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Resumo Direito de Família (Continuação)

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RESUMO DIREITO DE FAMÍLIA

Ruptura Conjugal Ou Convivencial


 Os direitos no Direito de Família não são postulados com certa
homogeneidade. Há certas atitudes na seara familiar, que embora seja
um livre exercício do direito, não significa que isso se torna de fato moral
ou válido.
Exemplo: Quando ocorre um desequilíbrio no exercício do Direito; quando o
homem pede divórcio à sua mulher (ou ao contrário), no dia do casamento de
sua filha.
 EC 66: trouxe a possibilidade de divórcio a qualquer tempo.
Art. 1566, CC – Deveres conjugais anexos ao casamento
 O DIVÓRCIO rompe com o VÍNCULO CONJUGAL e por consequência
aos deveres de ambos os cônjuges.
Art. 1571, CC: A sociedade conjugal termina:
III- pela separação judicial;
IV- pelo divórcio.
Art. 1.576. A separação judicial põe termo aos deveres de coabitação e
fidelidade recíproca e ao regime de bens.
Parágrafo único. O procedimento judicial da separação caberá somente aos
cônjuges, e, no caso de incapacidade, serão representados pelo curador, pelo
ascendente ou pelo irmão.
 A SEPARAÇÃO JUDICIAL rompe com OS DEVERES DE
COABITAÇÃO + FIDELIDADE RECÍPROCA, ligados à SOCIEDADE
CONJUGAL.
Separação de fato: Segundo a doutrina e a jurisprudência, rompe com o
regime de bens.
 Antes tinha sido criado o instituto do desquite, logo depois foi revogado
com o advento da separação judicial, e atualmente com a criação do
divórcio, há a existência dos dois últimos institutos, embora alguns
doutrinadores achem que a separação judicial não há mais utilidade.
 Se porventura, um dos ex-cônjuges vêm a falecer, e não houve a
conversão da separação judicial em divórcio, estarão com status de
viúvos. Agora, aqueles que fazem a conversão, serão denominados de
divorciados.
Art. 1.577. Seja qual for a causa da separação judicial e o modo como esta se
faça, é lícito aos cônjuges restabelecer, a todo tempo, a sociedade
conjugal, por ato regular em juízo.
Parágrafo único. A reconciliação em nada prejudicará o direito de terceiros,
adquirido antes e durante o estado de separado, seja qual for o regime de
bens.
 Na separação judicial poderá ser restabelecido a sociedade conjugal,
por simples petição em qualquer tempo, a qual retornará ao status quo
ante, com o mesmo regime de bens.
 Já o divórcio, se houver a dissolução e depois os cônjuges querem
retornar, deverão se submeter ao processo de habilitação.
LEGITIMIDADE PARA PEDIR A SEPARAÇÃO JUDICIAL
Art. 1576, p.u: O procedimento judicial da separação caberá somente aos
cônjuges, e, no caso de incapacidade, serão representados pelo curador,
pelo ascendente ou pelo irmão.
 O pedido de separação poderá ser legitimo pelos cônjuges, e ocorrendo
incapacidade serão representados pelo curador, ascendente ou pelo
irmão.
LEGITIMIDADE PARA PEDIR DIVÓRCIO
Art. 1.582. O pedido de divórcio somente competirá aos cônjuges.
Parágrafo único. Se o cônjuge for incapaz para propor a ação ou defender-
se, poderá fazê-lo o curador, o ascendente ou o irmão.
 Em um primeiro momento, só competirá aos CÔNJUGES.
 Caso não seja possível propor ação ou se defender, por falta de
capacidade civil, será representados por seu curador, ascendente ou
irmão.

 A emenda 66 não retirou a possibilidade dos cônjuges de escolherem a


separação judicial, mas concedeu a faculdade de optarem pelo instituto.
DIVÓRCIO
 Em caso de dissolução do divórcio não há necessidade de prazos,
justificativa do porquê ou a causa que ensejou o processo, apenas que
existem causas irreconciliáveis que puseram fim o vínculo conjugal.
É POSSÍVEL A CUMULAÇÃO DO DIVÓRCIO/SEPARAÇÃO + Danos
Morais?
R: Sim, com a comprovação de dano, nexo e culpa (art. 186 c/c art. 967,
CC)
E a versão de: “Possível culpado que deveria receber sanção”, era
concedida para posicionar a mulher como culpada da dissolução conjugal, a
qual merecia uma sanção por ocasionar tal fim.
 Resquícios de uma imputação de culpa no Código atual.
Art. 1.578. O cônjuge declarado culpado na ação de separação judicial perde o
direito de usar o sobrenome do outro, desde que expressamente requerido pelo
cônjuge inocente e se a alteração não acarretar:
I - evidente prejuízo para a sua identificação;
II - manifesta distinção entre o seu nome de família e o dos filhos havidos da
união dissolvida;
III - dano grave reconhecido na decisão judicial.
§1º O cônjuge inocente na ação de separação judicial poderá renunciar, a
qualquer momento, ao direito de usar o sobrenome do outro.
 Envolve diretamente com o direito à personalidade do cônjuge de se
utilizar do nome, mesmo considerado “culpado”, até porque o direito do
companheiro passou a constituir, também, o seu. Até porque o novo
nome herdado passa a integrar aos seus direitos de personalidade.
 O cônjuge que adquiriu o nome do outro, tem a autonomia de retirá-lo
ou mantê-lo, em razão do direito personalíssimo.
§2º Nos demais casos caberá a opção pela conservação do nome de casado.

Art. 1.708. Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor,


cessa o dever de prestar alimentos.
Parágrafo único. Com relação ao credor cessa, também, o direito a alimentos,
se tiver procedimento indigno em relação ao devedor.

Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente


se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem
separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa
convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente.
 Todos os artigos acima envolvem culpa na comprovação do processo do
divórcio, herdando do período da “separação sanção”, quando o
contexto era estabelecido às mulheres.
 Os deveres que permeiam o casamento quando envoltos pela culpa em
alguma ação contrária, poderá ser objeto da responsabilidade civil.
Art. 1.579. O divórcio não modificará os direitos e deveres dos pais em
relação aos filhos.
Parágrafo único. Novo casamento de qualquer dos pais, ou de ambos, não
poderá importar restrições aos direitos e deveres previstos neste artigo.
Art. 1.630. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto menores.
PARTILHA DE BENS NO DIVÓRCIO
Art. 1.581. O divórcio pode ser concedido sem que haja prévia partilha de
bens.
 “Divorciado, por ora, sem a partilha de bens”.
 Mas se algum dos cônjuges que passou pela dissolução do vínculo
conjugal vier a casar-se novamente, sem ter feito a partilha de bens
terá causa suspensiva em seu novo matrimônio (art. 1523, inc. II) e
seu regime será, expressamente, o regime de separação obrigatória
de bens (art. 1641, inc. I).
 A partilha dos bens após divórcio será regido pelo procedimento da
partilha por condomínio.
DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL
 Não há um estado civil próprio.

 Se houver uma separação de fato por indivíduos que antes eram ligados
pela união estável, qualquer bem que possam adquirir após a
separação de fato o outro companheiro não terá direito sobre o
bem.
AÇÕES DE FAMÍLIA
Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para
a solução consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de
profissionais de outras áreas de conhecimento para a mediação e conciliação.
 Sempre que possível as ações de família serão resolvidas pelo método
consensual.
Art. 334. § 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse
na autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com
10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
 Ambas as partes devem declinar o desinteresse da autocomposição.
RUPTURA EXTRAJUDICIAL + RENUNCIA À ALIMENTOS
 A renúncia aos alimentos não pode ocorrer no pacto antenupcial ou
contratos, mas podem ser renunciados na ruptura conjugal. Caso
haja a renúncia poderá ser pedido, caso futuramente necessite, aos
parentes que também tem o dever de alimentos.

Art. 733. O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção


consensual de união estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e
observados os requisitos legais, poderão ser realizados por escritura
pública, da qual constarão as disposições de que trata o art. 731.
§ 1º A escritura não depende de homologação judicial e constitui título
hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de
importância depositada em instituições financeiras.
 A escritura de homologação extrajudicial não depende de nenhuma
autorização ou assinatura do juiz, apenas constituem eficácia para
efetuar qualquer registro ou levantamento de dinheiro em bancos.
 Ademais, as partes não precisam estar necessariamente presentes
no ato da lavratura da ruptura, podendo ser feito pelo advogado em
comum das partes, quando não há litígio entre os cônjuges.
Art. 731. A homologação do divórcio ou da separação consensuais, observados os
requisitos legais, poderá ser requerida em petição assinada por ambos os cônjuges, da
qual constarão:

I - as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns;

II - as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges;

III - o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de visitas; e

IV - o valor da contribuição para criar e educar os filhos.

Parágrafo único. Se os cônjuges não acordarem sobre a partilha dos bens, far-se-á esta
depois de homologado o divórcio, na forma estabelecida nos arts. 647 a 658.

PODER FAMILIAR DOS PAIS


Art. 1.630. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto menores.
Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder
familiar aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o
exercerá com exclusividade.
Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é
assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do desacordo.
Art. 1.634.  Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação
conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos
filhos:    
 O rol do artigo visa o melhor interesse da criança, caso não sejam
observados podem caracterizar dano ilícito e ensejar dano moral,
em razão do abandono afetivo. Portanto, se o filho efetivamente
comprovar o dano poderá pedir indenização.                
I - dirigir-lhes a criação e a educação;                   
II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art.
1.584;            
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem;  (...)
 O poder-dever familiar ou direito função dos pais, é diferente do direito
subjetivo das partes; porque os pais não possuem subjetividade,
mas sim a obrigatoriedade (NORMA COGENTE E IMPERATIVA) de
exercer os deveres impostos em decorrência do poder familiar.
 Ou seja os pais não podem dispor do poder familiar.
TEORIA DO ABUSO DO DIREITO EM RAZÃO DO ATO ILÍCITO.
Art. 1.637. Se o pai, ou a mãe, abusar de sua autoridade, faltando aos deveres
a eles inerentes ou arruinando os bens dos filhos, cabe ao juiz, requerendo
algum parente, ou o Ministério Público, adotar a medida que lhe pareça
reclamada pela segurança do menor e seus haveres, até suspendendo o
poder familiar, quando convenha.
Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:
I - castigar imoderadamente o filho;
II - deixar o filho em abandono;
III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;
IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente.
V - entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de adoção. 
( OLHAR PARÁGRAFO ÚNICO NOVO DO ARTIGO)
 Pode ensejar o dano ilícito havendo o ingresso da ação de dano
moral por abandono afetivo.

DIVÓRCIO
 Rompe o casamento e o vínculo conjugal: rompe TODOS os deveres
conjugais (art. 1.566).
SEPARAÇÃO
Art. 1.576. A separação judicial põe termo aos deveres de coabitação e
fidelidade recíproca e ao regime de bens; ou seja a sociedade conjugal.
 Permanece a mútua assistência, respeito e consideração mútuos.
Caso haja a violação de qualquer destes direitos, poderá ensejar a
responsabilidade civil (art. 186 c/c 927), podendo haver a
indenização moral ou patrimonial. Podendo ensejar a discussão de
culpa, em processo de responsabilidade civil.
 Na Separação mesmo que haja a renúncia de alimentos anterior à
separação, posso pleitear pedido de alimentos contra cônjuge, ou
dos parentes caso haja renúncia pós separação, porque permance
o dever da mútua assistência.
 Já no Divórcio, não é possível pedir alimentos para seu cônjuge,
haja vista não existir mais o vínculo do casamento que existira
anteriormente.
Art. 1.581. O divórcio pode ser concedido sem que haja prévia partilha de
bens.
 O divórcio poderá acontecer com a discussão da partilha de bens; ou
seja, há a dissolução de matrimônio, mas continua a discussão acerca
da partilha após dissolvido os laços matrimoniais.
Conciliação e mediação
 Nas ações de família deverão as partes renunciar a mediação, devendo
ocorrer no caso de existir somente a anuência de uma parte.
 Os auxiliares da justiça ajudarão o magistrado na resolução de conflitos.
Art. 334, §5º: O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na
autocomposição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10
(dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.
RUPTURA EXTRAJUDICIAL
 Lei 11.441/2007
 Resolução 35 do CNJ.
Requisitos:
 Consensualidade entre os cônjuges.
 A partilha poderá ocorrer após a ruptura (formando uma nova relação no
Direito Civil, caracterizando a relação de condôminos).
UNIÃO ESTÁVEL
 Mesmo que não haja um contrato formalizando o início do convívio entre
os companheiros, deverá na sua dissolução rompê-lo formalmente.
Art. 1.630. Os filhos estão sujeitos ao poder familiar, enquanto menores.
 Devendo ser denominado criança ou adolescente.
 No máximo “menor de idade” e nunca de menor.
Art. 1.631. Durante o casamento e a união estável, compete o poder familiar
aos pais; na falta ou impedimento de um deles, o outro o exercerá com
exclusividade.
Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar,
é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do
desacordo.
 Havendo desacordo entre os pais, poderá qualquer deles recorrer para
que o juiz decida o desacordo.
 A lei prevê um rol de possibilidade de nomeação de tutores, o juiz no
entanto poderá nomear diante da relações de afinidade (e visando o
melhor interesse da criança). Ou seja, o juiz poderá modificar o rol
conforme os interesses da criança.

MODELOS DE GUARDA
Guarda Unilateral
 É uma decisão que é dada em razão do forte desentendimento dos
cônjuges.
Art. 1584, § 2o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à
guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder
familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores
declarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor.
 Quando um dos genitores expressamente declarar que não quer manter
a posse da criança.
 Quando qualquer dos cônjuges encontrar-se impossibilitado de obter a
guarda.
 Quando decorre pelo consenso de ambos.
Exemplo: Um dos cônjuges encontra-se preso.
Guarda Compartilhada
 Guarda Direta: É fixada uma moradia principal, mas há uma alternância
entre os domicílios do pai e mãe.

 Guarda Indireta: É estabelecido entre pai e mãe horário de visitas


fiscalizadas, com alternância (STJ).

 Decisões são feitas conjuntamente entre o casal.


 A responsabilidade será solidária
 Mesmo que a definição do regime de convívio esteja a cargo dos pais, é
necessária a chancela judicial, que só ocorre após ouvida do Ministério
Público.
 O juiz tem o discricionariedade de homologar ou não o acordo de
separação judicial (art. 1.574, parágrafo único) para defesa do melhor
interesse dos filhos, caso em que não se aplica ao divórcio. Podendo
neste caso determinar a guarda compartilhada.
 Sua adoção não fica mais à mercê de acordos firmados entre os pais.
Pode ser imposta pelo juiz, independentemente da concordância dos
genitores.

Guarda Alternada
 Divide a guarda do filho respondendo ambos os pais por qualquer
obrigação, onde o menor vive tanto na casa do pai quanto da mãe.
Aninhamento
 Construção Doutrinária.
 Quem troca são os pais, enquanto o filho permanece na mesma
residência.
Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.
 A lei estabelece só estabelece dois tipos de guarda, como sendo a
guarda unilateral e a compartilhada.
§ 1o Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou
a alguém que o substitua (art. 1.584, § 5o) e, por guarda compartilhada a
responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe
que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos
comuns.
§ 2o Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser
dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista
as condições fáticas e os interesses dos filhos (...)
 No primeiro momento, mesmo que os pais não tenham afinidade,
será concedido de igual forma a guarda compartilhada, só será
guarda unilateral quando incidir um grande litígio ou o cônjuge ou
companheiro expressamente recuse.

 É possível a alteração da guarda unilateral com os outros modelos,


a QUALQUER TEMPO.

RESPONSABILIDADE GUARDA UNILATERAL


 Em razão da guarda ser direta, a responsabilidade será do pai que
possui a posse da criança.
RESPONSABILIDADE GUARDA COMPARTILHADA
 Trata-se de guarda indireta, portanto será de responsabilidade
daquele que possui a posse do filho no dia da ocorrência dos fatos.
CONVERSÃO DA SEPARAÇÃO PARA O DIVÓRCIO
 Necessita que os cônjuges reafirmem os deveres do casamento.
 Petição inicial: deverá conter informações sobre a guarda, alimentos e
regime de bens.
 Em regra, quando há o divórcio não poderá mais pedir alimentos ao
cônjuge, mas o STJ tem admitido alguma hipóteses.
FILIAÇÃO NO DIREITO BRASILEIRO
Até 98: havia filhos legítimos e ilegítimos. Os ilegítimos ganhavam só metade
da meação.
 Só podia ter filiação registral ou biológica
Hoje: não é feito qualquer distinção.
 Hoje pode ter filiação biológica, registral e socioafetiva.

 Em regra a filiação será presumida como sendo o pai e mãe, exceto


em casos excepcionais.
 STF: entendeu que não existe grau de hierarquia entre a filiação
biológica ou afetiva.

 NOS CASOS DE MULTIPARENTALIDADE: os filhos poderão usufruir


de 2 heranças; a do pais biológico e do afetivo, no entanto deverá
cuidar de ambos os pais, em caso de morte ou auxílio.

Art. 1.708. Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor,


cessa o dever de prestar alimentos.

Parágrafo único. Com relação ao credor cessa, também, o direito a


alimentos, se tiver procedimento indigno em relação ao devedor.
 Os atos de ingratidão podem fazer cessar os alimentos, que são
conceitos jurídicos indeterminados, podendo o juiz valorar conforme a
experiência.

 A prova da filiação se dá pelo Registro Civil.

 O art. 227, §6º: estabelece que haverá igualdade entre os filhos obtidos
na constância ou fora do casamento.

NA CONSTÂNCIA
Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os
filhos:
I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a
convivência conjugal;
II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade
conjugal, por morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento;
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o
marido;
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários,
decorrentes de concepção artificial homóloga;
 Excedentários: não foram utilizados nenhuma vez para fecundar.
V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia
autorização do marido.
Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos
nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível.
Parágrafo único. Contestada a filiação, os herdeiros do impugnante têm direito
de prosseguir na ação.
 O pai tem o direito de reconhecer a filiação e contesta-la, tendo caráter
imprescritível.

 Mesmo que a mulher diga que o filho não é do seu marido, ele tem o
direito de colocar a prova a filiação.

 Se a mulher está casada, o seu marido é o presumido pai da criança.

FORA DO CASAMENTO
Art. 1.605. Na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar-se a
filiação por qualquer modo admissível em direito:
I - quando houver começo de prova por escrito, proveniente dos pais,
conjunta ou separadamente;
II - quando existirem veementes presunções resultantes de fatos já certos.
Art. 1.610. O reconhecimento não pode ser revogado, nem mesmo quando
feito em testamento
REPRODUÇÃO ASSISTIDA
 O pressuposto é obter o reconhecimento pela vontade.
Inseminação artificial HOMÓLOGA
 Material genético é colhido dos pais (pai e mãe).
 Poderá ser feito mesmo que falecido o marido.
Inseminação Artificial HETERÓLOGA
 Material genético é colhido através de um doador.
 Necessita de prévia autorização do marido.
 Embriões crioconservados: no qual o marido concedeu sua
autorização.
 Os embriões não são nascituros.
 Marido autoriza o auxílio de uma clínica, para buscar uma material
genético anônimo para fazer a fertilização da sua cônjuge.

 A mãe é sempre certa e o pai é presumido.


 Se a mãe não foi quem deu a luz, não precisa entrar com uma ação
judicial, só com nome registrado no cartório e os documentos na clínica
já são suficientes para declarar a maternidade.
DIREITO DE CONTESTAR A PATERNIDADE
Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos
de sua mulher, sendo tal ação imprescritível.
 O pai possui direito de contestar a paternidade dos filhos nascidos de
sua mulher, A QUALQUER TEMPO (imprescritível).
 Cabendo lembrar, ainda, que portanto poderá o pai ingressar com a
AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE, a qualquer tempo, em razão
de ser expressamente previsto no artigo a imprescritibilidade.
Art. 1.600. Não basta o adultério da mulher, ainda que confessado, para ilidir a
presunção legal da paternidade.

 O adultério da mulher, mesmo que confesso, não é causa da


ruptura da presunção legal da paternidade.
PATERNIDADE SOCIOAFETIVA
 É a posse do estado de filho, que pode ser comprovada pelo afeto
3 REQUISITOS FUNDAMENTAIS DA POSSE DE ESTADO DE FILHO
 Nomem
 Tractatus
 Fama
Exemplo: A adoção: que se utiliza do nome da família adotiva, o
tratamento como filho dentro do seio familiar e a fama para ganhar o
reconhecimento da sociedade para identifica-lo como filho de ciclano.
 O uso de nome não é obrigatório, porque pode ser reconhecida só pelo
tratamento e fama.

 O juiz conforme o caso concreto irá analisar se já configura a


paternidade socioafetiva.

 É necessário trazer a dúvida da paternidade o quanto antes quando


desconfia-se da filiação, para não deixar que se enquadre a
paternidade socioafetiva. Porque se deixar o lapso temporal o juiz
pode reconhecer a paternidade socioafetiva.

 Caso o juiz a reconheça, só poderá ser revertida se houver uma


ação de investigação da paternidade pelo filho a qualquer tempo.
Se for reconhecido a paternidade biológica, poderá o filho manter a
paternidade socioafetiva, existindo a multiparentabilidade
reconhecida EM JUÍZO.

 MULTIPARENTABILIDADE: só poderá ser reconhecida por via


JUDICIAL, vedando-se qualquer registro feito mediante cartório.

 Além disso, o pedido de reconhecimento de paternidade socioafetiva, só


poderá também ser reconhecido em JUÍZO.
Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é
irrevogável e será feito:
 O reconhecimento dos filhos obtidos fora do casamento é
IRREVOGÁVEL.
 Quando for ato voluntário, há o reconhecimento e assume as
obrigações.
 Quando há negação: Deverá ter que ingressar com a AÇÃO DE
INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE.
I - no registro do nascimento;
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório;
III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;
IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o
reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém.
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho
ou ser posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes.
 Pode fazer o reconhecimento se deixar descendentes, porque assim já
haverá uma sucessão aberta, para que de tal forma se impeça qualquer
pretensão de direito sucessório com interesse.

 Ou seja, poderá haver o reconhecimento do filho pode ser dado a


qualquer tempo até depois da morte, se houver ter deixado o de
cujus (o filho) descendentes para fazer o adequado
reconhecimento.

Art. 1.610. O reconhecimento não pode ser revogado, nem mesmo quando feito em
testamento

 É da essência do testamento a sua irrevogabilidade.


 A única cláusula que não sofre a revogação é do reconhecimento da
paternidade. Ou seja, o testamento pode vir a sofrer uma anulação
total, mas a cláusula que tenha envolvido o reconhecimento de
paternidade permanecerá eficaz.
REVOGAÇÃO =/= ANULAÇÃO
 ANULAÇÃO: pressupõem vício da vontade diante da coação.
 ERRO: A pessoa tem certeza de quem seria a paternidade, mas depois
vê que não era, podendo neste caso ser anulada, mediante a AÇÃO
DE ANULAÇÃO DE REGISTRO.
 SÓ TEM GUARIDA SE NÃO HOUVER O RECONHECIMENTO DA
PATERNIDADE SOCIOAFETIVA.
 A criança pode retirar o registro através da impugnação (art. 1.614) ou
ficar com a multiparentabilidade.
NÃO COMPROVADO A PATERNIDADE SOCIOAFETIVA
 Tem que prezar pelo melhor interesse da criança, mesmo que seja para
efetuar o pagamento dos alimentos.Ou seja, terá que arcar com os
alimentos, mesmo que não tenha qualquer relação seja de afeto ou
parentesco, quando não sendo conhecido seu verdadeiro pai biológico.

TEORIA DO TERCEIRO CÚMPLICE

 OS TRIBUNAIS NÃO ADOTAM A TEORIA DO TERCEIRO CÚMPLICE:


em razão disso não se deve aceitar a inclusão no polo passivo do
amante, porque a mulher que deverá reparar a indenização diante
de um processo, desde que presentes os requisitos da
responsabilidade civil.

AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE


Art. 1.601. Cabe ao marido o direito de contestar a paternidade dos filhos
nascidos de sua mulher, sendo tal ação imprescritível.
Parágrafo único. Contestada a filiação, os herdeiros do impugnante têm direito
de prosseguir na ação.
AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DO RECONHECIMENTO DA PATERNIDADE
Art. 1.614. O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento, e
o menor pode impugnar o reconhecimento, nos quatro anos que se seguirem à
maioridade, ou à emancipação.
 MENOR: pode impugnar o reconhecimento de paternidade, após os
quatros anos da sua maioridade ou emancipação.
 DIREITO POTESTATIVO: É um exercício que se realiza colocando a
outra parte em posição de sujeição.

 MAIOR: Não pode ser reconhecido sem o seu consentimento.


AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE (Lei 8.560/92)
Art. 1.610. O reconhecimento não pode ser revogado, nem mesmo quando
feito em testamento.
MULTIPARENTABILIDADE
 Regra: Um pai e mãe, excepcionalmente reconhece-se a
multiparentabilidade.
 STF: não existe hierarquia entre o reconhecimento da paternidade
biológica e socioafetiva.
PODE TER 2 ALIMENTOS, quando há reconhecimento da
multiparentabilidade?
 Sim, terá herança dos dois, mas também se o pais vierem a precisar
deverá cuidar dos dois.
 Agora, se ambos vierem a morrer, deverá ser dividido a herança dos
pais biológicos e socioafetivos.
PROVIMENTO Nº 63 DE 2017.
 Regula o reconhecimento da paternidade sociafetiva poderá ser
reconhecida pelos Cartórios de Registro, após o reconhecimento através
de uma decisão.
 Inclui o sobrenome do padrasto.
 Só será dado o registro civil, quando houver o reconhecimento da
paternidade sociafetiva por via judicial.
CNJ
 Não há amparo legal para efetuar o registro civil de dois vínculos
paternos biológicos e socioafetivo, exceto se houver um processo
via judicial.
ABANDONO AFETIVO
 REPARAÇÃO CIVIL POR ABANDONO AFETIVO: é necessário
comprovar o conduta, nexo, causalidade e culpa, por meio de ação
ou omissão do exercício do poder familiar (art. 1.634)
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno
exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos

I - dirigir-lhes a criação e a educação;

II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584;

III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem;

V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência permanente para


outro Município;

VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe
sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar;

VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da vida
civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o
consentimento;

VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha;

IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e
condição.

ALIMENTOS NO DIREITO DE FAMÍLIA


 Pode ser reconhecido em dinheiro ou bens materiais (coisas para
consumo)
Art. 1.701. A pessoa obrigada a suprir alimentos poderá pensionar o
alimentando, ou dar-lhe hospedagem e sustento, sem prejuízo do dever de
prestar o necessário à sua educação, quando menor.
Parágrafo único. Compete ao juiz, se as circunstâncias o exigirem, fixar a forma
do cumprimento da prestação.
 Funda-se sobre o fundamento da solidariedade.
 As prestações devidas e não pagas, são prescritas em 2 anos,
sempre contados a partir da MAIORIDADE (Art. 206, 2ª parte).
 Não corre o prazo prescricional enquanto houver poder familiar, e
também para os absolutamente incapazes.
 Os alimentos aos idosos (mais de 60 anos) é responsabilidade
solidária, onde todos os filhos respondem pela obrigação de
conceder alimentos.
ECA
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos
menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e
fazer cumprir as determinações judiciais.
Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm direitos iguais e
deveres e responsabilidades compartilhados no cuidado e na educação da
criança, devendo ser resguardado o direito de transmissão familiar de suas
crenças e culturas, assegurados os direitos da criança estabelecidos nesta Lei.
ORIGEM
 Dever de sustento dos pais aos seus filhos, junta a presunção de
necessidade (art. 1.566, IV c/c art. 1.724)
Art. 1.724. As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos
deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação
dos filhos.
 Direito de alimentos entre companheiros (união estável) e cônjuge
(art.1566, III e 1.724)
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos
outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível
com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua
educação.
§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do
reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
§ 2o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a
situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia.
 Podem existir a fixação de uma pensão transitória após a dissolução da
união estável ou casamento.
 Após o rompimento do casamento, pode haver o pedido de alimentos
aos pais ou parentes.

QUESTÕES DO EXERCÍCIO
07- Ação negatória de paternidade (art. 1.601), que tem como característica ser
imprescritível e necessita da via judicial, e afasta a presunção de paternidade
em decorrência da impotência generandi – homem- (art. 1.599).
 Ausência de vínculo biológico e a paternidade biológica.
 Não está configurado a posse do estado de filho.
 Já na impotência coeundi, torna-se impossível.
 Não existem tipificações que contextuem a condição da paternidade
socioafetiva, as construções foram criadas a partir da jurisprudência.
08- Redação de até 50 linhas sobre o tema.
 prova
09-
b) Todo reconhecimento espontâneo será considerado irrevogável (art. 1609),
não cabe anulação porque não existe vício da vontade, ademais tem todos os
requisitos como do estado da posse de filho (trato, fama e nome).
=/= da anulação: que precisa de vício da vontade, caracterizado por erro, dolo
e coação.
10- Após a maioridade e emancipação garante quem foi reconhecido como
filho, prazo de 4 anos para impugnar ou afastar(prazo decadencial) a
paternidade (art. 1.614).
 Podendo ingressar com uma ação de investigação de paternidade: o
estado de filiação é imprescritível e eu indico alguém como pai.
11- Ausência de vínculo biológico e ausência de paternidade socioafetiva. Ou
seja mesmo que a ação seja imprescritível, mas se não for caracterizado pelos
dois elementos, que não basta vínculo biológico e ausência de paternidade
socioafetiva.
12-
MULTIPARENTALIDADE
 Será reconhecido, somente, por via judicial
 Provimento 63/2017 CNT: norma administrava que garantem um
parâmetro de paternidade socioafetivo e multiparentalidade.
 Adoção corta os vínculos biológicos que existiam antes, com exceção
dos impedimentos matrimoniais.
a) Não, foi decisão do STF em repercussão geral que atribuiu a
possibilidade de multiparentabilidade, onde há a presença de
paternidade socioafetiva e há um ingresso de ação de investigação de
paternidade biológica, as quais serão reconhecidas concomitantemente.
E ambos os pais desejam reconhecer como filha, não existindo
hierarquia entre os vínculos afetivos e biológicos.
b) Já respondido.
c) Paternidade e sucessórios.
d) Não, os cartórios não podem reconhecer
e) OLHAR O PROVIMENTO.
Ação de reconhecimento de paternidade sociafetiva (que poderá ser,
somente, por via judicial)
 Caso de adolescentes que são menores de idade, só podem ter
reconhecido a multiparentabilidade, se for para proteção do melhor
interesse. Caso não seja reconhecido, poderá ser litigado por esta,
quando adquirir a maioridade.
13-
a) Os pais são obrigados a agir sempre em prol do melhor interesse da
criança/adolescente, que causam o descumprimentos deveres oriundos
do poder familiar (Art. 1630 e 1.634)
b) Sim, se comprovado o dano (art. 186) que é requisito da
responsabilidade civil (dano, nexo, culpa –imperícia, negligência e
imprudência).
 Danos morais: 3 anos para acionar o poder judiciário de prescrição,
contados da maioridade.
AULA
ALIMENTOS NO DIREITO DE FAMÍLIA
 Pode ser reconhecido em dinheiro ou bens materiais (coisas para
consumo)
Art. 1.701. A pessoa obrigada a suprir alimentos poderá pensionar o
alimentando, ou dar-lhe hospedagem e sustento, sem prejuízo do dever de
prestar o necessário à sua educação, quando menor.
Parágrafo único. Compete ao juiz, se as circunstâncias o exigirem, fixar a forma
do cumprimento da prestação.
 Funda-se sobre o fundamento da solidariedade.
 As prestações devidas e não pagas, são prescritas em 2 anos,
sempre contados a partir da MAIORIDADE (Art. 206, 2ª parte).
 Não corre o prazo prescricional enquanto houver poder familiar, e
também para os absolutamente incapazes.
 Os alimentos aos idosos (mais de 60 anos) é responsabilidade
solidária, onde todos os filhos respondem pela obrigação de
conceder alimentos.
ECA
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos
menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e
fazer cumprir as determinações judiciais.

Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm direitos iguais e


deveres e responsabilidades compartilhados no cuidado e na educação da
criança, devendo ser resguardado o direito de transmissão familiar de suas
crenças e culturas, assegurados os direitos da criança estabelecidos nesta Lei.
ORIGEM
 Dever de sustento do pais aos seus filhos, junta a presunção de
necessidade (art. 1.566, IV c/c art. 1.724)
Art. 1.724. As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos
deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação
dos filhos.
 Direito de alimentos entre companheiros (união estável) e cônjuge
(art.1566, III e 1.724)
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos
outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a
sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do
reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
 Princípio da proporcionalidade
§ 2o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a
situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia.
 Podem existir a fixação de uma pensão transitória após a dissolução da
união estável ou casamento.
 Após o rompimento do casamento, pode haver o pedido de alimentos
aos pais ou parentes.

PARENTESCO
Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes,
guardada a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos
como unilaterais.
 LEMBRAR!!!: Na linha colateral consanguínea vai até o 4º grau e
colateral por afinidade até o 2º para pedir alimentos.
 Até os irmãos podem ser compelidos a pagar os alimentos.
 A linha colateral por afinidade e consanguínea tem a obrigação de
prestar alimentos até o 2º grau e 4º, em linhas mais afastadas não se
pode criar obrigações se não decorre de lei, por razão de práticas
reiteradas.

 Autorizam prisão civil: os únicos alimentos que geram a prisão são


aqueles decorrentes do poder familiar.

 APÓS OS 18: os alimentos são fixados pelo parentesco.


 AOS 18 ANOS: serão justificados pelo dever dos pais de sustento.
Exemplo: Quando um filho após os 18 anos, ainda está estudando, mesmo que
tenha a maioridade.
E A FILIAÇÃO SOCIAFETIVA?
 A lei não estabelece qualquer tipificação quanto a necessidade de
padrasto ou madrasta para prestar alimentos aos filhos do seus cônjuge
ou companheiro, cria-se uma relação em torno do afeto. Onde no
Código não tem a fixação dos alimentos para relações de afetividade.
 STF (2016): Nos casos em que os filhos por afetividade do cônjuge ou
companheiro, são posicionados em condições de uma vida melhor com
ajuda dos companheiros destes, não podendo ser retirado o aporte
financeiro, podendo ser fixado alimentos ao padrasto/ madrasta.
Alimentos CONVENCIONAIS OU VOLUNTÁRIOS: RELAÇÃO CONTRATUAL
OU EM SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA (LEGADO DE ALIMENTOS).
Alimentos LEGAIS: INDENIZATÓRIOS (RESPONSABILIDADE CIVIL).
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras
reparações:
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se
em conta a duração provável da vida da vítima.
 Não cabe prisão civil nesses casos.
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos
outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a
sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
 Alimentos naturais: São aqueles essenciais ou fundamentais para a sua
existência
 Alimentos civis ou côngruos: Para manter o padrão de vida.
§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do
reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
§ 2o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a
situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia
 Menciona os alimentos naturais.
 Aplicados aqueles filho que frequenta faculdade, e reprova
sistematicamente (de forma desidiosa), que podem haver a redução
dos alimentos (de 30%) concebidos pelo pai. Onde há a
responsabilização desse filho.

 STJ: entende que os alimentos entre cônjuges e companheiros, é


excepcional que serão para casos de fixação de alimentos
transitórios/temporários (não poderá ser vitalício) ou
compensatórios.

 Se houver alimentos vitalício, será suspenso pelo casamento.

Art. 1.708. Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor,


cessa o dever de prestar alimentos.
Parágrafo único. Com relação ao credor cessa, também, o direito a
alimentos, se tiver procedimento indigno em relação ao devedor.
Exemplo: Um pai que nunca pagou alimentos aos filhos, e na velhice
aciona os filhos para pagar alimentos à ele.
 Pode-se eximir os filhos de pagar alimentos ao pai, pela sua ausência.
 INGRATIDÃO: conceito jurídico indeterminado.
ALIMENTO COMPENSATÓRIOS
 Tem o caráter de corrigir ou atenuar algum desequilíbrio financeiro,
a fim de equilibrar a vida que existia antes da dissolução. (é de
cunho indenizatório).
 É exceção e não regra, são casos pontuais. Onde os cônjuges
possuem um desnível econômico e financeiro, e com a dissolução
se perde a estabilidade.
 Tendem a ser de caráter temporário e indenizatório. Por isso não cabe
prisão civil.
 Podem pedir cumular pedidos: transitórios + compensatórios
Exemplo: Um casamento que tem bens geridos só por uma parte,
enquanto houver a partilha pode ser pedido alimentos transitórios e
compensatórios, no lapso temporal que ficará esperando a meação
advinda da partilha.
CARACTERÍSTICAS
 Personalíssimos
 Irrenunciáveis, em regra.
Art. 1.707. Pode o credor não exercer, porém lhe é vedado renunciar o
direito a alimentos, sendo o respectivo crédito insuscetível de cessão,
compensação ou penhora.
 No momento DA DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL OU DIVÓRCIO,
podem haver a cláusula de RENÚNCIA à alimentos.
 NÃO É POSSÍVEL A RENÚNCIA ENTRE PARENTES, PORQUE
SERÁ SEMPRE POSSÍVEL!!
NA SEPARAÇÃO
 Quando houver a separação e não houver a renúncia, no processo,
aos alimentos, se houver a necessidade de alimentos pode existir o
pedido de alimentos ao cônjuge, porque ainda há necessidade
mútua assistência, respeito e consideração mútuos.
 Já no divórcio há a necessidade de cláusula de renúncia aos
alimentos. Caso haja, apenas, a dispensa será considerada a
possibilidade de ser pagos os alimentos.

 FUTURIDADE: Os alimentos NÃO RETROAGEM, serão do presente


para o futuro.
 ATUALIDADE: Os alimentos serão sempre cotados conforme a
atualidade.
Art. 1.710. As prestações alimentícias, de qualquer natureza, serão
atualizadas segundo índice oficial regularmente estabelecido
 IMPRESCRITIBILIDADE (art. 197, II e 198, I)
 IMPENHORABILIDADE
 INTRAMISSIBILIDADE

 O inventariante no âmbito de espólio deverá continuar pagando os


alimentos dos quais o de cujus era responsável, finalizado o
espólio será concedido o quinhão para o alimentado, encerrando a
obrigação.
Exceção
Art. 1.700. A obrigação de prestar alimentos transmite-se aos herdeiros do
devedor, na forma do art. 1.694.
 IRREPETIBILIDADE, em regra: Não dá pra buscar a repetição do
indébito em razão da natureza. NO ENTANTO, EM CARÁTER
EXCEPCIONAL PODE SER PEDIDO A REPETIÇÃO EM CASO DE
ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA.
Exemplo: Recebimento de alimentos indevidos dos alimentos após a
dissolução. (neste caso pode ultrapassar a irrepetibilidade).
Ou pagamento de alimentos do pai que depois veio a não ser
reconhecido como pai biológico, poderá entrar com uma ação de
regresso contra aquele que reconhecido legalmente.
Art. 1.708. Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor,
cessa o dever de prestar alimentos.
 INCOMPENSABILIDADE (Art. 373, II): Não pode haver a compensação
de alimentos por outra obrigação.

Dia 06/06/19
Alimentos Transitórios
Art. 1.708. Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor, cessa o dever de
prestar alimentos.

Parágrafo único. Com relação ao credor cessa, também, o direito a alimentos, se tiver
procedimento indigno em relação ao devedor.

 PROCEDIMENTO INDIGNO: é um conceito jurídico indeterminado, é valorado


conforme as experiências do juiz.
Art. 557. Podem ser revogadas por ingratidão as doações:
I - se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio
doloso contra ele;
II - se cometeu contra ele ofensa física;
III - se o injuriou gravemente ou o caluniou;

 São as hipóteses de quem recebeu os bens, mas tem o dever de


devolução da doação por atos de ingratidão.
IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este
necessitava.
Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:
I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou
tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge,
companheiro, ascendente ou descendente;
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem
em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança
de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.

 Hipóteses de indignidade para o ganho da herança


Exemplo: Von histonffen.

 Pessoas idosas que necessitam de alimentos necessita de acionar todos


aqueles coligados a ele, em razão da solidariedade. (Estatuto do Idoso, art.
12).
PRESCRIÇÃO

 Quando é filho menor, não corre a prescrição quando menor de 18 anos. Após
dois anos (20 anos – art. 206), começa a correr a prescrição.
Art. 206, § 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data
em que se vencerem.

 O credor precisa esperar a divisão do espólio, para depois receber o seu


quinhão.

 No caso de existir uma causa suspensiva em relação da partilha do casamento


anterior, quando casar deverá ser requerido pelo juiz a separação obrigatória
de bens.

IRREPETIBILIDADE, em regra...mas:

 O pai que foi obrigado a pagar os alimentos gravídicos (art. 884 e 885)
mas não foi reconhecido como pai, e após descobre-se quem é o
verdadeiro pai, então aquele que foi obrigado a pagar os alimentos
poderá ingressar com a ação de cobrança do verdadeiro pai, em razão do
princípio do enriquecimento sem causa.
FXAÇÃO DO QUANTUM ALIMENTÍCIO

Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os
alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social,
inclusive para atender às necessidades de sua educação.

 É proporcional e necessário para o melhor interesse da criança

 Trinômio de necessidade de quem recebe, capacidade contributiva de quem paga e a


proporcionalidade.

 Razoabilidade

§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos
recursos da pessoa obrigada.

§ 2o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a situação de


necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia.

OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA OU DIVISÍVEL?

 Não é obrigação solidária, em regra. Porque o credor não pode escolher livremente,
quem poderá pagá-lo, em razão do grau de parentesco em linha reta, infinita e de
parentesco colateral, finita.

 Por isso, trata-se de uma obrigação divisível entre os credores.

SOLIDARIEDADE PASSIVA

Estatuto do Idoso, art. 12: O idoso poderá escolher quem irá demandar para o pedido de
alimentos, e aquele que foi declarado a pagar alimentos pode entrar com uma ação contra os
outros filhos.
 Obrigação recíproca entre pais e filhos.

Ordem de preferência

Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem
de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.

 Ascendentes/descendente: o grau mais próximo exclui o mais remoto.

 Irmãos bilaterais, e depois os unilaterais (só de uma mãe/pai).

AFINS

Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo vínculo da
afinidade.

§ 1o O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e aos irmãos do
cônjuge ou companheiro.

§ 2o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união


estável.

 Não há obrigação, entre os parentes afins.

 MADRASTA/ PADRASTO: QUANDO HÁ ELEMENTOS DE QUE A RELAÇÃO JÁ


HAVIA OBRIGAÇÕES CONTRAÍDAS PELA MADRASTA OU PADRASTO.

EX: PAGAMENTO DE ESCOLA OU NECESSIDADES DA CRIANÇA.

 Pode ter a possibilidade de pagamento de herança para madrasta e padrasto.

CULPA EM SEDE DE ALIMENTOS

Art. 1.694, § 2o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a


situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia

Exemplo: Quando ocorre uma desídia do filho quando há pagamento pelo pai dos alimentos
necessários a ele para sua subsistência, poderá o pai pleitear culpa deste.

Art. 1.704, Parágrafo único. Se o cônjuge declarado culpado vier a necessitar de


alimentos, e não tiver parentes em condições de prestá-los, nem aptidão para o trabalho,
o outro cônjuge será obrigado a assegurá-los, fixando o juiz o valor indispensável à
sobrevivência.

 CASOS EXCEPCIONAIS.

 Só poderiam ser fixados os alimentos naturais (necessários à sobrevivência) e


côngruos,

 Pesquisar esse artigo no STJ.


 É POSSÍVEL PEDIR ALIMENTOS NO DIVÓRCIO QUANDO NÃO HOUVE A
RENÚNCIA OU SEJA POSSÍVEL VISLUMBRAR PELA NECESSIDADE APÓS A
RUPTURA CONJUGAL.

OBRIGAÇÃO ALIMENTAR AVOENGA

 Obrigação dos parentes em grau imediato mais próximo.

 NA REGRA SERÁ O DEVER DOS PAIS, MAS NA AUSÊNCIA DESTES, SERÁ


DEVER DOS AVÓS.

 COMPLEMENTAR, SUBSIDIÁRIA e SUCESSIVA.

 STJ: entende que seja possível a complementação dos avós em relação ao


pagamento dos pais; ou seja sucessiva e complementar. Em caso de
impossibilidade da prestação ou cumprimento insuficiente dos genitores.

 Não poderá ser demandado os avós diretamente, somente, em casos excepcionais


quando não houver possibilidade dos pais assim prestarem.

Exemplo: quando encontram-se em lugar incertos e não sabidos, ou diante da


impossibilidade célere da prestação de serviços.

 A RESPONSABILIDADE DOS AVÓS SERÃO DIVISÍVEIS ENTRE OS EXISTENTES.

DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA

 Neste caso é divisível daqueles avós que são compelidos a pagar.

 PODENDO HAVER A PRISÃO CIVIL DOS AVÓS, MAS QUE PODEM SOFRER UMA
PRISÃO MAIS BRANDA PELA CONDIÇÃO DE IDOSO.

REVISÃO, EXONERAÇÃO E EXTINÇÃO DOS ALIMENTOS

 Até a conclusão dos estudos.

Art. 1.701. A pessoa obrigada a suprir alimentos poderá pensionar o alimentando, ou dar-lhe
hospedagem e sustento, sem prejuízo do dever de prestar o necessário à sua educação,
quando menor.

Parágrafo único. Compete ao juiz, se as circunstâncias o exigirem, fixar a forma do


cumprimento da prestação.

 Revisão e exoneração.

Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os
supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as
circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.

Exemplo: quando o alimentando encontra subsídios de manter-se, mas logo depois


perde o emprego e necessita do retorno dos alimentos.
 A contração do pagamento de alimentos, em razão de ter aumentando a
quantidade de filhos dado em vista o novo casamento, não poderá ser
revisionado porque sabia de sua obrigação.

 TEORIA DA APARÊNCIA: onde a realidade financeira não se demonstra


efetivamente para o não pagamento dos alimentos.

EXTINÇÃO

Art. 1.708. Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor, cessa o dever de
prestar alimentos.

Parágrafo único. Com relação ao credor cessa, também, o direito a alimentos, se tiver
procedimento indigno em relação ao devedor.

ALIMENTOS TRANSITÓRIOS
Art. 1.708. Com o casamento, a união estável ou o concubinato do credor, cessa o dever de
prestar alimentos.

Parágrafo único. Com relação ao credor cessa, também, o direito a alimentos, se tiver
procedimento indigno em relação ao devedor.

 Procedimento indigno: é um conceito jurídico indeterminado, é valorado


conforme as experiências do juiz.
Art. 557. Podem ser revogadas por ingratidão as doações:
I - se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de homicídio
doloso contra ele;
II - se cometeu contra ele ofensa física;
III - se o injuriou gravemente ou o caluniou;

 São as hipóteses de quem recebeu os bens, mas tem o dever de devolução da


doação por atos de ingratidão.
IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este
necessitava.
Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:
I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou
tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge,
companheiro, ascendente ou descendente;
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem
em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança
de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.

 Hipóteses de indignidade para o ganho da herança


Exemplo: Von histonffen.
 Pessoas idosas que necessitam de alimentos necessita de acionar todos
aqueles coligados a ele, em razão da solidadriedade. (Estatuto do Idoso, art.
12).
PRESCRIÇÃO

 Quando é filho menor, não corre a prescrição quando menor de 18 anos. Após
dois anos (20 anos – art. 206), começa a correr a prescrição.
Art. 206, § 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data
em que se vencerem.

 O credor precisa esperar a divisão do espólio, para depois receber o seu


quinhão.

 No caso de existir uma causa suspensiva da partilha, quando casa-se e não há


a ..

IRREPETIBILIDADE, em regra...mas:

 O pai que foi obrigado a pagar os alimentos gravídicos (art. 884 e 885) mas
não foi reconhecido como pai, e após descobre-se quem é o verdadeiro pai,
então aquele que foi obrigado a pagar os alimentos poderá ingressar com a
ação de cobrança do verdadeiro pai, em razão do princípio do enriquecimento
sem causa.
FXAÇÃO DO QUANTUM ALIMENTÍCIO

Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os
alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social,
inclusive para atender às necessidades de sua educação.

 É PROPORCIONAL E NECESSÁRIO PARA O MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA

 TRINÔMIO: DA NECESSIDADE DE QUEM RECEBE, CAPACIDADE


CONTRIBUTIVA DE QUEM PAGA E A PROPORCIONALIDADE.+ RAZOABILIDADE

§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos
recursos da pessoa obrigada.

§ 2o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a situação de


necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia.

OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA OU DIVISÍVEL?

 Não é obrigação solidária, em regra. Porque o credor não pode escolher livremente,
quem poderá pagá-lo, em razão do grau de parentesco em linha reta, infinita e de
parentesco colateral, finita.

 Por isso, trata-se de uma obrigação divisível entre os credores.


A pessoa ingressa com a ação, trazendo a demonstração da existência de casamento,
mediante prova escrita. Para tanto, elabora-se uma petição singela com a qualificação dos
cônjuges, a menção dos dados do casamento, a existência ou não de filhos e de patrimônio,
tudo com a devida comprovação. Chegando ao conhecimento do juiz o pedido, cita-se o outro
cônjuge, se não promovida em conjunto a ação. Após, colhe-se o parecer do Ministério Público,
indo os autos ao juiz, para proferir a sentença.

É salutar a praxe da petição inicial vir assinada por ambos os ex-cônjuges, juntamente com o
procurador ou procuradores das partes, como vinha previsto na Lei nº 6.515/1977, art. 34, §§ 1º
e 3º, que se endereçava à separação, mas aplicável por analogia ao divórcio, sendo omisso o
Código atual. Esta providência reflete a plena consciência dos peticionários. Caso aqueles não
puderem ou não souberem escrever, permite-se que outra pessoa o faça a rogo deles. Rezava
o § 1º: “A petição será também assinada pelos advogados das partes ou pelo advogado
escolhido de comum acordo.” E o § 3º: “Se os cônjuges não puderem ou não souberem
assinar, é lícito que outrem o faça a rogo deles.”

aos então cônjuges é permitida a celebração de novo vínculo conjugal, mediante a


formalização de todo um processo de habilitação e dos atos necessários para casar.
Dentre as várias razões que determinam a extinção, salientam-se as seguintes,
expostas por Sílvio Rodrigues: “A pensão alimentícia devida por um cônjuge ao outro
tem, tradicionalmente, no direito brasileiro, um sentido assistencial e não
indenizatório... A presunção da lei é de que, se o cônjuge divorciado, que não pode
prover as suas próprias necessidades, contrai novas núpcias, seu novo consorte
assumiu o encargo de manter aquele, liberando o antigo marido da obrigação
original.”48
De outro lado, o novo casamento do cônjuge devedor não o exime da obrigação. Está
clara a regra no art. 1.709 do Código: “O novo casamento do cônjuge devedor não
extingue a obrigação constante da sentença do divórcio”.
De grande realce o encargo que a lei impede a separação se comprometida ficar a
obrigação, como se vê do parágrafo único do art. 1.574, e constava do art. 34, § 2º, da
Lei do Divórcio: “O juiz pode recusar a homologação e não decretar a separação
judicial se apurar que a convenção não preserva suficientemente os interesses dos
filhos ou de um dos cônjuges.” Regra que tem inteira incidência no divórcio, cujas
consequências são maiores, se não equacionadas antes a questão dos alimentos e
outras obrigações em relação aos filhos e ao cônjuge.

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