Alcool e Drogas
Alcool e Drogas
Alcool e Drogas
DROGAS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
SÍNDROME DA DEPENDÊNCIA
Dependência USO NOCIVO
química
INTOXICAÇÃO
SÍNDROME DA ABSTINÊNCIA
Definição de dependência
química
Relação disfuncional entre um indivíduo e seu modo de consumir uma
determinada substância
◦ O consumo se mostra compulsivo
◦ Destinado a evitação dos sintomas de abstinência
Substancias com potencial de
abuso :
- Autoadministração repetida
- Geralmente resultam em tolerância
-Abstinência
-Comportamento compulsivo para o consumo
Conjunto de fenômenos cognitivos ,
comportamentais e fisiológicos
Dados
Epidemiológico
s
Cada vez mais, o
padrão de uso de
substâncias envolve o
uso de múltiplas
5% : drogas substâncias,
geralmente com
ilícitas. diferentes efeitos
farmacológicos.
DADOS
episódios depressivos e de
ansiedade abruptos;
Avaliação
❖Outra doença psiquiátrica;
Cronicamente
Uso indevido ◦ Desnutrição
de ◦ Predisposição a infecção
◦ Piora do sono e alimentação , piora da higiene
substâncias ◦ Causa direta e indireta de doenças psiquiátricas
psicoativas: ◦ abandono e perda de emprego
Danos ◦ Abandono familiar
Durante a Abstinência
◦ Complicações psiquiátricas e clínicas
◦ Suicídio e criminalidade
álcool
Aproximadamente 15 a 20% da população
adulta consome álcool de maneira arriscada
ou perigosa e, destes, aproximadamente um
ALCOOL terço progride para a dependência de álcool,
com a maioria das outras reduzindo seu
consumo para níveis de risco baixos aos 30
anos.
Síndrome de Dependência do Álcool
Prevalência no Brasil
- O etanol penetra a circulação sistêmica através do fígado, sendo distribuídos por todos
os compartimentos aquosos do organismo;
- 2 a 10% do álcool ingerido é excretado de forma inalterada pelo suor e urina, o restante
(90 – 98%) é metabolizado para acetaldeído;
METABOLISMO
O álcool é metabolizado por duas enzimas: álcool desidrogenase
(ADH) e aldeído desidrogenase. A ADH catalisa a conversão de álcool
em acetaldeído, que é um composto tóxico; a aldeído desidrogenase ca-
talisa a conversão de acetaldeído em ácido acético
Excreção
EXCREÇÃO
90 –98% URINA ELIMINADO APÓS A OXIDAÇÃO EM ÁGUA E GÁS
CARBÔNICO
2 –10%ELIMINADO IN NATURA RESPIRAÇÃO / SUOR
Mecanismo de Ação
Sistema gastrointestinal:
Sistema cardiovascular:
Pancreatite crônica,
Arritmias, Insuficiência
Esteatose
cardíaca, Miocardiopatia
hepática,Hepatite
alcoólica, Hipertensão
alcoólica,Hemorragia
arterial
digestiva, Cirrose
❖- Hidratação adequada
- Ambiente aquecido
- Restrição a estímulos visuais e auditivos
- Monitorização periódica de sinais vitais
Deve ser iniciado 12 horas após a última ingestão de álcool, podendo ser
prescrito inicialmente 500 mg/dia, por 1-2 semanas
Efeitos Centrais:
❖aumento o estado de alerta e a atenção
❖aumenta o desempenho psicomotor (sob condições de fadiga)
❖ reduz o prejuízo causado pelo estresse no desempenho mental
❖diminuição do apetite.
- 0 adesivo permite a absorção da nicotina através da pele; aproximadamente 0,9 mg de nicotina são absorvidos por hora.
- Deve ser aplicado logo pela manhã em qualquer região do corpo onde não existam pêlos. Deve-se orientar o paciente a variar os
locais de aplicação para evitar pruridos.
- Adesivos com 21, 14 ou 7 mg: 21 mg/dia (4 semanas), 14 mg (4 semanas) e 7 mg (2 semanas). Doses > 21 mg = fumantes com
maior dependência. Colar ao despertar, área coberta sem pelos (entre o pescoço e a cintura), no dia escolhido para deixar de
fumar, trocando a cada 24 h (ou retirando após 16 h de uso, à noite, ao deitar) e fazer rodízio entre os locais de aplicação.
Deve-se dar preferência às gomas de 4 mg nos pacientes com alto grau de dependência
química.
Dose média: de 8-12 gomas/dia, não ultrapassar 24 unidades. Não ingerir bebidas ou
alimentos 15 min antes ou durante o uso. Mascar até surgir sabor característico, em seguida
repousar entre a gengiva e a bochecha.Repetir as manobras durante 30 min.
Tratamento Farmacológico
BUPROPIONA
Mecanismo de ação • Atua no bloqueio da recaptação neuronal da dopamina, da
noradrenalina, e da serotonina de forma expressiva no núcleo accumbens.
Abstinênci Depressão:
◦ A depressão pode surgir durante a retirada do
a de BZD benzodiazepínico e pode levar à recidiva.
Delírio:
Confusão, delírios, alucinações em associação
com outros sintomas da abstinência.
Retiradas abruptas podem exigir transferência para uma
unidade de terapia intensiva.( Convulões )
Tratamento
- Administrar diazepam 10 mg por injeção IV lenta; repita
após 30 minutos, se necessário.
Como alternativa, o midazolam IV pode ser administrado
Considere outras causas potenciais de delirium ou
convulsões, principalmente abstinência de álcool, infecções.
Abstinênci Se houver alucinações, administre o haloperidol 2,5 a 5 mg
por via intramuscular ou oral. Repita a cada 4-6 h, se
a GRAVE necessário.
Como alternativa, o administrar olanzapina (5 a 10 mg por
via oral).
Terminada a fase aguda:
- Monitore os sintomas de abstinência e continue com o
diazepam por via oral, geralmente 40 a 80 mg por dia, em
três ou quatro doses divididas por 2 a 3 dias.
No Consultório
Informações e educação do paciente
O paciente deve chegar a um ponto de aceitação da necessidade de parar e desenvolver um
compromisso de parar
Gerenciamento da retirada dos benzodiazepínicos: a desintoxicação é o primeiro passo
Farmacoterapias: Substituição por um benzodiazepínico de ação prolongada preparação,
por exemplo diazepam para tratamento de abstinência (veja acima) –
Terapias psicológicas: um aspecto muito importante do tratamento, inclui aconselhamento,
TCC, psicoterapia, etc.
Tratamento de comorbidades médicas e psiquiátricas subjacentes
Apoio de e de familiares e amigos –
Grupos de apoio mútuo: AA, bolsas de 12 etapas, grupos anti-benzodiazepínicos, mudanças
ambientais: medidas simples, como aumento de exercícios, saída de casa, busca de outras
atividades relaxantes, como música, meditação ou ioga.
ÓPIO
OPIÓIDES
Os opióides ilícitos são a terceira forma mais comum de uso de drogas
ilícitas.
Globalmente, estima-se que os opióides ilícitos tenham sido utilizados
por cerca de 16 milhões de pessoas no início dos anos 2000.
Nos países de alta renda, as estimativas de dependência são
tipicamente inferiores a 1% dos adultos com 15 anos ou mais.
DEPENDÊNCIA DE OPIÓIDES
O termo opiáceo inclui as drogas derivadas da planta papoula , isto é, os
opioides naturais e semissintéticos extraídos dessa planta, incluindo
codeína e morfina.
A heroína é considerada um opiáceo semissintético derivado da morfina
(Papaver somniferum).
Receptores rô (r):
CLONIDINA:
◦ A associação de naltrexona e clonidina é uma opção de tratamento a ser
considerada . A dose habitual é de 0,6 a 2 mg, 4 a 5 vezes ao dia. O intervalo
máximo entre as administrações é de 6 horas. Em geral, são necessárias
doses altas (1,5 mg ao dia).
DROGAS
PSICOESTIMULANTES
COCAÍNA E
CRACK
Epidemiologia
Após a cannabis, os ATS são as drogas ilícitas mais usadas, tanto nos
países de alta como na baixa renda
.
Anfetaminas
INTOXICAÇÃ
O Diminuição do sono e do apetite
Sensação de energia
Diminuição da fadiga
Midrísase
Taquicardia
Classificados em 2 grupos:
a)fármacos que atuam sobre os
Alucinógenos receptores de 5-HT (LSD,
mescalina)
b)antagonistas nos receptores de
glutamato do tipo NMDA
(fenciclidina)
Subejtiva intensificação das percepções
Despersonalização
Desrealização
“ Má viagem”
Alucinações
Ilusões
Sinestesias
Alucinógeno Paranóia
s Flashbacks
Dilatação pupilar
Hiperreflexia
Hipertensão
Tremor
Piloereção
Taquicardia
Hipotermia
Alucinógenos Tratamento
❖Ambiente sem muito estímulo
Epidemiologi
a Uso da MACONHA na vida por regiões:
Norte 4,8
Nordeste 6,1
Centro-oeste 7,8
Sudeste 10,3
Sul 9,7
A maior parte do uso de cannabis é irregular, com pouquíssimos
usuários envolvidos no uso diário a longo prazo.
Nos EUA e na Austrália, acredita-se que cerca de 10% dos que usam
maconha se tornam usuários diários e outros 20 a 30% usam
semanalmente.
Farmacologia
Os canabinóides 2 grupos:
◦ Canabinóides psicoativos (Delta-8-THC, Delta-9-THC e o seu metabólito ativo:
11-hidróxi-Delta-9-THC)
◦ Não-psicoativos (canabidiol, canabinol);
Conseqüências Psiquiátricas
1. Psicose aguda restrita ao período de intoxicação
2. Intoxicação prolongada (“chapado”)
3. Eco-reações (flashbacks)
4. Quadros psicóticos
5. Psicose pós-abstinência
6. Declínio mental e mudanças de caráter (síndrome amotivacional)
Psicose Canábica
O surgimento dos sintomas poderia ser súbito ou gradual, com evolução
crônica ou episódica.
A maior prevalência masculina ocorreu em todas as faixas etárias com exceção daquela de 12
– 17 anos. A maior quantidade de entrevistados relatando uso na vida ocorreu na faixa etária
de 18 – 24 anos.
O número de dependentes foi de 0,23% dos entrevistados, sendo 0,27% entre os homens e
0,20% para as mulheres. Na faixa etária de 12 – 17 anos, a porcentagem atingiu 0,81%.
3 tipos de usuários:
1- jovens, que usam álcool, maconha ou inalantes para se intoxicarem algumas vezes em um
mês;
2- adultos dependentes de inalantes, que são sua droga de escolha;
3- jovens dependentes de múltiplas drogas, sendo os inalantes apenas uma dentre as muitas
drogas que usam.
Mecanismo de Ação
a) Alteração generalizada nas funções das membranas neuronais.
A dissolução de camadas lipídicas das membranas celulares e da mielina
justifica efeitos em longo prazo, com atrofia de regiões cerebrais e alteração
da transmissão nervosa na neuropatia periférica.
- Inalação (“sniffing”)
- Ingestão oral (para esconder a prova), em caso de aproximação policial.
- Chumaço de algodão ou trapo de pano embebido com a substância é encostado no nariz e
na boca e seus vapores são inspirados (“huffing”)
- Alguns usuários aquecem esses compostos para acelerar a vaporização.
- Substâncias colocadas em um saco plástico ou de papel (“bagging”), para aumentar a
concentração dos vapores.
- Inalados de suas embalagens, e os aerossóis podem ser levados diretamente à boca ou ao
nariz.
SíNDROME DE ABSTINÊNCIA
- Não foi bem documentada e parece não ser clinicamente significativa.
- Também não está claro qual a intensidade da exposição (duração e
dosagem) necessária para resultar em sintomas de abstinência.