Adm - Patrocinada - Anexo 03
Adm - Patrocinada - Anexo 03
Adm - Patrocinada - Anexo 03
SÃO PAULO – SP
CONTEÚDO
2
FINANCEIRO DO CONTRATO .................................................................................. 36
CAPÍTULO V – DA CONCESSIONÁRIA.................................................................... 85
3
CONCESSIONÁRIA ............................................................................................. 101
4
CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA TERCEIRA – DA DESMOBILIZAÇÃO .............. 136
5
CONTRATO DE CONCESSÃO
Este CONTRATO tem por finalidade regrar a relação de delegação, pelo PODER CONCEDENTE
à CONCESSIONÁRIA, por intermédio da Secretaria de Logística e Transportes e com a
interveniência da Companhia Paulista de Parcerias – CPP e da Agência Reguladora de Serviços
Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo – ARTESP, dos serviços públicos
de operação, conservação, manutenção e realização dos investimentos necessários para a
exploração da malha rodoviária composta pelo SISTEMA RODOVIÁRIO descrito no ANEXO 02,
denominado, para os fins desta CONCESSÃO PATROCINADA, de LOTE RODOANEL NORTE,
e é celebrado em [•], entre as PARTES abaixo qualificadas:
CONCESSIONÁRIA [•]
e do:
6
CONSIDERANDO QUE:
7
aprovados pela ARTESP, conforme Ata da 55ª Reunião Extraordinária do Conselho Diretor,
realizada em 27 de janeiro de 2022 e Ata da 95ª Reunião Extraordinária do Conselho Diretor,
realizada em 12 de agosto de 2022. O CGPPP também deliberou pela aprovação do projeto,
conforme Ata da 28ª Reunião Conjunta Ordinária, concernente à 264ª Reunião Ordinária do
CDPED e à 111ª Reunião Ordinária do Conselho Gestor do Programa Estadual de Parcerias
Público-Privadas – CGPPP, cuja ata foi publicada no Diário Oficial de 28 de dezembro de 2021
e conforme Ata da 33º Reunião Conjunta Ordinária do CDPED e do CGPPP, cuja ata foi
publicada no Diário Oficial de 11 de agosto de 2022;
8
CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS
1.1. Para os fins deste CONTRATO, salvo disposição expressa em contrário, os termos, frases
e expressões listados abaixo, quando utilizados neste CONTRATO e ANEXOS e redigidos
em caixa alta ou com letras iniciais maiúsculas, deverão ser compreendidos e
interpretados de acordo com os significados previstos no ANEXO 20, podendo ser
utilizados tanto no plural, quanto no singular, sem qualquer alteração de sentido.
2.1. Para os fins deste CONTRATO, salvo nos casos em que haja expressa disposição em
contrário:
vi. O uso neste CONTRATO dos termos “incluindo” ou “inclusive” significa “incluindo,
mas não se limitando” ou “inclusive, mas sem se limitar a”;
9
respectivo prazo estará completo até o final do mês-calendário em questão.
xi. Os títulos das cláusulas deste CONTRATO e dos ANEXOS têm por objetivo facilitar
a organização e conteúdo e não devem ser usados, de forma isolada, na aplicação
ou interpretação das regras atinentes à CONCESSÃO PATROCINADA.
2.2. Controvérsias que porventura existam na aplicação e/ou interpretação dos dispositivos
e/ou documentos relacionados à presente contratação resolver-se-ão da seguinte forma:
ii. Considerar-se-á, em segundo lugar, a redação dos ANEXOS, sendo que, em caso
de divergências entre estes, prevalecerão os ANEXOS indicados abaixo, na ordem
em que aparecem na tabela:
ANEXO 18
ANEXO 2
ANEXO 21
ANEXO 3
ANEXO 5
ANEXO 7
ANEXO 6
ANEXO 12
APÊNDICE B
APÊNDICE C
APÊNDICE D
APÊNDICE E
APÊNDICE H
10
2.3. A inteligência das disposições contratuais deve:
ii. priorizar a busca de um resultado equitativo para ambas as PARTES sob o ponto
de vista econômico-financeiro;
3.1. O presente CONTRATO é regido pelas regras aqui estabelecidas no corpo deste texto e
em seus ANEXOS, assim como pela Lei Estadual nº 11.688/2004, pela Lei Federal
nº 11.079/2004, pela Lei Estadual nº 7.832/1992 e pela Lei Federal nº 8.987/1995.
Subsidiariamente, também regem este CONTRATO a Lei Federal nº 8.666/1993, a Lei
Estadual nº 6.544/1989, a Lei Estadual nº 9.361/96, e a Lei Estadual nº 10.177/1998, assim
como as demais normas vigentes e aplicáveis ao presente caso, especialmente, mas sem
se limitar, a regulamentação emanada da ARTESP.
3.2. Salvo disposição em sentido contrário neste CONTRATO, considera-se março de 2022
como data base para os valores expressos neste CONTRATO, os quais serão atualizados
de acordo com a variação do IPCA ou outro índice que eventualmente o substitua.
11
Anexo 9 Termos de Transferência Assinados
Anexo 11 Penalidades
Anexo 20 Glossário
4.2. São APÊNDICES os seguintes documentos que, para todos os fins deste CONTRATO,
terão o mesmo tratamento dispensado aos ANEXOS:
A Retigráfico
B Passivos Ambientais
F Sistemas Digitais
Procedimento para a Apresentação, Revisão e Aprovação de Projetos, Início e
G
Recebimento de Obras
H Níveis de Serviço
12
5.1. Constitui objeto do presente CONTRATO a CONCESSÃO PATROCINADA dos serviços
de operação, manutenção e realização dos investimentos necessários para a exploração
do SISTEMA RODOVIÁRIO, nos termos das disposições deste CONTRATO e dos
ANEXOS, além da exploração de RECEITAS ACESSÓRIAS.
6.1. O CONTRATO terá sua eficácia a partir da publicação no DOE/SP e terá como prazo de
vigência o período correspondente a 31 (trinta e um) anos, contados a partir da assinatura
do TERMO DE TRANSFERÊNCIA INICIAL.
13
observado o regramento disposto na Cláusula Décima Quinta e no ANEXO 18;
iv. Remoção de objetos, equipamentos, insumos e/ou peças que tenham sido
anteriormente utilizadas e que não compõem o rol de BENS REVERSÍVEIS, mas
que permaneçam na área em que será implantado o SISTEMA RODOVIÁRIO;
14
6.2.3.1.1. A prorrogação do prazo nos termos da Cláusula 6.2.3.1 acima deverá ser
solicitada previamente ao início do PERÍODO DE CONSTRUÇÃO, e
constituirá EVENTO DE DESEQUILÍBRIO, e o respectivo reequilíbrio
observará o regramento previsto na Cláusula Vigésima Quinta do
CONTRATO, sendo certo que, neste caso, a CONCESSIONÁRIA não
poderá sofrer penalidades por atrasos em relação ao prazo originalmente
estabelecido para a conclusão das OBRAS DE IMPLANTAÇÃO.
6.3. O prazo previsto na Cláusula 6.1 poderá ser prorrogado, excepcionalmente e a exclusivo
critério do PODER CONCEDENTE, nas seguintes hipóteses, observadas as limitações
legais aplicáveis:
6.3.1. A aplicação do inciso iii da Cláusula 6.3 não dispensará a exigida qualificação da
CONCESSÃO PATROCINADA como projeto habilitado à prorrogação antecipada pelo
órgão ou entidade competente do PODER CONCEDENTE, nos termos do artigo 2º da
Lei Estadual nº 16.933/2019.
15
CONTRATO, na forma do REGULAMENTO DA CONCESSÃO, competindo-lhe a
cobrança de pedágio e dos serviços prestados aos USUÁRIOS, nos termos deste
CONTRATO.
6.5. O CONTRATO poderá ser extinto antecipadamente por iniciativa de qualquer das
PARTES, quando da eventual ocorrência das seguintes hipóteses, observado o
regramento estabelecido por este CONTRATO:
6.5.1. A hipótese prevista no inciso ii da Cláusula 6.5 não será aplicada caso a
CONCESSIONÁRIA demonstre que sua estrutura financeira prescinde da obtenção de
financiamento(s) de longo prazo.
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7.2. O VALOR ESTIMADO DO CONTRATO é uma estimativa meramente referencial, não
podendo ser invocado, por qualquer das PARTES ou pela ARTESP, como base para a
realização de recomposições do equilíbrio econômico-financeiro do CONTRATO ou para
qualquer outro fim que implique utilização do VALOR ESTIMADO DO CONTRATO como
parâmetro para indenizações, ressarcimentos e afins.
8.2. A CONCESSIONÁRIA declara estar ciente dos valores, riscos e condições relacionados à
obtenção da RECEITA TARIFÁRIA DEVIDA, da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA
EFETIVA, do APORTE PÚBLICO e das RECEITAS ACESSÓRIAS, concordando serem
suficientes para remunerar todos os investimentos, custos e despesas relacionados com
o objeto deste CONTRATO, de maneira que as condições aqui originalmente
estabelecidas conferem equilíbrio econômico-financeiro à CONCESSÃO PATROCINADA.
9.1. As TARIFAS DE PEDÁGIO poderão ser cobradas dos USUÁRIOS, conforme os termos
do ANEXO 04, sendo de inteira responsabilidade da CONCESSIONÁRIA a implantação
de todos os equipamentos, sistemas e sensores necessários para o funcionamento do
SISTEMA FREE FLOW.
9.3. A TARIFA DE PEDÁGIO passível de cobrança dos USUÁRIOS por meio dos PÓRTICOS
será calculada com base no regramento estabelecido no ANEXO 04.
17
anualmente, considerando a variação do IPCA/IBGE no período, tendo como referência a
data base de março de 2022, no mês de aniversário do CONTRATO, conforme regramento
estabelecido pelo ANEXO 04.
11.3.1. Para prestação da garantia prevista na Cláusula 11.4, a CPP fará jus a uma
remuneração anual no valor correspondente a 0,2% (dois décimos por cento) do valor
total garantido, a ser pago a partir da assinatura do CONTRATO DE PENHOR e nas
condições que este instrumento especificar.
18
CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA DEVIDA.
11.5. A garantia mencionada na Cláusula 11.4 será assegurada mediante penhor, instituído
nos termos dos artigos 1.431 e 1.432 do Código Civil Brasileiro, no prazo máximo de
60 (sessenta) dias contados do recebimento, pela CPP, de notificação da
CONCESSIONÁRIA ou do PODER CONCEDENTE informando o início do PRAZO
DA CONCESSÃO, sobre aplicações financeiras depositadas ou custodiadas em
instituição financeira onde a CPP possua suas aplicações, que poderão ser utilizadas
de forma isolada ou acumulada, a critério da CPP, tendo como lastro as seguintes
opções:
iii. Certificado de Depósito Bancário – CDB, bem como outros títulos emitidos por
instituição financeira, cujo rating seja considerado de baixo risco de crédito, com
nota de classificação de risco equivalente ou superior a AA em escala nacional,
emitida por uma das agências classificadoras de risco de crédito aqui elencadas:
Standard and Poor’s (S&P), Moody’s ou Fitch Ratings.
19
11.8. O valor da garantia empenhado será ajustado ao valor da garantia mencionada na
Cláusula 11.4 com antecedência mínima de 30 (trinta) dias em relação à data prevista
para o vencimento da primeira parcela da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA
DEVIDA ou no prazo de 36 (trinta e seis) meses da DATA DE ASSINATURA, o que
ocorrer primeiro, e, a partir de então, será ajustado anualmente nas datas previstas
para o reajuste da CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA DEVIDA, de forma a manter
a correspondência com a garantia prestada, podendo importar, em função dos
rendimentos obtidos no período, na complementação do penhor originalmente
estabelecido ou no levantamento do penhor incidente sobre as aplicações
financeiras, naquilo que sobejar o necessário para a manutenção da referida
correspondência.
11.9. Sem prejuízo dos itens 24 e 24.1 do APÊNDICE E e da Cláusula 11.15.1, na hipótese
de inadimplemento por parte do PODER CONCEDENTE no pagamento da
CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA DEVIDA, a CONCESSIONÁRIA poderá,
decorridos 10 (dez) dias da constatação, pelo BANCO DEPOSITÁRIO, de que a
CONTA FREE FLOW não possui saldo suficiente para fazer frente ao pagamento da
CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA DEVIDA, nos termos do APÊNDICE E,
executar a garantia prestada pela CPP, concedendo-lhe, inicialmente, o prazo de 10
(dez) dias úteis para pagamento espontâneo.
11.12. A garantia prestada pela CPP será reduzida em valor correspondente ao montante
executado pela CONCESSIONÁRIA, naquilo em que não for ressarcido pelo PODER
CONCEDENTE nos termos da Cláusula 11.11, até sua eventual extinção,
independentemente do prazo de vigência estabelecido na Cláusula 11.4.
20
(S&P) ou Moody’s, ou por garantia oferecida por organismo multilateral de crédito
com classificação de risco no mínimo AA ou equivalente, ou, ainda, prestar outras
formas de garantia pessoal ou real.
12.1. A presente CONCESSÃO PATROCINADA contará com APORTE PÚBLICO por parte
do PODER CONCEDENTE, cuja percepção pela CONCESSIONÁRIA se dará em
conformidade com o ANEXO 19, em parcelas que serão devidas em função do efetivo
cumprimento, pela CONCESSIONÁRIA, dos EVENTOS DE DESEMBOLSO para
liberação das parcelas de APORTE PÚBLICO, correspondentes aos investimentos
previstos para as OBRAS DE IMPLANTAÇÃO, observada a proporcionalidade com
21
as etapas efetivamente executadas.
12.4.2. Em até 10 (dez) dias após a apresentação da lista tríplice de candidatos a AUDITOR
INDEPENDENTE pela CONCESSIONÁRIA, a ARTESP deverá homologar a lista,
selecionando o AUDITOR INDEPENDENTE por meio de sorteio, ou, caso necessário,
solicitar ajustes na lista tríplice.
22
(doze) meses precedentes à publicação do EDITAL, nem poderão ter qualquer tipo
de vínculo com a CONCESSIONÀRIA e suas PARTES RELACIONADAS, nem delas
perceber qualquer forma de remuneração, nos 12 (doze) meses posteriores à
conclusão do PERÍODO DE CONSTRUÇÃO.
ii. Cobrança pelo uso da FAIXA DE DOMÍNIO, na forma regulamentada pelo Poder
Público e com obediência às disposições da legislação aplicável, incluindo a Lei
nº 13.116/2015, exceto quanto à parcela da FAIXA DE DOMÍNIO (a) que
eventualmente seja objeto de convivência com malha ferroviária; ou (b) em que
haja impossibilidade jurídica de cobrança, seja por lei, norma ou decisão judicial
aplicável;
23
considerados como RECEITAS ACESSÓRIAS para fins deste CONTRATO.
13.2.2. Não serão consideradas RECEITAS ACESSÓRIAS, inclusive para fins de incidência
dos valores previstos na Cláusula 13.3, as receitas auferidas por PARTES
RELACIONADAS da CONCESSIONÁRIA, com fundamento em instrumentos
jurídicos regularmente firmados com a CONCESSIONÁRIA, salvo se identificado que
o contrato entre a CONCESSIONÁRIA e a PARTE RELACIONADA foi celebrado em
violação às obrigações contidas na Cláusula 29.10, hipótese na qual a totalidade da
receita auferida pela PARTE RELACIONADA será considerada, para os fins deste
CONTRATO, como RECEITA ACESSÓRIA da CONCESSIONÁRIA.
13.3.1. Em até 5 (cinco) dias após o fim de cada mês, a CONCESSIONÁRIA deverá enviar
à ARTESP a comprovação da realização dos pagamentos mencionados na Cláusula
13.3, relativos à incidência sobre a RECEITA ACESSÓRIA, bem como documentação
contábil que possibilite que a ARTESP verifique se os pagamentos foram realizados
nos termos deste CONTRATO.
13.3.2. Para fins do disposto na cláusula 13.3.1, a ARTESP terá amplo acesso às
demonstrações financeiras relativas aos contratos de RECEITAS ACESSÓRIAS, de
modo a verificar a adequação dos repasses realizados pela CONCESSIONÁRIA.
24
terceiros e todos os órgãos competentes de fiscalização e regulação, excluindo a ARTESP
e o PODER CONCEDENTE de qualquer demanda a respeito, salvo se a exploração
ocorrer de forma conjunta.
13.5. Caso terceiros interessados desejem explorar quaisquer atividades que gerem RECEITAS
ACESSÓRIAS, deverão firmar contrato com a CONCESSIONÁRIA, o qual será regido
pelo direito privado, não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os terceiros e a
ARTESP e/ou o PODER CONCEDENTE.
13.5.3. Os NEGÓCIOS PÚBLICOS, que não integram o SERVIÇO DELEGADO, têm caráter
aleatório e eventual, não representando para o PODER CONCEDENTE e/ou para a
ARTESP qualquer compromisso de autorização ou concordância com o(s)
eventual(is) negócio(s) proposto(s) pela CONCESSIONÁRIA, e estão inteiramente
condicionados à autorização do PODER CONCEDENTE e/ou da ARTESP, conforme
o caso, cuja avaliação compreenderá não apenas a compatibilidade com a lei e com
os níveis de serviço e exigências técnico-operacionais contratualmente previstos,
mas também a conveniência e a oportunidade do NEGÓCIO PÚBLICO para o
PODER CONCEDENTE.
25
expertise de terceiros para apoiar a análise da estruturação dos NEGÓCIOS
PÚBLICOS, e dos correlatos arranjos jurídicos, inclusive para identificarem se o
regramento relacionado ao compartilhamento de riscos, custos e receitas proposto se
configura apropriado à luz do interesse público e compatível com este CONTRATO.
13.6. Nenhum contrato celebrado entre a CONCESSIONÁRIA e terceiros que tenha por objetivo
a exploração de RECEITAS ACESSÓRIAS no âmbito deste CONTRATO poderá
ultrapassar o PRAZO DA CONCESSÃO, salvo se prévia e expressamente autorizado pelo
PODER CONCEDENTE, devendo a CONCESSIONÁRIA adotar todas as medidas
pertinentes para entrega das áreas objeto de exploração de RECEITAS ACESSÓRIAS ao
PODER CONCEDENTE, livres e desobstruídas de quaisquer ônus e encargos, sendo
exclusiva e integral a responsabilidade da CONCESSIONÁRIA, em razão de contratos
daquela natureza, por quaisquer tributos, encargos, obrigações, gravames, ônus, valores
residuais ou de outras origens cobrados pelos seus subcontratados, sendo vedado à
CONCESSIONÁRIA impor tal responsabilidade à ARTESP ou ao PODER CONCEDENTE,
assim como cobrar deles qualquer valor que entenda lhe ser diretamente devido em
decorrência dos contratos firmados com particulares.
13.6.3. Conferida a autorização prevista na Cláusula 13.6, o contrato autorizado poderá ser
mantido ainda que sobrevenha hipótese de extinção antecipada da CONCESSÃO
PATROCINADA, observada, neste caso, a faculdade a que alude a Cláusula 13.6.4.
26
exploração de RECEITAS ACESSÓRIAS, incluindo os que tenham obtido a
autorização prevista na Cláusula 13.6, assegurando nestes casos a indenização na
hipótese de investimentos ainda não amortizados realizados pela
CONCESSIONÁRIA ou pelo terceiro.
13.6.5. Os contratos previamente autorizados nos termos da Cláusula 13.6 deverão prever
remuneração periódica em parcelas iguais ou crescentes durante toda sua vigência,
devendo ser corrigidas monetariamente por índice oficial de inflação, sendo vedada
a antecipação das parcelas que extrapolarem o PRAZO DA CONCESSÃO.
13.6.6. Caso o contrato comercial que extrapole o PRAZO DA CONCESSÃO, firmado entre
a CONCESSIONÁRIA e terceiros, preveja remuneração variável proporcional ao
faturamento do negócio, essa deverá ter valor percentual igual ou crescente e
periodicidade constante ao longo de todo o contrato.
13.6.7. Caso o contrato comercial que extrapole o PRAZO DA CONCESSÃO, firmado entre
a CONCESSIONÁRIA e terceiros, preveja formas de remuneração distintas das
dispostas nas Cláusulas 13.6.5 e 13.6.6., essa deverá ser informada na solicitação
da autorização prevista na Cláusula 13.6.
13.7.1. A anuência de que trata a Cláusula 13.7 não é necessária para a exploração dos
27
serviços previstos nos incisos i a iii da Cláusula 13.2.
13.8. Caso a ARTESP rejeite a proposta de exploração de atividade capaz de gerar RECEITAS
ACESSÓRIAS ou de SERVIÇO COMPLEMENTAR, deverá fazê-lo de maneira
fundamentada, podendo apresentar proposta alternativa para que a exploração seja
acatada.
14.2. Todos os bens que integram ou venham a integrar esta CONCESSÃO PATROCINADA
serão considerados BENS REVERSÍVEIS para fins deste CONTRATO e da legislação
aplicável, sendo-lhes aplicáveis todas as disposições pertinentes, salvo aqueles bens de
utilização restrita à execução das OBRAS DE IMPLANTAÇÃO, a exemplo de máquinas e
equipamentos que não sejam empregados ao longo da OPERAÇÃO COMERCIAL
PLENA.
14.4. Todos os BENS REVERSÍVEIS deverão ser mantidos em bom estado de conservação e
em pleno funcionamento pela CONCESSIONÁRIA, por todo o PRAZO DA CONCESSÃO.
28
medidas judiciais para assegurar ou recuperar a posse dos BENS REVERSÍVEIS.
14.9. Ao final da vida útil dos BENS REVERSÍVEIS, a CONCESSIONÁRIA deverá proceder à
sua substituição por bens novos e semelhantes, de qualidade igual ou superior, caso
necessário, a fim de garantir o atendimento às obrigações de continuidade da prestação
dos serviços objeto deste CONTRATO e, especialmente, a obrigatória atualização
tecnológica e o atendimento aos INDICADORES DE DESEMPENHO, observadas as
disposições contratuais pertinentes.
29
14.15. A CONCESSIONÁRIA cede, sem ônus e definitivamente, à ARTESP, ao PODER
CONCEDENTE e às futuras SUCESSORAS deste SISTEMA RODOVIÁRIO, licença para
usar os estudos, projetos e outros trabalhos de cunho intelectual criados e utilizados no
desenvolvimento do projeto e seus respectivos direitos de propriedade intelectual
(incluindo o direito de fazer e utilizar trabalhos dele derivados), inclusive em futuros
contratos de concessão, e sem quaisquer restrições que condicionem a continuidade da
prestação de serviços, sua atualização e/ou revisão.
14.17.1. Os bens deverão ser substituídos por outros com atualidade tecnológica equivalente
ou superior e desde que possuam as mesmas condições de operação e
funcionamento, nos termos da Cláusula Décima Sétima.
30
14.18. Todos os negócios jurídicos da CONCESSIONÁRIA com terceiros que envolvam os BENS
REVERSÍVEIS deverão mencionar expressamente a vinculação dos BENS
REVERSÍVEIS envolvidos à CONCESSÃO PATROCINADA.
14.18.2. Quando for necessária a anuência, a ARTESP emitirá sua decisão sobre a
alienação, a constituição de ônus ou a transferência, de qualquer natureza, dos
BENS REVERSÍVEIS, pela CONCESSIONÁRIA a terceiros, em prazo compatível
com a complexidade da situação, não podendo ultrapassar 60 (sessenta) dias,
contados do recebimento da solicitação de anuência prévia encaminhada pela
CONCESSIONÁRIA.
14.19. Qualquer alienação de bens móveis que se qualifiquem como BENS REVERSÍVEIS e que
a CONCESSIONÁRIA pretenda realizar nos últimos 2 (dois) anos do PRAZO DA
CONCESSÃO, deverá contar com a não objeção da ARTESP, salvo se houver a imediata
substituição.
31
o ANEXO 18.
15.2.3.1. As ocupações referidas na Cláusula 15.2.3 acima não serão consideradas óbice
ao início do PERÍODO DE CONSTRUÇÃO e, portanto, ao regramento aplicável
a este período, inclusive quanto ao prazo para o início da OPERAÇÃO
COMERCIAL PLENA, não constituindo EVENTO DE DESEQUILÍBRIO.
15.3.1. Custos e atrasos decorrentes dos eventos indicados na Cláusula 15.3 serão
integralmente suportados pela CONCESSIONÁRIA, não sendo objeto de reequilíbrio
econômico-financeiro do CONTRATO.
32
dos serviços realizados.
16.4. Todos os marcos e etapas, inclusive marcos iniciais e intermediários apresentados nos
PLANOS DE INVESTIMENTOS, estabelecidos para acompanhamento do andamento de
cada investimento que se faça necessário, deverão ser devida e tempestivamente
cumpridos pela CONCESSIONÁRIA, sob pena de incidência das penalidades previstas
neste CONTRATO e demais consequências cabíveis.
16.4.1. Os atrasos nos prazos estabelecidos para a realização dos investimentos, tanto
aqueles que indiquem o início quanto os que estabeleçam o final de cada etapa
construtiva das obras, ensejarão aplicação das pertinentes penalidades à
CONCESSIONÁRIA, conforme o estabelecido no ANEXO 11.
16.5.1. Figura como condição para início da execução de cada etapa de realização de
investimento ou obra a contratação dos seguros e garantias correspondentes.
33
ii. Execução do PROGRAMA INICIAL, previsto no ANEXO 05, para um dos
conjuntos indicados Cláusula 17.3;
17.4. A CONCESSIONÁRIA, após a conclusão das obras restantes, deverá solicitar à ARTESP
a autorização para a OPERAÇÃO COMERCIAL PLENA.
18.3. A CONCESSIONÁRIA deverá levar em consideração a vida útil dos BENS REVERSÍVEIS
e o seu adequado aproveitamento e funcionamento, devendo, quando necessário,
34
proceder à sua substituição por outros bens e equipamentos que apresentem atualidade
tecnológica e condições de operação e funcionamento idênticas ou superiores às dos
substituídos, independentemente de determinação do PODER CONCEDENTE e/ou da
ARTESP.
18.8. O disposto nas Cláusulas 18.1 a 18.7 deste CONTRATO não se confunde com a
possibilidade de adoção e incorporação de inovações tecnológicas pela
CONCESSIONÁRIA, observado o disposto nas Cláusulas 18.10 e 18.11.
35
previamente submetidas à aprovação da ARTESP e do PODER CONCEDENTE.
18.13. O disposto nesta Cláusula Décima Oitava não afasta a obrigação da CONCESSIONÁRIA
de adotar, implementar e custear toda e qualquer medida procedimental e/ou operacional,
inclusive aquelas de natureza tributária, trabalhista e/ou ambiental determinadas por
agentes fiscalizadores distintos da ARTESP, que não sejam específicas à CONCESSÃO
PATROCINADA ou à CONCESSIONÁRIA, não fazendo a CONCESSIONÁRIA jus a
qualquer direito de indenização ou reequilíbrio econômico-financeiro, salvo se tais
determinações representarem fator de risco ou responsabilidade do PODER
CONCEDENTE ou da ARTESP.
36
CONCESSÃO PATROCINADA, de forma adequada ao pleno atendimento dos
USUÁRIOS, valendo-se de todos os meios e recursos para sua execução, em
obediência às normas pertinentes aos padrões e aos procedimentos estabelecidos
neste CONTRATO e àqueles determinados pelo PODER CONCEDENTE e pela
ARTESP;
ix. Não celebrar contrato com terceiros cuja execução seja incompatível com o prazo
da CONCESSÃO PATROCINADA, ressalvadas as situações expressamente
previstas neste CONTRATO;
37
CONCESSIONÁRIA ou que decorram de obrigações por ela assumidas no
CONTRATO, que tenham sido realizados de maneira indevida ou em
desconformidade com os padrões de qualidade estabelecidos neste CONTRATO
e ANEXOS, observando os prazos definidos pela ARTESP;
xv. Obter, aplicar e gerir todos os recursos financeiros necessários à execução das
atividades e investimentos previstos no escopo deste CONTRATO;
xvii. Recolher os tributos incidentes sobre suas atividades, bem como cumprir a
legislação tributária, inclusive quando se tratar da exploração de atividades que
gerem RECEITAS ACESSÓRIAS, buscando meios mais eficientes, conforme os
mecanismos disponíveis na legislação;
38
previstas no CONTRATO e nos ANEXOS, com todos os meios necessários
disponíveis para prestação, entre outras ações, de atendimento de primeiros
socorros e/ou remoção hospitalar, se o caso;
xx. Arcar com todos os custos de energia elétrica, de água, e de todas as utilidades
públicas incidentes sobre o SISTEMA RODOVIÁRIO, a partir da assinatura do
TERMO DE TRANSFERÊNCIA INICIAL;
xxiv. Prever a responsabilização de seus agentes por danos que causarem a terceiros,
aos USUÁRIOS e, quando for o caso, ao Poder Público, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa;
39
CONCESSIONÁRIA na execução do objeto deste CONTRATO;
40
termos do ANEXO 05;
xl. Zelar pela proteção ao meio ambiente, nos termos da legislação aplicável;
xlii. Zelar pela integridade dos BENS REVERSÍVEIS e pelas áreas remanescentes,
incluindo as que se referem à FAIXA DE DOMÍNIO devendo, conforme regramento
estabelecido nos ANEXOS 05, 06 e 07, reparar todos e quaisquer danos causados
no SISTEMA RODOVIÁRIO, bem como em quaisquer bens de terceiros, em
decorrência da exploração do objeto da CONCESSÃO PATROCINADA, podendo
solicitar, nas hipóteses em que os danos sejam causados por culpa ou dolo da
41
ARTESP ou do PODER CONCEDENTE, ou decorram de fatores de risco ou
responsabilidade destes, o reequilíbrio econômico-financeiro do CONTRATO em
razão dos custos associados a tal reparação;
xlv. Aceitar e cooperar com seus melhores esforços, de acordo com o disposto na
legislação e normas aplicáveis, na utilização da FAIXA DE DOMÍNIO por
concessionárias, permissionárias ou autorizadas, na prestação dos serviços que
demandem a instalação de tubulação de água, esgotos, redes de eletricidade, gás
natural ou telecomunicações;
42
lii. Fornecer os recursos materiais e financeiros necessários ao exercício das
atividades de fiscalização e policiamento de trânsito, além das obras de
construção e/ou adaptação das instalações civis necessárias ao funcionamento
destas atividades, conforme limites e especificações estabelecidas pelos
ANEXOS 05 e 07;
lx. Adotar as melhores práticas definidas pela Lei Federal nº 12.846/2014, inclusive
implementando os mecanismos de integridade na forma descrita nos artigos 41 e
42 do Decreto Federal nº 8.420/2015 e no Decreto Estadual nº 60.106/2015, ou
outra lei ou regramento que os substituam ou alterem, observado o disposto nos
ANEXOS 05 e 06;
43
lxii. Manter, para todas as atividades relacionadas aos serviços de engenharia, a
competente regularidade perante os órgãos reguladores de exercício da profissão,
exigindo o mesmo de terceiros contratados;
lxix. Instituir, nos termos da Cláusula Vigésima Nona, regramento específico para
contratação de PARTES RELACIONADAS;
lxx. Não infringir quaisquer patentes, marcas e direitos autorais dos bens, dos serviços
e das informações fornecidos em decorrência do CONTRATO;
lxxi. Atender a regulação exercida por quaisquer outros órgãos ou entidades distintas
da ARTESP, cuja competência inclua as atividades objeto deste CONTRATO;
44
de todos os programas ambientais, a execução das medidas de mitigação de
impactos ambientais e o atendimento às condicionantes nelas estabelecidas, sem
prejuízo ao direito de reequilíbrio econômico-financeiro nas hipóteses em que os
custos associados à exigência de programas ou condicionantes ambientais, ou à
materialização de passivos ambientais, tiver sido alocado ao PODER
CONCEDENTE;
lxxxi. Atender às exigências feitas pelos órgãos competentes para obtenção de licenças,
autorizações e permissões necessárias à execução do CONTRATO, incluindo
aquelas de natureza ambiental e de proteção do patrimônio histórico e cultural;
45
lxxxiii. Manter, durante todo o PRAZO DA CONCESSÃO, as condições de habilitação
que lhe foram exigidas na LICITAÇÃO, necessárias à prestação dos serviços,
observada a compatibilidade com o momento de execução contratual;
lxxxvi. Manter seu acervo documental de acordo com o disposto na Lei Federal n.º
8.159/1991 e demais normas aplicáveis;
19.5. As PARTES reconhecem que, para a execução dos investimentos necessários para as
OBRAS DE IMPLANTAÇÃO não serão, a princípio, necessárias desapropriações. Não
obstante, caso necessárias em qualquer momento do CONTRATO, caberá à
CONCESSIONÁRIA efetuar eventuais desapropriações necessárias à realização dos
serviços objeto desta CONCESSÃO PATROCINADA, às suas expensas e sob sua
responsabilidade, com obediência às disposições da legislação aplicável e respeitado o
previsto na Cláusula 20.1., inciso ix, mediante reequilíbrio econômico-financeiro do
CONTRATO, caso a necessidade de desapropriação decorra de evento cujo risco foi
alocado ao PODER CONCEDENTE.
19.5.1. Caso haja necessidade de desapropriações, nos termos da Cláusula 19.5 acima,
cabe à CONCESSIONÁRIA transferir ao DER a titularidade de eventuais áreas, ao
final dos processos judiciais e/ou administrativos às suas expensas e sob sua
responsabilidade, com obediência às disposições da legislação aplicável.
46
19.5.2. Caso seja identificada necessidade de eventual desapropriação no âmbito do
PROJETO ATUALIZADO DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO FINAL, os custos
decorrentes de desapropriações devidamente apontados no PROJETO
ATUALIZADO DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO FINAL, serão considerados riscos
alocados ao PODER CONCEDENTE
20.1. Constituem os principais direitos e obrigações da ARTESP, sem prejuízo das demais
obrigações expressas neste CONTRATO, em seus ANEXOS e na legislação aplicável:
ii. Envidar seus melhores esforços para colaborar com a obtenção e/ou transferência
da titularidade das licenças e autorizações necessárias à CONCESSIONÁRIA,
para que possa cumprir com o objeto deste CONTRATO, inclusive com a
participação conjunta em reuniões e envio de manifestações eventualmente
necessárias, especialmente no que se refere à transferência das LICENÇAS DE
INSTALAÇÃO à CONCESSIONÁRIA;
vii. Realizar auditorias periódicas, inclusive, se assim julgar conveniente, por meio de
empresa de auditoria especializada, nas contas e registros da
CONCESSIONÁRIA, de modo a prevenir a ocorrência de situações que possam
comprometer a prestação dos SERVIÇOS DELEGADOS e dos SERVIÇOS
COMPLEMENTARES;
47
viii. Nos termos da Cláusula 19.5, encaminhar para providências do PODER
CONCEDENTE solicitação de emissão da DECLARAÇÃO DE UTILIDADE
PÚBLICA, com a documentação apresentada pela CONCESSIONÁRIA, para que,
após emissão dos referidos atos pelo PODER CONCEDENTE, a
CONCESSIONÁRIA conduza as desapropriações das áreas necessárias à
exploração dos serviços e realização dos investimentos integrantes do objeto da
CONCESSÃO PATROCINADA;
xiv. Dar apoio institucional aos necessários entendimentos, junto a outros órgãos
públicos, sempre que a execução dos serviços de responsabilidade destes interfira
nas atividades previstas no objeto do CONTRATO, sem que haja qualquer
alteração dos riscos assumidos por cada uma das PARTES, nos termos deste
CONTRATO;
48
a resolução das questões e enviará relatório a respeito do atendimento à ARTESP;
xviii. Rejeitar ou sustar qualquer obra ou serviço em execução que ponha em risco a
segurança pública ou os bens dos USUÁRIOS e terceiros;
49
i. Os direitos e as obrigações previstos na Cláusula Vigésima, incisos i, ii, iii, x, xiv,
xix e xxii;
50
aplicável, observado o regramento previsto na Cláusula Décima Quinta.
xiii. Manter a prestação dos SERVIÇOS NÃO DELEGADOS, sob sua conta e risco,
durante todo o PRAZO DA CONCESSÃO, conforme a necessidade, em condições
adequadas, colaborando para a boa operação do SISTEMA RODOVIÁRIO;
51
Reassentamento e/ou de Restauração dos Meios de Subsistência, a fim
de cumprir os objetivos do Plano Diretor de Reassentamento e
Indenização - PDRI (2011) aprovado pelo BID.
21.1. Sem prejuízo do disposto na legislação aplicável, são direitos e obrigações dos
USUÁRIOS do SISTEMA RODOVIÁRIO:
52
CONCESSIONÁRIA ou seus terceirizados e subcontratados na prestação dos
SERVIÇOS DELEGADOS;
vii. Contribuir para permanência das boas condições dos BENS REVERSÍVEIS, por
meio dos quais lhe são prestados os SERVIÇOS DELEGADOS;
ix. Estar garantido pelos seguros previstos neste CONTRATO, conforme aplicável;
21.2. A CONCESSIONÁRIA deverá obedecer à Lei Estadual nº 10.294/1999, alterada pela Lei
Estadual nº 12.806/2008, que dispõe sobre a proteção e defesa do usuário do serviço
público no âmbito do ESTADO, devendo zelar pela garantia de cumprimento das normas
básicas de proteção e defesa do USUÁRIO, bem como à Lei Federal nº 13.460/2017, que
dispõe sobre participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos
da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
53
21.3.2.1. Os colaboradores da CONCESSIONÁRIA que atuem com TRATAMENTO DE
DADOS PESSOAIS deverão firmar termos de confidencialidade, sigilo e uso.
54
13.709/2018, concluindo pela conformidade ou, caso verificada
desconformidade com determinações contratuais ou legais, pela rejeição ou
por necessidade de alterações.
55
obrigações que lhe caibam decorrentes da Lei nº 13.709/2018.
21.4. Caso a ARTESP edite norma específica sobre TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS, a
regulação da agência deverá prevalecer sobre o regramento deste CONTRATO em
relação ao conteúdo da Cláusula 21.3 e seguintes.
ii. A obtenção das aprovações das LICENÇAS AMBIENTAIS cabíveis, bem como os
prazos e custos envolvidos com o processos, salvo nos casos em que sejam
exigidos, no processo de licenciamento ambiental, (i) novos investimentos em
56
ampliações principais ou obras de arte especiais (OAEs) não previstas no EVTE
ou (ii) métodos construtivos não convencionais, sendo que, para este último
observar-se-á o disposto na Cláusula 24.2.6;
57
xi. Atraso ou antecipação do início da OPERAÇÃO COMERCIAL PLENA do
SISTEMA RODOVIÁRIO e/ou início da OPERAÇÃO COMERCIAL PARCIAL,
sempre que o evento estiver relacionado às obrigações e aos riscos que não
tenham sido expressamente alocados à ARTESP ou ao PODER CONCEDENTE;
xix. Erros na realização das obras e investimentos previstos neste CONTRATO para
a viabilização da execução do CONTRATO, e falhas na prestação do SERVIÇO
DELEGADO, no que se incluem danos decorrentes de falha na segurança no local
de sua realização, erro na estimativa de tempo para conclusão de obras, erros no
planejamento e na execução das atividades objeto da CONCESSÃO
PATROCINADA, inclusive em obras ou equipamentos, bem como erros ou falhas
causados pela CONCESSIONÁRIA, pelos terceirizados ou subcontratados,
observado o disposto no ANEXO 18, e ressalvadas as hipóteses em que tais erros
ou falhas tenham decorrido de evento cujo risco ou responsabilidade foi alocado
58
ao PODER CONCEDENTE ou à ARTESP;
xxii. Invasão, roubos, furtos, destruição, perdas ou avarias nos locais de obras ou nos
BENS REVERSÍVEIS, cuja materialização não tenha sido provocada pelo PODER
CONCEDENTE ou pela ARTESP, ou esteja relacionada a risco assumido pelo
PODER CONCEDENTE;
xxv. Responsabilidade civil, administrativa, ambiental e penal por danos que possam
ocorrer nos BENS REVERSÍVEIS ou a terceiros, ou causados por pessoas que
trabalhem para a CONCESSIONÁRIA, incluindo seus empregados, prepostos,
terceirizados ou empresas subcontratadas, decorrentes da execução das
atividades objeto da CONCESSÃO PATROCINADA;
59
xxxii. Capacidade financeira e/ou de captação de recursos da CONCESSIONÁRIA,
assim como variação nos custos de capital próprio e de empréstimos e
financiamentos obtidos para arcar com as obrigações decorrentes deste
CONTRATO;
xxxvii. Criação, extinção, ou alteração de tributos ou encargos legais que: (i) não tenham
repercussão direta na RECEITA TARIFÁRIA, na CONTRAPRESTAÇÃO
PECUNIÁRIA DEVIDA, no APORTE DE RECURSOS ou nas despesas com o
pagamento de obrigações tributárias que tenham a CONCESSIONÁRIA como
sujeito passivo, nos termos do artigo 121 do Código Tributário Nacional,
relacionados especificamente com a execução do objeto deste CONTRATO; (ii)
incidam sobre a renda; ou (iii) tenham como fato gerador atividade executada por
empresa subcontratada, quando tal atividade não pudesse, em circunstâncias
razoáveis de mercado, ser executada diretamente pela própria
CONCESSIONÁRIA;
60
abrangidas neste CONTRATO;
xliii. Embargo de obras que, nos termos deste CONTRATO, venham a ser de
responsabilidade da CONCESSIONÁRIA, bem como novos custos e
descumprimento de prazos decorrentes da necessidade de nova análise e decisão
pela não objeção de projetos pela ARTESP e/ou da emissão de novas
autorizações, licenças e alvarás pelos órgãos competentes, em razão da não-
observância, pela CONCESSIONÁRIA, e/ou seus subcontratados, das diretrizes
indicadas nos documentos disponibilizados pela ARTESP, incluindo este
CONTRATO e os ANEXOS, bem como as demais disposições legais aplicáveis;
22.1.2. Em relação aos prazos para obtenção de licenças, autorizações, permissões e atos
correlatos referidos nos itens ii e iii da Cláusula 22.1, a CONCESSIONÁRIA não será
responsabilizada ou penalizada nos casos em que: (i) havendo prazos de análise
regulamentares ou legais, tais prazos não sejam cumpridos pelos órgãos
competentes; ou (ii) seja demonstrada inexigibilidade de conduta diversa, a ser
avaliada pela ARTESP em regular processo administrativo.
22.2. Sem prejuízo de outros riscos expressamente assumidos pelo PODER CONCEDENTE
em outras Cláusulas deste CONTRATO, o PODER CONCEDENTE assume os seguintes
riscos relacionados à CONCESSÃO PATROCINADA:
61
ATUALIZADO DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO FINAL elaborado pela
CONCESSIONÁRIA, observado o regramento previsto no ANEXO 18;
62
na regulação tributárias, salvo aquelas atinentes aos impostos ou às contribuições
sobre a renda, que: (i) tenham impacto direto na RECEITA TARIFÁRIA da
CONCESSIONÁRIA, na CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA DEVIDA ou no
APORTE PÚBLICO, ou nas despesas com o pagamento de obrigações tributárias
que tenham como sujeito passivo a CONCESSIONÁRIA, nos termos do artigo 121
do Código Tributário Nacional, relacionados especificamente com a execução do
objeto deste CONTRATO; (ii) tenham como fato gerador atividade executada por
empresa subcontratada, quando tal atividade pudesse, em circunstâncias
razoáveis de mercado, ser executada diretamente pela própria
CONCESSIONÁRIA;
xi. Impactos decorrentes da criação, revogação ou revisão das normas exaradas pela
ARTESP sobre as atividades objeto deste CONTRATO, exceto as meramente
procedimentais;
63
xv. Determinação à CONCESSIONÁRIA para a incorporação de novas tecnologias,
nos termos da Cláusula 18.10;
xix. Mudanças nos projetos e/ou nas obras por solicitação do PODER CONCEDENTE,
da ARTESP ou de outras entidades públicas, salvo se tais mudanças decorrerem
da não-conformidade do projeto e/ou das obras com a legislação em vigor à época
da realização do investimento ou com as informações contidas no CONTRATO e
seus ANEXOS, e observado o disposto no ANEXO 18;
64
CONSTRUÇÃO;
22.5. O mecanismo de compartilhamento de risco de demanda de que trata esta Cláusula será
aplicável a partir da DATA DE INÍCIO DA OPERAÇÃO, não sendo aplicável enquanto
vigorar a OPERAÇÃO COMERCIAL PARCIAL do trecho delegado, se ocorrer.
65
22.7. Constituirá EVENTO DE DESEQUILÍBRIO a variação do custo das OBRAS DE
IMPLANTAÇÃO decorrente da variação dos preços dos insumos construtivos a elas
aplicáveis, aferido na forma prevista na Cláusula 22.7.2.
22.7.2. O cálculo previsto na Cláusula 22.7.1 será realizado de acordo com a seguinte
fórmula:
Onde,
IPCA: é variação percentual do IPCA/IBGE no período, tendo como referência a data base
de março de 2022 e o segundo mês anterior a data da respectiva NOTIFICAÇÃO DE
DESEMBOLSO.
VCI: é a variação, positiva ou negativa, no custo dos insumos, calculada de acordo com a
seguinte fórmula:
CR: é o CAPEX REMANESCENTE, que é equivalente à diferença entre (a) o valor das
OBRAS DE IMPLANTAÇÃO de acordo com o PROJETO ATUALIZADO DAS OBRAS DE
IMPLANTAÇÃO FINAL e (b) o APORTE PÚBLICO, já considerada a aplicação do
mecanismo previsto no item 8.2 do ANEXO 18.
66
M: é o percentual correspondente ao avanço físico aplicável ao respectivo EVENTO DE
DESEMBOLSO, conforme previsto na Tabela 1 do ANEXO 19 (“Parâmetro para cálculo da
parcela do APORTE PÚBLICO”).
23.2.1. Reputar-se-á como desequilibrado o CONTRATO nos casos em que qualquer das
PARTES aufira benefícios em decorrência do descumprimento, ou atraso no
cumprimento, das obrigações a ela alocadas.
23.2.2. Para além das hipóteses previstas nas Cláusulas 23.2 e 23.2.1, também será cabível
a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do CONTRATO na hipótese de
modificação unilateral, imposta pelo PODER CONCEDENTE e/ou pela ARTESP, das
condições de execução do CONTRATO, desde que, como resultado direto dessa
modificação, verifique-se efetiva alteração dos custos ou das receitas da
CONCESSIONÁRIA, para mais ou para menos.
23.2.5. A definição da PARTE responsável por arcar com os efeitos, positivos ou negativos,
da materialização de riscos relacionados ao objeto deste CONTRATO, seguirá o
disposto nesta Cláusula.
67
Cláusulas deste CONTRATO.
23.2.6.1.2. Os riscos cuja alocação seja extraída do disposto nesta Cláusula 23.2.6.1,
ainda que indiretamente, são considerados, para todos os fins, como riscos
originalmente alocados nos termos do CONTRATO, devendo a PARTE à
qual alocado o risco assumir todos os efeitos e lidar com sua eventual
materialização.
68
24.1.1.2. No prazo previsto na Cláusula 24.1.1 aquele que identificar o EVENTO DE
DESEQUILÍBRIO deverá comunicar à(s) PARTE(S) e à ARTESP, ainda que
indicando valores provisórios e estimativas sujeitas a revisão, sem prejuízo da
possibilidade de complementação da instrução do processo posteriormente a
este prazo, nas hipóteses em que o EVENTO DE DESEQUILÍBRIO perdurar por
longo período de tempo, ou, por qualquer outra razão, não se mostrar possível
a apresentação do pedido de recomposição instruído com todos os documentos
exigidos nas Cláusulas 24.2 ou 24.6.
69
24.2.5. Em caso de avaliação de eventuais desequilíbrios com reflexos futuros,
demonstração circunstanciada dos pressupostos e parâmetros utilizados para as
estimativas dos impactos do EVENTO DE DESEQUILÍBRIO sobre o fluxo de caixa
da CONCESSIONÁRIA.
24.3.3. O prazo de que trata a Cláusula 24.3 poderá ser prorrogado mediante justificativa,
podendo ser interrompida a contagem de prazo caso seja necessário solicitar
adequação ou complementação da instrução processual.
24.4.1. A critério da PARTE demandada ou da ARTESP, poderá ser realizada, por intermédio
de entidade especializada e com capacidade técnica notoriamente reconhecida,
auditoria para constatação da situação que ensejou o pedido de reequilíbrio
econômico-financeiro, com a devida participação das PARTES e da ARTESP e com
a transparência que lhes permita, diretamente ou por entidade equivalente, o
contraditório técnico, sendo os custos assumidos por aquele que houver contratado
a entidade especializada, independentemente do resultado do pleito de reequilíbrio
econômico-financeiro.
24.5. A ARTESP, ou quem por ela indicado, terá livre acesso a informações, bens e instalações
da CONCESSIONÁRIA ou de terceiros por ela contratados para aferir o quanto alegado
pela CONCESSIONÁRIA em eventual pleito de reequilíbrio econômico-financeiro
apresentado.
70
Dos pleitos de iniciativa da ARTESP ou do PODER CONCEDENTE
24.8. As PARTES deverão envidar seus melhores esforços para evitar a ocorrência dos eventos
motivadores do pedido de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro ou, quando
não for possível evitá-los, minimizar seus impactos.
71
FISCALIZAÇÃO.
24.9.1. As medidas adotadas nos termos da Cláusula 24.9 deverão ser consideradas na
mensuração do desequilíbrio econômico-financeiro do CONTRATO.
24.9.3. Caso fique comprovado que a PARTE deixou de tomar as medidas mitigatórias de
perdas a que se referem as Cláusulas 24.9, 24.9.1, 24.9.2, observado o disposto na
Cláusula 24.9.2.1, o valor das perdas que, de forma comprovada, poderiam ter sido
evitadas caso tais medidas fossem tomadas, será descontado dos valores devidos
pela outra PARTE a título de recomposição do reequilíbrio econômico-financeiro.
24.10. Caso fique comprovado que mais de uma PARTE tenha concorrido direta ou indiretamente
para a ocorrência do EVENTO DE DESEQUILÍBRIO, por negligência, inépcia ou omissão
de ambas as PARTES, a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do
CONTRATO deverá considerar apenas o valor do prejuízo que a PARTE prejudicada não
tenha causado.
72
postergações, atrasos ou antecipações dos investimentos previstos no PLANO
ORIGINAL DE INVESTIMENTOS, a recomposição será realizada levando-se em
consideração os valores atribuídos aos investimentos no EVTE, conforme distribuição
físico-executiva estabelecida no POI, bem como a Taxa Interna de Retorno de 9,99%
(nove vírgula noventa e nove por cento).
73
Retorno calculada de acordo com a Cláusula 25.5.3 no 1º (primeiro) dia de cada ciclo
de REVISÃO ORDINÁRIA, e (ii) os desequilíbrios efetivamente materializados no
respectivo ciclo de REVISÃO ORDINÁRIA, para o cálculo da recomposição do
equilíbrio econômico-financeiro do CONTRATO, sem prejuízo do reconhecimento do
EVENTO DE DESEQUILÍBRIO nos termos da Cláusula 24.3.
25.5.1.1. Para fins de cálculo do valor presente líquido dos Fluxos de Caixa Marginais,
ocorre incidência da taxa de desconto a cada novo ano contratual.
25.5.2. Para fins de determinação dos fluxos de caixa dos dispêndios marginais, deverão ser
utilizadas as melhores informações disponíveis para retratar as reais e efetivas
condições atuais, para estimar o valor dos investimentos, custos e despesas, bem
como eventuais receitas e outros ganhos, resultantes do EVENTO DE
DESEQUILÍBRIO.
74
internacionais.
25.5.3. A Taxa de Desconto real anual a ser utilizada no cálculo do Valor Presente de que
tratam as Cláusulas 25.3.2, 25.3.2.2 e 25.4.1 será composta pela média diária no
período dos últimos 12 (doze) meses da taxa bruta de juros de venda das Notas do
Tesouro IPCA+ com juros Semestrais (NTN-B) ou, na ausência deste, outro que o
substitua, ex-ante a dedução do Imposto de Renda, com vencimento em 15/05/2055
ou vencimento mais compatível com a data do termo contratual, publicada pela
Secretaria do Tesouro Nacional, apurada no início de cada ano contratual, acrescida
de um spread ou sobretaxa sobre os juros equivalente a 4,47 p.p. a.a. (quatro virgula
quarenta e sete pontos percentuais ao ano), base 252 (duzentos e cinquenta e dois)
dias úteis.
25.5.5.1. Para a projeção de receitas e definição de entrada de caixa será feita a projeção
de tráfego, expressa em eixos-equivalentes, e que deverá ser multiplicada pelo
resultado da média da tarifa média da concessão e do montante recebido a título
de CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA DEVIDA dos últimos 24 (vinte e quatro)
meses realizados, obtendo-se, assim, as estimativas de receitas, realizando, se
pertinente, ajustes para adequação das projeções às reclassificações tarifárias,
já ocorridas ou a ocorrer.
75
ACESSÓRIAS reais efetivamente arrecadadas, verificadas,
periodicamente, de acordo com o Termo Aditivo Modificativo a ser firmado.
25.5.5.3.2. A média dos valores servirá como base para extensão do PRAZO DA
CONCESSÃO, não sofrendo variações ou qualquer tipo de alteração.
25.5.5.5. Os valores projetados para os custos e despesas serão considerados como risco
da CONCESSIONÁRIA.
25.5.5.7. Com o advento do termo contratual, deve ser apurado se o Valor Presente
Líquido (VPL) do somatório dos fluxos de caixa é igual a zero, considerando a(s)
taxa(s) interna(s) de retorno aplicáveis.
25.5.6. Deverão ser considerados os efeitos dos tributos diretos e indiretos efetivamente
incidentes.
25.5.7.1. Com o advento do termo contratual, deve ser apurado se o Valor Presente
76
Líquido (VPL) do somatório dos fluxos de caixa é igual a zero, considerando a(s)
taxa(s) interna(s) de retorno aplicáveis.
26.1. O PODER CONCEDENTE terá a prerrogativa de escolher a modalidade pela qual será
implementada a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do CONTRATO, dentre
as seguintes modalidades:
vi. Alteração das obrigações ou prazos previstos neste CONTRATO e nos ANEXOS;
ii. Assunção por uma PARTE de custos atribuídos pelo CONTRATO à outra PARTE;
77
26.3.1. A prorrogação de PRAZO DA CONCESSÃO, tratada no item i da Cláusula 26.1
acima, para fins de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro causado por
eventuais novos investimentos que venham a ser incorporados nas REVISÕES
ORDINÁRIAS ou nas REVISÕES EXTRAORDINÁRIAS, não poderá acrescer à
CONCESSÃO PATROCINADA prazo superior a 4 (quatro) anos, considerados os
impactos agregados causados por tais novos investimentos.
ii. Em seu conjunto, superar o montante de 15% (quinze por cento) do montante
inicial total de investimentos sob a responsabilidade da CONCESSIONÁRIA, de
78
acordo com os valores definidos no ANEXO 21; e/ou
27.2.1. O limite apresentado na Cláusula 27.2, inciso iii, poderá ser superado mediante
acordo entre as PARTES e, conforme o caso, dos FINANCIADORES e
GARANTIDORES da CONCESSIONÁRIA.
27.2.4. Ainda que observado o limite previsto na Cláusula 27.2, a CONCESSIONÁRIA não
será obrigada a realizar investimentos não originalmente previstos no ANEXO 21,
caso a avaliação da hipótese de sua realização apontar para a queda da nota de
classificação de risco obtida pela concessão, ou, no caso de nova emissão de valores
mobiliários ou obtenção de nova dívida bancária, a eventual consequência seja nota
inferior àquela obtida pela emissora ou mutuária original, sendo que esta nota, em
escala nacional, será emitida pela Fitch Ratings ou, em escala equivalente, pela
Standard and Poor’s (S&P) ou Moody’s.
27.2.5. Caso existam demandas urgentes que, por razões técnicas, econômico-financeiras,
de segurança ou de interesse público, demandem intervenção imediata, sem que se
possa aguardar o término do ciclo contratual de 4 (quatro) anos de cada REVISÃO
ORDINÁRIA, proceder-se-á à implementação de tais novos investimentos via
REVISÃO EXTRAORDINÁRIA, que observará os termos e procedimentos previstos
neste CONTRATO e na legislação e regulação pertinentes.
79
27.2.7.2. A CONCESSIONÁRIA não será obrigada a realizar os investimentos previstos
na Cláusula 27.2.7 na hipótese prevista pela Cláusula 27.2.4.
27.2.7.5. O valor dos investimentos incorporados na forma da Cláusula 27.2.7 não será
considerado para fins de aplicação das restrições previstas na Cláusula 27.2,
quando da análise de incorporação de futuros investimentos.
27.3. Cada ciclo de REVISÕES ORDINÁRIAS será processado por meio das seguintes etapas:
27.4. A decisão da ARTESP ou do PODER CONCEDENTE de, após a autorização de que trata
a Cláusula 27.3.iv), não incluir os investimentos, adequações ou intervenções aprovados
na revisão do PLANO ORIGINAL DE INVESTIMENTOS, dos PLANOS DE
80
INVESTIMENTOS vigentes ou na elaboração de novos PLANOS DE INVESTIMENTOS,
implicará a obrigação do PODER CONCEDENTE de ressarcir os custos
comprovadamente incorridos pela CONCESSIONÁRIA com a elaboração dos projetos
executivos, mediante algum dos mecanismos de reequilíbrio econômico-financeiro
previstos neste CONTRATO.
27.4.2. O ressarcimento previsto na Cláusula 27.4 é condicionado à cessão dos direitos sobre
todo o material produzido pela CONCESSIONÁRIA, em benefício da ARTESP.
27.6. A REVISÃO ORDINÁRIA não poderá impactar na alocação de riscos estabelecida neste
CONTRATO, sem prejuízo de repartição específica de riscos aplicada aos novos
investimentos eventualmente incluídos no CONTRATO.
81
consideração, sem prejuízo do disposto na Cláusula 27.11, a qualidade e o nível de
detalhamento das informações cadastradas no SISDEMANDA por parte dos
interessados, incluindo a disponibilidade de projetos funcionais e orçamento prévio
dos investimentos, de acordo com os padrões de projetos adotados pela ARTESP.
27.10. O relatório deverá conter sugestão de priorização de demandas, considerando, para tanto,
critérios de urgência, viabilidade de execução, conforto e melhoria na prestação dos
serviços aos USUÁRIOS e capacidade econômico-financeira da CONCESSIONÁRIA de
executar as obras.
27.11. Até o final do terceiro ano de cada ciclo de REVISÕES ORDINÁRIAS, a ARTESP e o
PODER CONCEDENTE, com o apoio da CONCESSIONÁRIA, deverão conduzir
procedimento(s) de audiência(s) pública(s), conforme prazos e regramento estabelecidos
em regulamentos da ARTESP, para franquear à sociedade oportunidade de avaliar as
demandas compiladas e sugerir novos investimentos e melhorias que devam ser
consideradas para eventual adequação dos PLANOS DE INVESTIMENTOS vigentes ou
82
de novos PLANOS DE INVESTIMENTOS.
27.12. Como resultado das audiências públicas, a ARTESP e o PODER CONCEDENTE poderão
definir a necessidade de revisão da priorização de demandas e/ou de inclusão ou exclusão
das demandas consignadas no documento originalmente submetido às audiências
públicas.
27.13. Conforme o recebimento de demandas por novos investimentos ou adequações que sejam
provenientes da submissão de propostas por meio do SISDEMANDA, a
CONCESSIONÁRIA poderá demandar aos interessados pleiteantes que realizem projetos
funcionais dos novos investimentos ou poderá solicitar autorização à ARTESP para
elaborar projetos funcionais correspondentes, conforme o regramento estabelecido pelo
ANEXO 07 e APÊNDICE F.
27.15. Com base nos projetos executivos, serão definidos os quantitativos e os cronogramas
relacionados a cada investimento, adequação e/ou intervenção, com a finalidade de
viabilizar sua orçamentação, a qual será referenciada nas Tabelas de Composição de
Preços Rodoviários do DER vigentes, ou outro documento que venha a substituí-las, e, na
indisponibilidade de informações mais atuais e a critério da ARTESP, das projeções
realizadas por ocasião da LICITAÇÃO ou outros parâmetros como, por exemplo, outras
tabelas oficiais de preços ou os utilizados e publicados em revistas de engenharia
nacionais e internacionais, em conformidade com regramento estabelecido por este
CONTRATO.
27.16. A ARTESP decidirá, ao final do processamento de cada uma das etapas regradas neste
Capítulo, quais serão as intervenções, investimentos e adequações que deverão ser
realizadas pela CONCESSIONÁRIA.
83
27.18. Conforme a definição da necessidade de readequação do PLANO ORIGINAL DE
INVESTIMENTOS, PLANO DE INVESTIMENTOS vigente e/ou elaboração de novo(s)
PLANO(S) DE INVESTIMENTO(S), poderão ser processadas, conforme a necessidade
avaliada pela ARTESP, eventuais readequações do PLANO(S) DE SEGUROS para refletir
a necessidade de contratação de apólices ou estruturação de demais operações que
assegurem o cumprimento tempestivo, quantitativo e qualitativo, das intervenções, dos
investimentos e das adequações definidas pela ARTESP.
27.19. Após o processamento de cada uma das etapas anteriormente descritas neste Capítulo,
a ARTESP procederá ao cálculo do desequilíbrio, se for o caso, considerando eventuais
compensações de haveres e ônus devidos por cada uma das PARTES e, conforme o
regramento estabelecido por este CONTRATO, à recomposição do equilíbrio econômico-
financeiro.
27.21. O Termo Aditivo e Modificativo a que se refere a Cláusula 27.20 deverá ser assinado
previamente ao início da execução de novos investimentos incluídos e deverá prever o
mecanismo para o reequilíbrio econômico-financeiro do CONTRATO.
84
28.1.1.1. São considerados VÍCIOS OCULTOS passivos que não poderiam ter sido
detectados por meio das inspeções e ensaios técnicos a serem realizados
durante o PERÍODO DE PRÉ-CONSTRUÇÃO, nos termos do ANEXO 18.
28.2. Caso o processo de REVISÃO EXTRAORDINÁRIA seja iniciado por meio de solicitação
da CONCESSIONÁRIA ou do PODER CONCEDENTE, a solicitante deverá encaminhar
subsídios necessários para demonstrar à ARTESP que o não tratamento imediato do
evento acarretará agravamento extraordinário e suas consequências danosas.
28.4. O procedimento previsto nas Cláusulas 28.2 e 28.3 não será aplicável caso a solicitação
tenha como fundamento a identificação de VÍCIO OCULTO, hipótese na qual não será
necessário demonstrar a urgência e gravidade do EVENTO DE DESEQUILÍBRIO,
tampouco será necessária deliberação da ARTESP a este respeito.
CAPÍTULO V – DA CONCESSIONÁRIA
i. Vede alteração do seu objeto social, salvo para incluir atividades que envolvam a
exploração de RECEITAS ACESSÓRIAS, desde que relacionadas diretamente às
atividades objeto deste CONTRATO;
85
29.4.2. A empresa especializada de auditoria também deverá verificar o cumprimento das
previsões relativas às PARTES RELACIONADAS, dispostas nas Cláusulas 29.10 a
29.13, independentemente do regime contábil ou de governança da SPE.
29.5.1. Para assinatura do presente CONTRATO, a SPE deverá demonstrar ter integralizado
seu capital social, em moeda corrente nacional, integralizou R$141.251.173,61 (cento
e quarenta e um milhões duzentos e cinquenta e um mil cento e setenta e três reais
e sessenta e um centavos), conforme exigido no EDITAL.
29.5.3. A SPE não poderá, durante o PRAZO DA CONCESSÃO, reduzir seu capital social
abaixo do valor mínimo estabelecido nesta Cláusula, sem a prévia e expressa
anuência da ARTESP.
29.5.3.1. Caso a SPE tenha reduzido seu capital social abaixo do mínimo estabelecido na
Cláusula 29.5 sem anuência prévia da ARTESP, será notificada para fazer novos
aportes de capital na SPE, em montante correspondente ao valor necessário
para que o capital social atinja referido montante, e ficará sujeita à aplicação da
penalidade prevista no ANEXO 11, ficando os acionistas responsáveis pelas
obrigações da SPE perante a ARTESP e o PODER CONCEDENTE enquanto
tais aportes não tenham sido concluídos, no limite da diferença entre o valor do
capital social e o mínimo admitido.
29.5.4. Enquanto não estiver completa a integralização, nos termos do ANEXO 13, os
acionistas da SPE são responsáveis, na proporção das ações subscritas por cada
um, perante o PODER CONCEDENTE e a ARTESP, por obrigações da
CONCESSIONÁRIA, até o limite do valor da parcela faltante para integralização do
capital inicialmente subscrito.
29.5.5. O capital social da SPE poderá ser aumentado a qualquer tempo, conforme a
necessidade de aportes adicionais para a prestação do SERVIÇO DELEGADO, bem
como para a implementação de projetos associados e o desenvolvimento de
atividades inerentes, acessórias ou complementares ao SERVIÇO DELEGADO.
29.6. O exercício social da SPE e o exercício financeiro deste CONTRATO coincidirão com o
ano civil.
86
29.8. A dissolução da SPE apenas poderá ocorrer após realizadas todas as atividades descritas
no ANEXO 10.
87
viii. dever da administração da SPE formalizar, em documento escrito a ser arquivado
na SPE, as justificativas da seleção de PARTES RELACIONADAS em detrimento
das alternativas de mercado.
29.11. Não obstante o prazo previsto na Cláusula 29.10, a POLÍTICA DE TRANSAÇÕES COM
PARTES RELACIONADAS deverá ser desenvolvida, publicada e implantada previamente
a qualquer contratação de PARTE RELACIONADA pela CONCESSIONÁRIA.
29.11.3. A divulgação a que se refere a Cláusula 29.11.2 deverá ocorrer no prazo de até 30
(trinta) dias contado da celebração da transação com a PARTE RELACIONADA, e
com, no mínimo, 5 (cinco) dias úteis do início da execução das obrigações
decorrentes da referida transação.
88
de contratos de mútuo, desde que as obrigações de pagamento dos montantes cedidos a
tal título sejam subordinadas ao pagamento de valores devidos à ARTESP e ao PODER
CONCEDENTE, nos termos deste CONTRATO, e que observadas as condições
aplicáveis aos contratos com PARTES RELACIONADAS, conforme POLÍTICA DE
TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS.
29.17. Caso a CONCESSIONÁRIA não obtenha, após a superação do prazo previsto na Cláusula
29.16, nenhuma das certificações listadas, deverá realizar auditorias independentes, com
periodicidade mínima bianual, a respeito da efetividade do PROGRAMA DE
CONFORMIDADE implantado.
89
iv. o livre acesso dos responsáveis por atividades relacionadas à função de
conformidade às informações necessárias para o exercício de suas atribuições;
90
conformidade e integridade, as quais devem ser proporcionais à violação e ao
nível de responsabilidade dos envolvidos;
29.20. O código de ética e de conduta deverá ser escrito de forma clara e concisa, devendo ser
de fácil consulta ao público interno e externo, além de conter, no mínimo, o seguinte
conteúdo:
iii. vedações expressas da prática das seguintes condutas por parte dos integrantes
da CONCESSIONÁRIA:
91
c. prática de qualquer ação ou omissão que possa caracterizar embaraço à
ação de autoridades fiscalizadoras;
29.23. Caso a ARTESP edite norma específica sobre integridade e compliance, a regulação da
agência deverá prevalecer sobre o regramento deste CONTRATO em relação ao conteúdo
da Cláusula 29.14 e seguintes.
30.1. A CONCESSIONÁRIA deverá obter prévia anuência da ARTESP para realizar qualquer
modificação de sua composição societária que implique TRANSFERÊNCIA DE
CONTROLE acionário direto, nos termos deste CONTRATO e do artigo 27 da Lei Federal
nº 8.987/1995.
30.1.1. A anuência prévia exigida na Cláusula 30.1 abrange os atos que impliquem
TRANSFERÊNCIA DO CONTROLE ACIONÁRIO direto da CONCESSIONÁRIA,
mesmo quando o controle indireto permaneça com o mesmo GRUPO ECONÔMICO.
30.1.2. Entende-se, para os fins deste CONTRATO, por detentor direto do poder de controle
da CONCESSIONÁRIA, a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas
vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, integrante da estrutura
acionária direta da CONCESSIONÁRIA, que atenda às condições indicadas nas
alíneas do artigo 116 da Lei Federal nº 6.404/1976.
92
substituição de empresa componente do controle indireto da CONCESSIONÁRIA que
tenha sido responsável pela apresentação de algum dos atestados exigidos no ANEXO
23.
30.3. Para além da hipótese prevista na Cláusula 30.2, não estão sujeitos à anuência prévia da
ARTESP os atos de modificação da estrutura acionária da CONCESSIONÁRIA nas
hipóteses em que as empresas originalmente detentoras do controle direto da
CONCESSIONÁRIA permaneçam com posição acionária suficiente para prosseguir no
exercício do poder de CONTROLE da companhia, sem a participação de terceiros que não
compunham, previamente ao ato, o bloco de CONTROLE da CONCESSIONÁRIA.
30.5. Para obter a anuência da ARTESP, nos casos exigidos nesta Cláusula, o pretendente
deverá apresentar à ARTESP solicitação de TRANSFERÊNCIA DE CONTROLE,
solicitando anuência à transferência almejada e apresentando, no mínimo, as seguintes
informações:
93
DE CONTROLE ficará suspensa até que obtida a aprovação nos órgãos
competentes, inclusive o CADE, caso necessário.
30.5.1. Caso, por conta do estágio em que estiver a CONCESSÃO PATROCINADA, alguns
dos requisitos de capacidade técnica e idoneidade financeira exigidos no EDITAL não
sejam mais necessários para a adequada prestação dos serviços, a ARTESP poderá
dispensar sua comprovação.
30.7. A realização das operações societárias alcançadas por esta Cláusula Trigésima, sem a
obtenção da anuência da ARTESP, previamente à formalização da operação, importará
na aplicação das sanções previstas neste CONTRATO, podendo a ARTESP,
adicionalmente à aplicação das penalidades:
ii. determinar que a CONCESSIONÁRIA retorne ao status quo ante, quer mediante
atuação da própria CONCESSIONÁRIA, desfazendo a alteração societária ou
praticando atos societários que impliquem em retorno do capital acionário à
empresa originalmente detentora das ações, quer, de outro lado, por ato da própria
ARTESP ou do PODER CONCEDENTE, buscando a anulação da alteração
societária, observando-se o disposto no artigo 35, inciso I, da Lei Federal
nº 8.934/1994; e
94
prestados, mesmo que por terceiros, incluindo, mas não se limitando, para fins de
avaliação de desempenho, de danos causados à ARTESP, ao PODER
CONCEDENTE, a USUÁRIOS ou terceiros, de indenizações, e de sujeição a
penalidades decorrentes deste CONTRATO.
31.3. A CONCESSIONÁRIA deverá informar à ARTESP, a cada 6 (seis) meses, a lista dos
contratos firmados com terceiros que envolvam a subcontratação de serviços relacionados
a obras de engenharia, serviços operacionais e RECEITAS ACESSÓRIAS, indicando o
nome da empresa contratada, a descrição resumida de seu objeto e o valor do contrato.
31.4. O fato de o contrato com terceiros ter sido de conhecimento da ARTESP ou do PODER
CONCEDENTE não poderá ser alegado pela CONCESSIONÁRIA para eximir-se do
cumprimento total ou parcial de suas obrigações decorrentes da CONCESSÃO
PATROCINADA, ou justificar qualquer atraso ou modificação nos custos, nem tampouco
alegar eventual responsabilização do PODER CONCEDENTE ou da ARTESP.
31.5. Os contratos entre a CONCESSIONÁRIA e terceiros reger-se-ão pelo direito privado, não
estabelecendo nenhuma relação de qualquer natureza entre os terceiros e o PODER
CONCEDENTE ou a ARTESP, inclusive em relação aos encargos trabalhistas,
previdenciários, fiscais e comerciais.
31.9. Será enviada à ARTESP uma cópia do contrato que atender ao critério objetivo acima
descrito, acompanhada de relatório que, por sua vez, deverá conter as seguintes
informações:
95
31.10. Mediante a entrega dos contratos de serviços em geral sobre terceirização ou
subcontratação, caso a ARTESP entenda necessário, poderá solicitar à
CONCESSIONÁRIA que envie informações adicionais e complementares do contrato
firmado.
31.11. Seguirá igualmente as regras descritas na Cláusula 31.9 o contrato que, ao longo do
tempo, sofrer aditamento e passar a preencher o requisito descrito na Cláusula 31.8.
32.1.3. Por ocasião das REVISÕES ORDINÁRIAS, poderão ser previstos responsáveis
técnicos específicos para os investimentos que vierem a ser incluídos no(s)
PLANO(S) DE INVESTIMENTOS, os quais poderão vincular-se diretamente à SPE
ou, indiretamente, por intermédio de terceiro contratado mediante subcontratação.
33.2. Para a efetiva contratação ou formalização dos documentos que configuram a estrutura
de seguros e garantias para os investimentos a serem realizados, direta ou indiretamente,
pela CONCESSIONÁRIA, esta deverá submeter à ARTESP, com antecedência mínima
96
de 60 (sessenta) dias do início das etapas construtivas correspondentes, toda a
documentação que permita à ARTESP anuir tempestivamente com a celebração de cada
um dos documentos necessários para constituir a estrutura de seguros e garantias
indispensáveis ao início de cada um dos investimentos ou operação de serviços e
atividades.
33.3. Uma vez aprovados, os seguros e a GARANTIA DE EXECUÇÃO deverão ser contratados
e necessariamente renovados e mantidos vigentes, nas condições previamente anuídas
pela ARTESP, pelo menos durante todo o período em que a obrigação principal
assegurada subsistir.
34.1.1. O PLANO DE SEGUROS, que integra este CONTRATO como ANEXO 15, deverá
ser revisado periodicamente, ao menos no âmbito das REVISÕES ORDINÁRIAS, de
forma a se compatibilizar com a necessidade de realização de adequações ou novos
investimentos que ensejem alteração no PLANO DE INVESTIMENTOS e observará
as regulamentações dos órgãos federais de normatização e fiscalização de seguros
no Brasil, sendo vedada a imposição de procedimentos adicionais e/ou protelatórios
ao pagamento dos valores garantidos.
97
contratação, os riscos que serão mitigados pelas respectivas apólices, bem como os
limites máximos das indenizações em caso de ocorrência dos sinistros:
i. Seguro do tipo “todos os riscos” para danos materiais cobrindo perda, destruição
ou dano em todos ou em qualquer bem integrante da CONCESSÃO
PATROCINADA, devendo tal seguro cobrir aquilo que se inclui, normalmente, de
acordo com padrões internacionais para empreendimentos desta natureza, nas
seguintes modalidades:
a. danos patrimoniais;
g. danos elétricos;
h. vendaval, fumaça;
k. alagamento, inundação;
iii. Seguro de riscos de engenharia do tipo “todos os riscos” que deverão estar
vigentes durante todo o período de execução das obras envolvendo a cobertura
de quaisquer investimentos, custos e/ou despesas pertinentes às obras civis e à
infraestrutura (construção, instalações e montagem, englobando todos os testes
de aceitação), bem como:
98
b. erros de projetos;
c. risco do fabricante;
d. despesas extraordinárias;
e. despesas de desentulho;
f. alagamento, inundação;
34.3. As coberturas de seguro previstas nesta Cláusula deverão incluir cobertura de danos
causados por evento de força maior ou caso fortuito sempre que forem seguráveis.
34.4. Todos os seguros contratados para os fins deste CONTRATO deverão ser contratados
com seguradoras e resseguradoras autorizadas a operar no Brasil, apresentando, sempre,
Certidão de Regularidade Operacional expedida pela Superintendência de Seguros
Privados – SUSEP, em nome da seguradora que emitir cada apólice.
34.5. Nenhum serviço ou investimento poderá ter início ou prosseguir sem que a
CONCESSIONÁRIA comprove a contratação dos seguros indicados no PLANO DE
SEGUROS, mediante apresentação da apólice, prova de pagamento do prêmio e Certidão
de Regularidade Operacional.
34.7. Os valores cobertos pelos seguros indicados no PLANO DE SEGUROS deverão ser
suficientes para reposição ou correção dos danos causados em caso de sinistro, à
CONCESSIONÁRIA, à ARTESP, ao PODER CONCEDENTE, a USUÁRIOS ou a
terceiros.
34.8. As franquias contratadas deverão ser aquelas praticadas pelo mercado segurador
99
brasileiro em negócios desta natureza.
ii. A CONCESSIONÁRIA deverá fornecer à ARTESP, até 30 (trinta) dias antes das
datas dos respectivos vencimentos, certificados emitidos pela(s) seguradora(s),
confirmando que as apólices dos seguros previstos neste CONTRATO foram
renovadas, ou que novas apólices foram contratadas, ou, caso não possua a nova
apólice, certificado emitido pela respectiva seguradora confirmando que os riscos
envolvidos foram colocados no mercado segurador, conforme período
determinado e de acordo com as coberturas e franquias solicitadas por ela,
aguardando apenas a autorização da SUSEP para emissão da nova apólice;
vi. As diferenças mencionadas no item v acima também não poderão ser motivo para
a não realização de qualquer investimento objeto deste CONTRATO, inclusive
investimentos adicionais que se mostrem necessários em função da ocorrência do
sinistro, cujos valores não tenham sido cobertos integralmente pelas apólices; e
100
34.11. As apólices emitidas não poderão conter obrigações, restrições ou disposições que
contrariem as disposições do presente CONTRATO ou a regulação setorial, e deverão
conter declaração expressa da companhia seguradora de que conhece integralmente este
CONTRATO, inclusive no que se refere aos limites dos direitos da CONCESSIONÁRIA.
35.2.1. Os valores mínimos que deverão ser observados para a GARANTIA DE EXECUÇÃO
contratada pela CONCESSIONÁRIA corresponderão, desde a assinatura do
CONTRATO até o prazo de 5 (cinco) anos contados do fim das OBRAS DE
IMPLANTAÇÃO, e nos últimos 2 (dois) anos do CONTRATO, a 10% (dez por cento)
do valor total dos investimentos, nos termos do ANEXO 21, devendo ser tal valor
anualmente reajustado considerando-se a variação do IPCA/IBGE no período.
35.2.2. Nos períodos não alcançados pela Cláusula acima, para o cálculo da GARANTIA DE
EXECUÇÃO a ser ofertada será considerado o somatório:
101
i. do maior montante anual, nos termos do ANEXO 21, de investimentos entre (a)
os investimentos previstos para o ano em referência e (b) os investimentos
previstos para cada um dos 4 (quatro) anos contratuais seguintes; e
35.2.2.1. Aos montantes dispostos na Cláusula 35.2.1 e nos itens i e ii da Cláusula 35.2.2
serão considerados eventuais valores referentes a inclusões de investimentos
não originalmente previstos no CONTRATO.
35.2.2.2. Os montantes indicados nas Cláusulas 35.2.2 e 35.2.2.1 deverão ser atualizados
pelo IPCA/IBGE, tendo como data base março de 2022.
35.4.1. A CONCESSIONÁRIA deverá informar à ARTESP, caso opte por exigir a garantia
estabelecida neste item, sobre os termos e condições dos instrumentos de garantia
firmados com as empresas contratadas para a realização dos serviços
compreendidos pelas funções operacionais e de conservação e funções de
ampliação.
102
executada também para pagamento de multas que forem aplicadas à CONCESSIONÁRIA
ou para pagamento de outros valores por ela devidos à ARTESP ou ao PODER
CONCEDENTE, que não forem devidamente adimplidos pela CONCESSIONÁRIA.
35.5.2. Não sendo a GARANTIA DE EXECUÇÃO suficiente para cumprir com as obrigações
previstas na Cláusula 35.5, responderá a CONCESSIONÁRIA pela diferença.
35.7. A GARANTIA DE EXECUÇÃO poderá ser ofertada e/ou substituída, mediante prévia e
expressa anuência da ARTESP, em uma das seguintes modalidades, nos termos do artigo
56 da Lei Federal n° 8.666/93:
iii. Seguro-garantia;
35.7.1. A GARANTIA DE EXECUÇÃO ofertada não poderá conter quaisquer ressalvas que
possam dificultar ou impedir sua execução, ou que possam suscitar dúvidas quanto
à sua exequibilidade, observadas as regulamentações dos órgãos federais de
normatização e fiscalização de Seguros no Brasil, se ofertada na modalidade de
seguro garantia.
103
35.7.5. A GARANTIA DE EXECUÇÃO, se prestada por Títulos da Dívida Pública do Tesouro
Nacional, deverá ser prestada pelo valor nominal dos títulos, não podendo estar
onerados com cláusula de impenhorabilidade, inalienabilidade, intransferibilidade ou
aquisição compulsória.
35.7.6. Títulos ofertados deverão ser emitidos sob a forma escritural, mediante registro em
sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do
Brasil, com cotação de mercado e acompanhados de comprovante de sua validade
atual quanto à liquidez e ao valor.
35.7.8.2. Quando a modalidade for seguro-garantia, a apólice deverá ser emitida por
companhia seguradora autorizada a funcionar no Brasil e deverá estar
acompanhada da comprovação de contratação de resseguro, nos termos da
legislação vigente à época da apresentação, com vigência mínima de 12 (doze)
meses.
35.7.8.3. A apólice deverá estar de acordo com a Circular SUSEP n º 477/2013, ou outra
norma que venha a alterá-la substitui-la, e não poderá contemplar qualquer
cláusula de isenção de responsabilidade da CONCESSIONÁRIA ou da
seguradora, nem mesmo em suas condições especiais ou particulares, que não
as decorrentes de exigência legal ou regulamentar.
104
Cláusulas 35.5 e 35.13 deste CONTRATO, ou, excepcionalmente, vir
acompanhada de declaração, firmada pela seguradora emitente da apólice,
atestando que o seguro-garantia apresentado é suficiente para a cobertura de
todos os eventos descritos nas Cláusulas 35.5 e 35.13 deste CONTRATO.
35.7.10. A GARANTIA DE EXECUÇÃO, se prestada via fiança bancária, deverá ter vigência
mínima de 01 (um) ano a contar da contratação, sendo de total responsabilidade da
CONCESSIONÁRIA realizar as renovações e atualizações necessárias, devendo
comunicar à ARTESP toda renovação e atualização realizada, sob pena de
aplicação das sanções cabíveis.
105
35.11. Sempre que a GARANTIA DE EXECUÇÃO for executada, total ou parcialmente, a
CONCESSIONÁRIA ficará obrigada à recomposição de seu valor integral, no prazo de 10
(dez) dias úteis contados da notificação pela ARTESP, sob pena de aplicação de
penalidade.
35.12. A renovação, em tempo hábil para garantir sua continuidade, bem como a reposição e o
reajuste periódico da GARANTIA DE EXECUÇÃO, deverão ser executados pela
CONCESSIONÁRIA, independentemente de prévia notificação da ARTESP.
106
hipótese de deixar de corrigir as falhas apontadas pela ARTESP, na forma
estabelecida neste CONTRATO;
Do Financiamento
36.2. A CONCESSIONÁRIA não poderá alegar qualquer disposição, cláusula ou condição do(s)
contrato(s) de financiamento, ou qualquer atraso no desembolso dos recursos, para se
eximir, total ou parcialmente, das obrigações assumidas neste CONTRATO, cujos termos
deverão ser de pleno conhecimento dos FINANCIADORES.
Do Acordo Tripartite
107
36.4.1. O regramento estabelecido na minuta que figura como ANEXO 08 ao presente
CONTRATO será referencial e, se necessário, e previamente à sua assinatura,
poderá ser adequado para estabelecer procedimento e formalidades mais
compatíveis com a lógica e a dinâmica pertinente à relação de financiamento
estabelecida entre a CONCESSIONÁRIA e seus FINANCIADORES e
GARANTIDORES, desde que respeitados os direitos do PODER CONCEDENTE e
da ARTESP, previstos neste CONTRATO e nos ANEXOS.
36.5. Na eventualidade de o ACORDO TRIPARTITE não ser celebrado, será assegurado aos
FINANCIADORES o direito ao exercício das prerrogativas previstas no art. 27-A da Lei
nº 8.987/1995.
36.6.4. As obrigações de informação aqui estabelecidas não excluem outras que venham a
ser previstas no ACORDO TRIPARTITE, caso venha a ser celebrado, que serão
108
exigíveis adicionalmente às previstas neste CONTRATO.
36.7.1.2. Caso o(s) FINANCIADOR(ES) opte(m) por não aderir à relação contratual cujo
regramento consta do APÊNDICE D, poderá(ão), após prévia anuência da
ARTESP, constituir garantias com base nos direitos emergentes da
CONCESSÃO PATROCINADA, na forma do art. 28 e art. 28-A da Lei nº
8.987/1995 e observado o disposto nas Cláusulas 36.9 e seguintes. Nesta
hipótese, os FINANCIADORES poderão substituir o contrato constante do
APÊNDICE D, desde que respeitem os direitos da ARTESP e do PODER
CONCEDENTE.
36.8. Nos termos deste CONTRATO ou do ACORDO TRIPARTITE, poderá ser exigido o
depósito de outras receitas na CONTA BANCÁRIA CENTRALIZADORA acima referida.
109
Das garantias constituídas com base nos direitos emergentes da CONCESSÃO
PATROCINADA
36.9. A CONCESSIONÁRIA poderá prestar garantias decorrentes deste CONTRATO aos seus
FINANCIADORES, nos termos permitidos pela legislação, desde que a operação de
financiamento esteja diretamente relacionada com este CONTRATO, não comprometa a
continuidade e a adequação na prestação dos serviços de operação e manutenção do
SISTEMA RODOVIÁRIO objeto deste CONTRATO, e desde que obtida prévia anuência
da ARTESP.
110
FINANCIADORES.
37.1. A CONCESSIONÁRIA deverá praticar todos os atos necessários, que lhe couberem, para
abrir e manter a CONTA RESERVA, para a qual será transferido montante equivalente ao
APORTE PÚBLICO MÁXIMO, pelo DER/SP.
39.1.2. A fiscalização realizada pela ARTESP não exclui a de outros órgãos e entidades
públicas, federais, estaduais e municipais, dentro dos seus respectivos âmbitos de
competência, nos termos da legislação em vigor.
111
39.2. As determinações pertinentes aos serviços em que se verifiquem vícios, defeitos e/ou
incorreções, que vierem a ser emitidas no âmbito da fiscalização, serão imediatamente
aplicáveis e vincularão a CONCESSIONÁRIA, sem prejuízo das demais consequências
contratualmente previstas e das disposições sobre solução de controvérsias estabelecidas
neste CONTRATO e ANEXOS.
39.5.1. A ARTESP poderá exigir que a CONCESSIONÁRIA apresente plano de ação visando
a reparar, corrigir, interromper, suspender ou substituir qualquer serviço prestado de
maneira viciada, defeituosa e/ou incorreta relacionado com o objeto deste
112
CONTRATO, em prazo a ser estabelecido.
i. Dar conhecimento imediato à ARTESP de todo e qualquer evento que possa vir a
prejudicar ou impedir o pontual e tempestivo cumprimento das obrigações
emergentes deste CONTRATO e/ou que possa constituir causa de intervenção na
CONCESSIONÁRIA, de declaração de caducidade da CONCESSÃO
PATROCINADA ou de rescisão contratual;
ii. Dar conhecimento em até 48h (quarenta e oito horas) à ARTESP de todo e
qualquer evento que possa configurar hipótese de vencimento antecipado de
financiamento contratado;
a. A comunicação de que trata o inciso (ii) deverá ser apresentada por escrito,
na forma de relatório detalhado sobre tal situação, e no prazo mínimo
necessário de antecedência para evitar o comprometimento da
CONCESSÃO PATROCINADA, incluindo, se for o caso, contribuição de
entidades especializadas, externas à CONCESSIONÁRIA, com as medidas
tomadas ou em curso para superá-la ou saná-la.
iv. Apresentar, respeitado o disposto na Cláusula 29.4, até 31 de agosto de cada ano,
relatório auditado da sua situação contábil, incluindo, dentre outros, o Balanço
Patrimonial e a Demonstração de Resultados, correspondentes ao semestre
encerrado em 30 de junho do respectivo ano;
113
existente, e ainda, caso a SPE seja Companhia Aberta, a Demonstração de Valor
Adicionado;
vi. Dar conhecimento imediato de toda e qualquer situação que altere de modo
relevante o normal desenvolvimento dos serviços ou da exploração relacionados
ao SISTEMA RODOVIÁRIO, apresentando por escrito e no prazo mínimo
necessário relatório detalhado sobre tal situação, incluindo, se for o caso,
contribuição de entidades especializadas, externas à CONCESSIONÁRIA, com as
medidas tomadas ou em curso para superá-la ou saná-la;
viii. Apresentar, em até 90 (noventa) dias após o encerramento de cada semestre civil,
informações atualizadas das projeções financeiras da CONCESSÃO
PATROCINADA, entendidas como o conjunto de projeções de todos os elementos
financeiros relativos à execução do CONTRATO, considerando os resultados reais
obtidos desde o início da CONCESSÃO PATROCINADA até o semestre
encerrado e os resultados projetados até o fim do PRAZO DA CONCESSÃO,
utilizando os mesmos modelos e critérios aplicados para a elaboração do EVTE;
40.1. Dependem de prévia anuência da ARTESP, sem prejuízo das demais hipóteses previstas
neste CONTRATO e na legislação e regulação aplicáveis, os seguintes atos
eventualmente praticados pela CONCESSIONÁRIA, sob pena de aplicação das sanções
114
previstas no ANEXO 11, inclusive podendo ensejar a decretação da caducidade da
CONCESSÃO PATROCINADA:
iii. Na hipótese de o ACORDO TRIPARTITE não ter sido celebrado ou, quando
celebrado, nos casos por ele não compreendidos e desde que possam, em
conjunto ou isoladamente, caracterizar modificação do CONTROLE acionário da
SPE, nas situações previstas na Cláusula Trigésima, estão compreendidos,
exemplificativamente, como ato(s) sujeito(s) à prévia anuência da ARTESP, os
seguintes:
vi. Redução do capital social da SPE para valor inferior ao mínimo exigido neste
CONTRATO;
115
x. Ajuizamento de pedido de recuperação judicial pela própria CONCESSIONÁRIA;
xii. Prestação de fiança, aval ou qualquer outra forma de garantia pela SPE em favor
de seus acionistas, PARTES RELACIONADAS ou de terceiros; e
40.2. O pleito de anuência prévia deverá ser apresentado pela CONCESSIONÁRIA com
antecedência suficiente para permitir a devida análise e manifestação da ARTESP em
tempo hábil e razoável, considerando o cuidado com o não comprometimento da(s)
operação(ões) intentada(s) pela CONCESSIONÁRIA que dependa(m) de autorização da
ARTESP.
40.2.1. O pleito de anuência prévia a ser apresentado pela CONCESSIONÁRIA deverá ser
acompanhado da documentação pertinente para caracterização e explicação da
operação pretendida, e de outros documentos que venham a ser eventualmente
exigidos pela ARTESP, especialmente aqueles que sejam necessários à
comprovação de não comprometimento da continuidade e qualidade na prestação
dos serviços objeto deste CONTRATO; e
40.2.2. Caso o pedido de anuência prévia tenha como escopo alguma operação que impacte
os BENS REVERSÍVEIS, deverá ser apresentado o compromisso da
CONCESSIONÁRIA em realizar, se for o caso, a imediata substituição dos bens a
serem alienados ou transferidos, por bens novos, de funcionalidade semelhante e
tecnologia igual ou superior, salvo se houver expressa anuência da ARTESP para a
sua não realização.
40.2.3. Quando o pleito de anuência prévia disser respeito à exploração de atividades que
gerem RECEITAS ACESSÓRIAS, a documentação deverá ser acompanhada da
indicação da fonte e dos valores estimados da RECEITA ACESSÓRIA, por ano ou
pelo ato, quando este for pontual.
40.3. A ARTESP terá até 60 (sessenta) dias contados do recebimento do pleito de anuência
prévia apresentado pela CONCESSIONÁRIA para apresentar resposta escrita ao
pedido, podendo conceder a anuência, rejeitar o pedido ou formular exigências para
concedê-la, nos termos abaixo.
116
40.3.2. Sendo admissível o pleito de anuência, a ARTESP deverá avaliar o requerimento
submetido pela CONCESSIONÁRIA, no prazo de até 35 (trinta e cinco) dias.
40.3.3. Neste prazo, a ARTESP poderá conceder a anuência, rejeitar o pedido ou formular
exigências para concedê-la, conferindo prazo compatível para o cumprimento pela
CONCESSIONÁRIA, que não poderá ser inferior a 10 (dez) dias.
40.4. Caso a ARTESP rejeite o pedido ou exija complementações, deverá fazê-lo de maneira
fundamentada.
vi. Aplicação de penalidades à SPE, por qualquer órgão ou entidade que tenha
competência para tanto, especialmente em caso de inadimplência em relação às
obrigações tributárias, previdenciárias, de segurança e medicina do trabalho, ou
aplicadas por qualquer órgão com competência para regular e fiscalizar as
atividades da CONCESSIONÁRIA, ou ainda de caráter ambiental;
117
ix. Contratação de financiamento, emissão de títulos e valores mobiliários, ou
qualquer outra operação de dívida, contratação de seguros e garantias, que não
se enquadrem na hipótese da Cláusula 40.1, inciso viii.
40.7. Caso a CONCESSIONÁRIA solicite à ARTESP anuência prévia para atos que não
requeiram anuência prévia, nos termos deste CONTRATO, poderá a ARTESP responder
o pleito da CONCESSIONÁRIA informando que se trata de operação que dispensa
anuência prévia.
41.1. As penalidades aplicáveis no âmbito deste CONTRATO, bem como sua gradação,
deverão seguir o regramento estabelecido pelo ANEXO 11 e sua imposição será efetivada
mediante processo administrativo sancionador, que obedecerá ao rito estabelecido na Lei
Estadual nº 10.177/1998, garantida a ampla defesa e o contraditório, nos termos e prazos
legais.
41.2. A aplicação das penalidades não se confunde com a aferição dos INDICADORES DE
DESEMPENHO e suas consequências, previstas nos ANEXOS 03 e 04.
i. Advertência;
42.1. A ARTESP poderá, sem prejuízo das penalidades cabíveis e das responsabilidades
incidentes, a qualquer tempo, recomendar a intervenção na CONCESSÃO
118
PATROCINADA ao Governador do Estado, para assegurar execução e a regularidade e
adequação da prestação dos SERVIÇOS DELEGADOS e/ou o cumprimento pela
CONCESSIONÁRIA das normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes, nos
termos do artigo 32 e seguintes da Lei Federal nº 8.987/95. Entre as situações que
autorizam a intervenção, incluem-se:
119
42.1.2.1. Decorrido o prazo fixado sem que a CONCESSIONÁRIA sane as irregularidades
ou tome providências que, a critério da ARTESP, demonstrem o efetivo propósito
de saná-las, esta poderá propor a decretação da intervenção ao Governador do
Estado de São Paulo, que poderá decretá-la, observados os ritos legais.
42.3.1. A função do interventor poderá ser exercida por agente dos quadros do PODER
CONCEDENTE ou da ARTESP, pessoa especificamente nomeada, colegiado ou
empresas, assumindo a CONCESSIONÁRIA os custos da remuneração.
120
42.8. Cessada a intervenção, caso não extinta a CONCESSÃO PATROCINADA, a
administração do SERVIÇO DELEGADO voltará a ser de responsabilidade da
CONCESSIONÁRIA, bem como o controle financeiro da CONCESSÃO PATROCINADA,
sendo-lhe transferido eventual excedente dos valores auferidos ao longo do período de
intervenção, precedida de prestação de contas pelo interventor, que responderá pelos atos
praticados durante a sua gestão, retornando à CONCESSIONÁRIA a posse dos bens que
tenham sido assumidos pelo interventor, e o exercício da posição contratual, direitos e
obrigações inerentes a tal prestação.
42.10. Se ficar comprovado que não foram observados os pressupostos legais e regulamentares
para a decretação da intervenção, será declarada sua nulidade, devendo ser adotadas as
medidas previstas na Cláusula 42.8, sem prejuízo da prestação de contas por parte do
interventor e da indenização eventualmente cabível.
ii. Encampação;
iii. Caducidade;
iv. Rescisão;
121
estado em que se encontrarem;
43.6. Finalizado o processo administrativo que levar à materialização de alguma das hipóteses
de extinção antecipada do CONTRATO, a CONCESSIONÁRIA deverá submeter
imediatamente o PLANO DE DESMOBILIZAÇÃO à apreciação e aprovação da ARTESP,
nos termos da Cláusula Quinquagésima Terceira.
122
com exceção daquelas expressamente previstas neste CONTRATO e de obrigações pós
contratuais atribuídas à CONCESSIONÁRIA, ao PODER CONCEDENTE e à ARTESP.
44.2. Verificando-se o advento do termo final contratual, sem prejuízo de eventual sub-rogação
da SUCESSORA nos contratos em curso, a CONCESSIONÁRIA será inteira e
exclusivamente responsável pelo encerramento de quaisquer relações contratuais de que
seja parte celebradas com terceiros, não assumindo o PODER CONCEDENTE ou a
ARTESP qualquer responsabilidade ou ônus em relação a tais contratações.
44.6. Com o advento do termo contratual, a CONCESSIONÁRIA não fará jus a qualquer
indenização relativa a investimentos em BENS REVERSÍVEIS, conforme estabelecido na
Cláusula Quinquagésima Segunda.
123
i. O método de amortização utilizado no cálculo será o da linha reta (amortização
constante), considerando o reconhecimento do BEM REVERSÍVEL e o menor
prazo entre (i) o termo final do CONTRATO, ou (ii) a vida útil do respectivo BEM
REVERSÍVEL;
ii. Não serão considerados eventuais valores contabilizados a título de juros e outras
despesas financeiras capitalizáveis durante o PERÍODO DE CONSTRUÇÃO e o
PERÍODO DE PRÉ-CONSTRUÇÃO;
iii. Não serão considerados eventuais valores contabilizados a título de despesas pré-
operacionais capitalizáveis, assim consideradas aquelas realizadas previamente
à constituição formal da SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO;
vi. somente serão considerados os custos e despesas que tenham sido reconhecidos
contabilmente pela própria CONCESSIONÁRIA, não sendo considerados
eventuais custos e despesas reconhecidos por acionistas ou PARTES
RELACIONADAS da CONCESSIONÁRIA, ainda que em benefício das atividades
desenvolvidas no SERVIÇO DELEGADO;
viii. O valor das parcelas dos investimentos vinculados a BENS REVERSÍVEIS ainda
não amortizados ou depreciados será apurado a partir dos ativos intangível e/ou
financeiro da CONCESSIONÁRIA, e tendo como termo final a data da notificação
da extinção do CONTRATO à CONCESSIONÁRIA, considerando as regras
contábeis, notadamente a Interpretação Técnica ICPC 01 (R1), pronunciamentos
e orientações relacionadas e, ainda, respectivas revisões, todos emitidos pelo
Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, devidamente atualizado conforme
o IPCA/IBGE do ano contratual do reconhecimento do investimento até o ano
contratual do pagamento da indenização;
124
aprovados pela ARTESP, pela aplicação da metodologia prevista na
Cláusula 25.5.2, considerando valores estimáveis à época da realização
dos correspondentes investimentos, devidamente atualizados conforme o
IPCA/IBGE do ano contratual da data base do valor destes investimentos
até o ano contratual do pagamento da indenização.
45.1.2. Eventuais custos com a reparação e/ou reconstrução dos BENS REVERSÍVEIS
entregues em situação distinta daquela estabelecida neste CONTRATO e seus
ANEXOS serão descontados do montante indenizável.
ii. o saldo devido aos FINANCIADORES relativo a financiamentos que tenham como
escopo principal a captação de recursos para investimentos vinculados a BENS
REVERSÍVEIS, acrescido dos juros contratuais pactuados nos respectivos
instrumentos contratuais.
125
iii. o valor das multas aplicadas à CONCESSIONÁRIA no âmbito da execução do
CONTRATO, em razão de procedimentos transitados em julgado e/ou
procedimentos sancionatórios já concluídos, em decisão da qual não caiba mais
recurso administrativo; e
45.3.1. O valor descrito no inciso ii será pago pelo PODER CONCEDENTE diretamente aos
FINANCIADORES.
45.4.1. O valor referente à desoneração tratada na Cláusula 45.4 deverá ser descontado do
montante da indenização devida à CONCESSIONÁRIA e não poderá, em nenhuma
hipótese, superar o montante total da indenização devida.
126
46.2. Em caso de encampação, além do disposto na Cláusula Quadragésima Quinta, a
indenização devida à CONCESSIONÁRIA deverá cobrir:
46.3. O componente indicado no inciso ii da Cláusula 46.2 será calculado de acordo com a
seguinte fórmula:
𝐿𝐶 = 𝐴 × [(1 + 𝑁𝑇𝑁𝐵′ )𝑛 − 1]
Onde:
127
PATROCINADA, quando presente uma ou mais das situações previstas nesta Cláusula
Quadragésima Sétima, envolve um juízo de conveniência e oportunidade por parte do
PODER CONCEDENTE, que poderá, em face das peculiaridades da situação, decidir pela
aplicação de outras medidas previstas no CONTRATO que, ao seu juízo, melhor atendam
ao interesse público, a exemplo da aplicação de penalidades ou da decretação de
intervenção na CONCESSÃO PATROCINADA, quando admissíveis.
128
seja assinado;
129
encontrar;
Resilição amigável
48.1. Este CONTRATO poderá ser rescindido amigavelmente pelas PARTES, observando-se
os termos do artigo 26 da Lei Estadual nº 7.835/1992.
130
Resilição unilateral
48.2. Poderão dar ensejo à resilição unilateral, independentemente de acordo entre as PARTES
no momento da extinção, e por iniciativa de qualquer das PARTES, as hipóteses descritas
na Cláusula 6.5, incisos i e ii.
48.2.1. Para cada uma das hipóteses previstas na Cláusula 6.5, as indenizações devidas
serão calculadas levando-se em consideração os seguintes elementos:
48.3. Este CONTRATO poderá ser rescindido por iniciativa da CONCESSIONÁRIA, no caso de
descumprimento das normas contratuais pelo PODER CONCEDENTE ou pela ARTESP,
mediante procedimento arbitral movido especialmente para esse fim.
Relicitação
131
48.7. Este CONTRATO poderá ser rescindido após procedimento de relicitação, na forma
prevista no artigo 8º da Lei Estadual nº 16.933/2019, a qual dependerá de acordo entre o
PODER CONCEDENTE e a CONCESSIONÁRIA, em procedimento que garanta a
continuidade da prestação do SERVIÇO DELEGADO até a conclusão de novo processo
licitatório para a assunção das atividades por SUCESSORA.
48.7.3. Qualificado o CONTRATO para fins de relicitação, e caso se decida pela adoção do
procedimento, o PODER CONCEDENTE e a CONCESSIONÁRIA deverão celebrar
termo aditivo ao CONTRATO, cujo conteúdo observará, para além do disposto no
artigo 10 da Lei Estadual nº 16.933/2019, outros elementos julgados relevantes pelo
PODER CONCEDENTE para assegurar a continuidade da prestação do SERVIÇO
DELEGADO.
49.1. O CONTRATO poderá ser anulado em caso de ilegalidade não convalidável no processo
licitatório, na formalização do CONTRATO ou em cláusula essencial que comprometa a
prestação do serviço, por meio do devido procedimento administrativo, iniciado a partir da
notificação enviada de uma PARTE à outra, ou pela ARTESP a ambas as PARTES,
assegurados o contraditório e a ampla defesa.
49.1.1. Se a ilegalidade mencionada na Cláusula 49.1 acima não decorrer de ato praticado
pela CONCESSIONÁRIA e for possível sua convalidação com o aproveitamento dos
atos realizados, as PARTES e a ARTESP deverão se comunicar, objetivando a
manutenção do CONTRATO.
132
acionistas, atuais ou pretéritos, a indenização será equivalente à calculada para a
hipótese de extinção antecipada do CONTRATO por caducidade; e
50.4. Não será realizada partilha do eventual acervo líquido da CONCESSIONÁRIA extinta entre
seus acionistas antes do pagamento de todas as obrigações com o PODER
CONCEDENTE e com a ARTESP, bem como sem a emissão de Termo Definitivo de
Devolução pela ARTESP.
51.1. Considera-se caso fortuito ou força maior, com as consequências estabelecidas neste
CONTRATO, o evento assim definido na forma da lei civil e que tenha impacto direto sobre
o desenvolvimento das atividades da CONCESSÃO PATROCINADA.
133
CONCESSIONÁRIA, salvo, em todas as hipóteses, se decorrentes de atos da
CONCESSIONÁRIA;
51.3. A PARTE que tiver o cumprimento de suas obrigações afetado por caso fortuito ou força
maior deverá comunicar a ARTESP da ocorrência do evento, em até 48 (quarenta e oito)
horas.
51.4. Um evento caracterizado como caso fortuito ou de força maior não será considerado, para
os efeitos de recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do CONTRATO se, ao
tempo de sua ocorrência, corresponder a um risco segurável no Brasil há pelo menos 2
(dois) anos, até o limite da média dos valores indenizáveis por apólices normalmente
praticados no mercado, por pelo menos duas empresas do ramo, independentemente de
a CONCESSIONÁRIA as ter contratado, observada a matriz de riscos estabelecida por
este CONTRATO.
51.5. Na ocorrência de caso fortuito ou de força maior, cujas consequências não forem
seguráveis no Brasil, ou cujos efeitos irreparáveis se estendam por mais de 90 (noventa)
dias, ou por período definido de comum acordo entre as PARTES, quando da verificação
de que os efeitos possam comprometer de forma irreversível a exploração da
CONCESSÃO PATROCINADA, qualquer das PARTES poderá se valer da faculdade
prevista na Cláusula 6.5, inciso i.
51.6. Salvo se a ARTESP der outras instruções por escrito, a CONCESSIONÁRIA continuará
cumprindo suas obrigações decorrentes do CONTRATO, na medida do razoavelmente
possível e procurará, por todos os meios disponíveis, cumprir aquelas obrigações não
impedidas pelo evento de força maior ou caso fortuito, cabendo à ARTESP e ao PODER
CONCEDENTE da mesma forma cumprir as suas obrigações não impedidas pelo evento
de força maior ou caso fortuito.
51.7. Na hipótese de comprovada ocorrência de caso fortuito ou de força maior, sem que tenha
havido a extinção da CONCESSÃO PATROCINADA nos termos da Cláusula 6.5, inciso i,
serão suspensos os reflexos financeiros dos IQD que tenham sido impactados pela
ocorrência, até a normalização da situação e cessação de seus efeitos.
134
CAPÍTULO X – DA REVERSÃO
52.4. Por ocasião da extinção do CONTRATO por decurso de prazo, os BENS REVERSÍVEIS
deverão estar em condições adequadas de conservação e funcionamento, permitindo a
continuidade dos serviços objeto deste CONTRATO, pelo prazo adicional mínimo de 5
(cinco) anos, contados da data de extinção do CONTRATO, salvo aqueles com vida útil
menor, nos termos do ANEXO 10.
52.4.1. Eventual custo com estes investimentos deverá ser amortizado e depreciado antes
do término da vigência do CONTRATO, não tendo a CONCESSIONARIA direito a
indenização a respeito, salvo nas hipóteses de extinção antecipada do CONTRATO.
52.5. Caso a reversão dos bens não ocorra nas condições ora estabelecidas, a
CONCESSIONÁRIA indenizará o PODER CONCEDENTE, devendo a indenização cobrir
os custos para restabelecimento da condição exigida, nos termos do CONTRATO, sem
prejuízo das sanções cabíveis e execução de eventuais seguros e GARANTIA DE
135
EXECUÇÃO.
53.4. Quando faltar 1 (um) ano para o término do prazo de vigência do CONTRATO, a
CONCESSIONÁRIA deverá treinar o pessoal indicado pela ARTESP, bem como repassar
a documentação técnica, administrativa e as orientações operacionais relativas ao
SISTEMA RODOVIÁRIO, que ainda não tiverem sido entregues, observado o disposto na
Cláusula Quinquagésima Quarta.
136
pactuado, nos termos autorizados por este CONTRATO.
53.6. Enquanto não expedido o TERMO DE RECEBIMENTO DEFINITIVO não será liberada a
GARANTIA DE EXECUÇÃO.
53.11. A CONCESSIONÁRIA, desde 6 (seis) meses antes do advento do termo final do PRAZO
DA CONCESSÃO, ou a partir da data em que iniciado qualquer processo voltado à
extinção antecipada da CONCESSÃO, operada por outra causa, não poderá realizar
dissolução, partilha do patrimônio, ou distribuir valores a qualquer título entre os seus
acionistas, salvo as distribuições que decorram de obrigação legal, antes que a ARTESP,
por meio do TERMO DE RECEBIMENTO DEFINITIVO, ateste que os bens revertidos
encontram-se em perfeitas condições de operacionalidade, utilização e manutenção, livres
de quaisquer ônus ou encargos, e que esteja plenamente assegurado o pagamento das
importâncias devidas ao PODER CONCEDENTE, a título de penalidades, indenização, ou
qualquer outro título.
54.1. Sem prejuízo das disposições contidas no ANEXO 10, são obrigações da
CONCESSIONÁRIA, para a boa operacionalização da transição do sistema ao PODER
CONCEDENTE ou à SUCESSORA:
137
CONCEDENTE para a transmissão adequada dos conhecimentos e informações;
55.2.1. A ARTESP deverá notificar a outra PARTE no prazo de 10 (dez) dias úteis, exceto
nas hipóteses nas quais a própria ARTESP figurar como parte demandada.
55.2.2. A PARTE notificada terá um prazo de 10 (dez) dias úteis, contados do recebimento
da notificação, para responder se concorda com a solução ou elucidação proposta.
55.2.4. Caso não concorde, a PARTE notificada deverá apresentar à outra PARTE e à
ARTESP, também no prazo de 10 (dez) dias úteis, os motivos pelos quais discorda
da solução ou elucidação apresentada, devendo, nessa hipótese, apresentar uma
proposta alternativa para o caso.
138
55.3. O procedimento de solução amigável de controvérsias previsto nesta Cláusula não é de
observância compulsória nos casos urgentes, em que haja risco de perecimento do direito
ou de agravamento da situação.
55.4. A adoção dos procedimentos indicados na Cláusula 55.2 e respectivos subitens não
exonera as PARTES e a ARTESP de darem seguimento e cumprimento às suas
obrigações contratuais, sendo dever das PARTES e da ARTESP assegurar a continuidade
da prestação do SERVIÇO DELEGADO e o cumprimento dos cronogramas de obras.
55.4.1. Somente se admitirá a paralisação das obras ou dos serviços quando o objeto da
divergência implicar riscos à segurança de pessoas e/ou da prestação do SERVIÇO
DELEGADO, desde que a paralisação comprovadamente configure a medida mais
adequada à neutralização ou, quando esta não for possível, à mitigação do risco
eventualmente existente, obtendo-se, quando possível sem comprometimento da
segurança, a anuência da ARTESP previamente à paralisação.
55.5. A resolução do conflito ainda poderá ocorrer perante câmara de prevenção e resolução
administrativa de conflitos ou por mediação, nos termos da Lei nº 13.140/15.
55.6.1.1. A JUNTA TÉCNICA será formada por 3 (três) membros especializados, com
experiência na gestão de assessoria a projetos de longo prazo no setor de
concessão rodoviária e/ou construção pesada, que deverão, no âmbito de sua
competência, atuar estimulando as PARTES a evitar disputas e as assistir na
solução daquelas que não puderem ser evitadas, visando à sua solução
definitiva, sempre aplicando o disposto no CONTRATO e seus ANEXOS e
observando a legislação aplicável.
139
55.6.1.2. Cada uma das PARTES indicará um membro para compor a JUNTA TÉCNICA,
devendo os membros indicados, de comum acordo, nomear o terceiro membro,
a quem caberá a presidência da JUNTA TÉCNICA.
55.6.1.3. A JUNTA TÉCNICA deverá emitir parecer a respeito das controvérsias que lhe
forem apresentadas no prazo de 60 (sessenta) dias corridos, caso a solução da
controvérsia não envolva a produção de perícia técnica, ou em 90 (noventa) dias
corridos, caso a solução da controvérsia envolva a produção de perícia técnica,
salvo se disciplinado de maneira diversa. Durante este período, nenhuma das
PARTES poderá submeter a mesma controvérsia ao mecanismo de arbitragem
previsto neste CONTRATO.
56.3. A parte que requerer a instauração do procedimento arbitral deverá indicar, no momento
da apresentação de seu pleito, a câmara responsável pela administração do litígio, que
deverá ser selecionada dentre aquelas cadastradas pelo Estado de São Paulo para
solução de litígios envolvendo a Administração Direta e suas autarquias.
56.3.1. Na hipótese de não haver câmara arbitral cadastrada pelo Estado de São Paulo, a
escolha será feita pela parte que requerer a instauração do procedimento arbitral,
com base nos seguintes critérios:
140
iii. Atender aos requisitos legais para recebimento de pagamento pela Administração
Pública do Estado de São Paulo;
56.5. O TRIBUNAL ARBITRAL será composto por três membros, indicados conforme o
regulamento da câmara arbitral, podendo ser escolhido, por acordo entre as PARTES,
árbitro único.
56.6. O TRIBUNAL ARBITRAL será instalado na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo,
podendo se reunir em qualquer localidade, conquanto notificadas as partes.
56.7. A arbitragem será realizada em língua portuguesa, de acordo com as leis da República
Federativa do Brasil, não impedindo a utilização de documentos técnicos redigidos em
outro idioma, facultado o recurso à tradução juramentada em caso de divergência das
partes quanto ao seu significado.
56.7.1. A arbitragem deverá observar quaisquer decisões judiciais que, nos termos da
legislação brasileira vigente, possuam eficácia vinculante e imponham sua
observância pelos órgãos do Poder Judiciário.
56.7.4. Havendo divergências entre o conteúdo das decisões ou dos documentos nas
versões em língua portuguesa e em língua estrangeira prevalecerá o conteúdo das
versões confeccionadas em língua portuguesa.
56.8. O TRIBUNAL ARBITRAL não poderá se valer de equidade em suas decisões relacionadas
a este CONTRATO.
56.9. O pagamento das custas e despesas relativas ao procedimento arbitral observará, por
analogia, o regime de sucumbência previsto no Código de Processo Civil, sendo vedada
a condenação da PARTE vencida ao ressarcimento dos honorários advocatícios
contratuais da PARTE vencedora.
141
56.9.1. Independentemente da PARTE que tenha suscitado a instauração do procedimental
arbitral, o adiantamento das despesas e custas eventualmente solicitado pela
câmara arbitral escolhida deverá, na forma do artigo 18, §2°, da Lei Estadual
16.933/2019, ser adimplido pela CONCESSIONÁRIA, a qual poderá, quando for o
caso, ser restituída conforme posterior deliberação final em instância arbitral.
56.10. Caso uma das PARTES se recuse a tomar as providências cabíveis para que o
procedimento arbitral tenha início, a PARTE que tiver requisitado a instauração da
arbitragem poderá recorrer ao juízo da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo, para
obter as medidas judiciais cabíveis, com fundamento no artigo 7º, da Lei Federal nº
9.307/1996 e subsequentes alterações.
56.11. A sentença arbitral será considerada como decisão final em relação à controvérsia entre
as PARTES, irrecorrível e vinculante entre elas.
56.12. Os autos do processo arbitral serão públicos, ressalvadas as hipóteses legais de sigilo ou
segredo de justiça.
56.13. Qualquer das PARTES poderá recorrer ao juízo da Comarca de São Paulo, Estado de São
Paulo, para dirimir qualquer controvérsia não sujeita à arbitragem, bem como obter (i)
medida cautelar porventura necessária antes da formação do TRIBUNAL ARBITRAL,
observado o disposto nos artigos 22-A e 22-B da Lei Federal nº 9.307/1996; ou (ii)
promover a execução de medida cautelar, decisão liminar ou da sentença proferida pelo
TRIBUNAL ARBITRAL.
56.14. As decisões proferidas pelo TRIBUNAL ARBITRAL que imponham obrigação pecuniária
ao PODER CONCEDENTE serão cumpridas conforme o regime de precatórios ou
obrigação de pequeno valor, nas mesmas condições impostas aos demais títulos
executivos judiciais.
56.15. As partes reconhecem que as decisões proferidas pelo TRIBUNAL ARBITRAL poderão
ser regularmente executadas no Brasil, seguindo o procedimento para execução contra a
Fazenda Pública, não dispondo o PODER CONCEDENTE de qualquer imunidade
soberana que iniba a execução.
57.1. Será competente o Foro da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo, para toda e
qualquer demanda de caráter cautelar ou de tutela de urgência que não possa aguardar a
instauração do Tribunal Arbitral para a respectiva apreciação, assim como para dirimir
qualquer controvérsia não passível de solução amigável ou sujeição à arbitragem, nos
termos deste CONTRATO.
58.1. Sobre todos os assuntos estabelecidos neste CONTRATO, bem como decisões proferidas
pela ARTESP ou pelo PODER CONCEDENTE, a CONCESSIONÁRIA terá direito à
observância do devido processo administrativo, nos termos da Lei estadual nº 10.177/98.
142
58.2. Este CONTRATO vincula a ARTESP, as PARTES e seus sucessores em todos os seus
aspectos.
58.4. Se a ARTESP ou qualquer das PARTES permitir, mesmo por omissão, o descumprimento,
no todo ou em parte, de quaisquer das Cláusulas ou condições do CONTRATO e de seus
ANEXOS, tal fato não poderá liberar, desonerar, ou de qualquer modo afetar ou prejudicar
a validade e eficácia das mesmas Cláusulas e condições, as quais permanecerão
inalteradas, como se nenhuma tolerância houvesse ocorrido.
58.4.1. A renúncia de uma PARTE ou da ARTESP quanto a qualquer direito não será válida
caso não seja manifestada por escrito e deverá ser interpretada restritivamente, não
permitindo sua extensão a qualquer outro direito ou obrigação estabelecido neste
CONTRATO.
58.5. Todas as comunicações relativas a este CONTRATO deverão ser encaminhadas por
escrito, nos endereços físicos ou, preferencialmente, eletrônicos, e em nome das pessoas
abaixo indicadas:
58.6. As PARTES e a ARTESP poderão modificar os dados acima indicados mediante simples
comunicação por escrito aos demais.
58.9. Na contagem dos prazos estabelecidos neste CONTRATO excluir-se-á o dia do início e
143
incluir-se-á o do vencimento, computando-se os dias corridos, salvo disposição em
contrário.
58.9.1. Quando os prazos se encerrarem em finais de semana, feriados ou dias em que não
houver expediente na ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA do Estado de São Paulo, o prazo
será automaticamente postergado para o primeiro dia útil subsequente.
144