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INFÂNCIA E JUVENTUDE
1 INTRODUÇÃO
família que sofre com a pobreza. Ao primeiro a sociedade reconhece com importante
função na formação dos filhos, mesmo não estando sempre presente no dia-a-dia,
restringindo sua participação ao pagamento dos alimentos. Aos pais de famílias
empobrecidas, tem-se uma grande cobrança para que este assuma uma condição
de provedor, levando-o a um intenso ritmo de trabalho restando poucas
oportunidades e menor tempo para a convivência com os filhos e quando as filhas
apresentam conduta inadequada este é culpabilizado pela sociedade. (SOUZA,
2010)
É a esses pais que dirige o olhar fiscalizador da justiça, que pode
determinar sua participação na vida dos filhos fique limitada ou até impossibilitada,
de acordo com a legislação.
Assim:
A luta pela guarda dos filhos torna-se então uma acirrada disputa, onde
na maioria das vezes, não significa simplesmente definir com que os filhos passarão
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a morar e sim, uma competição entre as partes, onde ganha aquele que comprovar
sua superioridade.
O Código Civil em seu artigo 1583, inciso 2º estabelece que:
Pode ocorrer que o genitor mova uma ação de guarda unilateral, e esta
poderá ser transformada em guarda compartilhada ao longo do processo desde que
sejam constatadas as condições para sua concretização não sendo somente uma
medida imposta pelo juiz. Os assistentes sociais e psicólogos do judiciário têm
grande importância neste processo, pois são profissionais que intervém diretamente
no conflito familiar e podem observar e apontar para esta opção.
Além das ações de modificação de guarda e regulamentação de
guarda, existem ainda as ações de alimentos, que costumam ser usadas como
contrato pelo detentor da guarda: se o pai pagar regularmente a pensão, poderá ser
o filho, caso contrário será punido. O guardião que tem essa prática deverá ser
punido, pois está violando o direito à convivência.
É preciso compreender que é um direito da criança e adolescente tanto
aos alimentos quanto a convivência familiar, mas que não podem ser condicionados.
Visando condenar a prática de Alienação Parental e aqueles que dela
fizerem uso, foi aprovado O Projeto de Lei nº 4.053/08 do então deputado Regis de
Oliveira.
Após algumas alterações na versão originais, foi aprovada e
sancionada no corrente ano, a Lei nº 12.318, de 26 de agosto que “dispõe sobre a
alienação parental e altera o art. 236 da Lei 8.069, de 13 de julho de 1990”. O
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3 ALIENAÇÃO PARENTAL
3.1 O alienador
3.2 As Vítimas
A SAP foi descrita por Gardner como sendo um distúrbio infantil, que
surge, principalmente, em contextos de disputa pela possa e guarda
de filhos. Manifesta-se por meio de uma campanha de difamação
que a criança realiza contra um dos genitores, sem que haja
justificativa para isso.(SOUSA, 2010, p. 99)
Fonte: APASE
O fim de uma união pode não ser aceito por um dos cônjuges, ou ainda
acontecer de forma ruim e inesperada para ambos, o que pode ocasionar decepção,
tristeza e desejo de vingança. A situação se complica quando o casal possui filhos e
precisam definir com quem os filhos ficarão.
Fávero (2010,p. 73-74) aponta que:
O genitor guardião não consegue compreender que o que teve fim foi a
união conjugal e não a responsabilidade e compromisso que ambos tem de forma
igualitária na formação dos filhos, ou seja, acaba o casamento, mas ninguém deixar
de ser pai e mãe com isso.
17,68%
82,32%
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Código Civil (1916). ; OLIVEIRA, Juarez de. Código civil. 42. ed. São
Paulo: Saraiva, 1992.
BRASIL. Lei nº12. 318, de 26 de agosto de 2010. Dispõe sobre a alienação parental
e altera o art. 236 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Diário Oficial da
República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 26 ago. 2010. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12318.htm>. Acesso
em 24 set. 2010.
SILVA, Andréas dos Anjos P., et al. Reflexões sobre a guarda compartilhada.
Cadernos dos grupos de estudos Serviço Social e Psicologia Judiciários, São
Paulo, v. 04, p. 105-111, 2008.