Recurso Ordinário
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Advogado
OAB
I – DOS FATOS
O reclamante foi contratado pela reclamada na data de xx/xx/xxxx, para exercer a
função de frentista, tendo como último salário a quantia de R$x.xxx,xx (valor por
extenso).
Na data de xx/xx/xxxx, o obreiro foi demitido, sem justa causa, com aviso prévio
trabalhado.
O horário de trabalho contratual era de 12x36 sendo de 12:00h às 00:00h, com 01 hora
de intervalo intrajornada.
Reclamação proposta, reclamado apresentou defesa escrita. Nos termos das razões
veiculadas às fls. 38/45.
De fato, não há registros das horas extras, vez que, estas não eram registradas o que a
própria reclamada confessa quando junta os registros sem qualquer anotação de horas
extras.
Não estamos pedindo invalidade da convenção coletiva, nem tão pouco contestando o
artigo 59-B da CLT como sugere a reclamada em sua contestação e acatado pelo
Excelentíssimo julgador a quo.
Senão vejamos;
Ademais a excepcionalidade do regime especial 12x36, por superar até o limite previsto
no art. 59 da CLT, não comporta a prestação habitual de horas extras, sob pena de
implicar a descaracterização do regime especial, conforme iterativa jurisprudência do
Egrégio Tribunal Superior do Trabalho:
Processo:RRAg - 1168-30.2015.5.02.0002
Julgamento: 12/08/2020
Publicação: 14/08/2020
Assim sendo, o que se requer é a reforma da r. sentença no tocante a letra “c’ contido
da inicial qual seja o deferimento da descaracterização da jornada de 12x36, pela
habitualidade de horas extras prestadas, vez que, fica claro que o Magistrado
a quo indeferiu o pedido, porem sob equivoco, vez que entendeu de forma diversa o
que de fato se pede na inicial.
Embasa sua decisão que o reclamante não logrou êxito em demostrar a realização das
dobras, argumenta ainda que as testemunhas do reclamante foram mais tendenciosas
que as da reclamada, cita ainda merecer maior credibilidade as testemunhas da
reclamada e embasa que as 2 (duas) testemunhas da reclamada foram uníssonos em
dizer que existem empregados “folguistas”.
Ora, Excelências, com a devida vênia razão não assiste ao Magistrado a quo, vejam,
não restou comprovado a existência de empregados folguistas, não foi juntado aos
autos CTPS dos funcionários “folguistas”, nem qualquer documento comprobatório que
estes exerçam exclusivamente a função de frentista “folguista, inclusive no depoimento
do Sr. Xxxxxxxxxxx, testemunha da reclamada aos (26min e 38seg – 28min e 20seg) da
gravação da audiência este afirma que trabalha em outro posto de combustível e não
sabe se é de propriedade da reclamada, acrescenta ainda que quando precisa dele em
outro posto de combustível este é comunicado e então se desloca, o que não ficou
claro se na folga da testemunha Sr. Xxxxxxxx quem cobriria possíveis faltas de
funcionários em outro posto de combustível ou até mesmo no posto que ele trabalha.
Sendo assim, por todo exposto alhures pede-se que a r. sentença seja reformada,
deferindo, portanto, as horas extras em favor do reclamante.
É a jurisprudência;
PODERJUDICIÁRIO
JUSTIÇADOTRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 03ª REGIÃO
Acórdão
Desta forma, entende essa Relatora que quando o autor da ação é beneficiário da
justiça gratuita, há condenação ao pagamento de honorários advocatícios, mas com
suspensão da exigibilidade. Somente se houver recebimento de crédito e se esse for
suficiente para retirar do empregado a condição de miserabilidade é que se encerra a
suspensão de exigibilidade mencionada. Sendo assim, dou parcial provimento ao
recurso para fixar honorários em proveito do advogado dos reclamados em 10% sobre
os pedidos integralmente improcedentes, verba que fica com a exigibilidade suspensa,
nos termos do parágrafo 4º do artigo 791-A da CLT, por dois anos, após o que será
extinta a obrigação. Parcial provimento, nesses termos.
Ademais não fazendo jus a reclamada em requerer tal benesse até mesmo por seu
porte empresarial.
IV – DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer o conhecimento e provimento do presente recurso para;
Advogado
OAB