Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Manual Profe Fisica

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 47

MANUAL

do professor

Acesse o manual através do botão ou copie o


endereço a seguir em seu navegador.

4v
https://digital.bernoulli.com.br/
manualdigital/4V/

Bernoulli Sistema de Ensino


2023
Manual do
Professor
4V | Volume 1 | Física

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 1 21/10/2022 15:10:23


COPRESIDÊNCIA: Rodrigo Fernandes Domingos, Rommel Fernandes Domingos, Revisores: Ariana Barbosa, Danubia Spiazzi, Gabriel Geraldo da Silva, Nínive
Paulo Ribeiro. Sampaio. Arte-Finalistas: Kamila Moreno, Patrícia Lage. Designers Gráficos:
Adriane Paula Dias, Allan Fagundes, Camilla Costa, Cássio Ferrani, Filipe Santos,
DIREÇÃO: Diretor Executivo: Tiago Bossi. Izabelle Martins, Joselia Freitas, Jucélia Simões, Marcos Andrade, Rafael Guisoli.
Ilustradores: Camila Meireles, Vanessa Stehling.
AUTORIA: Física: Francisco Pazzini Couto, Lívio Ribeiro Canto, Luiz Machado.
SUPORTE PEDAGÓGICO: Coordenadores de Conteúdo: Cássia Coutinho,
PRODUÇÃO: Gerente de Produção: Luciene Fernandes. Coordenadora de
Cristiano Batista, Daniel Pragana, Patrícia Marques. Coordenadores de Suporte
Projetos, Inovação e Produto: Daniela Marques. Especialista de Produção de
Pedagógico: Ana Paula Barbosa, Daniela Alves, Fábio Zwifka, Leonardo Meneguini,
Conteúdo: Isabela Dutra. Analista de Processos Editoriais: Letícia Oliveira.
Maria Conceição Caldeira, Weber Fernandes. Consultores Pedagógicos: Aderivan
Assistente de Produção Editorial: Aline Martins, Maria Clara de Matos.
Ferreira, Adriene Domingues, Anderson Alberto, Anderson Alves, Andrea Maggi,
Carla Demicheli, Carmen Belém, Conrado Sanchez, Daniel Fernandes, Drielen dos
NÚCLEO PEDAGÓGICO: Gestores Pedagógicos e de Avaliação Educacional:
Santos, Edléa da Assunção, Edna Rodrigues, Eugênia Alves, Junio Miranda, Karla
Daniel Dutra, Michelle Correa. Consultora de Produção Pedagógica: Claudete
Antão, Keila Alves, Leonardo Ferreira, Lilian Paschoal, Luciana Mendanha, Luana
Marcelino. Coordenadora Pedagógica de Tecnologia Educacional: Mariana
Caxeado, Mariana Magalhães, Marianna Drumond, Marina Cordova, Maurício
Oliveira. Coordenadora EAD: Fernanda Leroy. Coordenadores de Produção
Eduardo Bernz, Patrícia Rocha, Rita Lanna, Ramon Barbosa, Rodrigo Amorim,
Pedagógica: Átila Camargos, Felipe Martins, Jéssica Souza, Lucas Maranhão,
Ricardo Moura, Sandra Negrini, Sílvia Coelho, Soraya Oliveira, Telly Almeida,
Mariana Cruz, Marilene Guerra, Melina Djenane, Paulo Caminha. Analistas
Willian Ferreira. Supervisoras Administrativas de Relacionamento e Mercado:
Pedagógicos: Agnes Gomes, Amanda Tavares, Arthur Carvalho, Bruna Fonte
Adriana Braich, Bárbara Linhares. Analistas de Suporte Pedagógico: Jéssica
Boa, Clara Machado, Danielle Cristine Fullan, Daniel Menezes, Daniel Pretti,
Martins, Jonathan Martins, José Duarte, Marcela Medina, Marina Helena Carvalho,
Diego da Mata, Diego Dias, Doris Vitória Guedes, Gabriel Chaves, Greisse Kelli
Patrícia Combat. Assistentes Técnico-Pedagógicas: Andrezza Rodrigues,
Castro, Hélia Brito, Izabella Alves, Joice Sales, Joyce Santana, Joyce Tavares,
Laís Ferreira, Loyanne Vasconcelos, Werlayne Bastos. Coordenadora Geral de
Júnia Teles, Lia Martins, Loiany Gomes, Luciana Lopes, Luciano Marins, Mariana
Campos, Marina Rodrigues, Mateus Silva, Paula Emilia Gomes, Paula Vilela, Paulo Tecnologia Educacional: Fabiane Gontijo. Coordenadora de Atendimento de
Cruz, Paulo Vaz, Pedro Henrique Fagundes, Rafael Junqueira, Rafaela Freitas, Tecnologia Educacional: Rebeca Mayrink. Analista de Suporte de Tecnologia
Rebeca Angelo, Taíla Barbosa, Tamires Vilhena, Tatiana Bacelar, Thamires Educacional: Jamille Carvalho. Assistentes de Tecnologia Educacional:
Rodrigues, Thayná Miclos. Analistas de Conteúdo: Caio Cezar Batista, Carlos Dayanni Alves, Ingrid Rego, Kellen Lúcia Ferreira, Laís Carolina Valentim, Marcos
Eduardo de Moura, Kamylla Barbosa, Rafaela Cordeiro, Vicente Vasconcellos. Muniz, Nathália Santos, Rosiane Silva, Scarllet Lílian, Vanessa Lima. Estagiários:
Designers Instrucionais: Brenda Buhr, Danielle Thaís da Cunha, Ellen Catharina Letícia Peres, Raul Pereira.
Ponciano, Iago Pandelo, Isabel Mendonça, Jessica Maria Queiroz, Karoline Eva,
TECNOLOGIA EDUCACIONAL: Head de Tecnologia Educacional: Alex
Letícia Poletto, Patrícia Garcia, Patricia Stockler, Rochele Mechetti, Stephanie
Rosa. Gerente de Produtos Digitais: Breno Heleno Ferreira. Gerente de
Prieto. Coordenadora de Avaliação e Estatística: Isabela de Lima. Técnico em
Desenvolvimento de Tecnologias: Alexandre Resende. Tech Lead: Eric Longo.
Estatística: Douglas Nunes. Analista de Estatística: Conrado Ramos. Assistente
Agile Leader: Fernanda Bernardi. Product Owners: Alisson Guedes, Caio
de Estatística: Raquel Mendes. Aprendiz Assistente Administrativo: Henrique
Pontes, Lazáro Finger. Community Leader: Vanessa Viana. Quality Assurance:
Sena, Pedro Henrique Sangi.
Leonora Rocha, Lucas Moreira, Sarah Costa. Analistas de Suporte: Lucas Darlim.
PRODUÇÃO EDITORIAL: Gestora de Produção Editorial: Thalita Nigri. Especialista Tecnologia Educacional: Carlos Augusto Pinheiro. Developers:
Coordenadoras de Produção Editorial: Gabriela Garzon, Michelle Eleutério, Alexandre Paiva, André Hilário, Breno Mendonça, Emerson Costa, Gabriel Santos,
Soraya de Souza. Coordenadora de Iconografia: Naiara Monteiro. Assistente Guilherme Sousa, Hari Dasa Fiuza, Harrison Dias, Iago Souto, Igor Lamas, João
de Produção Editorial: Lesley Braga. Analista de Tecnologia Educacional: Rodrigues, Johny Maia, Matheus Almeida, Matheus Thibau, Maurício Honorato,
Verônica Ribeiro. Assistentes de Tecnologia Educacional: Bárbara Carvalho, Paulo Rievrs, Ramon Oliveira, Talles Ribeiro, Vitor Decourt, William Souza.
Ortiza Marques. Designers de Vídeo: Marco Aurélio Mota, Marina Ansaloni. Digital Product Analyst: Atilla Costa. Tribe Lead: Luana Dias. Data Analyst:
Produtora Audiovisual: Flávia Carvalho Produtor Multimídia: Mateus Bernardo Souza. Data Engineer: Francys Filho. Data Architect: Eduardo Crepaldi.
Barcelos. Editores Audiovisuais: Felipe Marcondes de Faria, Marcela Dias. UI Designers: Erico Grasso, Kátia Silva, Marcelo Costa, Maycon Portugal. UX
Videomaker: Gabriel Henrique Santiago. Roteirista Audiovisual: Luiz Otávio Designer: Kelvin Sodre. Estagiário: Matheus Aleixo, Thiago Ferreira. Aprendiz
Gouvea. Pesquisadores Iconográficos: Fabíola Paiva, Guilherme Rodrigues, Assistente Administrativo: Davi Ribeiro, Robson Martins.
Mariana Alcântara, Núbia Santiago, Taísa Torres. Revisores: Ana Nascimento,
Danielle Cardoso, Igor Pereira, Julia Gomes, Letícia Cagnoni, Lucas Retes, Miguel
Martins, Marilda Mendes, Simone Silva, Thaís Mussulini. Arte-Finalistas: Míriam Para que nossas soluções cheguem até
Carvalho, Naianne Rabelo, Patrícia Gonçalves, Patrícia Spinola. Designers você, mais de 500 pessoas estão envolvidas
Digitais: Breno Koetz, Nathan Ackerman, Paulo Rosa. Designers gráficos:
Daniela Melo, Fabíola Mendonça, Kênia Sandy Ferreira, Lucas Henrique Dias,
no processo. Quer conhecer melhor nossa
Matheus Diniz, Paola Valamiel, Raphael Oliveira, Valéria Vieira. Ilustradores: equipe? Acesse o QR Code e fique por dentro!
Fabiana Signorini, Rodrigo Almeida, Rubens Lima, Webster Pereira. Aprendiz
Assistente Administrativo: Pedro Henrique.

PRODUÇÃO GRÁFICA: Gestor de Produção Gráfica: Wellington Seabra.


Coordenador de Produção Gráfica: Eli de Castro. Analistas de Produção
Gráfica: Laís Marra, Patrícia Áurea. Analistas de Editoração: Emanuel Silva,
Gabriel Starling, Karla Cunha, Taiana Amorim. Coordenador de Produção de
Materiais Avaliativos: Wilson Bittencourt. Analistas de Produção de Materiais
Avaliativos: Letícia Gonçalves, Luiza Ribeiro, Suzelainne de Souza, Thais Melgaço.

SAC: faleconosco@bernoulli.com.br 31.99301.1441 – Dúvidas e sugestões a respeito das soluções didáticas.

Coleção 4V – Manual do Professor –


Bernoulli Sistema de Ensino:
Volume 1 é uma publicação da Editora
Avenida Raja Gabaglia, 2 720, Estoril, Belo Horizonte - MG,
DRP Ltda. Todos os direitos reservados.
CEP: 30.494-170.
Reprodução proibida. Art. 184 do C689
www.bernoulli.com.br/sistema  (31) 3029-4949 Código Penal e Lei 9.610 de 19 de
Coleção 4V: Manual do Professor. - Belo Horizonte: Bernoulli Sistema
fevereiro de 1998.
Centros de Distribuição: de Ensino, 2023.
46 p.: il.
Rua José Maria de Lacerda, 1 900, Galpão 01, Módulos 04 e 05,
Cidade Industrial, Contagem - MG, CEP: 32.210-120. Ensino para ingresso ao Ensino Médio. Bernoulli Educação.

Avenida Papa João Paulo I, 4 006, Galpão 02, Módulo 04, Residencial 1. Física
Parque Cumbica, Guarulhos - SP, CEP: 07.174-005. I - Título II - Bernoulli Sistema de Ensino III - V. 1
Fotografias, gráficos, mapas e outros CDU - 53
Centro de Distribuição em Jaboatão dos Guararapes - Pernambuco. CDD - 530
tipos de ilustrações presentes em
Jab Comercio e Distribuição de Livros ltda 43.723.226/0001-23 –
exercícios de vestibulares e Enem
Rod BR – 101 Sul s/n KM 86 Bairro: Prazeres – Jaboatão dos Guararapes/ podem ter sido adaptados por questões
PE – CEP: 54.335-000. estéticas ou para melhor visualização.

Coleção 4V

2 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 2 21/10/2022 15:10:26


Manual do Professor

APRESENTAÇÃO NOVIDADES 2023


Caro(a) professor(a), O Bernoulli Sistema de Ensino carrega a certeza de que
A Coleção 4V – Física, constituída por quatro volumes, a educação tem o poder de transformar vidas e que, se o
cada um com nove módulos, contempla o conteúdo exigido mundo muda, mudamos junto. É nesse intuito que seguimos
na maioria dos vestibulares do Brasil e na prova do Enem. inovando, criando e produzindo soluções pedagógicas para
Em cada módulo, a teoria foi escrita priorizando-se os
nossos parceiros. 
conceitos dos fenômenos físicos abordados. Algum tratamento
matemático é indispensável para resolver questões de Na Educação Infantil, apresentamos uma edição da coleção
vestibular, de olimpíadas de Física e do Enem. Por isso, uma de 4 e 5 anos com temáticas e projeto gráficos novos, além
parte do texto é dedicada à análise de equações e de gráficos
de contar com mais espaço para o registro das crianças. Todas
da Física. Em alguns módulos, o texto é finalizado com uma
essas novidades têm como premissas possibilitar aos pequenos
leitura complementar, que apresenta informações adicionais
sobre a teoria estudada no módulo por meio de aplicações muito mais experimentação e investigação.
tecnológicas e de aprofundamento de conteúdos.
Completando a atualização gradativa de nossa coleção
No estudo da Eletricidade e da Termodinâmica, as ideias de regular de Língua Inglesa do Ensino Fundamental Anos Finais,

FÍSICA
força e de energia aparecem com frequência. Esses temas,
agora o 9º ano recebe as trilhas digitais de aprendizagem, que
no entanto, serão abordados em módulos posteriores dessa
potencializam o desenvolvimento do Listening e Speaking – isto
Coleção. Todavia, é preciso ter em mente que qualquer
estudante dos cursos preparatórios para os exames de é, escuta e fala –, habilidades orais preconizadas pela BNCC e
vestibulares, incluindo o aluno da 3ª série do Ensino Médio, já cada vez mais exploradas no mundo contemporâneo.
estudou os conceitos de força e de energia em alguns momentos
Ainda sobre a Língua Inglesa, apresentamos a grande
de sua vida escolar. Ainda assim, ao escrever os módulos do
volume em questão, procuramos dosar o uso de tais conceitos, novidade: o Dive.b, a solução bilíngue do Bernoulli Sistema
restringindo-os às situações em que a omissão comprometeria o de Ensino, atendendo em 2023 da Educação Infantil aos Anos
entendimento de alguns fenômenos elétricos e termodinâmicos. Finais do Ensino Fundamental. Em diálogo com as temáticas

Nos módulos da Coleção, os exercícios acham-se separados em e aprendizagens presentes na Coleção Principal de cada
quatro grupos: os Exercícios Resolvidos, os de Aprendizagem, os segmento, o Dive.b foi elaborado por meio da abordagem
Propostos e os da Seção Enem. Os Exercícios Resolvidos servem metodológica CLIL (Content and Language Integrated
de apoio para a leitura do texto. Os de Aprendizagem seguem
Learning), que se baseia na aquisição de uma segunda língua
a ordem de apresentação dos conteúdos e visam a reforçar
integrada a aprendizagens das diversas áreas do conhecimento.
a compreensão e a assimilação dos temas neles abordados.
A resolução dos Exercícios de Aprendizagem deve ser feita em Esse produto é destinado às escolas que, de acordo com as
sala de aula à medida que a matéria for exposta. Os Exercícios novas regulamentações, podem ser classificadas como escolas
Propostos aparecem após os de Aprendizagem e podem ser bilíngues ou que possuem uma carga horária estendida.
dos tipos múltipla escolha ou abertos, procedendo, em sua
maioria, de exames de vestibulares de várias regiões do Brasil. Em 2023, as novidades não param: fechamos o ciclo da
Esses exercícios exigem a aplicação de conceitos e de equações Coleção Eu no Mundo – Projeto de Vida! Nossa preocupação
em situações mais complexas que aquelas apresentadas nos com a formação integral dos estudantes se concretiza com a
Exercícios de Aprendizagem. De acordo com a disponibilidade
entrega das soluções para a 3ª série do Ensino Médio. 
de tempo, alguns deles devem ser desenvolvidos em sala de
aula após a conclusão da matéria. Os exercícios da Seção Enem Com o olhar atento à necessidade de tornar o aprendizado
finalizam a sequência de atividades dos módulos e têm por sempre mais dinâmico e significativo, os materiais da 1ª e
objetivo preparar o aluno para a prova do Enem. Os exercícios
da 2ª série também apresentam atualizações importantes.
dessa seção devem ser resolvidos em sala de aula após a
Geografia teve sua base de dados atualizada. Além disso,
matéria do módulo ter sido exposta. Professor(a), incentive
seus alunos a fazerem uma leitura do texto, ressaltando sua seções de diferentes componentes curriculares também
importância e mostrando-lhes que essa etapa do aprendizado sofreram atualizações, assim como as seções “Exercícios de
deve anteceder à resolução dos Exercícios Propostos. aprendizagem” e “Exercícios propostos”. A seção “Se liga no

Diante disso, queremos expressar a nossa satisfação em ter Enem” também passou por melhorias, recebendo questões das
escrito a Coleção. A nossa principal meta foi preparar um livro últimas três aplicações do Enem oficial.
que possa, de alguma forma, auxiliá-lo no ensino de Física nas
turmas do 3º ano do Ensino Médio e nos cursos preparatórios A Língua Inglesa da 1ª série também merece destaque, uma
para os exames de vestibular. Esperamos que esse trabalho vez que parte da seção “Exercícios propostos” foi reformulada
corresponda às suas expectativas e possa contribuir para o e foram também incrementadas questões da seção “Se liga no
enriquecimento de suas aulas. Enem” e questões interdisciplinares para o aprimoramento da
 Os autores interpretação de textos em língua inglesa.

Bernoulli Sistema de Ensino 3

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 3 21/10/2022 15:10:26


A parte flexível do currículo do Ensino Médio também foi Acesse o QR Code para mais informações sobre o Meu
atualizada. As Unidades Curriculares Mais passaram por Bernoulli.
significativa atualização de exercícios e questões de vestibulares
objetivas e discursivas, bem como por atualização de seções,
no intuito de dar continuidade ao processo de diversificação
do repertório de experiências de aprendizagem dentro e fora
da sala de aula. O Mais Redação também recebeu novas Inovação é um valor que nos leva a sempre oferecer tecnologia
propostas de redação disponíveis na seção “Se liga no Enem”. de ponta com propósito pedagógico. Desde 2021, a Ulli,
Além disso, os livros impressos ganharam exercícios extras a Inteligência Artificial do Bernoulli, deixa o dia a dia dos
disponibilizados por meio digital nas Unidades de Aprendizagem
estudantes mais interativo, otimizado e divertido! Integrada
do Meu Bernoulli.
ao Meu Bernoulli e disponível para o Ensino Fundamental Anos
Mas não para por aí! 2023 também contará com novas Finais e para a 1ª e a 2ª séries do Ensino Médio, a assistente
Unidades Curriculares que atendem a diversas áreas do virtual conta com inteligência artificial e foi desenvolvida para
conhecimento e à multiplicidade de currículos possíveis para o esclarecer dúvidas e apoiar o estudante na organização da
Novo Ensino Médio. Pensando na aprendizagem baseada em rotina escolar e na melhoria do desempenho acadêmico. Para
projetos (PBL) e na ampliação das possibilidades que o mundo 2023, a Coleção Dive.b Anos Finais e as Unidades Curriculares
contemporâneo trouxe para a intervenção humana na realidade, Bioética e Storytelling também estarão disponíveis na Ulli!
apresentamos a Coleção Bioética. Dessa forma, considerando
E não paramos por aqui. Para garantir a entrega de todas as
tais demandas e a formação cidadã dos estudantes, o Bernoulli
Sistema de Ensino propõe uma nova Unidade Curricular, cujo soluções didáticas impressas, de forma ainda mais eficiente,

conteúdo aborda os principais eixos de atuação da bioética: a nossa logística passa a contar com mais um novo Centro de

medicina, modelos éticos de pesquisas científicas e interação Comercialização e Distribuição, agora no Distrito Federal, em

ser humano-natureza. Brasília. Isso facilitará o atendimento de toda a região Centro-


-Oeste e em torno dela, conferindo agilidade e segurança na
Pensando também em formar e desenvolver nos estudantes
entrega às escolas.
os conceitos de comunicação, oralidade, retórica e discurso para
a construção de narrativas potentes, empáticas, persuasivas Por fim, certamente muitas outras soluções serão oferecidas
e bem apresentadas, assim como estimular o conhecimento ao longo de 2023. Em um mundo com mudanças cada vez mais
de diferentes formas de uso do storytelling no mundo velozes, o Bernoulli Sistema de Ensino mantém uma equipe
contemporâneo, o Bernoulli Sistema de Ensino apresenta a de excelência para atualizar, inovar e entregar as melhores
Unidade Curricular Storytelling para 2023. soluções para facilitar o trabalho dos educadores de nossas

Paralelamente, neste ano, continuamos a expansão de nosso escolas parceiras.

portfólio de Estudos de Obras Literárias, considerando os editais


mais recentes dos principais vestibulares, no intuito de auxiliar
os estudantes nos exames.
BERNOULLI PLAY
Além disso, a 2ª e a 3ª séries receberam trilhas digitais de Em um mundo cada dia mais conectado, os estudantes
aprendizagem interdisciplinares, disponíveis no Meu Bernoulli, querem experimentar uma aprendizagem relevante e conectada
que promovem o protagonismo do aluno e a aproximação com a cultura digital.
à dinâmica social contemporânea nacional e internacional,
Com foco na integração entre conteúdo impresso e digital,
marcada especialmente pelas rápidas transformações
nossas soluções didáticas contam com o Bernoulli Play, uma
decorrentes do desenvolvimento tecnológico. Cada trilha,
plataforma de acesso aos recursos digitais de aprendizagem
desenvolvida por sua respectiva Área do Conhecimento,
desenvolvidos ou licenciados pelo Bernoulli Sistema de Ensino,
traz a interdisciplinaridade e a possibilidade de desenvolver
tais como: animações, áudios em língua estrangeira, games,
habilidades específicas, incluindo a prática da argumentação,
além de foco no Enem. galerias de imagens, podcasts, recurso Quero Saber, com
um vocabulário extenso para aprofundamento, realidade
O Meu Bernoulli, nosso ambiente virtual de aprendizagem,
aumentada, resoluções de exercícios em imagem e vídeo,
segue em desenvolvimento contínuo para entregar features
simuladores e videoaulas.
cada vez mais conectadas às necessidades dos usuários.
Novos recursos didáticos, como Espaço Colaborativo, Podcast O Bernoulli convida você a se deliciar nesse mundo digital
e Galeria de Imagens, conferem possibilidades mais integradas feito especialmente para os alunos e professores do Sistema
às estratégias de aprendizagem ativa. Bernoulli.

4 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 4 21/10/2022 15:10:26


Manual do Professor

Instalação e navegabilidade Na Coleção 4V – Física, a disciplina é apresentada por frentes.


Cada frente contém módulos que correspondem à sequência
O Bernoulli Play possui um aplicativo e uma versão web. de temas propostos no Planejamento Anual. Dessa forma,
O aplicativo está disponível na Google Play e na App Store, basta os temas não se esgotam em um único volume, mas são,
procurar e instalar em seu dispositivo. A versão web pode ser em cada um deles, revisitados e aprofundados, configurando
acessada pelo endereço play.bernoulli.com.br. um movimento espiralado de aprendizagem.

Códigos alfanuméricos Constatando a importância da Física e a dificuldade dos


professores para lecioná-la, propõe-se que ela seja trabalhada
Tanto pela versão web quanto pelo aplicativo, acesse os
de forma contextualizada e interativa. Essa abordagem tem
conteúdos digitais em áudio ou vídeo utilizando os códigos
como objetivo tornar o ensino da Física mais dinâmico e
alfanuméricos. Para isso, basta inserir o código no aplicativo
significativo.
Bernoulli Play ou em play.bernoulli.com.br.

QR Codes MATRIZ DE
REFERÊNCIA ENEM
Por meio do aplicativo, utilize os QR Codes para acessar

FÍSICA
games, animações, simuladores e objetos em realidade
aumentada. Basta utilizar o leitor disponível no aplicativo para
baixar o conteúdo. Importante: Faça a leitura do QR Code Ciências da Natureza e suas
utilizando o leitor do aplicativo para que consiga o acesso. Tecnologias
Quero Saber Eixos cognitivos (comuns a todas as áreas de
conhecimento)
Utilizando o aplicativo, acesse conteúdos relacionados
a termos específicos distribuídos ao longo das coleções. I. Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta
Importante: Fotografe o termo por meio do aplicativo para da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens
que consiga acesso ao recurso. matemática, artística e científica e das línguas
espanhola e inglesa.

FUNDAMENTAÇÃO II. Compreender fenômenos (CF): construir e aplicar


conceitos das várias áreas do conhecimento para a
TEÓRICA compreensão de fenômenos naturais, de processos
histórico-geográficos, da produção tecnológica e das
Observar, experimentar e investigar são competências manifestações artísticas.
que ganham, no Ensino Médio, um sentido maior,
com a identificação de relações mais gerais e com a III. Enfrentar situações-problema (SP): selecionar,
introdução de modelos explicativos específicos da Física, organizar, relacionar, interpretar dados e informações
promovendo a construção das abstrações, indispensáveis representados de diferentes formas, para tomar
ao pensamento científico e à vida. decisões e enfrentar situações-problema.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. 2002. IV. C o n s t r u i r a r g u m e n t a ç ã o ( C A ) : r e l a c i o n a r


informações, representadas em diferentes formas,
Contribuir para uma compreensão mais ampla da
e conhecimentos disponíveis em situações concretas,
realidade é a base do raciocínio científico. O estudo da Física
para construir argumentação consistente.
deve colaborar para o entendimento dos fenômenos da
natureza e para a construção de modelos explicativos desses V. Elaborar propostas (EP): recorrer aos conhecimentos
fenômenos. desenvolvidos na escola para elaboração de propostas
de intervenção solidária na realidade, respeitando
Ao final do ciclo básico da educação, espera-se que o
os valores humanos e considerando a diversidade
aluno tenha construído abstrações indispensáveis para os
sociocultural.
conhecimentos científico e físico. A Coleção 4V – Física foi
escrita para o seguinte público-alvo: estudantes de cursos Habilidades e competências
preparatórios para o vestibular e estudantes da 3ª série do Competência de área 1 – Compreender as ciências naturais
Ensino Médio. Assim, essa Coleção pretende rever conceitos e e as tecnologias a elas associadas como construções humanas,
trabalhá-los, preparando os alunos para enfrentar os maiores percebendo seus papéis nos processos de produção e no
vestibulares do país. desenvolvimento econômico e social da humanidade.

Bernoulli Sistema de Ensino 5

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 5 21/10/2022 15:10:26


H1 – Reconhecer características ou propriedades de H13 – Reconhecer mecanismos de transmissão da vida,
fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os prevendo ou explicando a manifestação de características dos
a seus usos em diferentes contextos. seres vivos.

H2 – Associar a solução de problemas de comunicação, H14 – Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos
transporte, saúde ou outro com o correspondente organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa,
desenvolvimento científico e tecnológico. relações com o ambiente, sexualidade, entre outros.

H3 – Confrontar interpretações científicas com interpretações H15 – Interpretar modelos e experimentos para explicar
baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de
diferentes culturas. organização dos sistemas biológicos.
H4 – Avaliar propostas de intervenção no ambiente,
H16 – Compreender o papel da evolução na produção
considerando a qualidade da vida humana ou medidas
de padrões, nos processos biológicos ou na organização
de conservação, recuperação ou utilização sustentável da
taxonômica dos seres vivos.
biodiversidade.
Competência de área 5 – Entender métodos e procedimentos
Competência de área 2 – Identificar a presença e aplicar
próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes
contextos. H17 – Relacionar informações apresentadas em diferentes
formas de linguagem e representação usadas nas ciências
H5 – Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso
físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
cotidiano.
tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H6 – Relacionar informações para compreender manuais
H18 – Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas
de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas
tecnológicos de uso comum. de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às
finalidades a que se destinam.
H7 – Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios
para a comparação de materiais e produtos, tendo em H19 – Avaliar métodos, processos ou procedimentos das
vista a defesa do consumidor, a saúde do trabalhador ou a ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou
qualidade de vida. solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.

Competência de área 3 – Associar intervenções que resultam Competência de área 6 – Apropriar-se de conhecimentos
em degradação ou conservação ambiental a processos da Física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou
produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico- planejar intervenções científico-tecnológicas.
-tecnológicos. H20 – Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de
H8 – Identificar etapas em processos de obtenção, partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais,
H21 – Utilizar leis físicas e / ou químicas para interpretar
energéticos ou matérias-primas, considerando processos
processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da
biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Termodinâmica e / ou do Eletromagnetismo.
H9 – Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos
H22 – Compreender fenômenos decorrentes da interação entre
ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou
fenômenos que podem causar alterações nesses processos. a radiação e a matéria em suas manifestações em processos
naturais ou tecnológicos, ou em suas implicações biológicas,
H10 – Analisar perturbações ambientais, identificando fontes,
sociais, econômicas ou ambientais.
transporte e / ou destino dos poluentes ou prevendo efeitos
em sistemas naturais, produtivos ou sociais. H23 – Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação
de energia em ambientes específicos, considerando implicações
H11 – Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da
éticas, ambientais, sociais e / ou econômicas.
biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos
envolvidos em produtos biotecnológicos. Competência de área 7 – Apropriar-se de conhecimentos da
Química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou
H12 – Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes
planejar intervenções científico-tecnológicas.
de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses
contraditórios. H24 – Utilizar códigos e nomenclaturas da Química para
caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
Competência de área 4 – Compreender interações entre
organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à H25 – Caracterizar materiais ou substâncias, identificando
saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais,
culturais e características individuais. econômicas ou ambientais de sua obtenção ou produção.

6 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 6 21/10/2022 15:10:26


Manual do Professor

H26 – Avaliar implicações sociais, ambientais e / ou econômicas H28 – Associar características adaptativas dos organismos
na produção ou no consumo de recursos energéticos ou com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em
minerais, identificando transformações químicas ou de energia diferentes ambientes, em especial, em ambientes brasileiros.
envolvidas nesses processos.
H29 – Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam
H27 – Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente, seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde,
aplicando conhecimentos químicos e observando os riscos ou a produção de alimentos, matérias-primas ou produtos
os benefícios. industriais.

Competência de área 8 – Apropriar-se de conhecimentos da H30 – Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo,
Biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou identificando aquelas que visam à preservação e à implementação
planejar intervenções científico-tecnológicas. da saúde individual, coletiva ou do ambiente.

PLANEJAMENTO ANUAL
DISCIPLINA: FÍSICA SÉRIE: 3ª SEGMENTO: EM/PV

FÍSICA
FRENTE MÓDULO VOLUME CONTEÚDO
01 •  Cinemática Escalar: MU e MUV
02 1 •  Introdução à Cinemática Vetorial
03 •  Lançamento de Projéteis
04 •  Movimento Circular
05 2 •  Leis de Newton – Fundamentos
06 •  Leis de Newton – Aplicações
A
07 •  Dinâmica do Movimento Circular
08 3 •  Trabalho e Energia
09 •  Hidrostática
10 •  Gravitação Universal
11 4 •  Equilíbrio de Corpos Extensos
12 •  Impulso e Quantidade de Movimento
01 •  Termometria e Dilatometria
02 1 •  Propagação do Calor e Calorimetria
03 •  Estudo dos Gases
04 •  Leis da Termodinâmica
05 2 •  Fundamentos da Óptica Geométrica
06 •  Reflexão da Luz e Espelhos
B
07 •  Refração da Luz e Lentes
08 3 •  Instrumentos Ópticos e Olho Humano
09 •  Introdução à Ondulatória e MHS
10 •  Reflexão e Refração de Ondas
11 4 •  Difração e Interferência de Ondas
12 •  Som e Efeito Doppler
01 •  Eletrização e Força Elétrica
02 1 •  Campo Elétrico
03 •  Potencial Elétrico
04 •  Corrente Elétrica
05 2 •  Resistores
06 •  Medidas Elétricas e Força Eletromotriz
C
07 •  Capacitores
08 3 •  Campo Magnético
09 •  Força Magnética
10 •  Indução Eletromagnética
11 4 •  Noções de Física Quântica
12 •  Noções de Relatividade e de Física Nuclear

Bernoulli Sistema de Ensino 7

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 7 21/10/2022 15:10:26


PLANEJAMENTO DO VOLUME
DISCIPLINA: FÍSICA SÉRIE: 3ª SEGMENTO: EM/PV VOLUME: 1

FRENTE MÓDULO CONTEÚDO SUGESTÕES DE ESTRATÉGIAS

01 •  Cinemática Escalar: MU e MUV

•  Aula expositiva
A 02 •  Introdução à Cinemática Vetorial

•  Aplicação de exercícios
03 •  Lançamento de Projéteis
•  Resolução de exercícios

01 •  Termometria e Dilatometria
•  Aula prática

B 02 •  Propagação do Calor e Calorimetria •  Debates

03 •  Estudo dos Gases •  Aula expositiva com uso de multimídia

•  Júri simulado
01 •  Eletrização e Força Elétrica

•  Discussão em grupos
C 02 •  Campo Elétrico

•  Filmes
03 •  Potencial Elétrico

ORIENTAÇÕES PARA ORIENTAÇÕES E


COMPOSIÇÃO DE CARGA SUGESTÕES
HORÁRIA O material aqui apresentado tem por objetivo auxiliar você,
professor(a), na utilização da Coleção 4V – Física. Na primeira

Para otimizar o uso do material, sugerimos a você, parte, apresentamos orientações e sugestões de caráter geral,

professor(a), uma composição de carga horária em que deverão aplicáveis em todos os módulos da Coleção. A segunda parte
ser observados alguns pontos enumerados a seguir. contempla ideias específicas para cada módulo do volume 1.

Uso anual
Orientações gerais
1. Considere que o ano letivo tenha, em média, trinta e
duas semanas letivas. Como a Coleção 4V possui quatro Na maioria dos exames de vestibular do Brasil, os programas
volumes, recomendamos dedicar oito semanas letivas das provas de Física abrangem os conteúdos das três séries
a cada volume. do Ensino Médio. Os cursos preparatórios para esses exames
dividem-se em três grupos básicos: os pré-vestibulares de
2. O conteúdo de Física está disposto em três frentes,
duração anual (i), os pré-vestibulares de duração semestral
cada uma com três módulos por volume.
(ii) e os cursos da 3ª série integrada do Ensino Médio (iii).
Para calcular o número médio de aulas por módulo, basta Os cursos (ii) e (iii) são particularmente desafiantes; o primeiro,
considerar a carga horária de oito semanas e dividi-la pelo pelo pouco tempo disponível para a preparação do estudante,
número de módulos. o outro, pelos problemas intrínsecos ao processo de ensino
Após a utilização dos quatro volumes da Coleção 4V, formal (avaliações, acompanhamento familiar constante, etc.)
recomendamos que seja realizada uma revisão em, pelo menos, e, também, porque todo o conteúdo da 3ª série representa
duas semanas letivas. uma novidade para o aluno. O curso (i) também é complexo.

8 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 8 21/10/2022 15:10:26


Manual do Professor

Apesar do maior tempo disponível, a maioria dos alunos dos 1. As equações da Física dividem-se em três grupos.
cursos anuais de pré-vestibulares acha-se, pelo menos, em No primeiro, estão as equações que não podem ser
sua 2ª tentativa para a obtenção de uma vaga nos bancos demonstradas experimentalmente nem deduzidas
universitários. Existe, por isso, um fator psicológico que você, matematicamente, pois elas são simples definições. Por
professor(a), deve levar em conta. exemplo, a velocidade média de um carro em um percurso
é definida como a razão entre a distância percorrida pelo
O ensino de disciplinas dentro do contexto descrito
tempo gasto no trajeto (vm = d/∆t). Desde que o conceito
demanda capacidade, dedicação e organização de sua parte.
seja entendido, o aluno não terá nenhuma dificuldade
Consideramos que as seguintes orientações possam ser úteis
para assimilar a fórmula matemática decorrente.
para o desenvolvimento dos conteúdos de Física nesses cursos:
O segundo grupo de fórmulas contém equações obtidas
1. O aluno dos cursos preparatórios para o vestibular, a partir da experimentação, como é o caso das leis
mesmo aqueles que fazem a 3ª série integrada, trazem fundamentais da Física. Citamos, como exemplo,
conhecimentos prévios que precisam ser valorizados. a equação da Segunda Lei de Newton, na qual o módulo
Por exemplo, no ensino da Eletricidade, o domínio dos da força resultante sobre um corpo é igual ao produto de
conceitos de força e de energia são fundamentais. Ainda sua massa pela sua aceleração (R = m.a). No terceiro
que os módulos sobre as Leis de Newton e sobre energia grupo, as equações são deduzidas, matematicamente,
sejam abordados posteriormente, você, professor(a), a partir das equações do primeiro e do segundo grupos.
pode e deve usar o conteúdo desses módulos na Por exemplo, a partir da definição matemática de campo
construção dos conceitos da Eletricidade. elétrico (E = F/q) e da Lei de Coulomb (F = KQq/r2),
chegamos à expressão para calcular o campo elétrico

FÍSICA
2. O conhecimento prévio do aluno vai além daqueles gerado por uma carga pontual (E = KQ/r2).
conteúdos que ele viu, formalmente, em certo momento
de sua vida escolar. Antes de estudar a Eletricidade, 2. A análise dimensional de uma equação pode ser útil na
o aluno não sabe explicar por que a transmissão da sua assimilação. Por exemplo, a análise dimensional
energia elétrica é feita em corrente alternada (CA). da fórmula da velocidade média nos leva a concluir
Todavia, ele provavelmente já viu o símbolo CA nos que a unidade de velocidade é a razão entre uma
aparelhos em sua casa. A Física está por toda parte: unidade de distância e uma unidade de tempo
na natureza, em equipamentos que fazem parte do dia (km/h, por exemplo). Já que essa unidade nos é
a dia do aluno, etc. Não usar isso é um desperdício de bem familiar, estaremos de acordo com a expressão
informações. v = d/∆t, e nunca com v = d.∆t ou v = ∆t/d. As duas
últimas expressões nos levariam a unidades absurdas
3. O conhecimento recém-adquirido é essencial para a para a velocidade (km.h e h/km).
sequência do estudo. Por exemplo, uma vez que o
aluno tenha assimilado o conceito de aceleração média 3. Em geral, pelo menos duas das grandezas físicas de
(inclusive a fórmula a = ∆v/∆t), não faz sentido dar muita uma equação são impostas por agentes externos (uma
importância à fórmula para achar a velocidade final em pessoa, um meio de propagação, etc.). É importante
um Movimento Uniformemente Acelerado (v = vo + at). saber quem impõe o valor de uma grandeza. Por
Nesse caso, não há duas fórmulas distintas, mas exemplo, na equação da onda v = λf, a velocidade (v)
apenas uma com dois diferentes desdobramentos. Não da onda depende do meio de propagação, enquanto
valorizar o conhecimento recém-adquirido conduz o a frequência (f) da onda depende do oscilador que a
aluno a memorizar uma enormidade de conceitos e de produziu. O comprimento de onda (λ) depende das
expressões matemáticas, muitas vezes desnecessários. outras duas grandezas, adequando-se a elas para tornar
a equação verdadeira. Nesse sentido, a fórmula principal
4. A interdisciplinaridade e a contextualização são palavras
é λ = v/f, pois λ é a consequência, enquanto v e f são
antigas do vocabulário de vocês, professores dos Ensinos
as causas. Infelizmente, a maioria dos alunos prefere
Médio e Fundamental. Essas ideias implicam o encontro
memorizar a versão mais sonora, em detrimento de
das disciplinas e conduzem a uma compreensão mais
uma melhor compreensão física do problema.
ampla sobre os problemas do mundo. Durante anos,
muito se falou e pouco se fez para tornar isso uma 4. Toda equação possui um domínio de validade. Saber
realidade no ensino. Parece-nos, felizmente, que quando a fórmula pode ser usada é tão importante
o tempo para uma educação mais interligada está quanto conhecê-la. Por exemplo, a definição para a
próximo. Alguns exames de vestibular no país são velocidade média (vm = d/∆t) é válida para qualquer
engajados com essas diretrizes. Muitos cursos novos são movimento, já a equação de trabalho (W = F.∆x.cos q)
multidisciplinares. Um engenheiro ambientalista deve aplica-se apenas para um trabalho realizado por força
ter domínio sobre as disciplinas exatas (Matemática, de módulo constante.
Física e Química), mas deve, também, dominar os
5. Na Física, a maioria das fórmulas envolve produtos
conceitos de Biologia, antes uma matéria exclusiva
e quocientes entre as grandezas. Muitos alunos se
da área biomédica. Por tudo isso, é importante que
confundem quando fazem comparações entre duas
você, professor(a), tenha conhecimento do conteúdo
grandezas dessas equações. Um bom exemplo acontece
de outras áreas e saiba relacioná-lo com a Física.
com as equações P = RI2 e P = V2/R (P, V, I e R são,
A leitura de jornais, revistas e artigos enriquece seu
respectivamente, a potência, a tensão, a corrente
conhecimento, professor(a), nesse aspecto. Um artigo
e a resistência elétrica em um resistor). A primeira
sobre o biodiesel pode ser um texto interdisciplinar.
equação parece sugerir que o efeito Joule no resistor
Muitos alunos pensam que estudar Física é memorizar aumenta com a resistência, enquanto a outra equação
um enorme conjunto de expressões matemáticas. Você, parece indicar justamente o contrário. Cabe a você,
professor(a), deve ser um soldado combatente dessa ideia. professor(a), durante todo o curso, reforçar a ideia de
Nos próximos itens, destacamos alguns aspectos das equações que essas análises só fazem sentido quando a terceira
que podem lhe ajudar nessa árdua guerra. grandeza da equação é constante.

Bernoulli Sistema de Ensino 9

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 9 21/10/2022 15:10:26


Orientações para os módulos 8. O conceito de aceleração é fundamental para o bom
entendimento das descrições dos movimentos. Reforce
A seguir, apresentamos algumas orientações para você, com os alunos a relação entre aceleração e mudança
professor(a), trabalhar os módulos do volume 1. Sugerimos, de velocidade. Muitos alunos associam aceleração com
ainda, alguns textos e experimentos simples como alternativas valores de velocidade alta (essa associação parece
didáticas. surgir do uso do acelerador do carro para mantê-lo
em movimento).
MÓDULO – A 01 9. As relações matemáticas presentes no estudo da

Cinemática Escalar: MU e MUV Cinemática são importantes, pois elas serão utilizadas
ao longo de todo o estudo da Física no Ensino Médio.
1. A busca de regularidades nos fenômenos naturais é Porém, o estudo delas somente se justifica se o
um dos principais pilares da Ciência Moderna, tendo aluno souber interpretar uma situação-problema e
o estudo dos movimentos um importante papel no conseguir identificar as equações que poderão ajudá-lo
entendimento do mundo ao nosso redor. O nascimento a solucionar uma questão. Saber as equações não
da Ciência está associado ao estudo dos movimentos é garantia para resolução das questões; por isso,
dos astros no céu e na superfície da Terra. é preciso contextualizá-las. Mostre que, para o estudo
2. As definições de velocidade média e velocidade dos movimentos livres na vertical, as equações são as
instantânea podem ser trabalhadas em sala de aula mesmas que as usadas em qualquer outro movimento
com pequenas simulações: um deslocamento entre uniformemente variado, já que o valor da aceleração,
duas posições, no qual a velocidade instantânea varia. devido à gravidade, permanece praticamente constante
Mede-se a distância percorrida por um aluno e marca-se na superfície da Terra.
o intervalo de tempo com o cronômetro (de um celular,
at2
por exemplo). 10. Deduza as equações d = v0t + e v = v0 + at a partir
2
da análise do gráfico velocidade versus tempo para o
3. Um sensor de velocidade utilizado em vias urbanas pode
Movimento Uniformemente Variado. Utilizando as duas
ser uma boa oportunidade para se discutir a diferença
equações anteriores, deduza a equação de Torricelli ou
entre esses dispositivos de fita eletromagnéticos,
proponha a dedução como desafio.
que necessitam de uma massa metálica para acionar
o sensor dos dispositivos conhecidos como “radar”. Veja 11. Analise com cuidado os gráficos velocidade versus
em http://cienciahoje.org.br/artigo/como-funcionam- tempo com inclinação positiva e negativa e o gráfico
os-radares-de-transito/ posição versus tempo, enfatizando a importância
de trabalharmos com intervalos de tempo pequenos
4. É muito importante chamar a atenção dos alunos
quando desejamos medir velocidades instantâneas.
para a questão da escolha do referencial e de
como isso pode alterar a abordagem do problema. 12. Explore a imagem de queda livre, da pena e da
É sempre possível imaginar um referencial de maçã, explicando o modo de sua produção (foto
observação para o qual um corpo estará em movimento estroboscópica) e as conclusões que dela resultam.
e outro para o qual esse corpo estará em repouso.
13. Sites úteis que contêm animações: http://www.
5. Ao apresentar o conceito de inclinação, mencione a aprendebrasil.com.br/Recursos/ConteudoMultimidia/
importância que essa propriedade tem para o estudo scorm/17_218/eins03.swf; http://newt.phys.unsw.edu.
dos gráficos, sejam eles associados a áreas como au/einsteinlight/
Economia, Geografia, etc.

6. Solicite que os estudantes construam gráficos para MÓDULO – A 02


diversos movimentos, variando S0 e V na equação
horária da aba “Praticar” e que observem as diferenças Introdução à Cinemática Vetorial
nos gráficos formados. Chame a atenção dos alunos
1. Esse tópico do conteúdo tem como objetivos
para as situações em que a posição inicial é diferente
de zero e para a situação em que a velocidade tem • familiarizar o aluno com as características das

sentido contrário à orientação, recebendo, nesse caso, grandezas vetoriais;

o sinal negativo. • introduzir regras de soma vetorial;

7. O registro de um tacógrafo é muito útil para mostrar • conceituar vetor aceleração;

a associação entre a ciência, ou a tecnologia, e a • possibilitar ao aluno memorizar e interpretar


sociedade, mostrando como alguns dispositivos as expressões matemáticas que relacionam as
desenvolvidos para aumentar a segurança nas estradas grandezas citadas anteriormente, aplicando-as
têm relação íntima com o conteúdo estudado. em situações físicas apresentadas.

10 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 10 21/10/2022 15:10:27


Manual do Professor

MÓDULO – A 03 2. Repita a experiência, prestando atenção ao barulho


produzido pelas duas moedas ao atingirem o solo.

Lançamento de Projéteis
1. Esse tópico do conteúdo tem como objetivos

• reconhecer a independência de movimentos


perpendiculares entre si, como as projeções
horizontal e vertical do movimento de um projétil,
citando características desses movimentos;
B
• aplicar o conhecimento adquirido sobre movimento
de projéteis na resolução de problemas envolvendo
lançamento horizontal ou lançamento oblíquo;

• usar o conhecimento apreendido sobre a natureza


vetorial dos movimentos para ampliar e aprofundar
a observação, investigação e interação com o P
mundo à sua volta.

FÍSICA
2. Uma interessante animação sobre lançamento
horizontal e oblíquo pode ser encontrada em: http:// A

phet.colorado.edu/sims/projectile-motion/projectile-
motion_en.html

3. Uma atividade experimental simples e que muito


pode auxiliar nas discussões relativas ao lançamento
horizontal é descrita a seguir (prática elaborada pelo Questão
prof. Gielton Lima de Barros). Você deve ter observado que as moedas atingem o solo

INTRODUÇÃO simultaneamente. Esse resultado está de acordo com sua


previsão feita na introdução dessa aula? Em caso negativo,
Considere a seguinte situação: duas moedas apoiadas sobre redija um texto, refazendo sua explicação dada anteriormente
uma mesa horizontal são colocadas em movimento num mesmo (não apague sua resposta anterior).
instante. Uma delas (moeda A) é, simplesmente, abandonada
3. Repita mais uma vez a experiência, dando uma
da borda da mesa, caindo verticalmente para baixo, em direção
pancada mais forte na régua, para que B adquira maior
ao solo. A outra (moeda B) é lançada horizontalmente (por
velocidade inicial. Observe que as moedas continuam
meio de um “peteleco”, para frente) e cai a uma certa distância
caindo simultaneamente. Faça uma figura mostrando as
do pé da mesa.
trajetórias seguidas pelas moedas A e B para as duas
Você acha que o tempo de queda da moeda A deve ser maior, situações (pancada leve e pancada forte).
menor ou igual ao tempo de queda da moeda B? Justifique
4. Redija, agora, uma conclusão para a aula de hoje,
sua previsão. (Observação: procure construir seu raciocínio de
relacionando os resultados dos experimentos realizados.
forma lógica e coerente). Atenção: não será avaliado, nesse
item, o “certo” ou “errado”, e, sim, a capacidade do grupo de
argumentar e defender suas ideias. MÓDULO – B 01
PROCEDIMENTO
Termometria e Dilatometria
Você realizará agora o experimento a fim de verificar se sua 1. Antes de discutir a medição da temperatura, é
previsão, dada no item anterior, estava ou não correta. importante entender o que é temperatura. Por isso,
A figura apresenta a montagem que deve ser feita para a primeiro, conceitue a temperatura do ponto de vista
realização da experiência: uma régua apoiada sobre uma mesa macroscópico e microscópico; depois, discuta o

e duas moedas, A e B, estando B sobre a mesa, próxima à sua significado de uma propriedade termométrica e, por
fim, apresente as escalas Celsius e Fahrenheit.
borda, encostada à régua, e A sobre a régua (fora da mesa).
2. Discorra sobre o significado do zero absoluto e
1. Fixe a régua com um dedo no ponto P, de modo que
apresente a escala Kelvin.
ela possa girar em torno desse ponto. Dê uma pancada
súbita na extremidade livre da régua, como mostra a 3. S u g e r i m o s q u e vo c ê a p r e s e n t e o o b j e t o d e
figura. Observe a trajetória das duas moedas e verifique aprendizagem “Escala termométrica”, disponível
se A cai verticalmente (queda livre) e se B, no mesmo na seção Bernoulli Play. Mostre aos alunos que a
instante, é arremessada horizontalmente para frente. definição das escalas de temperaturas é arbitrária.

Bernoulli Sistema de Ensino 11

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 11 21/10/2022 15:10:28


Incentive-os, portanto, a atribuir valores positivos microscopicamente, o porquê da expansão durante seu
e negativos aos pontos de fusão e de ebulição. congelamento pode ser visto no link:
Assim que a escala termométrica estiver definida, ajude-
https://youtu.be/UukRgqzk-KE
os a compreender como as equações de conversão são
construídas e incentive-os a converter temperaturas para 8. Uma boa explicação sobre o comportamento anômalo
as escalas mais comuns. da água, do ponto de vista das ligações de hidrogênio
do cristal de gelo, pode ser encontrada no site:
4. Discuta o fenômeno da dilatação térmica do ponto
de vista do conceito microscópico da temperatura. www.feiradeciencias.com.br/sala08/08_34.asp
Apresente as equações para calcular a dilatação dos
sólidos e dos líquidos.
MÓDULO – B 02
5. Discuta a dilatação de corpos vazados, explicando que
todo corpo vazado se dilata como se fosse maciço. Propagação do Calor e
Para facilitar a compreensão dos alunos, reproduza o
vídeo “Paradoxo da placa furada”, disponível na seção
Calorimetria
Bernoulli Play. O recurso visual em 3D colabora para a 1. Conceitue calor, diferenciando-o de trabalho. Cite
análise do fenômeno de dilatação dos sólidos e explica exemplos de um e de outro: aquecimento das mãos
o motivo pelo qual um furo em uma placa de metal expostas a uma corrente de água quente (calor) e
aumenta sua circunferência quando a placa recebe calor. aquecimento das mãos quando esfregadas uma contra
Explore o conteúdo do vídeo e não deixe de mostrar a outra (trabalho).
que a placa também expande como se não houvesse
o furo em seu interior. Aproveite a situação-problema 2. Explique os três processos de transferência de calor:

apresentada no vídeo e estimule os alunos a pensarem condução, convecção e radiação. Cite exemplos de
no que aconteceria com a distância entre dois furos, instrumentos / fenômenos que reduzem / intensificam a
solicitando explicações para as hipóteses levantadas. transferência de calor, como a garrafa térmica, o coletor
solar, as brisas, etc. Para auxiliar a compreensão do
Por isso, professor(a), apresente também o exemplo conteúdo pelos alunos, sugerimos que seja apresentada
mostrado na figura a seguir. Se a peça for aquecida, a animação “Propagação de calor”, disponível na seção
o furo central e os 4 furos periféricos irão dilatar-se. Bernoulli Play. O objeto de aprendizagem permite a
Alguns alunos, erroneamente, acham que as bordas
visualização de situações nas quais ocorre transmissão
dos furos irão se aproximar. Como todas as partes da
de calor por condução, por convecção e por radiação, a
peça se dilatam, as linhas que ligam a borda do furo
partir da representação do comportamento da matéria
central às bordas dos outros furos também se dilatam.
a nível molecular. Ao utilizar o material, é interessante
Assim, depois do aquecimento, os furos se dilatam
estabelecer um paralelo entre o comportamento de
e as separações entre eles também. O mesmo será
materiais que são bons condutores de calor (por
verificado na placa com dois furos, mostrada ao final
condução) e os bons condutores de eletricidade (em
do vídeo. Para ilustrar, a dilatação da peça foi bastante
geral, metais). Essa relação se explica pelo fato de que
exagerada.
tanto a condução de calor quanto a de eletricidade têm
1 grande contribuição dos elétrons dos materiais.
1 3. Para alguns vestibulares, é necessário apresentar de
forma semiquantitativa as Leis de Fourier e de Stephan
4 3 4 3 para a condução e a radiação.

4. O balanço de energia na Terra e o efeito estufa são


2
discutidos, com riqueza, no seguinte site:
2
http://pt.slideshare.net/Pibid/balano-de-energia-na-
terra

5. Defina capacidade térmica e calor específico, deixando


claro que o primeiro depende do corpo e o segundo, da
matéria que o compõe. Para auxiliar os alunos nessa
diferenciação, disponibilizamos, na seção Bernoulli
Play, o vídeo “Calorimetria”, que pode ser exibido como
apoio à sua explanação. Ajude os alunos a perceberem
6. Fale sobre a dilatação anômala da água e suas
que, apesar de parecidas, as equações Q = mc∆T e
consequências na manutenção da vida aquática.
Q = C∆T representam abordagens diferentes do problema,
7. Um vídeo interessante que fornece uma explicação uma vez que os termos “C” e “c” correspondem a
para o comportamento anômalo da água, discutindo, grandezas distintas.

12 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 12 21/10/2022 15:10:29


Manual do Professor

Estabeleça uma relação entre a capacidade térmica, conceito de ponto triplo, em que a matéria se apresenta
o calor específico e a dificuldade para se aquecer nos três estados físicos com valores de temperatura
(ou resfriar) um corpo. Por exemplo, quanto maior a e pressão específicos. Apresente também o conceito
capacidade térmica ou calor específico de um corpo (ou de ponto crítico, em que não é possível distinguir a
substância) mais difícil será aquecê-lo (ou resfriá-lo). fase líquida da fase gasosa. O objeto também explora
Isso é mostrado no vídeo quando duas porções detalhadamente o diagrama de fase da água, permitindo
diferentes de água são aquecidas. Aproveite o trecho esclarecer dúvidas que possam ter surgido durante
visual do vídeo que mostra a agitação das moléculas sua explanação sobre o conteúdo. Além disso, o vídeo
quando uma substância recebe calor e relembre os contribui com a explicação do comportamento anômalo
alunos de que a temperatura mede o grau de agitação da água ao permitir a visualização da organização de
das partículas de um corpo ou substância. suas moléculas em estruturas cíclicas hexagonais (no
6. Apresente a equação Q = mc∆T como uma extensão do estado sólido), bem como os espaços vazios gerados
conceito de calor específico, isto é, o calor específico por essa organização. Chame a atenção dos alunos
se refere à energia que deve ser fornecida a uma para o ponto em que a água sofre fusão. Durante o
massa unitária para que esta sofra uma variação de aquecimento, os espaços vazios deixam de existir,
temperatura também unitária. devido ao enfraquecimento das interações atrativas
entre as moléculas e que, por isso, na fase líquida,
7. Faça a seguinte experiência em sala para determinar o o volume ocupado pela água é menor.

FÍSICA
calor específico da água: use um ebulidor de potência
conhecida para aquecer 1 litro de água da temperatura 12. A água ferve a uma temperatura de aproximadamente
ambiente até o ponto de ebulição. Utilize, então, 120 °C em uma panela de pressão, dentro da qual a
a equação apresentada no item anterior para calcular pressão de vapor possui um valor próximo a 2 atm. Peça
o calor específico da água. O valor calculado não será aos alunos para medirem a massa da válvula da panela
exatamente igual a 1,0 cal/g°C, pois essa experiência de pressão de suas respectivas casas (uma balança
apresenta algumas fontes de erro importantes. Assim, de cozinha graduada em gramas serve para isso) e
aproveite para discuti-las durante essa aula. as áreas de seção de saída do vapor das respectivas
panelas de pressão. A razão entre o peso da válvula e
8. O site a seguir apresenta um bom artigo de um
essa área possui um valor próximo de 1 atm. Assim,
professor da UNESP, que ensina a construir um
essa pressão, adicionada à pressão atmosférica externa,
calorímetro caseiro. O artigo também descreve a
gera a pressão de 2 atm sobre o vapor.
clássica experiência para determinar o calor específico
de um metal quente (ou frio) imerso em água fria https://ipemsp.wordpress.com/2012/02/02/panela-de-
(ou quente) dentro do calorímetro. pressao-nao-precisa-ter-medo/

http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/
view/6890/6349
MÓDULO – B 03
9. Defina calor latente e discuta os processos físicos de
mudança de fase. Reforce a ideia de que, em geral, Estudo dos Gases
o dispêndio de energia da mudança de fase é grande
1. Antes de abordar a equação de estado de um gás ideal
em comparação ao calor sensível.
e as leis específicas (transformação isobárica, etc.),
10. Realize a seguinte experiência em sala para determinar explique que, para que um gás seja considerado
o calor latente de ebulição da água: use o mesmo ideal, as moléculas que o compõem devem estar
procedimento da experiência descrita no item 7, mas, suficientemente distantes umas das outras, de
agora, assim que a água iniciar a fervura, marque forma que as forças de interação entre elas sejam
alguns minutos e, depois, meça a massa de água no desprezíveis. Para que isso ocorra, a temperatura
recipiente. A diferença entre esse valor e o valor da do gás deve ser muito maior que a temperatura do
massa inicial representa a massa vaporizada. Com ponto crítico, e a pressão deve ser muito menor que
os valores obtidos, é possível calcular o calor latente. a pressão do ponto crítico. Reforce a ideia de que um
O resultado não será exatamente igual a 540 cal/g, gás pode ser ideal numa condição e em outra não.
pois existem muitas fontes de erro nesse experimento. Por exemplo, o oxigênio atmosférico é um gás ideal,
Aproveite para discuti-las em sala. mas o oxigênio à alta pressão no interior de um balão
11. Apresente o diagrama de fases da água e discuta a pode não ser.
influência da pressão sobre as temperaturas de ebulição 2. Apresente a equação geral dos gases ideais. Com essa
e de fusão. Apresente também o vídeo “Mudança de expressão, calcule a massa de ar presente na sala de
estado físico”, disponível na seção Bernoulli Play. Esse aula. Para um volume de 100 m3, uma temperatura
objeto de aprendizagem possibilita a visualização dos
ambiente de 300 K e uma pressão atmosférica de
modelos que representam os estados físicos da matéria.
1 atm, a massa de ar é de, aproximadamente, 117 kg
A distribuição das partículas e seus movimentos
(a massa molar do ar é 29 g/mol).
característicos em cada estado físico, impossíveis de
serem visualizados a olho nu, faz desse vídeo um aliado 3. Introduza as leis das transformações isobárica,
à compreensão dos alunos e torna a aprendizagem isovolumétrica e isotérmica, reforçando as análises
mais dinâmica e prazerosa. Aproveite para introduzir o gráficas. O diagrama p x V é o mais importante.

Bernoulli Sistema de Ensino 13

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 13 21/10/2022 15:10:29


4. Apresente também o simulador “Transformações
dos gases”, disponível na seção Bernoulli Play. Esse MÓDULO – C 02
recurso pode ser utilizado nesse momento para ilustrar
sua aula e facilitar a compreensão do conteúdo pelos Campo Elétrico
alunos. O objeto de aprendizagem permite que o aluno
1. Desenvolva o conceito de campo elétrico, comparando-o
controle a energia térmica de um sistema gasoso,
com o campo gravitacional da Terra.
adicione partículas leves e pesadas e aumente ou
diminua a pressão sobre o sistema, para observar 2. Sugerimos que você apresente o objeto de aprendizagem
o comportamento dos gases de acordo com essas “Campos elétricos de cargas pontuais”. Trata-se de um
modificações. Chame a atenção dos alunos para que
jogo no qual o aluno realizará uma viagem interplanetária
percebam a diferença de energia cinética entre as
em uma nave que funciona por meio de campos elétricos.
partículas leves e pesadas e como a variação de energia
Será necessário que ele utilize seus conhecimentos
térmica influencia o movimento de cada espécie.
Chame a atenção também para o fato de a variação de sobre campos gerados por cargas pontuais para
pressão alterar a temperatura dentro do recipiente e, conseguir chegar ao destino. Um padrão de campo
consequentemente, a energia cinética das partículas. elétrico é apresentado e os alunos devem identificar
Peça para que eles realizem as seguintes transformações qual(is) carga(s) criam o campo, arrastando a(s)
gasosas: isotérmica, isobárica e isocórica. As instruções carga(s) positiva(s) e / ou negativa(s) correta(s) para
para os procedimentos necessários para realizar as o(s) local(is) tracejado(s). O nível de dificuldade do
transformações se encontram no ícone ? . jogo é ampliado a cada novo planeta (fase) e quanto
menos tempo ele gastar durante a fase, maior será
5. Faça a experiência da Lei de Boyle (temperatura
sua pontuação.
constante) usando uma seringa grande de vidro.
Coloque uma garrafa PET de 2 litros com água sobre 3. Reforce a ideia de que o movimento de uma carga em
o êmbolo da seringa. A saída da seringa pode ser um campo elétrico uniforme é bastante semelhante
facilmente vedada. Alterando a massa de água, será ao movimento de uma massa próximo do campo
possível medir novos volumes para o ar aprisionado na gravitacional terrestre (ou de outro planeta).
seringa. Não se esqueça de somar a pressão atmosférica
à pressão feita pela água da garrafa. 4. A simulação a seguir mostra o mapeamento do campo
elétrico gerado por uma ou mais cargas elétricas:
6. Apresente a teoria cinética dos gases. Reforce que ela é
uma pré-teoria da teoria atômica que impactou o início https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/charges-
do século XX com as ideias revolucionárias de Planck, and-fields
Einstein, etc.

7. Uma das principais implicações da teoria cinética dos MÓDULO – C 03


gases refere-se à íntima relação existente entre a
temperatura absoluta e a energia cinética média das Potencial Elétrico
moléculas. Assim, em misturas de gases, a molécula
de menor massa move-se com velocidade média maior. 1. Desenvolva a ideia de potencial elétrico, comparando-o
com o potencial gravitacional da Terra.

MÓDULO – C 01 2. Apresente o simulador “Explorando superfícies


equipotenciais”, disponível na seção Bernoulli Play. Esse

Eletrização e Força Elétrica objeto de aprendizagem possibilita ao aluno “navegar”


com uma carga elétrica pontual entre superfícies
1. Explique o funcionamento do eletroscópio de folhas. equipotenciais geradas por uma ou mais cargas
Faça uma experiência com duas tiras de plástico elétricas. Assim, ele pode identificar as superfícies
atritadas nas mãos, mostrando como elas se repelem e compreender o trabalho para deslocar a carga
(princípio do eletroscópio de folhas). pontual de uma superfície a outra ou de um local em
2. Um vídeo com várias experiências sobre eletrização é uma linha equipotencial para outro na mesma linha.
apresentado pelo grupo Mago da Física, formado por O conhecimento sobre superfícies equipotenciais
professores do CEFET de Natal-RN. Veja o site: permitirá ao aluno entender com mais clareza muitos
problemas de Eletrostática.
http://www.youtube.com/watch?v=K9J-2m8pqj4
3. Use uma pequena peneira metálica e faça algumas
3. Apresente a Lei de Coulomb, comparando-a com a Lei
experiências simples para verificar a blindagem
da Atração Gravitacional de Newton.
eletrostática.
4. O site a seguir permite obter o valor da força elétrica
4. Habitue-se a consultar, sempre que possível, o site
em função da distância entre duas cargas pontuais:
http://www.inpe.br/#, do INPE – Instituto Nacional de
http://webphysics.davidson.edu/physlet_resources/ Pesquisas Espaciais –, que sempre contém informações
bu_semester2/c01_coulomb.html e mapas atuais de raios no território brasileiro.

14 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 14 21/10/2022 15:10:31


Manual do Professor

COMENTÁRIO E RESOLUÇÃO DE QUESTÕES


Como o avião mantém a velocidade constante, tem-se que:
MÓDULO – A 01 v
d 1 000 3
t

10
 v  100 3 m / s

Cinemática Escalar: MU e MUV Como as alternativas não estão em m/s, mas em km/h,
tem-se que:
v  100 3 m / s . 3, 6  v  360 3 km / h
Exercícios de Aprendizagem
Questão 01 – Letra E Questão 04 – Letra A
Comentário: De acordo com o texto da questão, o helicóptero
Comentário: A resolução desse exercício utiliza o conceito
possui uma velocidade de 100 km/h, no mesmo sentido do
de velocidade média, que é o quociente entre a distância total
carro e em relação ao chão. Contudo, para um observador
percorrida por um móvel em um intervalo de tempo e este situado no helicóptero, é como se o helicóptero se encontrasse
intervalo de tempo. O intervalo de tempo total (1,5 h = 1 h + 0,5 h) em repouso enquanto o carro se move com uma velocidade de

FÍSICA
é fornecido diretamente pelos dados do problema, porém a 20 km/h. Portanto, a velocidade do automóvel relativo ao chão
distância total percorrida deve ser calculada a partir desses dados. é de 100 + 20 = 120 km/h.
No primeiro trecho, o automóvel percorreu 60 km (60 km/h . 1 h)
e, no segundo trecho, 21 km (42 km/h . 0,5 h). Logo, a distância
Questão 05 – Letra E
total percorrida foi de 81 km. O valor da velocidade média, então, Comentário: Em um movimento uniformemente variado,
é necessário que a distância percorrida, entre intervalos de
será de (81 km/h)/1,5 h = 54 km/h = 15 m/s.
tempos iguais, aumente ou diminua proporcionalmente ao

Questão 02 – Letra A quadrado do intervalo de tempo. A única opção que apresenta


uma representação desse tipo é a alternativa E.
Comentário: Como a bola deslocou-se com velocidade
constante, sem a presença de atritos de qualquer natureza,
Questão 06 – Letra B
a distância percorrida d é dada por d = vt, em que v é a velocidade
da bola e t o tempo de duração do movimento, no caso t = 0,4 s. Comentário: Após perceber seu erro, o candidato tinha
5
Como o tempo está em segundos, a velocidade deve ser medida 60 min. – 10 min. = 50 minutos = h para percorrer um
6
em metros por segundo; assim v = 126 / 3,6 = 35 m/s. Logo, caminho de d = 60 km + 10 km = 70 km. Assim, sua velocidade
a distância d percorrida pela bola é tal que d = 35 . 0,4 = 14 m. dtotal 70 6
=
média v é tal que v = = 70
= . 84 km/h
t total 5 5
Questão 03 – Letra C 6

Comentário: A posição do garoto, a posição inicial do avião e a Exercícios Propostos


posição do avião depois de 10 s formam um triângulo retângulo
conforme a imagem a seguir.
Questão 01 – Letra C
Comentário: As velocidades em módulo das motos A e B são
d constantes, portanto, supondo que o movimento é retilíneo,
pode-se escrever as equações de movimento das duas motos
da seguinte maneira:
xA = vA . tA ⇒
xA = 3v . tA

3 000 m xB = D + vB . tB ⇒
30°
xB = D + 2v . tB
As motos se encontrarão quando elas passarem pela mesma
posição ao mesmo tempo, ou seja, xA = xB e tA = tB = t.
3v . t = D + 2v . t ⇒ v . t = D ⇒
t = D/v
Usando a altura que o avião está do chão e o ângulo formado
entre as posições inicial e final, pode-se encontrar a distância Questão 02 – Letra B
percorrida pelo avião. Assim, tem-se: Comentário: Primeiramente, vale lembrar que em um gráfico
d 3 d posição × tempo, a inclinação da reta indica a velocidade. Na
tg 30    
3 000 3 3 000 alternativa A, incorreta, no instante t = 4 s, não há deslocamento e
d  1 000 3 m a partícula encontra-se em repouso (a reta está sem inclinação).

Bernoulli Sistema de Ensino 15

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 15 21/10/2022 15:10:34


Na alternativa B, correta, a velocidade média da partícula é Questão 07 – Letra B
calculada por: Comentário: A velocidade instantânea, num gráfico posição ×
d 0  25
v    25, 0 m/s tempo, pode ser derivada tirando-se a inclinação da reta
t 11, 0  10, 0
tangente à curva no instante relevante. No instante t2, pode-se
Na alternativa C, incorreta, entre os instantes t = 8,0 s e observar que a inclinação da curva pertinente ao automóvel
t = 10,0 s, a partícula se encontra em repouso, pelos mesmos B é maior que a inclinação da curva representando a posição
de A; destarte, no instante t2, a velocidade do automóvel B é
motivos citados na alternativa A. Finalmente, na alternativa
maior que a velocidade do automóvel A.
D, incorreta, o módulo do deslocamento entre os instantes
t = 0 e t = 11,0 s foi zero, uma vez que a partícula retornou ao
Questão 08 – Letra A
ponto de partida (lembrando que o deslocamento é calculado
Comentário: O veículo infrator estava se movendo a 90 km/h =
pela diferença entre a posição final e inicial).
25 m/s. Assim, em 4,8 s, ele andou d = v.t = 25 . 4,8 = 120 m.
Essa é a distância que o agente de trânsito deverá percorrer
Questão 03 – Letra A
a mais que o infrator, após os 4,8 s. Assim, usando a função
Comentário: Como a outra pessoa está em MRUV em relação horária do MRUV e do MRU, pode-se encontrar o tempo que a
ao referencial inercial da calçada, logo o movimento da moça viatura, após sua partida, leva para alcançar o infrator:
apressada pode ser modelado por um MRUV de velocidade  at2 
120   v0 t    (vt) 
inicial nula, distância percorrida 2 m e tempo de movimento  2 
4 s. Assim, sendo a a aceleração procurada: 120  5t2  25t 
at2 a.42 t2  5t  24  0  t  8 s
d  v0 t   2  0.4  
2 2
4  16a  a  0, 25 m/s2
Portanto, a distância d percorrida pela viatura será de
10 . 82
=d = 320 m.
2
Questão 04 – Letra C
Comentário: Transformando inicialmente as velocidades dos
Questão 09 – Letra C
veículos de km/h para m/s temos:
108 Comentário: A luz emitida pelo sol se propaga com velocidade
vA   v A  30 m/s constante. Dessa forma, dado a distância percorrida pela luz e
3, 6
72 sua velocidade, usa-se a equação:
vB   vB  20 m/s d
3, 6 t=
v
O problema quer o tempo para que ambos estejam na mesma
posição. Assim, tem-se: Substituindo os valores, tem-se:
150 000 000 km/s
sA  sB  t=
300 000 kms
sA0  v A t  sB0  vB t 
0  30t  27  20t  Dessa divisão resulta um tempo de 500 segundos. No entanto,
10t  27  t  2, 7 s o enunciado pede o tempo em minutos. Portanto, para fazer
essa conversão, basta dividir esse valor por 60.
Questão 05 – Letra B 500 s
=t = 8, 3 min
60
Comentário: A questão apresenta um gráfico de posição
versus tempo para o movimento de certa partícula e pede Logo, o tempo que a luz demora para chegar à Terra é de 8,3 min.
para determinar o valor da velocidade média da partícula em
questão, que pode ser encontrada por meio da razão entre Questão 10 – Letra D
a distância total percorrida entre os instantes de 2 min. a Comentário: Supondo que a velocidade de ambos tenha
6 min. (600 m) e o respectivo intervalo de tempo (4 minutos). sido constante, esta é aproximadamente de 10 m/s, já que
Desse modo, a velocidade média será de 600 m/4 minutos =
100 100
600 m/240 s = 2,5 m/s. ≅ ≅ 10 . Como a diferença de tempo entre ambos
9, 79 9, 78
foi de 0,01 s, nesse instante de tempo o perdedor percorreu
Questão 06 – Letra A
aproximadamente 10 . 0,01 = 0,1 m = 10 cm, a distância dos
Comentário: Como a distância percorrida em um movimento dois ao final da prova.
pode ser dada pela área sob o gráfico v × t que o representa,
a área do triângulo de base 4 e altura v0 vale 40. Pela fórmula Questão 11 – Letra C
da área de um triângulo, tem-se:
Comentário: Ao partir do repouso, quando sua velocidade
4v0
40   v0  20 m / s  72 km/h ainda é zero, a gotícula de água não sofre força de arrasto,
2
ela está apenas sob a ação da força da gravidade, portanto
Assim, a velocidade do automóvel em t = 0, no início da sua aceleração é máxima. À medida que o módulo da sua
frenagem, era de 72 km/h. velocidade aumenta, a força de resistência também aumenta.

16 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 16 21/10/2022 15:10:37


Manual do Professor

Essa força tem sentido oposto ao da gravidade, dessa forma, Questão 13 – Letra A
a força resultante diminui e, em consequência, o módulo Comentário: Em um gráfico de posição por tempo, a reta
da aceleração também diminui. A força de arrasto cresce tangente ao gráfico corresponde à velocidade da partícula.
até um ponto em que seu módulo se iguala ao da força da Portanto, no instante t = 3 s, a velocidade das duas partículas
gravidade, assim, a aceleração da gotícula passa a ser zero, será a mesma. No instante t = 4 s, a velocidade da partícula b
e o módulo da velocidade se torna constante. O gráfico que é zero, logo:

melhor representa essa situação é o gráfico da alternativa C, v = v0 – at ⇒ 0 = 8 – 4a ⇒ a = 2 m/s2


pois o módulo da velocidade possui um grande crescimento no Em t = 3 s:
início do movimento, crescimento que vai cessando até que s
va  vb t 3  (1)
t
a velocidade atinja um valor constante. A aceleração parte
de um valor máximo, que é igual à aceleração da gravidade, Vb = V0b – at = 8 – 2(3) = 2 m/s (2)

e diminui até zerar. Substituindo (2) em (1):


va . t = ∆s ⇒ 2 . 4 = 8 m
Questão 12 – Letra A
Comentário: A equação horária do movimento de uma Seção Enem

FÍSICA
at2
partícula é dada por x  t   x0  v0 t 
. É possível fazer um
2
comparativo com a equação dada na questão: x(t) = 2t2 – 4t + 10. Questão 01 – Letra B
O termo independente, +10, representa o x0. O valor –4 é Eixo cognitivo: II
o coeficiente que acompanha a variável de 1º grau, ou seja, Competência de área: 5
representa o v0. E o valor +2 representa o coeficiente que
a Habilidade: 18
acompanha o termo de 2º grau, ou seja, o .
2 Comentário: O desenho a seguir mostra como as distâncias
Portanto, como todas as grandezas estão no SI, pode-se concluir entre as posições do VANT no movimento dos registros
que a posição inicial do corpo é x0 = 10 m, a velocidade inicial é fotográficos pode ser obtida.
v0 = –4 m/s e a aceleração do corpo é a = 4 m/s2. Logo, a P1 P2
primeira afirmativa é correta. 45º 45º
Para saber a velocidade do corpo após se deslocar 5,5 m, é
preciso utilizar a equação de Torricelli, já que não foi fornecido 1 000 m
o tempo.
v2  v02  2ad

Substituindo os valores, tem-se:


v2   4   2 . 4 . 5, 5
2
100 m
(20% de 2 000 m)
2
v  16  44 1 000 m
v  60  7, 74 m/s 1 600 m
(Distância entre P1 e P2)
Logo, a segunda afirmativa está incorreta.
O intervalo de tempo para o VANT adquirir duas imagens é
Para descobrir a velocidade do corpo no instante t = 2,5 s, é
igual ao tempo gasto por ele para percorrer 1 600 m com
preciso usar a equação horária de velocidade:
velocidade de 50 m/s:
v = v0 + at 1 600 m
= t = 32 s
Substituindo os valores, tem-se que: 50 m / s
v  4  4 . 2, 5
v  4  10  6 m/s Questão 02 – Letra E
O que torna a terceira afirmativa verdadeira. Eixo cognitivo: II

Para saber o deslocamento da partícula, é necessário achar o ∆s, Competência de área: 2


que é a diferença entre a posição final e inicial. A posição inicial Habilidade: 7
foi dada no enunciado e a final é possível descobrir por meio Comentário: Segundo o enunciado, ambos motoristas
da função horária da posição. executavam movimentos uniformemente acelerados idênticos
x(10) = 2 . 102 – 4 . 10 + 10 até o momento em que precisaram frear os veículos. Nesse
momento, o motorista atento começou a executar um
x(10) = 200 – 40 + 10
movimento uniformemente retardado enquanto o desatento
x(10) = 230 m
continuou com o movimento aceleradamente uniforme por
Logo, ∆s = 230 – 10 = 220 m, ou 0,22 km, o que faz com que mais 1,00 segundo. Como nesse momento a velocidade era de
a quarta afirmativa seja falsa. 14,0 m/s, então haviam se passado:

Bernoulli Sistema de Ensino 17

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 17 21/10/2022 15:10:41


vatento 14 Logo:
vatento = a1.t1atento ⇒ t1atento = = = 14,0 s
a1 1 3
tg      30
3
Já o tempo de frenagem é de:
vatento 14
t=
2 atento = = 2, 8 s Questão 02 – Letra A
a2 5
Comentário: Em 60 s de movimento, a distância percorrida
Dessa forma, o motorista atento percorreu uma distância de:
pelo atleta foi de:
1 1 1
datento  a t2  a t2 
2 1 1atento 2 2 2atento 2
 
1.14, 02  5, 0 . 2, 82  117, 6 m
d v=
= t
5m
. 60 s = 300 m
S
O motorista desatento esteve em movimento acelerado por
Partindo do ponto A no sentido horário, ele percorre 160 m
15,0 s, de forma que atingiu:
“para cima”, 60 m para a direita e 80 m “para baixo” completando
vdesatento
= 1.t1desatento
a= 1.15 = 15 m / s
os 300 m. Seu trajeto fica assim representado:
E o seu tempo de frenagem foi de:
vdesatento 15 60 m
t=
2 desatento = = 3, 0 s
a2 5

Dessa forma, percorreu uma distância de:


80 m
1 1 1
ddesatento  a t2
2 1 1desatento
 a2 t22desatento 
2 2
 
1.152  5, 0.3, 02  135 m

Ou seja, 17,4 metros a mais que o motorista atento. 160 m

Seção Fuvest / Unicamp / Unesp ∆S


80 m
V

60 m

MÓDULO – A 02
O deslocamento ∆S do atleta pode ser calculado pelo
Teorema de Pitágoras:
∆S 1 800
Introdução à Cinemática Vetorial v0 =
∆t
=
120
= 15 m/s

Exercícios de Aprendizagem Questão 03 – Letra D


Comentário: Para saber quanto tempo o barco gasta
Questão 01 – Letra C para realizar a mesma viagem sem correnteza, é preciso
primeiramente achar qual a velocidade do barco. Sabe-se que o
Comentário: Para que ele mantenha o seu curso original
barco gasta 5,0 h para percorrer 100 km a favor da correnteza.
(S para N), será necessário produzir uma componente horizontal
Dessa forma, a velocidade relativa (vr) é a velocidade do barco
de oeste para leste a fim de anular o arrasto causado pela
(vb) somada à velocidade da correnteza (vc).
velocidade do vento. Assim, temos a seguinte configuração:
vr = vb + vc
N
A velocidade relativa pode ser calculada por:
¹3 m/s d
vr =
t

Substituindo os valores, tem-se que:


3 m/s 100 km
θ v =vr = 20 km/h
5h

O L Conhecendo a velocidade relativa, é possível descobrir a


velocidade do barco:
Vb = 20 – 5 = 15 km/h
Dessa forma, para descobrir quanto tempo o barco demora para
percorrer esses mesmos 100 km sem a correnteza, usa-se:
d
t=
S v

18 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 18 21/10/2022 15:10:46


Manual do Professor

Substituindo: Dessa forma, é possível escolher o caminho III e o IV. Porém,


100 km o caminho IV tem um percurso maior na areia, sendo assim,
=t = 6, 7 h
15 km/h é mais vantajoso escolher o caminho III.

Questão 04 – Letra C Questão 02 – Letra E


Comentário: A velocidade relativa entre dois corpos é Comentário: O deslocamento é uma grandeza vetorial obtida
definida como a subtração vetorial entre os vetores velocidade pela diferença entre a posição final e a inicial de um corpo. Dessa
dos corpos. Assim, a velocidade v procurada é tal que forma, verticalmente, o drone não possui deslocamento, já que
v = 360 – (–360) = 720 km/h = 200 m/s. a altura do pouso é a mesma altura de decolagem. A figura
da questão mostra a trajetória do drone. Na figura a seguir,
Questão 05 – Letra C está indicado, pela linha cinza, o deslocamento total do drone.
Comentário: O valor da distância em linha reta de A até C é A partir de uma soma vetorial, pode-se definir o deslocamento
de AD2  DC2  802  602  1 000 m. Para se chegar em C, para a direita (2 + 2 + 2 + 2) e para cima (6 – 6 + 6 – 6 + 6).
a partir de A, passando por B, caminha-se, no mínimo, Como os vetores são perpendiculares entre si, pode-se definir o
14 quarteirões (8 para a direita e 6 para cima), o que equivale deslocamento pelo Teorema de Pitágoras, sendo um dos catetos
a uma caminhada de 1 400 m. de tamanho 8 m e o outro de tamanho 6 m.

FÍSICA
x2  82  62
Questão 06 – Letra E x  100  10 m
Comentário: Um sexto de minuto equivale a 10 segundos.
Portanto, cada ciclista, chamados convenientemente de A e B,
percorre, respectivamente, 30 m e 40 m, como mostrado a 2m 2m
seguir:
3m 4m
d=
A v=
t = . 10 s 30
= m=
e dB v t = . 10 s 40 m
s s
6m

Como suas direções são perpendiculares entre si, tem-se os 6m 6m 6m 6m 6m


deslocamentos representados pelos vetores a seguir, nos quais
S0, SA e SB representam, respectivamente, a posição inicial dos
dois ciclistas, a posição final do ciclista A e a posição final do
ciclista B. 2m 2m
SA
8m

30 m Questão 03 – Letra B
Comentário: A distância percorrida por um objeto é dada pela
soma de todas as variações das posições em módulo ocupadas
So 40 m SB pelo objeto ao longo da trajetória descrita por ele, enquanto
que o deslocamento corresponde à variação da posição final
SA em relação à posição inicial ao longo de todo o movimento do
objeto. Nota-se que a distância depende da trajetória enquanto
d que o deslocamento só depende das posições final e inicial.
30 m Denomina-se por y 0 e y F, respectivamente, as posições
correspondentes ao primeiro andar do edifício e ao último andar.
A questão fala que os dois amigos partem do primeiro andar
So 40 m SB (y0), vão ao último andar (yF) e voltam ao primeiro andar (y0).
Percebe-se que os dois amigos tiveram o mesmo deslocamento
A distância d entre eles é calculada pelo Teorema de Pitágoras: que, por sinal, é nulo, uma vez que a posição inicial y0 menos
d  302  402  50 m a posição final, que também é y0, é igual a zero.

Questão 04 – Letra D
Exercícios Propostos Comentário: Houve um deslocamento horizontal de 24 m,
equivalente às oito faixas no gramado que separam as
Questão 01 – Letra C posições final e inicial, e um deslocamento vertical de 10 m.
Comentário: O melhor caminho é o que percorre a menor Assim, o módulo d do vetor deslocamento é dado por:
distância na água devido a sua alta resistência ao movimento. d  242  102  26 m.

Bernoulli Sistema de Ensino 19

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 19 21/10/2022 15:10:52


Questão 05 – Letra B é dado por 42  12  17  4, 1 m/s . Como em C a velocidade
Comentário: Sendo S = A + B e R = B + C, o vetor F, que mede 3 m/s e em H, 1 m/s, a variação não pode superar
equivale à soma dos vetores S + R, pode ser escrito da 3 + 1 = 4 m/s. Assim, o maior módulo de variação da velocidade
forma F = A + B + B + C. Como D = A + C é nulo, então é verificado entre C e G.
F = A + B + B + C = 2B. Se o módulo de B é 8u, então o
módulo de F é 16u. Questão 10 – Letra B
Comentário: A primeira frase do enunciado permite
Questão 06 – Letra E deduzir, a partir da equação D = vt, que D = 10.vescada,
em que D representa o comprimento da escada. A segunda
Comentário: Todas as afirmativas estão corretas. A seguir,
frase do texto permite concluir que vhomem – vescada = D/15.
uma análise de cada uma delas.
Substituindo o valor de D = 10.vescada na equação, encontra-se
I. Somente em CD o movimento do atleta não é acelerado, que v homem = (5/3).vescada. Ora, quando o homem estiver
uma vez que, nos trechos AB e EF, existe aceleração descendo a escada, o valor de sua velocidade, para um
tangencial e, nos trechos BC e DE, aceleração centrípeta. observador parado no solo, será a soma de sua velocidade em
II. No trecho AB, o movimento do atleta é acelerado e, assim, relação à escada e com a velocidade da escada em relação
deslocamento e aceleração têm o mesmo sentido (positivo ao solo. Logo, a velocidade total do homem é de (8/3).vescada.
Assim, 8/3.vescada.t = 10. vescada ⇒ t = 3,75 s.
do eixo y). No trecho EF, o movimento do atleta é retardado
e, assim, deslocamento e aceleração têm sentidos opostos.
Portanto, em ambos os casos, o sentido da aceleração é o Questão 11 – Letra B
mesmo do eixo y representado no desenho. Comentário: A questão pede para encontrar um gráfico
que represente o módulo de R, logo, deve-se descartar as
III. Nos trechos BC e DE, o vetor aceleração centrípeta aponta
alternativas que apresentam valores negativos, como a C e a D.
para o centro da respectiva curva. Como esta é a aceleração
Para um valor de ângulo igual a zero grau, o valor da soma será
resultante em ambos os casos, o vetor aceleração aponta máximo e, quando o valor do ângulo for igual a 180°, o valor da
para sudeste, na metade do trecho BC e para sudoeste, resultante será nulo. A alternativa B é a única que mostra valores
na metade do trecho DE. compatíveis com os valores dessas observações.

Questão 07 – Letra A Questão 12 – Letra C


Comentário: Para cada volta inteira, o deslocamento total Comentário: Chamando de α o ângulo formado pelas linhas
da pedra será nulo, já que voltará ao ponto de partida. Logo, que partem dos extremos superiores da traseira do caminhão
o deslocamento que é pedido é equivalente ao deslocamento de até o ponto de fuga, a tangente do ângulo α/2 deve ser dada
0,25 volta, quando a pedra cobrirá um ângulo de 90°. Assim, pela razão entre a componente da velocidade aparente,
o deslocamento entre os dois instantes relevantes é equivalente na direção horizontal (vh), e a velocidade efetiva, na direção
do ponto de fuga (v).
à hipotenusa de um triângulo retângulo cujos catetos valem
 v vh
0,5 m cada. Ou seja: d  (0, 5)2  (0, 5)2  0, 71 m. tan    h  v 
2 v 
tan  
2
Questão 08 – Letra C
1 1 100
=
Comentário: O triângulo APC é retângulo isósceles, v = = m/s
2 . 0, 045 0, 09 9
já que tem dois ângulos medindo 45°, e, portanto,
AC = AP = 12 km = 12 000. No triângulo ABP: Como 1 m/s = 3,6 km/h, tem-se:
100
AB 3 AB =v = . 3, 6 40 km/h
tg 30     9
AP 3 12

AB  4 3  4 . 1, 7  6, 8 km  6 800 m
Seção Enem
Logo, BC = AC – AB = 5 200 m.
Considerando movimento uniforme no trecho relevante e sendo Questão 01 – Letra E
1 872 km/h = 520 m/s, tem-se que o tempo t pedido é tal que Eixo cognitivo: II
5 200 = 250t ⇒ t = 10 s.
Competência de área: 6
Habilidade: 20
Questão 09 – Letra C
Comentário: Para uma pessoa que está dentro do navio,
Comentário: Como em A o vetor velocidade aponta para
o binóculo se encontrava parado no alto do mastro e, ao cair
a direita e em E para a esquerda, o módulo de variação da
verticalmente, ele cairá dentro do navio ao lado do mastro. Para
velocidade é 1 – (–1) = 2 m/s; raciocínio análogo se aplica
um observador externo ao navio, em terra firme, por exemplo,
para B e F. Em C o vetor velocidade aponta para baixo e em G o binóculo possui a mesma velocidade horizontal que o navio.
para cima; assim o módulo da variação do vetor velocidade é Pelo princípio da independência dos movimentos, é possível
de 4 – (–3) = 7 m/s. Como a velocidade aponta em sentidos inferir que o binóculo, nessa situação, descreverá uma parábola
ortogonais, quando se compara A e G, o módulo, nesse caso, e cairá também dentro do navio ao lado do mastro.

20 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 20 21/10/2022 15:10:54


Manual do Professor

Questão 02 – Letra A Sabe-se que no ponto mais alto da trajetória, a velocidade

Eixo cognitivo: I vertical é nula, enquanto a horizontal é constante ao longo

Competência de área: 5 de toda a trajetória. Portanto, como a velocidade no ponto

Habilidade: 17 mais alto vale 24 m/s, tem-se a componente horizontal da

Comentário: A figura da questão retrata uma operação com velocidade.


vetores e, assim, pode-se associar com o desenho apenas A figura a seguir mostra a velocidade de lançamento v sendo
grandezas vetoriais, isto é, que necessitam de módulo, direção e
decomposta nas componentes vx e vy. Dado que sen(37°) = 0,6
sentido para ficarem corretamente definidas. As alternativas B, C
e cos(37°) = 0,8, pode-se escrever a componente como
e E apresentam grandezas escalares (tempo, volume e massa);
logo, a figura não pode representar tais grandezas. Tendo em vx = v.cos (37°) e a vy = v.sen(37°).
vista a definição de velocidade relativa de um corpo A em v
vy
relação a um corpo B, vAB = vA – vB, que os vetores resultantes
das operações vetoriais do exercício não são coerentes com
a relação anterior; logo, os vetores da figura não podem
representar a velocidade relativa de veículos. As operações 37°
vetoriais mostradas na figura são coerentes com a soma de vx
deslocamentos sucessivos realizados por um corpo. Assim,

FÍSICA
a alternativa correta é a A. Portanto, é possível encontrar a velocidade de lançamento
vertical da seguinte forma:
Seção Fuvest / Unicamp / Unesp vx = v.cos (37°)

24 = v . 0,08 = 30 m/s

vy = v.sen(37°)

vy = 30 . 0,6 = 18 m/s

Como não foi dado o tempo, pode-se calcular a altura usando

MÓDULO – A 03 a equação de Torricelli.

v2 = v02 + 2ad

Lançamento de Projéteis Sabendo que na subida a aceleração da gravidade vale 10 m/s2,


no sentido contrário ao movimento, tem-se que:
Exercícios de Aprendizagem 02  182  2 . (10) . d

0  324  20d
Questão 01 – Letra C
20d  324
Comentário: O problema afirmou que no ponto I o atleta
324
possuía apenas velocidade horizontal. Dessa forma, podemos d  16, 2 m
20
considerar o movimento um lançamento horizontal.  Ao entrar
em contato com o solo, o centro de massa do atleta fica a uma
distância de 1 metro do solo. Assim, a altura de queda será de Questão 03 – Letra A
0,8 m (pois o centro de massa no ponto I está a 1,8 m do solo). Comentário: Desprezando a força de resistência do ar, tem-se
Usando o movimento vertical para o cálculo do tempo de que depois que a bola sai do pé do atacante a única força que
queda, temos: atua sobre ela é a força gravitacional. Logo, a aceleração da
at2 gt2 2h bola corresponde à aceleração da gravidade, que possui direção
d h t 
2 2 g vertical e sentido apontando para o centro da Terra. Portanto,
2 . 0, 8 16 o vetor que representa a aceleração da bola no ponto P está
t t  t  0, 4 s
10 100 ilustrado na alternativa A.

Como na horizontal o movimento é retilíneo uniforme, temos:


d  vt  A  v0 t  Questão 04 – Letra D
A 2 Comentário: Como as quatro bolas são lançadas
v0   
t 0, 4 horizontalmente, isso significa que o módulo da velocidade
v0  5, 0 m/s
vertical de cada uma é nulo. O princípio da independência
diz que é possível analisar cada componente do movimento
Questão 02 – Letra B separadamente, portanto, na direção vertical, ambas partem
Comentário: Os movimentos verticais e horizontais são com a mesma velocidade inicial. Assim, as quatro bolas
independentes. Para encontrar a altura máxima, somente são chegarão ao solo ao mesmo tempo, como expresso na
necessárias as informações das componentes verticais. alternativa D.

Bernoulli Sistema de Ensino 21

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 21 21/10/2022 15:10:55


Questão 05 – Letra A Questão 02 – Letra B
Comentário: A questão afirma que a altura da bola em relação Comentário: Sabendo que seu movimento vertical é
ao solo no momento do lançamento era de 20 m; isso indica que uniformemente acelerado e que a sua velocidade inicial na
 vertical é zero, o tempo para que a bola chegue ao chão é:
2h 
o intervalo de tempo de queda da bola será de 2 s  t  .
 g  1 2 2 . 2, 45
 d at  t   t  0, 7 s
2 10
Logo, em 2 s, a bola percorre 30 m horizontalmente em
movimento uniforme. Utilizando-se a equação D = vt, pode-se Como o tempo que a bola tem de queda é o mesmo que ela
concluir que a sua componente horizontal de velocidade tem tem para executar o seu movimento horizontal (MRU), tem-se:
d  v0 t  16, 8  v0 . 0, 7  v0  24 m/s
valor igual a 15 m/s, que se mantém constante durante todo o
movimento. Portanto, o módulo da velocidade de lançamento Dessa forma, a velocidade que a bola tinha quando perdeu o
é de 15 m/s. contato com a raquete era de 24 m/s.

Questão 06 – Letra E Questão 03 – Letra B


Comentário: Desprezando-se a resistência do ar, tem-se que Comentário: Uma partícula lançada obliquamente, desprezando
a aceleração do projétil corresponde à aceleração da gravidade, a resistência do ar, está sujeita apenas à aceleração da
gravidade. Assim, somente a componente vertical da velocidade
que possui direção vertical e sentido apontando para o centro
é alterada, sendo seu valor nulo no ponto mais alto. Já a
da Terra. Logo, o movimento horizontal do projétil possui
componente horizontal da velocidade é constante, que pode
velocidade constante e pode-se usar a equação seguinte para
ser calculada por:
encontrar a distância horizontal percorrida pelo projétil.
Vx = v . cos θ = 30,0 . cos 60° = 15,0 m/s
dH = v0H.t

Para encontrar o tempo que o projétil leva desde o instante Questão 04 – Letra E
em que é lançado até tocar o solo, é necessário analisar as Comentário: Inicialmente, é preciso determinar qual o intervalo
componentes verticais do movimento, que é acelerado. de tempo que o atleta fica no ar. Sua velocidade vertical inicial
pode ser determinada pela componente vertical da velocidade
dV = v0V.t + (1/2).g.t2
com que ele se lança no ar (vy = v0.sen θ  ≅ 7,07 m/s).
Como o projétil é lançado horizontalmente, a componente da O intervalo de tempo gasto para que ele suba e atinja o ponto
velocidade inicial na vertical é nula e, portanto, a equação mais alto (vy = 0) pode ser determinado pelas equações do
anterior se torna: MRUV (v = v0 – at ⇒ 0 = 7,07 – 10t ⇒ t = 0,707 s). Logo,
gt2 2dv 2 . 20 o intervalo de tempo que ele fica no ar (subida e descida) será
dv  t   2s
2 g 10 de 1,41 s.
Deve-se considerar agora o movimento na direção horizontal,
Substituindo o valor do tempo na equação inicial, tem-se:
que é feito com velocidade constante. Sabendo que o valor
dH = 15 . 2 = 30 m da componente horizontal da velocidade durante todo o
movimento é igual a vx = v0.cos θ  ≅ 7,07 m/s e utilizando

Exercícios Propostos o intervalo de tempo anteriormente calculado, pode-se


concluir que a distância horizontal percorrida pelo atleta foi de
d = v.t = 7,07 m/s . 1,41 s = 10 m.
Questão 01 – Letra A
Comentário: Analisando cada uma das afirmativas, tem-se: Questão 05 – Letra E
I. Verdadeira. A partir da inclinação do gráfico de posição Comentário: Como a esfera é lançada horizontalmente,
vertical y em função do tempo t, é possível determinar a componente vertical da sua velocidade inicial é nula.
a velocidade vertical dos projéteis. Portanto, como a Com base no princípio da independência dos movimentos,
inclinação da reta 2 é maior que da reta 1, a velocidade pode-se escrever o tempo de queda em função da altura como:
vertical do projétil 2 também é maior que a velocidade 1 2.h
h  gt2  t 
vertical do projétil 1. 2 g

II. Falsa. A partir da inclinação do gráfico de posição horizontal Aplicando esse tempo no movimento horizontal, tem-se:
x em função do tempo t, é possível determinar a velocidade d d g
v0   v0   V  d
horizontal dos projéteis. Portanto, como a inclinação da reta 1 t 2.h 2.h
é maior que da reta 2, a velocidade horizontal do projétil 1 g
também é maior que a velocidade horizontal do projétil 1.

III. Falsa. Por meio do gráfico da posição vertical em função do Questão 06 – Letra B
tempo, é possível perceber que o projétil 1 volta à altura Comentário: A altura que o projétil atinge depende apenas
zero em, aproximadamente, 10 s enquanto o projétil 2 da componente vertical v0y da velocidade. Pela decomposição
retorna apenas no tempo 17 s, aproximadamente. vetorial, tem-se que v0y vale:

22 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 22 21/10/2022 15:10:57


Manual do Professor

V0y = v . sen θ = 20 . sen 30° = 10 m/s portanto, o movimento na horizontal é com velocidade
Aplicando a equação de Torricelli, encontra-se a altura h em constante.
relação ao ponto de lançamento: dT = v . t = v0cos 60° . t = 10 . 0,5 . 1 = 5 m
v2y  v20y  2gh De acordo com o enunciado da questão, a distância do ponto de
lançamento até o penhasco é de 4,5 m; logo, a distância AB é:
No ponto mais alto, a componente vertical da velocidade vy
AB = dT – 4,5 = 5 – 4,5 = 0,5 m
é nula. Assim:
2
v 10 2
h
= =0y
= 5, 0 m Questão 10 – Letra C
2g 2 . 10
Comentário: O tempo em que a bola ficou em movimento
Somando-se à altura inicial de 5,0 m em relação ao solo, pode ser encontrado por meio da seguinte equação:
o projétil atingirá 10 m em seu ponto mais alto. t = dH/vx = 4/8 = 0,5 s
Considerando que durante o movimento a bola ficou sujeita
Questão 07 – Letra C apenas à força gravitacional, tem-se que a altura na qual ela
Comentário: Para que a bola atinja o buraco, a distância foi atingida é:
horizontal que ela deve percorrer é 7 m, e sabe-se que o h = vy . t + (1/2) . g . t2 = 3 . 0,5 + (1/2) . 10 . (0,5)2 = 1,5 + 5 . 0,25 =
movimento da bola na horizontal possui velocidade constante. = 1,5 + 1,25 = 2,75 m

FÍSICA
Logo, a velocidade inicial da bola pode ser encontrada por meio
da seguinte equação:
Questão 11 – Letra B
dH = v0 . t ⇒
Comentário: O movimento da pedra na horizontal é livre de
v0 = dH/t = 7/t forças, portanto a distância na horizontal pode ser encontrada
Para encontrar o tempo, é preciso levar em conta o movimento por meio da seguinte equação:
variado na vertical. dH = v0H.t = v0.cos 37°.t = 10 . 0,8.t = 8.t
vV2 = v20V + 2 . g . dV = 0 + 2 . 10 . 19,6 = 392 ⇒ Para encontrar o tempo, é preciso levar em consideração o
vV = ¹392 ≅ 19,8 movimento da pedra na vertical. Deve-se observar que a
velocidade da pedra de 10 m/s é em relação ao balão. Logo,
vV = v0V + g . t = 0 + 10 . t = 10.t ⇒
a velocidade inicial da pedra na vertical é a velocidade do balão
t = vV/10 = 19,8/10 = 1,98 s mais a componente da velocidade de lançamento da pedra em
Logo, a velocidade de lançamento da bola é: relação ao balão na vertical.
v0 = 7/1,98 ≅ 3,5 m/s = 12,60 km/h v0V = 14 + 10.sen 37° = 14 + 10 . 0,6 = 14 + 6 = 20 m/s
Assim é possível calcular a altura máxima atingida pela pedra
Questão 08 – Letra A após sair do balão.
Comentário: Desprezando-se a altura do atleta e a força de vV² = v0V² – 2 . g . dV = 20² – 2 . 10 . dV = 400 – 20.dV = 0 ⇒
resistência do ar, tem-se que o movimento parabólico descrito
dV = 400/20 = 20 m
pelo dardo após ser arremessado pode ser analisado por meio
das seguintes equações: De acordo com o texto da questão, a pedra é lançada de uma
altura de 25 m, mas, conforme o cálculo anterior, ela ainda
y = v0V.t +(1/2).g.t (1)
2

subiu mais 20 m, portanto a altura máxima que ela atingiu


v = v0V + g.t (2)
foi 45 m.
O enunciado da questão afirma que a altura máxima atingida
O tempo de subida ts que ela gastou para atingir essa altura
pelo dardo foi de 20 m e que o tempo total gasto em todo o
máxima foi:
percurso é de 4 s, ou seja, o dardo gastou 2 s para subir os
20 m e 2 s para descer os mesmos 20 m. De posse dessas vV = v0V – g . t = 20 – 10 . t = 0 ⇒ ts = 20/10 = 2 s
informações, pode-se usar a equação (2) para encontrar a Sabendo que a pedra cai de uma altura máxima de 45 m,
componente vertical da velocidade de lançamento do dardo e é possível encontrar o tempo de queda tq da pedra como se
em seguida usar a equação (1) para encontrar a relação entre segue:
a altura y atingida pelo dardo em função do tempo.
d=v0yt +gt2/2 ⇒
v0V = v – g . t = 0 – g . 2 = 2 . g 10t2q
45  0.t  
y = 2 . g . t – (1/2) . g . t
2
2
2
Considerando o valor da aceleração da gravidade igual a t  9  t  3s
q

10 m/s2, tem-se:
dH = 8 . (2 + 3) = 8 . 5 = 40 m
y = 2 . 10 . t – (1/2) . 10 . t2 = 20 . t – 5 . t2

Questão 12
Questão 09 – Letra A
Comentário:
Comentário: Para determinar a distância AB, primeiramente é
preciso calcular a distância total na horizontal percorrida pela A) De acordo com o texto da questão, a bola permaneceu 2 s
partícula. Se decompõe o movimento da partícula em horizontal acima do nível de 2,2 m; logo, o tempo que ela levou para
e vertical, verifica-se que ela só possui aceleração na vertical e, ir do nível 2,2 m até o ponto mais alto da trajetória foi 1 s.

Bernoulli Sistema de Ensino 23

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 23 21/10/2022 15:10:58


Portanto, a velocidade da bola no nível de 2,2 m é: vA = v0A – g.t = 100 – 10.t = 80 ⇒
vV = v0VN – g.t = v0VN – 10.1 = 0 ⇒ t = (100 – 80)/10 = 20/10 = 2 s
v0VN = 10 m/s
Logo, se o míssil leva 6 s para alcançar o ponto mais
Em que vV é a componente vertical da velocidade no ponto alto e o antimíssil leva 2 s para alcançar o mesmo ponto,
mais alto da trajetória, v0VN é a componente vertical da
o antimíssil deve ser lançado 4 s após o míssil ser lançado.
velocidade no nível de 2,2 m, g é a aceleração da gravidade
e t o tempo de deslocamento entre o nível de 2,2 m e a
altura máxima. Seção Enem
Diante disso, pode-se calcular a componente vertical da
velocidade inicial do lançamento e a velocidade inicial total.
Questão 01 – Letra C
v0VN² = v0V² – 2.g.dVN = v0V² – 2 . 10 . 2,2 = v0V² – 44 = (10)² ⇒ Eixo cognitivo: III

v0V² = 100 + 44 = 144 ⇒ Competência: 5

v0V = 12 m/s Habilidade: 18


v0V = v0.sen 30° = v0.0,5 =12 ⇒ v0 = 12/0,5 = 24 m/s y

Em que v0V é a componente vertical inicial da bola, dVN é a g


altura do nível 2,2 m e v0 é a velocidade de lançamento da A
bola.
B) A componente da velocidade da bola na vertical segue um
movimento variado e, portanto, o tempo de deslocamento 35 m v0
desde o lançamento até o ponto mais alto é:
θ
vV = v0V – g.t = 12 – 10.t = 0 ⇒
x 120 m 0B
t = 12/10 = 1,2 s
Consequentemente, o tempo total de deslocamento da bola Movimento horizontal (MU):
é 2 . 1,2 = 2,4 s.
x = v0Xt
Agora pode-se calcular a distância horizontal total percorrida
pela bola. x = v0cos θ . t (I)
3
d = v0.cos 30°.t = 24 . . 2,4 = 57,6 . (1,7/2) = 49 m Movimento vertical (MUV):
2
ay t2
y  v0 y t 
Questão 13 2
gt2
Comentário: y  v0sen  . t  (II)
2
A) Primeiramente é preciso encontrar o tempo que o míssil
De (I) e (II):
gastou para chegar a altura máxima. 2
x 1  x 
vV = v0.sen 30° – g.t = 120 . 0,5 – 10.t = 60 – 10.t = 0 ⇒ y  v0sen  .  g 
v0 cos  2  v0 cos  
t = 60/10 = 6 s sen  1 x2
y .x  g 2
Desprezando a resistência do ar, tem-se que a componente cos  2 v0 co
os2 
horizontal da velocidade é constante e, portanto, a distância 0, 8 1 1202
35  . 120  . 10 . 2
0, 6 2 v0 . 0, 62
horizontal pode ser encontrada por meio da seguinte
equação: 5 . 1202
35  160 
v20 . 0, 36
d = v0.cos 30°.t = 120 .  3  . 6 = 60 . 1,7 . 6 = 102 . 6 =
  5 . 1202
= 612 m  2  . 100  160  35
v20 . 36
5 . 1202 . 100  125 . v20 . 36
B) A altura na vertical na qual os mísseis se encontram é:
v0  40 m/s
dV = v0.sen 30°.t – 0,5.g.t² = 120 . 0,5 . 6 – 0,5 . 10 . 6² =
= 360 – 5 . 36 = 360 – 180 = 180 m
Questão 02 – Letra B
A velocidade inicial do antimíssil e o tempo que o antimíssil
Eixo cognitivo: II
leva para alcançar o míssil podem ser encontrados por meio
das seguintes equações: Competência de área: 6


A
= v²
0A
– 2 .g . h = v²
0A
– 2 . 10 . 180 = v²
0A
– 3 600 = (80)² = 6 400 ⇒ Habilidade: 20

0A
= 6 400 + 3 600 = 10 000 ⇒ Comentário: Aplica-se aqui um método semelhante ao utilizado
v0A = 100 m/s por Galileu para estudar a queda dos corpos sem a resistência do ar.

24 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 24 21/10/2022 15:42:41


Manual do Professor

Em uma composição de movimentos, como o lançamento Questão 03 – Letra B


oblíquo, para se determinar a trajetória do móvel, primeiramente
Comentário: O orifício se dilata como se fosse feito do material
desenha-se a trajetória do corpo lançado como se não houvesse
da peça (e do pino). Para introduzir o pino, pode-se usar
gravidade e, posteriormente, determina-se a posição de queda
qualquer um dos seguintes expedientes:
livre para cada instante de tempo. A diferença entre ambos
• Aquecer apenas a peça, pois, assim, o orifício se dilata.
resulta na altura do projétil. Assim, as alturas h1, h2 e h3
correspondem às alturas de queda de um corpo abandonado • Resfriar apenas o pino, pois, assim, o pino sofre contração.
em queda livre. Para encontrar os valores dessas alturas, basta • Aquecer a peça e resfriar o pino.
aplicar a equação d = �at2, o que resultará nos valores 5 m,
Logo, entre as alternativas apresentadas na questão, a B é
20 m e 45 m, respectivamente, para os intervalos de tempo
a correta.
de 1 s, 2 s e 3 s.

Questão 04 – Letra B
Seção Fuvest / Unicamp / Unesp Comentário: Atualmente vige um conceito microscópico
da temperatura, que é uma medida da energia cinética das
moléculas, sendo essa translacional, vibracional ou rotacional.
Assim, a temperatura pode ser interpretada como o grau de

FÍSICA
agitação térmica das moléculas.

Questão 05 – Letra E
MÓDULO – B 01 Comentário: Sabe-se que água, no estado líquido, ao nível do
mar, em condições normais e possui um faixa de temperatura
Termometria e Dilatometria que vai de 0 °C a 100 °C. Portanto, a alternativa C apresenta
uma temperatura fora da faixa permitida. Essa faixa de
temperatura pode ser encontrada nas escalas Kelvin por meio
Exercícios de Aprendizagem da seguinte equação:
TK = TC + 273,15
Questão 01 – Letra A
Faixa de temperatura na escala Kelvin:
Comentário: A correspondência nas escalas Celsius –
TK(1) = TC(1) + 273,15 ⇒ TK(1) = 0 + 273,15 = 273,15 K
Fahrenheit é dada por:
TK(2) = TC(2) + 273,15 ⇒ TK(2) = 100 + 273,15 = 373,15 K
TC T  32
 F
5 9 A única alternativa que se encontra dentro dessa faixa é a E.

Assim, a temperatura de 40,0 °C na escala Fahrenheit vale: Questão 06 – Letra C


40, 0 T  32
 F  Comentário: Antes de analisar as alternativas, vale salientar
5 9
que o texto da questão afirma que a gasolina é vendida em
72  TF  32  TF  104 °F
litro, que é uma unidade de volume, mas o que basicamente
importa para o desempenho do carro é a massa do combustível.
Questão 02 – Letra B Nota-se também que o enunciado da questão traz a informação
Comentário: Como o comportamento das duas escalas é linear, de que o carro é abastecido sempre com um mesmo volume.
pode-se realizar a seguinte proporção: A seguir, a análise de cada afirmativa separadamente.
100 °C 99 °C A) Incorreta. No verão a densidade da gasolina é menor e,
consequentemente, a massa de combustível também é
menor, portanto o motorista estaria levando desvantagem.
B) Incorreta. O enunciado da questão afirma que o automóvel
T 52 °C
b d é abastecido sempre com o mesmo volume, que é de
40 litros.
a c C) Correta. Conforme mencionado na alternativa A, no verão
a densidade da gasolina é menor e, portanto, a massa de
combustível também é menor.
0 °C 5 °C
D) Incorreta. A gasolina vendida no Brasil é uma mistura de
Termômetro Termômetro várias substâncias e também, dependendo da estação do
calibrado defeituoso ano, pode haver variação na quantidade de combustível
abastecido.
a c T 0 52  5
   
b d 100  0 99  5 E) Incorreta. No inverno a densidade da gasolina é maior, mas,
T 47 assim como indicado no enunciado, o carro será abastecido
  T  50 C
100 99 sempre com o mesmo volume.

Bernoulli Sistema de Ensino 25

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 25 21/10/2022 15:11:02


Exercícios Propostos TC TF  32

5 9
5.(TF  32)
Questão 01 – Letra C TK  TC  273, 15   273, 15
9
Comentário: Analisando cada uma das afirmativas, tem-se:
Primeiro valor de temperatura obtido 120 °C:
I. Verdadeira. A equação de Clayperon para os gases
120  TF  32   T  32
ideais diz que pV = nRT, em que R é uma constante.   24  F
5 9 9
nR TF  32  24 . 9  TF  248 °F
No caso em tela, n e V também são constantes, e assim
V
é uma constante, que será representada por k. Assim, p = kT, Segundo valor de temperatura obtido 438 K:
e podendo-se concluir que existe uma relação linear entre 5.  TF  32  5.  TF  32 
438   273, 15  438  273, 15 
a pressão e a temperatura, ou seja, a pressão de um gás a 9 9
volume constante é uma propriedade termométrica. 9
164, 85 .  TF  32  TF  296, 73  32  TF  328, 73 °F
II. Verdadeira. Sendo R0 a resistência de um corpo a 0 °C, 5
sua resistência R a T °C é dada por R = R0.T.α, em que α é Sendo assim, a variação de temperatura expressa em
uma constante de temperatura, assim, como R0. Portanto,
Fahrenheit corresponde a:
sendo R0.α = k, k uma constante real, R=k.T, ou seja,
subsiste uma relação de primeiro grau entre a resistência 328,73 – 248 = 80,73 °F ≅ 81 °F
de um corpo e sua temperatura e, portanto, a resistência
é uma propriedade termométrica. Questão 05 – Letra E
III. Falsa. A massa é uma propriedade da quantidade de matéria Comentário: O texto da questão informa que o béquer de vidro
contida em um corpo, enquanto a temperatura mede o possui um volume de 450 cm³ a 20 °C; logo, é preciso saber
grau de agitação das partículas constituintes da matéria. qual volume ele apresentará em uma temperatura de 100 °C.
Tanto não subsiste relação entre as variáveis em tela que
Para isso, pode-se usar a equação seguinte:
as unidades do SI de ambas são independentes.
∆V = V0. 3α. ∆T
Assim, apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
Em que ∆V representa a variação no volume, V0 o volume
Questão 02 – Letra D inicial, 3α o valor do coeficiente de dilatação e ΔT a variação
Comentário: O enunciado informa que a lâmina se curva de temperatura. Sabe-se que o coeficiente de dilatação linear
para baixo, quando aquecida. O aquecimento dos materiais do vidro é 9,0 . 10-6/°C.
provoca dilatação. Dessa forma, como ambos os materiais eram ΔV = 450 . 3 . (9,0 . 10-6) . 80 = 0,972 cm³
inicialmente do mesmo tamanho, para a mesma variação de
Quando o conjunto foi aquecido, o líquido também se dilatou.
temperatura, a curvatura se dá devido à diferença dos materiais.
O fator responsável por essa diferença de dilatação é chamado Como o texto da questão indica que o líquido transbordou
de coeficiente de dilatação linear. O material que fica no interior 9,0 cm³, isso quer dizer que ele dilatou 0,972 cm³ + 9,0 cm³ =
da curvatura (metal B) tem menor raio e, consequentemente, = 9,972 cm³.
dilatou menos em relação ao material na parte exterior (metal A).
Portanto, como a dilatação é proporcional ao coeficiente de Questão 06 – Letra B
dilação linear, o coeficiente de dilatação linear do metal A é
Comentário: Ao aplicar a fórmula da dilatação superficial,
maior que o coeficiente de dilatação linear do metal B.
tem-se:
Questão 03 – Letra C A
A  A 0 .  . T   2 . 1, 5 . 105 . (60  20) 
A0
Comentário: Sugere-se que, antes de resolver a questão,
A 100 0, 12
retome-se o texto no livro para relembrar a dilatação anômala  120 . 105  0, 00120 .   0, 12%
A0 100 100
da água. Em seguida, deve-se analisar cada uma das previsões
separadamente.
I. Correta. A análise do gráfico mostra que, para uma Questão 07 – Letra A
temperatura de 4 °C, a água e o recipiente possuem o mesmo Comentário: Para determinar a temperatura desejada na
volume. Portanto, o recipiente estará completamente cheio escala Celsius, basta utilizar a relação entre as escalas Celsius
de água, sem haver derramamento.
e Fahrenheit presente no módulo:
II. Incorreta. Para temperaturas tanto acima quanto abaixo TC T  32
 F
de 4 °C, o volume da água é superior ao do recipiente; 5 9
logo, a água vai transbordar para essas duas situações. (136  32)
TC  5.
III. Correta. Ver II. 9
5 . 168
TC  
9
Questão 04 – Letra C
TC   93 °C
Comentário: Para resolver essa questão, primeiramente é
preciso passar os dois valores de temperatura registrados para Portanto, chega-se à conclusão de que a temperatura na escala
a escala Fahrenheit. Para isso, dispõe-se de duas equações: Celsius é 93 °C, conforme apresentado na alternativa A.

26 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 26 21/10/2022 15:11:04


Manual do Professor

Questão 08 – Letra D Seção Enem


Comentário: A dilatação linear de um corpo é dada pela
seguinte equação: Questão 01 – Letra C
ΔL = L0.α.ΔT Eixo cognitivo: IV

O texto da questão informa que a esfera e a barra são feitas de Competência de área: 5
um mesmo material, sofrem a mesma variação de temperatura Habilidade: 18
e que o comprimento inicial da barra é igual ao diâmetro inicial
Comentário: O corpo e o termômetro atingirão o equilíbrio
da esfera. Nesse caso, a dilatação linear do diâmetro da esfera
térmico após um intervalo de tempo em contato; assim, haverá
será igual à dilatação linear do comprimento da barra e, assim,
transferência de calor até que ambos atinjam uma mesma
a razão entre suas dilatações será igual a um.
temperatura.

Questão 09
Questão 02 – Letra D
Comentário: O módulo da variação entre as temperaturas
Eixo cognitivo: III
máxima e mínima da escala apresentada, na escala Celsius,
é dado por 4,5 – (–3,5) = 8,0 °C. Como a variação de 1 °C Competência de área: 5

FÍSICA
equivale a uma variação de 1 K, tal variação na escala Kelvin Habilidade: 17
será de 8 K.
Comentário: O ganho ilícito do dono do posto se deve ao
aumento de volume do álcool devido ao seu aquecimento.
Questão 10
O aumento diário desse volume é dado por:
Comentário: Sendo A0 a área de secção reta do orifício,
∆V = V0 γ ∆T = 20 . 103 litros/dia . 1 . 10−3 °C−1. (35 − 5) °C = 
a área inicial do eixo é de 1,02A0. Deseja-se que as áreas finais
= 6 . 102 litros/dia
de ambas sejam iguais, para que a condição de encaixe seja
satisfeita. Assim, lançando-se mão de A = A0 . (1 + b∆T) e Embora o lucro obtido por litro de combustível comprado
sendo ∆T a variação procurada: pelo dono do posto seja a diferença entre o preço de revenda
A eixo A orifício (R$ 1,60) e o preço de aquisição (R$ 0,50), o ganho devido
1, 02A 0.{1 5.10 5.[( 20) 30]} A 0.(1 T.5.10 5 ) ao aumento do volume de álcool deve ser calculado com
1, 02(1 2, 5.10 3 ) 1 T.5.10 5
base apenas no valor de revenda, pois esse volume de álcool
3 5
1, 02 2, 55.10 1 T.5.10 não foi efetivamente comprado pelo dono do posto, mas
5
0, 02 0, 00255 T.5.10 advindo do simples aquecimento do combustível. Assim,
2 5
1, 745.10 T.5.10 o ganho semanal ilícito desse volume de álcool é dado por:
2
1, 745.10 1 745
T 349 , 0 °C Ganho = 6 . 102 litros/dia.R$ 1,60/litro.7 dias = R$ 6 720,00
5.10 5 5

Questão 03 – Letra C
Questão 11 – Letra B
Eixo cognitivo: III
Comentário: A primeira das figuras (fora de escala) a seguir
Competência de área: 5
mostra uma régua imersa em um ambiente a 20 °C, no qual
a leitura da régua é confiável (real). A outra figura mostra a Habilidade: 17
régua e uma barra (que representa a distância entre os dois Comentário: De acordo com o gráfico do exercício, uma massa
pontos citados no exercício), ambas imersas em um ambiente de 1 g de água ocupa um volume de 1,00015 cm3 a 0 °C e um
à temperatura T > 20 °C. Por isso, a régua está dilatada volume de 1,00002 cm3 a 4 °C. Portanto, ao ser aquecida de
(a dilatação ocorre em todas as direções).
0 °C a 4 °C, essa massa de água tem seu volume diminuído
LReal
de 0,00013 cm3. Esse valor é 0,013% do volume inicial a 0 °C,
20 °C conforme o seguinte cálculo:

[(1,00015 − 1,00002)/1,00015] . 100% = 0,013%


L = 0,0005.LReal
De forma mais aproximada, tem-se:

T > 20 °C [(1,00015 − 1,0000)/1,00] . 100% = 0,015%, que é inferior




ao valor 0,04% citado na alternativa C.

O comprimento real medido pela régua a 20 °C e a dilatação


de 0,05% (em valor absoluto, 0,0005) estão indicados nas Seção Fuvest / Unicamp / Unesp
figuras. Para calcular a temperatura T, basta substituir esses
valores na equação da dilatação linear:
∆L = L0α∆T ⇒ 0,0005.LReal = LReal.2,0 . 10−5.(T − 20) ⇒ T = 45 °C

Bernoulli Sistema de Ensino 27

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 27 21/10/2022 15:11:05


Questão 04 – Letra B
MÓDULO – B 02 Comentário: O calor sempre flui espontaneamente do corpo
mais quente para o corpo mais frio. Dessa forma, quando a água
Propagação de Calor e aquecida entra em contato com a água natural no misturador,

Calorimetria há transferência de calor da água quente para a água natural


(ou fria, como chamado na questão). Após a passagem pelo
misturador, o enunciado informa que há passagem de calor para
Exercícios de Aprendizagem o ambiente. Portanto, como o calor está saindo da água, sua
temperatura diminui e há perda de energia térmica.
Questão 01 – Letra C
Comentário: Embora o cabo da panela seja metálico e Questão 05 – Letra C
seja um bom condutor de calor, ele não se aquece muito. Comentário: Analisando as afirmativas, tem-se:
Isso ocorre porque há uma circulação de ar dentro da parte I. Verdadeira. Considerando como verdadeira a hipótese
oca do cabo. Essa circulação permite a troca de calor por provável de que a piscina estivesse a uma temperatura
convecção entre o cabo e o ar ambiente. Por ser eficiente, menor que a corporal de Daniel, de aproximadamente
essa transferência convectiva de calor mantém o cabo da panela 37 °C, ao entrar na piscina, este, por estar mais quente,
a uma temperatura não muito alta, permitindo seu manuseio. transmite calor para a piscina, mais fria, de acordo com

Assim, as lacunas são preenchidas corretamente pelas palavras a Lei Zero da Termodinâmica. Essa transmissão se dá por
condução pela natureza dos corpos envolvidos.
da alternativa C.
II. Verdadeira. Ao sair da piscina, André levava em sua pele
Questão 02 – Letra C gotículas de água, que agora se submetem a uma pressão

Comentário: Como o meio externo está mais frio que o corpo de vapor máxima menor. Desse modo, algumas partículas
de água vão para o estado gasoso. Esse processo é
do surfista, o calor é cedido por ele para o meio, causando a
endotérmico, e o calor é retirado do corpo de André, que,
diminuição da sua temperatura. Para evitar esse processo,
portanto, sente frio.
são utilizadas roupas especiais para que o fluxo de calor seja
menor. Assim, a alternativa correta é a C.
Questão 06 – Letra B
Questão 03 – Letra C Comentário: Para que o processo de convecção aconteça,
é necessário que haja movimento do meio material no qual o
Comentário: A 1ª etapa do processo de liofilização consiste
calor está se propagando, por isso, esse processo só acontece
em resfriar o alimento, à pressão atmosférica, abaixo de
em líquidos e gases, ou seja, fluidos.
0 °C (resfriamento 2 mostrado no diagrama da questão).
Por isso, a água líquida no alimento é congelada. A 2ª etapa
é dividida em duas partes. Primeiro, a pressão é reduzida Exercícios Propostos
(despressurização D indicada no diagrama). Por fim, a água
sólida é aquecida, à baixa pressão, até o surgimento de vapor Questão 01 – Letra C
(aquecimento e sublimação). Comentário: Para saber a quantidade de calor necessária para
transformar o gelo a –2 °C em água a 10 °C, deve-se realizar
três processos: elevar a temperatura do gelo até o ponto de
fusão, fundir todo o gelo e elevar a temperatura da água até
2 Líquido
10 °C. Portanto, é preciso calcular a quantidade de calor para
cada processo e, após isso, somá-las.

Para encontrar a quantidade de calor por unidade de


Pressão

Sólido D
massa, deve-se dividi-las pela unidade de massa. Logo,
a quantidade de calor para elevar o gelo ao ponto de fusão é:
mcgelo T
3 Q
Vapor m
Q  2, 1 . [0  (2)]

Q  2, 1 . 2  4, 2 kJ/kg

Temperatura Feito isso, deve-se calcular a quantidade de calor para derreter


o gelo:
2: Solidificação (resfriamento à pressão atmosférica)
mlfusão
Q=
D: Despressurização m
3: Sublimação (aquecimento à baixa pressão) Q = 330 kJ/kg

28 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 28 21/10/2022 15:11:07


Manual do Professor

E, por último, a quantidade de calor necessária para elevar a Questão 05 – Letra A


temperatura da água a 10 °C, sabendo que o calor específico
Comentário: Sendo T a temperatura de equilíbrio, que será a
da água é 4,2 kJ/(kg °C),
temperatura final do café com leite, já que este é rapidamente
mcáguaT
Q atingido, pela equação da conservação da energia térmica:
m
ΣQ = 0
Q  4, 2 . (10  0)

Q  4, 2 . 10  42 kJ/kg 150 . 1 . (T – 80) + 50 . 1 (T – 20) = 0

150T – 12 000 + 50T – 1 000 = 0


Logo, a quantidade de calor total é a soma de cada parte do
200T = 13 000 ⇒ T = 65 °C
processo, ou seja:
Assim, a temperatura final do café com leite é de 65 °C.
QTotal = 4,2 + 330 + 42 = 376,2 kJ/kg

Questão 06 – Letra C
Questão 02 – Letra E
Comentário: Para minimizar os efeitos da perda de calor
Comentário: Como o gelo parou de derreter, o saldo da troca
corporal por irradiação, é necessário diminuir ao máximo a
de calor entre este e a água é nulo. Portanto, ambos estão
superfície de contato do corpo com o ambiente mais frio.
em equilíbrio térmico. Como o gelo está necessariamente a

FÍSICA
Ao dobrar o corpo sobre as pernas, a parte frontal e superior
0 °C, uma vez que o processo de mudança de estado não foi
do corpo ficará próxima das pernas e, assim, nessas partes não
completado, a água também estará aproximadamente a essa
haverá perda de calor, pois elas estão em equilíbrio térmico
temperatura.
entre si, só haverá perda de calor nas outras partes do corpo.

Questão 03 – Letra B
Questão 07 – Letra D
Comentário: Com base nas informações referentes à fase
Comentário: O calor cedido pelo leite quente (aquecido pela
inicial, e usando a equação Q = C∆T, pode-se calcular a
resistência elétrica) que atravessa a serpentina do trocador
capacidade térmica de cada líquido:
de calor é igual ao calor recebido pelo leite frio que passa pela
Líquido A: Q = CA(40 – 20) ⇒ CA = Q/20 caixa em que está a serpentina. As vazões do leite frio e do

Líquido B: Q = CB(80 – 20) ⇒ CB = Q/60 leite quente são iguais, uma vez que o líquido é praticamente
incompressível. Assim, o balanço de energia no trocador de
Agora, pode-se fazer o seguinte balanço de energia para
calor é:
calcular a temperatura de equilíbrio na fase final:
QR + QC = 0 ⇒ vazão.c.(T − 5) + vazão.c.(20 − 80) = 0
Calor cedido por B + calor recebido por A = 0
Cancelando as vazões e o calor específico dos dois escoamentos
Q
(T – 80) + Q (TE – 40) = 0 ⇒ TE = 50 °C e resolvendo a equação, obtém-se T = 65 °C, resultado
60 E 20
mostrado na alternativa D.
Esse resultado é mostrado na alternativa B.

Também é possível chegar a esse resultado observando que a Questão 08 – Letra D


capacidade térmica do líquido B é 3 vezes menor do que a do Comentário: Devido às medidas adotadas nessa questão, em
líquido A. Assim, o líquido B deve sofrer uma diminuição de relação aos termômetros, mesmo estando sujeitos à mesma
temperatura 3 vezes maior que o aumento de temperatura do temperatura ambiente, nem sempre eles vão marcar a mesma
líquido A (|∆TB|= 3∆TA). Além disso, a soma dos módulos dessas temperatura, pois a água presente no algodão pode evaporar
variações de temperatura deve ser igual a 40 °C, que é a diferença ou congelar, interferindo, assim, na medição do segundo

de temperatura entre os líquidos antes de serem misturados. termômetro.

De fato, TE = 50 °C é o valor adequado, pois ∆TA = 10 °C e Perceba que, quando a temperatura ambiente estiver alta ou
|∆TB|= 30 °C, de forma que 30 °C é o triplo de 10 °C e, além quando a umidade relativa do ar estiver baixa, a água presente
disso, 30 °C + 10 °C é igual a 40 °C. no algodão vai evaporar, retirando calor dos corpos ao seu redor.
Portanto, o termômetro 2 marcará uma temperatura mais baixa
Questão 04 – Letra B do que o termômetro 1.
Comentário: A partir da Lei de Fourier, tem-se:
Questão 09 – Letra C
kp . A . T
p lp p kp lg Comentário: Sendo c1 o calor específico do material que
   . 
g k g . A . T g lp kg compõe a amostra mais leve e m1 a sua massa, e denotando
lg por c2 e m2 esses valores para a amostra mais pesada, tem-se,
p 3, 8 8  considerando que a capacidade térmica é o produto entre a
 .  p  16  p  16 g
g 1 1, 9 g massa de certa amostra de material e o calor específico deste:

Bernoulli Sistema de Ensino 29

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 29 21/10/2022 15:11:09


m2 m1 100 (I) Questão 12
c1 6 Comentário:
(II)
c2 5
A) Como exposto no livro principal, o regime estacionário do fluxo
m1c1 m2c2 (III)
(II) em (III) : KAT
de calor obedece à Lei de Fourier   . Essa lei corrobora
6c 6m1 L
m1. 2 m2c2 m2 (IV)
5 5 com o texto da questão que diz que tal fluxo é proporcional à
(IV) em (I) :
área e à diferença de temperatura entre os extremos da barra
6m1
m1 100 e inversamente proporcional à distância entre os extremos,
5
m1 no caso representados respectivamente por A e ΔT e L.
100 m1 500 g
5 No caso específico, a diferença de temperatura é dada por

Assim, a massa da amostra mais leve é de 500 g. T2–T1. Portanto, a fórmula toma a seguinte forma:
KA(T2  T1 )

Questão 10 – Letra E L

Comentário: A massa extra de 100 g de gelo que surgiu na B) A temperatura em qualquer ponto da barra pode ser
mistura proveio da solidificação de 100 g de água líquida a determinada considerando que o fluxo de calor é constante
0 °C, que transferiu calor para a massa de 2 kg de gelo, que, por toda a barra; portanto, o fluxo de um lado de um ponto
inicialmente, estava a uma temperatura abaixo de 0 °C. Depois qualquer é igual ao fluxo do outro lado desse mesmo ponto.
de receber o calor, essa massa de gelo atingiu a temperatura Como foi escolhido um ponto que se posiciona a um terço da
de 0 °C do equilíbrio térmico. O calor cedido pela massa de barra cuja temperatura T se deseja encontrar, a igualdade
100 g de água ocorreu na forma de calor latente, pois houve será da seguinte forma:
mudança de fase (solidificação). Já o calor absorvido pela massa 1 2

de 2 kg de gelo ocorreu na forma de calor sensível, pois houve KA(T T1 ) KA(T2 T)


L 2L
aumento na temperatura do gelo. Assim, o balanço de energia
3 3
para esse processo é o seguinte: T2 T
(T T1 ) 2T 2T1 T2 T
2
Qcedido + Qabsorvido = 0 ⇒
3T 2T1 T2
0,100 kg . (−330 kJ/kg) + 2 kg . (2,1 kJ/kg°C) . ΔT = 0 2T1 T2
T
3
Nota-se que o calor latente de solidificação da água é
exatamente igual ao de fusão, mas com sinal negativo, pois,
na solidificação, a água cede calor (o calor cedido é negativo, Seção Enem
e o absorvido é positivo). Calculando ΔT, obtém-se:
Questão 01 – Letra A
ΔT = +7,857 °C
Eixo cognitivo: II
Como esperado, ΔT é positivo, já que a massa de 2 kg de
gelo foi aquecida de uma temperatura T abaixo de 0 °C até a Competência de área: 5
temperatura de 0 °C. Logo, T = −7,857 °C ≅ −7,9 °C. Habilidade: 19
A informação dada na questão de que o calor específico do gelo Comentário: A absorção de radiação solar pelas ilhas de calor
é a metade do calor específico da água não foi necessária para se faz pela irradiação das ondas eletromagnéticas oriundas
resolver este problema. do Sol. Por sua vez, as ilhas de calor criam correntes de ar
ascendentes por convecção que esquentam a brisa marítima.
Questão 11
Comentário: A massa m de gelo que pode ser fundida satisfaz Questão 02 – Letra B
a equação de conservação de energia térmica quando as trocas Eixo cognitivo: II
de calor envolvem apenas o calor sensível do chumbo e o calor
Competência de área: 5
latente do bloco de gelo:
Habilidade: 17
230 . 6, 68 . (0  300)  m . 334 . 103  0
668 . 690  334 . 103 . m Comentário: O personagem reclama da umidade e diz que está
668 . 690 quente. Quando o dia está úmido, fica mais difícil o processo
m  1, 38 kg
334 . 1 000
de evaporação da água do suor. A evaporação da água do
Assim, a massa de gelo que pode ser fundida em tal processo suor é um processo endotérmico e esfria o corpo, processo
é de 1,38 kg. fundamental para a regulação térmica.

30 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 30 21/10/2022 15:43:58


Manual do Professor

Questão 03 – Letra B Questão 06 – Letra C


Eixo cognitivo: III Eixo cognitivo: II

Competência de área: 2 Competência de área: 6


Habilidade: 21
Habilidade: 7
Comentário: O metal apresenta maior condutibilidade térmica
Comentário: A panela que possui a melhor taxa de condução
do que a madeira. O que, de acordo com a Lei de Fourier,
de calor é a mais econômica. Dessa forma, temos: gera um maior fluxo de calor no metal em relação à madeira.
Panela de alumínio: Por isso tem-se a impressão de que o metal está mais frio,
quando na verdade não está.
Q T Q T
 kA   20A
t d t d
Questão 07 – Letra A
Panela de ferro: Eixo cognitivo: IV
Q T Q T Competência de área: 6
 kA   8A
t d t d
Habilidade: 21
Panela de cobre-aço: Comentário: O que diferencia as duas montagens é apenas

FÍSICA
Q T Q T o material da bandeja. Na parte em contato com o ar, os dois
A  A  cubos de gelo devem trocar a mesma quantidade de energia,
t d1 d2 t d d

k1 k 2 2  2 antes de qualquer derretimento acontecer. Porém, na parte em
40 5 contato com a bandeja, o ganho de calor do cubo de gelo é
Q T Q T mais intenso na bandeja de alumínio, pois esse material possui
A  A 
t d d t 9d uma condutividade térmica maior que o plástico, fazendo com

80 10 80
que uma mesma quantidade de energia seja trocada em menos
Q T
 8, 9A tempo, ou uma quantidade de energia maior seja trocada num
t d
mesmo intervalo de tempo.
Comparando os resultados, pode-se concluir que a
Questão 08 – Letra D
ordem da mais econômica para a menos econômica é
Eixo cognitivo: II
dada da seguinte forma:
Competência de área: 2
Alumínio, cobre-aço e ferro. Habilidade: 7
Comentário: Determinação da temperatura de equilíbrio (TE)
Questão 04 – Letra C ideal:
Eixo cognitivo: II ∆Qrecebido = –∆Qfornecido

Competência de área: 6 mAF . cA . (TE – 10) = –mAQ . cA (TE – 40)


Sabendo que da massa total da mistura (mT),
Habilidade: 21
m 2mT
mAF  T e mAQ 
Comentário: Os isolantes térmicos minimizam o fluxo de calor 3 3
por condução através da sua extensão, reduzindo a perda de mT 2mT
. c A (TE  10)  . c A (TE  40)
calor para o ambiente externo. 3 3

TE – 10 = –2TE + 80
Questão 05 – Letra C 3TE = 90
Eixo cognitivo: II TE = 30 °C

Competência de área: 6 Se a temperatura obtida foi de 16 °C, tem-se:


Variação de temperatura ∆T = 30 – 16 = 14 °C.
Habilidade: 21
14
Logo, selo = ≅ 46%.
Comentário: De acordo com os dados da tabela, a energia 30
contida em 2,5 gramas de castanha-de-caju é de
2, 5 g . 70 kcal Questão 09 – Letra E
E  E  17, 5 kcal
10 g Eixo cognitivo: I

50% desse valor corresponde a 8,75 kcal = 8 750 cal. Competência de área: 5
Habilidade: 17
Utilizando a equação geral da calorimetria, obtém-se:
Comentário: Sabe-se que um corpo negro é um bom
Q  mcDT  8 750  350 . 1(T  20) 
absorvedor e emissor de radiação. Assim, quando a lâmpada
8 750 permanecer acesa, a taxa de variação da temperatura da garrafa
T  20  T  45 °C
350 pintada de preto será maior do que na pintada de branco.

Bernoulli Sistema de Ensino 31

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 31 21/10/2022 15:11:13


Da mesma forma, quando a lâmpada é desligada, a taxa de e não a C, pois, como informado no enunciado, a pressão
variação da temperatura da garrafa de cor preta também do gás diminui. No caso dessa questão, o gás cede calor.
será maior. Por isso, sua pressão e temperatura diminuem. Uma situação
prática, por exemplo, seria o resfriamento isovolumétrico do
Questão 10 – Letra B ar confinado em um pneu depois de o carro fazer uma viagem.

Eixo cognitivo: V
Questão 03 – Letra B
Competência de área: 1
Comentário: Pode-se comparar o estado do gás quando existe
Habilidade: 4
apenas parte da massa inicial de gás (estado 2) com o estado
Comentário: Considerando que haverá troca de energia (calor) em que toda a massa exerce pressão no recipiente (estado 1)
apenas entre a massa de água quente (m1) e a massa de água por meio da seguinte equação:
fria (m2), tem-se: p2 V2 p1V1
=
Q1 + Q2= 0 n2 T2 n1 T1
Q1= –Q2 Os volumes V1 e V2 serão cancelados porque a dilatação térmica
m1c . ∆t1 = –m2 . c ∆ t2 do recipiente não será considerada. Substituindo as pressões
m1 ∆t1 = –m2 ∆t2 e as temperaturas nessa equação, obtém-se:

m1 (30 – 70) = –m2 (30 – 25) 6, 0 . 105 1, 0 . 106 ⇒ n = 0,80 n


= 2 1
– 40 m1 = – 5 m2 n2. 300 n1. 400

m1 5 1 Então, a quantidade de gás no estado 2 é 80% daquela


   0, 125
m2 40 8 referente ao estado 1. Assim, a quantidade de gás retirada é
de 20%, dessa forma, a alternativa B é a correta.

Seção Fuvest / Unicamp / Unesp


Questão 04 – Letra E
Comentário: Segundo a teoria cinética dos gases, a pressão
de um gás é dada por:
NmvM2 3RT
p= e vM =
3V M
Em que R, T e M são a constante universal dos gases,

MÓDULO – B 03 a temperatura absoluta do gás e a massa molar do gás,


respectivamente; as outras grandezas são definidas no texto

Estudo dos Gases da questão. De acordo com a equação apresentada, p aumenta


quando, por exemplo, N e m aumentam (e não o contrário, como
é afirmado na alternativa A). Ou, ainda, p aumenta quando T
Exercícios de Aprendizagem aumenta, pois vM aumenta e V diminui (e não o contrário, como
é afirmado na alternativa B). A pressão p também aumenta
quando V diminui e N aumenta (e não o contrário, como é
Questão 01 – Letra D
afirmado na alternativa C). A pressão p aumenta também quando
Comentário: Pode-se analisar o produto da pressão p pelo simplesmente vM aumenta, o que implica T aumentar (assim,
volume V a partir da equação de gases ideais: a afirmativa da alternativa D é falsa). A alternativa correta é a E,
que diz que, quando m e vM aumentam, a pressão p aumenta.
pV = nRT

Em que n é o número de moles, R é a constante universal dos Questão 05 – Letra C


gases e T é a temperatura na escala Kelvin. O enunciado diz Comentário: Com base na equação geral dos gases,
que o gás está mantido em um recipiente em temperatura tem-se:
constante. Dessa forma, do lado direito da equação apenas pA VA pB VB 20 . 50 60 . 150
   
o número de moles pode variar. Logo, para que o produto da TA TB 50 TB
TB  450 K
pressão pelo volume permaneça constante, não pode haver
entrada nem saída de gás do recipiente.
Questão 06 – Letra D
Questão 02 – Letra D Comentário: Como o volume e o número de mols do gás
Comentário: Para um volume fixo V, a pressão p é diretamente foram mantidos constantes, a pressão e a temperatura, pela
proporcional à temperatura absoluta T, como pode ser percebido equação de Clapeyron, são diretamente proporcionais; logo,
pela equação de gás ideal: há aumento também de pressão do gás dentro do botijão.
nR Como a pressão é uma medida da intensidade agregada dos
pV  nRT  p  T  p  CT
V choques das moléculas do gás contra as paredes do recipiente,
Portanto, o gráfico p versus T é uma reta cujo prolongamento o aumento da pressão implica aumento do número de colisões
passa pela origem do gráfico. A resposta correta é a alternativa D, das moléculas de oxigênio contra as paredes do botijão.

32 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 32 21/10/2022 15:11:15


Manual do Professor

Exercícios Propostos Sendo Vi e Vf os volumes inicial e final da bolha, tem-se:


piVi = pfVf
Questão 01 – Letra C 1,5 . 105Vi = 105 . Vf
Comentário: No primeiro processo, a pressão final é p0. Como Vf = 1,5Vi
a expansão é isobárica, temperatura e volume são diretamente Assim, o volume da bolha aumenta 50% durante o processo
proporcionais, e a temperatura final é de 800 °C. Se o volume de subida.
inicial é V0, após esse processo será 2V0. Como o gás passa
por uma compressão isotérmica até voltar ao volume V0, pela Questão 07 – Letra D
equação de Clapeyron, chega-se à conclusão que: Comentário: Percebe-se que na linha cujas extremidades são
p0 . 2V0 = V0 . p os estados b e c, o volume fica constante e a pressão aumenta.
p = 2p0
Questão 08 – Letra A
em que p é a pressão que se deseja descobrir.
Comentário: Primeiramente deve-se encontrar o número de
mols do gás dentro do quarto pela equação de Clapeyron:
Questão 02 – Letra B
105 . 3 . 4 . 3 = n . 8,31 . 289
Comentário: Como a temperatura em fevereiro é maior que a
n ≅ 1 500 mol

FÍSICA
temperatura em julho, pode-se concluir que a energia interna
presente nesse mol de gás será maior. A massa total m de gás será o produto entre a massa molar
e o número de mols:

Questão 03 – Letra D m = 1 500 . 28,9 = 43 350 g ≅ 43 kg

Comentário: A unidade da constante universal dos gases é


Questão 09 – Letra A
obtida, a partir da equação de Clapeyron, pelo produto entre
unidades de pressão e volume dividido pelo produto de unidades Comentário: Pode-se escrever para a transformação de estado
de temperatura e quantidade de matéria. Como as unidades de sofrida por esse gás:
volume e pressão utilizam apenas comprimento, massa e tempo, p1V1 p V
= 2 2
T1 T2
os expoentes das unidades de temperatura e quantidade de
matéria, para a representação da unidade de R, devem valer –1, Em que o lado esquerdo da equação mostra o estado do gás
o que não ocorre na alternativa D. antes da compressão do cilindro, e o lado direito, o estado
do gás após a compressão. Substituindo os valores, tem-se:
Questão 04 – Letra D p1 . 3, 4 5 . 1, 5 5 . 1, 5 . 170
  p1 
Comentário: A questão trata das mudanças das variáveis de 170 250 250 . 3, 4
estado de um gás. Nessas situações é possível utilizar:
p1 = 1,5 atm
pi Vi pf Vf
 
Ti Tf
Questão 10 – Letra B
Vi pi Tf pi . 250 V
   f  167 Comentário: De acordo com a equação de Clapeyron, pode-se
Vf pf Ti 0, 005pi . 300 Vi
determinar a razão entre os números de mols no estado inicial
e final do gás dentro do cilindro de 25 L:
Questão 05 – Letra E p0 p 4 1 nf 5
 f    
Comentário: Como no processo ilustrado pelo diagrama c) o n0 T0 nf Tf n0 500 nf 300 n0 12
volume do gás no estado final Vf é maior que o volume do gás
O número de mols do gás que escaparam do cilindro seria
no estado inicial, esse diagrama representa um processo de
então:
expansão, que é isotérmico. O processo constante do diagrama
5n0 7n0
básico envolve um processo isocórico e outro isobárico. ne  nf  n0  ne  n0  nf  ne  n0   ne 
12 12

Questão 06 – Letra E Como o gás dentro e fora do cilindro possui mesma pressão e
temperatura, deduz-se que:
Comentário: Sendo o processo isotérmico, tem-se, pela
equação de Clapeyron, que o produto entre pressão e Vcilindro V 25 Ve
 e    Ve  35 L
nf ne 5 7
temperatura é constante. A pressão final pf sobre a bolha é a n0 n0
12 12
atmosférica, e a pressão inicial Pi pode ser calculada lançando-se
mão da equação de Stevin.
pf = pext + pgh Questão 11 – Letra E
pf = 105 + 103 . 5 . 10 = 1,5 . 105 Pa Comentário: Sendo n1 e n2 as quantidades de matéria dos
gases na mistura, esta ocupará volume 5 m3 e terá n1 + n2
piVi = pfVf
mols de matéria. Utilizando a equação de Clapeyron, sendo
1,5 . 105Vi = 105 . Vf R a constante universal dos gases ideais e T a temperatura
Vf = 1,5Vi relevante:

Bernoulli Sistema de Ensino 33

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 33 21/10/2022 15:11:17


1.2  n1.RT (I) C)
p (atm)
2.3  n2.R.T (II)
Estado inicial
P.5  (n1  n2 ).R.T (III) (CNTP)

(I)  (II) : Estado final


1,0
2  6  n1.R.T  n2.R.T

8  (n1  n2 ).R.T (IV) 0,80 273 k


Transformação
(IV) em (III) : isocórica
0,20
8  5p
p  1, 6 atm 54,6 k
v/4 v v
Assim, a pressão final da mistura é de 1,6 atm. Transformação
isotérmica

Questão 12 – Letra D A transformação do item A é uma isocórica, na qual a pressão

Comentário: Como o lado esquerdo das duas equações é varia de 1 atm a 0,2 atm, uma reta vertical. Já a transformação
do item B tem como estado inicial (V0; 0,2 atm) e estado final
dado pelo produto entre pressão e volume, pode-se igualá-las,
V
tendo assim: ( 0 , 0,8 atm); o deslocamento entre esses estados é feita por
4
N.K.T=n.R.T uma hipérbole, já que a transformação é isotérmica.

Dividindo as duas equações pela temperatura, obtém-se o


seguinte resultado:
Seção Enem
N . K = R . T (1) Questão 01 – Letra D
Voltando a atenção para a definição de mols, tem-se que n é um Eixo cognitivo: III
conjunto de aproximadamente 6 . 10 (a constante de Avogadro)
23
Competência de área: 2
espécies quaisquer, ou seja:
Habilidade: 6
N=A.n Comentário: Ao abrir e fechar a geladeira, uma parte do ar
Em que A é a constante de Avogadro. Logo: dentro dela se aquece, e parte do ar à temperatura ambiente
pode se deslocar para dentro dela. O resultado é uma massa
A.n.K=n.R
gasosa no interior dela a uma temperatura mais elevada, que
Assim como aconteceu com a temperatura, pode-se dividir será resfriada. Esse resfriamento da massa gasosa vai acarretar
os dois lados da equação pelo número de mols, obtendo-se: uma diminuição da pressão dentro da geladeira. Considerando

A.K=R⇒ que a pressão é também a força aplicada por área, a força


necessária para abrir a geladeira será maior.
R
=A
K
Questão 02 – Letra A
Substituindo o valor da constante de Avogadro, R = 6 . 1023 . Eixo cognitivo: III
K
Competência de área: 3

Questão 13 Habilidade: 8

Comentário: Comentário: De acordo com o enunciado, o vapor de


água presente na atmosfera exerce uma pressão parcial,
A) Nas CNTP, o gás encontra-se a 0 °C = 273 K e 1 atm. Assim,
que é a pressão de vapor na temperatura ambiente
sua pressão final será de 0,2 atm. Como a transformação (valor dado: 3,6 . 103 Pa) multiplicada pela umidade relativa
é isocórica, sua temperatura final T será de: (valor dado: 0,50). Assim, pV = 1,8 . 103 Pa. Essa pressão é

1 0, 2 muito baixa (bem menor do que a pressão crítica da água),


=
273 T de forma que o vapor de água pode ser tratado como gás ideal.
T = 54, 6 K Então, usando a equação de gás ideal com a pressão
pV = 1,8 . 103 Pa, a temperatura ambiente T = 300 K e o volume
B) Sendo P a pressão pedida e V0 o volume inicial do gás, como V = 2 000 m3 (tanto o ar como o vapor ocupam todo o volume
a transformação é isotérmica: do ambiente), obtém-se a seguinte quantidade de vapor de
V0 água (em mols) misturada no ar:
V0 . 0, 2 = .p
4 pV 1, 8 . 103 . 2 000
n
= = = 1, 5 . 103 mol
p = 0, 8 atm RT 8 . 300

34 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 34 21/10/2022 15:11:19


Manual do Professor

Como a massa molar da água vale 18 g/mol (0,018 kg/mol), Então, o ar aprisionado internamente se expandiria e passaria
conclui-se que há a seguinte massa de água presente no ar: a exercer uma pressão menor debaixo da tampa, de forma que

m = nM = 1,5 . 103 . 0,018 = 27 kg não haveria mais um desequilíbrio exagerado entre as pressões
interna e externa.
Como a densidade da água (no estado líquido) vale 1 kg/L,
é possível, teoricamente, condensar 27 L de água desse
ambiente. Isso pode ser feito passando o ar por serpentinas de Seção Fuvest / Unicamp / Unesp
resfriamento que se acham a uma temperatura igual ou menor
do que a temperatura de condensação da água presente no ar
(ponto de orvalho). À medida que essa água é extraída, o ponto
de orvalho torna-se cada vez mais baixo. O mesmo ocorre com
a umidade do ar. Por isso, quando a umidade for muito baixa,
o processo de extração de água se tornará muito difícil e
oneroso. Na prática, não será viável extrair toda a água do
MÓDULO – C 01
ambiente.
Eletrização e Força Elétrica

FÍSICA
Questão 03 – Letra B
Eixo cognitivo: II
Exercícios de Aprendizagem
Competência de área: 6
Questão 01 – Letra B
Habilidade: 21
Comentário: Considerando o princípio de conservação de carga
Comentário: O ar aprisionado dentro do frasco acha-se à elétrica, a carga da esfera A ao entrar em contato e equilíbrio
pressão de 1 atm, pois o frasco foi fechado em uma cidade que eletrostático com a esfera B é de:
se encontra ao nível do mar. Essa pressão pode ser avaliada 2  10
QA    6 C
pela expressão p = nRT/V, em que n é a quantidade de ar 2
aprisionado em mols, R é a constante universal dos gases,
Ao interagir com a esfera C, sua carga final é de:
T é a temperatura absoluta, e V é o volume ocupado pelo ar. 6  12
QA    3 C
Durante a viagem, a pressão exercida pelo ar aprisionado varia 2
muito pouco, pois o volume e a massa desse ar não variam e a
sua temperatura, que pode mudar um pouco, exerce pequena Questão 02 – Letra D
influência sobre a pressão, pois é medida na escala Kelvin.
Comentário: A partir da figura a seguir, pode-se compreender
Ainda que na escala Celsius uma variação de temperatura
o problema:
possa ser significativa, na escala Kelvin, essa variação tem
A d B
uma importância muito menor. Por exemplo, se a temperatura Q –Q
do ar aprisionado mudar de 298 K (25 °C) para 288 K (15 °C),
haverá uma variação de apenas 10 K em 298 K, ou seja, uma
d d
variação de apenas 3,3% na temperatura absoluta (na escala
Celsius, essa variação seria de 40%). Como a pressão depende
diretamente da temperatura absoluta, conclui-se, nesse caso, Q
Q d C
que a pressão também sofre a pequena diminuição de 3,3%.
Durante a viagem, à medida que altitudes mais altas são
Sem a necessidade de fazer cálculo algum, pode-se argumentar
atingidas, a pressão atmosférica externa diminui de valor. Em
que as forças exercidas pelas cargas fixas positivas terão maior
Belo Horizonte, essa pressão vale 0,9 atm, ou seja, a pressão
módulo por estarem mais próximas que a carga negativa
externa é 10% menor do que a pressão interna (caso esta em B. Também sem a necessidade de se fazer cálculos,
continue valendo 1 atm). Mesmo que a pressão interna sofra é possível inferir que a direção BD será a direção preferencial
uma pequena redução devido à diminuição da temperatura, do deslocamento, já que as forças de repulsão são iguais e
a tendência é que a pressão interna seja maior do que perpendiculares e a força atrativa de –Q também age nessa
a pressão externa. É por isso que a tampa do frasco se mesma direção.
abre, fazendo com que o xampu derrame dentro da mala.
Por meio da Lei de Coulomb, pode-se deduzir que a força que
Uma maneira prática de evitar isso seria comprimir um KQ2
faria a carga se aproximar do vértice B equivale a F  ,
pouco o frasco, antes de ele ser fechado na cidade praiana. 2d2
Assim, as paredes do frasco ficariam encurvadas para já a força repulsiva, que faz a carga se afastar do vértice B,
dentro do recipiente, de modo que elas voltariam à kQ2 2
tem módulo F  . Portanto, a carga se afasta de –Q.
posição normal quando altitudes maiores fossem atingidas. d2

Bernoulli Sistema de Ensino 35

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 35 21/10/2022 15:11:21


Questão 03 – Letra D Comparando F1 e F2, tem-se:
kQ2
Comentário: Em qualquer reação, a carga elétrica antes e 12
F1 d2
após deve ser a mesma. Como os nêutrons possuem carga   3  F1  3F2
F2 kQ2
elétrica nula e os prótons e elétrons cargas opostas, o número 4
d2
de prótons e elétrons produzidos deve ser igual, ou seja,
a soma será o dobro do número de um tipo de partícula e,
Questão 02 – Letra B
portanto, será par.
Comentário: Na eletrização por contato, todos os corpos
Essa questão só faz sentido se aumentar mais uma restrição,
envolvidos terão o mesmo sinal após o término do processo.
que as partículas anteriores à reação também devem ser
Já na eletrização por atrito, os corpos inicialmente neutros terão
formadas apenas por elétrons, prótons e nêutrons, se outro
necessariamente sinais opostos. Na eletrização por indução,
tipo de partícula, como o pósitron, participar da reação,
os corpos envolvidos podem ficar com sinais diferentes. Logo,
poderá gerar um número ímpar de prótons e elétrons sem como no primeiro processo os corpos ficaram eletrizados com
desrespeitar a Lei de conservação da carga. mesma carga, no segundo e terceiro com cargas iguais, a
única alternativa que apresenta tal configuração de cargas
Questão 04 – Letra D como possível é a B.
Comentário: A carga total de um corpo é o somatório algébrico
entre as cargas positivas provenientes de prótons, e as cargas Questão 03 – Letra A
negativas, provenientes de elétrons. Logo, a alternativa D é correta. Comentário: A força elétrica gerada por +Q tem uma
Vale ressaltar que como o condutor é irregular, as cargas não componente apontando para baixo e outra para a direita,
estão uniformemente distribuídas (as regiões mais pontiagudas já que a força elétrica nesse caso é de atração. –Q, por sua
têm maior densidade de cargas), o que aconteceria se este vez, gera uma força elétrica com componentes apontando
fosse metálico. para a direita e para cima, já que a força elétrica nesse caso
é de repulsão. Agora, é imprescindível notar que os módulos
Questão 05 – Letra E dessas forças elétricas são iguais, já que os módulos das
Comentário: O que configura a eletrização por atrito é a cargas e a distância entre elas são iguais em ambos os casos.
passagem de elétrons de um corpo para outro, desde que Além disso, como o ângulo feito com a horizontal é igual em
estes sejam de materiais diferentes. Portanto, pelo princípio ambos os casos, a componente vertical de uma força é igual
da conservação da carga, é possível afirmar que, se os corpos à componente horizontal da outra força, o mesmo ocorrendo
se encontravam neutros, eles estarão eletrizados com cargas para a componente horizontal. Assim, como as componentes
de mesmo valor, mas de sinal contrário. verticais têm módulos iguais e sentidos opostos, estas se
anulam. Portanto, a força resultante sobre a carga –q tem
Questão 06 – Letra D direção horizontal e aponta da esquerda para a direita.

Comentário: Como as cargas têm mesmo sinal, a força


Questão 04 – Letra B
elétrica continuará sendo de repulsão. Como a força elétrica é
proporcional ao inverso do quadrado da distância entre duas Comentário: A questão trata de princípios básicos de

cargas, ao se dobrar a distância, a força elétrica é dividida por eletrização, como o Princípio da Conservação das Cargas

quatro, ou seja, tem valor quatro vezes menor que o inicial. Elétricas. Analisando cada afirmativa, tem-se:

I. Verdadeira. O Princípio da Conservação das Cargas afirma


Exercícios Propostos justamente que a soma algébrica das cargas elétricas de
um sistema eletricamente isolado é constante no tempo.
Questão 01 – Letra A II. Verdadeira. Se um corpo neutro perde elétrons,
Comentário: A força F1 entre as cargas é dada por: que têm carga negativa, ele fica com uma quantidade

k(2Q)(6Q) kQ 2 de cargas positivas maior que a de cargas negativas,


=F1 = 12 2
d2 d ficando positivamente eletrizado.

Após o contato, como as esferas são idênticas, ambas adquirem III. Falsa. Na eletrização por contato, os corpos adquirem carga
cargas iguais: do mesmo sinal da soma algébrica das cargas de ambos.
Assim, o corpo neutro fica com carga de mesmo sinal da
2Q  6Q 8Q
Q'   4Q carga do corpo eletrizado.
2 2

Calculando a força F2 entre as cargas após o contato, obtém-se: Questão 05 – Letra A


k(4Q)(4Q) 16 kQ kQ2 2
Comentário: Aplicando a Lei de Coulomb, o módulo da força
=F2 = =4 2
(2d)2 4 d2 d de interação entre as cargas é:

36 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 36 21/10/2022 15:11:22


Manual do Professor

kQ1Q2
3
9 . 109 . 2 . 10 . 3 . 103
Questão 09 – Letra D
F F  
d2 3
2 . 10 . 2 . 103 Comentário: A figura a seguir esquematiza a situação proposta
3
F  13, 5 . 10 N ou 13, 5 kN pelo enunciado.

Questão 06 – Letra C FBD


A B
 FAB
Comentário: Inicialmente, é importante definir o módulo de q Q
F com os valores das cargas das esferas antes do contato:
FCB
K . Q . 2Q
F=
d2
2KQ2
F=  
d2

Ao acontecer um contato entre as esferas, há um equilíbrio


eletrostático de modo que a carga final de cada esfera seja
dada por: Q q

D C
Q  2Q 3Q

FÍSICA

2 2
Pela figura, percebe-se que as cargas Q e q devem ter sinais
Dessa forma, calcula-se o valor de uma nova força F’: opostos. Como as cargas em A e C têm mesmo módulo,
3Q 3Q a resultante entre FAB e FBC fará 45° com a horizontal e terá
K 
F'  2 2 módulo FAB¹2. Assim, FDB deverá ter esse mesmo módulo:
2
d
KQ2 kqQ 2 Q
9KQ2    2 2
F'  22 2 q
4d2
Questão 10 – Letra B
A partir dos dois módulos de força estabelecidos, é possível
fazer uma comparação entre as forças F e F’. Nota-se que, Comentário: Como a situação descrita está em equilíbrio, é
multiplicando o valor de F por 9 e dividindo por 8, encontra-se possível deduzir que, como o ângulo de abertura do fio é de 45°,
exatamente o valor de F’. Logo, pode-se concluir que: as componentes de sua força verticais (no caso apenas o peso)

9 são iguais às componentes horizontais (no caso apenas força


F' = F
8 elétrica). Portanto, ao igualar as forças elétrica e peso, tem-se:
Fe  P
kQ2 kQ2 k
Questão 07 – Letra B d2
 mg  d 
mg
Q
mg
Comentário: Como a diagonal do quadrado mede 3¹2m, seu 9 . 109
d  3.105  3 . 105 . 3 . 104  d  9 . 101 m
lado mede 3 m. A força de C sobre A aponta na direção vertical 1 . 10
e a força de B sobre A, na direção horizontal. Logo, como as
componentes são perpendiculares, a resultante será dada pela
raiz quadrada da soma das componentes:
Questão 11 – Letra D
Comentário: Káon = Kd + AKs ⇒ QKÁON = 0 ⇒
9 . 109 . 105 . 9 . 104
FCA   9N
32 QKd + QAKs = 0 ⇒ − (1/3) + QAKs = 0 ⇒ QAKs = (1/3)
9 . 109 . 105 . 3 . 104 QKs = − QAKs ⇒ QKs = − (1/3).
FBA   3N
32
A estranheza (S) do quark s será: S = 2[− (1/3)] − (1/3) ⇒
FR  FBA2  FCA2  92  32  3 10 N S = −1.

Questão 08 – Letra A Questão 12 – Letra A


Comentário: Se a distância da terceira carga até +4q é x, Comentário: Como as cargas têm mesmo sinal, as forças
sua distância até +q será (d – x). Para a aceleração ser nula, elétricas serão de repulsão e apontarão para a esquerda e para
a força elétrica resultante deve ser nula, o que equivale ao cima. Como a distância de QB a QA é metade da distância de
módulo das forças atuantes sobre a terceira carga ser igual, QC a QA, o módulo da força exercida por B em A, apontando
já que as forças apontam para sentidos opostos. Aplicando a para a esquerda, será 4 vezes maior que o módulo da força
Lei de Coulomb: de C em A, apontando para cima. Assim, o vetor constante da

k.4q.q k.q.q 4 1 alternativa A, por apontar para a esquerda e para cima e por
  2 
x2 (d  x)2 x (d  x)2 ter a componente horizontal com módulo 4 vezes maior que a
2 1 2d componente vertical, é o que melhor representa a resultante
  2d  2x  x  x 
x dx 3 sobre QA.

Bernoulli Sistema de Ensino 37

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 37 21/10/2022 15:11:25


Questão 13 – Letra B D) Incorreta. A força elétrica existente entre duas cargas

Comentário: Como as distâncias entre as cargas de módulo depende do inverso do quadrado da distância entre as

Q e q são iguais, o módulo F das duas forças elétricas atuantes cargas. Assim, quando a distância entre dois átomos dobra,
kqQ a força de repulsão fica 4 vezes menor.
sobre a carga q será igual, valendo F = 2 . Sem perda de
R
E) Correta. A força de atração entre íons de carga oposta de
generalidade, supondo que q > 0, tem-se a seguinte situação:
um sal é, aproximadamente, 80 vezes menor na água do
KQq
FQ   que no vácuo.
R2
KQq
FQ  
R2 Questão 03 – Letra D
F– Eixo cognitivo: II
FY–
Competência de área: 6
Fx+ FR Habilidade: 21
q = q
30º Fx – Comentário: O módulo de força elétrica entre as esferas pode
ser calculado pela Lei de Coulomb. Tal força é diretamente
FY+ F+ proporcional à constante K presente na equação de referida lei.
Como tal constante é inversamente proporcional à constante
Como ambas as forças atuam com um ângulo de 30°, pode-se dielétrica do meio, a força elétrica entre as esferas, quando
ver pela imagem que as componentes verticais das forças se mergulhadas no óleo, ficará cinco vezes menor que a força
anulam e as componentes horizontais, que possuem mesmo
elétrica presente entre elas no ar. Como o peso das esferas
valor, se somam, portanto, tem-se que:
continua o mesmo e o empuxo foi desprezado, o ângulo entre
KQq
FR  2. .cos 30 os fios vai diminuir.
R2
KQq
FR  3 2
R Seção Fuvest / Unicamp / Unesp
Força resultante que está de acordo com a alternativa B.

Seção Enem
Questão 01 – Letra A
Eixo cognitivo: III
Competência de área: 6
MÓDULO – C 02
Habilidade: 21 Campo Elétrico
Comentário: Uma vez que o objeto eletrizado não toca a esfera
do eletroscópio, as cargas não podem ser transferidas entre
os objetos. À medida que o corpo se aproxima do aparelho, Exercícios de Aprendizagem
os elétrons que estão nas folhas vão migrando para a esfera,
o que faz diminuir a abertura daquelas. As cargas positivas Questão 01 – Letra C
(prótons) não podem se deslocar pelo eletroscópio. Comentário: A imagem a seguir ilustra a posição das placas
em relação ao solo, assim como suas respectivas cargas.
Questão 02 – Letra E + + + + + + + + + + + + + + +
Eixo cognitivo: II
Competência de área: 6
Habilidade: 21
Comentário: A questão aborda fundamentos de força elétrica,
em paralelo com a força gravitacional.
A) Incorreta. A força gravitacional entre as cargas pode ser
Para que a bolinha de isopor flutue, é necessário que a força
maior que a força elétrica, dependendo da relação carga /
resultante na bolinha seja nula. Nesse caso, a força elétrica deve
massa dos corpos envolvidos e da distância entre eles.
ter o mesmo módulo da força peso, porém em sentido oposto.
B) Incorreta. A força elétrica entre corpos com cargas de sinais
Como a placa que está no fundo está carregada negativamente,
opostos é atrativa, caso do elétron e do próton.
a carga da bolinha tem que ser negativa para que o sentido da
C) Incorreta. Como a distância entre as cargas é muito
força que atue na bolinha seja vertical para cima.
pequena (ordem de ângstrons), a força elétrica não pode
ser muito pequena, já que esta depende do inverso do Para descobrir a carga necessária que o isopor flutue, deve-se
quadrado da distância. igualar a força elétrica Fe à força peso P.

38 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 38 21/10/2022 15:11:27


Manual do Professor

Dado que o módulo do campo elétrico é 2,0 N/C, a massa da


bolinha é igual a 0,50 g, que corresponde a 0,5 . 10–3 kg no SI,
e a aceleração gravitacional é 10 m/s², a carga do isopor vale: E

m. g
q E1
E E2
0, 5 . 103 . 10 M
q
2
5 . 103
q  2, 5 . 103
2 q1 q2

Percebe-se também que o vetor campo elétrico está mais


Questão 02 – Letra A
próximo da reta suporte sobre a qual q1 se localiza; logo, seu
Comentário: Quando ambas as partículas entram na região módulo é maior.
onde há o campo elétrico, a única força considerável presente
na carga é a força elétrica. Dessa forma, temos que: Questão 05 – Letra C
Fel.  FR  Eq  ma  Comentário: A questão trata do sentido e do módulo de

FÍSICA
ma campos elétricos gerados por cargas elétricas puntiformes.
q  (I)
E A carga de prova ficará em equilíbrio em pontos nos
quais o vetor campo elétrico for nulo. Nos pontos Q e R,
Como o movimento vertical possui uma aceleração constante,
os vetores campo elétrico gerados por ambas as cargas
tem-se que:
terão mesma direção e mesmo sentido, e, por isso,
at2 at2
d  v0 t   d  0.t   não se anularão. Nos pontos P e S, os vetores campo
2 2
2d elétrico gerados por ambas as cargas terão mesma direção e
a (II)
t2 sentidos opostos. Porém, apenas no ponto S, eles poderão ter
módulos iguais, já que o maior módulo da carga da esfera I
Substituindo a equação (II) em (I), tem-se:
em relação à carga da esfera II tem de ser compensado com
2dm uma maior distância até o ponto onde a carga de prova estará
q=
Et2
posicionada.
Como o campo elétrico e o tempo de colisão das partículas 1
e 2 no anteparo é o mesmo (na horizontal, tanto a velocidade Questão 06 – Letra C
das partículas (M.R.U) quanto a distância que elas estão do Comentário: A região abaixo da nuvem será induzida com

anteparo é a mesma, assim o tempo de chegada ao anteparo carga oposta àquela que se encontra na parte de baixo da

também será o mesmo), tem-se que: nuvem. A única ilustração coerente com tal fato está na

m1 . 2 . 2 alternativa C.
2
q1 E. t 4m1 q 2m1
   1 
q2 m2 . 2 . 1 2m2
2
q2 m2 Exercícios Propostos
E. t
Questão 01 – Letra C
Questão 03 – Letra A Comentário: Como o elétron de carga negativa se move para C
ao passar pelas placas, o campo elétrico se dirige de C para D,
Comentário: O módulo do campo gerado por uma esfera
já que se uma carga negativa está sob a ação de um campo
condutora, eletrizada com uma carga Q, e em equilíbrio
elétrico, a força elétrica aponta no sentido contrário às linhas
eletrostático, tem as seguintes características:
de campo.
Em qualquer ponto do interior da esfera vale zero; em qualquer
ponto da superfície externa depende do raio (R) e para pontos Questão 02 – Letra B
fora do condutor varia com o inverso do quadrado da distância. Comentário: Por simetria, como todas as cargas têm
mesmo módulo e sinal, o campo elétrico nos pontos P e Q
Assim, tem-se EA < EC < EB.
é claramente nulo. No ponto S, os campos gerados pelas
cargas negativas terão mesmo módulo e sentidos opostos,
Questão 04 – Letra C
assim como os campos gerados pelas cargas positivas;
Comentário: Construindo os segmentos que ligam as cargas logo, no ponto S, o campo elétrico resultante é nulo.
a M, percebe-se que o vetor E está entre as retas suporte de No ponto R, o campo elétrico resultante apontará para a direita,
tais segmentos. Assim, as cargas q1 e q2 são positivas. sendo não nulo.

Bernoulli Sistema de Ensino 39

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 39 21/10/2022 15:11:29


Questão 03 – Letra D L
d  vt  t 
Comentário: O módulo F da força elétrica sobre uma partícula v
de módulo q imersa em um campo elétrico de intensidade E Como a velocidade inicial na vertical é zero, tem-se:
vale F = q.E. at2 qEL2
yL   yL 
É importante ressaltar que, apesar de o valor da massa 2 2mv2
não influenciar no valor da força, ela deve ser levada em
Ao sair da região entre placas, o elétron apresenta uma
consideração pelo projetista do equipamento, pois a aceleração
velocidade na direção vertical de:
que a força causará à partícula depende da massa.
qE L
v v  at  v v 
m v
Questão 04 – Letra B
O tempo para percorrer a distância D em parâmetros de D e v, é:
Comentário: Prolongando-se as semirretas que representam
 
 D
os vetores EF e EJ , percebe-se que elas se encontram em 2, t' =
v
que deve ser, portanto, o ponto sobre o qual se localiza Q1.
Como Q1 e Q2 possuem mesmo módulo e sinal, pode ser
Para encontrar o deslocamento ∆yD basta utilizar a velocidade
facilmente provado que o campo elétrico no ponto médio do
vertical que o elétron adquiriu no momento que foi acelerado
segmento de reta determinado por elas é nulo. Logo, a carga Q2
entre as placas e o tempo utilizado para percorrer D (encontrado
deve ser colocada em 4, já que P é o ponto médio do segmento
acima), pois nesse trecho o movimento vertical também
determinado por 2 e 4.
apresenta velocidade constante. Então, tem-se:
qEL D qELD
Questão 05 – Letra D yD 
mv v
.  yD 
mv2
Comentário: A questão trata do campo elétrico gerado por
Assim a deflexão total yL  yD é:
cargas puntiformes e da ação deste em cargas de prova.
qEL2 2qELD
Observe a figura a seguir: yL  yD   
2mv2 2mv2
EN qEL
yL  yD  (L  2D)
2mv2

ER
M Questão 07 – Letra A
Comentário: O campo elétrico é definido por:
(–) K0 . Q
E=
d2
EP
Dessa forma, para uma distância x da carga, tem-se:
K0 . Q
EA =
x2

E, para uma distância y:


(+) (–) K0 . Q
EB =
y2
N P
Portanto, para saber a razão entre y e x, deve-se inicialmente
Pela figura, é possível inferir que o vetor campo elétrico
isolá-los:
resultante em M (ER) aponta para a direita, e, como a carga em
K0 . Q K0 . Q
M é negativa, a força elétrica aponta para a esquerda (mesma
= x2 = e y2
direção e sentido contrário ao do vetor campo elétrico). EA EB

Para obter a razão:


Questão 06 – Letra E y
Comentário: Vamos dividir o problema em duas partes. A x
primeira considerando os elétrons entre as placas e a segunda
Como na equação ambos os termos estão ao quadrado, é
depois de sair da influência do campo elétrico.
necessário tirar a raiz de toda a equação, de forma que se
Na primeira situação, apesar de o elétron estar com velocidade pode escrever:
constante na horizontal, o seu movimento na vertical é
K0. Q K0. Q
=
acelerado devido à força elétrica causada pelo campo elétrico. x = e y
EA EB
Assim, a aceleração da partícula na vertical é dada por:
qE Logo:
Fel.  FR  qE  ma  a 
m K0 . Q
y EB
O tempo que o elétron será acelerado pode ser encontrado a =
partir do movimento horizontal (M.R.U) do elétron entre as x K0. Q
placas em parâmetros de L e v. Logo, tem-se: EA

40 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 40 21/10/2022 15:11:34


Manual do Professor

Como do lado direito da equação numeradores e denominadores Questão 12 – Letra D


se encontram dentro de uma raiz quadrada, pode-se colocar Comentário: Como as linhas centrais de campo apontam
ambos os termos dentro de uma única raiz quadrada: de QA para QB, QA é positiva e QB é negativa. No entanto,
K0 . Q o módulo de QA é maior, pois dela sai um número maior de
y EB linhas de campo do que chegam em B. Logo, a soma QA + QB
=
x K0 . Q é necessariamente positiva.
EA
Questão 13 – Letra B
Na divisão de frações, converte-se a primeira fração e
Comentário: A figura a seguir mostra as cargas e os vetores
multiplica-se pelo inverso da segunda:
campos elétricos criados por elas no centro de quadrado.
y K 0 . Q EA
= . 2Q d 3Q 2Q 3Q
x EB K0 . Q + + + +

4E
2E
y E
Simplificando, tem-se que a razão é dada por:
x ⇒
y EA
= 3E 2E
x EB
2E

FÍSICA
+ + + +
Q 4Q Q 4Q
Questão 08 – Letra B
2
Comentário: A questão trata do módulo do campo elétrico As distâncias das cargas ao centro são iguais a d .
2
em dependência da distância da carga fonte. Considerando a Os módulos dos campos são proporcionais à carga geradora.
distância d = 2 cm, E1 o módulo do campo no primeiro caso e Assim, tem-se campos de valores E, 2E, 3E e 4E, conforme
indicados na figura 1. Logo, eles resultam nos campos
E2 o módulo do campo no segundo caso:
mostrados na figura 2. O campo resultante será a diagonal do
KQ
E1 2 3, 6 . 104 quadrado formado pelos campos 2E (figura 2) ⇒
 d  4  E2   9, 0 . 103 N / C
E2 KQ 4 2
 
4d2  1   1 
ER  2 . 2E  ER  2 . 2   . Q .    ER  2 . Q
 4  0 
 2  0d2
d 
Questão 09 – Letra B  2 

Comentário: Como o campo elétrico aponta para baixo,


a força elétrica apontará para cima, e ocorrerá equilíbrio caso
Seção Enem
o módulo do peso da partícula seja igual ao módulo da força
Questão 01 – Letra C
elétrica. Assim:
q g Eixo cognitivo: II
mg  qE  
m E Competência de área: 6
Habilidade: 21
Questão 10 – Letra B Comentário: Após a eletrização por atrito, o pente adquire carga
Comentário: Como a carga fonte do campo elétrico é positiva, elétrica não nula, carga essa que produzirá um campo elétrico nas
este campo aponta em sentido divergente da carga fonte, proximidades do pente. Na presença desse campo, os papeizinhos
na direção fixada pelo segmento de reta que une a carga fonte são polarizados, de modo que a soma das forças elétricas atuando
e ponto de incidência; dessa forma, o campo elétrico aponta sobre as cargas presentes no papel resulte em uma força atrativa
para a direita. Como a carga teste é negativa, a força elétrica evidenciada no fato de os papéis aderirem ao pente eletrizado.
sobre ela aponta na mesma direção e em sentido oposto ao
vetor campo elétrico, ou seja, para a esquerda. Tal conformação Questão 02 – Letra D
é ilustrada na alternativa B. Eixo cognitivo: III
Competência de área: 6
Questão 11 – Letra B Habilidade: 21
Comentário: O campo elétrico gerado por uma partícula Comentário: Como o cilindro exterior é metálico ele funciona
carregada é dado por: como uma gaiola de Faraday, impedindo a atuação de campos
k.Q 1 . elétricos externos. Já o campo elétrico do fio central, por ter
E = 2 , em que k é:
d 4..0 uma simetria radial, terá uma maior concentração de linhas de
Substituindo os valores na equação, tem-se: campo perto do fio, atraindo as partículas neutras de fuligem.

k.Q 1 Q 9
8 . 10 O campo do fio não é uniforme, pois a concentração de linhas
E   9 . 109  288, 0 N / C
d2 4..0 d2 (0, 5)2 é variável.

Bernoulli Sistema de Ensino 41

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 41 21/10/2022 15:11:39


Questão 03 – Letra A Questão 03 – Letra B
Eixo cognitivo: III Comentário: A energia potencial eletrostática U é definida por:
Competência de área: 6 k 0QAQB
U=
d
Habilidade: 21
Comentário: Para que as partículas poluidoras sejam Portanto, é preciso analisar sempre os pares de cargas.
levadas para a alta atmosfera, a força elétrica que atua Logo, como as montagens têm três cargas, a energia total
sobre elas deve ser maior que o peso dessas partículas. armazenada é dada por:
O módulo de tal força pode ser calculado por: F = E.q. Assim,
UT = U12 + U13 + U23
tem-se E.q > P ⇒ 100q > 10–10 N. Logo, a carga das partículas
deve ser: q > 10–12 C. Uma vez que as cargas seriam eletrizadas Portanto, na primeira configuração, tem-se:
negativamente, o campo elétrico deve apontar para a superfície k 0 . q . (q) k 0 . q . (q) k 0 . (q) . (q)
UT   
da Terra, porque cargas negativas sofrem forças de sentidos a 2a a
opostos ao sentido do campo. k 0q2 k 0q2 k 0q2
UT   
Observação: De fato, o campo elétrico ao qual o problema se a 2a a
refere é, em cada ponto da superfície, vertical para baixo. Isso k 0q2
UT 
acontece pois a superfície da Terra possui excesso de cargas 2a
negativas, e a região acima da ionosfera apresenta excesso
Analogamente, na segunda situação:
de cargas positivas.
k 0 . (q) . q k 0 . (q) . (q) k 0 . q . (q)
UT   
Seção Fuvest / Unicamp / Unesp a 3a 2a
k 0q2 k 0q2 k 0q2
UT   
a 3a 2a

Tirando o MMC:
6k 0q2  2k 0q2  3k 0q2
UT 
6a
7k 0q2
MÓDULO – C 03 UT 
6a

E, para a terceira configuração:


Potencial Elétrico k 0 . (q) . q k 0 . (q) . (q) k 0 . q . (q)
UT   
a 3a a
Exercícios de Aprendizagem k 0q2 k 0q2 k 0q2
UT   
a 2a a
Questão 01 – Letra C
2k 0q2 k 0q2
UT  
Comentário: Como a distribuição é uniforme, o campo elétrico a 2a
no interior do balão será nulo. Tomando como base que
Tirando o MMC:
o módulo do campo elétrico é inversamente proporcional ao
quadrado do raio da esfera e que o potencial é inversamente 4k 0q2  k 0q2
UT 
proporcional ao raio da esfera, à medida que o balão infla, o 2a
seu raio consequentemente aumenta, diminuindo, dessa forma, 3k 0q2
UT 
tanto o campo quanto o potencial elétrico. 2a

Nota-se que, em todas as configurações, existe um termo


Questão 02 – Letra B
constante e comum. Dessa forma, para ordenar, deve-se analisar
Comentário: O potencial elétrico de uma esfera carregada é
apenas os termos que acompanham essas constantes: –1/2,
V = KQ/R. De acordo com o enunciado da questão, o raio R da
–7/6 e –3/2. Em ordem crescente, tem-se: –1/2 > –7/6 > –3/2.
esfera tem 1,8 . 10 m, e o potencial alcança o valor de 4,0 kV.
-2

Logo, U(1) > U(2) > U(3).


Logo, V = KQ/R ⇒ Q = VR/K = (4,0 . 103) . (1,8 . 10-2)/9 . 109 =
8 . 10-9 C.
Questão 04 – Letra B
Como a carga Q da esfera é o produto do número de
elétrons pela carga do elétron, tem-se que o número de Comentário: O trabalho W é dado pelo produto entre a

elétrons será: diferença de potencial elétrico dos pontos final e inicial,

Q = n . e ⇒ n = Q/e = 8 . 10–9/1,6 . 10–19 = 5 . 1010. não importando a trajetória percorrida, e o módulo da carga
elétrica:
Portanto, a massa total dos elétrons, em kg, que produzem
esse potencial é n . me = (5 . 10 ) . (9 . 10
10 –31
) = 4,5 . 10–20
. W = ∆V . q = (150 – 50) . 1 . 10–6 = 10–4 J

42 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 42 21/10/2022 15:11:41


Manual do Professor

Questão 05 – Letra A k0 . Q
V=
R
Comentário: O potencial elétrico existente em determinado
V
Q= R
ponto do espaço é igual à soma algébrica dos potenciais gerados k0
pelas cargas que entornam tal ponto, ou seja, atribuindo-se Q = 105 . 0, 2
valores negativos para potenciais gerados por cargas negativas Q = 2 . 104 C
e positivos a potenciais gerados por cargas positivas.
Questão 03 – Letra D
Questão 06 – Letra A
Comentário: A partir da análise do gráfico, é possível perceber
Comentário: A seguir, a análise de cada alternativa separadamente.
que, a uma distância de 3 cm da carga elétrica, o potencial
A) Correta. O potencial elétrico V gerado pela carga Q a uma adquire um valor de 30 V. Portanto, tem-se que:

distância d desta é dado por V = kQ , ou seja, diminui à KQ


d V
r
medida que d aumenta. 9 . 109.Q 30 . 3 . 101
30  1
Q
B) Incorreta. A força elétrica tem direção radial em relação 3 . 10 9 . 109

FÍSICA
Q  1010 C
à carga Q, porém o sentido (aproximando ou afastando)
depende dos sinais das cargas. O valor obtido também pode ser escrito como Q = 0,1 . 10–9 C,

C) Incorreta. O campo elétrico depende do módulo e também como representado na alternativa D.

da distância da carga Q.
Questão 04 – Letra A
D) Incorreta. A energia potencial elétrica é proporcional ao
Comentário: Sabendo que a diferença de potencial entre dois
potencial elétrico, que é inversamente proporcional a d,
pontos equivale à razão entre o trabalho e a carga, tem-se que:
e não a d2.
WAB
VA  VB 
q
Exercícios Propostos
Sabendo que o trabalho realizado sobre a carga de 1 µC equivale
Questão 01 – Letra B a 12 mJ, e que o potencial de um ponto qualquer a uma
Comentário: Para que a partícula, abandonada do repouso, KQ
distância r de uma carga geradora é dado por V = , tem-se:
passe pelo centro do anel, esta terá que sofrer uma força de r

atração e, portanto, possuir carga negativa. Quando a partícula 1 1 W


KQ     AB
estiver no centro do anel, sobre ela, atuarão várias forças de  rA rB  q

mesmo módulo em todos os sentidos, de forma que se anulem.  1 1  12 . 103


9 . 109 . Q    
E, mesmo que a carga experimente alguma outra força que a 1 3  1 . 106

faça sair, verticalmente, daquele ponto, a atração das cargas do 3 . 12 . 103


Q
anel faria com que a partícula tendesse a voltar para o centro 9 . 109 . 2 . 106

do anel. Esse equilíbrio é caracterizado como estável. Para a Q  2 . 106 C


análise da energia potencial, deve-se levar em consideração
dois fatores: o produto das cargas e o inverso da distância.
Questão 05 – Letra A
O produto das cargas mostra que o potencial elétrico é um valor
Comentário: Para que seja energeticamente favorável à
negativo. O inverso da distância mostra que, à medida que a
passagem de carga, é necessária uma diferença de potencial.
partícula se aproxima do centro do anel, o módulo da energia
Quando os potenciais das esferas se igualarem, será atingida
potencial aumenta. Portanto, quanto mais negativo, menor o
valor da energia potencial elétrica. a condição de equilíbrio. Portanto:

V0  V1
Questão 02 – Letra A kQ0 kQ1
 
Comentário: O potencial elétrico dentro de um condutor em R0 R1
Q0 Q1
estado estacionário é constante; para uma esfera, tal potencial 
R 0 R1
k 0.Q
vale V = . Q0 Q
R  1 
R0 R0
Assim, observando o gráfico, como a região onde V é constante 4
é d < 0,20 m, sabe-se que R = 0,20 m; logo, tem-se: Q0  4Q1

Bernoulli Sistema de Ensino 43

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 43 21/10/2022 15:11:43


A densidade de carga será dada pela razão entre a carga e Questão 09
a área de cada esfera. Primeiro, é preciso encontrar a razão
Comentário: Sendo Q o módulo procurado da carga da esfera e d
entre as áreas:
a distância relevante, pelas expressões de campo e potencial
2
A0  R 0  A0
    16  A 0  16A1 elétrico gerados por uma esfera carregada:
A1  R1  A1
kQ
V 600
= =
Portanto, a razão entre as densidades de carga será: d
Q1 kQ
=E 200
=
1 A QA 16Q1A1 d2
 1  1 0  
0 Q0 Q0 A1 4Q1A1
A0 Dividindo-se uma equação pela outra:
1
4 kQ
0 V 600
= = d
E 200 kQ
d2
Questão 06 – Letra D V
= 3= d
E
Comentário: Analisando cada afirmativa, tem-se:

I. Correta: Tem-se que d = 3 m. Assim:

mv2 , v 2 9 . 109 Q
WAB  EC  qVAB   0 600 
2 2 3
EC  qVAB   1, 6 . 10 .  VA  VB  
19
Q  200 . 109 C  200 nC
EC   1, 6 . 10 19
 4
. 2, 0 . 10 
15
EC  3, 2 . 10 J
Questão 10
Obs.: VBA = – VAB Comentário:
II. Correta. A variação da energia cinética do elétron é igual A) O trabalho W da força elétrica é dado por:
ao trabalho realizado pela força elétrica. Este, por sua vez, W  q (VA  VB )
depende apenas da carga do elétron e da d.d.p. entre dois
40  20 . 103 (100  VB )
pontos. Assim, a variação da energia cinética é a mesma
2 000  100  VB
nos dois casos.
VB  2 100 V
III. Falsa. A força elétrica é uma força conservativa. Seu
trabalho não depende da trajetória. Como dito no item II, B) A energia E pedida é dada por:
o trabalho depende apenas da carga de prova e da d.d.p. E q.VB
entre dois pontos que, no caso, é a mesma para as duas E 20 . 10 3 . 2, 1 . 103 42 J
trajetórias. Portanto, o trabalho da força elétrica é o mesmo
C) No campo elétrico uniforme:
nos dois casos.
VAB  VB  VA  2 100  100

VAB  E.dAB
Questão 07 – Letra D
2 000  1 . 103.dAB
Comentário: Campo e força elétrica são grandezas vetoriais,
e, por isso, não faz sentido falar em força ou campo dAB  2 m

negativos. Já o potencial elétrico é uma grandeza escalar,


que pode ter valor positivo ou negativo, dependendo do sinal Questão 11
da carga fonte.
Comentário: Pelo Princípio da Conservação das Cargas, a soma

algébrica das cargas Q1 e Q2 após a condução pelo fio será de


Questão 08 – Letra D
3,0 µC. Em razão de os potenciais finais serem iguais na
Comentário: A partir da simplificação feita no enunciado,
superfície dos condutores, tem-se:
pode-se admitir que o campo elétrico no tubo de raios catódicos
V1  V2
é constante. Portanto, é possível utilizar a fórmula do potencial
em função de um campo uniforme. kQ1 kQ2
 
R1 R2
V = E.d ⇒
Q1 Q2

25 . 103 = E.5 . 10–1 ⇒ E = 5 . 104 Vm–1 R1 R 2

44 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 44 21/10/2022 15:11:46


Manual do Professor

Q1 Q2
  2Q1  Q2
5 10
Q1  Q2  3 C

Q1  2Q1  3Q1  3C

Q1  1C

Q2  2Q1  2C

Seção Enem
Questão 01 – Letra D
Eixo cognitivo: II

Competência de área: 6

Habilidade: 21

FÍSICA
Comentário: O campo elétrico E, entre duas nuvens ou entre o solo e uma nuvem, pode ser considerado uniforme,
e a voltagem V entre esses elementos pode ser calculada por V = E.d, sendo d a distância entre os elementos.
No início do relâmpago, independentemente de esse ocorrer entre duas nuvens, de uma nuvem para o solo, ou do solo para uma
nuvem, o valor do campo elétrico é fixo (igual ao valor da rigidez dielétrica, de 3,0 . 106 N/C). Portanto, no início do relâmpago, V
é diretamente proporcional a d. Assim, nessa situação, a voltagem entre duas nuvens próximas é menor do que a voltagem entre
uma nuvem e o solo (ou entre o solo e uma nuvem), pois a distância entre as nuvens é menor do que a distância da nuvem ao solo.

Usando a fórmula anterior, é possível estimar a voltagem entre uma nuvem e o solo (altitude de 1 km), e vice-versa, no momento
inicial de um relâmpago:

V = 3,0 . 106 . 1 000 = 3,0 . 109 volts (ordem de bilhões de volts)

Essa voltagem decresce à medida que o relâmpago tem continuidade, pois as cargas dos dois elementos participantes do
fenômeno diminuem.

Antes de o relâmpago ocorrer, há cargas, campo elétrico e d.d.p. não nulos entre os elementos. O relâmpago ainda não ocorreu
porque o campo elétrico ainda não atingiu o valor da rigidez dielétrica do ar.

Questão 02 – Letra D
Eixo cognitivo: III

Competência de área: 5

Habilidade: 17

Comentário: Pode-se calcular a potência elétrica gerada pelo sistema Terra / ionosfera por meio da expressão P = W/Dt, em que W
é o trabalho realizado pelo campo elétrico da Terra e Dt é o intervalo de tempo gasto na realização desse trabalho. Esse intervalo é o
tempo gasto no bombeamento da carga Q da atmosfera para a superfície da Terra. O trabalho W pode ser avaliado pela equação W =
Q.V = Q.(E.d), em que V e E são a voltagem e o campo elétrico entre a superfície da Terra e a ionosfera. O fator d é a distância entre a
superfície da Terra e a ionosfera. Na verdade, a equação V = E.d é válida para E constante. Porém, de acordo com o enunciado da questão,
o campo elétrico da Terra pode ser considerado constante, em uma primeira aproximação. Então, substituindo E por 100 V/m,
Q por 3,0 . 105 C, d por 50 km e Dt por 5 minutos (todos esses valores foram dados na questão), e fazendo as devidas adequações
nas unidades (a unidade de minutos deve ser convertida para segundos e a de quilômetros para metros), obtém-se:

P = (3,0 . 105 C).(100 V/m).(50 . 103 m)/(5.60 s)  ⇒

P = 5 . 109 watts = 5 . 103 MW (lembrando que 1 M = 1 mega = 106)

Essa potência é bem alta, ela é 2,5 vezes maior que a potência elétrica total das usinas nucleares de Angra dos Reis, que totalizam
cerca de 2 000 MW.

Seção Fuvest / Unicamp / Unesp

Bernoulli Sistema de Ensino 45

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 45 21/10/2022 15:11:46


REFERÊNCIAS
ASIMOV, Isaac. Antologia 2. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1986.
ASIMOV, Isaac. Asimov explica. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1986.
ASIMOV, Isaac. O colapso do Universo. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1980.
ASIMOV, Isaac. O Universo. Rio de Janeiro: Bloch, 1972. (Coleção Descobrimento).
CAPRA, Fritjof. A teia da vida. São Paulo: Cultrix, 1996.
CARVALHO, Regina Pinto de. Física do dia a dia. Belo Horizonte: Gutenberg, 2003.
FERRIS, Timothy. O despertar na Via Láctea. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1980.
FEYNMAN, Richard P. Está a brincar, Sr. Feynman! Lisboa: Gradiva, 1988.
GLEISER, Marcelo. O fim da terra e do céu. São Paulo: Schwarcz, 2001.
GOLDEMBERG, José. Energia no Brasil. São Paulo: Livros Técnicos e Científicos, 1979.
GONICK et al. Introdução ilustrada à Física. São Paulo: Harbra, 1994.
GOTT, J. Richard. Viagens no tempo de Einstein. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.
GREF – Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. São Paulo: Edusp, 1990. v. 3.
HEGEMBERG, Leônidas. Explicações científicas. São Paulo: E.P.U., 1973.
KRAUSS, Laurence M. Sem medo da Física. Rio de Janeiro: Campus, 1995.
MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz A. Curso de Física. São Paulo: Scipione, 2005. v. 3.
MÁXIMO, Antônio. Física. São Paulo: Scipione, 2007.
NARDI, Roberto. Pesquisas em ensino de Física. São Paulo: Escrituras, 2001.
PANZERA, Arjuna C. Estrelas e planetas. Belo Horizonte: Colégio Técnico UFMG, 2001.
PERELMAN, I. Física recreativa. Moscou: Mir, 1980.
POINCARÉ, Henri. O valor da ciência. Rio de Janeiro: Contraponto, 1995.
RONAN, Colin A. A história ilustrada da ciência. São Paulo: Círculo do Livro, 1987. v. 4.
VALADARES, E. C. Física mais que divertida. Belo Horizonte: UFMG, 2000.
Sites que o professor pode visitar
http://physics.usask.ca/~hirose/ep225/anim.htm
http://physics.nad.ru/
http://id.mind.net/~zona/mstm/physics/waves/interference/intrfrnc.html
http://physics.usask.ca/~hirose/ep225/animation/wave-general/anim-sine.htm
http://id.mind.net/~zona/mstm/physics/waves/interference/waveInterference1/waveInterference1.html
http://physics.uwstout.edu/staff/scott/animate.html#abstract
http://shs.westport.k12.ct.us/physics/physics.htm
http://www.phy.ntnu.edu.tw/ntnujava/
http://science.nhmccd.edu/biol/animatio.htm
http://earthguide.ucsd.edu/earthguide/diagrams/absorption/
http://www.wfu.edu/academic-departments/physics/demolabs/demos/avimov/bychptr/chptr8_eandm.htm
http://www.ngsir.netfirms.com/englishversion.htm
http://users.pandora.be/educypedia/education/physicsjavalabo.htm
http://www3.itu.edu/~s_schneider/physlets/main/rippletank.shtml
http://astronomy.nju.edu.cn/astron/at3/at30304.htm#planck.mov
http://csep10.phys.utk.edu/guidry/java/wien/wien.html
http://www.egglescliffe.org.uk/physics/astronomy/blackbody/bbody.html
http://www.starmagic.com
http://www.sciencekit.com
http://www.eciencia.com.br
http://www.sbf.org.br/rbef
http://www.bibvirt.futuro.usp.br
http://www.feiradeciencias.com.br
http://www.adorofisica.com.br
http://www.sbf.usp.br

46 Coleção 4V

2023_4V_V1_FIS_MP.indd 46 21/10/2022 15:11:46

Você também pode gostar