Analise Vitamina e
Analise Vitamina e
Analise Vitamina e
CENTRO TECNOLÓGICO
CURSO DE MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
BELÉM
2006
2
BELÉM
2006
3
BANCA EXAMINADORA:
________________________________________________
Profª Dra. Luiza Helena Meller da Silva
(DEQAL/CT/Orientadora)
________________________________________________
Dr. Sylvain Henri Darnet
(DEQAL/CT/co-Orientador)
_________________________________________________
Dr. Milton Nascimento da Silva
(CCEN/Membro)
__________________________________________________
Prof Dr. Alberdan Silva Santos
(DEQAL/CT/Membro)
4
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, familiares e noivo que não pouparam esforços para me
compreender e auxiliar nos momentos mais difíceis.
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE ABREVIATURAS
A = unidade de absorbância
Abs = absorbância
CLAE = cromatografia líquida de alta eficiência
BHT = 2,6-di-tert-butil-4-metil fenol
DMPBQ = 2,3-dimetil-5-fitilbenzoquinol
E1% = coeficiente de absortividade
ED = detector eletroquímico
FL = detector de fluorescência
GGDP = geranilgeranildifosfato
HGA =homogentísio
HPT = homogentisate preniltransferase
IDR = ingestão diária recomendada
MEP = metileritritol fosfato
MPBQ = 2-metil-6-fitilbenzoquinol
m.s. = matéria seca
MT = 2-metil-6-fitilbenzoquinona metiltransferase
N = nitrogênio
PDP = fitildisfofato
RE = retinol equivalente
T = tocoferóis
TE = tocoferol equivalente
T3 = tocotrienóis
UI = Unidade Internacional
UV = ultravioleta
v ou V = volume
γ-TMT = γ–tocoferol metiltransferase
φ = diâmetro
11
CH3
H3C O
H H CH3
H3C H3C
O
H3C O CH3
CH3
CH3
CH3
HO
H H CH3
H3C H3C
H O CH3
CH3
CH3
CH3
HO
H H CH3
H3C H3C
H3C O CH3
CH3
H
CH3
HO
H H CH3
H3C H3C
H O CH3
CH3
H
12
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.2 NUTRIENTES
Os nutrientes são substâncias químicas, presentes nos alimentos,
necessárias ao desenvolvimento e manutenção do organismo vivo. Estas
substâncias apresentam funções específicas e funcionam de maneira associada.
Em conseqüência da sua necessidade de ingestão, os nutrientes são
divididos em macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) e micronutrientes
(vitaminas, minerais, água e fibras). Esta classificação é arbitrária e se baseia no
percentual médio com que é recomendado para uma ingestão diária, sem levar em
consideração a importância relativa.
O interesse crescente em relação à demanda orgânica de nutrientes, o
estabelecimento de padrões nutricionais de ingestão e a preocupação mundial
quanto à confiabilidade dos valores destes nutrientes têm ressaltado a necessidade
de se determinar a composição química dos micronutrientes em alimentos.
Neste sentido, as vitaminas vêm ganhando destaque pela comunidade
científica, pois estão presentes em uma grande variedade de alimentos,
principalmente frutas e vegetais.
2.2.1 Vitaminas
Vitaminas são substâncias orgânicas que, embora presentes em pequenas
quantidades nos alimentos, principalmente nas frutas, verduras e legumes, são
indispensáveis ao funcionamento do organismo, na forma de co-fatores.
Sua ausência sistemática na dieta resulta, quase sempre, em crescimento e
desenvolvimento deficientes e outras perturbações orgânicas, configurando-se um
quadro sintomatológico característico de carência (LEHNINGER, NELSON e COX,
1995).
Independentemente dos fatores do ambiente, a maioria dos organismos
animais é incapaz de sintetizá-las por via anabólica, razão pela qual precisam ser
incluídas na dieta; em geral, são necessárias em microquantidades e em função da
idade, sexo, estado fisiológico e atividade física do indivíduo. As necessidades
nutricionais desses micronutrientes aumentam durante os períodos de crescimento,
gestação e lactação, nas condições de trabalho intenso e ocorrência de
determinadas doenças, principalmente as infecciosas (MURRAY et al, 1998).
20
a) Vitamina E
Foi descoberta nos anos 1920 como um fator lipossolúvel necessário para
prevenir a morte fetal e reabsorção em roedores. Quando quimicamente identificada,
a vitamina foi chamada tocoferol, do grego tokos (parto) e pherein (suportar).
Esta vitamina possui um papel fundamental no metabolismo normal de todas
as células; portanto, sua deficiência pode afetar vários sistemas orgânicos
diferentes.
Embora a deficiência de vitamina E em curto prazo na dieta humana não
cause nenhuma doença específica, as pesquisas científicas têm mostrado que a
vitamina E é essencial tanto para os animais quanto para os humanos.
Sua função está relacionada a vários nutrientes e fatores endógenos que,
coletivamente, comprometem um sistema que protege contra os efeitos
potencialmente prejudiciais das espécies reativas de oxigênio que são formadas
metabolicamente ou encontradas no ambiente (COMBS JR, 2002).
O termo vitamina E é o nome genérico aceito pela IUPAC (1982) para
designar duas famílias de substâncias biologicamente ativas: os tocoferóis (T) e os
21
O
H 3C O CH3
CH3
CH3
a.3) Biossíntese
Os tocoferóis, embora desempenhem funções biológicas importantes nos
animais e nos seres humanos, são sintetizados apenas pelos organismos
fotossintéticos (plantas verdes e algumas cianobactérias) e algumas plantas não
fotossintéticas, como os cogumelos (THRELFALL, 1971; SATTLER, CHENG e
DELLAPENNA, 2004).
A biossíntese dos tocoferóis, segundo Hirschberg (1999), é realizada por
precursores derivados de duas vias. A via do metileritritol fosfato (MEP) que origina a
cadeia lateral através da síntese do fitildisfofato (PDP) (BRAMLEY et al, 2000); e a
via chiquimato que produz o ácido homogentísio (HGA), o qual contribui para a
24
Homogentisate
Preniltransferase (HPT)
2-metil-6-fitilbenzoquinol
(MPBQ)
2-metil-6-fitilbenzoquinona
metiltransferase (MT) Tocoferol Ciclase
2,3-dimetil-5-fitilbenzoquinol δ-Tocoferol
(DMPBQ)
γ-tocoferol metiltransfe
Tocoferol Ciclase
rase (γ-TMT)
γ-Tocoferol β-Tocoferol
γ-tocoferol metiltransfe
rase (γ-TMT)
α-Tocoferol
b) Carotenóides
Os carotenóides são compostos lipossolúveis, poliisoprenóides que formam
um dos mais importantes grupos de pigmentos naturais encontrados na natureza.
Apresentam uma grande distribuição e diversidade estrutural, além de inúmeras
funções (SANDERS, 1994; OLIVER e PALOU, 2000).
27
(a)
H3C OH
CH3 CH3 CH3
H3C
CH3
H3C H3C H3C
HO CH3
Luteína
(b)
H 3C
CH 3 CH 3 CH 3
H 3C
CH 3
H 3C H 3C H 3C
CH 3
β-Caroteno
b.3) Biossíntese
Os carotenóides são amplamente encontrados na natureza, sendo
sintetizados pelas plantas. O organismo humano não possui a capacidade de
sintetizar estes compostos que devem, então, ser obtidos de fontes dietéticas como
frutas e vegetais (SANDERS, 1994; OLIVER, PALOU e PONS, 1998).
Muitos dos carotenóides encontrados naturalmente nas frutas e vegetais
apresentam uma cadeia carbônica composta por quarenta átomos de carbono que
são biossintetizados a partir de duas moléculas, intermediárias, contendo vinte
átomos de carbono (geranilgeranil difosfato); originando a molécula do fitoene o qual
é precursor genérico de muitos carotenóides presentes no reino plantae (MÍNGUEZ-
MOSQUERA, HORNERO-MÉNDEZ e PÉREZ-GÁLVEZ, 2000).
A molécula de fitoene, no entanto, sofre uma série de sucessivas
dessaturações, introduzindo novas ligações duplas conjugadas na cadeia carbônica,
resultando, deste modo, o cromóforo que é típico destes pigmentos naturais e é
responsável por suas propriedades cromáticas.
As sucessivas mudanças estruturais, como a ciclização e outras
modificações a partir de hidrogenação, dehidrogenação, migração das duplas
ligações, encurtamento ou extensão da cadeia, rearranjos, isomerização, introdução
de funções oxigênio ou a combinação destes processos produzem uma elevada
quantidade de estruturas de carotenóides encontrados na natureza (MÍNGUEZ-
MOSQUERA, HORNERO-MÉNDEZ e PÉREZ-GÁLVEZ, 2000).
All-trans-β-caroteno 100
All-trans-criptoxantina 57
All-trans-α-caroteno 53
γ-caroteno 42-50
β-zeacaroteno 20-40
FONTE: ZECHMEISTER, 1949; BAUERNFEIND, 1972.
31
2.3.1 Vitamina E
A determinação de vitamina E nos alimentos tem duas finalidades: avaliação
nutricional e controle de qualidade. O aspecto de qualidade se relaciona à identidade
e a estabilidade antioxidante do produto alimentar; pois, a presença do conteúdo das
várias isoformas da vitamina E reflete no potencial antioxidante dos alimentos
(NELIS, D’HAESE e VERMIS, 2000).
Como os oito compostos de vitamina E apresentam estruturas químicas
muito semelhantes, as separações cromatográficas e o isolamento dos
componentes de tocoferol individualmente têm sido os interesses de muitos
pesquisadores na área de alimentos; pois estes compostos têm diferentes atividades
biológicas e antioxidantes, sendo necessária a obtenção de dados quantitativos de
cada substância separadamente (CARLUCCI et al, 2001).
32
2.3.1.3 Detecção
Existem vários detectores que podem ser usados junto ao CLAE, como:
detector de absorbância ultravioleta (UV), detector de fluorescência (FL), e detector
eletroquímico (ABIDI, 2000).
Para a determinação de vitamina E, o detector de fluorescência é
geralmente utilizado devido a sua elevada sensibilidade e especificidade quando
comparado ao detector de ultravioleta, pois os tocoferóis são compostos que
apresentam propriedades fluorescentes (KAMAL-ELDIN et al, 2000; PANFILI,
FRATIANNI e IRANO, 2003).
O acetato de α–tocoferol não apresenta retenção em sistemas de fase
normal e não é fluorescente nem eletroquimicamente ativo, sendo necessária a
utilização do detector de absorção UV para sua detecção nos sistemas de fase
reversa.
2.3.1.4 Quantificação
Para quantificar as formas de vitamina E em CLAE, tanto a padronização
externa quanto a interna pode ser considerada.
34
2.3.2 Carotenóides
A determinação de carotenóides nos alimentos pode ser realizada tanto de
forma global, determinando-se apenas de forma quantitativa os compostos
presentes na matriz alimentar, quanto de forma que se possam identificar quais os
carotenóides que se fazem presentes na amostra.
A forma global de identificação dos carotenóides baseia-se na determinação
espectrofotométrica da amostra, fazendo-se leitura da absorbância do extrato obtido
na etapa de extração a um comprimento de onda de máxima absorção do requerido
composto, para em seguida calcular-se a sua concentração.
A identificação das xantofilas e carotenos é realizada através da separação
destes compostos em cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), fazendo uso
de métodos em fase normal ou reversa, utilizando detectores de ultravioleta, por
arranjo de fotodiodos, eletroquímico (ED) ou espectrometria de massas (FERRUZZI
et al, 1998; HUCK et al, 2000; ROZZI et al, 2002).
35
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 MATÉRIA-PRIMA
Amostras dos frutos de inajá (Maximiliana maripa) e mari (Poraqueiba
paraensis) utilizadas neste estudo foram adquiridas durante o seu período de safra
do ano de 2005, de diversas localidades do Estado do Pará (Brasil). As amostras
foram distribuídas em lotes de acordo com sua procedência, conforme apresentado
na Tabela 4.
Amostragem
Matéria-Prima
Caracterização Física
(Massa – Diâmetro – Comprimento)
Despolpamento
(rendimento: casca-polpa-semente)
Armazenamento
(-20ºC)
Determinação Determinação
de Tocoferóis de Carotenóides
3.3.1 Cinzas
A determinação das cinzas foi realizada em mufla a 550ºC, segundo o
método AOAC 940.26 (AOAC, 1997).
3.3.2 Lipídeos
Os lipídeos foram extraídos e quantificados de acordo com o método AOCS
Ba 3-38 (AOCS, 2002), expresso em porcentagem; utilizando-se o equipamento de
soxhelet. Este método permite a extração de substâncias lipossolúveis com éter de
petróleo como solvente.
38
3.3.3 Proteína
O teor de nitrogênio total foi determinado pelo método AOAC 920.152,
método Kjeldahl (AOAC, 1997).
3.3.4 Umidade
O método determina umidade e materiais (substâncias) voláteis, expressos
em porcentagem a partir da perda de massa da amostra. Para a determinação do
teor de umidade, foi utilizado o método AOAC 931.04 (AOAC, 1997).
3.4.3.1 Reagentes
Os reagentes e produtos químicos utilizados nesta etapa do estudo foram
todos grau cromatográfico ou de alta pureza, conforme descrito.
Acetato de dl-alfa-tocoferil, ≥ 97% – Ref. 95250 – Biochemika.
Etanol 96%, extra puro – Ref. 1.00971 – Merck; Darmstadt, Germany.
Etanol absoluto grau cromatográfico – Ref. 1.11727 – Merck; Darmstadt,
Germany.
Éter dietílico estabilizado com 5-10 ppm de BHT – Ref. 1.00921 – Merck;
Darmstadt, Germany.
Fenolftaleína, pó – Ref. 2870-04 – J.T. Baker, México, México.
Hidroquinona, 99% – Ref. 120915000 – Acros Organics, New Jersey,
USA.
Hidróxido de potássio, pellets – Ref. 3140-19 – J.T. Baker, México,
México.
Metanol, solvente CLAE - – Ref. 9093-68 – J.T. Baker, USA.
Metanol, solvente CLAE - – Ref. 1.06007 – Lichrosolv – Merck; Darmstadt,
Germany.
Nitrogênio sem oxigênio 99,9%
Óleo de coco livre de vitamina E (exceção)
Padrão α–tocoferol – Ref. 1072 – Matreya, Inc.
Padrão β–tocoferol – Ref. 1071 – Matreya, Inc.
Padrão γ–tocoferol – Ref. 1073 – Matreya, Inc.
Padrão δ–tocoferol – Ref. 1790 – Matreya, Inc.
Sulfito de sódio nono hidratado – Ref. 1313-84-4 – Sigma, Steinhein,
Germany.
40
3.4.3.2 Procedimento
b) Preparo da Amostra
Foi tomada a massa de 1g de polpa, liofilizada e triturada, em balão de fundo
chato de 250 mL. Para a amostra de referência, pipetou-se 0,5 mL de acetato
(solução A2), em balão de fundo chato de 250 mL. No Quadro 1, estão
apresentados os reagentes e quantidades adicionados à amostra e à amostra de
referência.
41
c) Saponificação
A saponificação é a etapa que tem por objetivo hidrolisar ésteres de
tocoferóis; promover a retirada de lipídios e destruir a clorofila presente nas
amostras das polpas dos frutos, facilitando, desta forma, a posterior separação,
identificação e quantificação dos tocoferóis.
Nesta etapa, os balões contendo a amostra e a amostra de referência foram
conectados a condensadores com adição de fluxo de nitrogênio e colocados em
banho-maria a 80ºC por 30 min., com agitação mecânica. Após o tempo
estabelecido, lavou-se os condensadores com 20 mL de água ultra pura. Os balões
contendo a amostra e a amostra de referência foram resfriados em banho de gelo.
O material resultante da saponificação foi transferido para um funil de
separação. O resíduo restante nos balões foi transferido também para o funil de
separação através da adição de 40 mL e 25 mL de água ultra pura para a amostra e
para a amostra de referência, respectivamente, garantindo que toda amostra fosse
transferida.
d) Extração
O procedimento seguinte foi a extração do material não saponificável que
contém a fração rica em vitamina E. Nesta etapa o processo de separação se deu
por sólido-líquido através da adição de um solvente que separa o extrato
saponificável do não saponificável. Foram realizadas duas extrações em cada
amostra utilizando 150 mL e 100 mL de éter dietílico, para a amostra e a amostra de
42
e) Concentração
O extrato foi concentrado em evaporador rotativo (Laborota 4000), a
temperatura de 35ºC e a esta etapa foi utilizado fluxo de nitrogênio para garantir
secagem completa.
f) Separação Cromatográfica
Antes da injeção do material no cromatógrafo, os extratos foram
redissolvidos em 10 mL de metanol padrão cromatográfico, e adicionados de 200 µL
da solução de acetato A1, padrão interno. Filtrou-se o extrato em unidade filtrante de
0.5 µm de porosidade (Millipore), e injetou-se na coluna cromatográfica para análise.
As condições cromatográficas utilizadas foram: Cromatógrafo Líquido de Alta
Eficiência (CLAE), Shimadzu LC10ATVP; injetor automático; pré-coluna Gemini C18
Phenomenex (4,0 x 3,0 mm); coluna Gemini C18 Phenomenex (250x4,60 mm, 5µ de
partícula) fase reversa; detector espectrofotométrico UV-visível, Shimadzu
SPD10AVVP e detector de fluorescência, Shimadzu RF10AXL; fase móvel
metanol:água (95%:5% v/v); fluxo: 1,0 mL/min.; tempo de corrida: 40 min. Os
solventes, antes de serem usados, foram filtrados em unidade filtrante de 0.5 µm de
porosidade. As análises foram conduzidas injetando-se 20 µL das amostras. Os
cromatogramas e a integração das áreas obtidas foram realizados com auxílio de
um computador acoplado ao sistema.
43
Polpa in natura
Polpa liofilizada
Preparo da Preparo da
Amostra Padrão
Amostra
Saponificação
(Hidróxido de potássio a 50% e Hidroquinona)
Extração
(Sólido-Líquido: Éter dietílico)
Concentração
(10 mL metanol grau cromatográfico)
Separação em cromatografia
(Coluna C18-fase reversa: 20µL – 1 mL/min. – 40min.)
3.5.1 Procedimento
A metodologia consistiu em pesar 2 g de polpa de fruta liofilizada. Adicionou-
se 25 mL de uma solução acetona-etanol (P.A.) (1:1 v/v) e 250 µL de BHT (2,6-di-
tert-butil-4-metil fenol) diluído na mistura dos solventes, a uma concentração de 20
mg/mL. Homogeneizou-se e filtrou-se o extrato em papel filtro (Whatman
Quantitative φ 150 mm). O procedimento foi repetido até se obter a descoloração do
45
Polpa in natura
Polpa liofilizada
Extração (4x)
(25 mL acetona:etanol – 1:1 v/v)
Homogeneização
Filtração
Leitura no Espectrofotômetro
(453 nm)
4 RESULTADOS
O trabalho foi realizado em duas etapas: implantação de uma metodologia
de determinação analítica de tocoferóis e análise de carotenóides totais.
4.1 TOCOFERÓIS
lipossolúvel não saponificável são feitas em CLAE com uma coluna de fase reversa
e um detector ultravioleta e/ou de fluorescência.
Para este estudo, optou-se pela segunda metodologia, apesar das
vantagens apresentadas pela primeira, como: rapidez, facilidade de implantação e
custo. Os critérios determinantes para a escolha desta metodologia foram:
O fato desta metodologia ser aplicável para frutos oleaginosos e não
oleaginosos.
O rendimento da extração dos tocoferóis ser geralmente superior com
o uso desta metodologia, o que provavelmente permite uma estimativa mais exata
do teor de tocoferóis; pois, um dos objetivos do estudo foi a determinação de
tocoferóis em polpas ainda não caracterizadas.
O extrato final ser uma fração dos lipídeos totais, e não o extrato total
como no caso do óleo. Isto facilita a identificação e a quantificação dos compostos
desejados, vantagem importante para implantação de uma metodologia.
O uso da CLAE em fase reversa ser mais comum.
Neste sentido, a primeira etapa do trabalho foi estabelecer as condições de
separação e de identificação dos tocoferóis em cromatografia líquida. Em um
segundo momento, testou-se o protocolo de extração com uma polpa (açaí) já
caracterizada na literatura. Por fim, duas amostras de polpas de frutas amazônicas,
ainda não caracterizadas, foram analisadas.
0,5
0,5 0,5
RF10XL (Ex:290nm, Em:330nm) RF10XL (Ex:290nm, Em:330nm)
Tocoferol Tocoferol
Toco alpha 1AAA 310805 Toco beta 1a 010905
0,4
0,4
0,4 0,4
0,3
0,3
0,3 0,3
III
Volts
Volts
Volts
Volts
II
0,2
0,2
0,2 0,2
0,1
0,1
0,1 0,1
0,0
0,0
0,0 0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
Minutes Minutes
(a) (b)
0,5
0,5
0,5 0,5
RF10XL (Ex:290nm, Em:330nm) RF10XL (Ex:290nm, Em:330nm)
Tocoferol Tocoferol
Toco gama 1a 010905 Toco delta 1a 020905
0,4
0,4
0,4 0,4
V
0,3
0,3
0,3 0,3
Volts
Volts
Volts
Volts
0,2
0,2
0,2 0,2
IV
0,1
0,1
0,1 0,1
0,0
0,0
0,0 0,0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
Minutes Minutes
(c) (d)
FIGURA 10 – Cromatogramas referentes ao tempo de retenção do α–tocoferol (a),
β–tocoferol (b), γ–tocoferol (c) e δ–tocoferol (d).
50
0,45
0,8
RF (Ex:290nm, Em:330nm) 0,8
RF (Ex:290nm, Em:330nm)
teste de tocoferol curva calib tocoferol
II
0,40
0,7
0,7
II
0,35
0,35
0,6
0,6
0,30
0,30
0,5
0,5
0,25
0,25
0,4
0,4
Volts
Volts
Volts
Volts
0,20
0,20
0,15
III+IV
0,3
0,15 0,3
III+IV
0,10
0,10
V
0,2
0,2
V
0,05
0,05
0,1
0,1
0,00
0,00
0,0
0,0
-0,05
-0,05
0,0 2,5 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0 17,5 20,0 22,5 25,0 27,5 30,0 32,5 35,0 37,5 40,0 0,0 2,5 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0 17,5 20,0 22,5 25,0 27,5 30,0 32,5 35,0 37,5 40,0
Minutes Minutes
(a) (b)
FIGURA 11 – Cromatograma da mistura dos padrões de tocoferol.
Condições cromatográficas: detector de fluorescência (exc. 290 nm e em. 330 nm), fluxo 1mL/min., fase
metanol:água (97/3 v/v) (a) e (95/5 v/v) (b), coluna Gemini C18 (250x 4,60 nm 5µ).
(a) (b)
Acetato de dl-α-tocoferil
A mesma determinação do grau de pureza foi realizada para o acetato de
alfa-tocoferil. Este composto é geralmente usado como padrão interno do alfa-
tocoferol em separação com coluna fase reversa.
A varredura da solução de acetato (Figura 12b) confirmou que o seu
comprimento de onda de máxima absorção é de 284 nm, diferenciando dos
tocoferóis livres que apresentam uma absorção máxima na faixa de 288-292 nm.
É importante destacar que a presença do grupo acetato nos tocoferóis
reduz, consideravelmente, a propriedade de fluorescência da molécula, impedindo a
sua detecção na fluorescência. Neste caso, a quantificação do acetato de alfa-
tocoferil deve ser em UV (284 nm ou 292 nm). A presença deste grupo na
constituição do composto proporciona à molécula um peso molecular superior ao
dos tocoferóis livres e consequentemente, o acetato de alfa-tocoferil (I) apresentará
tempo de retenção de eluição do seu pico maior, em torno de 30 min.
Com a separação dos tocoferóis otimizada, a etapa seguinte foi de
calibração do cromatógrafo, a fim de quantificar as diversas formas de tocoferóis
presentes nos extratos das polpas em estudo.
5 ,0
U V -vi s - 2 (2 9 2 n m )
A n á li s e -T o c o fe ro l (a)
A çaí P 1 am A çA
4,5
4 ,5
4,0
4 ,0
3,5
3 ,5
3,0
3 ,0
II
2,5
mAU
mAU
2 ,5
2,0
2 ,0
I
1,5
1 ,5
1,0
1 ,0
III+IV
0,5
0 ,5
0,0
0 ,0
0 ,0 2 ,5 5 ,0 7 ,5 1 0 ,0 1 2 ,5 1 5 ,0 1 7 ,5 2 0 ,0 2 2 ,5 2 5 ,0 2 7 ,5 3 0 ,0 3 2 ,5 3 5 ,0 3 7 ,5 4 0 ,0
M in u t e s
1,0
1 ,0
F lu o r e s c e n c i a ( E x : 2 9 0 n m , E m : 3 3 0 n m )
A n á li s e - T o c o f e r o l
(b)
A çaí P 1 am A çA
0,9
0 ,9
0,8
0 ,8
I
0,7
0 ,7
0,6
0 ,6
0,5
0 ,5
Volts
Volts
0,4
0 ,4
0,3
0 ,3
0,2
0 ,2
III+IV
I
0,1
0 ,1
0,0
0 ,0
0 ,0 2 ,5 5 ,0 7 ,5 1 0 ,0 1 2 ,5 1 5 ,0 1 7 ,5 2 0 ,0 2 2 ,5 2 5 ,0 2 7 ,5 3 0 ,0 3 2 ,5 3 5 ,0 3 7 ,5 4 0 ,0
M in u t e s
● Repetibilidade e reprodutibilidade
Para ter uma estimativa da repetibilidade do método, cada lote de polpa de
açaí foi extraído e analisado em triplicata. Para cada lote, o erro relativo foi cerca de
3-5% e pode ser considerado como aceitável para este tipo de metodologia analítica.
A fim de ter uma estimativa da reprodutibilidade, analisou-se polpas de açaí
com a mesma procedência das analisadas no trabalho de Rogez et al (1996). O
trabalho do referido autor foi realizado com a mesma metodologia do estudo atual,
porém em um laboratório diferente, na Universidade Católica de de Louvain (UCL),
Bélgica.
As concentrações de α–tocoferol (Tabela 6) determinadas nas polpas dos
frutos de açaí variaram de 411 a 482 µm/g (41 a 48 mg/100g m.s.) de polpa seca, o
que está próximo ao valor encontrado no açaí (45 mg/100g m.s.) analisado por
Rogez et al (1996).
57
4.1.5.1 Inajá
Os extratos foram analisados em CLAE, nas condições propostas de
trabalho. Na Figura 15 estão apresentados os cromatogramas em UV e
fluorescência do extrato de inajá.
Os cromatogramas (a) e (b) (Figura 15) apresentam a separação dos
compostos do extrato dietil etílico capazes de serem absorvidos a 292 nm e de
terem a propriedade de fluorescência, respectivamente. Os cromatogramas foram
divididos em três regiões: a primeira entre os tempos 2 e 10 minutos; a segunda
entre 10 e 15 minutos e a terceira entre 20 e 38 minutos.
Na primeira região pode-se visualizar vários picos mal separados e em
baixas concentrações, a exceção de um pico maior (Figura 15a). Na segunda região,
apareceram três picos com boa resolução e tempos de retenção compatíveis aos
tempos observados na literatura para os tocotrienóis (Figura 15 a e b).
A terceira região é a de interesse do estudo e apresentou os seguintes
tocoferóis: α- e β+γ–tocoferol (II e III+IV, respectivamente), que obtiveram um perfil
de separação idêntico ao perfil dos padrões comercial. O α–tocoferol foi a forma que
apresentou maior concentração. O pico I é referente ao padrão interno, acetato de
α-tocoferil, e não faz parte da composição da amostra (Figura 15 a e b).
58
2,0
2 ,0
(a)
U V /v i s - 2 ( 2 9 2 n m )
T o c o fe r ó i s
In a já - P 4 a m IA 2 4 . 1 1 . 0 5
1,8
1 ,8
1,6
1 ,6
1,4
1 ,4
1,2
1 ,2
I
1,0
1 ,0
mUA
mUA
0,8
0 ,8
II
0,6
0 ,6
III+IV
0,4
0 ,4
0,2
0 ,2
0,0
0 ,0
0 ,0 2 ,5 5 ,0 7 ,5 1 0 ,0 1 2 ,5 1 5 ,0 1 7 ,5 2 0 ,0 2 2 ,5 2 5 ,0 2 7 ,5 3 0 ,0 3 2 ,5 3 5 ,0 3 7 ,5 4 0 ,0
M in u te s
F lu o r e s c e n c i a ( E x :2 9 0 n m , E m :3 3 0 n m )
T o c o fe r ó i s
In a já - P 4 a m IA 2 4 .1 1 .0 5 (b)
0,25
0 ,2 5
0,20
0 ,2 0
0,15
II 0 ,1 5
Volts
Volts
III+IV
0,10
0 ,1 0
0,05
0 ,0 5
I
0,00
0 ,0 0
0 ,0 2 ,5 5 ,0 7 ,5 1 0 ,0 1 2 ,5 1 5 ,0 1 7 ,5 2 0 ,0 2 2 ,5 2 5 ,0 2 7 ,5 3 0 ,0 3 2 ,5 3 5 ,0 3 7 ,5 4 0 ,0
M in u t e s
4.1.5.2 Mari
Os extratos dietil etílicos foram analisados em CLAE, nas condições
propostas de trabalho. Na Figura 16, estão apresentados os cromatogramas em UV
e fluorescência do extrato de mari.
Os perfis de separação dos tocoferóis foram semelhantes àqueles
determinados para o açaí e o inajá. De forma semelhante ao inajá, distinguiu-se
globalmente nos cromatogramas do extrato de mari três regiões.
A primeira região (Figura 16a) apresentou comportamento semelhante a do
inajá (Figura 15a). Na segunda região (Figura 16b), apareceram os picos
observados no cromatograma (a) (Figura 15); porém estes mesmos picos não foram
visualizados no cromatograma (b) (Figura 16).
Na terceira região também se encontrou, como os principais tocoferóis
presentes na composição da polpa de mari, o α- e β+γ–tocoferol (II e III+IV,
respectivamente), que obtiveram um perfil de separação idêntico ao perfil dos
padrões comercial. O α–tocoferol foi a forma que apresentou maior concentração.
Vale ressaltar que o pico I não faz parte da composição da amostra pois é referente
ao padrão interno, acetato de α–tocoferil (Figura 16 a e b).
61
5,0
5 ,0
U V -vis - 2 (2 9 2 n m )
4,5
4,0 A n á li s e - T o c o fe r o l
M a r i - C P 2 a m M B 2 5 .1 1 .0 5 (a) 4 ,5
4 ,0
II
3,5
3 ,5
3,0
3 ,0
2,5
2 ,5
mAU
mAU
2,0
2 ,0
I
1,5
1 ,5
1,0
1 ,0
III+IV
0,5
0 ,5
0,0
0 ,0
0 ,0 2 ,5 5 ,0 7 ,5 1 0 ,0 1 2 ,5 1 5 ,0 1 7 ,5 2 0 ,0 2 2 ,5 2 5 ,0 2 7 ,5 3 0 ,0 3 2 ,5 3 5 ,0 3 7 ,5 4 0 ,0
M in u t e s
1,0
1 ,0
F lu o r e s c e n c i a ( E x :2 9 0 n m , E m :3 3 0 n m )
A n á li s e - T o c o fe r o l
M a r i - C P 2 a m M B 2 5 .1 1 .0 5 (b)
0,9
0 ,9
II
0,8
0 ,8
0,7
0 ,7
0,6
0 ,6
0,5
0 ,5
Volts
Volts
0,4
0 ,4
0,3
0 ,3
0,2
0 ,2
III+IV
I
0,1
0 ,1
0,0
0 ,0
0 ,0 2 ,5 5 ,0 7 ,5 1 0 ,0 1 2 ,5 1 5 ,0 1 7 ,5 2 0 ,0 2 2 ,5 2 5 ,0 2 7 ,5 3 0 ,0 3 2 ,5 3 5 ,0 3 7 ,5 4 0 ,0
M in u t e s
Neste sentido, através dos cromatogramas (a) e (b) (Figura 16) confirmou-se
a presença de tocoferóis na polpa de mari. A etapa seguinte foi a de quantificação
destes compostos. Na Tabela 8 estão apresentadas as concentrações de tocoferol
presentes nas polpas dos frutos de mari, distribuídos por lote.
Com os dados apresentados na Tabela 8, pode-se perceber que dos três
lotes analisados, somente o lote 3 apresentou todos os coeficientes de variação a
baixo do limite de 10%, pois o lote 2 apresentou coeficiente de variação em torno de
10% e o lote 1 entre 8 e 80%, para a concentração dos tocoferóis.
62
4.2 CAROTENÓIDES
0,800
0,700
0,600
Absorbância (A)
0,200
0,100
0,000
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3
Concentração (microg/mL)
400 INAJÁ-P1
INAJÁ-P2
350
INAJÁ-P3
300 MARI-P1
Teor em beta-caroteno
MARI-P2
(microg/g MS)
250 MARI-P3
200
150
100
50
0
Inajá Inajá-P3 Mari
Polpas Liofilizadas dos Frutos
FIGURA 19 – Média, por lote, do teor em β–caroteno (µg/g matéria seca) das polpas
de inajá e mari.
4.2.3.1 Inajá
As polpas dos frutos de inajá (P1, P2 e P3) foram analisadas em triplicata. O
coeficiente de variação calculado entre as triplicatas ficou na faixa de 2,91-7,57%.
Geralmente, admite-se uma variação de até 10% como aceitável para este tipo de
determinação.
O teor em beta-caroteno entre os lotes apresentou variação importante. As
polpas oriundas do lote 2 apresentaram uma concentração média 1,44 vezes maior
do que as amostras do lote 1 e 2,10 vezes maior do que as do lote 3.
Segundo Rodriguez-Amaya (2000), o conteúdo de carotenóides pode ser
afetado por uma série de fatores como: o grau de maturação, o tipo de solo e as
condições de cultivo, as condições climáticas, a variedade dos vegetais, a parte da
planta consumida, o efeito dos agrotóxicos, a exposição à luz solar, as condições de
processamento e a estocagem.
Para ter uma estimativa das condições fisiológicas e eventualmente do
genótipo das plantas coletadas, os parâmetros físico-químicos destes frutos foram
determinados (Tabelas 10 e 11) com o objetivo de tentar relacionar ao teor em
carotenóides.
4.2.3.2 Mari
Como realizado para o fruto de inajá, as polpas do fruto de mari foram
analisadas em triplicata. Os coeficientes de variação encontrados entre as triplicatas
dentro dos lotes ficou na faixa de 1,1-4,1%. Estes valores apresentaram-se dentro
do limite aceitável de coeficiente de variação (<10%) para o tipo de análise e foram
menores do que os valores encontrados para o inajá.
O teor em beta-caroteno entre os lotes deste fruto apresentou variação
importante. As polpas oriundas do lote 1 apresentaram uma concentração média
2,29 vezes maior do que as amostras do lote 2 e 2,63 vezes maior do que as do lote
3.
Do mesmo modo como realizado para o inajá, determinou-se os parâmetros
físico-químicos destes frutos (Tabelas 13 e 14), na tentativa de estimar as condições
fisiológicas e eventualmente o genótipo das plantas coletadas, com a relação do teor
em carotenóides destes frutos.
Observa-se na Tabela 13 que o tamanho dos frutos foram bem semelhante
entre os lotes, assim como as massas. Porém, observou-se que a proporção media
de polpa do lote 1 foi maior que a dos outros lotes (1,21 vezes e 1,27 vezes,
respectivamente). Isso poderia está relacionado a um grau de maturação diferente.
70
5 CONCLUSÃO
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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