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Processo Civil Facilitado Litisconsorcio

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PROCESSO CIVIL FACILITADO

Com Prof. Venício de Moraes

DO LITISCONSÓRCIO
1. CONSIDERAÇÕES INICIAS
A relação processual de direito material dentro de um processo pode favorecer
a cumulação subjetiva dos elementos da demanda, ou seja, a existência de
pluralidade de autores, réus ou de ambos. Logo, a essa pluralidade dá-se o nome de
LITISCONSÓRCIO.

E qual a vantagem na formação do litisconsórcio? As razões recebem guarida


constitucional, em especial, do art. 5°, LXXVIII. A existência do litisconsórcio é
justificada pela ECONOMIA PROCESSUAL (observe que quando há o litisconsórcio as
custas processuais e eventuais honorários sucumbenciais acabam sendo rateados
entre todos que o compõe) e HARMONIA DOS JULGADOS (evitando-se decisões
conflitantes).

2. MODALIDADES (CLASSIFICAÇÃO) DO LITISCONSÓRCIO

2.1 Quanto à posição ou topológico


a) Ativo: pluralidade de autores;
b) Passivo: pluralidade de réus;
c) Misto (Recíproco): pluralidade de ambos.

2.2 Quanto ao momento de sua formação (cronológico)


a) Inicial (Originário): formado quando do ajuizamento da demanda por meio da
petição inicial.

b) Ulterior (Posterior ou Superveniente): formado em momento posterior ou


superveniente a distribuição da petição inicial. Ex: litisconsórcio necessário formado
em razão da disposição legal do art. 73, §1º, CPC; intervenção de terceiros (assistência
litisconsorcial, denunciação da lide, chamamento o processo, desconsideração da
personalidade jurídica); falecimento de uma das partes, sucessão pelos herdeiros;
conexão (art. 55, CPC/15), na ação popular (art. 6º, §5º, da Lei 4.717/65) ou ação civil
pública (art. 5º, §2º, da Lei 7347/85).

FIQUE LIGADO! O critério para se verificar a natureza inicial ou ulterior do


litisconsórcio não é a inserção posterior na petição inicial, mas a existência do
litisconsórcio antes ou depois da distribuição da exordial.

2.3 Quanto à obrigatoriedade do litisconsórcio (necessariedade)

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a) Facultativo: possibilidade de formação fica adstrita à vontade das partes. Hipóteses
do art. 113, CPC/15.

2.3.1 Do Cabimento do Litisconsórcio Facultativo (art. 113)

O art. 113, incisos I, II, III, do Código de Processo Civil (2015) elenca um rol de
razões ou hipóteses taxativas pelas quais o litisconsórcio facultativo pode ser formado,
senão vejamos:

I- Comunhão de direitos e obrigações: forma-se com base na causa de pedir remota,


ou em outras palavras, quando os autores forem titulares do mesmo direito material
ou os réus devedores da mesma obrigação. Ex: coproprietários ajuízam ação
reivindicatória contra aquele que se diz proprietário do bem (por exemplo, cônjuges
cassados no regime de comunhão parcial de bem x réu); condôminos que ajuízam ação
para protegerem o bem comum do condomínio; credores solidários contra devedores
solidários.

II- Conexão pelo objeto ou causa de pedir: quando o litisconsórcio é formado em


virtude de existir a mesma causa de pedir ou pedido. Ex: locatários contra locador em
ação revisional de aluguel; credores contra devedor em ação de anulação por fraude
contra credores; acionistas em ação de anulação de deliberação em assembleia;

III- Afinidade de questões (Litisconsórcio impróprio): uma questão surge quando há


pontos controvertidos dentro de uma demanda; nesse inciso a formação ocorre
quando as partes se litisconsorciam para propor ou contra elas forem propostas
demandas cumuladas por uma questão de fato ou de direito, ou seja, há uma
proximidade pela causa de pedir. Ex: dono de prédio incendiado cobrando de diversas
seguradoras o ressarcimento; dois locatários consignando em pagamento aluguel que
o locador recua receber; servidores públicos que juntos postulam remuneração de
certa gratificação em função de alguma atividade que exercem (pro labore faciendo);
ação de indenização movida por pessoas atropeladas num mesmo acidente;

FIQUE LIGADO! A conexão é na verdade o fato gerador para que seja admissível
o litisconsórcio.

FIQUE LIGADO! O litisconsórcio pode ser formado tanto no procedimento


comum quanto especial.

b) Necessário (Obrigatório): a formação não fica condicionada à vontade das partes,


sendo sua formação obrigatória; o art. 114, do CPC/15 prevê a formação do
litisconsórcio necessário em dois casos: por disposição legal, conforme se verifica na
ação de usucapião (art. 246, §3º, do CPC/15), onde todos confinantes e eventuais
coproprietários devem ser citados para integrar o polo passivo da demanda; outro

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exemplo, nas ações envolvendo direito reais imobiliários contra cônjuges casados no
regime da comunhão parcial de bens (art. 73, §1º, do CPC/15), ou formado pela
natureza incindível (indivisível) da relação jurídica de direito material (substancial).
Nesse caso, há uma força aglutinadora tão forte e intensa, que compulsoriamente
impõe a formação da relação litisconsorcial, pois só assim poderá o processo atingir
um resultado final de mérito (sentença) apto a ser eficaz. Para facilitar, bastar
entender alguns exemplos: imaginemos uma ação de anulação de casamento proposta
pelo MP em face dos cônjuges, não haveria possibilidade pela natureza da relação
jurídica indivisível (“casamento”), de promover “meia anulação do casamento” para
apenas um dos cônjuges, o que torna obrigatório a citação de ambos para figurar no
polo passivo da demanda. Note-se que igual raciocínio se aplica quando imóvel
alugado a dois colocatários tem-se um deles cometido um inadimplemento do quanto
firmado no contrato de aluguel, mesmo sem conhecimento do outro. Assim, proposta
ação de despejo pelo locador, a sentença de mérito que julgar procedente a demanda
e determinar a desocupação do bem imóvel, atingirá a ambos colocatários de maneira
incindível. Logo, necessário à presença dos dois locatários no polo passivo da ação.
Outras situações similares: ação reivindicatória quando imóvel estiver registrado em
nome de diversas pessoas, na ação de dissolução de sociedade quando deve ser
proposta contra todos os sócios.

2.4 Quanto à uniformidade da decisão (regime de tratamento)


a) Simples ou Comum: possibilidade da decisão atingir os litisconsortes de forma
distinta em decorrência da relação autônoma direito material existente entre si.
Exemplo 1: acidente de trânsito envolvendo “engavetamento” entre carros A → B → C.
C ajuíza ação contra A e B. Ao sentenciar o juiz irá verificar que apenas B que bateu em
C deverá reparar os danos. A sentença será, portanto, diferente para A e B; Exemplo 2:
Confinantes na ação de usucapião (art. 246, §2º) (salvo se ação tiver por objeto
unidade autônoma); Exemplo 3: vítimas de acidente em ônibus que demandam contra
a transportadora.

b) Unitário: a decisão deve atingir todos os litisconsortes de forma uniforme,


homogênea, em virtude da relação jurídica incindível de direito material (efeito
expansivo subjetivo). O litisconsórcio unitário é a unidade da pluralidade: vários são
considerados um; não é o parece ser, pois várias pessoas são tratadas no processo
como se fossem apenas uma. Exemplo: Ação de anulação de casamento promovida
pelo MP contra os cônjuges João e Maria. Observe que nesse caso, a sentença de
nulidade será uniforme para ambos. Não teria como anular o casamento apenas para
João, por exemplo, justamente pela relação incindível.

2.4.1 COMO DIFERENCIAR SE O LITISCONSÓRCIO SERÁ SIMPLES OU UNITÁRIO

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É preciso analisar se no caso concreto está se discutindo uma ou mais relações
jurídicas de direito material e se essa relação é incindível. Sendo discutida mais de uma
relação jurídica e divisível o litisconsórcio, provavelmente, será simples, entretanto, se
essa relação for indivisível, o litisconsórcio será unitário. Ademais, verifica-se que no
litisconsórcio unitário há mais de um sujeito discutindo a mesma relação, portanto, há
legitimação concorrente (colegitimação).

FIQUE LIGADO! Se houver formação do litisconsórcio unitário, os atos


benéficos praticados por um dos litisconsortes a todos beneficiam. Destarte, os atos
prejudiciais e omissões não poderão atingir os demais, ou seja, se um dos
litisconsortes deixa de apresentar a contestação à revelia não atingirá os demais, caso
a apresente dentro do prazo legal de 15 dias, nos termos do art. 117, CPC/15.
Contudo, em se tratando de litisconsórcio simples, os litisconsortes são tratados como
partes individualizadas e os atos de um praticado por um dos litisconsortes são
independentes dos demais. Dessa forma, a sentença, nesse caso, possuirá capítulos
diferentes para cada litisconsorte.

FIQUE LIGADO! No litisconsórcio simples, a defesa apresentada por um dos


litisconsorte poderá beneficiar o outro, mesmo que esse seja revel, desde que seja
apresentada defesa que negue o direito constitutivo do autor. Por exemplo, “A” tem
crédito a receber dos devedores solidários “B e C”. Assim, ajuizou ação de cobrança.
“B” apresenta contestação dizendo que não existe qualquer dívida dele e de “C” em
relação ao contrato apresentado por A. Observe que mesmo sendo, “C” revel se a tese
de defesa de “B” for acatada pelo juiz, eximirá “C” de qualquer responsabilidade.

FIQUE LIGADO! “A necessariedade e unitariedade atuam em dois momentos


distintos: a primeira, na formação do litisconsórcio, pois sua validade e eficácia
dependem dessa. Já a segunda apenas pode ser analisada com o litisconsórcio
formado” (MONTANS, 2017, p. 265).

FIQUE LIGADO! Sempre que um legitimado ordinário se litisconsorcie com um


legitimado extraordinário, tal litisconsorte será sempre unitário. Ex: MP e incapaz em
ação de alimentos; associação civil e MP em ação coletiva (LOURENÇO, 2017, p.135).

FIQUE LIGADO! O litisconsórcio facultativo e unitário apenas ocorre por


substituição processual (legitimação extraordinária), sendo necessária que a lei assim
autorize. Ex: Condômino em ação possessória na defesa de bem comum (art. 1314,
CC).

FIQUE LIGADO! Não é complicado verificar que nem todo litisconsórcio


necessário é unitário e vice-versa. Incialmente, vamos estabelecer algumas premissas
relevantes: (1) a unitariedade do litisconsórcio deriva, sempre, da natureza incindível

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da relação jurídica substancial deduzida no processo; (2) a relação jurídica incindível é
responsável pelas consequências no que tange a formação e resultado da decisão, ou
seja, ao mesmo tempo, ela determina se a formação do litisconsórcio é obrigatória
para que se resolva o mérito da causa, bem como, se os litisconsortes terão uma
decisão uniforme para todos. Em resumo, poderíamos visualizar assim:

Quanto a formação:
Necessariedade
Relação jurídica material
incindível
Quanto ao regime de
tratamento:
Unitariedade

(3) há casos em que é possível a dispensa da necessariedade da formação do


litisconsórcio, logo facultativo, mas, em decorrência da relação jurídica incindível, o
mérito seria resolvido de forma uniforme para os litisconsortes. Assim, estaria
presente o litisconsórcio facultativo e unitário. Ex: condôminos ajuízam demanda para
anular uma deliberação de assembleia de condomínio, reivindicação de herança por
herdeiros (art. 1791, parágrafo único, CC/02). (4) o litisconsórcio necessário por força
de lei tende a ser simples, visto que o legislador não imporia, expressamente, a
necessariedade a esse litisconsórcio, eis que em regra é unitário. Assim, por exemplo,
em ação de usucapião a lei determina a formação necessária do litisconsórcio passivo,
mas não sua unitariedade, visto que os confinantes citados poderão ter sentença com
capítulos distintos. Logo, o litisconsórcio formado seria necessário e simples.
Conclusão: Existem litisconsórcios facultativos e unitários, como também, necessário
e simples.

2.4.2 LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO OU FACULTATIVO: EFEITOS DA SENTENÇA


TRANSITADA EM JULGADO

O art. 115, incisos I e II, do Código de Processo Civil de 2015, é aplicado a


possíveis vícios na formação do litisconsórcio necessário e unitário, em razão da
relação jurídica incindível (I), bem como necessário e simples, por disposição da lei (II).
Contudo, o inciso II do referido artigo é perfeitamente aplicável ao litisconsórcio
facultativo unitário ou simples.

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Destarte, como é sabido, no ordenamento jurídico processual vigente, a
sentença transitada em julgado, produzindo coisa julgada (material ou formal) não
vincularia terceiros que não participaram do processo, nos termos do art. 506, CPC/15.
Contudo, em relação ao litisconsórcio, essa regra sofre certa relativização, como se
verá no quadro a seguir. Aqui, relevante lembrar que a analise das situações abaixo
devem ser feitas a partir do critério “quanto a formação (necessariedade) do
litisconsórcio” para “quanto o regime de tratamento (unitariedade) e não de forma
inversa, sob pena de implicar em graves equívoco, comprometendo o entendimento
sobre o tema:

LITISCONSÓRCIO*
Necessário e Unitário Necessário e Simples Facultativo e Unitário Facultativo e Simples
(em razão da natureza
jurídica incindível)

→Deixou de citar um →Deixou de citar um →Deixou de citar um →Deixou de citar um


litisconsorte litisconsorte litisconsorte litisconsorte

Consequência: Consequência: Consequência: Consequência:

A sentença será NULA, A sentença somente A sentença atingiria A sentença somente


não produzirá efeitos atingirá as partes igualmente as partes atingirá as partes do
nem para as partes, citadas, sendo, do processo, bem processo sendo,
nem para o(s) portanto, INEFICAZ como o(s) portanto, INEFICAZ
litisconsorte(s) não para o(s) litisconsorte(s) não para o(s)
citados. (doutrina litisconsorte(s) não participante, em litisconsorte(s) não
majoritária) citados. razão da natureza integrados.
incindível da relação
jurídica controvertida
(doutrina majoritária)

Alexandre Câmara Alexandre Câmara Em consonância com


(2017, p. 84), prefere o (2017, p. 85), prefere a regra do art. 506,
termo INEFICÁCIA o termo INEFICÁCIA ________________ do CPC.
ABSOLUTA, com base RELATIVA.
na expressão utilizada
no art. 114, CPC/2015.

Ex: Anulação de Ex: Usucapião (art. Ex: Condôminos em Ex: Atropelamento


Casamento pelo MP. 246, §3º) ação reivindicatória de diversa vítimas.
da área comum.

*quadro original da nossa apostila.

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3. DA DINÂMICA DO LITISCONSÓRCIO

Segundo o art. 117, primeira parte, consagrando o Princípio da Autonomia dos


Litisconsortes: “Os litisconsortes são considerados em suas relações com a parte
contrária litigantes distintos (...)”. Nesse passo, os atos praticados por um litisconsorte
não produzem efeitos, em regra, quanto aos demais litisconsortes, consolidando o
regime de litisconsórcio SIMPLES.

FIQUE LIGADO! Há a possibilidade de um ato praticado por um dos litisconsorte


beneficia a omissão de outro litisconsorte no litisconsórcio simples, desde que aquele
ato consiga impedir, modificar ou extinguir o direito do(s) autor(es). Por exemplo, em
uma ação de cobrança movida por Mévio contra Tício e Caio. Tício não apresentou sua
contestação, sendo, portanto, revel. Contudo, Caio na sua contestação alega que não
existe contrato em aberto, e que os valores já foram pagos, conforme os recibos
apresentados. Observe que, se o Juiz acatar a tese de Caio, a ação será improcedente e
beneficiará Tício, mesmo esse sendo revel.

A segunda parte do art. 117, diz que “(...) exceto no litisconsórcio unitário, caso
em que os atos e omissões de um não prejudicarão os outros, mas o poderão
beneficiar”. Assim, no litisconsórcio unitário (regime especial) os atos BENÉFICOS
praticados por um litisconsorte produzem efeitos quanto aos demais litisconsortes,
mas os atos MALÉFICOS praticados por um litisconsorte não produzem efeitos, nem
mesmo para quem os praticou.

4. DO LITISCONSÓRCIO MULTITUDINÁRIO

O número excessivo de litigantes no polo ativo ou passivo da ação pode


comprometer o exercício do contraditório e da ampla defesa, bem como a própria
duração razoável do processo, pondo em risco a eficiência e efetividade da prestação
jurisdicional, ao final do processo.

Dessa forma, o art. 113, §1º, do CPC, possibilita que o juiz de ofício ou a
requerimento das partes promova a limitação do número de litisconsortes nos
respectivos polos ativo ou passivo. Nesse, caso o processo principal seria
desmembrado em pequenas frações, mantido perante o mesmo juízo (entendimento
majoritário).

Uma vez requerida a limitação do litisconsórcio, instaura-se um incidente o


processo, que precisará ser resolvido pelo magistrado. Para tanto, interrompe-se o
prazo para manifestação ou resposta, até que se prolate decisão interlocutória que
acate ou rejeita o referido pedido. O prazo voltará a correr da intimação da decisão. Da

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decisão que rejeita a limitação desafiará o recurso de agravo de instrumento, nos
termos do art. 1015, VIII, CPC/15 e doutrina majoritária.

FIQUE LIGADO! A norma processual não estabelece o que venha a ser um número
excessivo para aplicação da regra.

FIQUE LIGADO! O juiz pode provocar a limitação (de ofício), mas deve ofertar a parte o
direito de manifestação.

FIQUE LIGADO! A limitação do número de litisconsorte não se aplica ao litisconsórcio


unitário. Contudo, poderá o juiz promover a dilação de prazos, a fim de garantir a
paridade de armas dentro do processo, nos termos do Enunciado 116 do FPPC (Fórum
Permanente dos Processualistas Civis).

5. OUTRAS MODALIDADES DE LITISCONSÓRCIO

A doutrina minoritária admite algumas outras espécies de listisconsórcio, senão


vejamos:

a) EVENTUAL (SUBSIDIÁRIO): duas pessoas em litisconsortes, mas com ordem de


preferência: litisconsorte A só será acionado se B for preterido. Ex: 1698, CC; art. 50 CC
c/c 134, §2º CPC (desconsideração da PJ).

b) ALTERNATIVO: autor formula pretensão contra dois réus, requerendo a procedência


em relação a qualquer um deles, dúvidas acerca da titularidade do objeto litigioso:
Investigação de paternidade contra A e B. Consignação de pagamento contra A e B
(art. 547, CPC).

c) SUCESSIVO: segundo litisconsorte só terá direito a seu pedido quando o primeiro


também tiver: mãe e filho ajuízam ação de investigação de paternidade c/c com ação
de alimentos e ressarcimento das despesas do parto.

6. LITERATURA CONSULTADA

Salienta-se que o material produzido reproduz ideias contidas nas doutrinas


abaixo arroladas:

CÂMARA, Alexandre. O Novo Processo Civil Brasileiro. São Paulo: Atlas, 2017.
DIDIER Jr., Fredie. Curso de direito processual civil. Vol. I. Salvador: Jus Podivm, 2016
FREIRE, Rodrigo da Cunha Lima; Cunha, Maurício Ferreira. Novo Código de Processo Civil para
Concursos. Juspodium. 2017
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios Gonçalves. Direito Processual Civil Esquematizado. Saraiva.
2017.
LOURENÇO, Haroldo. Processo Civil Sistematizaddo. 2ªEd. São Paulo: Editora Método, 2017
SÁ, Renato Montans de. Manual de Direito Processual Civil. 3ª Ed. Saraiva, 2018.

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