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JUSTIÇA ARBITRAL:

Considerações sobre a Arbitragem no Brasil e sua aplicabilidade para a resolução de conflitos empresariais
Autores(as)
MELO, Camila da Rocha., graduanda em Direito no Centro Universitário Unifacvest.
PEREIRA, Alisgley Ribeiro., graduanda em Direito no Centro Universitário Unifacvest.
REIS, Izadora Tessari dos., graduanda em Direito no Centro Universitário Unifacvest.
REVERS, Cynthia Mara de Paula Schuhli., graduanda em Direito no Centro Universitário Unifacvest.
VARELA, Adriana de Oliveira., graduanda em Direito no Centro Universitário Unifacvest.

METODOLOGIA: Quanto a natureza, é uma pesquisa básica, foi realizada uma


abordagem histórica, apontando os requisitos necessários e as dificuldades encontradas,
seja em virtude das diversidades dos ordenamentos estrangeiros, seja por causas jurídico
ideológicas. Quanto aos procedimentos técnicos é teórica utilizando-se revisão de
literatura. De acordo com GERHARDT; Silveira (2009) a pesquisa básica tem o intuito de
gerar novos conhecimentos através de verdades ou interesses universais, sem ocorrer
aplicação prática. Tem uma abordagem qualitativa que segundo (Gil, 2009), realizasse
levando de dados e descrição dos mesmos. para atingir os critérios anteriormente
citados a pesquisa será exploratória com o “objetivo de proporcionar visão geral, de tipo
aproximativo, acerca de determinado fato” (Gil, 2008 p.28), envolvendo um levantamento
bibliográfico acerca da arbitragem no Brasil e sua aplicabilidade no âmbito empresarial.
Para tanto a pesquisa bibliográfica, será a base para a presente pesquisa, sendo “o estudo
sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais,
redes eletrônicas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: A arbitragem jurídica figura no Brasil como um meio


alternativo de solução de conflito comparável ao sistema judiciário Estatal. Porém,
durante muitos anos, não teve o apoio necessário que deveria para impulsionar o
INTRODUÇÃO: A arbitragem no Brasil foi normatizada pela Lei nº 9.307, de 23 seu crescimento, tendo ainda, uma atuação discreta no cenário brasileiro. Apesar
de setembro de 1996, a qual foi alterada, juntamente com a a Lei nº 6.404, de 15 de expressamente positivada no Brasil a possibilidade na utilização da arbitragem
de dezembro de 1976, pela Lei nº 13.129, de 26 de maio de 2015, ampliando o para a solução dos conflitos, é mínima, devido à inexistência de um costume
âmbito de aplicação da arbitragem e outras melhorias. Constitui-se em uma nesse sentido. Destaca-se que a arbitragem possui diversas características
legislação avançada sobre arbitragem e estribada no que há de mais moderno a essenciais para o bom desempenho e impulsionamento de relações comerciais
respeito dos princípios e garantias dos litigantes. Trouxe sensível benefício à
sociedade brasileira, pois, colocou à sua disposição um meio ágil de resolver que são garantidoras para o desenvolvimento econômico do país. Suas
controvérsias, com árbitros por aqueles próprios escolhidos, imparciais e características essenciais e extremamente necessárias ao alto e rápido o fluxo
independentes, especialmente em matéria técnica, tudo com sigilo, brevidade e comercial, principalmente, no tocante a empresas de Tecnologia são: a celeridade,
com informalidade. No Brasil, há uma perspectiva de crescimento da arbitragem, na os baixos custos econômicos transacionais, a eficácia de sua sentença em outros
medida em que seus resultados se revelem satisfatórios. Todavia, seu alcance ainda países, garantida pela convenção de Nova Iorque, bem como, a grande
é restrito às empresas ou pessoas físicas de maior poder aquisitivo, sendo
praticamente desconhecida da população mais carente. Os seus processos exigem flexibilidade de seu procedimento e, em especial, o cenário de certeza jurídica que
pagamento dos árbitros e isto inviabiliza a procura pelos que não dispõem de todas essas características proporcionam quando comparadas ao sistema
recursos. Assim, tende a ficar restrita a conflitos empresariais. Atualmente as judiciário. Diante de todo esse patamar, existe uma necessidade cada vez mais
relações empresariais contratuais contém um maior número de variáveis que urgente em incentivar a arbitragem jurídica. Este meio de solução de conflito é
dificultam sua análise de forma estanque, pois são cada vez mais dinâmicas, seja capaz de solucionar demandas que o sistema judiciário brasileiro já não está
pelo avanço tecnológico, seja em virtude da localização geográfica, da globalização,
ou da internet que acelera sobremaneira o volume de intercâmbio de informações. conseguindo.
Fato é que a sociedade não se sujeita mais à morosidade processual do judiciário
estatal, o que justifica a adoção de meios alternativos de resolução de conflitos
contratuais, o que na visão de Cirlene Zimmermann (2014), a arbitragem como
solução de controvérsia nos contratos tem sido amplamente utilizada em razão de
indicadores como: a desconfiança quanto à imparcialidade do Judiciário; a
morosidade dos processos estatais; a confidencialidade da arbitragem e o fato da
decisão ser proferida por especialistas na matéria, objeto do litígio.

OBJETIVOS: O presente trabalho pretende analisar a utilização do juízo arbitral no


Brasil e suas origens, bem como sua aplicabilidade na resolução de conflitos
empresariais, trazendo um parecer quanto ao seu caráter amplo, difuso e
abrangente como instrumento de solução não só de controvérsias jurídicas, mas,
também de toda natureza.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
Arbitragem e Poder Judiciário: Lei 9.307 de 23.09.1996: Mudança Cultural. São Paulo: LTr, 2001. BRASIL. Código de Processo Civil.
RABESCHINI, Andre Gomes. Novo Código de Processo Civil - Lei Nº 13.105/2015 Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 26 mar 2015, 04:30.
CARMONA, Carlos Alberto. A arbitragem no processo civil brasileiro.
CRETELLA NETO, José. Comentários à lei de arbitragem brasileira,1 ed., Rio de Janeiro: Editora Forense, 2004.
Negociação, mediação, conciliação e arbitragem: curso de métodos adequados de solução de controvérsias; coordenação Carlos Alberto de Salles, Marco Antonio Garcia Lopes Lorencini,
Paulo Eduardo Alves da Silva. - 3.ed.- Rio de Janeiro: Forense, 2020.
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