Hip Nose
Hip Nose
Hip Nose
Sumário
Neurofisiologia da Hipnose ..........................................................................................................4
Relaxamento, Imaginação e Indução Hipnótica .....................................................................12
O que é Hipnose? .......................................................................................................................15
Teorias de estado ...................................................................................................................15
Teorias de Não Estado ............................................................................................................16
Posso ser hipnotizado?...........................................................................................................17
Tipos De Hipnose........................................................................................................................18
Breve História Da Hipnose ......................................................................................................19
Mitos da Hipnose .......................................................................................................................22
Conceito De Hipnose ..................................................................................................................23
Características Psicológicas ....................................................................................................23
Vamos Começar! ........................................................................................................................23
Etapas Da Hipnose..................................................................................................................24
Rapport ..............................................................................................................................24
Pre-Talk ..............................................................................................................................24
Princípios importantes ...........................................................................................................24
Sim! Sim! Sim! (Yes Set)......................................................................................................25
Acompanhar e Conduzir .....................................................................................................25
Verdade banal, evidente, sem alcance. ..............................................................................25
Voz Hipnótica .........................................................................................................................26
Loop Hipnótico .......................................................................................................................26
Testes De Suscetibilidade .......................................................................................................27
Pseudo Hipnose ..................................................................................................................28
Ideias Chaves Da Terapia Ericksoniana .......................................................................................35
Técnicas Básicas .........................................................................................................................36
Induções Hipnóticas Tradicionais ...........................................................................................36
Indução De Relaxamento Progressivo ................................................................................36
Indução Da Respiração .......................................................................................................38
Indução De Um Lugar Agradável (Local Seguro) .................................................................39
Teste Da Levitação Das Mãos .............................................................................................40
Induções Rápidas ...................................................................................................................42
A indução de Elman ............................................................................................................42
Auto hipnose ..............................................................................................................................43
Teorias de estado
A teoria Neodissociativa de Hilgard13141516 é um excelente exemplo das teorias de
estado. Ele propõe que as induções hipnóticas são capazes de criar uma divisão das
funções executivas encefálicas. Onde, parte das funções executivas funcionam
normalmente, mas não é capaz de representar-se na “consciência” devido a existência de
uma “barreira amnésica”.
“Sugestões eficazes do hipnotista podem tomar grande parte do controle normal do
sujeito. Ou seja, o hipnotista pode influenciar as funções executivas do sujeito e mudar os
arranjos hierárquicos das suas subestruturas. Isto é o que acontece quando, no contexto
hipnótico, ocorrem alterações nos controles motores, percepção e as memórias são
distorcidas e alucinações podem ser percebidas como uma realidade externa.”
(HILGARD,1991)
A perspectiva moderna Neodissociativa baseia-se no conceito de dissociação
cunhado pelo filósofo e psicólogo Pierre Janet. A dissociação se refere a uma ampla gama
de experiências de desconexão com a realidade imediata a partir de experiências físicas e
emocionais. Essa dissociação aconteceria em um espectro que variaria em vários níveis.
A teoria da dissociação ganhou força na tentativa de explicar o suposto fenômeno de
personalidades múltiplas. No entanto, alguns pesquisadores17 reinterpretaram a hipnose
como uma espécie de fenômeno dissociativo. De acordo com esses autores, a dissociação
parcial das estruturas cognitivas do cérebro facilitaria a hipnose.
Tipos De Hipnose
Hoje em dia muito se fala em vários tipos e “sobrenomes” para a hipnose. O que
podemos diferenciar é a forma como abordar as induções e sugestões, então temos a
Hipnose Clássica, tendo como seu principal representante Dave Elman (1900 – 1967),
terapeuta americano que ficou famoso pelos seus métodos de indução e por treinar
diversos médicos e dentistas. A principal característica deste modelo é que as sugestões
são diretas; e a Hipnose Ericksoniana, tendo como representante Milton Hyland Erickson
(1901 – 1980), psiquiatra norte americano que nunca se identificou com nenhuma
abordagem psicoterapêutica da psicologia e se utilizava de sugestões indiretas em forma
de metáforas durante as sessões de terapia, pois acreditava que todo ser humano já possui
dentro de si os recursos necessários para a resolução de seus problemas, e que o
terapeuta seria apenas um catalisador deste processo. Apesar de serem estilos diferentes,
ambas possuem técnicas que podem se complementar.
Mitologia Grega
Asclépios aprendeu com Centauro Quíron um tipo de sono especial que curava as
pessoas.
Outros autores:
O abade Lenoble
Paracelsus
Jan Batist V. Helmont (1579-1644)
Robert Fludd
James C. Maxwell (1831-1879)
Padre Kircher
Greatrake
Jan Joseph Gassner- Marquês de Puységur (1751-1825) – um discípulo de Mesmer que
descobre o sonambulismo artificial.
Pe. José Custódio de Faria (1755-1819) - mais conhecido como abade Faria. Teve contato
com as ideias de Mesmer, defendeu-as e sustentou a ideia de que o transe se assemelhava
ao sono.
Séc. XIX
-James Braid (1795-1860) - cunhou o termo HIPNOTISMO. Do grego Hipnos-Sono.
-James Esdaile - médico inglês, utilizou as técnicas de Mesmer para fazer cirurgias sem
anestesia durante a Guerra na Índia. Publicou o livro “Mesmerismo na Índia”, em 1850.
-A Escola de Nancy (de Liébeault, de Bernheim e de Coué) - Considerava o estado de
transe como normal ao invés de patológico.
Acreditava que a mudança acontecia de forma não consciente, através da intervenção da
vontade e que a sugestão operava somente quando encontrava um eco interno
(autossugestão).
-A Escola de Salpêtière (Charcot) - onde Freud fora fazer seus estudos, considerava o
estado de transe como algo que só acontecia com o estado patológico. Charcot (1825-
1899) estudou pacientes histéricos e considerou o transe como um estado patológico de
dissociação.
-Ambroise A. Liebault (1823-1904) - assemelhava o transe ao sono, só que o transe
resultava de sugestões diretas.
Séc. XX
-Ivan Pavlov (1849-1936) - Transe ⇒ “sono incompleto”, causado por sugestões
hipnóticas. As sugestões provocariam uma excitação em algumas partes do córtex cerebral
e inibição em outras partes. Criador da indução reflexológica.
-Freud, nesta época, fez seus estudos junto aos casos de histeria de Charcot e acabou
por abandonar a hipnose, depois de muitos estudos com Breuer. Fazem a correlação de
hipnose com patologia. Freud abandonou a hipnose e partiu para associação livre.
Características Psicológicas
Mesmo sendo uma experiência altamente subjetiva, podemos citar algumas características
comuns em diferentes sujeitos.
Vamos Começar!
Para que você se torne um bom hipnotista, seja atuando em qualquer área, tenha
sempre algo em mente: hipnose não é infalível!
Por se tratar de um fenômeno psíquico, é de extrema importância que o voluntário
se envolva ativamente no processo e o hipnotista esteja seguro do que vai fazer, caso
contrário se tornará mais difícil que algo aconteça. Seja numa apresentação de palco,
demonstração na rua ou na clínica, é importante que o hipnotista saiba contornar uma
situação que não saiu como o esperado e reverter para que se obtenha sucesso. Vários
fatores podem contribuir para a “falha”: fatores ambientais, falta de concentração do
voluntário, falta de confiança no hipnotista, estado emocional do sujeito naquele momento,
dentre outros. Para isso, é necessário que se conheça e domine várias técnicas, pois a
indução que é eficaz para uma pessoa pode não surtir nenhum efeito em outra, e vice-
versa. Quando se tem apenas um martelo na mão, todo problema em sua frente será visto
como prego, e as coisas não são bem assim. Tenha sempre um conjunto de ferramentas
à sua disposição!
Pre-Talk
Pre-talk é a conversa prévia que ocorre antes da hipnose. Para isso é necessário
abordar um sujeito e convidá-lo a experiência. Neste ponto, é importante que você explique
rapidamente sobre o que é a hipnose e fale sobre alguns dos mitos mais comuns que
possa causar algum receio. Falar que ele não perderá o controle, não fará nada que seja
contra sua vontade, não revelará segredos e nem ficará hipnotizado para sempre
geralmente são o suficiente para tranquilizar e aumentar a receptividade do sujeito.
Durante o pre-talk é o momento em que você deve mostrar que realmente entende
do assunto, domina todas as técnicas necessárias e que vai hipnotizá-lo com segurança,
pois isso já faz parte de seu cotidiano.
Também deixe explícito que a experiência a qual ele passará será inesquecível e
trará benefícios a ele. O hipnotista inglês Igor Ledochowski ensina que é importante termos
sempre um pensamento em mente: “queremos proporcionar algo PARA a pessoa, e não
queremos algo DELE.”
Se mesmo depois de ter tudo esclarecido, a pessoa demonstrar que realmente não
deseja passar pela experiência, não insista. Em caso de ainda haver algum receio ou
medo, pergunte o que lhe está passando pela cabeça e esclareça, sempre passando o
maior conforto e segurança possível.
Princípios importantes
A seguir, veja alguns conceitos essenciais e que podem ser introduzidos a qualquer
momento em suas rotinas, para potencializá-las.
Acompanhar e Conduzir
Voz Hipnótica
Isso pode variar de acordo com o estilo do hipnotista. Temos as seguintes vozes na
hipnose:
Paternal: É uma voz mais autoritária e firme, muito útil para a hipnose clássica.
Maternal: É uma voz mais doce, permissiva, muito usada na hipnose ericksoniana.
Robótica: É uma voz firme, porém sem sentimentos na voz. Muito pouco usada
atualmente.
Sensual: É uma voz mais cantada, como se você fosse realmente seduzir a pessoa, mas
não no sentido sexual. Fabio Puentes faz muito bem o uso dessa voz.
Encontre o timbre e modulação de voz que achar mais autêntico com sua
personalidade e procure não ficar muito caricato quando precisar mudar sua voz
devido as circunstâncias, contexto ou paciente.
Loop Hipnótico
James Tripp, em seu artigo “Hypnosis Beyond the Trance Myth”, fala sobre o loop
hipnótico, um mecanismo fundamental no fenômeno hipnótico.
Ele se trata de um loop perpétuo que ocorre naturalmente no processo cognitivo, e
como hipnotista você deve aproveitar isso e usar para levar o sujeito até a realidade
alterada que deseja que ele entre, seja em um contexto de entretenimento ou na clínica. O
loop é composto por 4 elementos: CRENÇA, IMAGINAÇÃO, FISIOLOGIA e
EXPERIÊNCIA.
E ainda existe um outro elemento fundamental para alimentar o loop:
EXPECTATIVA.
Quando se gera a expectativa de que algo diferente vai acontecer, conseguimos
catalisar os processos e torná-los mais fortes quando os fenômenos acontecerem.
Levando em consideração que hipnose não se trata de CONTROLE mental, e sim
de INFLUÊNCIA mental, podemos inserir o sujeito nesse loop em qualquer um dos 4
pontos.
Testes De Suscetibilidade
Depois de você ter estabelecido um rapport com seu voluntário e feito um pre-talk
adequado, está na hora de começar o processo hipnótico propriamente dito.
O primeiro passo é aconselhável que se teste como está a suscetibilidade da
pessoa no momento, e existem algumas técnicas para isso, que detalharei em seguida.
Tenha em mente que caso a pessoa “não passe” no primeiro teste ou em nenhum
consecutivo, isso não significa que ela não pode ou não tem capacidade de ser
hipnotizada, talvez o contexto em que vocês se encontram não seja o mais adequado
naquele momento, pois existem pessoas que não se sentem à vontade na frente de outras
ou em determinados tipos de locais.
Pseudo Hipnose22
ROTEIRO:
Sente-se confortavelmente nessa cadeira. [Após o sujeito assentar-se, diga]
Isso mesmo. Agora, junte suas mãos e entrelace seus dedos dessa maneira, como se você
estivesse orando.
É importante que você deixe os polegares cruzados. [Mostre seus polegares
cruzados.] [Após ele mostrar as mãos juntas e os dedos entrelaçados corretamente, diga]
Agora, estenda os dedos indicadores e aponte-os para cima, mantendo-os afastados em
cerca de três centímetros. [Mantenha seus dedos entrelaçados e coloque os dedos
indicadores da maneira identificada na foto abaixo]
Não olhe diretamente para os dedos, concentre-se apenas no espaço entre eles.
Concentre-se nesse espaço e imagine que estou colocando dois imãs bem poderosos em
cada um desses dedos.
Imagine a força magnética desses imãs. Esses imãs são tão poderosos que você
sente uma força irresistível atraindo seus dedos. À medida que os dedos se aproximam,
você sente que essa força aumenta mais e mais. Seus dedos vão se aproximando cada
vez mais... e mais... Eles continuam se aproximando, até que, eventualmente, podem se
tocar.
Algumas considerações
Existem algumas variações dessa Pseudo-Hipnose. Em vez de imãs, alguns
hipnotistas sugerem a imaginação de um elástico bem forte aproximando os dedos
indicadores do sujeito. Em uma outra variação, sugere-se a imaginação de um parafuso
apertando os dedos um contra o outro, de forma que eles se aproximem. Obviamente, você
pode utilizar a sugestão da maneira que achar mais conveniente.
Ao sugerir ao sujeito que ele foque o olhar no espaço entre seus dedos, você
favorece o processo hipnótico. Como você aprenderá posteriormente, a fixação do olhar é
uma das técnicas para induções hipnóticas. Ou seja, ainda que essa seja uma rotina de
pseudo-hipnose, ela pode ser utilizada para a indução hipnótica propriamente dita.
Essa dinâmica é baseada em um movimento automático. Na verdade, a posição
inicial dos indicadores nesse exercício é muito desconfortável. Ou seja, os dedos
NEUROFISIOLOGIA DA DOR E TÉCNICAS DE MODULÇAO COM HIPNOSE – NEUROPSICOLOGIA SEM NEURA 29
inevitavelmente irão se aproximar, nem que seja apenas um pouco. Caso esteja realizando
essa dinâmica com uma única pessoa, utilize dos truísmos para potencializar o exercício.
No momento em que os dedos começarem a se mover, você pode dizer: “Seus
dedos começam a se atrair...” Caso o sujeito seja um pouco resistente, você também pode
utilizar-se dos truísmos para favorecer a sugestão. Por exemplo, caso os dedos não
estejam se aproximando, você pode sugerir ao sujeito uma sensação de controle: “Seus
dedos começarão a mexer em breve, mas você e a sua imaginação que determinarão o
momento exato para isso acontecer”.
Existem basicamente três resultados possíveis para essa Pseudo-Hipnose.
a) Os dedos se aproximam apenas um pouco. Caso o sujeito a ser hipnotizado aproxime
os dedos apenas um pouco, é um sinal de que ele, apesar de participativo, ele não se
envolveu com sua sugestão.
b) Os dedos se aproximam e rapidamente se unem. Como dito anteriormente, os dedos
irão se aproximar automaticamente. No entanto, se o sujeito aproximar os dedos muito
rapidamente é sinal de que você conseguiu sugestioná-lo. Nesse caso, você pode
aproveitar e realizar alguma indução hipnótica e o posterior aprofundamento. De acordo
com a receptividade do sujeito, a Pseudo-Hipnose pode tornar-se hipnose de verdade.
c) Os dedos se afastam ou permanecem completamente imóveis. Em alguns casos,
os dedos vão permanecer completamente imóveis ou até mesmo ir na direção oposta. Isso
normalmente significa que o sujeito, por algum motivo, está lutando contra as suas
sugestões.
Mãos coladas I
ROTEIRO
Fiquem todos de pé e juntem suas mãos e entrelacem seus dedos dessa maneira.
[Nesse momento, junte suas mãos da forma mostrada na foto abaixo e mostre para o
público]
Estique seus braços ao máximo e levante-os até suas mãos ficarem pouco acima
da sua cabeça.
Isso! Agora, mantenha sua mão e seus dedos bem apertados... Deixe seus braços
os mais esticados que conseguir e fixe seu olhar em um de seus dedos.... Enquanto você
mantém sua mão bem apertada, imagine que existe uma cola muito forte e muito poderosa
escorrendo entre seus dedos.
Enquanto mantém o seu olhar fixado em um de seus dedos, você vai percebendo
que suas mãos e seus dedos vão ficando cada vez mais colados...Estique ainda mais seus
braços e continue com o olhar fixado em um de seus dedos... Farei uma contagem de 1 a
5...
A cada número, seus dedos estarão dez vezes mais colados... Quando chegarmos
ao número 5, você vai tentar descolar suas mãos e não vai conseguir.
1...A cola está secando e seus dedos estão ficando completamente colados.
[Enquanto avança na contagem, aumente a imperatividade de seu discurso]
2...A cola está quase seca e seus dedos estão completamente colados...
Completamente colados...
3... A cola já está completamente seca e seus dedos já estão completamente
colados... Quanto mais você tentar descolar os dedos, mais colados eles vão ficar... Mais
colados...
Mãos coladas II
ROTEIRO
Fiquem todos de pé e juntem suas mãos e entrelacem seus dedos dessa maneira.
[Nesse momento, junte suas mãos da forma mostrada na foto abaixo e mostre para o
público]
Estique seus braços e mantenha sua mão e seus dedos bem apertados...
Deixe-a a mais apertada que conseguir e fixe seu olhar em um de seus dedos...
Enquanto você mantém sua mão bem apertada, imagine que existe uma cola muito
forte e muito poderosa escorrendo entre seus dedos...
Enquanto mantém o seu olhar fixado em um de seus dedos, você vai percebendo
que suas mãos e seus dedos vão ficando cada vez mais colados...
Farei uma contagem de 1 a 5... A cada número, seus dedos estarão dez vezes
mais colados.... Quando chegarmos ao número 5, você vai tentar descolar suas mãos, mas
não vai conseguir.
1...A cola está secando e seus dedos estão ficando completamente colados.
[Enquanto avança a contagem, aumente a imperatividade de seu discurso]
2...A cola está quase seca e seus dedos estão completamente colados...
Completamente colados...
3... A cola já está completamente seca e seus dedos já estão completamente
colados. ... Quanto mais você tentar descolar os dedos, mais colados eles vão ficar.... Mais
colados...
4... Quanto mais você tentar descolar os dedos ou suas mãos, mais colados eles
vão ficar... Cada vez mais colados...
5...Tente descolar seus dedos, mas sem conseguir... Quanto mais força você faz,
mais colados eles ficam...Cada vez mais colados...Completamente colados...
NEUROFISIOLOGIA DA DOR E TÉCNICAS DE MODULÇAO COM HIPNOSE – NEUROPSICOLOGIA SEM NEURA 33
Algumas considerações
Essa rotina possui alguns elementos relacionados ao movimento ideomotor. No
entanto, é bem menos automática do que a outra rotina de mãos coladas. Algumas
pessoas respondem tão bem a essa rotina que, se você não der algum comando, elas vão
permanecer coladas por bastante tempo.
Mãos magnéticas
ROTEIRO
Fiquem todos de pé e estiquem seus braços e suas mãos dessa forma.
[Após os sujeitos levantarem-se, estique seus braços horizontalmente no nível dos ombros,
com as palmas das mãos abertas e voltadas uma para a outra, conforme a figura abaixo.]
Técnicas Básicas
- Relaxamento progressivo
- Lugar seguro
- Respiração
- Levitação das mãos
- Cores
- Visualização e imagens
Indução Da Respiração
Esta é uma indução para proporcionar ao cliente um tipo de lugar de proteção. Ele
pode usar esta técnica para fazer auto hipnose, para se colocar neste local protegido em
momentos de ansiedade ou insegurança.
Comece por uma indução natural, do modo que você quiser, não necessariamente
como vai escrito nesse roteiro. Depois de estar com o seu cliente já confortável e
responsivo.
...Permita-se ficar à vontade... colocando-se confortavelmente no sofá (cadeira)...
e você sabe que, ao fechar seus olhos... você pode abrir seus olhos internos... os olhos da
mente que vão observar seus sentimentos... o que está passando lá dentro... é mais uma
oportunidade para você se permitir descobrir uma forma de ficar com segurança com você
mesmo... Assim, daqui... pouco a pouco... você vai indo para dentro... entrando em contato
com sensações/sentimentos de conforto e bem-estar... Você vai respirando... abrindo o
peito na inspiração...levando a vida... oxigênio... um fôlego novo... à medida que você
inspira...sua mente vai acomodando seu corpo confortavelmente no sofá... e vai lhe
levando para uma viagem... sensações/sentimentos... porque sua mente sabe dos
caminhos... lugares que conduzem ao bem estar... e você pode ir desfrutando protegida
de um estado de bem estar aí dentro de você... inspirando... oxigênio... paz...
tranquilidade... expirando... gás carbônico... sentimentos apertados... aliviando...
Ratifique:
...Daqui onde estou, eu já observo mudanças em você... no ritmo respiratório... mais
suave... no seu tônus muscular... mais solto... suave... deslizando... desfrutando
protegidamente... na sua face mais relaxada...Que coisa boa desfrutar de um bem-estar...
Elicie:
E você pode aumentar sua segurança, seu bem estar... imagine... visualize... um
lugar especial... agradável... pode ser um lugar conhecido ou imaginário... pode ser
uma praia, um mar agradável... ou pode ser o alto de uma montanha... ou talvez um
Mostrar ao cliente que ele é capaz de fazer muitas coisas que ele pensa que não
consegue. A levitação das mãos é uma resposta ideomotora. Um fenômeno hipnótico que
acontece naturalmente e que, ao ser sugestionado na indução, vem como reposta. Os
iniciantes têm um certo receio de fazê-lo, porque acham que vão falhar, que seu cliente
não responderá. É preciso, antes de tudo, em qualquer indução, estabelecer o rapport.
Muitas vezes a resposta é demorada. É preciso dar tempo para que o cliente
responda. Pode ser que, depois de algum tempo, quando você acha que o cliente não vai
mais responder, venha a resposta. Por outras vezes o cliente apenas alucina que levitou a
mão, que o fez; mas na verdade, ele só alucinou. Você observou e o cliente manteve a
mão abaixada. Mesmo assim, ao terminar, o cliente lhe diz que a levitação foi ótima.
Juntou-se aí outro fenômeno hipnótico, a alucinação positiva. Por isso, espere e investigue
como foi este exercício para o seu cliente. Normalmente a resposta vem.
Existem várias formas de provocar levitação das mãos, segue abaixo um exemplo:
Daqui a pouco, vou tocar nas costas da sua mão esquerda, quando tocar, essa mão
começará a ficar muito leve, tão leve que começará a levitar, a subir em direção ao seu
A indução de Elman
Auto hipnose
Imagine ter a capacidade de se sentir bem sempre que você quiser. Imagine ser
capaz de acalmar seus nervos quando todo mundo ao seu redor está tenso e em pânico.
Imagine como seria bom poder controlar a dor. Nesse capítulo, você aprenderá auto
hipnose e será capaz de realizar tudo isso e muito mais. Na auto hipnose, você fará a sua
própria indução e aprofundamento hipnóticos, tornando sua mente extremamente
receptiva às sugestões que você criará para si mesmo.
Após conhecer hipnose, parece inevitável considerar a possibilidade de se induzir
a hipnose em si mesmo. Braid parece ter sido o primeiro a utilizar da auto hipnose com
sucesso com o fim de aliviar a dor. O método de indução hipnótico de Braid era a fixação
e o cansaço ocular, como bem explica Karl Weissmann23:
Por sua vez, Braid, ao menos no princípio de sua carreira, usava vencer o paciente
pelo cansaço ocular. Era o método de fascinação prolongada. À maneira da maioria dos
nossos contemporâneos, hipnotizava pelo olhar. Enquanto o sujeito cansava o nervo ótico,
ao ponto de congestionar os olhos, lacrimejar e sentir dor de cabeça, Braid lhe
recomendava concentrar sua mente na ideia do sono. Braid mudou de tática já quase no
fim de sua carreira, quando descobriu que podia hipnotizar cegos ou pessoas em recintos
NEUROFISIOLOGIA DA DOR E TÉCNICAS DE MODULÇAO COM HIPNOSE – NEUROPSICOLOGIA SEM NEURA 43
completamente escuros. Percebeu que o importante não era o cansaço visual ou a
concentração ocular, mas, sim, a concentração mental.
Dessa observação, em diante passou a dar maior importância ao fator imaginação, em
relação ao qual ressaltava a preponderância da sugestão verbal e a do detalhe da voz.
(WEISSMAN,1958)
Hipnose Clínica
Ab-Reações
Lembre-se de instalar em seu cliente uma ancora de lugar seguro caso o cliente
tenha reações que fujam ao controle durante a sessão. Aplique a ancora se necessário.
Você pode dizer: A cena desaparece e você se concentra apenas na sua
respiração. Essa frase é recomendada por Igor Ledochowski e é muito eficaz o sujeito
facilmente responderá a suas novas sugestões. Se for um choro leve recomendo deixar o
paciente colocar as emoções para fora, deixe-o chorar um pouco e se o choro passar a ser
compulsivo mude as sugestões para que a cena desapareça e o faça sentir-se bem. É
importante ressaltar que quando isso ocorre não significa que o paciente está em perigo,
é apenas uma reação devido à expectativa trazido pelo paciente em relação à hipnose.
Por isso, seja habilidoso e calmo nestas situações.
Controlando a Dor
Independentemente de qual seja o tipo de dor, ela possuirá dois componentes
específicos: sensorial e afetivo (i.e. a maneira como nosso cérebro interpreta a dor
sensorial).
A dor sensorial fornece as principais pistas sobre a localização e características
específicas da dor tais como calor, frio, ardor, dor intermitente ou contínua. A dor sensorial
serve como proteção de nosso organismo e não deve ser eliminado sem que haja uma
avaliação médica sobre suas causas.
O componente afetivo da dor descreve o quanto a dor é perturbadora ou incômoda
para o paciente. Esse componente identifica o impacto e a interpretação da dor sensorial.
Por exemplo, a dor muscular normalmente sofrida por um atleta após um intenso
treinamento (tal como o levantamento de peso ou uma maratona) certamente dói, mas o
atleta não se incomoda tanto com isso. Ao menos, não se incomoda o mesmo tanto que
alguém que sofra uma dor equivalente sensorialmente, mas produzida por um ferimento
acidental. Da mesma forma, a dor do parto é sensorialmente intensa. No entanto, devido
à felicidade pelo nascimento do filho, geralmente não causa sofrimento algum. Por outro
lado, aquele mesmo atleta já acostumado com as dores naturalmente decorrentes de seu
treinamento, podem sofrer bastante com dores sensorialmente menores, mas que
NEUROFISIOLOGIA DA DOR E TÉCNICAS DE MODULÇAO COM HIPNOSE – NEUROPSICOLOGIA SEM NEURA 44
indiquem lesões que possam colocá-los de fora de alguma competição importante ou, até
mesmo, aposentá-los precocemente.
A dor pode ser controlada por meio de dois mecanismos distintos: distração e
dissociação. Os mecanismos de distração certamente são os mais conhecidos. Por
exemplo, não são raras as vezes em que os pais, ao levarem seus filhos para um
procedimento de vacinação, procuram chamar sua atenção de alguma forma, seja
conversando ou brincando com a criança. Os mecanismos dissociativos são aqueles que
conseguem inibir que a mente do sujeito identifique a dor sensorial, limitando bastante o
sofrimento.
Geralmente, a hipnose trabalha com ambos os dois mecanismos, tornando-se uma
ferramenta muito importante para o controle da dor, seja em terceiros ou em si mesmo, por
meio do auto hipnose. O roteiro a seguir pode ser adaptado para qualquer tipo de dor que
necessita de controle, principalmente em seu componente afetivo.
Submodalidades
Técnica das figuras geométricas
Pergunte a pessoa em que nível de encontra a dor dela numa escala de 0 a 10.
Digamos que a pessoa diga nível 8.
Pergunte a ela se essa dor tivesse uma cor que cor teria.
Se essa dor tivesse uma forma geométrica, qual seria?
Você poderia aqui perguntar também do peso e do tamanho. Mas vamos fazer
apenas com os elementos acima. Digamos que o paciente respondeu nível 8, cor vermelha
e um quadrado como sendo a figura geométrica.
Peça para que a pessoa diga onde está a dor e peça para que feche os olhos. “Isso,
agora com o poder de sua imaginação, traga essa imagem para frente os seus olhos, mas
continue de olhos fechados.
Agora imagine que esse quadrado, de número 8 e cor vermelha começa a se
modificar e vira um triângulo laranja de número 7. Muito bem! Agora ele vai se modificando
e vira um retângulo de número 6 e cor amarela. Isso! Agora vira um círculo de número 5 e
cor roxa, agora um quadrado de número 4 e cor azul, agora um quadrado bem menos de
número 3
verde, e agora vira um círculo de cor creme e número 2. Isso, e agora vira um
grãozinho de areia que começa a viajar em direção ao céu, saindo do planeta,
passando as estrelas, planetas e galáxias. Até que ele some completamente.....Abra os
olhos! Como se sente? Qual o nível daquela dor?”
Obs.: Uso “daquela” dor para dar a impressão que a dor está longe!
Sala de Controles
(Técnica para pessoas que não gostam de passar o controle para o hipnotista.
Recomendo essa técnica para qualquer finalidade que queiramos regular no paciente, seja
aumentar ou diminuir a percepção da dor).
Imagine que você entrou em uma sala de controles da sua mente. Você
percebe que nessa sala existem inúmeros botões, alavancas e computadores
relacionados ao funcionamento de cada parte do seu corpo. Você então avista uma
alavanca maior responsável pelo nível de dor.
Pergunte a posição que ela marca, por exemplo ela marca uma posição de número
7 em uma escala de 0 a 10. Agora, pegue você mesmo com sua mão e puxe com toda sua
força, no seu tempo essa alavanca para trás e a deixe onde preferir, pode ser no 5, no 4
ou até mesmo no 0 se preferir.
Anestesia Hipnótica
Além de proporcionarmos analgesia (alívio de uma dor), também é possível,
através de sugestões, anestesiarmos alguma parte do corpo. Estas técnicas são muito
úteis em situações de procedimentos invasivos, como injeção, procedimentos estéticos,
procedimentos odontológicos, tatuagem, trocas de curativos etc. Para anestesiar, procure
resgatar experiências passadas que são familiares para a pessoa que você estiver
hipnotizando, como anestesia prévia em alguma parte do corpo, sensação de dormência,
formigamento, etc.
Use também metáforas que possam ser associadas a um desligamento na
percepção dolorosa, como uma luva de couro na mão, imaginar que o braço é feito de
borracha ou que existe um botão que desliga qualquer sensação de desconforto. Comece
sempre anestesiando uma das mãos e teste para comprovar que o incômodo está
reduzido. Após a testagem, peça para a pessoa passar a mão em qualquer outra parte do
NEUROFISIOLOGIA DA DOR E TÉCNICAS DE MODULÇAO COM HIPNOSE – NEUROPSICOLOGIA SEM NEURA 46
corpo que deseja anestesiar e fale que, ao fazer isso, esta mesma sensação de anestesia
será transferida.
Ancoragem
Ainda que o termo “ancoragem” seja relativamente recente, a ideia por trás dele, o
condicionamento clássico, é bem antiga. Com o objetivo de investigar a fisiologia da
digestão em cães, o fisiologista Ivan Pavlov (1849 –1936) desenvolveu um procedimento
que lhe permitia estudar os processos digestivos de animais por longos períodos. Esse
método se consistia no uso de uma mangueira inserida diretamente nas glândulas
salivares do animal. Dessa maneira, toda vez que a saliva era produzida, ela era
imediatamente captada, para ser posteriormente estudada. Toda vez que a comida era
apresentada aos cães, eles instintivamente salivavam.
No entanto, com o passar do tempo, Pavlov algo muito interessante. Ainda que na
ausência da comida, os cães passaram a salivar ao verem o técnico que normalmente os
alimentava. Isso motivou Pavlov a realizar outro experimento envolvendo seus cães.
Inicialmente, ele disparou uma sirene e observou que esse barulho não fazia seus cães
salivarem.
Em seguida, passou a disparar essa mesma sirene pouco antes de alimentá-los.
Com o passar do tempo, os cães passaram a salivar apenas ao ouvirem o disparar
da sirene, ainda que na ausência da comida. Pavlov chamou a comida de “estímulo
incondicionado” e a salivação decorrente da presença da comida foi chamada de “resposta
incondicionada”, visto que já aconteciam naturalmente em todos os cães. Instintivamente,
os cachorros já salivavam ao verem a comida. Em determinado momento, apenas o
disparar da sirene já era suficiente para os cães salivarem. Nesse caso, Pavlov chamou a
sirene de “estímulo condicionado” e a salivação tornou-se a “resposta condicionada”.
Ancoragem é um conceito que amplia o conceito de condicionamento clássico para
além das nossas reações fisiológicas. Ou seja, âncoras são estímulos condicionados que
fazem as pessoas terem respostas condicionadas das mais diversas: comportamentos,
emoções ou até mesmo pensamentos. Algumas ancoragens são compartilhadas
culturalmente, como o aperto de mão. Ao vermos a mão do sujeito, temos um
comportamento condicionado (apertamos a mão do sujeito).
Âncoras podem ser colocadas através do toque, som de voz, estalar de dedos,
movimentos das mãos, odores, gostos, posturas corporais, localização, voz, ambiente
físico, ou outros estímulos. Por exemplo, suponha que você esteja com saudades de seu
namorado (a). Nesse caso, várias âncoras foram colocadas, já que você se lembrará dele
(a) ao sentir algum perfume, ao ver uma foto dele, dentre vários outros estímulos
condicionados.
O “Despertar”
Como terminar a hipnose com segurança?
O objetivo é retirar todas as sugestões, deixando apenas a que queremos reforçar
e voltar o sujeito ao estado normal, com segurança. Devemos retirar as sugestões
“paralelas”, reforçar as âncoras que pretendemos deixar, conduzir ao estado normal de
forma progressiva.
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