Modulo A Teria de Poder
Modulo A Teria de Poder
Modulo A Teria de Poder
INTRODUÇÃO
1
Nasceu em Genebra, na suíça em 1712 e morreu em 1778.
individualismo que se vive em Moçambique, os interesses do povo ficam à margem das
expectativas de poucos que fazem parte da elite.
Para Jean-Jacques Rousseau, “a desigualdade social pode ser compreendida a dois níveis; a
primeira é a física ou natural, que é estabelecida por factores como força física, idade, condições
de saúde e até mesmo a qualidade de espírito do indivíduo. E A segundaa desigualdade é moral
e política, que é uma espécie de senso comum entre a sociedade, que é uma convenção
autorizada e consentida pela maioria das pessoas”2. Além do mais, para Rousseau, “a
desigualdade nasce com a propriedade, quando alguém se apodera de alguns bens e diz, isto é,
meu”3. sSegundo a teoria Rousseana, tudo que a terra produz é para o bem de todos e não para o
beneficio benefício de alguns, pois a terra é de todos, e ninguém tem o direito de se achar dono,
a ponto de a cercar e dizer que é seu. Isso mostra, sem dúvidas, um nível elevado de
egocentrismo.
Apesar da relevância que estas teorias apresentam, elas não respondem todas as situações actuais
da humanidade, . dDiante dessa constatação referida, o presente artigo pretende responder ao
seguinte problema: de que caminhos podemos nos servir para a superação da desigualdade
social em Moçambique? Destarte, para concretizar o objectivo geral, formularam-se os seguintes
objectivos específicos: primeiro, compreender o percurso e contornos da desigualdade social
como um problema geral. Segundo, discutir o pensamento de Rousseau sobre a desigualdade
social. Terceiro, avaliar criticamente a desigualdade social em Moçambique à luz da conjugação
das teorias lidas e a realidade vivida. Em termos metodológicos, a reflexão foi conduzida com
base na pesquisa bibliográfica e análise documental, assim como no estudo hermenêutico.
Ademais,Em termos de tipologia optou-se por pela pesquisa qualitativa.
4
ARISTOTELES, Ética a Nicômago, São Paulo 2003.2003, p. 87.
5
ABBAGNANO, Nicola., Dicionário de Filosofia, São Paulo, Fonte Martins, 1998, p. 98.
para garantir sua sobrevivência, conhecidos por seu torno como proletariado”6. Rousseau
cConcebe na espécie humana duas espécies de desigualdades:
uma, natural ou física, porque é estabelecida pela natureza, e que consiste na diferença das idades, da saúde, das
forças do corpo e das qualidades do espírito, ou da alma; a outra, que se pode chamar de desigualdade moral ou
política, porque depende de uma espécie de convenção, e que é estabelecida ou, pelo menos, autorizada pelo
consentimento dos homens. Consiste em esta nos diferentes privilégios de que gozam alguns com prejuízo dos
outros, como ser mais ricos, mais honrados, mais poderosos do que os outros, ou mesmo fazerem-se obedecer por
eles. Assim a desigualdade social nasce com a instauração da propriedade privada 7.
6
MARX, Karl., O Capital. Rio de Janeiro, 1998, p. 112.
7
Rousseau, Jean-Jacques., Discurso sobre A Origem da Desigualdade, Ed. Ridendo Castigat Mores, Brasil,
2011, p. 12.
8
BARRACHA, Carlos., Temas e ideais em ciências politicas, a questão do poder, Ed. Clássica, 2011, p. 51.
tragedias tragédias (guerras) não sejam fossem a regra interminável”9.
Por seu lado, o inglês Jonh Locke (1632-1704), defende estado da natureza, porque lá, os
homens são livres, iguais e independentes. Para este filosofo filósofo inglês, os homens não
querem apenas estar segurosestar seguros da violência, querem, sim, também poder
desdobrarem-sese desdobrarem em seus direitos naturais à vida, à liberdade e à
prosperidade. Por isso, quando o homem deixa de viver em paz, e os seus bens ameaçados
é justo entrar no contratoo. Assim sendo, “esta ausência de organização, que
salvaguardem salvaguarda as pessoas e os bens é que vai conduzir, o fim do estado de natureza 10.
Desta forma, a lei civil , que se substitui à lei natural, tem
como objectivo último a preservação dos direitos individuais, . Pportanto, um
governo que não vai respeitar e proteger os interesses do seu povo deve ser
destituído.
Já Rosseau, é adverso quer da opulência, quer à privação. Para ele, “o estado de natureza, é umm
estado feliz. O homem era bom, ingénuo, puro, inocente, sem noção do bem e do mal, vivem
livres, iguais e independentes . eEntrado em contacto com as leis e a sociedade torna-os perverso
e egoísta” 11. Para eEle, a competitividade entre os seres humanos, aumentou a
desigualdade, fez com que eles perdessem seu estado de
natureza. A desigualdade se tornou presente no nosso dia a dia e suas consequências são muito
assombrosas do que se poderia imaginar.
Breve, da compreensão dos contratualistas, o Estado de Natureza é regido que se impõe a todos,
e com respeito à razão, que é este direito, toda a humanidade aprende que, sendo todos iguais e
independentes, ninguém deve lesar o outro na sua vida, na sua saúde, na sua liberdade ou nos
seus bens; todos os homens são obra de um único criador. Assim sendo, não se pode conceber
que exista entre nós uma hierarquia que nos autoriza autorize a estruirinstruir-nos uns aos outros,
pois a desigualdade é quase nula no Estado de Natureza.
9
Ibidem, p. 52.
10
LOCKE, Jonh., Ensaios sobre a verdadeira origem, extensão e fim do Governo Civil, Ed. 70, Lisboa, 1999,
p.105.
11
Ibidem, p. 71.
A vista disso, é compressível a partir do Estado da Natureza reflectir em torno da evolução da
desigualdade social em Rosseau.
Segundo Rousseau (1974:38-39), foram três os factores que deram origem as às desigualdades
entre os homens: O o surgimento da propriedade privada, que divide os homens entre ricos e
pobres. ; O o surgimento de governos, que dividem os homens entre governantes e governados. ;
Finalmentefinalmente, o surgimento de estados despóticos que dividem os homens entre
senhores e escravos.
Assim, qual foi, então, o momento que melhor caracterizou o rompimento total do homem com a
natureza? Sabe-se que o processo de “desnaturação” aconteceu paulatinamente no percurso da
humanidade com a evolução humana, mas houve um acontecimento que Rousseau considera
como o ponto mais alto do progresso. É justamente com o nascimento da propriedade privada. É
com ela que o homem rompe totalmente com o Estado de Natureza e funda a sociedade civil. A
terra, que antes era de todos, passa a ter um único dono. Os objectos passam a ter um preço. O
ser é substituído pelo ter. A tranquilidade da vida simples é substituída pela ganância e a
competitividade da vida civil. A liberdade natural desaparece totalmente.
Se, por um lado, houve aqueles que argumentaram ser a terra um bem pertencente a todos os
homens que a habitavam; por outro, haviam aqueles que justificavam sua posse em virtude do
trabalho e do tempo empreendido no cultivo. “A despeito de se imaginar a abundância de terras,
houve ocasiões de escassez, e, aqueles que ficaram sem terra, não tiveram outra alternativa para
prover sua subsistência senão roubar ou trabalhar para os que foram mais previdentes”14. Dessa
situação nasceu a primeira grande desigualdade, dividindo os homens em duas classes: ricos e
pobres”15.
Ademais, com a propriedade privada, nasceu também a lei do mais forte. Na verdade, para
Rosseau, a desigualdade social está directamente ligada à relação de poder, estabelecida desde o
princípio dos tempos. Aqui o homem começa a ser escravo de si mesmo e dos objetos. . “A ânsia
de ter sempre mais torna os homens mais gananciosos. Uns cultivam melhor do que os outros e
por isso ficam mais ricos”16. Logo, os ricos exploram os pobres, e estes se submetem, por
necessidade, aos ricos. Assim se forma o cenário de escravidão . Por outro lado, “o homem, de
livre e independente que antes era, devido a uma multidão de novas necessidades passou a estar
sujeito, por assim dizer, a toda natureza e, sobretudo, a seus semelhantes dos quais num certo
sentido se torna escravo, mesmo quando se torna senhor: rico tem necessidade de seus serviços;
pobre, precisa de seu socorro, e a mediocridade não o coloca em situação de viver sem eles”17.
Para Dussel, “foi na primeira tentativa do progresso, que se percebeu a consciência corrompida
do homem. Pode-se dizer que, neste momento, solidifica-se a exploração propriamente dita do
12
Rousseau, J. J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, Ed. Athena,
Porto, 2016, p. 72.
13
Ibidem, 269.
14
Ibidem, p. 73.
15
Ibidem, p. 73.
16
Ibidem, p. 258.
17
Ibidem, p. 259.
homem pelo homem”18. Os ricos compram a força do trabalho dos pobres para ficarem cada vez
mais ricos e, os pobres saqueiam a riqueza dos ricos em benefício próprio.
2.2. A ambição devora a humanidade. O sentimento de ter leva o homem a uma guerra
constante com o seu semelhante. O desejo de lucrar sempre mais faz da vida uma eterna
competição.
2.3. O Contrato Social como Principio Princípio da Igualdade
É com uma frase emblemática e impactante que Rousseau inicia o debate sobre o Contrato
Social: “o homem nasceu livre e por toda parte está agrilhoado” 19. Na sua obra Discurso sobre as
ciências Ciências e as artesArtes, diz que, “no estado de natureza, o homem tinha uma vida boa,
pois suas paixões eram basicamente as necessidades de comer, de repousar e de fazer sexo” 20.
Todas essas necessidades eram facilmente satisfeitas. Diferente do homem civil, o homem
natural vivia isento de grandes preocupações, por isso tinha uma vida pacífica e feliz. Segundo
Rousseau, a natureza era a moradia mais perfeita do homem primitivo, pois nela ele encontrava
todos os subsídios necessários para a sobrevivência. Porém, “a capacidade de aperfeiçoar-se
permitiu-lhe evoluir. Entretanto, essa evolução foi negativa, pois ele perdeu a sua ingenuidade
natural, construiu o progresso e as desigualdades sociais” 21. Para Rousseau, todas essas
transforações mudaram a realidade do homem. A essência foi substituída pela aparência. A
verdade da realidade que antes era facilmente notada foi substituída pela obscuridade.
Rousseau reconhece, assim como o fez Hobbes o fez, que a ordem social é um direito que advém
da convenção humana, não se fundando na natureza. Ou seja, o corpo político é entendido como
umacomo uma criação voluntária, artificial e não natural. Sua criação envolve indivíduos
dispostos a promover uma comunidade que ocorre graças à arte, e não a atributos naturais.
Para o nosso autor, o início desse contrato social dá-se na medida em que o povo se unem, com o
objectivo de superar obstáculos que não conseguiam em seu estado natural. Na passagem do
estado de natureza para o estado civil, o homem muda. O instituto é substituído pela justiça.
Portanto, o pacto social supõe um processo que garante à a igualdade a todos regida por leis e
fundada em num acordo universal e invariável, que beneficia todos igualmente a todos. Quer
18
DUSSEL, Enrique., 20 Teses de política, Ed. Popular, São Paulo, 2007.
19
ROUSSEAU, Jean-Jacques, O Contrato Social. Princípios do direito político. Ed, Martins Fontes, São Paulo,
2006, p. 19.
20
ROUSSEAU, Jean-Jacques, Discurso sobre as ciências e as artes. Ed, Ridendo Castigat Mores, 1974, p. 264.
21
Ibidem, p. 281.
dizer, este contrato para ser legítimo, deve ser fruto do consentimento de todos os membros da
sociedade.
No esquema de Rousseau, o soberano é o povo. “Este acordo entre o Governo e o Povo, não é
para tirar os direitos do povo, mas sim para os defender: o direito a à vida, liberdade e a
propriedade. Então, para que haja igualdade entre os homens, esses sacrificam a sua liberdade
natural, para adquirir a liberdade civil22. Não obstantes, na segunda parte do Discurso sobre a
desigualdade, Rosseau diz que, “o Estado, as leis e os magistrados, os governos e os
governantes, foram criados especialmente para justificar e assegurar a riqueza e,
consequentemente, proteger os ricos e poderosos”23.
O filosofo filósofo moçambicano Severino Ngoenha chama a atenção para este pacto, o que ele
caracteriza como um “pacto dos poucos”, e esses poucos são os que mais posses, mais riquezas e
bens possuem”24. DaiDaí que, se o contrato não for fundamentado na vontade geral, vai-se então
surgir o despotismo. O despotismo é o resultado inevitável de um governo mal constituído. “Sem
ideias e com politicas políticas afastadas do povo. Estes que são combatentes das misérias, das
garantias de segurança, do atendimento médico, dum ensino com qualidade”25.
22
LOCKE, Jonh, Ensaios sobre a verdadeira origem, Extensão e fim do governo civil, Ed. 70, Lisboa, 1999, p.
105.
23
Ibidem, p. 269
24
NGOENHA, Severino Elias., terceira questão, Ed, UDM, Maputo, p. 14.
25
Ibidem.
MOÇAMBIQUE.
O sistema social e político moçambicano, é marcada marcado pelas por várias crises. Essas crises
são apresentadas pelo carácter egoísta da política, pelo desrespeito ou instabilidade das leis
constitucionais e por uma democracia enferma, mergulhada na injustiça social. A razão
distoNesse contexto, o Estado assume-se a à imagem de uma vaca leiteira que deve ser
excessivamente ordenhada ou de uma galinha que põe ovos de ouro que devem ser escondidos e
mantidos para o bem exclusivo de seu dono e de seus familiares. EstamosEstá-se, portanto,
perante uma política que visa apenas encher a “barriga para si” a todo o custo e sob todas as
formas. O concreto dessa situação é captado pelo desvio de fundos, a corrupção erigida como
técnica operacional em todos os níveis da administração, ou seja, os processos dos gabinetes
administrativos não são tratados em função das necessidades e da competência dos cidadãos, mas
sim pelo gesto que se toma para apressar ou motivar o procedimento. Em suma, esta crise
política está na raiz de vários problemas sociais, incluindo a pobreza, a corrupção, a injustiça, as
divisões étnicas. Outrossim, o conflito político-militar, a crise económica que se vivemos hoje,
denuncia que os nossos rostos não são decentes como diz Levinas, se o fossem, não nos
mataríamos uns aos outros, nem permitiríamos essas crueldades de injustiça e desigualdade que
vivemos. O sistema social e político do nosso País país nega a imagem do outro.
Ngoenha entende que “em primeiro lugar é a liberdade que deve se conquistar e preservar. Esta
liberdade pode se manifestar sob diversas facetas: psicológica ou de pensamento, económica, de
imprensa, a religiosa, etc. é fundamental a construção de uma sociedade ideal, porque ela está
ligada à historicidade do homem” 27. Moçambique podia alinhar-se nos princípios de justiça
de Rawls que são também inspiração do contrato social que Ngoenha propõe em defesa da
inclusão e regimento dos bens primários que garantiriam em a a segurança e a igualdade
para todos, .
26
BRANCO, Carlos Nuno Castel., Dilemas Da Industrialização Num Contexto Extractivo De Acumulação De
Capital. Desafios para Moçambique, Maputo: IESE. 2016
27
NGOENHA, S. Elias., Filosofia Africana - das independências às liberdades, Ed, Paulinas, Maputo, 2014, p.
131.
2.2. Inclusão social
Para Dussel, a reabilitação do sistema social e político pela inclusão entre os cidadãos pressupõe
reconhecer o outro e dar-lhe o seu espaço sem pôr em causa os seus direitos. O lugar do outro é
aquele de que gozam todos os homens enquanto sujeitos contemplados dentro daquelas que são
as directrizes traçadas pelo próprio Estado, onde as diferenças naturais são até certo ponto
necessárias para compreender que o outro é diferente e a sua diferença deve ser aproveitada para
o bem da sociedade. O dar espaço ao outro é também dar liberdade e protecção para que ele se
sinta envolvido dentro do seu próprio país, afastando-se da perspectiva de John Locke que leva o
cidadão a “consentir a autoridade do Estado, estabelecendo como que um contrato social com os
outros, em que todos aceitam limitar a sua liberdade, em troca de sua segurança e da segurança
dos seus bens”30.
Olhando para a esfera político-social, nota-se que, os serviços públicos de saúde, educação,
electricidade, água potável e saneamento ainda não chegam cabalmente a todos os estratos
sociais e onde existem são de qualidade deplorável. O sistema de justiça funciona de forma
28
CF. CRM, artigo nº 35.
29
ROUSSEAU, Jean-Jacques, O Contrato Social. Princípios do direito político. Ed, Martins Fontes, São Paulo,
2006, p. 82.
30
LOCKE, J., Ensaios sobre a verdadeira origem, extensão e fim do governo civil, Ed. 70, Lisboa, 1999, p. 83.
deficitária e com pouca transparência. As leis são constantemente violadas em defesa das elites
políticas e económicas no poder. A corrupção no sector público e nas empresas controladas pelo
Estado é endémica. As liberdades de pensamento e de expressão estão a deteriorar-se face às
perseguições e assassinatos a intelectuais e líderes de opinião críticos ao actual sistema de
governação. E poderíamos nos questionar de que igualdade os moçambicanos gozam segundo o
artigo 35 da CRM? Como perceber que a organização económica do País visa a satisfação das
necessidades essências da população a promoção do bem-estar social, como esta plasmando no
artigo 97?
As soluções a médio e longos prazos passam pela redução do controlo político das instituições
pelas elites políticas dominantes. Em primeiro lugar há necessidade de reduzir os poderes da
figura do presidente Presidente da República31. Segundo, para que Moçambique seja uma
sociedade verdadeiramente assente na igualdade, não basta a confiança na riqueza, é necessário
sim, reconhecer o outro como um sujeito moral, como uma pessoa com sentimentos e
valores; reconhecer que o País não pertence a um determinado grupo, ou partido, mas sim
a todos os moçambicanos e que cada um tem espaço e direitos neste vasto território.
Terceiro, a escola deve ser um espaço democrático e formador da democracia, Para John
Dewey, “há uma necessidade de uma transformação da consciência educacional. E isto porque
um governo que se funda no sufrágio popular não pode ser eficiente se aqueles que o elegem e
lhe obedecem não forem convenientemente educados”32. Quarto, os modelos económicos devem
respeitar uma ética de desenvolvimento integral e sustentável, baseada em valores que ponham
no centro a dignidade da pessoa humana, os seus direitos fundamentais, os seus valores culturais,
etc33. E, por fim, as instituições governamentais devem garantir o bem-estar dos cidadãos
partilhando com honestidade os recursos e oportunidades. Num estado ameaçado pela concreta
criminalidade, corrupção e considerável lacuna de justiça34.
31
Cf. CRM, artigo nº 158. (e, f, g e h).
32
DEWEY, John., Democracia e educação: breve tratado de filosofia de educação. São Paulo: companhia
editora nacional, 1936, p. 143.
33
Cf. Vida Nova, março-2018: 6; Vaticano II, 1992: DH nº1.
34
MAZULA, 2015:179).
Conclusão
No segundo ponto, ficou claro que, o objetivo da sociedade criada pelo contrato rousseauniano é
alterar a constituição do homem, substituindo a sua existência física e independente, típica do
estado natural para o qual o retorno é impossível, por uma vida moral e dependente, não de
outros indivíduos, mas do Estado. Já no terceiro ponto, ficou claro que, os nossos sistemas
políticos e económicos, devem visar na distribuição económica equitativa, e no reconhecimento
do outro. Outrossim, fica mais claro que a estabilidade económica e a redução da desigualdade
em Moçambique passam necessariamente pela redução do controlo das instituições por elites
politicas e económicas e introduzir reformas profundas e medidas que possam garantir uma boa
repartição dos bens. Dai é preciso refletir na questão do nosso viver juntos a partir dos
problemas que muitos moçambicanos são confortados.
Bibliografia
ABBAGNANO, Nicola., Dicionário de Filosofia, Ed. Fonte Martins, São Paulo, 1998.
BARRACHA, Carlos., Temas e ideais em ciências politicas, a questão do poder, Ed. Clássica,
2011.
DEWEY, John., Democracia e educação: breve tratado de filosofia de educação. São Paulo:
companhia editora nacional, 1936.
MAZULA, Brazão., Ética, Educação e Criação da Riqueza: uma Reflexão Epistemológica. Ed.
Texto Editores, Maputo, 2015
NGOENHA, Severino Elias., Terceira questão, Ed, UDM, Maputo, 2015. Conclusão?
Referências Bibliográficas?