confundem o bem com o mal ). Na medicina caseira usada como remdio eficaz para tosses (catarros), bronquites, usando-a como ch. ALFAVACA DO CAMPO Planta conhecida na Bahia como Quioi e no Nordeste como remdio de xaqueiro. Usada para obrigaes de amaci de Or. Descarrego, banho de Ab ( limpeza espiritual ), lavagem de contas. Do cozimento das folhas, usa-se fazer o ch e um xarope para coqueluche e principalmente para combater tosses rebeldes, bronquites e asma. ALFAZEMA DE CABOCLO OU ACCIA OU JUREMINHA Ligada aos Esptos dos Caboblos. Usada para o Ab, amaci de Ori, lavagem de contas e nas defumaes pessoais e de ambientes. Na medicina caseira usada para fazer essncias aromticas (perfumes) ou so colocados em ramos em saquinhos perfiunados (sach). para as gaveta. O ch usado contra tosses rebeldes e bronquites. ARAC DO CAMPO Ligada ao Deus Oxossi . Usada para lavagem de contas. Na medicina caseira, usada como chs para diarrias e para alteraes das vias urinrias. ARRUDA MACHO Usada em todos os rituais e principalmente em banhos para cortar inveja, olho-grande, benzimentos, lavagem de contas. Esta planta na Bahia usada para se fazer amuletos, patus, figas e cruzes. Na medicina caseira, usada contra vermes e reumatismo. O sumo macerado utilizado para fechar feridas ( excelente sicatrizante ). ALAMANDA Ligada aos Deuses Obaluay e Oxun. muito usada para banhos de descarrego. Na medicina caseira muito usada nos tratamentos das doenas de pele, sarna (coceiras), eczemas e furunculose.Usa-se uma loo feita com as folhas cozidas. LFAVACA-ROXA Ligada aos Deuses Obaluay e Xang. Na medicina tem as mesmas aplicaes descritas antes. ALOS OU BABOSA AZEVRE OU AZEBRE ALO Ligada aos Deuses Obaluay e Ogun. Da gosma contida no interior da folha, faz-se aplicaes para queimaduras, tnico capilar, cristel para hemorridas. Tendo grande eficcia como emoliente, muito usada para abscessos e tumores. Como esta planta custa muito a secar substituida pela piteira (folha de Ossayn), que oferece sempre folhas secas pam uso imediato e que, do mesmo modo, um Alos. ANDA-AU OU INDAIAU OU COTIEIRA Ligada ao Deuse Obaluay ou Omlu. Na medicina caseira tida e havida como eficaz, aplicados os frutos socados, para descarregar o intestino, pois age como laxante e purgativo. No campo da veterinria, tambm usada em doses muito fortes. Do cozimento das folhas feita uma mistura para o tratamento do reumatismo, em demoradas compressas ou em banhos quentes demorados. Tambm usada como regulador do fluxo menstrual das senhoras. ARATICUM DE-AREIA OU BIRIB OU MALLO Ligada aos Deuses Obaluay, Oxun e Yemauj. Planta africana muito usada pelos povos Bantus, principalmente no Congo e na Angola, onde toma os nomes de Ylo, Maylo ou Mallo. Liturgicamente muito usada, sem mistura de outra erva, para banhos de descarrego. Na medicina caseira, a polpa dos frutos usada para vazar tumores, e do cozimento das folhas para o tratamento de reumatismo ( Obs: H outra espcie que pertence mesma famlia, que o araticum-do-mato, aironacea, pertencente aos mesmos Orixs e que d uma fruta gostosa, conhecida como Birib) ARREBENLA-CAVALO Ligada aos Deuses Obaluay e Exu. Usada como aroeira, para banhos fortes de descarrego, do pescoo pra baixo. Participam do cozimento para banho (sem ir ao fogo), maceradas: O pinho roxo, so gonalinho e a vassourinha-de-relgio ( Obs.: Esta planta difere bastante da outra que possui o mesmo nome. Esta no tem espinhos, as folhas so denteadas, macias e a planta leitosa, enquanto que a outra d uns frutos arredondados e vermelhos; quando maduros, as folhas e caules so espinhosos). ESTA PLANTA NO TEM USO NA MEDICINA CASEIRA.
ANGELICA Ligada aos Deuses Ossaiyn e Oxal. Ter um ramalhate em casa afasta a inveja e os ms fludos. Usada serve tambm para atrair o amor perfeito, quando usada em magias para tal. ANTRIO OU ZANGA Ligada aos Deuses Tempo ou Ossaiyn. Dentro da medicina caseira, usada como tnico capilar. ALFACE Contam as lendas que Vnus - Afrodite quis um dia esconder Adonis, e para isso acomodou-o num de p de laface, cobrindo-o com as folhas da referida planta. Deste modo protegeu o filho da ira dos outros deuses por longos anos. A alface para os gregos era tida como planta sagrada. Nos cultos afrobrasileiros folha de guns ( mortos ). Toma-se ch das folhas para retirar influncias de espritos desencarnados. AROEIRA Ligada aos Deuses Exu, Ogum e Logun-de. O banho forte serve para descarregar energias negativas e lavar instrumentos e latares , visando sua purificao das larvas astrais danosas. ARREBENTA CAVALO Ligada aos Deuses Ex e Obaluay. O Banho usado para descrrego de larvas astraias danosas ( do pescoo para baixo ). AVELS OU FIGUEIRA DO DIABO OU GAIOLINHA Trazida da frica por um missionrio e plantada em Caruaru, estado de Pernambuco, em 1892. Usa-se socada para purificao dos instrumentos mgicos e altares. Obs.: O LEITE DESTA RVORES , CASO CAIA NOS OLHOS, CEGA. BAMB Ligada aos Deuses Ogum e Ians. Usado as folhas secas com bagaos de cana para defumaes e o banho do pescoo para baixo, contra as influncias danosas de energias de esprtos negativos,. BRINCO DE PRINCESA Para (Eligbar Rei dos Exs). Empregada em banhos fortes de descarga contra energias negativas, preferencialmente numa encrizilhada, tendo-se o cuidado, de deixar um vela acessa e um copo dgua, em caso, num local mais lato que a cabea e fazendo-se uma presce ao seu guia espiritual ( firmar o guia ). BRIO DE ESTUDANTE Ligada aos Deuses Ossaiyn e Ogun. Na medicina caseira usada em ch, contra a insnia. BARBA-DE-VELHO OU MUSGO Ligada aos Deuses Obaluay e Oxal. Aplicada nas defumaes aps os banhos de descarrego. Na medicina caseira usada como uso tpico em forma de suco para combater hemorridas. BELDROEGA Ligada aos Deuses Obaluay, Ex e Tempo. Usada para purificao de altares e isntrumentos. A purificao feita limpando-se os instrumentos e utenclios com sabo da Costa ou de coco. Depois de bem limpa com a palha da Costa e o sabo, tudo lavado e friccionado com a Beldroega. Na medicina caseira, usam-se as folhas socadas para apressar a cicatrizao das feridas (cortes, ferimentos por bala ou faca), colocando-se por cima, o efeito rpido, em razo do princpio ativo da planta, o cido saliclico. BERINJELA ROXA Ligada aos Deuses Obaluay e Tempo. Na medicina caseira as folhas aquecidas, colocadas por cima dos tumores, desinflaman-nos com brevidade. O ch das folhas eliminador dos calculos da bexiga e rins, sendo um timo diurtico, aumentando o volumeda urina. CAAPEBA OU PARIPAROBA Ligada aos Deuses Xang e Oxssi. Usada em Banhos e lavagem de contas. Na medicina caseira, o chs erve para os males do fgado, e do cozimento das razes em decoco, usada como diurtico e para as perturbaes uterinas.
CAFERANA OU ALUM ( CAF ) Ligada aos Deuses Ossaiyn, Xang e Ogun. Na Bahia conhecida por Alum. Na medicina caseira usada para fraqueza e debilidade. Poderosos CABELO DE MILHO Ligada ao Deus Oxssi . A aplicao na medicina caseira est no cabelo. Nasce das espigas ao fruto e s sementes do milho. As espigas so ligadas a Deusa Ians. A espiga usada como Yteque (amuleto), dependura na porta da cozinha ou copa, sem que lhe retire a palha, fazxendo-se uma ala de palha que capeia a espiga e deixando-se a metade, no sentido do comprimento, descoberta, ficando os gos vista. um modo de atrair fartura de alimentos. Obs.: Quando estiver secando, trocar por outra verdinha. Na medicina caseira usado como diurtico e para cculos renais (toma-se o ch). CAPIM-LIMO Na Baha e Nordeste conhecido como incenso de caboclo. Erva sagrada, Ax de Oxssi, muito usada em lavagem de contas e instrumentos mgiscos ritualisticos e nas defumaes. Na medicina caseira usado para males do estmago, resfriados, bronquites, tosses. CIP CABOCLO Usado nos banhos de descarrego e lavagem de contas e instrumentos mgiscos ritualisticos. Na medicina moderna, usado em banhos para combater o linfatismo, inchaos e inflamaes das pernas e testculos. CIP CAMARO Usado em banhos de descamgo e defumaes. Na medicina caseira, do cozimento das folhas e do cip para feridas e contuses ( lavagem ou compressas ). CIP BRAVO Ligado aos Deuses Oxal e Oxssi. Na medicina caseira usado para cmbater o fumo excessivo, controlador do sono e calmante. COCO DE IRI Ligado aos Deuses Oxossi e Iemanj. Das Folhas so feitos banhos de descarrego. Na medicina caseira, pelo cozimento das razes, debela os males do aparelho genital feminino. Usado em banhos e lavagens. CAROBINHA DO CAMPO OU JACAND PETERIDES Ligada aos Deuses Obaluay, Omul e Tempo. Esta planta de grande Ax ( poder ) nos cultos baianos, pelo uso que o povo faz. No conhecemos em outras naes, fora do Congo, o emprego litrgico. Na medicina caseira o seu emprego vem dos Cambutas (Grupo Kilongo), negros que a trouxeram para a Bahia, como debeladora dos males ou doenas de pele, coceiras, feridas e esfoladura. CEBOLA DO MATO OU CENCM Ligada aos Deuses Obaluay e Exu. Na medicina caseira, usada ralada sobre tumores, resolutiva como emoliente. Do cozimento (folhas), apressa a cicatrizao de feridas que no fecham. CIP-CHUMBO Ligada aos Deuses Obaluay e Exu. Na medicina caseira muito usado como xarope para tosses e bronquites. Do cozimento das folhas feito o ch para diarrias sanguinolentas e ictercia. Seco e reduzido a p eficaz para cicatrizar feridas. COENTRO Ligada aos Deuses Obaluay e Oxal. Na medicina caseira usado como regularizador das funes digestivas e eliminador de gases intestinais. CELIDNIO OU ERVA -DE-ANDORINHA Ligada aos Deuses Ossaiyn, Obaluay e Tempo. Na medicina caseira utilizada para lavar as vistas (cataratas). A lenda conta que as andorinhas apanhavam esta planta para dar vistas aos filhos. Era chamada pelos gregos de KLELIDN, que quer dizer andorinha, por isto vulgarmente denominada erva-de-andorinha. usada para banhar o rosto e o corpo e para tirar manchas. COCO-DE -DEND
Ligada aos Deuses Ossaiyn, Yf e Exu. O leo que se extrai da polpa do referido coco tem um teor enorme de vitaminas. A semente do coquinho, desprovida da polpa fornece um leo branco e serve para substituir a manteiga: a chamada manteiga de Carit ou Adin. Na medicina caseira muito usado o coco, pera debelar dores de cabea, anginas e diminuio da vista, em razo de fraqueza dos rgos visuais (cataratas, etc..) inchaos de pernas e clicas abdominais. Cebola-do-Mato ou Mangue-Cebola Ligada aos Deuses Exu, Omol . Usada como a cebola-cecm, cortada em 4 partes iguais e distribuda pelos cantos, debaixo dos mveis para afastar falsidade, inveja, etc. FEDEGOSO OU CDIA Ligada ao Deus Exu. Usada para sacudimnentos de ambientes, banhos. Acompnha outas ervas que prestam mesma finalidade. Tambm empirgada para limpeza do cho. Pode ser tambm empregada como oferenda para deuses da guerra ( Ogum, ries e etc...). DOURADINHA DO CAMPO Ligada ao Deuse Obaluay. Na medicina caseira usada no tratamento das doenas da pele ou dermatoses. Esta erva cura a sarna e o ponto final nas coceiras. ESPINHEIRA SANTA Ligada aos Deuses Obaluay, Oxal e Tempo. Tambm chamada de caucerosa, salva-vidas, espinhode-deus. Usada para banhos de descarrego. Na medicina caseira possui bastante aplicao quando recebeu de Olorun ( Deus Supremo ), para aliviar as dores humanas. E empregada para debelar as afeces do estmago, nas gastrites, gastralgias, lceras e cncer: Pe fim as dores com espantosa rapidez. ESTORAQUE BRASILEIRO Ligada aos Deuses Obaluay e Oxal.Usada a resina (goma) que aparece aps se aplicar talhos, golpes, em volta do p, do caule. Tirada a resina, esta reduzida a p. Emprega-se misturada com benjoim e alfazema, em farta defumao pessoal, depois do banho de descarrego. Na medicina caseira, o p resultante da resina ou das cascas e folhas usado para o tratamento de lceras varicosas. Modo de usar: polvilhando as varizes. ERVA CUNALEIRA Ligado ao Deus Oxssi. Usada em banhos de descarrega. Na malicina caseira usada como diuretico e sudorfico, muito empregada para o combate da sfilis. Usa-se o cozimento das folhas. FIGO DO INFERNO OU FIGUEOIRA BRAVA Ligada ao Deus Exu. Belssima arvore que da frutos grandes, de cor marrom-escura. No tronco nascem os frutos em grandes quantidades, bem juntos. Interessante o perfume que chama a ateno de qualquer pessoa que se aproxima do trunco. local de concentrao para Exu e de arriada de obrigaes.Excelente para se deixar presentes para as entidades das ruas e da terra. FOLHA-DA-FORTUNA / FOLHA -DE-OXAL OU FOLHA-DA-COSTA Ligada aos Deuses Oxal e Exu. Usada nos banhos lustrais. FIGO BENJAMIM Ligada aos Deuses Obaluay e Exu. Usado em banhos fortes para pr fira perseguio (obsidiao, obsesso). Fazer a gangorra banho dado com o paciente de costas, sentado sobre uma gangorra feita de um paralelepdeso e uma tbua, onde o paciente fica sentado no meio e o banho escorre para o ralo. Para melhor efeito, este banho deve ser dado no tempo ( ao ar livre ), junto com trs sabugos de milho cortados ao meio. Obs.: Estes sabugos tem de ser colhidos nos restos das feias-livres ou no lixo, junto a estes, o pio roxo, pau - dalho, aroeira, vassourinha-de-relgio GUACO CHEIROSO Ligado aos Deuses Oxal, Oxssi, Oxumar. Tambm conhecido como erva das serpentes. Usado para banhos de limpeza. Na medicina caseira usado contra tosses rebeldes, bronquites, como xarope. Aplicado contra veneno de cobra (soro antiofidico), com folhas secadas no local e o ch forte ( bebido ), dosagem de 30 gramas para 1 litro dgua.
GUIN PIPI Usado em defumaes pessoais e de ambientes. Na medicina caseira, o ch usado para dores de cabea (enxaquecas) e para reumatismo articular (artrite). GUIN CABOCLO Muito diferente do Guin Pipi. pois esta d em rvores de dois a trs medos de aluna. Prpria de restingas, capoeiras e matas. Encontrada principalmente em Arauama e ao longo do litoral fluminense. Na medicina caseira, usada em ch, para os males do intestino, estmago, m digesto. GAMELEIRA Ligada aos Deuses Tempo, Iroko ou Leko e Xang. Planta de grande poder e tida como intocvel fetiche do Orix Irko, no Ket, que no Jj chamado de Loko e no Congo e Angola de Tempo. Delas se reco-lhe, por ocasio das desfolhas, as folhas que caem e tambm aquelas que ficam com a parte direita do limbo para cima. tal como se encontram quando presas ao caule. No Brasil conhecida a gameleira branca, rvore rara e quase extinta, embora existam outros tipos de gameleira. POR SER UMA RVORE INTOCVEL, E SAGARADA NO TEM USO NA MEDICINA CASEIRA. HISSOPO OU ALFAZEMADE CABOCLO Usada nos amacis de Ori, lavagem de contas, banhos. Na medicina do povo, usada nas afeces do aparelho respiratrio e principalmente como xarope expectorante, anticatarral e bronquite. HORTEL PIMENTA Ligada ao Deus Exu. Usada para banhos de descarga, do pescoo para baixo, para anular maus fludos e cargas, na purificaao do altae e instrumentos mgicos. KITOCO Ligada ao Deuses . Na medicina caseira muita utilizado nas doenas de estmago, em ch; e nos abscessos e tumores, as folhas so aplicadas socadas. Tambm para doenas de senhoras (ch), para dores uterinas, clicas mensftuais. etc. JABORANDI Usada Na medicina caseira na lavagem dos cabelos, tomando-os sedosos; tnico dos cabelos (policarpica). Serve para suadouro eficaz nas pleuras, bronquites e febres que tragam erupes (sarampo). JENIPOPO Ligada aos Deuses Obaluay, Tempo Iruko, Loko e Ossaiyn. As folhas usadas para banhos de descarrego ou limpeza. Esta rvore presta-se para uma simpatia muito tiI e eficaz para exterminar os ataques de clera e epilepsia ou ataques do Tempo, apesar desses males serem considerados incurveis. Coloca-se o doente de p, encostado na rvore, e ao lado acende-se trs velas dos trs reinos da natureza, sendo uma de cera (animal), uma de carnaba (getal) e outra de espermacete (mineral) comum, formando um tringulo, e com uma faca virgem, de ao, reza-se suplicando a Ossayn e ao Tempo a extino do mal, dando golpes no anuredo, dizendo: ASSIM COMO CORTO ESTA RVORE, FICAR CORTADO DE FULANO, PARA SEMPRE, ESTE MAL. Na medicina caseira as folhas so cozidas juntamente com as cascas e se extrai um sumo, usado no tratamento das lceras varicosas. Lavandoas e o caldo dos frutos remdio para combate hidropisia. JUREMA BRANCA OU MIMOSA VERRUGOSA Bastante diferente da jurema preta, principalmente devido aos calombos que existem no caule, pelos ramos. tambm armada de espinhos. Na medicina caseira o uso de cascas em decoco (sabor amargo) tem aplicao em banhos ou lavagens, como adstringente para doenas da pele. O ch empregado como narctico para insnia e estado nervoso. LGRIMA DE NOSSO SENHORA Ligada aos Deuses a Ossaiyn e Yemanj. As folhas com as sementes so usadsas para banhar os olhosd propiciando o desenvolvimento da clarividencia. A aplicao feita pela manh e o banho dos olhos deve ficar durante a noite exposto ao sereno, retirando-se antes do Sol nascer. Obs.:Esta erva no vai ao fogo. Na medicina caseira e tida como excelente diurtico, ch Os banhos debelam o reumatismo e reduzem as inchaes. MALVA DO CAMPO OU MALVARISCO
Ligada aos Deuses Oxal e Oxssi. Usada nos banhos para purificao pessola, de altyares e instrumentos. Na medicina caseira, usada como emoliente, empregando-se em bochechos e gargarejos. em abscessos nas gengivas, inflamaes da garganta e operaes da boca. MANJERICO ROXO Ligada aos Deuses Obaluay, Xang, Tempo, Ians. Colhido e posto a secar, grande preventivo contra raios, coriscos, em dias de tempestades, usando-se o defumador. Usa-se em defumao como purificador do ambiente. indispensvel como banho de descarrego e proteo. Na medicina caseira usalo, como os outros, para males do aparelho digestivo e eliminador de gases. MANGUE VENNELHO OU MANGUE-SAPATEIRO Ligada aos Deuses Obaluay e Omlu. Usado na medicina caseira para adstringente no tratamento das lceras varicosas e feridas rebeldes, sendo aplicado em compressas ou banhos nas partes lesada Usado tambm para lavagens ginecolgicas ou banhos de assento (moas virgens) para tratamento de leucorria (flores brancas). MASTRO OU MASTRUZ Ligada aos Deuses Obaluay e Oxal. Usado na medicina caseira, goza de grande prestgio no tratamento das afecoes puimonares, principalmente nas pleurisias secas ou com derrames. Usa-se o sumo, simples ou de mistum com leite quente, quantas vezes possvel. um excelente antibotico natural. MALVARIOSCO OU CHAPU-DE TURCO Usada para banhos de descarrego. MANGUEIRA Ligada aos Deuses Exu e Ogun. Usada pm banhos de descarego com a mistura de arueira, pinho roxo, cajuiero e vassourinha de relogio, do pescoo para baixa As folhas servem tambm para cobrir o cho a fim de afastar maus fluidos e larvas astrais. MELO-DE -S O-CAETANO OU ERVAS DAS LAVADEIRAS Ligada aos Deuses Xang. O Ch Anfi-reumtico, antifebril, banho de assento (doenas de senhoras, corrlinentos, etc). NS DE COLA ( OBI ) Ligada aos Deuses Oxal, Obatal, Odudw, Olissassa, e demais divindades da criao. Os africanos comem os frutos do Obi, como gerador de energias. Na medicina caseira usado como tnico do corao, regularizando as pulsaes e para o sistema nervoso, sendo tambm muito eficaz contra anemias. CANA Ligada ao Deus Exu . As folhas e os bagaos serve para as defumaes. O acar extrado da cana usado nas defumaes destxuir larvas astrais e afugentar guns ( desencarnados ). PIPEREGUM VERDE OU DAMACENA Planta originria da Guin (frica). Grande Ax ( fora ) de Oxssi, o Deus da Caa. Usada para sacudimentos contra as energias de esptos desencarnados, pessoas ou domicilios. Na medicina case ira usada contra reumatismo, por meio de banhos e compressas. PIPEREGUM VERDE E AMARELO OU DAMACENA RAJADA Ligada aos Deuses Legun-de e Oxumar. Usada da mesma maneira que o descrito antes, que de Oxssi. PITANGUEIRA Usada para defumaes de ambiente para atrair dinheiro. Usa-se as folhas secas, misturadas com canela em p, p de caf (virgem), acar, cravodandia e palha de alho e bagao de cana-de-acar. ( Obs.: Esta defumao feita da porta da rua para dentro da casa, deixando-se na rea ou quintal o resduo, para depois despachar-se no dia seguinte, no mato, na praia ou gua corrente. Usada na medicina moderna para dar fim s lombrigas das crianas, em ch. PANECA OU AZOUGUE DE POBRE
Ligada aos Deuses Obaluay e Xang. Na Bahia conhecida por bolsa de pastor ou brao de preguia. Na medicina caseira tida como poderoso diurtico e eficaz no combate a sfilis, usando-se o ch. Tambm indicada para as doenas de pele, eczemas e para debelar o reumatismo, em banhos. PARIETRIA- VIDRO Ligada aos Deuses Obaluay e e Oxun. Apesar de fazer parte da famlia das urtigas, esta qualidade inofensiva ao contato das mos. Na medicina caseira usada como diurtico, das vias urininrias (urina solta). empregada, em cozimento das folhas, para os males da pele. PAU - DALHO OU GUARAREMA Ligada aos Deuses Obaluay e Exu. Usado em sacudimentos pessoais e domiciliar, casas, lojas, onde o homem exerce funes lucrativas. Tambm usado para banhos fortes de descarrego para retirar influncia negativa. Usado com aroeira, pinho roxo e branco. Na medicina caseira, as folhas, socadas e colocadas em cima de furunculos e tumores, resolvem eficazmente. Tambm no cozimento das folhas, em banhos quentes e demorados, muito til para reumatismo e hemorridas. PITEIRA IMPERIAL Ligada aos Deuses Ossaiyn, Obaluay e Tempo. Na medicina caseira, as folhas verdes e cozidas so o usadas para lavar feridas e dermatoses. RABO DE TATU OU LANCETA Ligada aos Deuses Obaluay e Oxssi. Na medicina caseira que tida como uma preciosidade para abrir abscessos e tumores, pr fim s inflamaes, panarcios, unheiras, erisipelas, regenerando o tecido cutano atacado por inflamaes de qualquer origem e fazendo cessar as dores. SUMAR OU BISTURI-DO-MATO Ligada aos deuses Obaluay e Oxssi. Na medicina caseira os seus efeitos rpidos promovem a abertura de tumores de qualquer natureza, expulsando o pus e fazendo cessar dores, para alivio do paciente. Extingue os furnculos, panarcios, erisipelas. Contra a inflamaes de qualquer origem, abre-se a banana (bulbo) da planta e com uma colher raspa-se a goma nela contida (mucilagem), colocando sobre a pale inflamada ou tumorada, cobrindo-se com gaze ou pano limpo. SABUGUEIRO Ligada ao Obaluay, muito usado na medicina caseira para tratamento de cataporas, sarampo, escarlatina. Usado para suadouro, do cozimento das folhas um grande diafortico e debeladora do sarampo. SAP OU SAP Ligada ao Deus Exu. As razes so usadas para banhos de descarrego. aps o sacudimento. Obs.: O banho do pescoo para baixo. VASSOURINHA DE IGREJA Ligada ao Deus Exu. Usada para sacudimentos de casas. Juntamente com cipreste e palha-da-costa, serve para espantar energias de desencarnados e todos os males so retirados, URTIGA - MAMO Ligada ao Deuse Obaluay. Na medicina caseira, muito usada para cura de erisipela. Usa-se em chumao de algodo embebido no leite da planta. Emprega-se o ch das folhas para debelar males dos ruins ( O banho, forte, afasta influrncias energticas de desencarnados ).
BIBLIOGRAFIA: (1) Bastide, Roger. O Candombl da Bahia Rito Nag RJ (2) Quirino, Manoel; Raa Africana e seus Costumes Editora Progresso Salvador BA (3) Dos Santos, Juana Albein; Os Nag e a Morte Editora Vozes RJ, 1975
(4) Dados retirados da internet por um intrometido. (5) Mitos dos Orixs do Candombl Paulista - Rita Amaral (6) Candombl e os Tipos Psicolgicos por Carminha Levy (7) Orixas Site Silvio de Otolu (8) Conceitos de vida e morte no ritual do axex: Tradio e tendncias recentes dos ritos funerrios no candombl - Reginaldo Prandi