Douto Juizo de Direito Do Juizado Especial Cível Da Comarca de Goiânia-Go
Douto Juizo de Direito Do Juizado Especial Cível Da Comarca de Goiânia-Go
Douto Juizo de Direito Do Juizado Especial Cível Da Comarca de Goiânia-Go
DE GOIÂNIA-GO.
em face de OI S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita sob no CNPJ sob
o n.º 76.535.764/0001 -43, endereço eletrônico: OUVIDORIA@OI.NET.BR, com
sede estabelecida na Rua do Lavradio, número 71, 2º andar, Centro, Rio de
Janeiro -RJ, CEP: 20.230 -070, na pessoa de seu representante legal, pelos
fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor.
I - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA:
II - DA LIMINAR
Credor: OI S/A
Data de vencimento: 16/07/202018;
Tipo: Comprador;
VALOR = R$ 533,09;
Número do contrato: 0000001199012138
DATA DA INCLUSÃO: 27/09/2018;
IV - DO DIREITO
Com efeito, a ré, ao cobrar produtos não solicitados pela autora e nem
usufruídos pelo mesmo, praticou ato abusivo em desacordo com os princípios
informadores do Código de Defesa do Consumidor e de todo o ordenamento
jurídico.
"RECURSO INOMINADO. JUIZADO
ESPECIAL. DIREITO DO CONSUMIDOR.
NEGATIVAÇÃO INDEVIDA. Inexistência de
relação jurídica. INVERSÃO DO ÔNUS
PROBATÓRIO. A ACIONADA NÃO LOGROU
ÊXITO EM DEMONSTRAR FATO IMPEDITIVO,
MODIFICATIVO OU EXTINTIVO AO DIREITO
AUTORAL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA.
FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
EVIDENCIADA. APLICAÇÃO DO ART. 14 DO
CDC. DANOS MORAIS CONFIGURADOS.
QUANTUM INDENIZATÓRIO QUE
RESPEITOU OS PRINCÍPIOS DA
PROPORCIONALIDADE E DA
RAZOABILIDADE. SENTENÇA MANTIDA POR
SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS, EX VI DO
ART. 46, DA LEI 9.099/95. RECURSO
CONHECIDO E NÃO PROVIDO". (Número do
Processo: 80001999320178050091, Relator(a):
ANA CONCEICAO BARBUDA SANCHES
GUIMARAES FERREIRA, 6ª Turma Recursal,
Publicado em: 19/12/2018) (TJ-BA
80001999320178050091. Relator: ANA
CONCEICAO BARBUDA SANCHES
GUIMARAES FERREIRA, 6ª Turma Recursal,
Data de publicação: 19/12/2018) (grifei)
DIREITO CONSTITUCIONAL E DO
CONSUMIDOR. APELAÇÕES CÍVEIS EM
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MORAIS E MATERIAIS. INEXISTÊNCIA DE
CONTRATAÇÃO. FRAUDE COM A
UTILIZAÇÃO DO NOME DO AUTOR.
APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. INTELIGÊNCIA DO ART. 17
DO CDC. RESPONSABILIDADE CIVIL.
DANOS MORAIS. CONFIGURAÇÃO.
POSSIBILIDADE DE INDENIZAÇÃO.
INTELIGÊNCIA DO ART. 5º, x, DA cf/88 e do
art. 6º, vi, do cdc. RAZOABILIDADE DO
QUANTUM FIXADO NA SENTENÇA.
FIXAÇÃO EM QUANTITATIVO DE SALÁRIOS
MÍNIMOS. IMPOSSIBILIDADE. CONVERSÃO
PARA MOEDA CORRENTE. APELAÇÕES
CONHECIDAS E IMPROVIDAS. SENTENÇA
MANTIDA. 1. No caso em tela, não há dúvidas
acerca da aplicação do Código de Defesa do
Consumidor, pois, consoante já afirmou o
magistrado de piso, muito embora o
autor/apelante/apelado não seja consumidor
direito da empresa ré/apelante/apelada, restou
confirmado nos autos por ambas as partes que
os contratos supostamente firmados entre elas
se tratavam na verdade de fraude, de modo o
autor da ação é considerado consumidor por
equiparação, conforme extrai do que consta no
art. 17 do CDC.
2. No que diz respeito à questão do dano moral,
que foi concedido ao apelado pelo magistrado
de primeiro grau em sede de sentença, a
Constituição Federal vigente, em seu artigo 5º,
X, determina ser possível a indenização por
dano moral em decorrência de ofensa à
honra. Outrossim, o Código de Defesa do
Consumidor, aplicável ao caso, prevê como
direito básico do consumidor à reparação
pelos danos morais sofridos, nos termos de
seu art. 6º, VI. 3. Não obstante, para que seja
concedida reparação indenizatória em
decorrência de danos morais sofridos,
devem ser preenchidos determinados
pressupostos ensejadores da
responsabilidade civil, quais sejam, a
existência de uma conduta realizada
independentemente de culpa (haja vista
tratar-se de relação de consumo, em que a
responsabilidade do fornecedor é objetiva),
de nexo de causalidade entre tal
comportamento e de dano ou prejuízo
sofrido pelo consumidor ofendido. 4. Tendo
em vista a situação apresentada no caso em
tela, constata-se que a ré efetivamente praticou
conduta que ocasionou o dano moral sofrido
pelo autor, vez que procedeu com denúncia que
acarretou a instauração de inquérito policial para
a averiguação da existência da autoria e
materialidade de fatos delitivos (estelionato e
falsidade ideológica) a ele imputados em
decorrência de fraude da qual foi vítima, o que
lhe ocasionou transtorno e abalo além do que
poderia ser considerado como mero
aborrecimento, situação agravada ainda mais
em virtude dos problemas de saúde que lhe
acometem. 5. A reparação indenizatória por
dano moral deve ser fixada tendo em vista o
princípio da razoabilidade, consoante o grau
de culpa do ofensor, a amplitude do dano
experimentado pelo ofendido e a finalidade
compensatória, vez que o valor arbitrado
(prudentemente) deve ser suficiente a
reparar o dano e a coibir a reincidência da
conduta, de maneira que não pode ensejar
enriquecimento sem causa do ofendido, nem
ser excessivamente diminuto. 6. Assim,
incabível se mostra o pleito recursal do Sr.
Caetano Mendes Vasconcelos para que seja
elevado o montante indenizatório fixado na
sentença para a quantia de R$ 200.000,00
(duzentos mil reais), na medida em que o valor
buscado se afigura desproporcional.
6. Com efeito, tomando por base os critérios
acima mencionados, mostra-se razoável o valor
da indenização por danos morais fixada em
sede de sentença a ser paga pela Brasil
Telecom ao Sr. Caetano Mendes Vasconcelos,
qual seja, o de 20 (vinte) salários mínimos, que,
entretanto, deve ser convertido em moeda
corrente, vez que não se mostra possível a
fixação de indenização em salários mínimos.
7. Logo, convertendo-se o quantum
indenizatório para moeda corrente, o mesmo
equivale a R$ 10.900,00 (dez mil e novecentos
reais), haja vista o valor do salário mínimo
vigente à época da prolação da sentença, em
conformidade com a Lei 12.382/2011, com
correção monetária a ser realizada desde o
arbitramento desta indenização e juros de mora
a serem contados desde a prática do ato lesivo.
8. Apelações conhecidas e improvidas.
Sentença mantida. ACÓRDÃO: Vistos,
relatados e discutidos estes autos, acorda a 6ª
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado
do Ceará, por UNANIMIDADE, em conhecer e
negar provimento aos recursos de apelação,
tudo nos termos do voto da Relatora. Presidente
do Órgão Julgador Relatora PROCURADOR (A)
DE JUSTIÇA (TJCE – APL:
00758028620058060001 CE 0075802-
86.2005.8.06.0001, Relator: MARIA VILAUBA
FAUSTO LOPES, 6ª Câmara Cível, Data de
Publicação: 29/07/2015). (GRIFEI)
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano
a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Por tudo exposto, serve a presente Ação, para requerer a V. Exa., se digne:
Nestes termos,
Pede Deferimento.
_____________________________ ____________________________
PEDRO FELIX G. D. FIGUEIREDO VICTOR JOSÉ DA SILVA
OAB/GO 58.652 OAB/GO 65.296