Resumo Tomo IV PDF
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RESUMO
Aula 04
TC TÓRAX
SEMANA DA
RESUMO - AULA 04
TOMOGRAFIA DE TÓRAX
SUMÁRIO
ANATOMIA 04
PADRÕES FUNDAMENTAIS 05
Padrão perilobular
Lóbulo pulmonar secundário 05
Vidro fosco x consolidação x atelectasia
Nódulos, massas e mais
Reticulação e Padrão Septal
Padrão Cístico
Enfisema
06
Bronquiectasias
Pavimentação em mosaico
Atenuação em mosaico
Padrão perilobular 07
Síndrome da Angústia Respiratória 08
PRINCIPAIS PATOLOGIAS
COVID-19
Pneumonia 08
Tuberculose
DPOC
Neoplasia Pulmonar 08
TEP
Dissecção Aórtica
Aneurisma Aórtico
Mediastinite
Fibrose Pulmonar Idiopática 09
TRAUMA TORÁCICO
Contusão pulmonar
Enfisema Subcutâneo 09
Lesão por projétil de fogo (PAF)
Lesão por ferimento por arma branca (FAB) 10
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ANATOMIA
Plano axial, o que está entre os pulmões é mediastino, o que está por fora é arcabouço torácico.
No arcabouço torácico temos os corpos vertebrais, pedículos, processos transverso e espinhoso, arcos costais
(parte anterior e junção com o esterno é cartilaginosa).
Sempre acompanhar arco costal por arco costal procurando por fraturas.
Na parte mais superior o “Y” ósseo são as escápulas. Ao lado estão as cabeças umerais. Há também as clavículas
(seguindo-as posteriormente temos a articulação acromioclavicular e anteriormente o esterno). A parte superior
do esterno é o manúbrio esternal.
No mediastino avaliamos coração, hilos pulmonares, traqueia, carina, brônquios fontes, esôfago (posterior à
traqueia), transição esôfago-gástrica (local de hérnias de hiato).
Imagem nodular calcificada sobre a pleura: possibilidades: sequela de tuberculose pleural, placa pleural, nódulo
calcificado.
Com contraste visualizamos melhor as estruturas vasculares: tronco da artéria pulmonar, artérias pulmonares
direita e esquerda, arco aórtico, aorta ascendente, descendente. No arco da aorta saem 3 ramos: o ramo mais à
esquerda é a artéria subclávia, segundo ramo é a carótida comum esquerda e o primeiro ramo é a artéria
inonimada (tronco braquicefálico) – que vai dar origem as artérias subclávia e carótida comum. Artérias verte-
brais vão passar entre os forames transversos da coluna cervical e saem das artérias subclávias.
Tronco pulmonar deve sempre ter calibre igual ou menor que a aorta ascendente. As paredes vasculares devem
ser lisas.
Veias pulmonares chegam no átrio esquerdo, ricas em oxigênio. Enquanto que as artérias pulmonares carregam
sangue pobre em oxigênio.
Veias jugulares juntam com as veias braquiocefálicas formam os troncos braquiocefálicos, que se juntam
formando a veia cava superior, que drena para o átrio direito.
Quando angiotomografia tem que ter em mente se quer estudar aorta ou tronco pulmonar. Se for pra ver aorta
o protocolo é de arterial precoce, se for pra ver a artéria pulmonar usa-se o ROI para capturar a densidade da
veia cava superior ou do tronco da pulmonar, e quando a densidade se eleva (geralmente em 100 unidades)
dispara a TC e scanneia para tentar pegar o muito contraste dentro do sistema arterial pulmonar e pouco ou
nenhum contraste no sistema venoso.
PADRÕES FUNDAMENTAIS
Opacidades: tudo que reduz a transparência pulmonar. Vidro fosco x consolidação x atelectasia
Padrão reticular
Atenuação em mosaico: áreas de vidro fosco escanteadas entremeadas a áreas de parênquima preservado.
Padrão perilobular
Sinal do halo x sinal do halo invertido
PNM intersticial usual (PIU): basicamente padrão final da fibrose pulmonar. Artrite reumatoide. Padrão de
faveolamento difuso tendendo a ser mais periférica e nos lobos inferiores.
PNM hipersensibilidade: alergeno. Tabagista tem fator protetor contra essa PNM.
Então no espessamento septal os septos são acometidos. Na IC, há aumento da pressão venosa, que é transmi-
tida à circulação pulmonar e veia pulmonar que passa nos cantinhos do lóbulo pulmonar junto ao septo, trans-
mite a hipertensão e transuda para o septo, espessando o septo.
No padrão reticular o problema pode estar no septo, na parede do lóbulo (interlobular) ou na parede do alvéo-
lo (intralobular).
Vidro fosco x consolidação x atelectasia
Vidro fosco: áreas de atenuação do parênquima pulmonar, mas não é opaca o suficiente para apagar marcas
vasculares.
Nódulo/massa escavada (centro preto, cheio de ar): se contornos espiculados e quanto mais espessa a parede
da escavação maior a possibilidade de neoplasia. Podem aparecer em tuberculose: cavernas (paredes mais
finas), sinal do menisco aéreo (até que se prove contrário bola fúngica (aspergiloma) – se dúvida pode repetir
exame em decúbito ventral, posição da bola vai mudar).
Densidades: sólida (branca), vidro fosco (vê marca vascular dentro dele), semi-sólido (vidro fosco + parte sólida).
Contornos espiculados é um achado sugestivo de neoplasia.
Nódulo centrolobular: no meio do lóbulo (geralmente chega pelo bronquíolo). Padrão de “árvore-em-brota-
mento” - nódulo centrolobular ramificado – pensar em doenças com disseminação por pequenas vias aéreas
(tuberculose – em atividade, inclusive).
Padrão Cístico
“Saco de ar” com fina parede.
Linfangioliomiomatose: além de cistos, pode apresentar quilotórax. Clássico: mulher jovem que fez punção de
tórax e veio líquido leitoso (quilotórax) e na TC de tórax cistos regulares.
Histiocitose das células de Langerhans: cistos irregulares (histérico - histiocitose).
Faveolamento: estágio final da fibrose pulmonar. Múltiplas fileiras de cistos sobrepostas. Facilmente confundi-
das com bronquiectasia: colocar no plano coronal e ver que não se alongam ao hilo pulmonar.
Enfisema
“Cisto” sem parede. Aspecto de “roído de traça”.
Enfisema pode ser centrolobular (centro) ou parasseptal (mais periférico).
Padrão panlobular: não vê septos.
Bronquiectasias
Estruturas císticas de paredes espessadas dilatadas.
Brônquio que continua com o mesmo calibre por mais de 2 cm = bronquiectasia.
Se consigo ver bronquíolo na periferia = bronquioloectasia.
Podem ser císticas, lineares e varicosa (irregular).
Traduzem fibrose ou doença do próprio brônquio que apresenta deficiência de eliminação do muco, que o faz
se acumular, inflamar e dilatar o brônquio (fibrose cística é um exemplo).
Conteúdo dentro das bronquiectasias é sinal de doença em atividade.
Pavimentação em mosaico
Vidro fosco + padrão reticular/septal.
Vidro fosco = preenchimento parcial do alvéolo.
Clássico na proteinose alveolar. Frequente na fase precoce da infecção por COVID 19.
Atenuação em mosaico
Áreas de vidro fosco + áreas de parênquima preservadas.
Sinal do halo x halo invertido
Sinal do halo: nódulo ou consolidação circundado por halo em vidro fosco. Inespecífico, porém foi descrito para
aspergiolose angioinvasiva (pensar em imunodeprimido).
Sinal do halo invertido: vidro fosco circundado por opacidade. Pode ser de base lisa (pensar em pneumonia em
organização), base multinodular (pensar em doenças granulomatosas – tuberculose, sarcoidose) ou base reticu-
lar (pensar infarto pulmonar por TEP – imunocomprometido – ou fungo invasivo – imunodeprimido).
Padrão perilobular
Vidro fosco ou opacidade do redor do lóbulo pulmonar secundário. Pensar em pneumonia em organização
(BOOP), que pode ser idiopática ou secundária a uma série de medicamentos, doenças autoimunes, vírus,
bactérias e se caracteriza por opacidades consolidativas ou em vidro fosco com padrão de distribuição periféri-
ca e escateadas.
Síndrome da Angústia Respiratória
Paciente está muito congesto e a congestão é gravidade-dependente. Então, classicamente há opacidades
posteriores e conforme vai anteriorizando vê-se opacidades em vidro fosco.
PRINCIPAIS PATOLOGIAS
COVID-19
Clínica: febre, tosse, mialgia, anosmia, ageusia
Aspecto: focos de vidro fosco, geralmente arredondados, que tendem a ser periféricos e preferir lobos
inferiores.
Radiografia pode ser normal até muito alterada, com focos de redução da transparência bilateral.
Pneumonia
Bacteriana clássica tende a tomar o lobo pulmonar. Aspecto consolidativo, com broncograma aéreo.
Tuberculose
Pode fazer broncopneumonia (vários pequenos focos disseminados pelo parênquima pulmonar).
Tuberculose pós-primária (paciente imunocompetente): nódulos centrolobulares com aspecto de
“árvore-em-brotamento”, imagem escavada (pensar em doença ativa).
A tuberculose primária ocorre na criança, na primeira vez que há contato com o bacilo, e lembra a pneumonia
bacteriana (consolidação lobar) com linfonodomegalia mediastinal (com centro liquefeito – necrose caseosa).
DPOC
Padrão de inflamação dos brônquios e/ou enfisema.
Enfisema é classicamente mais nos ápices pulmonares (diferente do enfisema da deficiência de alfa-1 antitripsi-
na que tende a se apresentar mais nas bases pulmonares).
Neoplasia Pulmonar
Massa com contornos espiculados. Observar se no pós-contraste a massa apresenta áreas heterogêneas no seu
interior, se tem algum vaso/brônquio que vai em direção a massa e é interrompido por ela e (caso a massa seja
periférica) se destrói a parede torácica, sinais de neoplasia.
TEP
Áreas de falha de enchimento na árvore vascular.
Trombo “em sela/a cavaleiro”: na bifurcação das artérias pulmonares.
Trombo agudo tende a expandir o calibre do vaso.
Frequente derrame pleural, atelectasia associado.
Dissecção Aórtica
Área de flap intimal: a camada íntima “descola” da camada média e adventícia e entra contraste entre a íntima e
a média. Geralmente a luz verdadeira é a mais estreita.
Clínica: dor lancinante retroesternal ou dorsal irradiada.
Aneurisma Aórtico
Aneurisma: aumento de pelo menos 50% do calibre do vaso.
Pode ser dilatação fusiforme ou sacular.
Mediastinite
Borramento da gordura, coleções no mediastino.
TRAUMA TORÁCICO
Contusão pulmonar
Aspecto de consolidação com história de trauma. Quase sempre há algum outro achado associado (fratura de
costela). Ocorrem principalmente após trauma fechado.
A primeira radiografia pode ser normal, sobretudo nas primeiras 6 horas.
TC: lembra consolidação periférica, pode ter aspecto em crescente, não segue distribuição lobar, proximidade
do local do trauma.
Enfisema Subcutâneo
Ar dissecando planos musculares e subcutâneos.
Ar dentro do arcabouço = pneumotórax. Ar fora do arcabouço = enfisema subcutâneo. Ar entre os pulmões, no
mediastino = pneumomediastino. Ar dentro do pericárdio = pneumopericárdio.
Derrame pleural + pneumotórax = hidropneumotórax (nível entre componente líquido e aéreo).
Lesão por projétil de fogo (PAF)
Procurar trajeto linear no parênquima pulmonar.
Presença de artefatos/estilhaços metálicos.