Manual Profe Fisica
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do professor
4v
https://digital.bernoulli.com.br/
manualdigital/4V/
Avenida Papa João Paulo I, 4 006, Galpão 02, Módulo 04, Residencial 1. Física
Parque Cumbica, Guarulhos - SP, CEP: 07.174-005. I - Título II - Bernoulli Sistema de Ensino III - V. 1
Fotografias, gráficos, mapas e outros CDU - 53
Centro de Distribuição em Jaboatão dos Guararapes - Pernambuco. CDD - 530
tipos de ilustrações presentes em
Jab Comercio e Distribuição de Livros ltda 43.723.226/0001-23 –
exercícios de vestibulares e Enem
Rod BR – 101 Sul s/n KM 86 Bairro: Prazeres – Jaboatão dos Guararapes/ podem ter sido adaptados por questões
PE – CEP: 54.335-000. estéticas ou para melhor visualização.
Coleção 4V
2 Coleção 4V
FÍSICA
força e de energia aparecem com frequência. Esses temas,
agora o 9º ano recebe as trilhas digitais de aprendizagem, que
no entanto, serão abordados em módulos posteriores dessa
potencializam o desenvolvimento do Listening e Speaking – isto
Coleção. Todavia, é preciso ter em mente que qualquer
estudante dos cursos preparatórios para os exames de é, escuta e fala –, habilidades orais preconizadas pela BNCC e
vestibulares, incluindo o aluno da 3ª série do Ensino Médio, já cada vez mais exploradas no mundo contemporâneo.
estudou os conceitos de força e de energia em alguns momentos
Ainda sobre a Língua Inglesa, apresentamos a grande
de sua vida escolar. Ainda assim, ao escrever os módulos do
volume em questão, procuramos dosar o uso de tais conceitos, novidade: o Dive.b, a solução bilíngue do Bernoulli Sistema
restringindo-os às situações em que a omissão comprometeria o de Ensino, atendendo em 2023 da Educação Infantil aos Anos
entendimento de alguns fenômenos elétricos e termodinâmicos. Finais do Ensino Fundamental. Em diálogo com as temáticas
Nos módulos da Coleção, os exercícios acham-se separados em e aprendizagens presentes na Coleção Principal de cada
quatro grupos: os Exercícios Resolvidos, os de Aprendizagem, os segmento, o Dive.b foi elaborado por meio da abordagem
Propostos e os da Seção Enem. Os Exercícios Resolvidos servem metodológica CLIL (Content and Language Integrated
de apoio para a leitura do texto. Os de Aprendizagem seguem
Learning), que se baseia na aquisição de uma segunda língua
a ordem de apresentação dos conteúdos e visam a reforçar
integrada a aprendizagens das diversas áreas do conhecimento.
a compreensão e a assimilação dos temas neles abordados.
A resolução dos Exercícios de Aprendizagem deve ser feita em Esse produto é destinado às escolas que, de acordo com as
sala de aula à medida que a matéria for exposta. Os Exercícios novas regulamentações, podem ser classificadas como escolas
Propostos aparecem após os de Aprendizagem e podem ser bilíngues ou que possuem uma carga horária estendida.
dos tipos múltipla escolha ou abertos, procedendo, em sua
maioria, de exames de vestibulares de várias regiões do Brasil. Em 2023, as novidades não param: fechamos o ciclo da
Esses exercícios exigem a aplicação de conceitos e de equações Coleção Eu no Mundo – Projeto de Vida! Nossa preocupação
em situações mais complexas que aquelas apresentadas nos com a formação integral dos estudantes se concretiza com a
Exercícios de Aprendizagem. De acordo com a disponibilidade
entrega das soluções para a 3ª série do Ensino Médio.
de tempo, alguns deles devem ser desenvolvidos em sala de
aula após a conclusão da matéria. Os exercícios da Seção Enem Com o olhar atento à necessidade de tornar o aprendizado
finalizam a sequência de atividades dos módulos e têm por sempre mais dinâmico e significativo, os materiais da 1ª e
objetivo preparar o aluno para a prova do Enem. Os exercícios
da 2ª série também apresentam atualizações importantes.
dessa seção devem ser resolvidos em sala de aula após a
Geografia teve sua base de dados atualizada. Além disso,
matéria do módulo ter sido exposta. Professor(a), incentive
seus alunos a fazerem uma leitura do texto, ressaltando sua seções de diferentes componentes curriculares também
importância e mostrando-lhes que essa etapa do aprendizado sofreram atualizações, assim como as seções “Exercícios de
deve anteceder à resolução dos Exercícios Propostos. aprendizagem” e “Exercícios propostos”. A seção “Se liga no
Diante disso, queremos expressar a nossa satisfação em ter Enem” também passou por melhorias, recebendo questões das
escrito a Coleção. A nossa principal meta foi preparar um livro últimas três aplicações do Enem oficial.
que possa, de alguma forma, auxiliá-lo no ensino de Física nas
turmas do 3º ano do Ensino Médio e nos cursos preparatórios A Língua Inglesa da 1ª série também merece destaque, uma
para os exames de vestibular. Esperamos que esse trabalho vez que parte da seção “Exercícios propostos” foi reformulada
corresponda às suas expectativas e possa contribuir para o e foram também incrementadas questões da seção “Se liga no
enriquecimento de suas aulas. Enem” e questões interdisciplinares para o aprimoramento da
Os autores interpretação de textos em língua inglesa.
conteúdo aborda os principais eixos de atuação da bioética: a nossa logística passa a contar com mais um novo Centro de
medicina, modelos éticos de pesquisas científicas e interação Comercialização e Distribuição, agora no Distrito Federal, em
4 Coleção 4V
QR Codes MATRIZ DE
REFERÊNCIA ENEM
Por meio do aplicativo, utilize os QR Codes para acessar
FÍSICA
games, animações, simuladores e objetos em realidade
aumentada. Basta utilizar o leitor disponível no aplicativo para
baixar o conteúdo. Importante: Faça a leitura do QR Code Ciências da Natureza e suas
utilizando o leitor do aplicativo para que consiga o acesso. Tecnologias
Quero Saber Eixos cognitivos (comuns a todas as áreas de
conhecimento)
Utilizando o aplicativo, acesse conteúdos relacionados
a termos específicos distribuídos ao longo das coleções. I. Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta
Importante: Fotografe o termo por meio do aplicativo para da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens
que consiga acesso ao recurso. matemática, artística e científica e das línguas
espanhola e inglesa.
H2 – Associar a solução de problemas de comunicação, H14 – Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos
transporte, saúde ou outro com o correspondente organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa,
desenvolvimento científico e tecnológico. relações com o ambiente, sexualidade, entre outros.
H3 – Confrontar interpretações científicas com interpretações H15 – Interpretar modelos e experimentos para explicar
baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de
diferentes culturas. organização dos sistemas biológicos.
H4 – Avaliar propostas de intervenção no ambiente,
H16 – Compreender o papel da evolução na produção
considerando a qualidade da vida humana ou medidas
de padrões, nos processos biológicos ou na organização
de conservação, recuperação ou utilização sustentável da
taxonômica dos seres vivos.
biodiversidade.
Competência de área 5 – Entender métodos e procedimentos
Competência de área 2 – Identificar a presença e aplicar
próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes
contextos. H17 – Relacionar informações apresentadas em diferentes
formas de linguagem e representação usadas nas ciências
H5 – Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso
físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
cotidiano.
tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H6 – Relacionar informações para compreender manuais
H18 – Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas
de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas
tecnológicos de uso comum. de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às
finalidades a que se destinam.
H7 – Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios
para a comparação de materiais e produtos, tendo em H19 – Avaliar métodos, processos ou procedimentos das
vista a defesa do consumidor, a saúde do trabalhador ou a ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou
qualidade de vida. solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.
Competência de área 3 – Associar intervenções que resultam Competência de área 6 – Apropriar-se de conhecimentos
em degradação ou conservação ambiental a processos da Física para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou
produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico- planejar intervenções científico-tecnológicas.
-tecnológicos. H20 – Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de
H8 – Identificar etapas em processos de obtenção, partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais,
H21 – Utilizar leis físicas e / ou químicas para interpretar
energéticos ou matérias-primas, considerando processos
processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da
biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Termodinâmica e / ou do Eletromagnetismo.
H9 – Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos
H22 – Compreender fenômenos decorrentes da interação entre
ou do fluxo de energia para a vida, ou da ação de agentes ou
fenômenos que podem causar alterações nesses processos. a radiação e a matéria em suas manifestações em processos
naturais ou tecnológicos, ou em suas implicações biológicas,
H10 – Analisar perturbações ambientais, identificando fontes,
sociais, econômicas ou ambientais.
transporte e / ou destino dos poluentes ou prevendo efeitos
em sistemas naturais, produtivos ou sociais. H23 – Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação
de energia em ambientes específicos, considerando implicações
H11 – Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da
éticas, ambientais, sociais e / ou econômicas.
biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos
envolvidos em produtos biotecnológicos. Competência de área 7 – Apropriar-se de conhecimentos da
Química para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou
H12 – Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes
planejar intervenções científico-tecnológicas.
de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses
contraditórios. H24 – Utilizar códigos e nomenclaturas da Química para
caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas.
Competência de área 4 – Compreender interações entre
organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à H25 – Caracterizar materiais ou substâncias, identificando
saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais,
culturais e características individuais. econômicas ou ambientais de sua obtenção ou produção.
6 Coleção 4V
H26 – Avaliar implicações sociais, ambientais e / ou econômicas H28 – Associar características adaptativas dos organismos
na produção ou no consumo de recursos energéticos ou com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em
minerais, identificando transformações químicas ou de energia diferentes ambientes, em especial, em ambientes brasileiros.
envolvidas nesses processos.
H29 – Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam
H27 – Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente, seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde,
aplicando conhecimentos químicos e observando os riscos ou a produção de alimentos, matérias-primas ou produtos
os benefícios. industriais.
Competência de área 8 – Apropriar-se de conhecimentos da H30 – Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo,
Biologia para, em situações-problema, interpretar, avaliar ou identificando aquelas que visam à preservação e à implementação
planejar intervenções científico-tecnológicas. da saúde individual, coletiva ou do ambiente.
PLANEJAMENTO ANUAL
DISCIPLINA: FÍSICA SÉRIE: 3ª SEGMENTO: EM/PV
FÍSICA
FRENTE MÓDULO VOLUME CONTEÚDO
01 • Cinemática Escalar: MU e MUV
02 1 • Introdução à Cinemática Vetorial
03 • Lançamento de Projéteis
04 • Movimento Circular
05 2 • Leis de Newton – Fundamentos
06 • Leis de Newton – Aplicações
A
07 • Dinâmica do Movimento Circular
08 3 • Trabalho e Energia
09 • Hidrostática
10 • Gravitação Universal
11 4 • Equilíbrio de Corpos Extensos
12 • Impulso e Quantidade de Movimento
01 • Termometria e Dilatometria
02 1 • Propagação do Calor e Calorimetria
03 • Estudo dos Gases
04 • Leis da Termodinâmica
05 2 • Fundamentos da Óptica Geométrica
06 • Reflexão da Luz e Espelhos
B
07 • Refração da Luz e Lentes
08 3 • Instrumentos Ópticos e Olho Humano
09 • Introdução à Ondulatória e MHS
10 • Reflexão e Refração de Ondas
11 4 • Difração e Interferência de Ondas
12 • Som e Efeito Doppler
01 • Eletrização e Força Elétrica
02 1 • Campo Elétrico
03 • Potencial Elétrico
04 • Corrente Elétrica
05 2 • Resistores
06 • Medidas Elétricas e Força Eletromotriz
C
07 • Capacitores
08 3 • Campo Magnético
09 • Força Magnética
10 • Indução Eletromagnética
11 4 • Noções de Física Quântica
12 • Noções de Relatividade e de Física Nuclear
• Aula expositiva
A 02 • Introdução à Cinemática Vetorial
• Aplicação de exercícios
03 • Lançamento de Projéteis
• Resolução de exercícios
01 • Termometria e Dilatometria
• Aula prática
• Júri simulado
01 • Eletrização e Força Elétrica
• Discussão em grupos
C 02 • Campo Elétrico
• Filmes
03 • Potencial Elétrico
Para otimizar o uso do material, sugerimos a você, parte, apresentamos orientações e sugestões de caráter geral,
professor(a), uma composição de carga horária em que deverão aplicáveis em todos os módulos da Coleção. A segunda parte
ser observados alguns pontos enumerados a seguir. contempla ideias específicas para cada módulo do volume 1.
Uso anual
Orientações gerais
1. Considere que o ano letivo tenha, em média, trinta e
duas semanas letivas. Como a Coleção 4V possui quatro Na maioria dos exames de vestibular do Brasil, os programas
volumes, recomendamos dedicar oito semanas letivas das provas de Física abrangem os conteúdos das três séries
a cada volume. do Ensino Médio. Os cursos preparatórios para esses exames
dividem-se em três grupos básicos: os pré-vestibulares de
2. O conteúdo de Física está disposto em três frentes,
duração anual (i), os pré-vestibulares de duração semestral
cada uma com três módulos por volume.
(ii) e os cursos da 3ª série integrada do Ensino Médio (iii).
Para calcular o número médio de aulas por módulo, basta Os cursos (ii) e (iii) são particularmente desafiantes; o primeiro,
considerar a carga horária de oito semanas e dividi-la pelo pelo pouco tempo disponível para a preparação do estudante,
número de módulos. o outro, pelos problemas intrínsecos ao processo de ensino
Após a utilização dos quatro volumes da Coleção 4V, formal (avaliações, acompanhamento familiar constante, etc.)
recomendamos que seja realizada uma revisão em, pelo menos, e, também, porque todo o conteúdo da 3ª série representa
duas semanas letivas. uma novidade para o aluno. O curso (i) também é complexo.
8 Coleção 4V
Apesar do maior tempo disponível, a maioria dos alunos dos 1. As equações da Física dividem-se em três grupos.
cursos anuais de pré-vestibulares acha-se, pelo menos, em No primeiro, estão as equações que não podem ser
sua 2ª tentativa para a obtenção de uma vaga nos bancos demonstradas experimentalmente nem deduzidas
universitários. Existe, por isso, um fator psicológico que você, matematicamente, pois elas são simples definições. Por
professor(a), deve levar em conta. exemplo, a velocidade média de um carro em um percurso
é definida como a razão entre a distância percorrida pelo
O ensino de disciplinas dentro do contexto descrito
tempo gasto no trajeto (vm = d/∆t). Desde que o conceito
demanda capacidade, dedicação e organização de sua parte.
seja entendido, o aluno não terá nenhuma dificuldade
Consideramos que as seguintes orientações possam ser úteis
para assimilar a fórmula matemática decorrente.
para o desenvolvimento dos conteúdos de Física nesses cursos:
O segundo grupo de fórmulas contém equações obtidas
1. O aluno dos cursos preparatórios para o vestibular, a partir da experimentação, como é o caso das leis
mesmo aqueles que fazem a 3ª série integrada, trazem fundamentais da Física. Citamos, como exemplo,
conhecimentos prévios que precisam ser valorizados. a equação da Segunda Lei de Newton, na qual o módulo
Por exemplo, no ensino da Eletricidade, o domínio dos da força resultante sobre um corpo é igual ao produto de
conceitos de força e de energia são fundamentais. Ainda sua massa pela sua aceleração (R = m.a). No terceiro
que os módulos sobre as Leis de Newton e sobre energia grupo, as equações são deduzidas, matematicamente,
sejam abordados posteriormente, você, professor(a), a partir das equações do primeiro e do segundo grupos.
pode e deve usar o conteúdo desses módulos na Por exemplo, a partir da definição matemática de campo
construção dos conceitos da Eletricidade. elétrico (E = F/q) e da Lei de Coulomb (F = KQq/r2),
chegamos à expressão para calcular o campo elétrico
FÍSICA
2. O conhecimento prévio do aluno vai além daqueles gerado por uma carga pontual (E = KQ/r2).
conteúdos que ele viu, formalmente, em certo momento
de sua vida escolar. Antes de estudar a Eletricidade, 2. A análise dimensional de uma equação pode ser útil na
o aluno não sabe explicar por que a transmissão da sua assimilação. Por exemplo, a análise dimensional
energia elétrica é feita em corrente alternada (CA). da fórmula da velocidade média nos leva a concluir
Todavia, ele provavelmente já viu o símbolo CA nos que a unidade de velocidade é a razão entre uma
aparelhos em sua casa. A Física está por toda parte: unidade de distância e uma unidade de tempo
na natureza, em equipamentos que fazem parte do dia (km/h, por exemplo). Já que essa unidade nos é
a dia do aluno, etc. Não usar isso é um desperdício de bem familiar, estaremos de acordo com a expressão
informações. v = d/∆t, e nunca com v = d.∆t ou v = ∆t/d. As duas
últimas expressões nos levariam a unidades absurdas
3. O conhecimento recém-adquirido é essencial para a para a velocidade (km.h e h/km).
sequência do estudo. Por exemplo, uma vez que o
aluno tenha assimilado o conceito de aceleração média 3. Em geral, pelo menos duas das grandezas físicas de
(inclusive a fórmula a = ∆v/∆t), não faz sentido dar muita uma equação são impostas por agentes externos (uma
importância à fórmula para achar a velocidade final em pessoa, um meio de propagação, etc.). É importante
um Movimento Uniformemente Acelerado (v = vo + at). saber quem impõe o valor de uma grandeza. Por
Nesse caso, não há duas fórmulas distintas, mas exemplo, na equação da onda v = λf, a velocidade (v)
apenas uma com dois diferentes desdobramentos. Não da onda depende do meio de propagação, enquanto
valorizar o conhecimento recém-adquirido conduz o a frequência (f) da onda depende do oscilador que a
aluno a memorizar uma enormidade de conceitos e de produziu. O comprimento de onda (λ) depende das
expressões matemáticas, muitas vezes desnecessários. outras duas grandezas, adequando-se a elas para tornar
a equação verdadeira. Nesse sentido, a fórmula principal
4. A interdisciplinaridade e a contextualização são palavras
é λ = v/f, pois λ é a consequência, enquanto v e f são
antigas do vocabulário de vocês, professores dos Ensinos
as causas. Infelizmente, a maioria dos alunos prefere
Médio e Fundamental. Essas ideias implicam o encontro
memorizar a versão mais sonora, em detrimento de
das disciplinas e conduzem a uma compreensão mais
uma melhor compreensão física do problema.
ampla sobre os problemas do mundo. Durante anos,
muito se falou e pouco se fez para tornar isso uma 4. Toda equação possui um domínio de validade. Saber
realidade no ensino. Parece-nos, felizmente, que quando a fórmula pode ser usada é tão importante
o tempo para uma educação mais interligada está quanto conhecê-la. Por exemplo, a definição para a
próximo. Alguns exames de vestibular no país são velocidade média (vm = d/∆t) é válida para qualquer
engajados com essas diretrizes. Muitos cursos novos são movimento, já a equação de trabalho (W = F.∆x.cos q)
multidisciplinares. Um engenheiro ambientalista deve aplica-se apenas para um trabalho realizado por força
ter domínio sobre as disciplinas exatas (Matemática, de módulo constante.
Física e Química), mas deve, também, dominar os
5. Na Física, a maioria das fórmulas envolve produtos
conceitos de Biologia, antes uma matéria exclusiva
e quocientes entre as grandezas. Muitos alunos se
da área biomédica. Por tudo isso, é importante que
confundem quando fazem comparações entre duas
você, professor(a), tenha conhecimento do conteúdo
grandezas dessas equações. Um bom exemplo acontece
de outras áreas e saiba relacioná-lo com a Física.
com as equações P = RI2 e P = V2/R (P, V, I e R são,
A leitura de jornais, revistas e artigos enriquece seu
respectivamente, a potência, a tensão, a corrente
conhecimento, professor(a), nesse aspecto. Um artigo
e a resistência elétrica em um resistor). A primeira
sobre o biodiesel pode ser um texto interdisciplinar.
equação parece sugerir que o efeito Joule no resistor
Muitos alunos pensam que estudar Física é memorizar aumenta com a resistência, enquanto a outra equação
um enorme conjunto de expressões matemáticas. Você, parece indicar justamente o contrário. Cabe a você,
professor(a), deve ser um soldado combatente dessa ideia. professor(a), durante todo o curso, reforçar a ideia de
Nos próximos itens, destacamos alguns aspectos das equações que essas análises só fazem sentido quando a terceira
que podem lhe ajudar nessa árdua guerra. grandeza da equação é constante.
Cinemática Escalar: MU e MUV Cinemática são importantes, pois elas serão utilizadas
ao longo de todo o estudo da Física no Ensino Médio.
1. A busca de regularidades nos fenômenos naturais é Porém, o estudo delas somente se justifica se o
um dos principais pilares da Ciência Moderna, tendo aluno souber interpretar uma situação-problema e
o estudo dos movimentos um importante papel no conseguir identificar as equações que poderão ajudá-lo
entendimento do mundo ao nosso redor. O nascimento a solucionar uma questão. Saber as equações não
da Ciência está associado ao estudo dos movimentos é garantia para resolução das questões; por isso,
dos astros no céu e na superfície da Terra. é preciso contextualizá-las. Mostre que, para o estudo
2. As definições de velocidade média e velocidade dos movimentos livres na vertical, as equações são as
instantânea podem ser trabalhadas em sala de aula mesmas que as usadas em qualquer outro movimento
com pequenas simulações: um deslocamento entre uniformemente variado, já que o valor da aceleração,
duas posições, no qual a velocidade instantânea varia. devido à gravidade, permanece praticamente constante
Mede-se a distância percorrida por um aluno e marca-se na superfície da Terra.
o intervalo de tempo com o cronômetro (de um celular,
at2
por exemplo). 10. Deduza as equações d = v0t + e v = v0 + at a partir
2
da análise do gráfico velocidade versus tempo para o
3. Um sensor de velocidade utilizado em vias urbanas pode
Movimento Uniformemente Variado. Utilizando as duas
ser uma boa oportunidade para se discutir a diferença
equações anteriores, deduza a equação de Torricelli ou
entre esses dispositivos de fita eletromagnéticos,
proponha a dedução como desafio.
que necessitam de uma massa metálica para acionar
o sensor dos dispositivos conhecidos como “radar”. Veja 11. Analise com cuidado os gráficos velocidade versus
em http://cienciahoje.org.br/artigo/como-funcionam- tempo com inclinação positiva e negativa e o gráfico
os-radares-de-transito/ posição versus tempo, enfatizando a importância
de trabalharmos com intervalos de tempo pequenos
4. É muito importante chamar a atenção dos alunos
quando desejamos medir velocidades instantâneas.
para a questão da escolha do referencial e de
como isso pode alterar a abordagem do problema. 12. Explore a imagem de queda livre, da pena e da
É sempre possível imaginar um referencial de maçã, explicando o modo de sua produção (foto
observação para o qual um corpo estará em movimento estroboscópica) e as conclusões que dela resultam.
e outro para o qual esse corpo estará em repouso.
13. Sites úteis que contêm animações: http://www.
5. Ao apresentar o conceito de inclinação, mencione a aprendebrasil.com.br/Recursos/ConteudoMultimidia/
importância que essa propriedade tem para o estudo scorm/17_218/eins03.swf; http://newt.phys.unsw.edu.
dos gráficos, sejam eles associados a áreas como au/einsteinlight/
Economia, Geografia, etc.
10 Coleção 4V
Lançamento de Projéteis
1. Esse tópico do conteúdo tem como objetivos
FÍSICA
2. Uma interessante animação sobre lançamento
horizontal e oblíquo pode ser encontrada em: http:// A
phet.colorado.edu/sims/projectile-motion/projectile-
motion_en.html
e duas moedas, A e B, estando B sobre a mesa, próxima à sua significado de uma propriedade termométrica e, por
fim, apresente as escalas Celsius e Fahrenheit.
borda, encostada à régua, e A sobre a régua (fora da mesa).
2. Discorra sobre o significado do zero absoluto e
1. Fixe a régua com um dedo no ponto P, de modo que
apresente a escala Kelvin.
ela possa girar em torno desse ponto. Dê uma pancada
súbita na extremidade livre da régua, como mostra a 3. S u g e r i m o s q u e vo c ê a p r e s e n t e o o b j e t o d e
figura. Observe a trajetória das duas moedas e verifique aprendizagem “Escala termométrica”, disponível
se A cai verticalmente (queda livre) e se B, no mesmo na seção Bernoulli Play. Mostre aos alunos que a
instante, é arremessada horizontalmente para frente. definição das escalas de temperaturas é arbitrária.
apresentada no vídeo e estimule os alunos a pensarem condução, convecção e radiação. Cite exemplos de
no que aconteceria com a distância entre dois furos, instrumentos / fenômenos que reduzem / intensificam a
solicitando explicações para as hipóteses levantadas. transferência de calor, como a garrafa térmica, o coletor
solar, as brisas, etc. Para auxiliar a compreensão do
Por isso, professor(a), apresente também o exemplo conteúdo pelos alunos, sugerimos que seja apresentada
mostrado na figura a seguir. Se a peça for aquecida, a animação “Propagação de calor”, disponível na seção
o furo central e os 4 furos periféricos irão dilatar-se. Bernoulli Play. O objeto de aprendizagem permite a
Alguns alunos, erroneamente, acham que as bordas
visualização de situações nas quais ocorre transmissão
dos furos irão se aproximar. Como todas as partes da
de calor por condução, por convecção e por radiação, a
peça se dilatam, as linhas que ligam a borda do furo
partir da representação do comportamento da matéria
central às bordas dos outros furos também se dilatam.
a nível molecular. Ao utilizar o material, é interessante
Assim, depois do aquecimento, os furos se dilatam
estabelecer um paralelo entre o comportamento de
e as separações entre eles também. O mesmo será
materiais que são bons condutores de calor (por
verificado na placa com dois furos, mostrada ao final
condução) e os bons condutores de eletricidade (em
do vídeo. Para ilustrar, a dilatação da peça foi bastante
geral, metais). Essa relação se explica pelo fato de que
exagerada.
tanto a condução de calor quanto a de eletricidade têm
1 grande contribuição dos elétrons dos materiais.
1 3. Para alguns vestibulares, é necessário apresentar de
forma semiquantitativa as Leis de Fourier e de Stephan
4 3 4 3 para a condução e a radiação.
12 Coleção 4V
Estabeleça uma relação entre a capacidade térmica, conceito de ponto triplo, em que a matéria se apresenta
o calor específico e a dificuldade para se aquecer nos três estados físicos com valores de temperatura
(ou resfriar) um corpo. Por exemplo, quanto maior a e pressão específicos. Apresente também o conceito
capacidade térmica ou calor específico de um corpo (ou de ponto crítico, em que não é possível distinguir a
substância) mais difícil será aquecê-lo (ou resfriá-lo). fase líquida da fase gasosa. O objeto também explora
Isso é mostrado no vídeo quando duas porções detalhadamente o diagrama de fase da água, permitindo
diferentes de água são aquecidas. Aproveite o trecho esclarecer dúvidas que possam ter surgido durante
visual do vídeo que mostra a agitação das moléculas sua explanação sobre o conteúdo. Além disso, o vídeo
quando uma substância recebe calor e relembre os contribui com a explicação do comportamento anômalo
alunos de que a temperatura mede o grau de agitação da água ao permitir a visualização da organização de
das partículas de um corpo ou substância. suas moléculas em estruturas cíclicas hexagonais (no
6. Apresente a equação Q = mc∆T como uma extensão do estado sólido), bem como os espaços vazios gerados
conceito de calor específico, isto é, o calor específico por essa organização. Chame a atenção dos alunos
se refere à energia que deve ser fornecida a uma para o ponto em que a água sofre fusão. Durante o
massa unitária para que esta sofra uma variação de aquecimento, os espaços vazios deixam de existir,
temperatura também unitária. devido ao enfraquecimento das interações atrativas
entre as moléculas e que, por isso, na fase líquida,
7. Faça a seguinte experiência em sala para determinar o o volume ocupado pela água é menor.
FÍSICA
calor específico da água: use um ebulidor de potência
conhecida para aquecer 1 litro de água da temperatura 12. A água ferve a uma temperatura de aproximadamente
ambiente até o ponto de ebulição. Utilize, então, 120 °C em uma panela de pressão, dentro da qual a
a equação apresentada no item anterior para calcular pressão de vapor possui um valor próximo a 2 atm. Peça
o calor específico da água. O valor calculado não será aos alunos para medirem a massa da válvula da panela
exatamente igual a 1,0 cal/g°C, pois essa experiência de pressão de suas respectivas casas (uma balança
apresenta algumas fontes de erro importantes. Assim, de cozinha graduada em gramas serve para isso) e
aproveite para discuti-las durante essa aula. as áreas de seção de saída do vapor das respectivas
panelas de pressão. A razão entre o peso da válvula e
8. O site a seguir apresenta um bom artigo de um
essa área possui um valor próximo de 1 atm. Assim,
professor da UNESP, que ensina a construir um
essa pressão, adicionada à pressão atmosférica externa,
calorímetro caseiro. O artigo também descreve a
gera a pressão de 2 atm sobre o vapor.
clássica experiência para determinar o calor específico
de um metal quente (ou frio) imerso em água fria https://ipemsp.wordpress.com/2012/02/02/panela-de-
(ou quente) dentro do calorímetro. pressao-nao-precisa-ter-medo/
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/
view/6890/6349
MÓDULO – B 03
9. Defina calor latente e discuta os processos físicos de
mudança de fase. Reforce a ideia de que, em geral, Estudo dos Gases
o dispêndio de energia da mudança de fase é grande
1. Antes de abordar a equação de estado de um gás ideal
em comparação ao calor sensível.
e as leis específicas (transformação isobárica, etc.),
10. Realize a seguinte experiência em sala para determinar explique que, para que um gás seja considerado
o calor latente de ebulição da água: use o mesmo ideal, as moléculas que o compõem devem estar
procedimento da experiência descrita no item 7, mas, suficientemente distantes umas das outras, de
agora, assim que a água iniciar a fervura, marque forma que as forças de interação entre elas sejam
alguns minutos e, depois, meça a massa de água no desprezíveis. Para que isso ocorra, a temperatura
recipiente. A diferença entre esse valor e o valor da do gás deve ser muito maior que a temperatura do
massa inicial representa a massa vaporizada. Com ponto crítico, e a pressão deve ser muito menor que
os valores obtidos, é possível calcular o calor latente. a pressão do ponto crítico. Reforce a ideia de que um
O resultado não será exatamente igual a 540 cal/g, gás pode ser ideal numa condição e em outra não.
pois existem muitas fontes de erro nesse experimento. Por exemplo, o oxigênio atmosférico é um gás ideal,
Aproveite para discuti-las em sala. mas o oxigênio à alta pressão no interior de um balão
11. Apresente o diagrama de fases da água e discuta a pode não ser.
influência da pressão sobre as temperaturas de ebulição 2. Apresente a equação geral dos gases ideais. Com essa
e de fusão. Apresente também o vídeo “Mudança de expressão, calcule a massa de ar presente na sala de
estado físico”, disponível na seção Bernoulli Play. Esse aula. Para um volume de 100 m3, uma temperatura
objeto de aprendizagem possibilita a visualização dos
ambiente de 300 K e uma pressão atmosférica de
modelos que representam os estados físicos da matéria.
1 atm, a massa de ar é de, aproximadamente, 117 kg
A distribuição das partículas e seus movimentos
(a massa molar do ar é 29 g/mol).
característicos em cada estado físico, impossíveis de
serem visualizados a olho nu, faz desse vídeo um aliado 3. Introduza as leis das transformações isobárica,
à compreensão dos alunos e torna a aprendizagem isovolumétrica e isotérmica, reforçando as análises
mais dinâmica e prazerosa. Aproveite para introduzir o gráficas. O diagrama p x V é o mais importante.
14 Coleção 4V
Cinemática Escalar: MU e MUV Como as alternativas não estão em m/s, mas em km/h,
tem-se que:
v 100 3 m / s . 3, 6 v 360 3 km / h
Exercícios de Aprendizagem
Questão 01 – Letra E Questão 04 – Letra A
Comentário: De acordo com o texto da questão, o helicóptero
Comentário: A resolução desse exercício utiliza o conceito
possui uma velocidade de 100 km/h, no mesmo sentido do
de velocidade média, que é o quociente entre a distância total
carro e em relação ao chão. Contudo, para um observador
percorrida por um móvel em um intervalo de tempo e este situado no helicóptero, é como se o helicóptero se encontrasse
intervalo de tempo. O intervalo de tempo total (1,5 h = 1 h + 0,5 h) em repouso enquanto o carro se move com uma velocidade de
FÍSICA
é fornecido diretamente pelos dados do problema, porém a 20 km/h. Portanto, a velocidade do automóvel relativo ao chão
distância total percorrida deve ser calculada a partir desses dados. é de 100 + 20 = 120 km/h.
No primeiro trecho, o automóvel percorreu 60 km (60 km/h . 1 h)
e, no segundo trecho, 21 km (42 km/h . 0,5 h). Logo, a distância
Questão 05 – Letra E
total percorrida foi de 81 km. O valor da velocidade média, então, Comentário: Em um movimento uniformemente variado,
é necessário que a distância percorrida, entre intervalos de
será de (81 km/h)/1,5 h = 54 km/h = 15 m/s.
tempos iguais, aumente ou diminua proporcionalmente ao
3 000 m xB = D + vB . tB ⇒
30°
xB = D + 2v . tB
As motos se encontrarão quando elas passarem pela mesma
posição ao mesmo tempo, ou seja, xA = xB e tA = tB = t.
3v . t = D + 2v . t ⇒ v . t = D ⇒
t = D/v
Usando a altura que o avião está do chão e o ângulo formado
entre as posições inicial e final, pode-se encontrar a distância Questão 02 – Letra B
percorrida pelo avião. Assim, tem-se: Comentário: Primeiramente, vale lembrar que em um gráfico
d 3 d posição × tempo, a inclinação da reta indica a velocidade. Na
tg 30
3 000 3 3 000 alternativa A, incorreta, no instante t = 4 s, não há deslocamento e
d 1 000 3 m a partícula encontra-se em repouso (a reta está sem inclinação).
16 Coleção 4V
Essa força tem sentido oposto ao da gravidade, dessa forma, Questão 13 – Letra A
a força resultante diminui e, em consequência, o módulo Comentário: Em um gráfico de posição por tempo, a reta
da aceleração também diminui. A força de arrasto cresce tangente ao gráfico corresponde à velocidade da partícula.
até um ponto em que seu módulo se iguala ao da força da Portanto, no instante t = 3 s, a velocidade das duas partículas
gravidade, assim, a aceleração da gotícula passa a ser zero, será a mesma. No instante t = 4 s, a velocidade da partícula b
e o módulo da velocidade se torna constante. O gráfico que é zero, logo:
FÍSICA
at2
partícula é dada por x t x0 v0 t
. É possível fazer um
2
comparativo com a equação dada na questão: x(t) = 2t2 – 4t + 10. Questão 01 – Letra B
O termo independente, +10, representa o x0. O valor –4 é Eixo cognitivo: II
o coeficiente que acompanha a variável de 1º grau, ou seja, Competência de área: 5
representa o v0. E o valor +2 representa o coeficiente que
a Habilidade: 18
acompanha o termo de 2º grau, ou seja, o .
2 Comentário: O desenho a seguir mostra como as distâncias
Portanto, como todas as grandezas estão no SI, pode-se concluir entre as posições do VANT no movimento dos registros
que a posição inicial do corpo é x0 = 10 m, a velocidade inicial é fotográficos pode ser obtida.
v0 = –4 m/s e a aceleração do corpo é a = 4 m/s2. Logo, a P1 P2
primeira afirmativa é correta. 45º 45º
Para saber a velocidade do corpo após se deslocar 5,5 m, é
preciso utilizar a equação de Torricelli, já que não foi fornecido 1 000 m
o tempo.
v2 v02 2ad
60 m
MÓDULO – A 02
O deslocamento ∆S do atleta pode ser calculado pelo
Teorema de Pitágoras:
∆S 1 800
Introdução à Cinemática Vetorial v0 =
∆t
=
120
= 15 m/s
18 Coleção 4V
FÍSICA
x2 82 62
Questão 06 – Letra E x 100 10 m
Comentário: Um sexto de minuto equivale a 10 segundos.
Portanto, cada ciclista, chamados convenientemente de A e B,
percorre, respectivamente, 30 m e 40 m, como mostrado a 2m 2m
seguir:
3m 4m
d=
A v=
t = . 10 s 30
= m=
e dB v t = . 10 s 40 m
s s
6m
30 m Questão 03 – Letra B
Comentário: A distância percorrida por um objeto é dada pela
soma de todas as variações das posições em módulo ocupadas
So 40 m SB pelo objeto ao longo da trajetória descrita por ele, enquanto
que o deslocamento corresponde à variação da posição final
SA em relação à posição inicial ao longo de todo o movimento do
objeto. Nota-se que a distância depende da trajetória enquanto
d que o deslocamento só depende das posições final e inicial.
30 m Denomina-se por y 0 e y F, respectivamente, as posições
correspondentes ao primeiro andar do edifício e ao último andar.
A questão fala que os dois amigos partem do primeiro andar
So 40 m SB (y0), vão ao último andar (yF) e voltam ao primeiro andar (y0).
Percebe-se que os dois amigos tiveram o mesmo deslocamento
A distância d entre eles é calculada pelo Teorema de Pitágoras: que, por sinal, é nulo, uma vez que a posição inicial y0 menos
d 302 402 50 m a posição final, que também é y0, é igual a zero.
Questão 04 – Letra D
Exercícios Propostos Comentário: Houve um deslocamento horizontal de 24 m,
equivalente às oito faixas no gramado que separam as
Questão 01 – Letra C posições final e inicial, e um deslocamento vertical de 10 m.
Comentário: O melhor caminho é o que percorre a menor Assim, o módulo d do vetor deslocamento é dado por:
distância na água devido a sua alta resistência ao movimento. d 242 102 26 m.
AB 4 3 4 . 1, 7 6, 8 km 6 800 m
Seção Enem
Logo, BC = AC – AB = 5 200 m.
Considerando movimento uniforme no trecho relevante e sendo Questão 01 – Letra E
1 872 km/h = 520 m/s, tem-se que o tempo t pedido é tal que Eixo cognitivo: II
5 200 = 250t ⇒ t = 10 s.
Competência de área: 6
Habilidade: 20
Questão 09 – Letra C
Comentário: Para uma pessoa que está dentro do navio,
Comentário: Como em A o vetor velocidade aponta para
o binóculo se encontrava parado no alto do mastro e, ao cair
a direita e em E para a esquerda, o módulo de variação da
verticalmente, ele cairá dentro do navio ao lado do mastro. Para
velocidade é 1 – (–1) = 2 m/s; raciocínio análogo se aplica
um observador externo ao navio, em terra firme, por exemplo,
para B e F. Em C o vetor velocidade aponta para baixo e em G o binóculo possui a mesma velocidade horizontal que o navio.
para cima; assim o módulo da variação do vetor velocidade é Pelo princípio da independência dos movimentos, é possível
de 4 – (–3) = 7 m/s. Como a velocidade aponta em sentidos inferir que o binóculo, nessa situação, descreverá uma parábola
ortogonais, quando se compara A e G, o módulo, nesse caso, e cairá também dentro do navio ao lado do mastro.
20 Coleção 4V
FÍSICA
a alternativa correta é a A. Portanto, é possível encontrar a velocidade de lançamento
vertical da seguinte forma:
Seção Fuvest / Unicamp / Unesp vx = v.cos (37°)
24 = v . 0,08 = 30 m/s
vy = v.sen(37°)
vy = 30 . 0,6 = 18 m/s
v2 = v02 + 2ad
0 324 20d
Questão 01 – Letra C
20d 324
Comentário: O problema afirmou que no ponto I o atleta
324
possuía apenas velocidade horizontal. Dessa forma, podemos d 16, 2 m
20
considerar o movimento um lançamento horizontal. Ao entrar
em contato com o solo, o centro de massa do atleta fica a uma
distância de 1 metro do solo. Assim, a altura de queda será de Questão 03 – Letra A
0,8 m (pois o centro de massa no ponto I está a 1,8 m do solo). Comentário: Desprezando a força de resistência do ar, tem-se
Usando o movimento vertical para o cálculo do tempo de que depois que a bola sai do pé do atacante a única força que
queda, temos: atua sobre ela é a força gravitacional. Logo, a aceleração da
at2 gt2 2h bola corresponde à aceleração da gravidade, que possui direção
d h t
2 2 g vertical e sentido apontando para o centro da Terra. Portanto,
2 . 0, 8 16 o vetor que representa a aceleração da bola no ponto P está
t t t 0, 4 s
10 100 ilustrado na alternativa A.
Para encontrar o tempo que o projétil leva desde o instante Questão 04 – Letra E
em que é lançado até tocar o solo, é necessário analisar as Comentário: Inicialmente, é preciso determinar qual o intervalo
componentes verticais do movimento, que é acelerado. de tempo que o atleta fica no ar. Sua velocidade vertical inicial
pode ser determinada pela componente vertical da velocidade
dV = v0V.t + (1/2).g.t2
com que ele se lança no ar (vy = v0.sen θ ≅ 7,07 m/s).
Como o projétil é lançado horizontalmente, a componente da O intervalo de tempo gasto para que ele suba e atinja o ponto
velocidade inicial na vertical é nula e, portanto, a equação mais alto (vy = 0) pode ser determinado pelas equações do
anterior se torna: MRUV (v = v0 – at ⇒ 0 = 7,07 – 10t ⇒ t = 0,707 s). Logo,
gt2 2dv 2 . 20 o intervalo de tempo que ele fica no ar (subida e descida) será
dv t 2s
2 g 10 de 1,41 s.
Deve-se considerar agora o movimento na direção horizontal,
Substituindo o valor do tempo na equação inicial, tem-se:
que é feito com velocidade constante. Sabendo que o valor
dH = 15 . 2 = 30 m da componente horizontal da velocidade durante todo o
movimento é igual a vx = v0.cos θ ≅ 7,07 m/s e utilizando
II. Falsa. A partir da inclinação do gráfico de posição horizontal Aplicando esse tempo no movimento horizontal, tem-se:
x em função do tempo t, é possível determinar a velocidade d d g
v0 v0 V d
horizontal dos projéteis. Portanto, como a inclinação da reta 1 t 2.h 2.h
é maior que da reta 2, a velocidade horizontal do projétil 1 g
também é maior que a velocidade horizontal do projétil 1.
III. Falsa. Por meio do gráfico da posição vertical em função do Questão 06 – Letra B
tempo, é possível perceber que o projétil 1 volta à altura Comentário: A altura que o projétil atinge depende apenas
zero em, aproximadamente, 10 s enquanto o projétil 2 da componente vertical v0y da velocidade. Pela decomposição
retorna apenas no tempo 17 s, aproximadamente. vetorial, tem-se que v0y vale:
22 Coleção 4V
V0y = v . sen θ = 20 . sen 30° = 10 m/s portanto, o movimento na horizontal é com velocidade
Aplicando a equação de Torricelli, encontra-se a altura h em constante.
relação ao ponto de lançamento: dT = v . t = v0cos 60° . t = 10 . 0,5 . 1 = 5 m
v2y v20y 2gh De acordo com o enunciado da questão, a distância do ponto de
lançamento até o penhasco é de 4,5 m; logo, a distância AB é:
No ponto mais alto, a componente vertical da velocidade vy
AB = dT – 4,5 = 5 – 4,5 = 0,5 m
é nula. Assim:
2
v 10 2
h
= =0y
= 5, 0 m Questão 10 – Letra C
2g 2 . 10
Comentário: O tempo em que a bola ficou em movimento
Somando-se à altura inicial de 5,0 m em relação ao solo, pode ser encontrado por meio da seguinte equação:
o projétil atingirá 10 m em seu ponto mais alto. t = dH/vx = 4/8 = 0,5 s
Considerando que durante o movimento a bola ficou sujeita
Questão 07 – Letra C apenas à força gravitacional, tem-se que a altura na qual ela
Comentário: Para que a bola atinja o buraco, a distância foi atingida é:
horizontal que ela deve percorrer é 7 m, e sabe-se que o h = vy . t + (1/2) . g . t2 = 3 . 0,5 + (1/2) . 10 . (0,5)2 = 1,5 + 5 . 0,25 =
movimento da bola na horizontal possui velocidade constante. = 1,5 + 1,25 = 2,75 m
FÍSICA
Logo, a velocidade inicial da bola pode ser encontrada por meio
da seguinte equação:
Questão 11 – Letra B
dH = v0 . t ⇒
Comentário: O movimento da pedra na horizontal é livre de
v0 = dH/t = 7/t forças, portanto a distância na horizontal pode ser encontrada
Para encontrar o tempo, é preciso levar em conta o movimento por meio da seguinte equação:
variado na vertical. dH = v0H.t = v0.cos 37°.t = 10 . 0,8.t = 8.t
vV2 = v20V + 2 . g . dV = 0 + 2 . 10 . 19,6 = 392 ⇒ Para encontrar o tempo, é preciso levar em consideração o
vV = ¹392 ≅ 19,8 movimento da pedra na vertical. Deve-se observar que a
velocidade da pedra de 10 m/s é em relação ao balão. Logo,
vV = v0V + g . t = 0 + 10 . t = 10.t ⇒
a velocidade inicial da pedra na vertical é a velocidade do balão
t = vV/10 = 19,8/10 = 1,98 s mais a componente da velocidade de lançamento da pedra em
Logo, a velocidade de lançamento da bola é: relação ao balão na vertical.
v0 = 7/1,98 ≅ 3,5 m/s = 12,60 km/h v0V = 14 + 10.sen 37° = 14 + 10 . 0,6 = 14 + 6 = 20 m/s
Assim é possível calcular a altura máxima atingida pela pedra
Questão 08 – Letra A após sair do balão.
Comentário: Desprezando-se a altura do atleta e a força de vV² = v0V² – 2 . g . dV = 20² – 2 . 10 . dV = 400 – 20.dV = 0 ⇒
resistência do ar, tem-se que o movimento parabólico descrito
dV = 400/20 = 20 m
pelo dardo após ser arremessado pode ser analisado por meio
das seguintes equações: De acordo com o texto da questão, a pedra é lançada de uma
altura de 25 m, mas, conforme o cálculo anterior, ela ainda
y = v0V.t +(1/2).g.t (1)
2
10 m/s2, tem-se:
dH = 8 . (2 + 3) = 8 . 5 = 40 m
y = 2 . 10 . t – (1/2) . 10 . t2 = 20 . t – 5 . t2
Questão 12
Questão 09 – Letra A
Comentário:
Comentário: Para determinar a distância AB, primeiramente é
preciso calcular a distância total na horizontal percorrida pela A) De acordo com o texto da questão, a bola permaneceu 2 s
partícula. Se decompõe o movimento da partícula em horizontal acima do nível de 2,2 m; logo, o tempo que ela levou para
e vertical, verifica-se que ela só possui aceleração na vertical e, ir do nível 2,2 m até o ponto mais alto da trajetória foi 1 s.
v²
A
= v²
0A
– 2 .g . h = v²
0A
– 2 . 10 . 180 = v²
0A
– 3 600 = (80)² = 6 400 ⇒ Habilidade: 20
v²
0A
= 6 400 + 3 600 = 10 000 ⇒ Comentário: Aplica-se aqui um método semelhante ao utilizado
v0A = 100 m/s por Galileu para estudar a queda dos corpos sem a resistência do ar.
24 Coleção 4V
Questão 04 – Letra B
Seção Fuvest / Unicamp / Unesp Comentário: Atualmente vige um conceito microscópico
da temperatura, que é uma medida da energia cinética das
moléculas, sendo essa translacional, vibracional ou rotacional.
Assim, a temperatura pode ser interpretada como o grau de
FÍSICA
agitação térmica das moléculas.
Questão 05 – Letra E
MÓDULO – B 01 Comentário: Sabe-se que água, no estado líquido, ao nível do
mar, em condições normais e possui um faixa de temperatura
Termometria e Dilatometria que vai de 0 °C a 100 °C. Portanto, a alternativa C apresenta
uma temperatura fora da faixa permitida. Essa faixa de
temperatura pode ser encontrada nas escalas Kelvin por meio
Exercícios de Aprendizagem da seguinte equação:
TK = TC + 273,15
Questão 01 – Letra A
Faixa de temperatura na escala Kelvin:
Comentário: A correspondência nas escalas Celsius –
TK(1) = TC(1) + 273,15 ⇒ TK(1) = 0 + 273,15 = 273,15 K
Fahrenheit é dada por:
TK(2) = TC(2) + 273,15 ⇒ TK(2) = 100 + 273,15 = 373,15 K
TC T 32
F
5 9 A única alternativa que se encontra dentro dessa faixa é a E.
26 Coleção 4V
O texto da questão informa que a esfera e a barra são feitas de Competência de área: 5
um mesmo material, sofrem a mesma variação de temperatura Habilidade: 18
e que o comprimento inicial da barra é igual ao diâmetro inicial
Comentário: O corpo e o termômetro atingirão o equilíbrio
da esfera. Nesse caso, a dilatação linear do diâmetro da esfera
térmico após um intervalo de tempo em contato; assim, haverá
será igual à dilatação linear do comprimento da barra e, assim,
transferência de calor até que ambos atinjam uma mesma
a razão entre suas dilatações será igual a um.
temperatura.
Questão 09
Questão 02 – Letra D
Comentário: O módulo da variação entre as temperaturas
Eixo cognitivo: III
máxima e mínima da escala apresentada, na escala Celsius,
é dado por 4,5 – (–3,5) = 8,0 °C. Como a variação de 1 °C Competência de área: 5
FÍSICA
equivale a uma variação de 1 K, tal variação na escala Kelvin Habilidade: 17
será de 8 K.
Comentário: O ganho ilícito do dono do posto se deve ao
aumento de volume do álcool devido ao seu aquecimento.
Questão 10
O aumento diário desse volume é dado por:
Comentário: Sendo A0 a área de secção reta do orifício,
∆V = V0 γ ∆T = 20 . 103 litros/dia . 1 . 10−3 °C−1. (35 − 5) °C =
a área inicial do eixo é de 1,02A0. Deseja-se que as áreas finais
= 6 . 102 litros/dia
de ambas sejam iguais, para que a condição de encaixe seja
satisfeita. Assim, lançando-se mão de A = A0 . (1 + b∆T) e Embora o lucro obtido por litro de combustível comprado
sendo ∆T a variação procurada: pelo dono do posto seja a diferença entre o preço de revenda
A eixo A orifício (R$ 1,60) e o preço de aquisição (R$ 0,50), o ganho devido
1, 02A 0.{1 5.10 5.[( 20) 30]} A 0.(1 T.5.10 5 ) ao aumento do volume de álcool deve ser calculado com
1, 02(1 2, 5.10 3 ) 1 T.5.10 5
base apenas no valor de revenda, pois esse volume de álcool
3 5
1, 02 2, 55.10 1 T.5.10 não foi efetivamente comprado pelo dono do posto, mas
5
0, 02 0, 00255 T.5.10 advindo do simples aquecimento do combustível. Assim,
2 5
1, 745.10 T.5.10 o ganho semanal ilícito desse volume de álcool é dado por:
2
1, 745.10 1 745
T 349 , 0 °C Ganho = 6 . 102 litros/dia.R$ 1,60/litro.7 dias = R$ 6 720,00
5.10 5 5
Questão 03 – Letra C
Questão 11 – Letra B
Eixo cognitivo: III
Comentário: A primeira das figuras (fora de escala) a seguir
Competência de área: 5
mostra uma régua imersa em um ambiente a 20 °C, no qual
a leitura da régua é confiável (real). A outra figura mostra a Habilidade: 17
régua e uma barra (que representa a distância entre os dois Comentário: De acordo com o gráfico do exercício, uma massa
pontos citados no exercício), ambas imersas em um ambiente de 1 g de água ocupa um volume de 1,00015 cm3 a 0 °C e um
à temperatura T > 20 °C. Por isso, a régua está dilatada volume de 1,00002 cm3 a 4 °C. Portanto, ao ser aquecida de
(a dilatação ocorre em todas as direções).
0 °C a 4 °C, essa massa de água tem seu volume diminuído
LReal
de 0,00013 cm3. Esse valor é 0,013% do volume inicial a 0 °C,
20 °C conforme o seguinte cálculo:
Assim, as lacunas são preenchidas corretamente pelas palavras a Lei Zero da Termodinâmica. Essa transmissão se dá por
condução pela natureza dos corpos envolvidos.
da alternativa C.
II. Verdadeira. Ao sair da piscina, André levava em sua pele
Questão 02 – Letra C gotículas de água, que agora se submetem a uma pressão
Comentário: Como o meio externo está mais frio que o corpo de vapor máxima menor. Desse modo, algumas partículas
de água vão para o estado gasoso. Esse processo é
do surfista, o calor é cedido por ele para o meio, causando a
endotérmico, e o calor é retirado do corpo de André, que,
diminuição da sua temperatura. Para evitar esse processo,
portanto, sente frio.
são utilizadas roupas especiais para que o fluxo de calor seja
menor. Assim, a alternativa correta é a C.
Questão 06 – Letra B
Questão 03 – Letra C Comentário: Para que o processo de convecção aconteça,
é necessário que haja movimento do meio material no qual o
Comentário: A 1ª etapa do processo de liofilização consiste
calor está se propagando, por isso, esse processo só acontece
em resfriar o alimento, à pressão atmosférica, abaixo de
em líquidos e gases, ou seja, fluidos.
0 °C (resfriamento 2 mostrado no diagrama da questão).
Por isso, a água líquida no alimento é congelada. A 2ª etapa
é dividida em duas partes. Primeiro, a pressão é reduzida Exercícios Propostos
(despressurização D indicada no diagrama). Por fim, a água
sólida é aquecida, à baixa pressão, até o surgimento de vapor Questão 01 – Letra C
(aquecimento e sublimação). Comentário: Para saber a quantidade de calor necessária para
transformar o gelo a –2 °C em água a 10 °C, deve-se realizar
três processos: elevar a temperatura do gelo até o ponto de
fusão, fundir todo o gelo e elevar a temperatura da água até
2 Líquido
10 °C. Portanto, é preciso calcular a quantidade de calor para
cada processo e, após isso, somá-las.
Sólido D
massa, deve-se dividi-las pela unidade de massa. Logo,
a quantidade de calor para elevar o gelo ao ponto de fusão é:
mcgelo T
3 Q
Vapor m
Q 2, 1 . [0 (2)]
Q 2, 1 . 2 4, 2 kJ/kg
28 Coleção 4V
Questão 06 – Letra C
Questão 02 – Letra E
Comentário: Para minimizar os efeitos da perda de calor
Comentário: Como o gelo parou de derreter, o saldo da troca
corporal por irradiação, é necessário diminuir ao máximo a
de calor entre este e a água é nulo. Portanto, ambos estão
superfície de contato do corpo com o ambiente mais frio.
em equilíbrio térmico. Como o gelo está necessariamente a
FÍSICA
Ao dobrar o corpo sobre as pernas, a parte frontal e superior
0 °C, uma vez que o processo de mudança de estado não foi
do corpo ficará próxima das pernas e, assim, nessas partes não
completado, a água também estará aproximadamente a essa
haverá perda de calor, pois elas estão em equilíbrio térmico
temperatura.
entre si, só haverá perda de calor nas outras partes do corpo.
Questão 03 – Letra B
Questão 07 – Letra D
Comentário: Com base nas informações referentes à fase
Comentário: O calor cedido pelo leite quente (aquecido pela
inicial, e usando a equação Q = C∆T, pode-se calcular a
resistência elétrica) que atravessa a serpentina do trocador
capacidade térmica de cada líquido:
de calor é igual ao calor recebido pelo leite frio que passa pela
Líquido A: Q = CA(40 – 20) ⇒ CA = Q/20 caixa em que está a serpentina. As vazões do leite frio e do
Líquido B: Q = CB(80 – 20) ⇒ CB = Q/60 leite quente são iguais, uma vez que o líquido é praticamente
incompressível. Assim, o balanço de energia no trocador de
Agora, pode-se fazer o seguinte balanço de energia para
calor é:
calcular a temperatura de equilíbrio na fase final:
QR + QC = 0 ⇒ vazão.c.(T − 5) + vazão.c.(20 − 80) = 0
Calor cedido por B + calor recebido por A = 0
Cancelando as vazões e o calor específico dos dois escoamentos
Q
(T – 80) + Q (TE – 40) = 0 ⇒ TE = 50 °C e resolvendo a equação, obtém-se T = 65 °C, resultado
60 E 20
mostrado na alternativa D.
Esse resultado é mostrado na alternativa B.
De fato, TE = 50 °C é o valor adequado, pois ∆TA = 10 °C e Perceba que, quando a temperatura ambiente estiver alta ou
|∆TB|= 30 °C, de forma que 30 °C é o triplo de 10 °C e, além quando a umidade relativa do ar estiver baixa, a água presente
disso, 30 °C + 10 °C é igual a 40 °C. no algodão vai evaporar, retirando calor dos corpos ao seu redor.
Portanto, o termômetro 2 marcará uma temperatura mais baixa
Questão 04 – Letra B do que o termômetro 1.
Comentário: A partir da Lei de Fourier, tem-se:
Questão 09 – Letra C
kp . A . T
p lp p kp lg Comentário: Sendo c1 o calor específico do material que
.
g k g . A . T g lp kg compõe a amostra mais leve e m1 a sua massa, e denotando
lg por c2 e m2 esses valores para a amostra mais pesada, tem-se,
p 3, 8 8 considerando que a capacidade térmica é o produto entre a
. p 16 p 16 g
g 1 1, 9 g massa de certa amostra de material e o calor específico deste:
Assim, a massa da amostra mais leve é de 500 g. T2–T1. Portanto, a fórmula toma a seguinte forma:
KA(T2 T1 )
Questão 10 – Letra E L
Comentário: A massa extra de 100 g de gelo que surgiu na B) A temperatura em qualquer ponto da barra pode ser
mistura proveio da solidificação de 100 g de água líquida a determinada considerando que o fluxo de calor é constante
0 °C, que transferiu calor para a massa de 2 kg de gelo, que, por toda a barra; portanto, o fluxo de um lado de um ponto
inicialmente, estava a uma temperatura abaixo de 0 °C. Depois qualquer é igual ao fluxo do outro lado desse mesmo ponto.
de receber o calor, essa massa de gelo atingiu a temperatura Como foi escolhido um ponto que se posiciona a um terço da
de 0 °C do equilíbrio térmico. O calor cedido pela massa de barra cuja temperatura T se deseja encontrar, a igualdade
100 g de água ocorreu na forma de calor latente, pois houve será da seguinte forma:
mudança de fase (solidificação). Já o calor absorvido pela massa 1 2
30 Coleção 4V
FÍSICA
Q T Q T o material da bandeja. Na parte em contato com o ar, os dois
A A cubos de gelo devem trocar a mesma quantidade de energia,
t d1 d2 t d d
k1 k 2 2 2 antes de qualquer derretimento acontecer. Porém, na parte em
40 5 contato com a bandeja, o ganho de calor do cubo de gelo é
Q T Q T mais intenso na bandeja de alumínio, pois esse material possui
A A
t d d t 9d uma condutividade térmica maior que o plástico, fazendo com
80 10 80
que uma mesma quantidade de energia seja trocada em menos
Q T
8, 9A tempo, ou uma quantidade de energia maior seja trocada num
t d
mesmo intervalo de tempo.
Comparando os resultados, pode-se concluir que a
Questão 08 – Letra D
ordem da mais econômica para a menos econômica é
Eixo cognitivo: II
dada da seguinte forma:
Competência de área: 2
Alumínio, cobre-aço e ferro. Habilidade: 7
Comentário: Determinação da temperatura de equilíbrio (TE)
Questão 04 – Letra C ideal:
Eixo cognitivo: II ∆Qrecebido = –∆Qfornecido
TE – 10 = –2TE + 80
Questão 05 – Letra C 3TE = 90
Eixo cognitivo: II TE = 30 °C
50% desse valor corresponde a 8,75 kcal = 8 750 cal. Competência de área: 5
Habilidade: 17
Utilizando a equação geral da calorimetria, obtém-se:
Comentário: Sabe-se que um corpo negro é um bom
Q mcDT 8 750 350 . 1(T 20)
absorvedor e emissor de radiação. Assim, quando a lâmpada
8 750 permanecer acesa, a taxa de variação da temperatura da garrafa
T 20 T 45 °C
350 pintada de preto será maior do que na pintada de branco.
Eixo cognitivo: V
Questão 03 – Letra B
Competência de área: 1
Comentário: Pode-se comparar o estado do gás quando existe
Habilidade: 4
apenas parte da massa inicial de gás (estado 2) com o estado
Comentário: Considerando que haverá troca de energia (calor) em que toda a massa exerce pressão no recipiente (estado 1)
apenas entre a massa de água quente (m1) e a massa de água por meio da seguinte equação:
fria (m2), tem-se: p2 V2 p1V1
=
Q1 + Q2= 0 n2 T2 n1 T1
Q1= –Q2 Os volumes V1 e V2 serão cancelados porque a dilatação térmica
m1c . ∆t1 = –m2 . c ∆ t2 do recipiente não será considerada. Substituindo as pressões
m1 ∆t1 = –m2 ∆t2 e as temperaturas nessa equação, obtém-se:
32 Coleção 4V
FÍSICA
temperatura em julho, pode-se concluir que a energia interna
presente nesse mol de gás será maior. A massa total m de gás será o produto entre a massa molar
e o número de mols:
Questão 06 – Letra E Como o gás dentro e fora do cilindro possui mesma pressão e
temperatura, deduz-se que:
Comentário: Sendo o processo isotérmico, tem-se, pela
equação de Clapeyron, que o produto entre pressão e Vcilindro V 25 Ve
e Ve 35 L
nf ne 5 7
temperatura é constante. A pressão final pf sobre a bolha é a n0 n0
12 12
atmosférica, e a pressão inicial Pi pode ser calculada lançando-se
mão da equação de Stevin.
pf = pext + pgh Questão 11 – Letra E
pf = 105 + 103 . 5 . 10 = 1,5 . 105 Pa Comentário: Sendo n1 e n2 as quantidades de matéria dos
gases na mistura, esta ocupará volume 5 m3 e terá n1 + n2
piVi = pfVf
mols de matéria. Utilizando a equação de Clapeyron, sendo
1,5 . 105Vi = 105 . Vf R a constante universal dos gases ideais e T a temperatura
Vf = 1,5Vi relevante:
Comentário: Como o lado esquerdo das duas equações é varia de 1 atm a 0,2 atm, uma reta vertical. Já a transformação
do item B tem como estado inicial (V0; 0,2 atm) e estado final
dado pelo produto entre pressão e volume, pode-se igualá-las,
V
tendo assim: ( 0 , 0,8 atm); o deslocamento entre esses estados é feita por
4
N.K.T=n.R.T uma hipérbole, já que a transformação é isotérmica.
Questão 13 Habilidade: 8
34 Coleção 4V
Como a massa molar da água vale 18 g/mol (0,018 kg/mol), Então, o ar aprisionado internamente se expandiria e passaria
conclui-se que há a seguinte massa de água presente no ar: a exercer uma pressão menor debaixo da tampa, de forma que
m = nM = 1,5 . 103 . 0,018 = 27 kg não haveria mais um desequilíbrio exagerado entre as pressões
interna e externa.
Como a densidade da água (no estado líquido) vale 1 kg/L,
é possível, teoricamente, condensar 27 L de água desse
ambiente. Isso pode ser feito passando o ar por serpentinas de Seção Fuvest / Unicamp / Unesp
resfriamento que se acham a uma temperatura igual ou menor
do que a temperatura de condensação da água presente no ar
(ponto de orvalho). À medida que essa água é extraída, o ponto
de orvalho torna-se cada vez mais baixo. O mesmo ocorre com
a umidade do ar. Por isso, quando a umidade for muito baixa,
o processo de extração de água se tornará muito difícil e
oneroso. Na prática, não será viável extrair toda a água do
MÓDULO – C 01
ambiente.
Eletrização e Força Elétrica
FÍSICA
Questão 03 – Letra B
Eixo cognitivo: II
Exercícios de Aprendizagem
Competência de área: 6
Questão 01 – Letra B
Habilidade: 21
Comentário: Considerando o princípio de conservação de carga
Comentário: O ar aprisionado dentro do frasco acha-se à elétrica, a carga da esfera A ao entrar em contato e equilíbrio
pressão de 1 atm, pois o frasco foi fechado em uma cidade que eletrostático com a esfera B é de:
se encontra ao nível do mar. Essa pressão pode ser avaliada 2 10
QA 6 C
pela expressão p = nRT/V, em que n é a quantidade de ar 2
aprisionado em mols, R é a constante universal dos gases,
Ao interagir com a esfera C, sua carga final é de:
T é a temperatura absoluta, e V é o volume ocupado pelo ar. 6 12
QA 3 C
Durante a viagem, a pressão exercida pelo ar aprisionado varia 2
muito pouco, pois o volume e a massa desse ar não variam e a
sua temperatura, que pode mudar um pouco, exerce pequena Questão 02 – Letra D
influência sobre a pressão, pois é medida na escala Kelvin.
Comentário: A partir da figura a seguir, pode-se compreender
Ainda que na escala Celsius uma variação de temperatura
o problema:
possa ser significativa, na escala Kelvin, essa variação tem
A d B
uma importância muito menor. Por exemplo, se a temperatura Q –Q
do ar aprisionado mudar de 298 K (25 °C) para 288 K (15 °C),
haverá uma variação de apenas 10 K em 298 K, ou seja, uma
d d
variação de apenas 3,3% na temperatura absoluta (na escala
Celsius, essa variação seria de 40%). Como a pressão depende
diretamente da temperatura absoluta, conclui-se, nesse caso, Q
Q d C
que a pressão também sofre a pequena diminuição de 3,3%.
Durante a viagem, à medida que altitudes mais altas são
Sem a necessidade de fazer cálculo algum, pode-se argumentar
atingidas, a pressão atmosférica externa diminui de valor. Em
que as forças exercidas pelas cargas fixas positivas terão maior
Belo Horizonte, essa pressão vale 0,9 atm, ou seja, a pressão
módulo por estarem mais próximas que a carga negativa
externa é 10% menor do que a pressão interna (caso esta em B. Também sem a necessidade de se fazer cálculos,
continue valendo 1 atm). Mesmo que a pressão interna sofra é possível inferir que a direção BD será a direção preferencial
uma pequena redução devido à diminuição da temperatura, do deslocamento, já que as forças de repulsão são iguais e
a tendência é que a pressão interna seja maior do que perpendiculares e a força atrativa de –Q também age nessa
a pressão externa. É por isso que a tampa do frasco se mesma direção.
abre, fazendo com que o xampu derrame dentro da mala.
Por meio da Lei de Coulomb, pode-se deduzir que a força que
Uma maneira prática de evitar isso seria comprimir um KQ2
faria a carga se aproximar do vértice B equivale a F ,
pouco o frasco, antes de ele ser fechado na cidade praiana. 2d2
Assim, as paredes do frasco ficariam encurvadas para já a força repulsiva, que faz a carga se afastar do vértice B,
dentro do recipiente, de modo que elas voltariam à kQ2 2
tem módulo F . Portanto, a carga se afasta de –Q.
posição normal quando altitudes maiores fossem atingidas. d2
cargas, ao se dobrar a distância, a força elétrica é dividida por eletrização, como o Princípio da Conservação das Cargas
quatro, ou seja, tem valor quatro vezes menor que o inicial. Elétricas. Analisando cada afirmativa, tem-se:
Após o contato, como as esferas são idênticas, ambas adquirem III. Falsa. Na eletrização por contato, os corpos adquirem carga
cargas iguais: do mesmo sinal da soma algébrica das cargas de ambos.
Assim, o corpo neutro fica com carga de mesmo sinal da
2Q 6Q 8Q
Q' 4Q carga do corpo eletrizado.
2 2
36 Coleção 4V
kQ1Q2
3
9 . 109 . 2 . 10 . 3 . 103
Questão 09 – Letra D
F F
d2 3
2 . 10 . 2 . 103 Comentário: A figura a seguir esquematiza a situação proposta
3
F 13, 5 . 10 N ou 13, 5 kN pelo enunciado.
FÍSICA
2 2
Pela figura, percebe-se que as cargas Q e q devem ter sinais
Dessa forma, calcula-se o valor de uma nova força F’: opostos. Como as cargas em A e C têm mesmo módulo,
3Q 3Q a resultante entre FAB e FBC fará 45° com a horizontal e terá
K
F' 2 2 módulo FAB¹2. Assim, FDB deverá ter esse mesmo módulo:
2
d
KQ2 kqQ 2 Q
9KQ2 2 2
F' 22 2 q
4d2
Questão 10 – Letra B
A partir dos dois módulos de força estabelecidos, é possível
fazer uma comparação entre as forças F e F’. Nota-se que, Comentário: Como a situação descrita está em equilíbrio, é
multiplicando o valor de F por 9 e dividindo por 8, encontra-se possível deduzir que, como o ângulo de abertura do fio é de 45°,
exatamente o valor de F’. Logo, pode-se concluir que: as componentes de sua força verticais (no caso apenas o peso)
k.4q.q k.q.q 4 1 alternativa A, por apontar para a esquerda e para cima e por
2
x2 (d x)2 x (d x)2 ter a componente horizontal com módulo 4 vezes maior que a
2 1 2d componente vertical, é o que melhor representa a resultante
2d 2x x x
x dx 3 sobre QA.
Comentário: Como as distâncias entre as cargas de módulo depende do inverso do quadrado da distância entre as
Q e q são iguais, o módulo F das duas forças elétricas atuantes cargas. Assim, quando a distância entre dois átomos dobra,
kqQ a força de repulsão fica 4 vezes menor.
sobre a carga q será igual, valendo F = 2 . Sem perda de
R
E) Correta. A força de atração entre íons de carga oposta de
generalidade, supondo que q > 0, tem-se a seguinte situação:
um sal é, aproximadamente, 80 vezes menor na água do
KQq
FQ que no vácuo.
R2
KQq
FQ
R2 Questão 03 – Letra D
F– Eixo cognitivo: II
FY–
Competência de área: 6
Fx+ FR Habilidade: 21
q = q
30º Fx – Comentário: O módulo de força elétrica entre as esferas pode
ser calculado pela Lei de Coulomb. Tal força é diretamente
FY+ F+ proporcional à constante K presente na equação de referida lei.
Como tal constante é inversamente proporcional à constante
Como ambas as forças atuam com um ângulo de 30°, pode-se dielétrica do meio, a força elétrica entre as esferas, quando
ver pela imagem que as componentes verticais das forças se mergulhadas no óleo, ficará cinco vezes menor que a força
anulam e as componentes horizontais, que possuem mesmo
elétrica presente entre elas no ar. Como o peso das esferas
valor, se somam, portanto, tem-se que:
continua o mesmo e o empuxo foi desprezado, o ângulo entre
KQq
FR 2. .cos 30 os fios vai diminuir.
R2
KQq
FR 3 2
R Seção Fuvest / Unicamp / Unesp
Força resultante que está de acordo com a alternativa B.
Seção Enem
Questão 01 – Letra A
Eixo cognitivo: III
Competência de área: 6
MÓDULO – C 02
Habilidade: 21 Campo Elétrico
Comentário: Uma vez que o objeto eletrizado não toca a esfera
do eletroscópio, as cargas não podem ser transferidas entre
os objetos. À medida que o corpo se aproxima do aparelho, Exercícios de Aprendizagem
os elétrons que estão nas folhas vão migrando para a esfera,
o que faz diminuir a abertura daquelas. As cargas positivas Questão 01 – Letra C
(prótons) não podem se deslocar pelo eletroscópio. Comentário: A imagem a seguir ilustra a posição das placas
em relação ao solo, assim como suas respectivas cargas.
Questão 02 – Letra E + + + + + + + + + + + + + + +
Eixo cognitivo: II
Competência de área: 6
Habilidade: 21
Comentário: A questão aborda fundamentos de força elétrica,
em paralelo com a força gravitacional.
A) Incorreta. A força gravitacional entre as cargas pode ser
Para que a bolinha de isopor flutue, é necessário que a força
maior que a força elétrica, dependendo da relação carga /
resultante na bolinha seja nula. Nesse caso, a força elétrica deve
massa dos corpos envolvidos e da distância entre eles.
ter o mesmo módulo da força peso, porém em sentido oposto.
B) Incorreta. A força elétrica entre corpos com cargas de sinais
Como a placa que está no fundo está carregada negativamente,
opostos é atrativa, caso do elétron e do próton.
a carga da bolinha tem que ser negativa para que o sentido da
C) Incorreta. Como a distância entre as cargas é muito
força que atue na bolinha seja vertical para cima.
pequena (ordem de ângstrons), a força elétrica não pode
ser muito pequena, já que esta depende do inverso do Para descobrir a carga necessária que o isopor flutue, deve-se
quadrado da distância. igualar a força elétrica Fe à força peso P.
38 Coleção 4V
m. g
q E1
E E2
0, 5 . 103 . 10 M
q
2
5 . 103
q 2, 5 . 103
2 q1 q2
FÍSICA
ma campos elétricos gerados por cargas elétricas puntiformes.
q (I)
E A carga de prova ficará em equilíbrio em pontos nos
quais o vetor campo elétrico for nulo. Nos pontos Q e R,
Como o movimento vertical possui uma aceleração constante,
os vetores campo elétrico gerados por ambas as cargas
tem-se que:
terão mesma direção e mesmo sentido, e, por isso,
at2 at2
d v0 t d 0.t não se anularão. Nos pontos P e S, os vetores campo
2 2
2d elétrico gerados por ambas as cargas terão mesma direção e
a (II)
t2 sentidos opostos. Porém, apenas no ponto S, eles poderão ter
módulos iguais, já que o maior módulo da carga da esfera I
Substituindo a equação (II) em (I), tem-se:
em relação à carga da esfera II tem de ser compensado com
2dm uma maior distância até o ponto onde a carga de prova estará
q=
Et2
posicionada.
Como o campo elétrico e o tempo de colisão das partículas 1
e 2 no anteparo é o mesmo (na horizontal, tanto a velocidade Questão 06 – Letra C
das partículas (M.R.U) quanto a distância que elas estão do Comentário: A região abaixo da nuvem será induzida com
anteparo é a mesma, assim o tempo de chegada ao anteparo carga oposta àquela que se encontra na parte de baixo da
também será o mesmo), tem-se que: nuvem. A única ilustração coerente com tal fato está na
m1 . 2 . 2 alternativa C.
2
q1 E. t 4m1 q 2m1
1
q2 m2 . 2 . 1 2m2
2
q2 m2 Exercícios Propostos
E. t
Questão 01 – Letra C
Questão 03 – Letra A Comentário: Como o elétron de carga negativa se move para C
ao passar pelas placas, o campo elétrico se dirige de C para D,
Comentário: O módulo do campo gerado por uma esfera
já que se uma carga negativa está sob a ação de um campo
condutora, eletrizada com uma carga Q, e em equilíbrio
elétrico, a força elétrica aponta no sentido contrário às linhas
eletrostático, tem as seguintes características:
de campo.
Em qualquer ponto do interior da esfera vale zero; em qualquer
ponto da superfície externa depende do raio (R) e para pontos Questão 02 – Letra B
fora do condutor varia com o inverso do quadrado da distância. Comentário: Por simetria, como todas as cargas têm
mesmo módulo e sinal, o campo elétrico nos pontos P e Q
Assim, tem-se EA < EC < EB.
é claramente nulo. No ponto S, os campos gerados pelas
cargas negativas terão mesmo módulo e sentidos opostos,
Questão 04 – Letra C
assim como os campos gerados pelas cargas positivas;
Comentário: Construindo os segmentos que ligam as cargas logo, no ponto S, o campo elétrico resultante é nulo.
a M, percebe-se que o vetor E está entre as retas suporte de No ponto R, o campo elétrico resultante apontará para a direita,
tais segmentos. Assim, as cargas q1 e q2 são positivas. sendo não nulo.
ER
M Questão 07 – Letra A
Comentário: O campo elétrico é definido por:
(–) K0 . Q
E=
d2
EP
Dessa forma, para uma distância x da carga, tem-se:
K0 . Q
EA =
x2
40 Coleção 4V
4E
2E
y E
Simplificando, tem-se que a razão é dada por:
x ⇒
y EA
= 3E 2E
x EB
2E
FÍSICA
+ + + +
Q 4Q Q 4Q
Questão 08 – Letra B
2
Comentário: A questão trata do módulo do campo elétrico As distâncias das cargas ao centro são iguais a d .
2
em dependência da distância da carga fonte. Considerando a Os módulos dos campos são proporcionais à carga geradora.
distância d = 2 cm, E1 o módulo do campo no primeiro caso e Assim, tem-se campos de valores E, 2E, 3E e 4E, conforme
indicados na figura 1. Logo, eles resultam nos campos
E2 o módulo do campo no segundo caso:
mostrados na figura 2. O campo resultante será a diagonal do
KQ
E1 2 3, 6 . 104 quadrado formado pelos campos 2E (figura 2) ⇒
d 4 E2 9, 0 . 103 N / C
E2 KQ 4 2
4d2 1 1
ER 2 . 2E ER 2 . 2 . Q . ER 2 . Q
4 0
2 0d2
d
Questão 09 – Letra B 2
k.Q 1 Q 9
8 . 10 O campo do fio não é uniforme, pois a concentração de linhas
E 9 . 109 288, 0 N / C
d2 4..0 d2 (0, 5)2 é variável.
Tirando o MMC:
6k 0q2 2k 0q2 3k 0q2
UT
6a
7k 0q2
MÓDULO – C 03 UT
6a
Q = n . e ⇒ n = Q/e = 8 . 10–9/1,6 . 10–19 = 5 . 1010. não importando a trajetória percorrida, e o módulo da carga
elétrica:
Portanto, a massa total dos elétrons, em kg, que produzem
esse potencial é n . me = (5 . 10 ) . (9 . 10
10 –31
) = 4,5 . 10–20
. W = ∆V . q = (150 – 50) . 1 . 10–6 = 10–4 J
42 Coleção 4V
Questão 05 – Letra A k0 . Q
V=
R
Comentário: O potencial elétrico existente em determinado
V
Q= R
ponto do espaço é igual à soma algébrica dos potenciais gerados k0
pelas cargas que entornam tal ponto, ou seja, atribuindo-se Q = 105 . 0, 2
valores negativos para potenciais gerados por cargas negativas Q = 2 . 104 C
e positivos a potenciais gerados por cargas positivas.
Questão 03 – Letra D
Questão 06 – Letra A
Comentário: A partir da análise do gráfico, é possível perceber
Comentário: A seguir, a análise de cada alternativa separadamente.
que, a uma distância de 3 cm da carga elétrica, o potencial
A) Correta. O potencial elétrico V gerado pela carga Q a uma adquire um valor de 30 V. Portanto, tem-se que:
FÍSICA
Q 1010 C
à carga Q, porém o sentido (aproximando ou afastando)
depende dos sinais das cargas. O valor obtido também pode ser escrito como Q = 0,1 . 10–9 C,
da distância da carga Q.
Questão 04 – Letra A
D) Incorreta. A energia potencial elétrica é proporcional ao
Comentário: Sabendo que a diferença de potencial entre dois
potencial elétrico, que é inversamente proporcional a d,
pontos equivale à razão entre o trabalho e a carga, tem-se que:
e não a d2.
WAB
VA VB
q
Exercícios Propostos
Sabendo que o trabalho realizado sobre a carga de 1 µC equivale
Questão 01 – Letra B a 12 mJ, e que o potencial de um ponto qualquer a uma
Comentário: Para que a partícula, abandonada do repouso, KQ
distância r de uma carga geradora é dado por V = , tem-se:
passe pelo centro do anel, esta terá que sofrer uma força de r
V0 V1
Questão 02 – Letra A kQ0 kQ1
Comentário: O potencial elétrico dentro de um condutor em R0 R1
Q0 Q1
estado estacionário é constante; para uma esfera, tal potencial
R 0 R1
k 0.Q
vale V = . Q0 Q
R 1
R0 R0
Assim, observando o gráfico, como a região onde V é constante 4
é d < 0,20 m, sabe-se que R = 0,20 m; logo, tem-se: Q0 4Q1
mv2 , v 2 9 . 109 Q
WAB EC qVAB 0 600
2 2 3
EC qVAB 1, 6 . 10 . VA VB
19
Q 200 . 109 C 200 nC
EC 1, 6 . 10 19
4
. 2, 0 . 10
15
EC 3, 2 . 10 J
Questão 10
Obs.: VBA = – VAB Comentário:
II. Correta. A variação da energia cinética do elétron é igual A) O trabalho W da força elétrica é dado por:
ao trabalho realizado pela força elétrica. Este, por sua vez, W q (VA VB )
depende apenas da carga do elétron e da d.d.p. entre dois
40 20 . 103 (100 VB )
pontos. Assim, a variação da energia cinética é a mesma
2 000 100 VB
nos dois casos.
VB 2 100 V
III. Falsa. A força elétrica é uma força conservativa. Seu
trabalho não depende da trajetória. Como dito no item II, B) A energia E pedida é dada por:
o trabalho depende apenas da carga de prova e da d.d.p. E q.VB
entre dois pontos que, no caso, é a mesma para as duas E 20 . 10 3 . 2, 1 . 103 42 J
trajetórias. Portanto, o trabalho da força elétrica é o mesmo
C) No campo elétrico uniforme:
nos dois casos.
VAB VB VA 2 100 100
VAB E.dAB
Questão 07 – Letra D
2 000 1 . 103.dAB
Comentário: Campo e força elétrica são grandezas vetoriais,
e, por isso, não faz sentido falar em força ou campo dAB 2 m
44 Coleção 4V
Q1 Q2
2Q1 Q2
5 10
Q1 Q2 3 C
Q1 1C
Q2 2Q1 2C
Seção Enem
Questão 01 – Letra D
Eixo cognitivo: II
Competência de área: 6
Habilidade: 21
FÍSICA
Comentário: O campo elétrico E, entre duas nuvens ou entre o solo e uma nuvem, pode ser considerado uniforme,
e a voltagem V entre esses elementos pode ser calculada por V = E.d, sendo d a distância entre os elementos.
No início do relâmpago, independentemente de esse ocorrer entre duas nuvens, de uma nuvem para o solo, ou do solo para uma
nuvem, o valor do campo elétrico é fixo (igual ao valor da rigidez dielétrica, de 3,0 . 106 N/C). Portanto, no início do relâmpago, V
é diretamente proporcional a d. Assim, nessa situação, a voltagem entre duas nuvens próximas é menor do que a voltagem entre
uma nuvem e o solo (ou entre o solo e uma nuvem), pois a distância entre as nuvens é menor do que a distância da nuvem ao solo.
Usando a fórmula anterior, é possível estimar a voltagem entre uma nuvem e o solo (altitude de 1 km), e vice-versa, no momento
inicial de um relâmpago:
Essa voltagem decresce à medida que o relâmpago tem continuidade, pois as cargas dos dois elementos participantes do
fenômeno diminuem.
Antes de o relâmpago ocorrer, há cargas, campo elétrico e d.d.p. não nulos entre os elementos. O relâmpago ainda não ocorreu
porque o campo elétrico ainda não atingiu o valor da rigidez dielétrica do ar.
Questão 02 – Letra D
Eixo cognitivo: III
Competência de área: 5
Habilidade: 17
Comentário: Pode-se calcular a potência elétrica gerada pelo sistema Terra / ionosfera por meio da expressão P = W/Dt, em que W
é o trabalho realizado pelo campo elétrico da Terra e Dt é o intervalo de tempo gasto na realização desse trabalho. Esse intervalo é o
tempo gasto no bombeamento da carga Q da atmosfera para a superfície da Terra. O trabalho W pode ser avaliado pela equação W =
Q.V = Q.(E.d), em que V e E são a voltagem e o campo elétrico entre a superfície da Terra e a ionosfera. O fator d é a distância entre a
superfície da Terra e a ionosfera. Na verdade, a equação V = E.d é válida para E constante. Porém, de acordo com o enunciado da questão,
o campo elétrico da Terra pode ser considerado constante, em uma primeira aproximação. Então, substituindo E por 100 V/m,
Q por 3,0 . 105 C, d por 50 km e Dt por 5 minutos (todos esses valores foram dados na questão), e fazendo as devidas adequações
nas unidades (a unidade de minutos deve ser convertida para segundos e a de quilômetros para metros), obtém-se:
Essa potência é bem alta, ela é 2,5 vezes maior que a potência elétrica total das usinas nucleares de Angra dos Reis, que totalizam
cerca de 2 000 MW.
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