4 A Memoria Emocional Ancorada No Corpo
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VOLPI, José Henrique. A memória emocional ancorada no corpo. In: VOLPI, José
Henrique; VOLPI, Sandra Mara (Org). Curso de Extensão O corpo revela os traços
de caráter. Curitiba: Centro Reichiano, 2021.
RESUMO
Ainda enquanto psicanalista Reich descobriu que o corpo contém a história de cada indivíduo e
é por meio dele que devemos buscar resgatar as emoções mais profundas. Reich passou a
observar não apenas o caráter do paciente, demonstrado por meio de gestos, postura, tom de
voz, etc, como também sua postura corporal, podendo "ler" o caráter do paciente inscrito no
corpo, nas tensões, nas couraças. Por meio da manipulação direta das couraças (tensões
corporais), conseguiu alcançar memórias "aprisionadas" nas couraças de forma a liberá-las,
mobilizando juntamente a energia retida na musculatura. O corpo sente, aprende, se disciplina,
se condiciona e toda vez que isso acontece, as células do cérebro sofrem uma alteração e
essa alteração irá refletir em nosso comportamento. Portanto, é a manipulação dessas
couraças como forma de atingir os bloqueios emocionais inconscientes que a vegetoterapia se
propõe.
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caráter possui traços musculares diferentes, o que nos dá diferentes posturas corporais.
Apesar de Reich (1995) referir-se ao corpo como sendo moldado de acordo com as
experiências vividas, foi Alexander Lowen (1977) quem aprofundou essa relação mostrando ser
possível ler no corpo o caráter de uma pessoa. Nosso corpo registra todos os acontecimentos
vividos durante a nossa vida, principalmente aqueles ocorridos na primeira infância, quando as
formas que encontramos para nos defender ainda são precárias. Esses acontecimentos muitas
vezes deixam no corpo marcas profundas e irreversíveis.“A imagem egóica molda o corpo por
meio do controle exercido pelo ego, sobre os músculos voluntários” (LOWEN, 1982, p. 125). O
cérebro detecta uma ameaça, mas as alterações também se registram no corpo (DAMÁSIO,
1996). Diz Capra (2002) que “toda a estrutura do organismo participa do processo cognitivo,
quer o organismo tenha um cérebro e um sistema nervoso superior, quer não” (p. 53). E
completa:
Os estudos recentes empreendidos no novo campo da `lingüística cognitiva´
nos fornecem fortes indícios de que a raça humana, ao contrário da crença de
boa parte dos filósofos ocidentais, não transcende o corpo, mas é
fundamentalmente determinada e formada por nossa natureza física e nossas
experiências corpóreas (CAPRA, 2002, p. 74).
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REFERÊNCIAS
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