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TCC Olímpio Barbosa de Oliveira Neto

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UNIFAN - CENTRO UNIVERSITÁRIO ALFREDO NASSER

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


ODONTOLOGIA

OLÍMPIO BARBOSA DE OLIVEIRA NETO

INFECÇÃO ENDODONTICA PRIMARIA DIFERENÇA COM SECUNDARIA

APARECIDA DE GOIÂNIA – GO
2019
OLÍMPIO BARBOSA DE OLIVEIRA NETO

INFECÇÃO ENDODONTICA PRIMARIA DIFERENÇA COM SECUNDARIA

Trabalho de Conclusão de Curso,


apresentado ao Instituto de Ciências
da Saúde do Centro Universitário
Alfredo Nasser, com parte dos
requisitos para a obtenção do título de
Bacharel em Odontologia.

Orientador: Prof. DR. Vinícius Caixeta


de Sousa

APARECIDA DE GOIÂNIA – GO
2019
Dedico esse trabalho a minha família,
meu pai homem honesto e batalhador que
tanto admiro, minha mãe, mulher
guerreira que faz tudo pelos filhos, ao
meu irmão, e a minha noiva que sempre
demonstra cuidado e apoio em minhas
decisões

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus e a minha família a oportunidade de realizar um curso


superior, agradeço aos meus pais André e Elízia por mostrar que o trabalho dignifica
o homem e que só há um caminho a ser seguido.
Agradeço a minha noiva Kamila Venâncio por tudo que tem feito pela gente, e
por me ensinar ser uma pessoa melhor a cada dia.
Agradeço ao meu falecido avô Olímpio Barbosa de Oliveira cujo herdei o
nome, por ter feito um grande papel na minha formação como homem, me
educando, me mostrando valores e princípios que levo comigo por toda minha vida.
Agradeço ao meu irmão João Paulo por acreditar e me apoiar nos meus
objetivos.
Agradeço ao meu amigo e professor Dr. Vinicius Caixeta de Sousa pelo
conhecimento que obtive ao longo do curso de formação e pela paciência e
instrução.
O ignorante afirma, o sábio dúvida, o
sensato reflete.
Aristóteles

SUMÁRIO

1INTRODUÇÃO............................................................................................................
2RELATO DE CASO.................................................................................................
3DISCUSSÃO................................................................................................................

4CONCLUSÃO...............................................................................................................

REFERÊNCIAS..............................................................................................................
Lista de figuras

Figura 1- Aspecto clínico


inicial............................................................................

Figura 2 e 3- Imagens de TCFC


iniciais................................................................

Figura 4- Reconstrução
tridimensional ................................................................

Figura 5- Abertura coronária................................................................................

Figura 6- Medicação
intracanal............................................................................

Figura 7- Obturação.............................................................................................

Figura 8- Radiografia periapical


final....................................................................
RESUMO

Sabe-se que os microrganismos podem ganhar resistência contra agentes


desinfetantes e medicação endodôntica, isso faz com que seja um desafio eliminar
bactérias que persistem no interior do canal sejam elas primarias ou secundárias
persistentes Objetivo: Apresentar um relato de caso de abcesso periapical sem
fístula fase I para o tratamento endodôntico. Relato de caso: Paciente sexo
feminino, 44 anos, com fístula relata incomodo na região anterior da mandíbula e
sensação de dente crescido, foi solicitado o exame de tomografia computadorizada
de feixe cônico (TCFC) com a necessidade de avaliação do dente 13 quanto à
presença / extensão de periodontite apical, presença de trinca, fratura e anatomia do
conduto na qual foi verificada rarefação óssea na região anterior da mandíbula. A
opção terapêutica foi o tratamento endodôntico realizado em duas sessões, a
primeira sessão foi feita a instrumentação e irrigação com hipoclorito mais ácido
etilenodiamino tetra-acético (EDTA) e a medicação de escolha foi o ultracal por 21
dias até que a medicação pudesse fazer efeito para que então fosse realizada a
obturação com cones de guta-percha e restauração. Conclusão: Desde que bem
diagnosticado e realizado, o tratamento endodôntico em duas sessões para o
tratamento de lesões primarias e secundarias persistentes se mostrou eficaz

Palavras chave: Rarefação; Periodontite apical; Trinca; Fratura


ABSTRACT

It is known that microorganisms can gain resistance against disinfecting


agents and endodontic drugs, which makes it a challenge to eliminate bacteria that
persist inside the canal, whether primary or secondary persistent Objective: To
present a case report of periapical abscess without fistula. I for endodontic treatment.
Case report: A 44-year-old female patient with a fistula reports discomfort in the
anterior region of the mandible and feeling satisfied with the tooth. the presence /
extent of apical periodontitis, presence of crack, fracture and anatomy of the canal in
which bone rarefaction was verified in the anterior region of the mandible. The
therapeutic option was endodontic treatment performed in two sessions, the first
session consisted of instrumentation and irrigation with hypochlorite plus
ethylenediaminetetraacetic acid (EDTA) and the medication of choice was ultracal for
21 days until the medication could take effect so that filling with gutta-percha cones
and restoration could then be performed. Conclusion: Provided that it is well thought
out and carried out, endodontic treatment in two sessions for the treatment of
persistent primary and secondary lesions proved to be effective.

Keywords: Rarefaction; apical periodontitis; Crack; Fracture


INTRODUÇÃO

A microbiologia é a ciência que estuda os microrganismos, dentre eles


fungos, bactérias e vírus que são parasitas intracelulares obrigatórios e são
considerados os menores agentes infecciosos, as bactérias são consideradas
ancestrais de qualquer forma de vida, elas surgiram após o resfriamento da terra e
apesar de seu tamanho insignificante não impede sua manifestação na vida humana
e no ecossistema. De modo especifico as bactérias, data de, aproximadamente,
quatro bilhões de anos atrás, fato que os credencia como ancestrais de todas as
formas de vida. (ESTRELA, 2005)

O tratamento endodôntico é apresentado como primeira escolha na resolução


do problema em casos onde há infecção ou alterações na polpa, a organização bem
como o planejamento ajuda o cirurgião dentista chegar no sucesso onde as
referências para o dentista são o valor dos sintomas (silêncio clínico - ausência de
dor), o valor da imagem (espaço do canal radicular completamente preenchido sem
evidência de inflamação periapical) e o valor da condição clínica (um dente bem
restaurado e funcionando.) (ESTRELA et al, 2014)

A tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) é um método de


imagem essencial que aumenta a precisão do diagnóstico, planejamento e
acompanhamento de casos endodônticos complexos. (BUENO et al,2021) além de
fornecer imagens detalhadas de alta resolução das estruturas orais permite a
detecção precoce de lesões ósseas (ESTRELA et al, 2008)

O preparo químico-mecânico pode ser considerado a fase mais importante do


tratamento endodôntico, pois, além de esculpir uma forma para obturação
adequada, elimina a causa da periodontite apical, infecção bacteriana do canal
radicular (SIQUEIRA JÚNIOR et al, 2018). No entanto, embora em menor número,
as bactérias podem persistir mesmo quando o tratamento segue padrões aceitáveis.
Isso ocorre porque a complexidade da anatomia do canal radicular pode representar
desafios significativos para a obtenção de limpeza, desinfecção e modelagem
adequadas, mesmo para o clínico experiente. (SIQUEIRA JÚNIOR et al, 2018).

Sobre as infecções que acometem a estrutura dentaria temos primaria e


secundaria. A literatura define uma lesão endodôntica primária como uma
radiolucência associada à porção apical da raiz onde a largura da radiolucidez
excede pelo menos duas vezes a largura do espaço do ligamento periodontal em
dentes sem tratamento endodôntico prévio, uma lesão endodôntica secundária é
definida como uma radiolucência associada à parte apical da raiz, onde a largura da
radiolucidez excede no mínimo duas vezes a largura do espaço do ligamento
periodontal em dentes com tratamento endodôntico anterior (Garcia-Font et al,
2020). O presente caso relata o tratamento endodôntico do dente 13 com
diagnostico de abcesso periapical sem fístula em fase I com técnicas e materiais
contemporâneos e acompanhamento de 8 meses.
RELATO DE CASO

Paciente do gênero feminino, 44 anos, compareceu a clínica


odontológica com queixa de dor. Foi feito o exame clinico e os testes de
percussão o teste de vitalidade pulpar foi negativo, foi solicitado pelo cirurgião
dentista a tomografia computadorizada para definir o diagnóstico. Na
radiografia foi possível observar que o dente 13 exibe raiz e conduto radicular
único, com discreta dilaceração radicular apical para vestibular, associada à
imagem hipodensa no periápice compatível com periapicopatia inflamatória,
com foco incipiente de reabsorção radicular externa apical inflamatória
relacionada e envolvimento da cortical óssea vestibular (figuras 1 e 2). Sendo
assim, concluiu-se que o diagnóstico era abcesso periapical sem fístula.

Figura 1: Aspecto clínico inicial

fonte: autoria própria, 2022

Figura 2 e 3: Imagem de TCFC iniciais


Fonte: Autoria própria, 2022

Figura 4: reconstrução tridimensional vista vestibular

Fonte: Autoria própria, 2022

A opção terapêutica foi o tratamento endodôntico convencional,


realizado em duas sessões. Foi feito a abertura coronária com broca esférica
diamantada 1012 e os desgastes finais e acabamento foi realizado com broca
cônica 2200, isolamento absoluto e exploração, utilizou localizador apical
para saber comprimento de trabalho, a instrumentação foi feita com limas
rotatórias de níquel titânio e a solução irrigadora de escolha foi o hipoclorito,
após a instrumentação final foi utilizado ácido etilenodiamino tetra-acético
(EDTA) para remoção da camada residual de lama dentinária (smear layer), a
medicação de escolha foi o ultracal e foi feito o selamento provisório com
cimento de ionômero de vidro. Após 15 dias foi feita a segunda sessão,
realizou a abertura do selamento, irrigação do canal e após limpo e seco foi
feita a inserção do cimento AH Plus Jet dentsply aderido ao cone principal e
acessórios, foi feita a radiografia de condensação lateral e selamento final
com resina composta e finalizado com a radiografia final.

Figura 5: Abertura coronária Figura 6: Medicação intracanal

fonte: autoria própria, 2022 fonte: autoria própria, 2022

Figura 7: Obturação

fonte: autoria própria, 2022

Com 8 meses foi realizado um exame radiográfico periapical,


mostrando reconstrução óssea. Clinicamente, estava sem sinais de alteração
e paciente relatou ausência de sintomas (figura 7).

Figura 8: Radiografia periapical final


Fonte: autoria própria, 2023

DISCUSSÃO

O presente caso relata o tratamento endodôntico feito em duas


sessões do dente 13 com acompanhamento de 8 meses. O êxito do
tratamento endodôntico é um desafio devido a morfologia e ramificações,
delta, colateral, recorrente, acessórios além de que os microrganismos podem
ganhar resistência contra agentes desinfetantes e medicamentos
endodônticos (TENNERT et al, 2014)
Para a obtenção do diagnóstico foi solicitado uma TCFC além do
exame clínico que permitiu a visualização da região a ser tratada, foi
detectado rarefação óssea na região da maxila proveniente da infecção
endodôntica correlacionada com abscessos periapicais sem fístula. O
benefício do uso da TCFC na endodontia se dá à sua alta precisão na
detecção de lesões mesmo que em estágio iniciais (ESTRELA et al, 2008)
ESTRELA (2005) aponta que o percentual de sucesso de um
tratamento endodôntico bem executado varia de 90 a 95%, essa taxa varia
devido a alguns fatores, tais como, qualificação profissional, resposta
imunológica, morfologia interna e microrganismos, SIQUEIRA JÚNIOR (2018)
destaca a importância da irrigação com hipoclorito (NaOCl) para
complementar os efeitos mecânicos da instrumentação, sua importância se
dá por ajudar na desinfecção do canal radicular já que se trata de uma
solução antimicrobiana.
Siddique e Nivedhitha (2019) aponta que um dos principais objetivos do
tratamento endodôntico é promover a redução máxima nas populações
bacterianas intracanal, diante disso foi utilizado limas ProTaper Next para
melhor instrumentação e conforto do paciente. A introdução de instrumentos
de NiTi tornou o processo de preparo mecânico do canal radicular mais
previsível no ambiente clínico, com uma redução significativa no tempo de
trabalho e menos estresse para o profissional e paciente (GAVIVINI et
al,2018).
A escolha de um cimento endodôntico é uma decisão que contribui
para sucesso a longo prazo do tratamento de canal. Os cimentos são usados
como uma pasta pegajosa fina que funciona como lubrificante e agente de
cimentação durante a obturação, permitindo que o material de obturação do
núcleo, como pontos de guta-percha ou outros materiais rígidos, deslize e se
fixe no canal (KOMABAYASHI et al, 2020). O canal preparado foi obturado
usando técnica de condensação lateral. Após a secagem com cones de papel
foi utilizado cimento endodôntico à base de epóxi amina AH Plus Dentsply
Ao comparar a imagem radiográfica inicial com a mais atual, 8 meses
após o tratamento endodôntico, pode ser observado a reconstrução óssea da
região e a paciente relata ausência de sinais clínicos de dor ou desconforto
na região. Possivelmente o sucesso do procedimento além da qualificação do
profissional está relacionada a resposta imunológica do paciente, que não
apresenta nenhuma comorbidade. O tratamento endodôntico foi realizado
com auxílio da magnificação com microscópio operatório, material obturador
de boa característica biológica o que favoreceu o bom prognostico do
paciente.
CONCLUSÃO

O tratamento endodôntico em duas sessões se mostrou bastante eficaz


em caso de abcesso periodontal.
REFERÊNCIAS

ESTRELA, C. Ciencia endodóntica. Sao Paulo: Artes Médicas, 2005.

E‌ STRELA, C. et al. Characterization of Successful Root Canal Treatment. Brazilian


Dental Journal, v. 25, n. 1, p. 3–11, jan. 2014.

BUENO, M. R. et al. Cone-beam computed tomography cinematic rendering:


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ESTRELA, C. et al. A New Periapical Index Based on Cone Beam Computed
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S‌ IQUEIRA JUNIOR, J. F. et al. Unprepared root canal surface areas: causes, clinical
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‌ ARCIA-FONT, M. et al. Cone-beam Computed Tomographic Analysis to Detect the
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set. 2020.
‌TENNERT, C. et al. New Bacterial Composition in Primary and
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and Radiographic Findings. Journal of Endodontics, v. 40, n. 5, p. 670–677, maio
2014.

‌ OMABAYASHI, T. et al. Comprehensive review of current endodontic sealers.


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Dental Materials Journal, v. 39, n. 5, p. 703–720, 28 set. 2020.

GAVINI, G. et al. Nickel–titanium instruments in endodontics: a concise review of


the state of the art. Brazilian Oral Research, v. 32, n. suppl 1, 18 out. 2018.

NIVEDHITHA, M.; SIDDIQUE, R. Effectiveness of rotary and reciprocating systems


on microbial reduction: A systematic review. Journal of Conservative Dentistry, v.
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