TCC Final Valéria
TCC Final Valéria
TCC Final Valéria
RESUMO
1
questionário WHOQOL-bref. Acredita-se que esse resultado seja atribuído à prática
regular de atividade física por parte dos indivíduos investigados.
Abstract: Introduction: The climacteric and menopause are natural phases of female
life, characterized by hormonal changes and physical and emotional symptoms.
Women's quality of life during this transition can be affected by several factors, such
as level of education, practice of physical activities, depressive symptoms, and
hormonal fluctuations. The WHOQOL-BREF Questionnaire is a validated and widely
used tool to assess quality of life in different contexts, including climacteric and
menopausal women. Objective: The aim of this study was to evaluate the quality of
life of climacteric and menopausal women. Methodology: This was an empirical
research applied in the field of descriptive objective and quantitative approach where
the WHOQOL-BREF questionnaire was used to assess the quality of life of 92
women in the climacteric and menopause. Results: In the results obtained in the
evaluation, no significant correlations were identified between quality of life, hormone
replacement therapy, duration of menopause, and the age of the investigated
volunteers. However, a positive correlation was observed between quality of life and
regular physical activity. Conclusion: It was concluded that the evaluated volunteers
presented a satisfactory quality of life, as assessed by the WHOQOL-bref
questionnaire. It is believed that this result is attributed to the regular practice of
physical activity by the investigated individuals.
1 - INTRODUÇÃO
2
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o climatério é uma
fase biológica e não um processo patológico, que compreende a transição entre o
período reprodutivo e o não reprodutivo da mulher. Se caracteriza pelo fim das
funções dos ovários e pela redução hormonal do estrogênio. Essa fase ocorre em
todas as mulheres, entre seus 40 anos, chegando até os 65 anos de idade
(ALBUQUERQUE et al., 2019; OMS, 2008).
3
para a mensuração de pesquisa em qualidade de vida em mulheres no climatério
sendo uma versão abreviada do WHOQOL-100, desenvolvido e recomendado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), valorizando a percepção individual que
avalia a qualidade de vida em diversos grupos e situações constando de 26
questões, sendo duas questões gerais de qualidade de vida, ao passo que as
demais representam cada uma das 24 facetas que compõem o instrumento original.
Diferente do WHOQOL-100 em que cada uma das 24 facetas é avaliada a partir de
quatro questões, no WHOQOL-bref cada faceta é avaliada por apenas uma questão
(ALBUQUERQUE et al., 2019). O questionário WHOQOL-bref, desenvolvido pela
organização mundial da saúde (OMS) e validado em 1996, foi introduzido no
contexto brasileiro nos anos de 2005 e 2006 como uma ferramenta de avaliação da
qualidade de vida. Este questionário foi escolhido por demonstrar boa consistência
interna, validade discriminante, concorrente e de conteúdo, e confiabilidade
teste-reteste.
2 - METODOLOGIA
4
A coleta de dados foi realizada no mês de maio de 2023 na Associação dos
Reumáticos de Uberlândia e Região (ARUR). Foram avaliadas 92 mulheres com
idade entre 40 anos e 65 anos; que estão no período do climatério e menopausa e
que assinaram o TCLE. Foram excluídas voluntárias que não estejam na fase do
climatério e menopausa, questionários respondidos de forma incompleta, e que não
assinaram o TCLE.
3 - RESULTADOS
5
Em relação às médias obtidas pelas respostas ao questionário referentes aos
domínios avaliados (domínio físico, domínio psicológico, domínio de relações sociais
e domínio de meio ambiente) os valores máximos, valores mínimos, médias e
desvios padrão dos dados em questão estão demonstrados na Tabela 1.
6
Em relação à reposição hormonal, constatou-se que 77 voluntárias (83,7% da
amostra) não fazem uso de reposição hormonal, enquanto 15 voluntárias (16,3%)
fazem uso dessa terapia. Foi utilizado o teste t independente para analisar a
diferença estatística entre as mulheres que realizam ou não a reposição hormonal,
após a aplicação do teste verificou-se que não há evidências significativas que
apontem para uma diferença estatística entre os grupos (p=0,312). Embora pode-se
observar que a média da qualidade de vida seja ligeiramente maior nas mulheres
que fazem uso da reposição hormonal (73,7) em comparação com aquelas que não
fazem uso (69,9).
7
compararmos o tempo transcorrido desde a menopausa (p=0,386). Apesar da média
ser levemente superior para aquelas que possuem um período pós-menopausa mais
longo, com média de 71,1 em comparação com 68,2 para aquelas com apenas 1
ano de pós-menopausa, não se pode estabelecer com confiabilidade uma diferença
estatisticamente relevante entre os grupos.
.
Com o intuito de analisar a existência de uma possível associação entre a
qualidade de vida e a idade das voluntárias, foi aplicado o teste de correlação de
Pearson. Este teste, amplamente utilizado em estudos estatísticos, permite avaliar a
força e a direção da relação entre duas variáveis contínuas. O nível de significância
adotado para o estudo foi estabelecido em 0,05. Os resultados obtidos foram
devidamente documentados e estão apresentados na Tabela 3.
4 - DISCUSSÃO
8
A menopausa é um marco significativo no processo de envelhecimento
feminino. Sendo o climatério um período de transição. Essa fase marca o início de
uma nova etapa no ciclo vital da mulher, trazendo consigo uma série de mudanças
tanto no corpo como na vida social, amorosa, sexual e familiar (SELBAC et al.,
2018).
9
participantes que adotaram essa prática de forma consistente, constatando dessa
forma que a atividade física está associada à saúde psicológica, física e social e tem
um impacto positivo na qualidade de vida. Albuquerque et al., (2019) também
relatam que a prática de atividade física apresentou uma associação positiva,
estatisticamente significativa, com a qualidade de vida das voluntárias avaliadas em
todos os domínios.
Ao realizar uma comparação entre as voluntárias que adotam a terapia de
reposição hormonal (TRH) e aquelas que não fazem uso dessa terapia, não foram
observadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos em relação à
qualidade de vida. No estudo conduzido por Albuquerque et al., (2019), foi
observado que as voluntárias que não se submeteram à Terapia de Reposição
Hormonal (TRH) apresentaram uma qualidade de vida inferior nos domínios físico,
psíquico e meio ambiente do WHOQOL-Bref. Esses achados podem ser explicados
pelo declínio dos níveis de estrogênio após a menopausa, o que resulta em uma
maior intensidade dos sintomas climatéricos. Na ausência de reposição hormonal ou
tratamentos específicos, esses sintomas podem se manifestar de forma mais
severa, comprometendo a qualidade de vida dessas mulheres.
10
sintomatologia em relação às demais faixas etárias, fazendo com que estas
voluntárias apresentassem uma qualidade de vida mais satisfatória.
Durante o processo de coleta de dados, foi observado que o questionário
WHOQOL-bref demonstrou ser facilmente aplicável, uma vez que as participantes
não apresentaram dificuldades em responder às questões. A utilização deste
questionário na prática clínica fisioterapêutica é de extrema importância, uma vez
que o questionário WHOQOL-bref possibilita a avaliação da qualidade de vida. Essa
abordagem possibilita ao fisioterapeuta tomar decisões embasadas e proativas em
relação a intervenções preventivas direcionadas a esse grupo específico de
indivíduos.
5 - CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
11
DE CASTRO, T. R. O. PEGORARO, V. A. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA
DOS ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM. Disponível em:
<https://convibra.org/publicacao/get/artigo25432_20202841.pdf/>. Acesso em:
28 mar. 2023.
12