Confissões de Uma Terapeuta - Renata Lustosa
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– Mesmo?
– É claro que não! – retruca ela, sua língua afiada
entrando em ação. – Metrôs são muito nojentos.
Milhares de pessoas sentam-se na mesma cadeira
todos os dias. Já parou para pensar nisso? E você
consegue imaginar quanta gente já passou a mão
nas partes íntimas antes de se segurar nas paredes
durante a viagem?
Por que ela pensa que as pessoas se seguram nas
paredes? Ela não deve ter prestado muita atenção
em sua pesquisa de campo.
Ela balança a cabeça negativamente para mim.
– Não sei por que você ainda utiliza esse serviço,
Mel. Sinceramente.
Ah, minha nossa, por que não pensei nisso antes?
Ela abriu minha mente agora. Bum! Que gênio da
vida moderna Alana é! Acho que de agora em
diante eu também vou parar de andar de metrô por
aí e me locomover apenas de BMW.
Será que ela não entende que pessoas de classe
média e baixa precisam andar de transporte
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estou usando.
Bem, talvez eu saiba o porquê. E ali está o meu
porquê. Sentado em um dos banquinhos altos
acoplados ao balcão do bar está o meu melhor
amigo, Rafa. O meu Rafa.
Diferentemente do noivo da minha paciente
Alana, esse Rafa não é louco e nem desesperado
como aquele parece ser. Ah, não. Eu diria que ele é
a definição de bom partido.
Nós nos conhecemos no colégio e permanecemos
amigos desde então. Isso porque somos muito
parecidos. Somos organizados, racionais e
pensamos antes de agir. Não somos impulsivos. Ele
é inteligente, responsável e gentil.
Nós dois fazemos sentido juntos.
E por sermos tão perfeitos um para o outro é que
eu não tenho pressa. Sei que vamos ficar juntos no
final das contas, mesmo não tendo havido nenhuma
interação romântica entre nós até o presente
momento.
Mas isso não quer dizer nada, não é?
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Como ela pode não saber? Ela não faz Moda, pelo
amor de Deus?
Devo estar parecendo uma idiota. Será que eu não
consigo nem comer sem parecer uma babaca na
frente do Rafa? O que ele deve estar pensando de
mim?
Eu sei o que o Leo está pensando de mim. Porque
ele faz questão de me dizer.
– Pelo amor de Deus, Melissa! Recomponha-se!
Você é uma mulher adulta – ele me passa um
guardanapo, rindo de boca aberta, enquanto eu
penso em formas de humilhá-lo.
Mas acho que não preciso. Ele já faz isso sozinho.
– Eu conheço um antimanchas muito bom – diz
Rafa. Ele não é mesmo um cara gentil? – Você
pode comprar em qualquer supermercado. Fique
tranquila, mancha de ketchup sai.
Pati sorri discretamente para mim e Leo olha para
o frango com cara de tédio. Uma onda de alívio me
invade, agora que sei que não perdi uma blusa que
me custou R$99,00.
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O telefone toca.
– Melissa, Alana está aqui. E está no viva-voz.
Preciso me lembrar de conversar com Júlio a
respeito de trocarmos de aparelho telefônico para
um que não tenha esse recurso.
Peço para que a madame entre, dessa vez sem
cometer uma gafe igual à da semana passada.
As cadeiras brancas da minha sala ficaram
realmente adoráveis em contraste com as paredes
rosa-claro e a mesa de madeira. Ficou “a minha
cara”, como disse o Rafa na primeira vez em que
veio conhecer o consultório. Os livros de
Psicologia dispostos em ordem alfabética sobre a
mesa (por falta de verba para instalar prateleiras)
revelam minha pobreza.
Talvez durante o dia eu devesse desligar a
luminária redonda suspensa no teto por uma
cordinha prateada que tenta iluminar a sala, porque
ela não consegue competir com o sol que entra pela
janela na parede atrás de mim. E eu não consigo
competir com a conta de luz.
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Eu engulo em seco.
– Você está chorando? O que foi que você viu lá
dentro? – diz ela, tentando enxergar através do
vidro.
– O Rafa – digo, finalmente. – Pati, eu vi o meu
Rafa.
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frito.
Rafa abre um sorriso tão grande que seus olhos se
fecham.
– Eu sei que é uma surpresa e tanto.
Surpresas não deveriam ser agradáveis?
– Eu conheci uma mulher incrível. O nome dela é
Alana. Ela é maravilhosa. Vocês precisam conhecer
minha namorada. Quero dizer, minha noiva.
Eu preciso é desconhecê-la.
– Quando a vi, jurava que já a tinha visto em
algum lugar antes. Foi amor à primeira vista. Quer
dizer, amor à segunda vista, então. Enfim... – ele
limpa a garganta e prossegue quando ninguém diz
nada. – Foi tudo muito intenso, mas temos passado
o tempo todo juntos e eu a pedi em casamento no
sábado retrasado.
– Acho que não ouvi direito – repete Leo. – Você
vai se casar?
Leo derruba o pedaço de frango em cima da
mesa. Finalmente alguém para compartilhar minha
preocupação.
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– Eu já vou indo...
– Mas já? Acabamos de chegar – diz Rafa,
olhando para seu relógio de pulso prateado.
– E a batata frita ainda nem foi servida – Leo
franze a testa. – Desde quando você vai embora
sem comer batata? E sem derrubar cheddar em
você mesma?
– Desde que estou exausta.
Rafa se levanta rapidamente, pega minhas mãos e
me dá um beijo na bochecha. Aí ele me olha nos
olhos.
– Obrigado. Por tudo! Significa muito pra mim.
Se há dez anos me dissessem que eu seria a
madrinha de casamento do Rafa, eu não acreditaria.
Diria que eu seria a esposa, isso sim.
Aliás, se me dissessem isso há uma semana eu
também não acreditaria.
O que apenas mostra que talvez seja mais
proveitoso ser vidente do que terapeuta.
Dou adeus a todos e saio pela porta de vidro
pesada do bar, prometendo não voltar aqui nunca
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Sim!
– Mel, você está bem? – ele pergunta.
Sorrio, mostrando o máximo de dentes possível.
– Por que eu não estaria?
Isso vai ser mais difícil do que imaginei.
Giro a cabeça ao redor da loja. É um espaço
extenso e sofisticado, o chão de mármore
estendendo-se entre a ala masculina e a feminina.
Estico o pescoço para enxergar os vestidos do outro
lado da loja.
– Você parece aérea.
– Só estou animada por você. Quem poderia
imaginar, hein? Casamento!
– Eu sei. É loucura, não é?
– E como! – dou uma risada estridente, que ressoa
pela loja. Até o manequim de vestido do outro lado
deve ter ouvido.
Engulo a saliva, tentando me livrar do angustiante
arrependimento de ter vindo até aqui. Mas agora
que vim, pelo menos vou levar um vestido para
casa.
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Oito e cinquenta.
Meu estômago está vazio, mas não sinto fome.
Acho que minha pança contém gordura o suficiente
para durar semanas.
Acordei às cinco da manhã e não consegui mais
dormir. Organizei a prateleira de livros três vezes e
tirei o pó da estante. Não vou nem comentar que o
tal pó era inexistente, para não parecer esquisita.
Não fico tão preocupada com o idiota que me
ligou naquele dia no shopping (foi o Leo, a
propósito), e por um momento deixo de lado aquele
lance todo de almas gêmeas que o Rafa disse.
Estou nervosa demais para isso.
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Nove horas.
Ela ainda não chegou. Agora comecei a ficar com
fome. Vou até a cozinha do consultório e me sirvo
do café que Lorraine fez. Devo admitir que isso ela
faz muito bem, sendo viciada em cafeína e tudo
mais. Abro o meu lado no armário e pego um
pacote de bisnaguinhas.
Nove horas e vinte minutos. Já me empanturrei de
bisnaguinhas e nada de ela aparecer. Como mais
uma e sei que já é hora de parar, pois temo eu
mesma virar uma bisnaguinha.
Nove e meia. Alinho o aparelho de telefone com a
borda da mesa. Naquele dia, saí do shopping em
confusão total. Meu TOC chegou a um nível
absurdo, como há muito não me lembrava que
poderia ser. Aquele comentário do Rafa me fez ir
longe na ansiedade. Limpei duas vezes a sala de
estar. Outro fato (talvez nem mesmo relacionável)
foi que ontem à noite me senti compelida a comer
não apenas uma, mas duas barras inteiras de
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seu noivo?
– Você está falando como minha psicóloga agora,
não é?
Ela dá uma gargalhada, jogando o cabelo loiro
para trás. O que ela pensa que estávamos fazendo
até agora? Trocando figurinhas?
– Ora... sim! – respondo da maneira mais
profissional e menos psicopata que consigo.
– Acho que tudo está se movendo rápido demais.
Somos duas.
Minha paciente indica abertura. É nessas horas
que conseguimos alguns progressos no
atendimento, com o paciente disposto a se abrir.
– Só tenho medo de não dar certo de novo, sabe?
De enjoar dele, ela quer dizer.
– Você acha que é possível? – digo.
Ela apoia a cabeça nas mãos. Sua expressão
assume um tom sombrio.
– Você acha que seu comportamento teve alguma
melhora nos últimos tempos? – pergunto. – Mesmo
que tenha sido pequena?
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– Imediatamente?
– Sim, imediatamente.
Mas vai dar certo. Algo que me diz que vai. Algo
me diz que é isso o que preciso fazer para que a
minha vida volte aos eixos.
Ora, faça-me o favor! Esse casamento é uma
loucura. Eles se conheceram praticamente ontem.
Estão prestes a cometer o maior erro da vida deles,
e vou estar cometendo o pior erro da minha se eu
não fizer nada a respeito.
– E se ela descobrir quem você é? – ele me
pergunta.
Pelos relatos de Alana, sei que a organizadora do
casamento é quem está cuidando da lista de
convidados. Acho difícil de minha paciente
descobrir que estou na lista como convidada do
noivo já que, nas palavras dela, ela “a-do-ra dar
festas, mas detesta planejar”.
– É improvável. Ela está muito mais interessada
no próprio vestido de noiva para se preocupar com
isso. Seu egocentrismo se intensificou nas últimas
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Ele diz isso porque não sabe como é ter que ouvir
que você precisa tomar remédios, como é o meu
caso.
Bufo.
– Tá legal, tá legal. Acho que posso voltar a
procurar – digo, finalmente.
Ele me lança um olhar desconfiado, mas deixa
passar.
– Tá legal! O que você precisa arrumar? Sua
faxineira chegou – ele segura uma vassoura
imaginária na mão e começa a varrer.
Dou risada.
– Essas drogas de revistas.
– Então tá legal – ele se adianta e começa a ajeitá-
las para mim.
Desde que nos conhecemos, ele sempre se dispôs
a me ajudar. Essa não é a primeira vez que ele vem
correndo ao meu resgate, mas ele não faz ideia do
quanto isso é contraindicado. Não se deve
incentivar uma pessoa com TOC a permanecer em
seu padrão de repetição. Mas não digo nada.
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museu.
– Será que aqueles quadros impressionistas são
verdadeiros? – ela aponta para a parede do outro
lado da sala.
– Seja discreta – abaixo delicadamente o braço
estendido dela. – Mas eu não duvidaria nada se
fossem quadros de Salvador Dalí.
– Não pode ser um Dalí – ela me olha como se eu
fosse imbecil, repreendendo-me pela minha óbvia
falta de repertório artístico. – Ele era conhecido
pelo surrealismo. Este se parece mais com um
Monet.
– Podemos apenas concordar que eles são muito
ricos? – digo, constatando o óbvio, mas ela já está
absorta, compenetrada em uma escultura de bronze
sob uma bancada lateral.
A casa – ou devo dizer “palácio”? – está
impecavelmente organizada, os móveis lustrosos e
o piso, brilhante. O cheiro de produto de limpeza
espalha-se pelo ambiente, mas o deles é bem mais
perfumado do que o que eu uso lá em casa.
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Eu a observo melhor.
–Ah! – começo a me recordar da garota do jantar
de aniversário do Rafa de dois anos atrás. – Ela é
muito simpática. O que é que tem ela?
– Simpática uma ova, ela é maluca! – ele arregala
os olhos. – Eu saí com ela mês passado e agora ela
não para de me ligar. Semana passada descobri que
ela mora no mesmo prédio que eu e agora vive
batendo na minha porta. Acredita?
– Nossa, que vexame. Como você fez para dar o
fora nela? – pergunta Pati, louca para saber dos
detalhes sórdidos.
Eu tenho dó dessa menina.
– Bem, sabe como é... na verdade, eu mandei ela
entrar.
Pati e eu reviramos os olhos. Eu tenho menos dó
dessa menina.
– Você é ridículo – eu digo.
– O que eu deveria fazer? A garota estava se
jogando pra cima de mim. É o que eu sempre digo:
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– Venha!
Leo me conduz pela cintura até o sofá, suas mãos
quentes fazendo cócegas em minhas costelas e me
fazendo gargalhar.
– Para com isso! – digo, esquivando-me, e me
jogo no sofá.
Seus olhos fitam-me por alguns segundos antes de
ele se afastar.
– A senhorita fica sentadinha aí.
Isso não será problema. Tenho no corpo a força
de uma minhoca, sem vontade de fazer coisa
alguma. E definitivamente sem vontade de ir para
casa e ficar sozinha hoje à noite. E para o resto da
vida.
Talvez eu devesse adotar um gato. Sabe como é.
Pra me fazer companhia.
– Vai me contar o que aconteceu? – ele grita da
cozinha.
Eu me levanto do sofá com preguiça e vou até lá.
Encosto no batente da porta e o observo tirar várias
marmitas da geladeira. Leo não mora mais com a
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no começo da noite.
– O que é, doidinha? – ele diz, segurando-me
pelos ombros para que eu não esbarre nas pessoas
da roda atrás de nós.
– Eu amo baladas!
– Ah, é mesmo? – ele solta uma gargalhada alta.
Eu estou muito próxima do rosto dele, mas nem
mesmo me importo, pois fico muito próxima ao
rosto de Pati e de qualquer pessoa que se aproxime
de mim. Ao que parece, a Melissa bêbada é uma
alma muito carinhosa.
– Seu cheiro é muito bom – digo ao Leo e noto
Bárbara me olhando com uma cara muito feia. –
Acho que a Bárbrrra vai me matar.
Em um determinado momento, rebolo como uma
verdadeira dançarina (amadora) e do canto da pista
Rafa encara meu passinho de dança inusitado. Faço
um joinha para ele, que retribui o gesto.
Alê começa a sorrir para mim e eu viro a cara
para o outro lado. Mas quando volto a observá-lo,
ele ainda está me olhando.
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– Como assim?
– É, ele me adora – ela coloca uma mecha do
cabelo loiro atrás da orelha. – Relacionamento cem
por cento à prova de balas, amiga.
Amiga?
– Ele disse que sou a mulher mais incrível que ele
já conheceu.
Também não precisa humilhar, né?
Meu estômago se revira como se eu tivesse
ingerido comida estragada.
– E, humm... por que diz isso?
– Porque ele me adora do jeitinho que eu sou! –
Alana continua, jogando os cabelos para o lado,
sem me esclarecer porcaria nenhuma.
– E com base no que você diz isso? – digo, os
dentes semicerrados.
Eu não podia estar mais confusa nem se minha
mãe me dissesse que sou adotada.
– Bom, deixe-me explicar, não é?
Ah, você acha?
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que imaginei.
– Desculpe! – falo depois de ambos cairmos no
chão, tropeçando em um sapato velho que estava
dentro do armário.
– Tudo bem – ele diz, com um sorriso nos lábios.
– Vocês me pagam, seus idiotas! – Pati diz,
ignorando minha mão estendida para que ela me
ajude a levantar.
Em vez disso, vira as costas, sai andando em
direção ao sofá de veludo e diz:
– Tive que me virar sozinha, não tive? Agora é a
vez de vocês.
Leo e eu “nos viramos sozinhos”, levantando-nos
mutuamente do carpete, e nos sentamos ao lado
dela.
– Desculpe. Não quis te colocar naquela situação
– toco a mão dela. – Mas acredite quando digo que
foi muito pior para mim, que tive que ficar colada
no Leo o tempo inteiro.
– Quase no meu colo, você quis dizer – ele dá um
sorrisinho maroto.
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receita.
Aposto que a chef é blogueira também.
Mas Alana não tem realmente culpa nisso tudo.
Ou tem? Quer dizer, ela não sabia que Pati tinha
alergia a nozes quando mandou preparar a
sobremesa. Mas ela poderia ter prestado atenção
quando Pati anunciou, em alto e bom som, que
tinha alergia à porcaria das nozes.
E aí a sola da minha sapatilha se solta, ficando
para trás na garagem. E eu culpo Alana por tudo
isso. Nesse momento, eu culpo Alana pela crise no
Congo!
– Droga! – pego a sola que ficou no chão,
enquanto vou mancando até o carro. – Ela vai me
pagar por isso.
Essa sapatilha me custou R$120,00!
– O quê? Vai se vingar de Alana? Já não é o que
você está fazendo? – diz Leo, após ajudar Pati a
entrar no carro (é impressão minha ou ela está com
os lábios maiores que os de Angelina Jolie?).
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Saímos do hospital.
O médico disse que Pati está bem, mas que foi
ótimo trazê-la rapidamente, pois sua alergia é bem
forte. Apesar de ele não ter demonstrado interesse
em provar a sobremesa (toma essa, Alana!), o
médico disse que, como Pati não sentiu o gosto das
nozes, provavelmente havia pouca quantidade na
receita. Mas que isso comprova mais uma vez o
quão forte é a alergia da minha melhor amiga.
Ela foi liberada e a deixamos em casa aos
cuidados de sua mãe, que voltou imediatamente do
jantar romântico, que acabou indo para o beleléu,
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ao menos suspeita.
– Pois eu acho que não. Nós dois somos muito
perfeccionistas nessa questão. – ele diz. – Ou
apenas azarados.
– Eu sou azarada. Você é um solteiro incorrigível.
– Não é assim – ele passa a mão nos cabelos e dá
risada. – Só que não vale a pena me arriscar quando
estou perfeitamente bem do jeito que estou.
Virando a esquina da rua dele, estaciono na vaga
mais próxima aos portões do prédio que consigo
encontrar. Um mendigo está deitado no chão,
coberto por um edredom surrado, em cima de uma
caixa de papelão.
Uma agonia cresce dentro de mim. Pobre homem!
Enquanto alguns têm uma casa quentinha, ele tem
apenas um edredom surrado e um pedaço de
papelão. Eu me culpo instantaneamente pela sorte
que tenho.
Enquanto pondero entre dar algum dinheiro a ele,
ou a não dar dinheiro nenhum – pois dizem que
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É Bárbara.
Ela se aproxima mais ainda do prédio. O que é
normal, se pensarmos pelo ângulo de que ela mora
aqui. Mas Leo parece querer sumir da face da
Terra.
Estamos um pouco distantes, mas ela pode
reconhecê-lo a qualquer momento. Qualquer
mulher consegue reconhecer seu alvo. E essa daí
perece ser bem determinada.
– Ela me mandou um milhão de mensagens.
Droga, não quero que ela me veja agora!
– Então entra no carro, ora! – falo baixo.
Ele faz menção de entrar, mas nesse exato
momento ela olha em nossa direção.
E, no desespero, Leo faz uma coisa terrível.
Terrível!
Ele me puxa pela cintura... e me beija!
Eu sinto meu sangue esquentar até começar a
ferver. Meu coração dispara, minhas pernas
bambeiam e temo não conseguir ficar de pé.
O que ele pensa que está fazendo?
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– Eu faço questão.
– Só estávamos brincando na mesa – tento puxar
a comanda de suas mãos, mas ele não deixa.
– Será um prazer.
Eu cedo.
Droga, se eu soubesse, teria comido mais!
Ele paga o que devemos ao restaurante – e deixa
acertado também o gim-tônica de Pati – e uma fila
gigantesca se forma atrás de nós. Parece que o bar
inteiro decidiu ir embora ao mesmo tempo.
Inclusive Pati e Leo, que agora posicionam-se ao
final dela.
Dou um tchauzinho a eles e mostro a língua para
o Leo, que abre um sorriso enorme e meu coração
parece voar entre as nuvens. Mas logo sou puxada
pelo braço por Rafa em direção ao vento gelado de
fora do bar e me arrependo por ter escolhido um
vestido de tecido tão fino. Vestido esse que ele
mesmo me deu. Vestido estúpido!
Sentamos num banquinho de pedra ao lado da
porta, a fim de esperá-los pagarem a conta.
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Ao que eu respondo:
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vai se resolver.
Minha boca se curva para baixo, como um gráfico
que espelha a minha vida.
– Mel – ele diz e olho para cima. – Existem várias
maneiras de fazer com que esse transtorno apareça
com muito menos frequência, e que isso seja mais
fácil daqui para frente.
Lágrimas de alívio brotam dos meus olhos. Eu
sofro muito com isso. A luz do sol entra pelas
frestas da cortina, esquentando meu rosto.
Aconchego-me no divã de suede.
– Isso é bom. Sabe como é, ouvir alguém dizer
que não vou passar o resto da vida arrumando
prateleiras de livros o tempo todo.
– Não vai, Melissa. Contanto que você se cuide –
ele enfatiza.
Ele tem razão. Para uma pessoa tão organizada,
eu definitivamente deixei essa área da minha vida
um completo caos. Está na hora de arrumar o que
realmente precisa ser arrumado.
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– Ah, para!
– O que mais você escondeu de mim todos esses
anos? Que você já foi casada? Hein? Seu nome é
mesmo Mel?
– Não, Mel é meu apelido – rebato.
– Você me entendeu! – a voz dela sobe muitos
decibéis.
A luz branca da cozinha ilumina os cabelos de
Pati, deixando-a ainda mais ruiva, suas mechas
contrastando com os móveis brancos do ambiente.
– Você é minha melhor amiga, mas isso era
doloroso demais pra te contar. Além do mais, você
não é exatamente a pessoa ideal para repreender
alguém por causa de um segredo, não é mesmo? –
digo, cortando mais um pedaço do bolo macio, o
cheiro de chocolate passeando pelo ar. – Você
mentiu pra mim, sua vaca.
– Você chama de mentira, eu chamo de omissão –
Pati pega seu prato de sobremesa e caminha da
cozinha para a sala de estar minúscula do meu
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mastigadas.
– Não sei o que devo fazer.
Não quero quebrar a cara outra vez...
– Deixe de ser burra, Melissa, e vá lutar por ele –
ela diz, colocando goela abaixo um pedaço enorme
de bolo de chocolate que quase não lhe cabe na
boca, o que torna seu julgamento um pouco
duvidoso.
– Já segui o seu conselho uma vez e não deu
muito certo.
– Mas você sabe qual é a diferença dessa vez, não
sabe?
Não é que aquele biscoitinho da sorte estava
certo, no final das contas, com aquela baboseira
toda de “o amor estará onde o coração menos
esperar”?
Respiro fundo, inalando o cheiro do meu
aromatizador de ambientes de laranja, e digo:
– Agora é com a pessoa certa.
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– O que disse?
– Alana não te contou? – ele franze o cenho para
mim. – Minha prima é caidinha pelo Leo e pediu
para entrar com ele no altar – ele lança um olhar
malicioso na direção do Leo e meu estômago se
embrulha. – Achei que vocês não se importariam.
Então foi Bárbara quem pediu para que a troca
fosse feita?
Dou uma risada sem graça.
– Inclusive, obrigado por trazê-las em segurança
– Rafa diz para Leo.
– Trazer... humm... trazer quem? – pergunto
novamente.
– Pedi a ele que trouxesse minha prima e minha
tia ao casamento – ele aponta na direção de Bárbara
e Leo me lança um olhar irônico. – Você conhece
minha tia, não é? Ela está sempre nos meus
aniversários.
Leo me olha com um ar divertido, enquanto Rafa
aponta para a mulher mais velha, de cabelos
brancos, que chegou acompanhada de Bárbara.
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– Não! – digo.
Ele ergue a sobrancelha.
– Por que não? Também não somos mais amigos?
– Não é disso que estou falando.
Os olhos dele fixam-se aos meus, a luminosidade
desse dia de sol transformando-os num verde ainda
mais claro. Eu espero que alguma coisa ao nosso
redor se precipite e interrompa a situação que estou
prestes a criar, mas nada acontece. Nada que me
impeça de passar vergonha. E, ironicamente, até o
vento para de soprar, como se estivesse me
esperando confessar de uma vez.
– O que é, então?
– Quando você disse que gostava de mim na
faculdade, eu fiquei com medo e me afastei. Mas
um tempo depois eu percebi que tinha sentimentos
por você.
Ele arregala os olhos.
– Tinha?
– Estava decidida a te contar isso na festa à
fantasia. Lembra-se daquela festa? A que você foi
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vestido de surfista?
– Mas você nem foi. Como pode saber sobre a
minha fantasia?
– Porque eu fui, mas quando te encontrei...
Pouso meu olhar na mesa do bolo de cinco
camadas do outro lado do gramado. Solto todo o ar
do peito.
– No meio daquele monte de gente bêbada, eu vi
você beijando uma garota.
– Oh... – ele não tira os olhos de mim. Sua
expressão tranquila se transforma em espanto. –
Isso só aconteceu porque você deixou bem claro
que eu não tinha chance com você.
– É, eu sei. Sou muito boba – digo, chutando uma
pedrinha do chão com o bico da minha sandália de
tirinhas.
– Ei, você não é boba.
– Então decidi que seria melhor te esquecer.
Achei que o Rafa fosse um bom pretendente, de
qualquer maneira. Uma opção não tão segura
quanto pensei que ele fosse... – estendo os braços,
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– Ela chegou?
– Ainda não – Pati respondeu.
– Cadê ela? – perguntei, levantando a cabeça para
enxergar os portões de entrada floridos.
– Não me importo de esperar, contanto que ela
me apresente ao tio dela.
Trombetas soaram bem alto e Alana finalmente
chegou ao altar. Fiquei feliz em saber que eu não
era a única que sofria com seus atrasos. Todos
pareciam estar suando feito porcos enquanto a
aguardavam, porque os trajes foram pensados para
o inverno, mas esqueceram-se de que até no
inverno São Paulo pode te surpreender e
demonstrar aspectos claros de um verão lascado.
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Agradecimentos
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