Aula 1 ABBA
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História da Meliponicultura
Atividade Sustentável
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Os meliponários podem ser construídos tanto em áreas rurais como também
em áreas urbanas. De preferência perto de locais onde hajam floradas e água.
Uruçu ou urussu
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Fonte: https://www.criarabelhas.com.br/o-que-e-meliponicultura/
MELIPONICULTURA
Meliponini
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Historicamente, muitas dessas abelhas sofreram uma exploração predatória
por meleiros, com a retirada do mel sem o manejo correto e consequente destruição
das colônias, o que contribuiu para a diminuição das populações em algumas regiões.
Clima tropical
As abelhas sem ferrão ocupam grande parte das regiões de clima tropical do
planeta. Ocupam também algumas importantes regiões de clima subtropical, como
porções do Sul do Brasil e Argentina e o Norte do México.
Uruçu amarela
Nos anos 50, algumas colônias foram enviadas para localidades norte-
americanas no Arizona, Califórnia e Utah, entre outros. Algumas sobreviveram até oito
anos.
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Fonte: https://abelha.org.br/meliponicultura/
“A Apis mellifera tem o seu valor. Porém, a meliponicultura também tem o seu
valor, tanto econômico como o nutricional. E o interessante de apresentarmos este
trabalho na Tecnofam é que as pessoas podem se aproximar das colmeias sem
nenhum medo e sem a necessidade de colocar uma roupa de proteção”, observa
Jovelina.
O mel dessas abelhas também possui um grande valor medicinal. Sabe-se que
ele possui, também, uma elevada atividade antibacteriana sendo usado contra
doenças pulmonares, resfriado, gripe, fraqueza, e infecções de olhos. “Costuma-se
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dizer que a melhor espécie de abelha é a que produz mel, ou seja, todas as espécies
com ou sem ferrão tem o seu nível de importância. Mas, aqui, queremos ressaltar algo
que faz parte das nossas raízes desde muito tempo e que tem sua viabilidade
produtiva”, enfatiza a zootecnista.
“Eu trouxe mais para conhecimento das pessoas mesmo. O foco são as abelhas
sem ferrão de Mato Grosso do Sul. Mas, o gosto do mel da jandaíra é bem agradável
também e a cor chama a atenção de quem passa, pois aqui não é muito conhecido”,
diz.
Jovelina ainda destaca pontos que vão além da sua participação na Tecnofam.
“Pela Agraer eu participo de um grupo que discute a necessidade de se ter uma
câmara setorial de meliponicultura. Precisamos formular uma lei que trate sobre esse
eixo, pois a lei nacional trabalha sobre o mel de forma generalizada. Há características
peculiares de cada tipo de abelha, com e sem ferrão”, argumenta.
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A meliponicultura é uma atividade de criar abelhas deste grupo, diferindo da
apicultura que é a atividade de criação das abelhas Apis mellífera, popularmente,
conhecidas como “europeias” ou “africanas”.
Por volta do século XVIII os jesuítas trouxeram abelhas da Europa do tipo Apis
para o Brasil. O objetivo era produzir cera para as velas usadas nas missas. Na década
de 1.950 pesquisadores da Unesp trouxeram para o interior de São Paulo algumas
abelhas da África, também do tipo Apis, que tinham bastante produtividade. Contudo,
algumas abelhas, operárias e rainhas, escaparam do laboratório, indo parar
diretamente na natureza. Do cruzamento com outras abelhas do tipo Apis – as
europeias, surgiu o que conhecemos, hoje, por abelha Apis mellíferas ou africanizada,
sendo conhecida também pelo poderoso ferrão que possui.
Fonte: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/33562404/meliponicultura-zootecnista-
evidencia-importancia-da-criacao-de-abelhas-nativas
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De acordo com a zootecnista, uma das grandes vantagens do mel das abelhas
sem ferrão se refere ao seu menor teor de açúcar em relação ao da Apis melífera, uma
das espécies com ferrão mais conhecidas na produção de mel. Segundo estudos, o mel
das sem ferrão possui, também, grande valor medicinal.
“Costuma-se dizer que a melhor espécie de abelha é a que produz mel, ou seja,
todas as espécies com ou sem ferrão tem o seu nível de importância. Mas, aqui,
queremos ressaltar algo que faz parte das nossas raízes desde muito tempo e que tem
sua viabilidade produtiva”, enfatizou a zootecnista.
Em sua fala, a zootecnista falou das espécies Marmelada, Moça Preta, Jataí ou
Jati, Mirim, Manduri e Mandaçaia. Mas um exemplo pontual de espécie citada pela
profissional foi a jandaíra. Segundo ela, o gosto do mel desta espécie é bem agradável
e a cor chama a atenção. A jandaíra é uma espécie de abelha do bioma da Caatinga,
nas terras secas do semiárido, e distribui em estados como Alagoas, Bahia, Ceará,
Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Mel da jandaíra tem cor branca e se assemelha ao gel comestível, muito usado
na aplicação de papel arroz em bolos de aniversário.
FORTALECIMENTO
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própolis, sejam para o consumo doméstico ou para o comércio dentro de Mato Grosso
do Sul.
Fonte: http://abz.org.br/blog/zootecnista-evidencia-importancia-da-criacao-de-abelhas-sem-ferrao/
AS ABELHAS
As abelhas são descendentes das vespas que deixaram de se alimentar de
pequenos insetos e aranhas para consumirem o pólen das flores quando essas
surgiram, há cerca de 135 milhões de anos. Durante esse processo evolutivo, surgiram
várias espécies de abelhas. Hoje se conhecem mais de 20 mil espécies, mas acredita-se
que existam umas 40 mil espécies ainda não-descobertas. Somente 2% das espécies de
abelhas são sociais e produzem mel. Entre as espécies produtoras de mel, as do gênero
Apis são as mais conhecidas e difundidas.
O fóssil mais antigo desse gênero que se conhece é da espécie já extinta Apis
ambruster e data de 12 milhões de anos. Provavelmente esse gênero de abelha tenha
surgido na África após a separação do continente americano, tendo posteriormente
migrado para a Europa e Ásia, originando as espécies Apis mellifera, Apis cerana, Apis
florea, Apis korchevniskov, Apis andreniformis, Apis dorsata, Apis laboriosa, Apis
nuluensis e Apis nigrocincta.
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os produtos do favo. Os enxames, muitas vezes, morriam ou fugiam, obrigando o
homem a procurar novos ninhos cada vez que necessitasse retirar o mel para
consumo.
Nesse período, muitos produtores já não suportavam ter que matar suas
abelhas para coletar o mel e vários estudos iniciaram-se nesse sentido. O uso de
recipientes horizontais e com comprimento maior que o braço do produtor foi uma
das primeiras tentativas. Nessas colmeias, para colheita do mel, o apicultor jogava
fumaça na entrada da caixa, fazendo com que todas as abelhas fossem para o fundo,
inclusive a rainha, e depois retirava somente os favos da frente, deixando uma reserva
para as abelhas.
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Em 1851, o Reverendo Lorenzo Lorraine Langstroth verificou que as abelhas
depositavam própolis em qualquer espaço inferior a 4,7 mm e construíam favos em
espaços superiores a 9,5 mm. A medida entre esses dois espaços Langstroth chamou
de "espaço abelha", que é o menor espaço livre existente no interior da colmeia e por
onde podem passar duas abelhas ao mesmo tempo.
Cera: Utilizada pelas abelhas para construção dos favos e fechamento dos
alvéolos. Produzida por glândulas especiais (cerífera), situadas no abdome das abelhas
operárias. A cera de Apis mellifera possui 248 componentes diferentes, nem todos
ainda identificados. Logo após sua secreção, a cera possui uma cor clara, escurecendo
com o tempo, em virtude do depósito de pólen e do desenvolvimento das larvas.
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principais importadores são: Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Japão e França;
os principais exportadores são: Chile, Tanzânia, Brasil, Holanda e Austrália.
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Geleia real: A geleia real é uma substância produzida pelas glandulas
hipofaringeanas e mandibulares das operárias com até 14 dias de idade. Na colmeia, é
usada como alimento das larvas e da rainha.Constituída basicamente de água,
carboidratos, proteínas, lipídios e vitaminas, a geléia real é muito viscosa, possui cor
branco-leitosa e sabor ácido forte. Embora não seja estocada na colmeias como o mel
e o pólen, é produzida por alguns apicultores para comercialização in natura,
misturada com mel ou mesmo liofilizada. A indústria de cosméticos e medicamentos
também a utilizam na composição de diversos produtos.
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primeiras semanas de vida da operária e armazenado no "saco de veneno" situado na
base do ferrao. Cada operária produz 0,3 mg de veneno, que é uma substância
transparente, solúvel em água e composta de proteínas, aminoácidos, lipídios e
enzimas.Embora a ação anti-reumática do veneno seja comprovada e o preço no
mercado seja muito atrativo, trata-se de um produto de difícil comercialização, pois,
ao contrário de outros produtos apícolas, o veneno deve ser comercializado para
farmácias de manipulação e indústrias de processamento químico, em razão da sua
ação tóxica.
Embora quase todo mundo saiba o que é Apicultura, quase ninguém ouviu falar
de Meliponicultura. A Meliponicultura é assim como a Apicultura o nome dado a
atividade de criação racional de abelhas, a única diferença está na espécie de abelha.
No caso da Meliponicultura são criadas abelhas chamadas meliponíneos, nativas do
Brasil e no caso da Apicultura são criadas abelhas de ferrão africanas, introduzidas no
Brasil no período colonial.
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reproduzem pelo processo de dispersão de sementes realizado por elas. O que implica
em impactos também na agricultura, indústria e comércio.
Outro diferencial da Meliponicultura é que ela pode ser exercida por jovens,
mulheres e idosos. A atividade não exige força física e também não apresenta nenhum
risco de acidentes ou ataques. Como não possuem ferrão, os meliponíneos são fáceis
de manejar.
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Obstáculos e Desafios da Meliponicultura
Pouquíssimas pessoas sabem que este mel existe e uma gama menor ainda já
teve o prazer de saboreá-lo! O mel de abelhas nativas é bem menos doce, fluido (com
maior umidade) e um pouco ácido. Estes são os ingredientes que o diferenciam do mel
tradicional.
O motivo deste mel ser considerado uma iguaria, está além das dificuldades já
citadas para regularização e comercialização em larga escala. É que cada colméia
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produz apenas 3 litros de mel e isto só ocorre nos meses de agosto a dezembro, ou
seja, não é fácil coletar uma quantidade tão grande.
Fonte: http://www.institutobrasiljusto.org.br/Meliponicultura.html
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