Patrocinio Social
Patrocinio Social
Patrocinio Social
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
1.1 Contextualização................................................................................................................3
1.2 Objectivos..........................................................................................................................4
1.3 Metodologia.......................................................................................................................4
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................................................12
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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
Visto que, patrocinar consiste em dar uma contribuição (em dinheiro ou em serviços) com ou sem
contrapartidas publicitárias. O mais comum é as instituições ou empresas ajudarem
financeiramente um determinado projeto a troco de publicidade. Ou seja, na prática, a troco da
sua contribuição financeira, têm direito a que a sua marca seja publicitada. Esta prática acontece
muito, por exemplo, para ajudar às festas das paróquias ou ainda em eventos desportivos.
O trabalho, esta dividido em três capítulos onde: o primeiro capítulo introdução, objectivos e
métodos usado para trabalho. No segundo capítulo, Marco teórico, onde abordamos os assuntos
da ideia do patrocínio e seu significado social. E no terceiro capítulo, conclusão e a referência
bibliográfica.
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1.2 Objectivos
Conceitualizar o patrocínio;
Descrever o objecto do patrocínio;
Explicar o patrocínio social;
1.3 Metodologia
O trabalho foi desenvolvido mediante revisão bibliográfica por meio de pesquisa documental, em
que foram utilizados artigos académicos e periódicos que tratam do tema além de uma análise
pormenorizada de alguns dispositivos legais disponibilizados na internet. A revisão bibliográfica
consiste no levantamento e análises de dados já publicados sobre o problema definido no
trabalho, conforme lecciona (Marconi & Lakatos, 2009).
No mesmo sentido, (Marconi & Lakatos, 2009) considera que a “revisão é, sobretudo, um
percurso crítico que deve ter em mira a pergunta que se quer responder”. Assim, a revisão
bibliográfica consiste na revisão de obras escritas anteriormente e que tratam directamente sobre
o assunto explorado.
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Anteriormente o patrocínio foi descrito de forma leiga, para relatar as experiências vivenciadas,
mas é extremamente importante que se conceitue patrocínio a partir das definições de alguns
autores. Dessa forma é possível ter conhecimentos mais relevantes sobre o significado do objeto
deste estudo.
Baseado nestes conceitos, toda vez que for citado o termo patrocínio, se fará referência a ambos
os autores e suas respectivas definições.
No entanto, as empresas procuram cada vez mais associar-se a eventos e ações que reflitam
valores emocionais ligados às próprias marcas (valores com que as marcas se identifiquem e
pretendem transmitir aos seus consumidores), o que levou a um desvio dos patrocínios para a
área cultural e social, cujo objetivo principal não é a visibilidade, mas alcançar proximidade,
afinidade e envolvimento com os públicos-alvo (Cardoso, 2004).
Desta forma, as empresas procuram, através do patrocínio, aprofundar a sua relação com os
consumidores, construindo maiores índices de identificação das pessoas com as marcas e
fomentando uma política de proximidade e afinidade entre ambos. O reforço da imagem da marca
e a construção e fortalecimento da relação com os consumidores são, de acordo com a maioria
dos autores referenciados, os principais contributos do patrocínio para a organização
patrocinadora.
Embora a maioria das ações de patrocínio sejam direcionadas para os consumidores, estas
também podem servir como forma de interação entre marcas e instituições financeiras, governo,
sociedade ou com os próprios colaboradores (Cornwell, Weeks e Roy, 2005).
A evolução dos patrocínios pauta-se também por uma constante evolução dos objetivos
associados a este tipo de ações. Inicialmente, o principal objetivo das empresas ao investir nestas
ações era, sobretudo, o reforço da imagem corporativa e uma maior visibilidade e notoriedade
para a sua marca (Gardner e Shuman, 1987). Além disso, as empresas procuravam, através do
patrocínio, o aumento da exposição mediática (Meerabeau et. al, 1991; Scott e Suchard, 1992) e
também uma transferência e/ou apropriação da imagem positiva do evento para a sua imagem
(Ferrand e Pagès, 1996). Ao mesmo tempo, perspetivavam posicionar-se como empresas de
sucesso socialmente responsáveis que produziam e vendiam produtos de qualidade (Ferrand e
Pagès, 1996).
Apesar de existirem vários outros objetivos mencionados pela academia, a maioria dos autores
refere que o objetivo primordial da utilização dos patrocínios por parte das empresas é a procura
do retorno do investimento, mesmo que a longo prazo, e a sua contribuição para o aumento das
vendas (Gwinner e Bennett, 2008).
Actualmente sabe-se que uma das grandes preocupações das marcas ao realizar patrocínios passa
por querer estar onde os seus consumidores estão, criando desta forma, um canal aberto e direto
para comunicar e conseguir a atenção do seu público-alvo (Neves, 2015). Apesar de existirem
diferentes perspetivas na literatura, verifica-se que, na sua maioria, todas referem a questão de
incrementar a imagem da marca, procurar o reconhecimento e recordação da mesma, e a criação
de relações mais fortes com os consumidores (Gwinner, 1997; Grohs et al., 2004; Javalgi et al.,
2004; Roy e Cornwell, 2004).
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De acordo com Dailly (2010) os patrocínios com maior êxito são aqueles que possuem claros
objetivos de gestão e que são suscetíveis de serem medidos e avaliados, embora o patrocínio
considerado “perfeito” se centre numa estratégia de brand marketing, com a sua integração em
todas as atividades e com o englobamento de todas as audiências chave.
Uma vez que a presente investigação irá incidir sobre o patrocínio de eventos e em concreto de
um reconhecido festival de música, torna-se determinante a revisão dos conceitos de patrocínio
de eventos e event-marketing, pelo que serão apresentados no seguinte ponto.
O patrocínio pode ser aplicado de diferentes maneiras. Por isso mesmo, geralmente, um evento
recebe diversas formas de patrocínio, sendo tais patrocínios provenientes de uma ou mais
empresas investidoras.
Tal situação obrigou à definição de uma hierarquização dos tipos de patrocínio a fim de promover
o justo escalonamento dos créditos a serem atribuídos aos patrocinadores, ainda que algumas
vezes esta diferenciação seja imperceptível aos “olhos do público”.
Sendo assim, segundo Zan (2011, p.86) faz-se necessário apresentar a hierarquia dos créditos de
patrocínio segundo as formas de investimento aplicado pelo patrocinador.
Para que todo o processo de patrocínio aconteça como o combinado, sem arriscar mudanças
desagradáveis no caminho, é importante registrar a necessidade do uso de um contrato para a
regulamentação do acordo entre proponente e patrocinador. O contrato é um recurso que
estabelece, através da lei, as obrigações que foram previamente tratadas.
Uma boa maneira de se diferenciar da concorrência, pode ser patrocinando causas sociais. Com
esse tipo de patrocínio, é possível agregar novos valores à marca, conquistando o consumidor. Se
o patrocínio cultural consegue a simpatia do público através dos gostos pela arte, o patrocínio
social atrai pelo valor agregado à marca. Isso porque a empresa é vista como quem pratica o bem,
que ajuda pessoas ou entidades que precisam e por isso é vista com “bons olhos” pela sociedade.
Nesse contexto, Kotler (2000) descreve o marketing social como um conjunto de atividades que
tem como objetivo aumentar a aceitação de uma ideia ou uma prática social, como neste caso.
Isso também nos faz pensar que precisa existir uma aliança para que esta ação aconteça. A
parceria é feita entre uma empresa e uma entidade e o benefício da ação deve agradar ambas as
partes.
Com o patrocínio social sendo aderido por várias marcas, é possível que mais empresas comecem
a patrocinar ações sociais. Já diz Neto (2003), que o maior benefício para a empresa é o
reconhecimento e a credibilidade. Ele diz ainda, que todos admiram uma empresa que exerce sua
responsabilidade social.
É o momento da empresa-cidadã, comprometendo-se não mais apenas com o lucro, mas também
com o lucro social, ou saldo positivo em termos de benefícios sociais em geral que a empresa
obtém ao final de cada exercício social, responsabilidade social e preocupação com o meio
ambiente. (NETO, 2002, p. 96).
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Com o fim do trabalho cheguei a conclusão que participação financeira das indústrias, fábricas e
empresas de toda ordem é extremamente benéfica para toda a sociedade quando falamos de
patrocínio projetos sociais. Pois, através das leis de incentivos fiscais, às pessoas jurídicas podem
aplicar diretamente nos projetos que acreditam.
O patrocinador, também conhecido como sponsor, é o principal responsável por viabilizar todo o
projeto, nas mais diferentes etapas. Pode ser tanto uma pessoa como uma empresa, entidade ou
organização que acreditará no potencial da sua ideia e irá financiá-la. Portanto, trata-se de alguém
que investirá no projeto em troca de alguns benefícios.
Patrocinar alguma ação ou pessoa é uma relação de troca, um investimento, pois o patrocinador
terá sempre algum retorno. De um modo geral, este retorno vem através de publicidade e
marketing, valendo-se da utilização da imagem e do nome de quem está sob o seu patrocínio. Por
outro lado, o beneficiário recebe valores monetários para colocar as suas ideias em prática.
Em sumo, o patrocínio também pode ser desinteressado (isto é, sem ter segundas intenções nem
esperar nada em troca): nesse caso, trata-se de mecenato. Um empresário pode patrocinar uma
campanha ecologista por considerar que é correto ajudar à preservação do meio ambiente.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Bennett, G. (1999) Sports sponsorship, spectator recall and false consensus. European Journal of
Marketing, 33 (3/4), pp. 291-313.
Cardoso, J. (2004) Como Gerir patrocínios com sucesso para promotores de projectos e eventos.
1ª edição. Lisboa: Edições Sílabo, Lda.
Cornwell, T., Donald, R. e Steinard II, E. (2001). Exploring Managers' Perceptions of the Impact
of Sponsorship on Brand Equity. Journal of Advertising, 30 (2), pp. 41-51.
Cornwell, T., Weeks, C. e Roy, D. (2005). Sponsorship-Linked Marketing: Opening the Black
Box. Journal of Advertising, 34 (2), pp. 21-42.
Dailly, J. (2010) The value lies in the brand, Sponsorship – Brand Value, ADMAP, Abril 2010.
Ferrand, A.e Pagès, M. (1996) Image Sponsoring: A Methodology to Match Event and Sponsor.
Journal of Sport Management, 10, pp. 278-91
GIL, A. (2002). Como elaborar projectos de pesquisa (4ª ed.). São Paulo: Atlas S.A.
Gwinner, K. e Bennett, G. (2008) The impact of brand cohesiveness and sport identification on
brand fit in a sponsorship context. Journal of Sport Management, 22 (4), pp. 410-26.
Marconi, M. A., & Lakatos, E. M. (2009). Metodologia de Trabalho Científico (7ª ed.). São
Paulo: Editora Atlas.
Ruth, J., e Simonin, B. (2003) Brought to you by brand a and brand B: Investigating multiple
sponsors influence on consumers attitudes toward sponsored events. Journal of Advertising, 32,
pp. 19-30.