Inteligência Artificial
Inteligência Artificial
Inteligência Artificial
Objetivos:
sss
Contextualização:
Definição: A inteligência artificial (IA) é a capacidade que uma máquina para reproduzir
competências semelhantes às humanas como é o caso do raciocínio, a aprendizagem, o
planeamento e a criatividade.
A IA permite que os sistemas técnicos percebam o ambiente que os rodeia, lidem com o que
percebem e resolvam problemas, agindo no sentido de alcançar um objetivo específico. O
computador recebe dados (já preparados ou recolhidos através dos seus próprios sensores, por
exemplo, com o uso de uma câmara), processa-os e responde.
Os sistemas de IA são capazes de adaptar o seu comportamento, até certo ponto, através de
uma análise dos efeitos das ações anteriores e de um trabalho autónomo.
A Inteligência Artificial (IA) é uma área de tecnologia da computação que visa desenvolver
sistemas e programas computacionais capazes de resolver problemas, encontrar soluções e
executar tarefas que normalmente exigem a inteligência humana. Em outras palavras, as IAs
são tecnologias que podem simular, replicar e até aprimorar comportamentos humanos.
Esses mecanismos são treinados para tomar decisões, aprender informações, reconhecer
padrões e de forma geral, se auto aprimorar de acordo com a forma com que foram treinados.
Essas tecnologias já são amplamente utilizadas no nosso dia a dia e estão sendo cada vez mais
incorporadas em produtos, serviços e soluções que utilizamos com frequência.
O cientista e matemático Alan Turing, em seu artigo publicado, “Computing Machinery and
Intelligence”, propôs a ideia de que máquinas poderiam exibir comportamento inteligente
indistinguível ao de um ser humano. O teste publicado no artigo ficou conhecido como “Teste
de Turing” e serviu como base para que outros estudiosos pudessem de fato cunhar o termo
“Inteligência Artificial”.
O “Teste de Turing” consiste na interação entre um avaliador humano, uma pessoa e uma
máquina, e a ideia é identificar se os prompts (comandos) utilizados são gerados por humanos
ou máquinas. Se o avaliador não conseguir distinguir se o prompt foi feito por uma IA ou por
um humano, pode-se dizer que a máquina passou no Teste de Turing.
Apesar de Turing ter proposto as bases para a tecnologia de IA, o termo só foi apresentado pela
primeira vez em 1956 por John McCarthy, na Conferência de Dartmouth, inaugurando
formalmente a IA como um campo de pesquisa.
Nas últimas décadas, a temática tem ganhado cada vez mais notoriedade e usos em várias
indústrias e segmentos.
Um exemplo claro é a IA Generativa lançada pela empresa OpenAI com sua popular
ferramenta, o ChatGPT, que tem atraído usuários de diversas áreas e gerado discussões muito
interessantes no segmento de tecnologia.
Inclusive, acredita-se que esse tipo de Inteligência Artificial representa uma verdadeira
revolução na área de tecnologia.
Cada Inteligência Artificial funciona de uma maneira diferente, atendendo aos objetivos para
os quais foi desenvolvida.
Mas de forma geral, as IAs seguem modelos de algoritmos inteligentes e complexos e utilizam-
se da coleta e processamento de grandes volumes de dados para aprender, executar e resolver
problemas.
Cada IA utiliza modelos diferentes de aprendizado, como o Deep Learning (Aprendizado
Profundo), o Machine Learning (Aprendizado de Máquina), as Redes Neurais Artificiais ou o
Processamento de Linguagem Natural (PLN).
Máquinas reativas
Como o nome sugere, esse tipo de Inteligência Artificial reage de forma direta e imediata,
respondendo a comandos específicos.
Elas não têm acesso a um histórico de dados, por isso, não podem dar respostas baseando-se
em experiências adquiridas previamente.
Em outras palavras, esse tipo de IA não apresenta a capacidade de aprendizado, nem memória,
já que responde a comandos específicos e com isso, entrega respostas específicas.
Teoria da Mente
Diferente dos dois tipos anteriores que já estão sendo usados em muitos contextos das nossas
vidas, máquinas que utilizam a Teoria da Mente teriam a capacidade de aprender e identificar
aspectos cognitivos.
Entre eles, as estruturas de pensamentos, emoções, crenças, empatia, comunicação, entre
outros, que até então, eram exclusivos aos humanos.
Autoconsciente
O modelo autoconsciente ainda reside no campo das hipóteses, isso porque a ideia proposta
nesse tipo de IA é a de que uma máquina poderá ser capaz de ter autoconsciência, assim como
um ser humano.
Isso significa que a máquina teria uma capacidade de entender sua própria existência, refletir e
expressar, inclusive, uma consciência subjetiva e um senso de identidade.
As tecnologias atuais ainda não possuem a capacidade de criar algo do tipo. Entretanto, esse
seria um possível passo evolutivo para as Inteligências Artificiais, que certamente levantariam
muitas questões éticas e morais.
Com tantas informações sobre a história da Inteligência Artificial e seus principais tipos, é
crucial saber como podemos aplicar essa tecnologia no nosso dia a dia.
Embora só recentemente começamos a discutir ativamente e ouvir falar mais sobre a temática
das IAs em vários meios, devido à popularidade do Chat GPT, elas já estão presentes em
diversas indústrias e segmentos há muitos anos.
Desde modelos de IA que oferecem recomendações de produtos e serviços em nossos
smartphones e computadores, até carros autônomos e tecnologias de reconhecimento facial,
as aplicações são muitas.
Assistentes virtuais
Um dos exemplos mais conhecidos de uso das IAs são as assistentes virtuais como Siri, Cortana,
Alexa e Google Assistance.
As assistentes de voz que utilizam IA podem ser usadas para realizar várias funções, como
agendar compromissos, fazer buscas rápidas na internet, programar atividades, fazer ligações,
controlar dispositivos domésticos, etc.
Outro exemplo muito comum das Inteligências Artificiais são nas análises de comportamento
dos consumidores.
Reconhecimento facial
Esse tipo de sistema utiliza algoritmos que servem para validar a identidade de uma pessoa
através de suas características faciais.
Conclusão
Neste artigo, você conheceu um pouco do histórico das IAs, como funciona essa tecnologia, os
tipos de Inteligência Artificial e até algumas aplicações reais que já utilizamos no nosso dia a
dia.
Mas o fato é que a história da Inteligência Artificial está longe de se esgotar e ainda promete
muitos avanços interessantes e reflexões importantes para a vida em sociedade.
Curiosidades:
Vários livros já foram escritos por bots: é, amigos! Quem diria, hein? O assunto virou até
polêmica na Amazon, já que muitas pessoas denunciaram livros presentes no site e que haviam
sido escritos por máquinas. A empresa chegou a fazer um “limpa” recentemente para evitar
complicações futuras;
Informações de alta complexidade: a robô Sophia, desenvolvida pela empresa Hanson Robotics
de Hong Kong, já é capaz de reproduzir dezenas de expressões faciais e, além disso, também
consegue interpretar informações de alta complexidade;
Cidadania: por falar nisso, a robô Sophia conseguiu até mesmo cidadania na Arábia Saudita,
com passaporte e tudo mais. É o primeiro bot a ser conhecido como cidadão no mundo;
Quando se procura por robôs que utilizam Inteligência Artificial no mercado hoje em dia, é
possível encontrar uma diversidade de tipos e formas. Porém, um tipo que está ganhando
popularidade e notoriedade nos últimos tempos são os robôs de estimação, que muitas vezes
têm até o formato de um animalzinho.
Muitas pessoas têm vontade de ter um companheiro de estimação, mas animais de verdade
precisam de um cuidado constante, além de gastos com alimentação, medicamentos,
veterinário e acessórios. Por isso, a ideia de ter um robô de estimação vem se tornando mais
interessante para essas pessoas. Estima-se que eles se tornarão muito disponíveis a partir de
2025.
Bots é o diminutivo de “robot”, e eles são softwares programados para simular ações humanas
de forma repetitiva e como padrão. É muito comum encontra-los em forma de bate papo no
serviço de atendimento ao consumidor de sites e lojas. Outro exemplo muito importante dos
bots são o uso de assistentes digitais, como é o caso da Siri, da Alexa ou do Google Assistente.
Se você já teve interação com esses bots, deve ter percebido que a maioria deles têm voz
feminina, e mesmo que tenha a opção de vozes masculinas, é a feminina que vem como
padrão. Isso acontece porque estudos revelaram que as pessoas preferem o som da voz
feminina.
Algumas soluções de IA são capazes de entender melhor as emoções humanas a partir das
expressões faciais. Embora ainda é um passo inicial, atualmente esses tipos de soluções já
foram usadas em lojas, por exemplo, para saber se o cliente tem interesse em comprar ou está
só olhando. Outro exemplo foi em uma escola secundária de garotas em Hong Kong para
entender melhor se elas estavam de fato aprendendo com as aulas através de câmeras.
Um destaque nesse assunto vai para Kismet, que foi considerado um dos primeiros robôs a
demonstrar interação emocional, podendo não apenas identificar mas como demonstrar
algumas emoções com expressões faciais, vocalizações e até movimentos de cabeça e olhos.
O sistema conta com sensores capazes de detectar quando há alguma força física fazendo
pressão em algumas das partes do robô e também permite que eles possam detectar e
consertar danos menores sem a intervenção humana.
IA pode substituir força de trabalho humana
Essa segunda opção pode ser um problema e até mesmo afetar no aumento de desemprego,
mesmo que diminua os custos dos negócios. De acordo com o The Guardian, o setor que mais
vai sofrer ameaça nesse sentido é o de serviço ao consumidor.
A inteligência artificial é avançada, e a medida que é desenvolvida ela mostra sua capacidade
de aprendizado. Isso significa que esses sistemas conseguem aprender de forma muito rápida,
tendo acesso a diversas informações e conseguindo guardar todas elas.
Estamos caminhando para que os robôs se tornem cada vez mais parecidos com os humanos, e
isso pode significar uma aproximação em diversos aspectos. David Levy, um especialista em
inteligência artificial, revela que no futuro será possível que pessoas se casem com robôs.
Ele faz uma analogia, revelando que em breve as pessoas vão amar seus robôs da mesma
forma que amam seus carros. Segundo ele, em 40 anos, um relacionamento com um robô será
comum, inclusive com a parte do sexo.
Sophia, uma robô humanoide criada, conseguiu garantir sua cidadania na Arábia Saudita. Esse
pequeno detalhe foi o início de uma grande discussão a respeito dos robôs e se eles devem ter
ou não direitos legais.
IA pode escrever artigos e livros
Talvez uma das áreas que poderão se tornar ameaçadas pelo avanço da inteligência artificial
seja exatamente a da escrita. Atualmente já existem casos de robôs com IA que escreveram
artigos e até mesmo livros.
Um dos mais recentes foi o que aconteceu com Ammar Reshi, um gerente de design que usou
duas ferramentas de IA para desenvolver um livro infantil, sendo uma o ChatGPT para criar os
textos e a outra o Midjourney para criar as ilustrações.
Atualmente grandes empresas já estão pensando em soluções do uso da IA que vão além de
automatizar tarefas, e que também sejam cruciais na resolução de problemas sociais ou até
mesmo prevendo catástrofes naturais.
É o caso do Google, por exemplo, que utiliza uma solução de inteligência artificial para prever
inundações e enchentes, ajudando o governo das cidades a se prepararem para isso e até
mesmo a população a se proteger. Outra solução consegue identificar incêndios florestais e
seus limites, ajudando bombeiros no combate às chamas.
Ainda em 2017, o Facebook anunciou que iria desativar um experimento usando inteligência
artificial depois que dois dos chatbots usados no projeto começaram a desenvolver uma
linguagem única para se comunicar.
CEO do Google disse que IA será mais transformador do que a descoberta do fogo e da
eletricidade
Diferente de Sundar Pichai, existem outros grandes nomes no mundo da tecnologia que não
parecem tão empolgados assim com o avanço da inteligência artificial. Um deles é Stephen
Hawking, que já revelou que o avanço na IA pode ser o pior evento na história da civilização a
menos que a sociedade consiga controlar o seu desenvolvimento.
Elon Musk e Bill Gates também já mostraram estar com o pé atrás a respeito desse avanço.
Perguntas norteadoras:
Testes psicológicos aplicados por inteligência artificial podem servir como base para
diagnósticos?
Discussão:
O conhecimento psicológico está sendo usado de uma maneira que coloca em risco, tanto a
saúde mental da população, quanto a própria convivência democrática. Não somente os
saberes e fazeres de nossa ciência e profissão têm esse uso, mas também estão sendo
realizadas interferências sobre dimensões da vida humana que são alvo de atenção da
Psicologia. Isto obriga a nós, atores vinculados de diversos modos à Psicologia, a este
posicionamento público.
Tal processo começa com a captura da atenção e das emoções das pessoas, seguida da
transformação de ambas em dados processados por ferramentas baseadas na assim chamada
inteligência artificial. Por meio do uso desses dados são estabelecidas possibilidades de
manipulação das subjetividades, de um modo inimaginável, até hoje, na história da
humanidade.
Nos médio e longo prazos, essa produção e coleta de dados é apontada por estudiosos como
arma capaz de estabelecer um novo processo de colonização do planeta, por parte daqueles
que detenham essas tecnologias. E nós da Psicologia, por tudo o que estamos conseguindo
compreender, estamos vendo que essa ameaça seja algo real e iminente.
O que nos chama ao tema é o nível de sofisticação dos processos e a dificuldade generalizada
de reconhecer que eles estejam acontecendo.
Essas tecnologias são potentes, penetrantes e eficientes. Isso leva a uma naturalização de
processos inaceitáveis do ponto de vista humano e a uma prostração da sociedade diante de
suas prováveis consequências deletérias.
Ademais, tais tecnologias estão apropriadas por atores que não têm dificuldades em criar
situações para que até mesmo o reconhecimento de seus malefícios seja obstaculizado.
Diante disso é que profissionais e entidades de Psicologia de diversas regiões do país, abaixo
assinados, vêm a público alertar a sociedade brasileira sobre riscos em relação à saúde mental
e à própria democracia.
Não se trata de rejeitar algum desenvolvimento tecnológico, que tem resultados positivos
inegáveis na vida humana; é perceptível que os recursos advindos desse desenvolvimento
seriam altamente eficazes para apoiar a sociedade em diversas dimensões de sua integração e
autorreconhecimento. Trata-se de apontar que essas tecnologias não completaram ainda seu
processo de humanização e precisam ser conhecidas, analisadas e objeto de controle social.
Questões éticas
A ideia de utilizar métodos revolucionários que favorecem o nosso bem-estar pode parecer
maravilhosa. No entanto, também envolve problemas éticos que precisamos resolver se
queremos que eles se integrem ainda mais ao cenário cotidiano.
Não há dúvida de que a ajuda tecnológica pode melhorar a qualidade de vida de muitas
pessoas. Vivemos mais tempo e as famílias estão mais desestruturadas. O tempo parece se
comprimir diante de tantas opções tecnológicas.
De alguma forma, delegamos a outras pessoas uma revisão que deveríamos fazer. Em outro
nível, vemos como as redes sociais funcionam. Há diversas publicações cercadas por interesses
comerciais e publicidade. Locais de encontro administrados por iniciativas econômicas que
desejam conhecer os nossos gostos e interesses para tornar os seus produtos rentáveis.
Por outro lado, todo psicólogo é governado por um código de ética. Ele está ciente de que
existem regras e de que, se as violar, terá que responder à autoridade competente. Falamos de
uma consciência que dificilmente uma máquina poderá alcançar.