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Pregação João 15

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Esta é a sétima e última declaração de "Eu Sou" feita por Cristo conforme o registro do

Evangelho de João. Porém, Jesus não se ateve a essa imagem, prosseguindo com a figura do
"amigo".

Esses dois retratos dos cristãos – como ramos e amigos - revelam tanto nossos privilégios
quanto nossas responsabilidades.

Como ramos, temos o privilégio de compartilhar a vida de Jesus e a responsabilidade de


permanecer nele. Como amigos, temos o privilégio de conhecer sua vontade e a
responsabilidade de obedecer.

1. OS RAMOS - DEVEM OS PERMANECER (Jo 15:1-11)


O cultivo dos vinhedos era uma atividade importante para a vida e a economia de Israel. O
templo de Herodes era decorado com uma videira de ouro. Ao usar essa metáfora, Jesus
recorreu a uma imagem que todos os judeus conheciam bem. Essa representação simbólica
apresenta elementos que é preciso compreender, a fim tirar proveito dos ensinamentos de
Cristo nesta passagem.

A videira. Há três tipos de videira nas Escrituras.


A videira do passado refere-se a Israel como nação (ver SI 80:8, 19; Is 5:1-7; Jr 2:21; Ez
19:10-14 e O s 10:1). Num ato de sua graça maravilhosa, Deus "transplantou" israel para
Canaã e deu à nação todos os benefícios imagináveis. "Que mais se podia fazer ainda à
minha vinha, que eu lhe não tenha feito?", perguntou Deus (Is 5:4). Se há uma nação que
teve tudo para ser bem-sucedida é Israel

Também há uma videira do futuro, a "videira da terra", em Apocalipse 14:14-20.


Refere-se ao sistema do mundo gentio, amadurecendo para o julgamento de Deus. Os
cristãos são ramos da "videira do céu", mas os incrédulos são ramos da "videira da terra".

A videira do presente é nosso Senhor Jesus Cristo, e inclui, obviamente, seus ramos. Ele é a
"Videira Verdadeira", ou seja, "a original, da qual todas as outras videiras são cópias". Como
cristãos, não vivemos de substitutos! O simbolismo da videira e dos ramos é semelhante
àquele da Cabeça e do corpo; temos um relacionamento vivo com Cristo e pertencemos a
ele.

Na metáfora da videira, Jesus mostra quão profundamente estamos ligados a ele.


Hendriksen diz que essa unidade é moral, mística e espiritual. A união mística com Cristo,
ilustrada pela união entre o pastor e as ovelhas, a cabeça e o corpo, o noivo e a noiva, o
fundamento e o edifício, recebe agora uma nova imagem, a videira e os ramos.

1. Eu sou a videira verdadeira. Provavelmente houve intenção de se estabelecer um


contraste com Israel, a vinha plantada por Deus que provou ser estéril (Is. 5:1-7).
Verdadeira. Tudo o que uma videira deveria ser no sentido espiritual. Cristo não é
simplesmente a raiz ou o tronco, mas toda a planta. Incluído nEle está o Seu povo.

2. Todo ramo que, estando em mim. Estar em Cristo é um fato espiritual de importância
incalculável.
Não der fruto. Assim como a planta possui brotos que sorvem a seiva mas nada lhe
acrescentam, precisando por isso serem cortados, da mesma maneira um filho de Deus,
estéril, que insiste em fazer a sua própria vontade deve aguardar ser posto de lado.

Limpa. Isto se aplica ao ramo que dá fruto. Ele é mantido limpo de qualquer tendência para
a apatia ou de mero crescimento sem produção de frutos. O objetivo é mais fruto.

3. Já estais limpos (literalmente, por causa da) pela palavra. Separados dos outros, tendo
recebido a revelação de Deus em Cristo.

4. Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. aqui se relaciona com a vontade, a


decisão de depender conscientemente de Cristo como a condição de produção e fruto. A
resposta de cristo é uma manifestação interior – eu... vós. Um ramo destacado da videira é
necessariamente estéril. A intenção é a união vital.

5. A videira e as varas são distintas. Da videira vem a vida; das varas, como resultado, vem o
fruto. A ordem é a mesma de 14:20 e 15:4. Nossa permanência em Cristo relaciona-nos com
a fonte da vida. Sua habitação em nós produz um fornecimento constante de fruto – muito
fruto.

Sem mim. Separados de Mim, cortados de Mim.

6. É um fato conhecido que além da produção de uvas a videira não tem nenhuma utilidade
a não ser como combustível (cons. Ez. 15:6). Uma vez que o sujeito é a produção do fruto, o
fogo é um juízo sobre a esterilidade.

7. As minhas palavras. As palavras de Cristo, como também a pessoa de Cristo, podem


permanecer no crente.
1) João diz que precisamos permanecer em Jesus, pois os ramos sem a videira morrem Jesus
é a vida (João 14:6), sem Ele só há a morte;

2) a palavra dEle precisa permanecer em nós, pois sem ela, seremos absorvidos pela
mentira, a falsa doutrina e as regras humanas – ou seja, vamos achar que estamos fazendo a
vontade dEle, mas não estaremos. Precisamos examinar a nós mesmos se estamos na fé (2
Coríntios 13:5); e também, vivermos a palavra de Deus que é Jesus, e não somente falar ou
ensinar.

Na segunda parte, João diz “que tudo que pedimos será feito”. Mas será que tudo que
pedimos é de acordo com a vontade de Deus, ou “não temos, porque não pedimos. Quando
pedimos, não recebemos, pois pedimos por motivos errados, para gastar em nossos
prazeres”  (Tiago 4:2c,3).

8. O discipulado é um crescimento, uma coisa dinâmica. Quanto mais fruto produzimos, mais
verdadeiramente estamos nos encaixando no padrão de discípulos, aqueles que aprendem
de Cristo a fim de se parecerem com Ele. Deus é glorificado com isso. Ele é vindicado e
recompensado pelo Seu investimento na vinha.

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