Aula História
Aula História
Aula História
• Íons em solução
• Sistemas eletroquímicos
• Células galvânicas
• Tipos de eletrodos reversíveis
• Termodinâmica de sistemas eletroquímicos
Eletroquímica • Termodinâmica de células galvânicas
• Potenciais padrão de eletrodos
• Eletrólise e migração iônica
• Condutância eletroquímica
• Descarga de íons
• Dupla camada elétrica
• Bioeletroquímica
Data Assunto
6/6 História da eletroquímica
13/6 Íons em solução / entalpia de formação
20/6 Termodinâmica de íons em solução / atividades
27/6 Sistemas eletroquímicos / eletroquímica de equilíbrio
4/7 Equação de Nernst / potenciais padrão
11/7 Exercícios
18/7 Prova
25/7 Processos de transporte / condutância
1/8 Dupla camada
8/8 Eletrólise
15/8 Eletrólise
22/8 Exercícios
29/8 Prova
5/9 Bioeletroquímica
12/9 Bioeletroquímica
19/9 Bioanálise
26/9 Armazenamento de energia
3/10 Prova
Aspectos históricos da eletroquímica
https://blog.providentmetals.com/how-precious-
metals-were-used-in-ancient-egypt.htm
Antigos mespoptâmios construíram os que pode
ter sido as primeiras baterias por volta de 150
a.C, pois partes similares a uma cela galvânica
foram encontrados em escavações na região: em
um bastão de ferro contido em um recipiente de
argila, isolado por asfalto em relação a uma
camada cilíndrica de cobre; não se sabe qual tipo
de eletrólito pode ter sido usado, apesar de que
o ácido acético já era conhecido na época;
Thales de Mileto (650-560 a.C) descreveu
fenômenos como o carregamento eletrostático
de âmbar por fricção, choques de raias elétricas
e fogo de Santelmo (plasma luminescente que
ocorre durante tempestades, em que altas
voltagens agem ionizando gases) https://www.smith.edu/hsc/museum/ancient_inve
ntions/battery2.html
https://www.iflscience.com/what-is-st-elmos- https://historydaily.org/what-do-you-know-
fire-and-why-is-it-seen-as-both-a-good-and- about-st.-elmos-fire-not-the-1980s-brat-pack-
bad-omen-64633 film
Por volta de 1550, o entendimento dos fenômenos eletromagnéticos começou a ser
consolidado com o livro De Magnete, por William Gilbert (Londres), em que foi feita a
primeira distinção entre magnetismo e o efeito âmbar (eletricidade estática)
Início do ponto de vista científico: após 1660 quando Robert Boyle de início aos
experimentos em Química;
Charles du Fay em 1750 observou os efeitos de atração e repulsão de cargas, sendo que
a junção de cargas de sinais opostos neutralizava seus fluidos elétricos, mas não se
compreendia a natureza destas cargas.
Benjamin Franklin (1752) propôs que tais tipos opostos de “matéria elétrica” deveriam
estar entre as entidades imponderáveis da mesma forma que os carreadores de fogo, luz
e do éter (meio que se acreditava necessário para a propagação da luz). A matéria
elétrica deveria ser acumulada ou abstraída pela fricção de modo que o corpo perdesse
sua neutralidade elétrica.
Alessandro Volta, professor de Universidade de Pavia, não se convenceu das idéias de Galvani. Propôs que a
corrente elétrica é causada pelos metais, que são os “motores” da eletricidade, enquanto que o órgão animal
é passivo. Em 1793-1794 Volta arranjou diferentes metais baseados em seu nível de atividade em excitar a
perna da rã, sendo um precursor da série eletroquímica zinco, estanho, chumbo, ferro, bronze, cobre, platina,
ouro, prata e mercúrio.
A pilha de Volta: em 1800, Volta publicou um trabalho dedicado ao contato entre substâncias condutoras de
tipos diferentes, no qual construiu uma coluna empilhando discos (do tamanho de moedas) de prata, cobre
ou latão e um número igual de placas de zinco ou estanho, separadas por pedaços circulares de papelão ou
“qualquer material esponjoso” capaz de ser embebido por solução salina;
O sistema foi capaz não apenas de emitir sinal para o eletrômetro (dispositivo que existe até hoje, em versão
moderna) mas também de emitir centelha, dar choque que pode ser sentido na pele e carregar um
condensador;
A pilha de Volta desencadeou buscas intensas por aprimoramento: novos eletrodos e eletrólitos, desenhos de
células como as de Wollaston, Hare, Daniell, Grove, Bunsen, Callan, Smee, Walker, Davy, Meidinger, Minotto,
De la Rive and Muller, Latimer Clark, Leclanche, dentre muitas outras.
https://www.britannica.com/technology/battery-
electronics/Development-of-batteries
Todas as primeiras pilhas continham eletrólitos ácidos e não operavam por muito tempo as bolhas de
hidrogênio aderidas aos eletrodos negativos de cobre agem como isolantes e a corrente cai. O resultado é
uma força eletromotriz contrária à ocorrência da reação espontânea e à corrente que flui do eletrodo de
zinco.
Isso foi chamado de polarização na época, mas atualmente é chamado de sobrepotencial e é uma inibição
cinética do processo do eletrodo.
De Faraday a Helmholtz
Michael Faraday em 1831 desenvolveu uma nova fonte de energia, a máquina de indução.
Na época, a eletricidade voltaica e eletromagnética eram consideradas diferentes da
eletricidade estática por fricção e da eletricidade atmosférica. Faraday usou os termos
intensidade (corrente) e quantidade (carga elétrica) identicamente para qualquer fonte,
pois verificou que toda eletricidade é idêntica qualquer que seja a fonte.
Faraday descobriu também que a passagem de corrente elétrica através de uma solução de
eletrólitos provocava a dissociação das moléculas de solvente e desenvolveu leis da
eletrólise, relacionando a quantidade de substâncias depositadas nos eletrodos com a
quantidade de carga passando na solução.
Fontes de energia mais potentes
Estudos anteriores consideravam que o solvente se comportava como uma matéria inerte em soluções
eletrolíticas e, mesmo no final do século XIX, as interações entre íons e solvente permaneceram fora de
consideração;
Svante August Arrhenius (1883-1884) criou uma nova visão a respeito dos eletrólitos aquosos, propondo que
as substâncias eletroativas se mostravam dissociadas em íons positivos e negativos, fornecendo elementos
para a posterior proposição dos conceitos de atividade e coeficiente de atividade. Wilhelm Ostwald apoiou as
idéias de Arrhenius e investigou os equilíbrios químicos em soluções aquosas diluídas e introduziu os íons nas
teorias da química analítica, mas os íons continuaram a levantar muitas dúvidas até o final do século XIX.
Nernst (aluno de Ostwald, entre 1888-1889) desenvolveu a teoria da força eletromotriz (EMF) e a relação
entre o potencial da célula e a constante de equilíbrio (além disso, descobriu que os solventes polares
promovem a dissociação das substâncias, ou seja, que solventes de elevada constante dielétrica estabilizam
íons em solução atenuando suas atrações mútuas que levariam a precipitação).
Teorias dos eletrólitos
Em 1881, Helmholtz previu a existência de uma carga elétrica quântica elementar em 1909/1910 Millikan
mediu a carga de um único elétron.
G. N. Lewis introduziu a atividade termodinâmica de soluções para eletrólitos fortes a = gc e mostrou que as
propriedades de eletrólitos são causadas pela atividade e pelas interações mútuas entre os íons em solução.
Petrus Debye (em 1923) apresentou sua teoria dos eletrólitos, avaliando o grau de alteração de propriedades
físicas como ponto de fusão e pressão osmótica com a concentração. Debye propôs que: se um íon em
movimento em um líquido está sujeito a um campo externo, os íons vizinhos formando uma atmosfera iônica
se movem de modo constante. Em um ponto a frente do íon, a densidade elétrica da atmosfera iônica deve
aumentar com o tempo, enquanto que atrás do íon essa densidade deve diminuir. Considerando que os íons
da atmosfera iônica terão carga oposta, o movimento deles em relação ao campo externo será na direção
oposta em relação ao íon central. Tais íons arrastam o solvente, fazendo com que o íon central não se mova
em relação ao solvente estacionário, mas em relação ao solvente se movendo na direção oposta. Este efeito
aumenta com o aumento da concentração e é uma das premissas do desvio de idealidade.
A teoria de Debye-Huckel permite calcular os coeficientes de atividade médios para diferentes concentrações
de eletrólitos.
Dupla camada
Nas primeiras décadas do século XX, Herman Helmholtz, Leon G. Gouy, David L. Chapmann
e Otto Stern desenvolveram a teoria da dupla camada elétrica para o comportamento de
cargas nas vizinhanças da interface eletrodo-solução de eletrólitos.
Foram definidos também potenciais elétricos para regiões distintas em relação à superfície,
para serem usados como critério de estabilidade coloidal.