Empreendedorismo Digital
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Núcleo de Educação a Distância
EMPREENDEDORISMO DIGITAL - GRUPO PROMINAS
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
3
Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Um abraço,
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5
EMPREENDEDORISMO DIGITAL - GRUPO PROMINAS
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
6
O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.
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O objetivo desta Unidade é apresentar aos estudantes os ele-
mentos básicos e princípios fundamentais para se entender o contexto
de criação e desenvolvimento de startups. Para isso, serão descritos
os principais conceitos de empreendedorismo e inovação, bem como
suas tipologias e importância para o desenvolvimento das nações con-
temporâneas. Os capítulos seguintes mergulham o leitor no mundo
das startups, apresentam as diversas perspectivas existentes para
entender essa modalidade de empresa e demonstram a aplicação de
algumas ferramentas, consideradas essenciais, para a validação dos
modelos de negócio. Um caminho para a construção de startups é
apresentado, bem como seus componentes básicos para funciona-
mento. Espera-se que a leitura deste material resulte em entusiasmo
para planejar empresas inovadoras, bem como em capacidade técnica
para implementá-las e desenvolvê-las no mercado.
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Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
CAPÍTULO 01
EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO
Recapitulando ________________________________________________ 30
CAPÍTULO 02
STARTUPS: O PRIMERO PASSO PARA O CRESCIMENTO
Startups _______________________________________________________ 38
Recapitulando _________________________________________________ 51
CAPÍTULO 03
CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE STARTUPS
Recapitulando __________________________________________________ 75
Referências _____________________________________________________ 83
EMPREENDEDORISMO DIGITAL - GRUPO PROMINAS
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A palavra Startup está em alta no mundo econômico, político e
corporativo. Este sucesso se deu devido ao forte impacto que essa mo-
dalidade de empreendedorismo exerceu sobre a vida das pessoas nas
últimas décadas. Dificilmente a vida de algum indivíduo no mundo não
tenha sido afetada de alguma forma pela criação de uma startup, isso
porque a tecnologia se tornou parte do cotidiano das pessoas e grande
parte dessas revoluções tecnológicas surgiram a partir do desenvolvi-
mento de pequenas empresas inovadoras, como o Facebook, o Google,
o Dropbox, a Microsoft, entre outras.
Estudar o mundo das startups e do empreendedorismo inovador
é conhecer alguns dos processos que influenciarão o avanço das inova-
ções nos mercados, e assim, parte do crescimento econômico das nações.
O conteúdo apresentado nesta Unidade pretende oferecer subsídios para
o aprendizado a respeito dos principais conceitos, tipologias e ferramentas
úteis para o empreendedorismo e para o desenvolvimento de startups.
No primeiro capítulo, o estudante será atualizado sobre o con-
texto histórico que resultou na lógica de mercado contemporânea, em
que o empreendedorismo e as inovações assumiram o protagonismo
das economias. Por isso, serão apresentadas as relações entre esses
dois conceitos, bem como as tipologias que conferem as diversas varia-
ções desses fenômenos.
O segundo capítulo introduz o conceito de Startup, apresen-
tando duas perspectivas distintas que explicam as formas como essa
modalidade de empreendedorismo está presente nos discursos do mer-
cado. São descritos, também, alguns componentes mínimos para que
essas empresas possam iniciar suas atividades em ambientes compe-
titivos. Por fim, uma ferramenta de validação do modelo de negócio é
ensinada, dando início à apresentação de uma série de instrumentos EMPREENDEDORISMO DIGITAL - GRUPO PROMINAS
para a criação de startups neste módulo.
O terceiro capítulo adota uma abordagem mais prática e con-
duz o estudante por possíveis etapas a serem adotadas no processo de
criação de desenvolvimento de startups. Nesse contexto, surge a oportu-
nidade de apresentar instrumentos de planejamento de empresas, como
o Plano de Negócios Tradicional e sua “versão sintética”, o Business Mo-
del Canvas (BMC). Além disso, uma valiosa técnica de apresentação de
ideias para captação de recursos é oferecida, e um resumo sobre alguns
dos principais fundamentos de negociação é apresentado, a fim de auxi-
liar os empreendedores na busca por alcançar seus interesses.
Espera-se que o conteúdo aqui apresentado seja útil para
conscientizar os estudantes a respeito do potencial de transformações
da inovação nos mercados, bem como demonstrar a acessibilidade
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desse fenômeno na vida dos empreendedores a partir da criação e do
desenvolvimento de startups.
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EMPREENDEDORISMO E
INOVAÇÃO
Há algumas décadas, era incomum ouvir falar das palavras EMPREENDEDORISMO DIGITAL - GRUPO PROMINAS
“inovação”, “empreendedorismo” e “startups”. Para os novos entrantes
no mercado de trabalho, essa realidade pode parecer estranha a princí-
pio, uma vez que esses conceitos se tornaram tão presentes nos atuais
ambientes corporativos. Mas, é possível perceber que a economia glo-
bal não é a mesma das gerações passadas, e que foi, e continua sen-
do profundamente transformada pela ascensão das novas tecnologias,
que, ao promover a conexão dos mercados a custos cada vez menores,
transformaram não somente as linhas de produtos e serviços ofertados,
mas também, fatores mais profundos da ordem social, como o consu-
mo, as organizações e as relações de trabalho.
O mercado do passado não é o mesmo dos dias de hoje (apesar
de ser possível perceber os seus resquícios). Se não há concorrência e
se os produtos e serviços ofertados no mercado atendem às expectativas
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de lucro, inovar para quê? Se os riscos são elevados, se o mercado é
estagnado e se existem oportunidades de emprego em grandes corpora-
ções, empreender para quê? Por que startar uma empresa com poucos
recursos, se existem grandes concorrentes com poder de mercado?
Tais perguntas poderiam rondar a cabeça de alguns potenciais
empreendedores do passado, que apesar dos seus impulsos para criar
e implementar suas ideias de negócios, encontrariam poucos mercados
propícios para o florescimento do seu empreendedorismo. Nos novos
tempos, por outro lado, a conexão das economias proporcionou um am-
biente fecundo para a criação de novos negócios e proliferação de ino-
vações. Um jardim propício para o cultivo de novos empreendimentos.
De fato, nunca se viu tanta proximidade entre os mercados, seja
de trabalho ou de bens e serviços. Nesse contexto, as perguntas que
guardavam em si a raiz do negativo se tornaram afirmativas com tons de
imperatividade. Nos dias de hoje, é preciso inovar porque há demasiada
concorrência, e nossos produtos e serviços já não atendem facilmente às
expectativas de lucro. Deve-se empreender, os riscos são elevados, mas
o mercado é dinâmico e com grandes oportunidades de retorno. Startem
novas empresas, mesmo tendo poucos recursos, o poder está diluído no
mercado e as inovações são as cartas na manga dos novos agentes de
sucesso. Assim, palavras como “Empreendedorismo”, “Inovação” e “Star-
tups” acendem, e com elas surgem também grandes transformações. Nes-
te capítulo, esse contexto será aprofundado, como seus conceitos e suas
implicações para o mercado e seus agentes, isto é, para aqueles que o
enfrentam e esperam plantar e colher os benefícios do empreendedorismo.
pelo Apple I. O ensino EAD, por outro lado, pode ser considerado uma
inovação de serviço, por transformar a maneira como o conhecimento e
a certificação profissional é exercida na sociedade.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
(TER/RJ — ANALISTA JUDICIÁRIO — CONSULPLAN — 2017)
A Administração Pública, atualmente, tem como paradoxo principal
a necessidade de ser empreendedora, isto é, aproveitar as opor-
tunidades de mercado, e o problema de como financiar as novas
oportunidades. O processo de inovação das instituições públicas
é bastante complexo e enfrenta muitas dificuldades. São conside-
rados fatores restritivos à prática empreendedora, EXCETO:
a) Estão acima do conceito de lucro.
b) Visão a longo prazo das lideranças.
c) Não tem o cliente como foco principal.
d) Suas receitas são baseadas num orçamento.
QUESTÃO 2
(SEPLAG/SE — ESPECIALISTA EM POLÍTICAS PÚBLICAS E GES-
TÃO GOVERNAMENTAL — IBFC — 2018)
O empreendedorismo governamental ocorre quando os gestores
públicos aproveitam os recursos disponíveis de formas novas e
melhores, buscando a satisfação e o benefício dos cidadãos. O
conceito de empreendedorismo governamental surgiu com o livro
Reinventando o Governo — como o espírito empreendedor está
transformando o poder público, de Osborne e Gaebler. Sobre o
tema, assinale a alternativa correta:
a) um governo empreendedor pretende controlar a economia, seja por
meio direto ou indireto, bem como concentrar a gestão das atividades
empresariais na administração pública.
b) para um modelo de empreendedorismo governamental deve se bus-
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QUESTÃO 3
(PREFEITURA DE PARNAMIRIM/RN — COMPERVE — ADMINIS-
TRADOR —2019)
Empreendedorismo é um tema muito recente na área de adminis-
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tração pública, pois sua origem esteve vinculada à identificação de
pessoas ousadas que procuravam realizar seus intentos por meio
da montagem de seu próprio negócio. Na esfera da organização
pública, há pessoas que realizam atividade técnica, empreendedo-
ra, gerencial e de controle. Nesse caso, o empreendedor:
a) concebe a ideia de um novo projeto.
b) planeja todos os passos para realizar um novo projeto.
c) acompanha o novo projeto em todas as suas fases.
d) avalia os resultados alcançados com o novo projeto.
QUESTÃO 4
(UFG — CS/UFG — ADMINISTRADOR — 2019)
O risco é inerente à própria atividade da empresa e às caracterís-
ticas do mercado em que opera. Esse risco independe da forma
como a empresa é financiada, restringindo-se exclusivamente às
decisões de investimentos e ativos, relaciona-se à possibilidade
de a empresa não atingir os resultados esperados. Tais variáveis
estão relacionadas ao risco:
a) de mercado.
b) econômico.
c) financeiro.
d) de investimento.
QUESTÃO 5
(JUCEPAR/PR — ADMINISTRADOR — PUC/PR — 2017)
Plataformas digitais estão transformando os pipelines de negócios.
Os modelos tradicionais de negócios estão tendo que se adaptar a
essa nova realidade em que consumidores, fabricantes e fornece-
dores colaboram em plataformas digitais para desenvolver, vender EMPREENDEDORISMO DIGITAL - GRUPO PROMINAS
e aprimorar produtos e serviços. Nesse movimento, gigantes do va-
rejo como Walmart estão tendo que adotar o modelo de empresas
de tecnologia, como a Apple, para se lançar nos mercados digitais.
O desafio nesse modelo de negócio está, além de novos processos
internos de trabalho e de liderança, em compreender os papéis dos
diferentes atores e encontrar meios de orquestrar as participações,
mantendo suas vantagens competitivas seguras em meio à abertu-
ra para maior colaboração. Do outro lado, as plataformas requerem
dos agentes regulatórios maior flexibilização de regras anteriormen-
te criadas para os pipelines para controlar o funcionamento desses
negócios, sem impedir sua evolução. Essa visão de novo modelo
de negócio e desafios regulatórios pode ser exemplificado pelo que
atualmente está se observando com as discussões sobre:
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a) sistema de regulamentação dos planos de saúde.
b) modelo de regulamentação do UBER.
c) papel do governo no incentivo ao empreendedorismo digital.
d) papel do governo na flexibilização da legislação trabalhista.
QUESTÃO 6
(IF/RS — PROFESSOR/ADMINISTRAÇÃO — IF/RS — 2015)
O empreendedorismo social se tornou um movimento global com
objetivo de efetivar uma mudança social positiva. Em relação ao
tema, é INCORRETO afirmar:
a) O empreendedorismo social é um processo que envolve o uso e a
combinação inovadores de recursos para buscar oportunidades para
catalisar mudanças sociais e/ou atender necessidades sociais.
b) O processo empreendedor fala sobre o empreendedorismo social
resultar na criação, valorização, realização e renovação de valor. O va-
lor social deriva de atividades empreendedoras que buscam resolver
problemas relacionados a pessoas e a problemas do planeta, indepen-
dente de orientação para o lucro.
c) A principal diferença entre o empreendedorismo tradicional e o em-
preendedorismo social é a missão pretendida. O empreendedorismo
social desenvolve empreendedorismos com a missão de resolver um
problema social premente.
d) O empreendedorismo social é um processo que inclui a identificação
de um problema social específico e uma solução para resolvê-lo; a ava-
liação do impacto social, o modelo de negócios e da sustentabilidade
do empreendimento.
e) O empreendedorismo social é uma forma de empreendedorismo apli-
cado somente nos setores sem fins lucrativos.
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QUESTÃO 7
(IF/SC — PROFESSOR/ADMINISTRAÇÃO — IF/SC — 2015)
Em uma visão empreendedora, para uma ideia tornar-se oportuni-
dade superior, os mais bem-sucedidos empreendedores, capitalis-
tas de risco e investidores privados entendem que ela deve apre-
sentar certas características. Assinale a alternativa que contenha
CORRETAMENTE essas características.
a) A geração de uma área de novos negócios nas empresas, garantida
por sistemas e controles contábeis.
b) A criação de novos produtos e serviços para a empresa, preocupan-
do-se com o fluxo de caixa positivo.
c) Qualidades de ser atraente, durável e em tempo oportuno e estar es-
tabelecida em um produto ou serviço que cria ou agrega valor para seu
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comprador ou usuário final.
d) Um desempenho centrado em agregar valor ao produto, independen-
te do impacto financeiro para a empresa.
e) Como característica fundamental, a criação de serviços complementa-
res ao negócio é estar ancorada no atendimento de um diferente mercado.
QUESTÃO DISSERTATIVA
Há 100 anos Henry Ford lançou a moderna linha de montagem em sua
fábrica em Highland Park, nas proximidades de Detroit, com a qual pro-
vocou uma transformação radical da produção e da sociedade norte-
-americana. Ao reduzir drasticamente o custo de produção com partes
padronizadas e uma montagem mais eficiente, a Ford conseguiu levar
o luxo, a comodidade e a liberdade do automóvel às massas. Outras
indústrias logo adotaram essa inovação e, atualmente, tudo, de cereais
a caixões, é feito em linhas de montagem. Tendo em vista as profundas
novidades implementadas pela Linha de Produção da Ford, como você
classificaria esse tipo de inovação? Justifique.
TREINO INÉDITO
Com base no conceito de empreendedorismo e suas implicações,
assinale a afirmação INCORRETA.
a) Os estudos de Schumpeter trazem para o campo do empreendedo-
rismo o caráter inovador desse fenômeno. Ao criar o conceito de Des-
truição Criativa, o autor abriu espaço para entender os efeitos do em-
preendedorismo na economia contemporânea.
b) Empresas de Estilo de Vida são aquelas que promovem a subsis-
tência básica dos empreendedores. São classificadas nessa categoria
empresas individuais, de baixo valor agregado em seus produtos ou
serviços e receitas mínimas. EMPREENDEDORISMO DIGITAL - GRUPO PROMINAS
c) Empresas do tipo “Crescimento Gerenciável” são aquelas que criam
uma forte marca local e regional. Ao longo do tempo, desenvolvem-se
de maneira estável, mantendo o reinvestimento de seus ganhos para o
crescimento da organização.
d) A ideia de que existe um comportamento empreendedor que possa
ser assumido pelos indivíduos em determinadas circunstâncias advém
dos estudos da Behavioral School, que inspirou a ampliação do concei-
to do empreendedorismo para ambientes relacionados ao setor privado.
e) Conhecidas como gazelas, empresas de crescimento agressivo são
firmas de base tecnológica dotadas de elevada capacidade inovadora
e crescimento exponencial. São firmas orientadas por buscas de opor-
tunidades e criação de mercados, normalmente presentes no mercado
nacional e internacional.
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NA MÍDIA
VISÃO DE FUTURO E AÇÃO NO PRESENTE: O PROCESSO DE
INOVAÇÃO PARA EMPRESAS
Um dos maiores desafios do mundo corporativo é identificar as tendên-
cias do futuro para aplicá-las no presente. O tempo que um produto e
uma empresa se mantêm relevantes no mercado é cada vez menor.
Portanto, quem não se atualizar com novas tecnologias, novos modelos
de negócio e novos formatos de gestão irá ficar para trás. Segundo os
especialistas, uma das melhores formas de inovar em produtos e pro-
cessos é buscando benchmark, isto é, inspiração de outras organiza-
ções. “Benchmark é entender o que o restante do mundo está fazendo
de interessante e descobrir como se apropriar disso e aplicar em seu
negócio”, define Eduardo Glitz. “Sempre tem alguém, em algum canto
do mundo, fazendo o que você faz de um jeito melhor”, completa. Na
mesma linha, Marcelo Maisonnave, sócio da StartSe e cofundador da
Warren, afirma que não há melhor forma de se aprimorar do que “sen-
tindo na pele” as transformações da nova economia. “Só quem chega lá
na China, tenta pagar um lanche com cartão de crédito no aeroporto e
não é aceito, ela percebe que aquele lugar funciona em outro ritmo, em
outra plataforma”, revela. Na China, predominam os pagamentos digi-
tais, realizados com o smartphone por meio dos apps Alipay e WeChat.
“É a mesma coisa quando eu cheguei no Vale do Silício e um carro autô-
nomo passou na minha frente”, diz, sobre a tecnologia que já é testada
nas vias públicas da região.
Título: Visão de futuro e ação no presente: o processo de inovação para
empresas
Data de publicação: 01 fev. 2021
Fonte: (STARTSE, 2021). Disponível em: <https://www.startse.com/no-
ticia/startups/processo-inovacao-empresas>. Acesso em: 11 mar. 2021.
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NA PRÁTICA
Com a pulverização dos benefícios financeiros provenientes do em-
preendedorismo, muitas empresas passaram a desejar a manifestação
do comportamento empreendedor por parte de seus colaboradores.
Essa vontade, entretanto, muitas vezes não é correspondida na prática
pelo simples fato de os indivíduos não se sentirem confortáveis para as-
sumirem riscos e inovar dentro da empresa. Esse contexto é agravado
quando não são oferecidas recompensas claras para aqueles que se
propõem a dedicar um esforço extra para a criação e implementação de
novas soluções dentro da firma. O distanciamento da teoria e da prática,
isto é, da implementação do comportamento empreendedor no discur-
so da empresa sem que seja, entretanto, construído um ambiente pró-
34
-empreendedorismo, é tão eficiente quanto não se fazer nada. Ou pior,
em determinadas situações, o comportamento empreendedor pode se
tornar banalizado na cultura da firma, dificultando tentativas futuras de
transformação organizacional por meio do empreendedorismo.
O aprimoramento das empresas a partir do incentivo ao comportamento
empreendedor passa por uma quebra de paradigmas e pela transforma-
ção de toda estrutura de incentivos das empresas. Modelos burocráticos
de organização, em que todos os processos e tarefas sejam pré-definidos
e controlados massivamente pela hierarquia, tendem a asfixiar a criativi-
dade dos colaboradores e desestimular a implementação de novas ideias
para a solução de problemas e para o aprimoramento das atividades em-
presariais. A criação de uma cultura empreendedora passa pelo estabe-
lecimento de uma organização Adhocrática, que ofereça maior autonomia
aos indivíduos, para que se sintam confortáveis em criar e implementar
projetos “fora da caixa”, assumindo riscos e colhendo os possíveis retor-
nos dos benefícios que suas ideias tendem a gerar para a organização.
Uma estrutura hierárquica horizontalizada, manifestada pela formação
de equipes orientadas para a solução de problemas intraorganizacionais,
também é bem-vinda. Somente a partir de esforços nesse sentido, os
proprietários conseguirão concretizar a teoria do empreendedorismo na
prática organizacional de maneira sustentável a longo prazo.
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STARTUPS: O PRIMEIRO PASSO
PARA O CRESCIMENTO
STARTUPS
Stakeholders, ou Agentes de Interesse, são todos os indiví- EMPREENDEDORISMO DIGITAL - GRUPO PROMINAS
duos que apresentam interesse no empreendimento, seja pela sua ca-
pacidade de afetar as decisões e operações organizacionais, ou por
serem de alguma maneira afetados por elas. O estudo dos Stakehol-
ders é uma importante atividade para a construção e implementação
do Planejamento Estratégico das organizações. Existem Stakeholders
classificados como “internos” às organizações, que apresentam com
ela uma ligação direta, tais como: os Colaboradores, Investidores e
Proprietários, bem como aqueles classificados como “externos”, que
apresentam ligações indiretas com a empresa, como, por exemplo,
os Fornecedores e Consumidores. O Mapeamento de Stakeholders
classifica os agentes segundo seus graus de interesse e poder de
influência sobre a organização, e configura uma valiosa ferramenta
para a gestão das estratégias das empresas, principalmente em seus
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estágios iniciais, quando enfrentam seus primeiros desafios.
Tendo em vista as características das Startups nessa segunda EMPREENDEDORISMO DIGITAL - GRUPO PROMINAS
perspectiva, é possível concluir que, além do entendimento de que se
trata de uma fase inicial que todas as empresas em desenvolvimento vi-
vem, o conceito de Startups, usualmente utilizado no mercado contem-
pônâneo, refere-se a um tipo específico de empresa, que se encontra
em seus estágios iniciais de vida, com um time reduzido de colaborado-
res e um modelo organizacional flexível. Que tem em sua raiz a inova-
ção, a tomada de risco e a busca por solucionar problemas identificados
no mercado. São empresas que tendem a crescer rapidamente e que
materializam na prática o Empreededorismo Inovador.
Nesse sentido, nem todas as formas de empreendedorismo
podem ser consideradas como Startups, empresas criadas por Sobrevi-
vência, ou da modalidade Estilo de Vida, por exemplo, não apresentam
propósitos de inovação, e não são orientadas para o crescimento. E,
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mesmo que estejam em suas fases iniciais de desenvolvimento (Fase
de Startup), não materializam em suas dimensões organizacionais as
características de Startup, como uma modalidade de empreendedoris-
mo, o Empreendedorismo Inovador.
mínimos que representam sua utilidade a ser testada pelo grupo de con-
sumidores. As percepções dos clientes são coletadas e utilizadas para o
melhoramento da ideia de produto previamente estabelecida. Esse ciclo
pode ser seguido pelos empreendedores até que sejam atingidos níveis
satisfatórios de feedbacks positivos, para que seja elaborada uma ver-
são final do produto a ser apresentada no mercado.
Este capítulo ofereceu informações a respeito do conceito de
Startups, suas tipologias, seus componentes básicos e seu processo de
validação por MVP, de forma que sejam conhecidos os fundamentos e as
práticas essenciais aplicáveis ao contexto das Startups. O próximo capí-
tulo visa dar continuidade a esses processos, aprofundando, porém, em
ferramentas e etapas básicas de planejamento, negociação e captação de
recursos para a operacionalização dessa forma de empreendedorismo.
50
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
(SANEAGO/GO — ADMINISTRADOR — CS/UFG — 2018)
A semelhança crescente das estruturas de demanda e oferta, que
favorece a apropriação de ganhos de escala, a padronização de
técnicas produtivas e administrativas, a redução do ciclo de vida
dos produtos, a mudança do foco da concorrência entre produtos
para a competição em termos de tecnologia de processos e as mu-
danças culturais, é consequência da:
a) globalização.
b) inteligência competitiva.
c) produção enxuta.
d) competência essencial.
QUESTÃO 2
(CÂMARA MUNICIPAL DE JABOTICABAL/SP — AGENTE DE ADMI-
NISTRAÇÃO — VUNESP — 2015)
Dos produtos a seguir, aquele que possui como uma de suas prin-
cipais características a intangibilidade é:
a) logística.
b) serviços.
c) construção civil.
d) agronegócios.
e) indústria.
QUESTÃO 3
(AL/RR — ADMINISTRADOR — FUNRIO — 2018)
A estratégia que torna uma organização mais competitiva, ofere- EMPREENDEDORISMO DIGITAL - GRUPO PROMINAS
cendo aos seus consumidores produtos a menor preço que os
concorrentes, é denominada:
a) diferenciação.
b) focalização.
c) implementação.
d) liderança de custo.
QUESTÃO 4
(INMETRO — ANALISTA EXECUTIVO EM METROLOGIA E QUALI-
DADE — IDECAN — 2015)
A partir da década de 50, o conceito de qualidade, que até então
era relacionado apenas à perfeição técnica de um produto, evoluiu
para adequação do produto ao uso. O entendimento predominante
51
nas últimas décadas e que certamente representa a tendência fu-
tura é a conceituação de qualidade como satisfação dos clientes.
Diante do exposto, são considerados atributos da qualidade dos
produtos, exceto:
a) confiabilidade.
b) conservadorismo.
c) instalação e orientação de uso.
d) desempenho técnico ou funcional.
e) qualidade percebida e imagem da marca.
QUESTÃO 5
(IF/SC — PROFESSOR/ADMINISTRAÇÃO — IF/SC 2015)
Na figura abaixo, o gráfico representa o ciclo de vida de um deter-
minado produto em um determinado período.
QUESTÃO 6
(UFC — ADMINISTRADOR — CCV/UFC — 2015)
Economia de escala é derivada de melhoria gradativa na eficiência por
meio da experiência à medida que a empresa vai crescendo, podendo
ser uma ameaça aos novos entrantes por se caracterizar como:
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a) dumping.
b) retaliação.
c) barreira de entrada.
d) estratégia de custo baixo.
e) estratégia de ganho contínuo.
QUESTÃO 7
(SEGEP/MA — ANALISTA EXECUTIVO/ADMINISTRADOR — FCC —
2018)
A evolução do pensamento em Administração permite instalar um
debate acerca da transição de paradigmas organizacionais, ou seja,
do paradigma industrial ao paradigma pós-industrial. Considere:
I. Da organização voltada aos recursos para uma organização vol-
tada à demanda.
II. De um regime que elimina as tarefas delimitadas para um regime
com alto grau de especialização de tarefas.
III. De um modelo baseado em economia de escopo para um mode-
lo estritamente baseado em economia de escala.
IV. Da organização vertical do trabalho para uma organização hori-
zontal do trabalho.
V. Da ênfase na redução da responsabilidade do trabalhador para
uma ênfase na corresponsabilidade do trabalhador.
São consideradas transições entre esses dois paradigmas o que
consta apenas em:
a) I, IV e V.
b) II, III e V.
c) I, III e IV.
d) II e III.
e) IV e V. EMPREENDEDORISMO DIGITAL - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO DISSERTATIVA
EMPREENDEDORISMO: TRANSFORMANDO IDEIAS EM NEGÓCIOS
Em 1989, Robinson se casou, concluiu a faculdade de odontologia e com
a ajuda do pai montou um consultório odontológico, onde exerceu a pro-
fissão por dois anos seguidos. Como não obteve o retorno financeiro es-
perado, começou a procurar por novos negócios. Foi quando se lembrou
do que havia observado durante a sua viagem para os Estados Unidos,
que muitas pessoas consumiam comida chinesa e que as recebiam em
caixas entregues em suas próprias casas. Essa ideia, no seu modo de
ver, tinha um grande potencial de dar certo no Brasil, visto que, mesmo
tendo se passado cinco anos da sua viagem, nenhum serviço semelhante
tinha sido implantado aqui. Foi então que aflorou a ideia de montar o seu
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próprio negócio, o China In Box. [...] Após ter identificado o local mais
apropriado para abrir a loja, Robinson partiu para a captação de recursos
e primeiramente contou com a ajuda de seu pai e de sua irmã mais nova,
Helen Shiba, formada em marketing, que acabaram lhe complementando
no seu ponto fraco: a organização. Os recursos financeiros ele obteve
vendendo o seu consultório de odontologia e o restante foi financiado
pelo seu pai. [...] Com o passar do tempo, devido ao aumento nas ven-
das e ao crescimento do negócio, houve a necessidade de contratação
de novas pessoas e a divisão formal das tarefas entre Robinson e sua
irmã, e cada um passou a ser responsável pela área onde tinha um maior
conhecimento e habilidade: no caso da sua irmã, marketing e finanças,
e no seu caso, por todo o processo de compra da matéria-prima, pela
contratação de mão de obra e até mesmo pelo atendimento aos clientes
[...]”. Quais os fatores indicados como essenciais para a construção de
startaps (segundo o modelo de Timmons) podem ser identificados na his-
tória do China in Box? Identifique-os e descreva-os.
TREINO INÉDITO
Com base em seus conhecimentos sobre o MVP, assinale a alter-
nativa incorreta.
a) MVP é a sigla para Minimum Viable Product que corresponde em
português a “Produto Minimamente Viável”.
b) O MVP é parte de conjunto de técnicas apresentadas no livro “A Star-
tup Enxuta” de Eric Ries, que visam auxiliar na construção de Startups
de qualidade, com poucos recursos e no menor tempo possível.
c) O MVP é consiste na criação de uma versão minimamente viável do pro-
duto a ser comercializado pela startup, a fim de que sejam levantadas infor-
mações sobre seus consumidores, com o menor custo e esforço possível.
d) Pivotagem em MVP corresponde ao momento em que a startup con-
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segue atingir o market fit, de forma que não sejam necessários maiores
aprimoramentos sobre o modelo de negócio.
e) Além de validar a aceitação do produto da empresa no mercado, o
MVP pode ser utilizado como uma ferramenta de melhoria contínua dos
bens ou serviços ofertados pelas Startups.
NA MÍDIA
STARTUP LANÇA SERVIÇO DE TELEMEDICINA PARA TODO O PAÍS
Para respeitar a quarentena, a grande maioria dos serviços está ado-
tando formas remotas para continuarem ativos. E a medicina, ainda que
possua bastante demanda presencial nesse período, também está ten-
do seus serviços remotos mais procurados. A Cuidas, startup de saúde
e tecnologia, desenvolveu uma versão digital de seus serviços, para
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que seja possível atender a todos durante o isolamento social devido ao
coronavírus. Denominada Cuidas Digital, a plataforma é focada em ofe-
recer serviços de atenção primária para pacientes das empresas par-
cerias. A startup, por meio do novo aplicativo, conecta funcionários das
companhias parceiras com médicos cadastrados no sistema da Cuidas.
Por meio do Prontuário Eletrônico Digital, a consulta é feita, de forma
completa, por telemedicina, e a companhia garante que o paciente pos-
sa ter acesso sempre ao mesmo médico, para que seja possível criar
um vínculo de confiança. Silva acrescentou que, diferentemente da Cui-
das presencial, o serviço Cuidas Digital está presente e disponível para
todo o país – e não apenas para a cidade de São Paulo. A intenção é
que, quando a situação normalizar, as consultas presenciais voltem a
ser o foco, mas o serviço remoto ainda existirá por um preço de 35 reais
mensais – valor que cobre todas as consultas, independentemente do
número realizado.
Data: 05 abr. 2020.
Fonte: (REVISTA EXAME, 2020). Disponível em: <https://exame.com/
tecnologia/startup-lanca-servico-de-telemedicina-para-todo-o-pais/>.
Acesso em: 11 mar. 2021.
NA PRÁTICA
Existem situações e indivíduos que concebem ideias inovadoras de ne-
gócio, capazes de oferecer valor para o mercado e com elevado potencial
de retornos financeiros, mas que nunca “saem do papel” devido à falta
de motivação, suporte financeiro e conhecimento técnico por parte des-
ses potenciais empreendedores. É para atender realidades como essas
que novas instituições de apoio ao empreendedorismo como as “Acele-
radoras” de startups são criadas. Aceleradoras de startups são organi-
zações de apoio ao empreendedorismo inovador, que visa criar valor a EMPREENDEDORISMO DIGITAL - GRUPO PROMINAS
partir do contínuo suporte ao desenvolvimento de empresas escaláveis,
em seus estágios iniciais. Dessa forma, essas instituições visam captar
“boas ideias” de solução para o mercado e oferecem condições para que
sejam validadas e transformadas em oportunidades lucrativas de negó-
cio, por meio da aplicação de recursos técnicos e financeiros para criação
de empresas. Ao ingressar em um programa de aceleração, o empreen-
dedor em potencial terá a oportunidade de tornar a ideia de negócio em
uma possibilidade clara de empreendedorismo. Para tanto, sua proposta
de empresa será desenvolvida a partir da mentoria de empreendedores
e profissionais experientes no campo do empreendedorismo e transfor-
mada em um modelo de negócio exequível, passível de ser apresentado
para investidores para a captação de recursos. Os métodos aplicados
nessas organizações visam acelerar o desenvolvimento de startups, en-
55
curtando o tempo de construção de empresas e promovendo uma consi-
derável redução dos riscos de falência desse tipo de negócios.
EMPREENDEDORISMO DIGITAL - GRUPO PROMINAS
56
CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
DE STARTUPS
5757
CAMINHO PARA A GERAÇÃO DE STARTUPS
PLANO DE NEGÓCIOS
62
Dois dos maiores estudiosos de marketing do mundo, os
professores Jerome McCarthy e Philip Kotler, criaram um modelo bá-
sico para orientar as empresas a respeito de suas estratégias de mer-
cado. Conhecido como 4Ps do Marketing ou Mix de Marketing, a ferra-
menta apresenta 4 variáveis controláveis pelos empreendedores, que
influenciam diretamente os retornos de consumo do mercado.
São elas:
- Produto: que representa os itens que irão atender às neces-
sidades do mercado.
- Preço: que representa o custo para que o consumidor em
potencial tenha sua necessidade atendida.
- Praça: a forma como os produtos e serviços serão distribuí-
dos no mercado.
- Promoção: que representa as estratégias de comunicação da
empresa, para que os outros “Ps” se tornem conhecidos pelo público.
A seção correspondente ao Plano Operacional deve ser de-
dicada para a descrição da estrutura de produção e do funcionamento
das empresas. Nessa etapa do Business Plan, o empreendedor tem a
oportunidade de apresentar o layout da empresa, composto pelo arranjo
físico e pela disposição das máquinas e equipamentos na organização.
Além disso, deverão ser detalhadas as atividades envolvidas nos princi-
pais processos que envolvem a produção ou prestação de serviços da
firma e as principais funções a serem exercidas pelos colaboradores.
Assim, é possível que seja informado o número de funcionários neces- EMPREENDEDORISMO DIGITAL - GRUPO PROMINAS
sários na empresa, bem como os postos e a hierarquia organizacional.
A quinta seção do plano é dedicada ao Plano Estratégico da
empresa. A estratégia corresponde à forma como as empresas agirão
no mercado para que sejam atingidos seus objetivos corporativos. Por
isso, é necessário que os empreendedores descrevam onde desejam
chegar com sua organização e traçar um plano de metas e ações para
que, uma vez seguido, obtenham sucesso naquilo que se propõem a
fazer. Um instrumento muito utilizado para auxiliar os gestores em suas
estratégias organizacionais é a Matriz SWOT, que corresponde à uma
matriz de quatro quadrantes, que permite a organização de itens rela-
cionados à fatores internos, como os Pontos Fortes e Pontos Fracos da
empresa, e fatores externos como as Ameaças e Oportunidades que o
mercado oferece. A identificação dessas características internas e ex-
63
ternas favorecem a construção de estratégias exequíveis para a firma.
Após serem apresentadas todas as informações relativas à
empresa no que se refere ao seu propósito, operações e estratégias, o
empreendedor tem a oportunidade de comprovar a viabilidade de sua
proposta no Plano Financeiro, que tem o objetivo de descrever os valo-
res necessários para a criação do negócio, bem como demonstrar seu
potencial de retorno, dado os padrões de receita e lucratividade a serem
calculados. A estrutura do Plano Financeiro deve apresentar, pelo me-
nos, quatro elementos básicos:
- Investimento Total: que informe o montante a ser aplicado
para a criação do empreendimento.
- Estimativa de Faturamento: contendo a quantidade de ven-
das esperadas e os valores faturados, com base nos preços dos produ-
tos e serviços.
- Análise de Custo: apresentando todos os gastos relativos à
operacionalização do negócio, seja com a atividade fim da organização,
ou com atividades administrativas.
- Demonstrativo de Resultados (DE): demonstra, com base nas
expectativas de custos e receitas, o resultado da empresa no período
de cálculo em termos de Lucro ou Prejuízo.
A apresentação do Plano Financeiro deve ser cuidadosamente
elaborada pelos empreendedores, de forma que os valores inclusos nos
cálculos estejam o mais próximo possível da realidade. O distanciamen-
to das expectativas financeiras da empresa com os valores reais de
mercado, configura um erro grave de elaboração do Plano de Negócios,
que compromete todo o trabalho realizado na construção desse docu-
mento. A dedução correta do Investimento Total, Faturamento e Custos
permite que o valor (lucro ou prejuízo) apresentado no DE seja confiável
e justifique esforços de investimentos pessoais e de terceiros.
EMPREENDEDORISMO DIGITAL - GRUPO PROMINAS
64
Quadro 1 — Indicadores de Viabilidade de Negócios.
72
Na Figura 7 é demonstrado que, apesar do Vendedor A desejar
vender o carro pelo valor de R$ 20.000,00, ele conseguiria chegar ao limite
de até R$ 13.000,00 sem que o negócio perca a viabilidade. O Comprador
B, por outro lado, deseja comprar o carro por R$ 10.000,00, mas consegui-
ria pagar o preço de R$ 17.000,00. Descobrir e alcançar o preço reserva
dos negociantes é o caminho para atingir resultados satisfatórios na nego-
ciação, mas isso não seria possível para todos seus participantes.
A Zona de Possível Barganha (ZOPA), como o próprio nome
diz, corresponde às possibilidades de acordos a serem fechados em
uma negociação, mais especificamente trata-se da área estabelecida
entre os preços reserva dos envolvidos. Em um contexto de compra/
venda entre duas pessoas, uma ZOPA, ou Zona de Barganha Positiva,
indica que os valores limites dos negociantes oferecem possibilidades
para haver um acordo, como é indicado pela Figura 8. Uma Zona de
Barganha Negativa, por sua vez, ocorre quando os preços resistência
dos negociantes não oferecem condições de barganha, isso ocorre,
por exemplo, quando o preço reserva do vendedor de um carro usado
seja de R$ 15.000,00 e o comprador não consiga pagar mais de R$
10.000,00, nesse contexto, não há possibilidade de acordo.
74
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
(IF/CE —TECNÓLOGO/GESTÃO FINANCEIRA — IF/CE — 2016)
É um documento com o objetivo de estruturar as principais ideias
e opções que o empreendedor analisará, para decidir quanto à via-
bilidade da empresa a ser criada:
a) Plano Operacional.
b) Plano de Marketing.
c) Plano Financeiro.
d) Desenvolvimento de Produtos.
e) Plano de Negócio.
QUESTÃO 2
(IF/SC — PROFESSOR/ADMINISTRAÇÃO — IF/SC — 2015)
Em uma visão empreendedora, para uma ideia tornar-se oportuni-
dade superior, os mais bem-sucedidos empreendedores, capitalis-
tas de risco e investidores privados entendem que ela deve apre-
sentar certas características. Assinale a alternativa que contenha
corretamente essas características.
a) A geração de uma área de novos negócios nas empresas, garantida
por sistemas e controles contábeis.
b) A criação de novos produtos e serviços para a empresa, preocupan-
do-se com o fluxo de caixa positivo.
c) Qualidades de ser atraente, durável e em tempo oportuno e estar es-
tabelecida em um produto ou serviço que cria ou agrega valor para seu
comprador ou usuário final.
d) Um desempenho centrado em agregar valor ao produto, independen-
te do impacto financeiro para a empresa. EMPREENDEDORISMO DIGITAL - GRUPO PROMINAS
e) Como característica fundamental, a criação de serviços complementa-
res ao negócio e estar ancorada no atendimento de um diferente mercado.
QUESTÃO 3
(ANS —TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE SAÚDE SUPLEMENTAR —
FUNCAB — 2016)
No contexto da gestão e controle da qualidade, a ferramenta que
permite que um grupo de trabalho desenvolva um processo criati-
vo na busca de soluções para os problemas apresentados, explo-
rando a participação de cada um no grupo, é denominada:
a) kaizen.
b) benchmarking funcional.
c) reengenharia.
75
d) brainstorming.
e) benchmarking interno.
QUESTÃO 4
(PRODEB — ANALISTA DE TIC II — INSTITUTO AOCP —2018)
Sobre as características gerais do Project Model Canvas, assinale
a alternativa correta.
a) O PM Canvas inicia após o Plano de Projeto estar pronto.
b) Proporciona a realização do Plano de Projeto de uma forma mais
formal e textual.
c) Proporciona a realização do Plano de Projeto de uma forma mais
amigável e ágil.
d) O PM Canvas inicia após a entrega do primeiro protótipo.
e) Proporciona a realização do Plano de Projeto com linearidade textual.
QUESTÃO 5
(SESAP/RN — ADMINISTRADOR — COMPERVE —2018)
O gerenciamento de projetos pode ser feito por intermédio do uso
de metodologias específicas, como o Project Model Canvas, que:
a) utiliza conceitos de gerenciamento, neurociência e design thinking para
simplificar a sua elaboração e tem um caráter completamente visual.
b) integra as tarefas de identificação, mapeamento, coleta e registro de
informações para a análise e melhoria de processos.
c) utiliza uma metodologia ágil (Scrum) com mudanças rápidas ou re-
querimentos emergentes.
d) integra processos e subprocessos para descrever, de forma organi-
zada, o trabalho a ser realizado durante o projeto.
QUESTÃO 6
EMPREENDEDORISMO DIGITAL - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO DISSERTATIVA
Joana é uma mulher muito empreendedora. Já tentou várias vezes ser
dona do seu próprio negócio, mas agora está confiante, pois tem conse-
guido bons resultados com o sucesso de sua nova empresa de empadas.
Tendo em vista seus custos e sua média de vendas, Joana consegue
vender uma empada por, no máximo, R$ 1,50, mas prefere precificar no
mercado à R$2,00. O maior comprador de empadas da cidade é o Sr. Au-
gusto, dono de uma famosa lanchonete. Ele tem procurado Joana para
negociar a compra de empadas. O máximo que Augusto pode pagar por
empada é R$2,50. Joana não vê a hora de fechar negócio com esse
grande cliente da cidade. Tendo em vista as informações contidas no tex-
to indique os Preços Reservas de Joana e Augusto, e justifique porque há
possibilidade de acordo entre os participantes dessa negociação.
77
NA MÍDIA
UMA DAS MAIORES ACELERADORAS DO VALE VIRÁ AO BRASIL
ENCONTRAR STARTUPS
Pela primeira vez, a aceleradora Y Combinator fará entrevistas presen-
ciais com startups da América do Sul. Os encontros com negócios escalá-
veis, tecnológicos e inovadores acontecerão na cidade de São Paulo. A Y
Combinator é uma das aceleradoras mais conhecidas da região america-
na do Vale do Silício, onde há a maior densidade de startups do mundo.
A Y Combinator já investiu em mais de 4.000 startups desde 2005, com
avaliação de mercado combinada de US$ 100 bilhões. As entrevistas
servirão para selecionar a turma de aceleração de número 20, que co-
meçará em junho deste ano. As startups recebem US$ 150 mil em troca
de participação e ficam três meses no Vale do Silício. É um investimento
semente – a primeira captação externa que uma startup faz, geralmente
para pagar os primeiros meses de operação. Os empreendimentos refi-
nam sua apresentação para investidores e preenchem lacunas de negó-
cio durante o programa. A aceleração se encerra em um dia de pitches,
conhecido como Demo Day. A Y Combinator continua a prestar suporte
às suas startups mesmo depois do programa. Alguns empreendimentos
brasileiros que já passaram pela aceleradora são bxblue (fintech) e Que-
ro Educação (edtech). O Brex, criado por brasileiros, mas sediado no
Vale do Silício, também participou de um programa da aceleradora. Os
maiores casos de sucesso da Y Combinator, por avaliação de mercado,
são Stripe (fintech), Airbnb (proptech) e Cruise (autotech).
Data: 13 mar. 2020.
Fonte: (PEQUENAS EMPRESAS & GRANDES NEGÓCIOS, 2020). Dis-
ponível em: <https://revistapegn.globo.com/Startups/noticia/2020/03/
uma-das-maiores-aceleradoras-do-vale-vira-ao-brasil-encontrar-star-
tups.html>. Acesso em: 11 mar. 2021.
EMPREENDEDORISMO DIGITAL - GRUPO PROMINAS
NA PRÁTICA
A técnica Canvas (BMC) é amplamente indicada para aqueles indiví-
duos que estão lapidando suas ideias de empreendedorismo, e que
necessitam entender sua proposta de empresa a partir de uma visão
sistêmica em um só plano de análise. A capacidade de síntese dessa
ferramenta faz com que seja possível ao empreendedor entender as
relações existentes entre os mais diversos segmentos que justificam e
sustentam a existência de sua ideia de firma. Na prática, o BMC é um
instrumento de aprendizado que resulta no aprimoramento das ideias
de empresa. Isso ocorre porque ao mesmo tempo em que é descrita
uma proposta de valor da organização para o mercado, por exemplo,
reflexões a respeito das fontes de receita, custos de produção e formas
78
de distribuição também são apresentadas, demonstrando as relações
diretas existentes entre esses componentes organizacionais. A simples
possibilidade de estabelecer conexões lógicas entre segmentos dis-
tintos de maneira simultânea carrega um forte potencial de educação
empreendedora e favorece a construção de ideias mais robustas de
empreendedorismo. Essa ferramenta pode ser aplicada, também, em
contextos de grupos, como uma técnica de organização de ideias, surgi-
das a partir de um brainstorm (tempestade de ideias) entre as pessoas.
Nesses casos, o empreendedor pode apresentar a Proposta de Valor
da empresa em um Canvas visível a todos, e convidar os participantes
a sugerirem ideias para a construção de sua startup. A partir de então,
os segmentos do BMC podem ser preenchidos de maneira a criar uma
visualização completa da proposta de empresa. Não há restrições de
quantidade de Canvas a serem criados para uma determinada ideia,
nem limites para a criatividade sobre a forma como essa ferramenta
deva ser aplicada. Nesse sentido, os empreendedores podem aplicar o
BMC quantas vezes desejarem, e das mais deferentes formas que jul-
garem necessário, para que suas ideias de startup sejam aprimoradas,
de forma que atinjam condições de implementação no mercado.
79
GABARITOS
CAPÍTULO 01
QUESTÕES DE CONCURSOS
TREINO INÉDITO
Gabarito: B
QUESTÃO DISSERTATIVA
80
CAPÍTULO 02
QUESTÕES DE CONCURSOS
TREINO INÉDITO
Gabarito: D
QUESTÃO DISSERTATIVA
81
CAPÍTULO 03
QUESTÕES DE CONCURSOS
TREINO INÉDITO
Gabarito: C
QUESTÃO DISSERTATIVA
82
BURBRIDGE, R. et al. Gestão de negociação: como conseguir o que
se quer sem ceder o que não se deve. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2007.
84