Prova - Testes
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Avaliação – I Unidade
1. João é casado com Maria desde 2000, no regime da comunhão parcial de bens.
Em 2005, Maria recebeu um apartamento como herança do seu pai. Maria alugou
o imóvel e decidiu, com os aluguéis recebidos, comprar um automóvel. Pergunta-
se: o automóvel em questão pertence exclusivamente a Maria ou entrará na
comunhão dos bens do casal? Explique.
O Código Civil permite aos consortes a homologação do divórcio, sem que seja
celebrada a partilha de bens. Porém, como consta no rol de causas suspensivas do
casamento civil, o divorciado não deve casar enquanto não houver sido homologada ou
decidida a partilha de bens referente ao seu antigo matrimônio (art. 1.523, III, CC).
Admitido o dispositivo, o casamento de Augusto e Marcela não deveria ter
acontecido, sem que antes a pendência referente ao casamento anterior houvesse sido
solvida. Mas, prosseguida a celebração, há que se aplicar ao novo matrimônio o
disposto no art. 1.641, I, do Código Civil, que obriga ao regime da separação de bens o
casamento dos consortes que contraíram casamento sem observar, devidamente, as
causas suspensivas da celebração.
Respondendo à pergunta do enunciado, o novo casamento de augusto é, sim,
válido, mas com a limitação da liberdade de escolher o regime, ficando ele obrigado ao
regime de separação de bens.
3. Paulo foi casado com Maria por 5 anos. Ocorre, todavia, que ambos se
divorciaram há alguns meses. Maria é mãe de Antonia, que tem 16 anos e é filha de
uma relação anterior ao seu casamento com Paulo. Há algumas semanas Paulo e
Antonia começaram a namorar e estão fazendo planos de, no futuro, contrair
casamento. Neste caso, analise se a realização desse casamento é juridicamente
possível.
Esse casamento não pode ser celebrado, pois há parentesco por afinidade, já que
Antonia é filha (parente em linha reta) de Maria (ex-mulher de Paulo), e como versa o
art. 1.595, §2º do CC, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da
união estável, na linha reta.
Admitido o parentesco por afinidade, aplica-se então o disposto no art. 1.521, II,
do mesmo código, que proíbe expressamente a celebração de casamentos com os “afins
em linha reta”.
Logo, a realização desse casamento NÃO é juridicamente possível.
4. Maria e João contraíram casamento em 2015 e viviam felizes até o ano passado,
quando descobriram um fato inusitado: são irmãos. Eles desconheciam esse fato,
vez que foram criados por famílias diferentes e essa informação não figurava no
assento de nascimento dos dois. Em face do enunciado, responda:
a) Configura a hipótese de casamento putativo? Explique.
O casamento entre Maria e João foi contraído de boa-fé por ambos os cônjuges,
já que só tomaram conhecimento da existência de parentalidade após vários anos de
convívio.
Nesses termos, configura-se sim a hipótese de casamento putativo, e os efeitos
desse casamento são normalmente produzidos, em relação a estes como aos filhos, até o
dia da sentença anulatória, como prevê o caput do art. 1.561 do CC.