Inicial
Inicial
Inicial
I- DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
[....]
Isto posto, vale ressaltar que o Autor sempre efetuou o pagamento dos seus
débitos com habitualidade, frente a empresa Requerida. Frise-se que as faturas do Autor
nunca ultrapassaram o valor de R$137,90(cento e trinta e sete reais e noventa
centavos), conforme resta evidenciado no histórico de consumo anexado no rosto dos
autos, vejamos:
Destarte, após tentar resolver por todos os meios possíveis, não restou ao
Autor outra alternativa, senão buscar amparo do poder Judiciário.
II- DO DIREITO
DA TUTELA DE URGÊNCIA
Nos termos do Art. 300 do CPC/15, "a tutela de urgência será concedida
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano
ou o risco ao resultado útil do processo."
"um risco que corre o processo principal de não ser útil ao interesse
demonstrado pela parte", em razão do "periculum in mora", risco esse
que deve ser objetivamente apurável, sendo que e a plausibilidade do
direito substancial consubstancia-se no direito "invocado por quem
pretenda segurança, ou seja, o "fumus boni iuris" (in Curso de Direito
Processual Civil, 2016. I. p. 366).
Por fim, cabe destacar que o presente pedido NÃO caracteriza conduta
irreversível, não conferindo nenhum dano ao réu.
Da simples leitura deste dispositivo legal, verifica-se, sem maior esforço, ter o
legislador conferido ao arbítrio do juiz, de forma subjetiva, a incumbência de, presentes o
requisito da verossimilhança das alegações ou quando o consumidor for hipossuficiente,
poder inverter o ônus da prova.
DO DANO MORAL
DO QUANTUM INDENIZATÓRIO
"Importa dizer que o juiz, ao valorar o dano moral, deve arbitrar uma
quantia que, de acordo com o seu prudente arbítrio, seja compatível
com a reprovabilidade da conduta ilícita, a intensidade e duração do
sofrimento experimentado pela vítima, a capacidade econômica do
causador do dano, as condições sociais do ofendido, e outras
circunstâncias mais que se fizerem presentes" (Programa de
responsabilidade civil. 6. ed., São Paulo: Malheiros, 2005. p. 116). No
mesmo sentido aponta a lição de Humberto Theodoro Júnior: [...] "os
parâmetros para a estimativa da indenização devem levar em conta os
recursos do ofensor e a situação econômico-social do ofendido, de modo
a não minimizar a sanção a tal ponto que nada represente para o agente,
e não exagerá-la, para que não se transforme em especulação e
enriquecimento injustificável para a vítima. O bom senso é a regra
máxima a observar por parte dos juízes" (Dano moral. 6. ed., São Paulo:
Editora Juarez de Oliveira, 2009. p. 61). Complementando tal
entendimento, Carlos Alberto Bittar, elucida que a indenização por
danos morais deve traduzir-se em montante que represente
advertência ao lesante e à sociedade de que se não se aceita o
comportamento assumido, ou o evento lesivo
advindo.Consubstancia-se, portanto, em importância compatível com o
vulto dos interesses em conflito, refletindo-se, de modo expresso, no
patrimônio do lesante, a fim de que sinta, efetivamente, a resposta da
ordem jurídica aos efeitos do resultado lesivo produzido. Deve, pois, ser
quantia economicamente significativa, em razão das potencialidades do
patrimônio do lesante"(Reparação Civil por Danos Morais, RT, 1993, p.
220). Tutela-se, assim, o direito violado. (TJSC, Recurso Inominado n.
0302581-94.2017.8.24.0091, da Capital - Eduardo Luz, rel. Des. Cláudio
Eduardo Regis de Figueiredo e Silva, Primeira Turma de Recursos -
Capital, j. 15-03-2018)
V- DAS PROVAS
Nestes termos,
Pede deferimento.
OAB/BA, n° 62.846.
OAB/BA, n° 62.290.