2017AndreaEstudo Unlocked
2017AndreaEstudo Unlocked
2017AndreaEstudo Unlocked
Vinicius Andrea
Orientadora:
Profa. Dra. Elisabete Inacio Santiago
Coorientador:
Prof. Dr. Fabio Coral Fonseca
São Paulo
2017
INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES
Autarquia associada à Universidade de São Paulo
Vinicius Andrea
Orientadora:
Profa. Dra. Elisabete Inacio Santiago
Coorientador:
Prof. Dr. Fabio Coral Fonseca
Versão Corrigida
#
São Paulo
2017
Na função que descreve a trajetória da vida
não somos simples constantes, mas sim,
variáveis independentes.
AGRADECIMENTOS
Em especial, devo muita gratidão ao Dr. Marcelo Linardi por ter idealizado
este projeto e depositado em mim toda a confiança em realizá-lo desde o meu
trabalho de mestrado.
Vinicius Andrea
RESUMO
Vinicius Andrea
ABSTRACT
The aim of this work was to investigate the relations between durability and
the several Proton Exchange Membrane Fuel Cell (PEMFC) setups via long-term
durability tests. Comparisons were made with three types of flow field designs, two
polymeric membranes thicknesses and two platinum loadings. In many aspects,
the serpentine flow field design has presented better results than the others.
Regarding the membranes, Nafion 212 has shown to be very fragile and
susceptible to H2 crossover, although it provides more electrical power than the
Nafion 115 membrane which exhibited better durability. Concerning the platinum
loading, the electrodes prepared with 0.1 mg Pt cm-2 have lost proportionally more
electrochemical surface area than the ones prepared with 0.4 mg Pt cm-2 but at
the same time, the electrodes with the lowest platinum load presented lower
irreversible performance loss rate. The analyses made by several electrochemical
techniques have indicated that the raise of the ohmic and mass transport
resistances are the factors that most contribute to the irreversible performance
loss, meanwhile the charge transport resistance due to the electrodes flooding is
the main responsible for the reversible performance loss. The proportion of
ionomer in the catalytic layer was studied and it was possible to infer that the
highest ionomer proportion contributes to mitigate the MEA degradation, although
it facilitates the reversible performance loss occurrence. Finally, it was observed
that the contact quality of the electrodes and the membrane has remarkable
influence on the PEMFCs durability.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 6
3 OBJETIVOS ............................................................................................................................. 24
4 METODOLOGIA ...................................................................................................................... 25
6 CONCLUSÕES ........................................................................................................................ 91
1 INTRODUÇÃO
∆𝐺𝑟
𝜂𝑒𝑙𝑒𝑡𝑟𝑜𝑞𝑢í𝑚𝑖𝑐𝑎 = (4)
∆𝐻𝑟
1,0
0,8
Potencial (V)
0,6
0,2
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4
Densidade de corrente [A.cm-2]
2 REVISÃO DA LITERATURA
potencial para 0,55 V vs. RHE ou a valores menores que este [27]. Acredita-se
que a corrosão do carbono ocorre nos ciclos de acionamento / desligamento do
sistema de célula a combustível e em condições de falta de combustível. Os
procedimentos de acionamento / desligamento do sistema de célula a combustível
podem levar a uma distribuição não uniforme do combustível no ânodo. Nestas
circunstâncias, o ânodo fica apenas parcialmente coberto com hidrogênio,
fazendo com que o potencial do ânodo se torne negativo e, consequentemente,
acabe por induzir a uma corrosão do carbono [23,28,31,32].
com que o ionômero ganhe volume, o que pode resultar em fadiga e numa
possível falha na membrana [13,14,16].
A contaminação por impurezas pode ter um efeito irreversível no
desempenho e na durabilidade da célula a combustível. Impurezas, tais como CO
e H2S, podem estar presentes no H2 como resultado do processo de reforma, ou
na entrada de ar, devido à poluição, na forma de NO x, SOx ou de compostos
orgânicos. Além disso, os próprios componentes da célula a combustível podem
liberar substâncias contaminantes, tais como íons metálicos ou resíduos
orgânicos decorrentes do processo de manufatura. Possíveis efeitos destas
impurezas no desempenho e na durabilidade das células a combustível são:
bloqueio irreversível dos sítios catalíticos, tornando-os inativos e diminuindo a
cinética das reações eletroquímicas; mudanças na hidrofobicidade da camada
catalítica ou difusora, afetando a transferência de massa; e perda da
condutividade, tanto dos eletrodos como da membrana [14,39].
Mudanças no modo de operação do sistema, tais como o
acionamento/desligamento e variações bruscas de potencial elétrico podem afetar
drasticamente a durabilidade das células a combustível. Por exemplo, quando o
sistema de célula a combustível é mantido desligado por muito tempo, o
hidrogênio remanescente nas linhas do sistema pode atravessar a membrana do
lado do ânodo para o cátodo, fazendo com que os canais de fluxo do ânodo,
eventualmente, encham-se de ar provindo da saída da célula. Ao ser religado, o
sistema passa por uma condição transitória, na qual haverá H 2 nos canais de
entrada do ânodo e ar nos canais próximos a saída deste mesmo eletrodo. A
mistura destes gases num mesmo eletrodo poderá induzir a um potencial elétrico
maior que 1,8 V no cátodo, causando uma degradação acentuada e reduzindo a
durabilidade da célula a combustível [14,26,40].
O projeto das várias partes que compõem uma célula a combustível do tipo
PEM e, principalmente, a configuração dos canais de fluxo da placa monopolar
podem ter um impacto significativo no gerenciamento da água e na distribuição
dos gases para o MEA. Uma configuração inadequada dos canais de fluxo pode
induzir ao bloqueio dos mesmos com água, o que resulta numa distribuição
insuficiente dos gases reagentes, podendo levar a corrosão do carbono suporte
pelos mecanismos de corrente reversa [20,38].
21
3 OBJETIVOS
4 METODOLOGIA
Para a produção dos EDGs, foi utilizado tecido de carbono (PX30, Zoltek)
como substrato para a aplicação das duas subcamadas que compõem os
eletrodos: a camada microporosa e a camada catalítica.
A camada microporosa foi preparada por meio do método de impressão à
tela. Este método consiste em se preparar por agitação ultrassônica uma mistura
de carbono negro de fumo (Vulcan XC-72, Cabot) e dispersão aquosa de PTFE
(DISP 30 – 60% em massa de PTFE, Dupont) na proporção mássica de 85%
carbono e 15% PTFE. Essa mistura foi filtrada e adicionada a uma mistura de
solventes orgânicos (97% de Etileno Glicol, 3% de N-Heptanol) para formar uma
tinta. Essa tinta foi então aplicada sobre o tecido de carbono em diversas
camadas por meio de uma máquina semiautomática de impressão à tela (marca
EKRA, modelo E-1), conforme ilustra a Figura 4. Uma vez aplicada essa tinta no
tecido, os solventes foram evaporados a uma temperatura de 120ºC por 20
minutos para que só ficasse no tecido a mistura de carbono e PTFE. Esse
processo foi repetido por diversas vezes até se obter uma quantidade de carbono
no tecido de aproximadamente 3 mg.cm-2. No final do processo, o eletrodo foi
aquecido numa temperatura de 350ºC por 30 minutos para a total remoção de
solventes e surfactantes remanescentes, e também para distribuir uniformemente
o PTFE sobre o carbono negro de fumo e o substrato [44].
26
A aplicação da camada catalítica também foi feita por impressão à tela. Para
tanto, preparou-se uma tinta que é composta do catalisador (Pt/C- 20% em massa
de Pt, fabricado pela BASF), da solução aquosa de ionômero ( Nafion® DE-520,
5% em massa de ionômero) e de solventes orgânicos (etileno glicol e n-
heptanol). Esta tinta foi preparada como segue: o catalisador foi misturado à
solução aquosa de ionômero (na proporção de 65% catalisador e 35% ionômero
seco em massa) por meio de um dispersor mecânico durante 10 minutos. Em
seguida, foram adicionados os solventes orgânicos (uma mistura em massa de
97% de etileno glicol e 3% de n-heptanol) e a mistura foi aquecida a 80 ºC para
que se evaporasse os solventes oriundos da solução de ionômero (os solventes
da solução de ionômero são mais voláteis que os solventes orgânicos
adicionados). No final do processo, formou-se uma tinta com aproximadamente
33% em massa de compostos secos (catalisador e ionômero) e 67% de solventes
orgânicos. Esta tinta foi aplicada sobre o substrato (ou seja, o tecido de carbono
já com a camada microporosa previamente preparada) e seca a uma temperatura
de 120ºC para que só restasse no final do processo a mistura de catalisador e
ionômero [44,45]. Para este trabalho, foram preparados eletrodos com carga de
catalisador de 0,4 mg Pt cm-2 e 0,1 mg Pt cm-2 a fim de se estudar a influência da
carga de platina na durabilidade das células a combustível do tipo PEM. Para o
27
caso dos eletrodos contendo 0,1 mg Pt cm-2, preparou-se MEAs com eletrodos
contendo duas diferentes proporções entre ionômero e catalisador (relação entre
catalisador e ionômero de 65:35 e de 57:43 % em massa na composição) para se
averiguar a influência dessa proporção no gerenciamento de umidificação da
célula ao longo do tempo. Além disso, a proporção contendo mais ionômero
(57:43) também foi empregada para otimizar a área eletroquimicamente ativa do
catalisador com a menor carga de platina, visto que os eletrodos preparados com
a proporção contendo menos ionômero (65:35) apresentaram menor densidade
de potência elétrica que aqueles preparados com mais ionômero. Para este
trabalho, todos eletrodos foram preparados com área de 25 cm 2.
Carga 0,4
Serpentina
Carga 0,1
Membrana
N212 Interdigital Carga 0,4
Neste estudo, a técnica foi aplicada diretamente na célula PEM (ou seja, foi
feita no modo in situ) com o intuito de se verificar mudanças no perfil voltamétrico
do catalisador utilizado e na Área Eletroquimicamente Ativa (AEA) dos eletrodos
quando submetidos ao TDLD. Além disso, também foi possível com esta técnica
observar se surgiram microfuros na membrana do MEA estudado. Para os
34
𝑄
𝐴𝐸𝐴 = 0 , onde (6)
𝑣 𝑞𝐻
𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 −𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑇𝑃𝐼𝐷 = (7)
𝑡𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒
𝑉 1000∙100%
𝑇𝑃𝐼𝐷 = (1 − 𝑉 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 ) ∙ , (8)
𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑡𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Potencial [ V ]
0,6 0,6
0,5 0,5
0,4 0,4
0,3 0,3
0,2 0,2
0,1
a) 0,1 b)
0,0 0,0
0 200 400 600 800 1000 0 200 400 600 800 1000 1200
Tempo [ h ] Tempo [ h ]
0,6 0,6
0,5 0,5
0,4 0,4
0,3 0,3
0,2 0,2
0,1 c) 0,1 d)
0,0 0,0
0 200 400 600 800 1000 0 200 400 600 800 1000
Tempo [ h ] Tempo [ h ]
1,0 1,0
Degrau N115 Cg 04 - I Degrau N115 Cg 04 - II
0,9 -2 0,9 -2
Potencial @ 0,67 A.cm Potencial @ 0,65 A.cm
0,8 0,8
0,7 0,7
Potencial [ V ]
Potencial [ V ]
0,6 0,6
0,5 0,5
0,4 0,4
0,3 0,3
0,2 0,2
0,1 e) 0,1 f)
0,0 0,0
0 200 400 600 800 1000 0 200 400 600 800 1000
Tempo [ h ] Tempo [ h ]
Potencial [V]
Potencial [V]
0,5 0,5
0,6 0,6
0,5 0,4 0,5 0,4
0,8
Potencial [V]
0,5 0,5
0,6 0,6
0,5 0,4 0,5 0,4
0,4 0,3 0,4 0,3
0,3 0,3
0,2 0,2
0,2 0,2
0,1 0,1
0,1 c) 0,1 d)
0,0 0,0 0,0 0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6
Densidade de Corrente [A.cm-2] Densidade de Corrente [A.cm-2]
Densidade de Potência [W.cm-2]
0,8
Densidade de Potência [W.cm-2]
Potencial [V]
0,5 0,5
0,6 0,6
0,5 0,4 0,5 0,4
0,4 0,3 0,4 0,3
0,3 0,3
0,2 0,2
0,2 0,2
0,1 e) 0,1
0,1 f) 0,1
0,0 0,0 0,0 0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6
Densidade de Corrente [A.cm-2] Densidade de Corrente [A.cm-2]
Figura 10: Curvas de polarização antes e depois dos TDLDs executados com as
seguintes configurações: a) e b) Serpentina N115 Cg 04; c) e d) Interdigital N115
Cg 04; e) e f) Degrau N115 Cg 04.
45
1,1 1,1
Serpentina N115 CG 04 I Serpentina N115 CG 04 I - Final
1,0 1,0
Serpentina N115 CG 04 II Serpentina N115 CG 04 II - Final
0,9 Interdigital N115 CG 04 I 0,9 Interdigital N115 CG 04 I - Final
Interdigital N115 CG 04 II Interdigital N115 CG 04 II - Final
0,8 0,8
Degrau N115 CG 04 I Degrau N115 CG 04 I - Final
Potencial [ V ]
Potencial [ V ]
0,6 0,6
0,5 0,5
0,4 0,4
0,3 0,3
0,2 0,2
0,1
Curvas de Polarização Iniciais a) 0,1 Curvas de Polarização Finais b)
0,0 0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8
Densidade de corrente [ A.cm ] -2 Densidade de corrente [ A.cm-2]
Figura 11: Comparação do desempenho das diferentes configurações de
desenhos de canais de fluxo por meio de curvas de polarização obtidas m: a) No
início do TDLD e b) No final do TDLD.
30
20
10
-10
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8
Potencial [ V ]
0,6 0,6
0,5 0,5
0,4 0,4
Equation y = a + b*x Equation y = a + b*x
0,3 0,3
Adj. R-Square 0,98878 Adj. R-Square 0,98575
0,2 Value Standard Error 0,2 Value Standard Error
0,1
Book7_B
Book7_B
Intercept
Slope
0,59026
-6,20046E-5
3,54668E-5
1,47128E-7 a) 0,1
Book7_B
Book7_B
Intercept
Slope
0,61158
-9,39009E-5
3,20317E-4
3,99859E-7 b)
0,0 0,0
0 200 400 600 800 1000 0 200 400 600 800 1000
Tempo [ h ] Tempo [ h ]
1,0 Degrau N115 Cg 04 - I
0,9 Potencial @0,67 Acm sem interrupções
-2
0,6
0,5
0,4
Equation y = a + b*x
0,3 Adj. R-Square 0,99038
Potencial [V]
0,5 0,5
0,6 0,6
0,5 0,4 0,5 0,4
0,4 0,3 0,4 0,3
0,3 0,3
0,2 0,2
0,2 0,2
0,1 0,1
0,1 a) 0,1 b)
0,0 0,0 0,0 0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6
Densidade de Corrente [A.cm-2] Densidade de Corrente [A.cm-2]
0,5
0,6
0,5 0,4
0,4 0,3
0,3
0,2
0,2
0,1
0,1 c)
0,0 0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6
Densidade de Corrente [A.cm-2]
0,8
0,6
Picos de dessorção de H2
0,4
Corrente [A]
0,2
0,0
-0,8
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
Potencial [V]
Figura 16: Exemplo de um típico voltamograma cíclico de um eletrodo baseado
em Pt/C de uma célula a combustível do tipo PEM. Nele, pode-se observar os
picos referentes à dessorção e adsorção de hidrogênio e, a partir da área sob
estes picos, pode-se inferir a área eletroquimicamente ativa (AEA) do eletrodo [5].
53
0,6 0,6
Serpentina N115 Cg 04 - II Interdigital N115 Cg 04- II
0,4 0,4
0,2 0,2
0,0 0,0
-0,2 -0,2
-0,4 -0,4
Ânodo antes
Corrente [ A ]
Corrente [ A ]
-0,6 -0,6 Ânodo antes
Ânodo depois
Ânodo depois
-0,8 -0,8
0,6
a) 0,6
b)
0,4 0,4
0,2 0,2
0,0 0,0
-0,2 -0,2
-0,4 -0,4
-0,6 -0,6
Cátodo antes Cátodo antes
-0,8 Cátodo depois -0,8 Cátodo depois
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
Potencial [ V ] Potencial [ V ]
0,6
Degrau N115 Cg 04 - I
0,4
0,2
0,0
-0,2
-0,4
Ânodo depois
-0,8
0,6
c)
0,4
0,2
0,0
-0,2
-0,4
-0,6
Cátodo antes
-0,8 Cátodo depois
Tabela 3: Área Eletroquimicamente Ativa (AEA) inicial dos eletrodos das diversas
configurações de células a combustível do tipo PEM e as respectivas perdas em
função do tempo em que estes dispositivos foram submetidos aos TDLDs.
1,0 1,0
Serpentina N212 Cg 04 - I Serpentina N212 Cg 04 - II
0,9 -2 0,9
Potencial @ 0,91 A.cm Potencial @ 0.91 A.cm-2
0,8 0,8
0,7 0,7
Potencial [ V ]
Potencial [ V ]
0,6 0,6
0,5 0,5
0,4 0,4
0,3 0,3
0,2 0,2
0,1 a) 0,1 b)
0,0 0,0
0 200 400 600 800 1000 0 200 400 600 800 1000
Tempo [ h ] Tempo [ h ]
1,0 1,0
Interdigital N212 Cg 04 - I Interdigital N212 Cg 04 - II
0,9 0,9
Potencial @ 0.99A.cm-2 Potencial @ 1.01 A.cm-2
0,8 0,8
0,7 0,7
Potencial [ V ]
Potencial [ V ]
0,6 0,6
0,5 0,5
0,4 0,4
0,3 0,3
0,2 0,2
0,1 c) 0,1 d)
0,0 0,0
0 200 400 600 800 1000 0 200 400 600 800 1000
Tempo [ h ] Tempo [ h ]
1,0
Degrau N212 Cg 04 - I
0,9 Potencial @ 0.91 A.cm-2
0,8
0,7
Potencial [ V ]
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1 e)
0,0
0 200 400 600 800 1000
Tempo [ h ]
Figura 18: Curvas de potencial versus tempo obtidas com os TDLDs das
seguintes configurações: a) e b) Serpentina N212 Cg 04; c) e d) Interdigital N212
Cg 04; e) Degrau N212 Cg04. Os círculos em vermelho denotam as interrupções
ocorridas durante os testes.
57
As membranas Nafion 212, por serem mais finas que as membranas Nafion
115 — as membranas Nafion 212 possuem, em média, 50 µm de espessura, e as
membranas Nafion 115, 127 µm — fornecem desempenho elétrico superior ao
dos MEAs preparados com membranas Nafion 115. Isto pode ser verificado na
Figura 18 pelos maiores valores de potência em que os TDLDs foram realizados,
decorrentes do menor sobrepotencial de queda ôhmica. No entanto, justamente
por serem mais finais, estas membranas são mais frágeis e mais suscetíveis ao
crossover dos gases reagentes que as membranas mais espessas. E a
fragilidade destas membranas pôde ser constatada nos TDLDs em que se utilizou
essa membrana na configuração das células a combustível do tipo PEM.
No TDLD da configuração Interdigital N212 Cg 04 – II, por exemplo, houve
uma drástica perda de desempenho da célula ao longo do tempo,
impossibilitando, inclusive, que o TDLD completasse a meta de mil horas em
estado estacionário. Para o caso da configuração utilizando a geometria de canais
de fluxo do tipo degrau, a fragilidade das membranas Nafion 212 ficou ainda mais
facilmente demonstrada, uma vez que vários MEAs foram preparados para a
realização dos TDLDs com esta configuração (foram cinco no total), mas para a
maioria destes MEAs, a membrana se rasgou logo durante a obtenção da curva
de polarização que antecede o período estacionário. Somente um, dos vários
MEAs preparados, pôde adentrar ao período estacionário e, conforme pode ser
verificado no item e da Figura 18, o desempenho do MEA caiu rapidamente até
se colapsar com apenas 270 horas em estado estacionário. É importante ressaltar
que uma condição do protocolo para que o TDLD fosse considerado finalizado,
além das 1000 horas, era a do caso em que o potencial da célula se reduzisse a
menos que 0,3V. Foi tentado um reinício do TDLD com este mesmo MEA, porém
sem sucesso, pois se verificou que a membrana havia se rasgado.
As curvas de polarização obtidas no início e no fim dos TDLDs para as
configurações de células a combustível do tipo PEM utilizando membranas Nafion
212 e os diversos tipo de desenhos de canais de fluxo são mostradas na Figura
19. Nessa figura, pode-se visualizar com mais clareza os mecanismos de
degradação que ocorreram com estas configurações de células a combustível do
tipo PEM. Pode-se verificar que, para várias das amostras testadas, o potencial
de circuito aberto sofreu drástica diminuição, o que sugere ter ocorrido um
58
1,1 1,1
0,7
Potencial [V]
0,6 0,6 0,6 0,6
0,5 0,5 0,5 0,5
0,4 0,4 0,4 0,4
0,3 0,3 0,3 0,3
0,2 0,2 0,2 0,2
0,1 a) 0,1 0,1 b) 0,1
0,0 0,0 0,0 0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
Densidade de Corrente [A.cm-2] Densidade de Corrente [A.cm-2]
1,1 1,1
0,7
Potencial [V]
1,0
0,9 Curva de Polarização Inicial 0,9
0,8 Curva de Polarização Final
0,8
0,7
0,7
Potencial [V]
0,6 0,6
0,5 0,5
0,4 0,4
0,3 0,3
0,2 0,2
0,1 e) 0,1
0,0 0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
Densidade de Corrente [A.cm-2]
Figura 19: Curvas de polarização obtidas no início e no fim dos TDLDs
executados com as seguintes configurações: a) e b) Serpentina N212 Cg 04; c) e
d) Interdigital N212 Cg 04; e) Degrau N212 Cg 04.
59
120
Serpentina N212 CG 04 I
Perda de Desempenho [ %. k.h-1]
110
Serpentina N212 CG 04 II
100 Interdigital N212 CG 04 I
90 Interdigital N212 CG 04 II
Degrau N212 CG 04 I
80
70
60
50
40
30
20
10
0
-10
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2
Densidade de corrente [ Acm-2]
Figura 20: Curvas de Mudança de Polarização (CMPs) calculadas a partir das
curvas de polarização obtidos no início e no fim dos TDLDs feitos com diferentes
configurações de geometria de canais de fluxo e MEAs com membranas Nafion
212 e carga de platina nos eletrodos de 0,4 mgPt.cm -2.
60
4,5 4,5
4,0 Serpentina N212 Cg 04 - I 4,0 Interdigital N212 CG 04 II
3,5 3,5
3,0 3,0
2,5 2,5
2,0 2,0
1,5 1,5
Ânodo antes Ânodo antes
1,0 Ânodo depois 1,0 Ânodo depois
0,5 0,5
Corrente [ A ]
Corrente [ A ]
0,0 0,0
-0,5 -0,5
4,5 a) 4,5 b)
4,0 4,0
3,5 3,5
3,0 3,0
2,5 2,5
2,0 2,0
1,5 1,5
1,0 Cátodo antes Cátodo antes
1,0
Cátodo depois Cátodo depois
0,5 0,5
0,0 0,0
-0,5 -0,5
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
Potencial [ V ] Potencial [ V ]
Figura 21: Voltamogramas cíclicos obtidos no início e no fim dos TDLDs de duas
das configurações estudadas. Utilizou-se velocidade de varredura de 50 mV.s-1 e
os eletrodos de trabalho e de referência foram alimentados com, respectivamente,
N2 e H2 100 % umidificados. Os voltamogramas correspondem às configurações:
a) Serpentina N212 Cg 04 –II; b) Interdigital N212 Cg 04 – II.
62
100
90 Interdigital N115 CG 04 II
80 Interdigital N212 CG 04 II
Interdigital N212 CG 04 II
70
60
50
b)
40
30
20
10
0
-10
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2
Densidade de corrente [ Acm-2]
100
Perda de Desempenho [ %. k.h-1]
90
Degrau N115 CG 04 I
Degrau N115 CG 04 II
80 Degrau N212 CG 04 I
70
60
50
40
c)
30
20
10
0
-10
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2
-2
Densidade de corrente [ Acm ]
0,10
0,05
0,00
-0,05
-0,10
-0,15
Corrente [ A ]
Ânodo - CG 01 - 65:35
-0,20 Ânodo - CG 01 - 57:43
0,10
0,05
0,00
-0,05
-0,10
-0,15
Cátodo - CG 01 - 65:35
-0,20 Cátodo - CG 01 - 57:43
𝑅𝑇 𝑅𝑇
, onde 𝑎 = − ln(𝑖0 ) e 𝑏= , sendo R a constante dos gases, T a
𝛼𝐹 𝛼𝐹
temperatura, α o coeficiente de transferência, i0 a corrente de troca, i a corrente
drenada da célula e F a constante de Faraday. O coeficiente b é chamado de
coeficiente de Tafel e, de maneira geral, quanto maior o valor desse coeficiente,
maior é o sobrepotencial por ativação. Se a curva de polarização é construída em
escala logarítmica para a densidade de corrente, descontando as perdas ôhmicas
e negligenciando as perdas por difusão, esta se torna uma reta, e a inclinação
dessa reta é o coeficiente de Tafel [5].
1,1
1,0 Serpentina N115 CG 04 65-35 1,0
Serpentina N115 CG 01 57-43
0,9
Serpentina N115 CG 01 65-35 0,9
0,8
Potencial [V]
0,7
Potencial [V]
0,8
0,6
a) b)
0,5 0,7
0,4
iR corrigido - CG 04 65-35
0,3 0,6 iR-corrigido- CG 01 65-35
iR corrigido - CG 01 57-43
0,2 Equação de Tafel ajustada à curva CG 04 65-35
0,1 0,5 Equação de Tafel ajustada à curva CG 01 57-43
Equação de Tafel ajustada à curva CG 01 65-35
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 0,02 0,05 0,14 0,37 1,00
-2
Densidade de Corrente [A.cm -2
] Densidade de Corrente [A.cm ]
Figura 24: a) curvas de polarização dos MEAs com diferentes cargas de platina
(0,1 e 0,4 mg Pt cm-2) e diferentes proporções do ionômero na camada catalítica
do MEA com menor carga de catalisador; b) as mesmas curvas de polarização do
item a representadas em escala logarítmica de corrente (e com perdas ôhmicas
descontadas), e os respectivos ajustes de Tafel para estas curvas.
68
1,0 1,0
0,9 Serpentina N115 CG 04 III 0,9 Serpentina N115 CG 01 IV
-2 -2
Potencial @ 0,69 Acm Potencial @ 0,56 Acm Período 4
0,8 0,8
Período 3
0,7 Período 1 0,7 Período 1 Período 2 Período 3
Potencial [V]
Potencial [V]
0,6 Período 2
0,6
0,5 0,5
0,4 0,4
0,3 0,3
0,2 0,2
0,1 a) 0,1 b)
0,0 0,0
0 200 400 600 800 1000 0 200 400 600 800 1000
Tempo [h] Tempo [h]
0,9
Potencial [V]
0,5 Curva de Polarização Inicial do Período 4
0,6 0,6 0,5
0,5 0,4 0,5 0,4
0,4 0,3 0,4 0,3
0,3 0,3 0,2
0,2
0,2 0,2
0,1
0,1
0,1
Serpentina N115 CG 04 III c) 0,1
Serpentina N115 CG 01 IV
c) 0,0
0,0 0,0 0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6
Densidade de Corrente [A.cm-2] Densidade de Corrente [A.cm-2]
Figura 25: Curvas de potencial versus tempo (itens a e b), bem como as
respectivas curvas de polarização (itens c e d) obtidas dos TDLDs comparando a
influência da carga de platina com as células a combustível do tipo PEM nas
configurações Serpentina N115 Cg 04 – III e Serpentina N115 Cg 01 – IV.
70
50
40
30
20
10
-10
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6
-2
Densidade de corrente [ Acm ]
Figura 26: Curvas de Mudança de Polarização (CMPs) calculadas a partir das
curvas de polarização obtidas no início e no fim dos TDLDs dos MEAs preparados
com diferentes cargas de platina (0,1 e 0,4 mgPt.cm -2), membranas Nafion 115 e
desenho de canais de fluxo do tipo serpentina.
A técnica de EIS foi utilizada neste estudo com o objetivo de investigar com
mais detalhes as polarizações e processos de transporte de água, bem como as
causas das perdas (reversíveis e irreversíveis) que ocorrem em uma célula a
combustível do tipo PEM durante sua operação por longos períodos. Para tanto,
as análises foram feitas com varreduras em diversas frequências e também de
única frequência (em alta frequência). As análises por varreduras obtidas durante
o TDLD da configuração Serpentina N115 Cg 04 – III são apresentadas na Figura
28, na forma de gráficos de Nyquist. Nestes gráficos, os pontos mais a esquerda
representam a resposta das perturbações em frequências mais altas e conforme a
frequência de perturbação diminui, os pontos de resposta se deslocam mais para
direita. O eixo horizontal indica a resistência real (Z’), normalizada pela área do
eletrodo, enquanto que o eixo vertical denota a resistência imaginária (Z’’) — que
que em termos práticos indica a reatância capacitiva, quando negativa, e
reatância indutiva, quando positiva.
O ponto em que cruza o eixo horizontal à esquerda, ou seja, quando Z’’=0
para frequências em torno de 3 kHz, se refere à resistência de alta frequência
(High Frequency Resistance - HFR, do inglês) e está relacionado com as
resistências ôhmicas da célula (Rel), o que inclui a resistência da membrana
(predominantemente), do ionômero da camada catalítica e dos contatos elétricos.
Pode-se observar na Figura 28-a, no qual os espectros de impedância antes da
interrupção do TDLD são mostrados, que durante o TDLD, a HFR praticamente
não se alterou, indicando que a membrana se manteve bem umidificada e,
portanto, não teve sua condutividade alterada durante o período. Já os valores
que cruzam o eixo real à direita do arco formado pelos pontos (denomidado de
LFR—Low Frequency Resistance, do inglês), ou seja, quando Z’’=0 para
frequências em torno de 10 Hz, indica o somatório das resistências ôhmicas (Rel)
e das resistências de transferência de elétrons (Rct) do ânodo e do cátodo. Pode-
se observar, ainda na Figura 28-a, que a LFR tende a aumentar com o tempo de
operação, e pelo fato da HFR ter se mantido constante durante esse período,
conclui-se que a variação da LFR durante o período se deu devido ao aumento da
resistência de transferência de elétrons – Rct. Além do mais, outro fato que pode
ser verificado nestas varreduras é a mudança do formato do arco de impedância
da varredura após 650h, que sugere haver surgido um segundo arco sobreposto
73
2
EIS após 650 h EIS após 950 h (final do período 2)
-80 -80 EIS após Final do teste (1004 h)
-60 -60
-40 -40
-20 -20
a) b)
0 0
20 20
200 300 400 500 200 300 400 500
2 2
Z', Real [mOhm.cm ] Z', Real [mOhm.cm ]
100
-2
40
LFR
340
Potencial [ V ]
Período 2 20 0,56
180
360
[ mOhm.cm2]
200 0 0,54 Período 1
380
220
-20 0,52
240 400
260 -40 0,50 420
Serpentina N114 CG 04 - III
280
Hf = 3,35 kHz a) -60 0,48 Serpentina N114 CG 04 - III b) 440
300
0 200 400 600 800 1000 0 200 400 600 800 1000
Tempo[ h ] Tempo [ h ]
0,70 80
-2 -2
Potencial @ 0,69 Acm Potencial @ 0,69 Acm
LFR-HFR (Rct) 100
0,65 HFR 150 0,60
LFR-HFR
120
Z' - Real [mOhm.cm2]
Período 2
0,60 Período 2 Potencial [ V ]
Potencial [ V ]
200 140
160
0,55 0,55
[ mOhm.cm2]
Período 1 Período1
250 180
0,50
200
-250 -250
Serpentina N115 CG 01 IV (57:43) Serpentina N115 EIS após 50 h ( início do período 1)
EIS após 50 h
CG 01 IV (57:43) EIS após 600h ( final do período 1)
EIS após 650 h ( início do período 2)
-200 -200
Z'', Imag. [mOhm.cm ]
-100 -100
-50 -50
a) b)
0 0
200 300 400 500 600 700 800 200 300 400 500 600 700 800
2 2
Z', Real [mOhm.cm ] Z', Real [mOhm.cm ]
Figura 30: Espectros de EIS obtidos durante o TDLD com a configuração
Serpentina N115 CG 01 –IV: a) varreduras ao longo do período 1 do TDLD; b)
varreduras ao longo de todo o teste.
100
HFR - Real 60 0,60 Serpentina N115 CG 01 IV (57:43) 300
120 Período 3
HFR - Imag. 350
140 40 0,55
LFR
Período 1 400
160
Potencial [ V ]
20 0,50 450
180 Período 3
[ mOhm.cm2]
Período 1 500
200 0 0,45
220 550
-20 0,40
240 600
260 Período 2 -40 0,35 650
-2
280 Serpentina N115 CG 01 IV (57:43) Potencial @ 0,56 Acm
Hf = 3,30 kHz
a) -60 0,30 LFR Período 2
b) 700
300 750
0 200 400 600 800 1000 0 200 400 600 800 1000
Tempo[ h ] Tempo [ h ]
0,80 120
-2 100
Potencial @ 0,56 Acm 0,60 Serpentina N115 CG 01 IV (57:43)
0,75
LFR-HFR (RCT)
HFR 140
Período 3 150
0,70 Período 2
160 0,55
Z' - Real [mOhm.cm2]
0,65 Período 1 Período 2 Período 3 200
Potencial [ V ]
180
Potencial [ V ]
0,60 0,50 250
200 Período 1
0,55 300
0,45
220
[ mOhm.cm2]
0,50
350
0,45 240 0,40
400
0,40 260 0,35
-2 450
0,35 Serpentina N115 CG 01 IV Potencial @ 0,56 Acm
0,30 (57:43)
c) 280
0,30 LFR- HFR (RCT) d) 500
300
0 200 400 600 800 1000 0 200 400 600 800 1000
Tempo [ h ] Tempo [ h ]
Figura 31: Resistências mensuradas da célula a combustível do tipo PEM na
configuração Serpentina N115 CG 01 – IV, por meio de varreduras de EIS e
também por análises de única e alta frequência (HFI), e comparação entre a
variação destas resistências e o potencial da célula ao longo do TDLD; a)
Impedância de alta e única frequência (HFI em 3,30 kHz) ao longo do TDLD; b)
Potencial e resistências em baixas frequências (LFR) extraídas das varreduras de
EIS ao longo do TDLD; c) Potencial e Resistências em altas frequências (HFR)
extraídas das varreduras de EIS ao longo do TDLD; d) Potencial e Resistências
de transferência de elétrons extraídas das varreduras de EIS ao longo do TDLD.
-350 -350
Serpentina N115 CG 04 - IV Serpentina N115 CG 01 - IV
-300 EIS Inicial @ 0,1Acm
-2
-300 -2
-2 EIS Inicial @ 0,1 Acm
Z'', Imag. [mOhm.cm ]
-2
-250
2
-2 -250 EIS Final @0,1 Acm
EIS Inicial @ 0,4 Acm -2
-2 EIS Inicial @ 0,4 Acm
-200 EIS Final @ 0,4 Acm -2
-200 EIS Final @ 0,4 Acm
-150 a) -150 b)
-100 -100
-50 -50
0 0
200 300 400 500 600 700 800 200 300 400 500 600 700 800
2 2
Z', Real [mOhm.cm ] Z', Real [mOhm.cm ]
2
2
-2
EIS Final @ 1,0 Acm
-2 EIS Final @ 1,0 Acm
-80 -80
-60 c) -60 d)
-40 -40
-20 -20
0 0
20 20
200 300 400 500 200 300 400 500
2
Z', Real [mOhm.cm ]
2 Z', Real [mOhm.cm ]
Figura 32: Espectros de EIS obtidos no início e no fim dos TDLDs com as
configurações: a) e c) Serpentina N115 CG 04 –III; b) e d) Serpentina N115 CG
01 –IV.
0,1 0,00
-0,05
0,0
-0,10
-0,1
-0,15 Ânodo antes
Corrente [ A ]
Ânodo antes
Corrente [ A ]
0,1
0,00
0,0
-0,05
-0,1
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
Potencial [ V ] Potencial [ V ]
Figura 33: Comparação dos voltamogramas cíclicos dos eletrodos dos MEAs
preparados com cargas de platina de (a) 0,4 mg Pt cm-2 e (b) 0,1 mg Pt cm-2,
obtidos antes e depois do TDLD. Para a obtenção dos voltamogramas, injetou-se
água ultrapura no eletrodo de trabalho (com fluxo de 2mL.min -1) e H2 no eletrodo
de referência ( com fluxo de 50 mL.min-1). A velocidade de varredura utilizada foi
de 20 mV.s-1.
Tabela 5: Área Eletroquimicamente Ativa (AEA) inicial dos eletrodos dos MEAs
com diferentes cargas de platina e as respectivas proporções de perdas em
função do tempo em que estes dispositivos foram submetidos aos TDLDs.
0,65
-2
Serpentina CG 04 65-35 @ 0,69 Acm
-2
Serpentina CG 01 57-43 @ 0,54 Acm
-2
Serpentina CG 01 65-35 @ 0,44 Acm
0,60
Potencial [V]
0,55
0,50
Figura 34: Curvas de potencial versus tempo de MEAs com 0,1 mg Pt cm-2 e
diferentes proporções entre ionômero e catalisador e MEA com 0,4 mg Pt cm-2.
-250 -250
Serpentina N115 CG 01 - 57:43 Serpentina N115 CG 01 - 65:35
-200 EIS após 50 h -200 EIS após 50 h
2
2
-100 -100
-50 -50
a) b)
0 0
200 300 400 500 600 700 800 200 300 400 500 600 700 800
2 2
Z', Real [mOhm.cm ] Z', Real [mOhm.cm ]
Figura 36: Espectros de EIS obtidos durante o TDLD das células a combustível
do tipo PEM com as configurações: a) Serpentina N115 Cg 01 – 57:43; b)
Serpentina N115 Cg 01 – 65:35.
1,0 0,9
Potencial [V]
0,7
Potencial [ V ]
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1 c)
0,0
0 200 400 600 800 1000
Tempo [ h ]
Figura 37: Curva de potencial versus tempo (item a), curvas de polarização (item
b) e curva dos picos de potencial de reinício (item c) obtidas do TDLD com a
célula a combustível do tipo PEM na configuração Interdigital N115 Cg 01 – IV.
87
-600 -2
EIS Inicial @ 0,05 A.cm
-2 EIS Inicial @ 0,1 A.cm
-2
EIS Final @ 0,05 A.cm
-2 -400 EIS Final @ 0,1 A.cm
-500
Z'', Imag. [mOhm.cm ]
Z'', Imag. [mOhm.cm ]
2
2
-400 -300
-300
-200
-200
-100
-100
a) b)
0 0
200 400 600 800 1000 1200 1400 200 400 600 800 1000
2 2
Z', Real [mOhm.cm ] Z', Real [mOhm.cm ]
-200 -200
-100 -100
c) d)
0 0
0,8
0,6
0,5
0,4
0,01 0,02 0,05 0,14 0,37 1,00
-2
Densidade de Corrente [A.cm ]
0,10
Interdigital N115 CG 01 IV
0,05
0,00
-0,05
-0,10
-0,15
Corrente [ A ]
Ânodo antes
-0,20 Ânodo depois
0,10
0,05
0,00
-0,05
-0,10
-0,15
Cátodo antes
-0,20 Cátodo depois
pode ser favorecido, No entanto, uma vez ocorrido, esse descolamento tende a se
estabilizar e o contato entre os componentes fica resguardado pelo torque de
aperto da célula. Desta maneira pode-se explicar a maior perda irreversível de
desempenho observada durante as primeiras interrupções do TDLD.
Fresh Fresh
Aged Aged
6 CONCLUSÕES
O efeito da carga de platina foi investigado com eletrodos contendo 0,4 e 0,1
mg Pt .cm-2. Verificou-se que os eletrodos com menor carga de platina perderam,
proporcionalmente, mais área eletroquimicamente ativa que os eletrodos com
maior quantidade do catalisador. No entanto, esta perda de área teve pouco efeito
no desempenho, e o MEA com 0,1 mg Pt.cm-2 apresentou taxas de perdas
irreversíveis de desempenho consideravelmente menores que aquele com maior
carga de platina, apesar de propiciar menor potência.
A proporção de ionômero na camada foi investigada e os resultados
mostraram que, apesar de facilitar para que ocorram perdas reversíveis de
desempenho, a maior proporção de ionômero contribui para um melhor
desempenho elétrico e maior durabilidade.
As análises por meio de Curvas de Mudanças na Polarização (CMPs) e de
Espectroscopia de Impedância Eletroquímica (EIS) se mostram excelentes
ferramentas para a avaliação dos mecanismos de degradação das células a
combustível do tipo PEM, e indicaram que o aumento das resistências ôhmicas e
de transporte de massas são os fatores que mais contribuem para as perdas
irreversíveis de desempenho. O aumento da resistência de transporte de cargas
devido ao encharcamento dos eletrodos é o principal responsável pelas perdas
reversíveis de desempenho.
Por fim, observou-se que a qualidade do contato entre os eletrodos e a
membrana na prensagem do MEA tem grande contribuição na durabilidade das
células a combustível do tipo PEM.
93
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1976.
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880, 2015.
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John Wiley & Sons, 2003.
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Mechanism in PEM Fuel Cells. ECS Transactions, v. 6, n. 13, p. 51–62, 2007.
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and mitigation strategies. Journal of Power Sources, v. 184, n. 1, p. 104–119,
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