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Lição 01 - A Igreja Diante Do Espírito Da Babilônia

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Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco

Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais


Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50040-000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543
LIÇÃO 01 – A IGREJA DIANTE DO ESPÍRITO DA BABILÔNIA – 3º TRIMESTRE 2023
(Ap 17.1-6)
INTRODUÇÃO
Neste terceiro trimestre do ano, estudaremos sobre: “A Igreja de Cristo e o Império do Mal: Como viver neste mundo
Dominado Pelo Espírito da Babilônia”. Serão treze lições que tratam sobre os desafios da Igreja nos dias atuais. E, nesta primeira
lição, estudaremos sobre A igreja Diante do Espírito da Babilônia. Nesta aula introdutória, traremos as definições dos principais
termos descritos no tema da lição; explicaremos o significado do texto da leitura bíblica em classe; e, finalmente, explicaremos
qual deve ser a nossa atitude diante dos desafios impostos pelo espírito da Babilônia.

I – DEFINIÇÕES E EXPLICAÇÃO DO TEMA

1.1 O que é a Igreja. “A palavra grega no Novo Testamento para igreja é ‘ekklesia’, que significa ‘uma assembléia de chamados
para fora’. O termo aplica-se a: 1) Todo o corpo de cristãos em uma cidade (At 11.22; 13.1); 2) Uma congregação (1Co 14.19,35;
Rm 16.5); 3) Todo o corpo de crentes na terra (Ef 5.32). A Igreja, portanto, é uma reunião de pessoas chamadas do mundo, as
quais professam e provam submissão ao Senhor Jesus Crsito” (PEARLMAN, 2006, pp. 342,343). No contexto desta lição, o termo
“Igreja” aplica-se ao corpo de Cristo (Cl 1.24), ou seja, a reunião de todos os salvos espalhados pelo mundo (Ef 1.22; 3.10,21;
5.23-32; Fp 3.6; Cl 1.18; 1Tm 3.5; 3.15; Hb 12.23).

1.2 O que é a Babilônia. “A Babilônia foi uma importante cidade-estado situada na região da Mesopotâmia. Historicamente,
surgiu por volta do século XIX a.C., sendo considerada como o berço da civilização nas áreas políticas e culturais, sociais e
econômicas [...]. A Bíblia menciona a Babilônia cerca de 200 vezes. Essas menções, na maioria das vezes, referem-se a “antiga
cidade-estado situada em ambas as margens do rio Eufrates na terra de Sinar, distante cerca de 1.500 quilômetros de Jerusalém,
fundada pelos descendentes de Cuxe e do seu filho, Ninrode (Gn 10.8-10). A Bíblia também identifica esse local como a Terra de
Sinar (Gn 10.10; Gn 11.2; Is 11.11) e também como a Terra dos Caldeus (Jr 24.5; Jr 25.12; Ez 12.13)” (BAPTISTA, 2023, p. 10).
O termo “Babilônia” mencionado nesta lição, não se refere a antiga cidade que foi o berço da civilização, nem ao grande império
babilônico, onde os judeus foram levados cativos, mas, ao simbolismo que ele representa, como veremos a seguir.

1.3 O que vem a ser o “espírito” da Babilônia. O termo “espírito da Babilônia” diz respeito a todo tipo de crenças e de práticas
que vão de encontro aos princípios estabelecidos na Palavra de Deus, ou seja, perversões, imoralidades, idolatrias, ocultismos,
ideologias e heresias. Ou seja, o “espírito da Babilônia”, encabeçado pelo Diabo (Ef 6.11; Tg 4.7; 1Pd 5.8), que é descrito na Bíblia
como o “deus deste século” (2Co 4.4), “príncipe deste mundo (Jo 12.31; 14.30; 16.11); e “príncipe das potestades do ar” (Ef 2.2)
e faz uso de todos os meios possíveis: educação, política, cultura, religião, filosofia, tecnologia e ideologias, para se opor a Deus e
a Sua Palavra (Rm 1.21-25; Ef 6.12; Cl 2.8,18; 2Tm 4.3,4). O “espírito da Babilônia” é, na verdade, um sistema político e
ideológico, dominado pelo reino das trevas, que se opõe diuturnamente a Deus e à Sua Igreja. Trata-se, portanto, de desafios de
proporções mundiais, que todo salvo enfrenta em seu dia-a-dia.

II – O SIGNIFICADO DE APOCALIPSE 17.1-6


O capítulo 17 do Apocalipse descreve a visão de João acerca da queda de Babilônia. Trata-se de um evento escatológico,
que ocorrerá no período da Grande Tribulação, mas, que foi escolhido como Leitura Bíblica em Classe desta Lição, por descrever
claramente um sistema político-religioso, utilizado pelo Diabo, para enganar a humanidade e distanciá-la de Deus, como veremos
a seguir:

2.1 “[...] Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas” (Ap 17.1). Esta
“grande prostituta” mencionada no texto refere-se a uma falsa religião. “A Bíblia frequentemente usa termos de imagens de
adultério e prostituição para descrever a adoração de deuses pagãos, ou outros tipos de infidelidade ao Deus verdadeiro,
incluindo a rebelião (Is 1.21; Jr 3.9; Ez 16.14-18,32; Tg 4.4). Consequentemente, muitos entendem este termo como figurativo
em relação ao aspecto religioso de Babilônia, que inclui todas as falsas religiões, seitas e igrejas apóstatas” (HORTON, 2016,
p. 228). Não se trata, portanto, de uma prostituta no sentido literal, e sim, a um sistema religioso cujo objetivo é propagar
heresias e conduzir a humanidade a uma falsa adoração. As “muitas águas” mencionadas no texto refere-se a povos e nações
(Ap 17.15).

2.2 “Com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição”
(Ap 17.2). Este texto se refere ao alcance desse falso sistema religioso, que influenciará, não apenas os reis, ou seja,
governadores, presidentes, ministros, etc., mas, também, os moradores da terra, ou seja, cidadãos comuns. Significa dizer, então,
que este sistema religioso atingirá todas as classes sociais. Quando o texto diz que os reis e os moradores da terra: “se
embebedaram com o vinho da sua prostituição” refere-se a propagação das heresias, ou seja, os falsos ensinos e falsas doutrinas
pregadas e ensinadas pelo falso sistema religioso (2Tm 4.3; 2Pd 2.1). Significa dizer então que Satanás, através da falsa
religiosidade imposta pelo “espírito da Babilônia” cegará o entendimento dos incrédulos (2Co 4.4), afastará muitos cristãos da
simplicidade do evangelho (2Co 11.3) e enganará a muitos através dos espíritos enganadores e das doutrinas de demônios (1Tm
4.1).
2.3 “E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor escarlate, que estava cheia de
nomes de blasfêmia e tinha sete cabeças e dez chifres” (Ap 17.3). Esta mulher assentada sobre a besta é a mesma do versículo
1, sendo que, o primeiro versículo fala de sua ação entre as nações, e este, aponta para sua influência no futuro governo do
Anticristo. “Essa fera em que a mulher está montada é a besta que saiu do mar (Ap 13.1). Trata-se do Anticristo, que, pelo poder
de Satanás, faz oposição a Cristo (2Ts 2.4,9,10). Ele profere blasfêmias em consciente repulsa ao senhorio de Cristo (Ap 13.6;
17.3b). As suas sete cabeças e dez chifres simbolizam os poderes do mundo e a sua força política (Ap 17.3c,10,12). A união entre
o cavaleiro (grande prostituta) e a montaria (besta) simbolizam a nefasta força do sistema religioso, econômico e político do espírito
da Babilônia” (BAPTISTA, 2023, p. 13). E, embora o texto esteja se referindo a um tempo futuro, podemos dizer que o “espírito
da Babilônia” que está presente no mundo, caminha para uma perfeita harmonia entre o falso sistema religioso e o sistema
político e econômico.

2.4 “E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, adornada com ouro, e pedras preciosas, e pérolas, e tinha na mão
um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição” (Ap 17.4). “A grande meretriz está vestida de
púrpura e de escarlata, cores de realeza e de grandeza nos tempos bíblicos (Jz 8.26; Dn 5.7; Na 2.3). Tais tinturas eram
extremamente caras e somente acessíveis aos ricos. Sua roupa e adornos de ouro, pedras preciosas e pérolas são indicações da
prosperidade que o mundo sempre procura; simbolizam as riquezas e o poder do presente século. Sua beleza, porém, é apena
superficial. O cálice de ouro da mulher pode ter bela aparência exterior, mas por dentro acha -se transbordante de abominações
e de imundícias, que são sua corrupção moral e religiosa. Em lugar de oferecer ao mundo o cálice da salvação e do sofrimento
por amor a Cristo, apresenta o cálice de satisfação carnal e de tudo quanto é abominável a Deus” (HORTON, 2016, p. 231).

2.5 “E, na sua testa, estava escrito o nome: mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra”
(Ap 17.5). “Após descrever a grande prostituta, João desvenda o nome dessa meretriz: MISTÉRIO, A GRANDE BABILÔNIA
(Ap 17.5a). Nesse aspecto, frisa-se que a palavra grega “mysterion”, utilizada por João, significa segredo ou doutrina secreta. Esse
termo assinala alguma verdade divina que esteve oculta e passou a ser conhecida. Assim sendo, o termo ‘mistério’ indica que o
nome Babilônia não é meramente um local geográfico, mas, sim, um simbolismo” (BAPTISTA, 2023, p. 13). “O nome Babilônia
provém de Babel, que simboliza a religião falsa, a feitiçaria, a astrologia, e a rebelião contra Deus (Gn 10.8-10; 11.4; Is 47.13)”
(STAMPS, 1995, p. 2004). A Babilônia é descrita ainda como a mãe das prostituições e abominações da Terra, o que significa
dizer que este sistema político religioso é o principal responsável pela propagação de heresias, apostasia, vãs filosofias e todo tipo
de perversões e imoralidades.

2.6 “E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus” (Ap 17.6). Como se
não bastasse as suas prostituições e abominações, a mulher também estava embriagada com o sangue das testemunhas de Jesus.
As testemunhas a que João menciona no texto, diz respeito aos cristãos que foram mortos desde os primórdios da era cristã (At
7.59,60; 8.1; 12.2; Hb 11.36,37). Durante o seu ministério, Jesus preveniu os discípulos acerca das perseguições (Mt 5.10-12;
10.23; Lc 21.12; Jo 15.20). Ele afirmou que chegaria ocasião em que qualquer que perseguisse ou matasse um dos seus seguidores,
pensariam que estariam fazendo uma obra para Deus (Jo 16.1-3). E, após a sua morte e ressurreição, os discípulos foram presos
(At 4.1-3; 5.17,18; 9.1,2,14; 12.3; 16.19); foram açoitados (At 5.40; 16.22,23; 22.19-25); e foram apedrejados e mortos (At 7.58,59;
12.2). Mas, profeticamente falando, o texto de (Ap 17.6) aponta para os cristãos que sofrerão perseguições no período da Grande
Tribulação, que será marcado por uma grande perseguição contra a fé cristã (Ap 6.9,10; 7.9-14; 13.7,15).

III – A NOSSA ATITUDE DIANTE DOS DESAFIOS PROMOVIDOS PELO ESPÍRITO DA BABILÔNIA
• Batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos (Jd 3; 2Tm 4.7,8; 1Jo 5.4);
• Viver em constante oração (Rm 12.12; Ef 6.18; 1Ts 5.17);
• Viver em santidade (Hb 12.14; 1Pd 1.15,16);
• Ler, meditar e obedecer incondicionalmente a Palavra de Deus (Sl 1.1-3; Js 1.6-9; Jo 17.17; Ef 6.17);
• Pregar e ensinar a Palavra de Deus (Mt 28.19,20; Mc 1.15; At 1.8; 1Tm 4.13);
• Não se conformar com este mundo (Rm 12.1,2);
• Aguardar a volta de Jesus em vigilância (Mt 24.36-44; Mc 13.32-37).

CONCLUSÃO
Como pudemos ver, o “espírito da Babilônia” está presente no mundo em todas as esferas da sociedade: na política, na
economia, na educação, na falsa religiosidade, na filosofia, nas ideologias, além de outras. Assim como Deus preparou o mundo
para receber o Messias, o Diabo está preparando o mundo para receber o Anticristo. Devemos, então, batalhar pela fé, vivendo em
santidade e oração, lendo e praticando a Palavra de Deus, aguardando Jesus voltar a qualquer instante.

REFERÊNCIAS
• BAPTISTA, Douglas. A Igreja de Cristo e o Império do Mal. CPAD.
• LADD, George. Apocalipse: Introdução e Comentário. VIDA NOVA.
• HORTON, Stanley M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. CPAD.
• PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. VIDA.
• SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse versículo por versículo. CPAD.
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

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