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Material 2 Eleitoral

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Princípio da Soberania Popular

? Constituição Federal: todo o poder emana do povo, que o exerce pelo


sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos.

? A concepção de soberania popular estabelece que o povo é a base do


poder, e a igualdade dos cidadãos é a essência do processo democrático.

? O exercício da soberania é a forma como o cidadão interfere na condução


da coisa pública, diretamente ou por intermédio de seus representantes.
Direito Eleitoral
Princípios Norteadores ? É exercida pelo voto, livre, direto, secreto, personalíssimo e pela
participação em plebiscito, referendo e iniciativa popular, dentre outros

Princípio do Sufrágio Universal Princípio do Voto Direto

? O sufrágio universal: ? O voto direto é a maneira mais efetiva de o cidadão participar da


condução da coisa pública.
? 1. direito de votar e ser votado; é o direito em abstrato, que é
materializado por meio do voto,
? Muitos não se lembram, mas no período do governo militar pós-1964 tivemos
voto indireto para presidente da República, governadores e um terço dos
? 2. universal: não existem impedimentos em razão de raça, sexo, Senadores. Para prefeitos de capitais sequer se votava, pois eles eram
escolhidos pelos governadores, sem eleição.
cor, grau de instrução, condição social ou econômica. (idade:
sim)
? A Constituição Federal de 1988, estabeleceu hipóteses em que o princípio
? Trata-se, pois, de um direito protegido pela cláusula pétrea, do voto direto é mitigado. (art. 81, § 1º, CF/1988)
conforme se observa no art. 60,§ 4o, II,CF:
? ATENÇÃO: obrigatoriedade do voto não é cláusula pétrea; ? ATENÇÃO: no Brasil, não existe voto por procuração.
?
Princípio do Voto Secreto Princípio da Liberdade Partidária:

? Representa não só a segurança do eleitor, como a primeira e mais ? Constituição de 1988, artigo 17: liberdade de criação, fusão, incorporação e
importante condição para uma democracia representativa. extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime
democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa
humana.
? Sua materialização ocorre por meio da cédula única de votação e do voto
eletrônico. (art. 61 Lei das Eleições)
? Voltaremos a esses preceitos quando tratarmos dos partidos políticos.

? Quando se afirma que o voto, com essas características, é condição de


legitimidade da democracia, deve-se entender a afirmação como a
defesa do princípio da igualdade entre os eleitores, que determina,
principalmente, a igualdade da informação eleitoral, a igualdade de
acesso aos locais de votação e a proteção contra influências do poder
econômico e político.
? https://www.justicaeleitoral.jus.br/urna-eletronica/
? https://dadosabertos.tse.jus.br/

Princípio da Lisura das Eleições Princípio do aproveitamento do voto

? A legislação eleitoral tem como objetivo garantir a normalidade e a ? Como o direito eleitoral tem o objetivo de preservar a vontade do eleitor, ou
legitimidade do poder de sufrágio popular. Nessa linha, surge o princípio da seja, assegurar o pleno exercício da vontade política manifestada no voto,
lisura das eleições, cuja determinação tem como finalidade a regularidade não pode haver a pronúncia de nulidade sem que haja mácula ou prejuízo
da eleição. a essa vontade.
? Art. 23 LC n. 64/90 - juiz pode produzir provas de ofício.
? Art. 219 do Código Eleitoral. (“in dubio pro voto”).
? exceção: Súmula 18 TSE: “Súmula 18 TSE - Conquanto investido de poder de
polícia, não tem legitimidade o juiz eleitoral para, de ofício, instaurar Exemplo. Voto de legenda (art. 176 CE e arts. 59 p. segundo e 60 da Lei das
procedimento com a finalidade de impor multa pela veiculação de Eleições.
propaganda eleitoral em desacordo com a Lei no 9.504/97.
Art. 224: Manifestação apolítica voluntária.

ATENÇÃO!! NÃO É NULA a votação/eleição quando a maioria dos eleitores


opta pelo voto nulo!
Princípio da Celeridade: Princípio da Anualidade Eleitoral:

? O processo eleitoral prossegue em um curto espaço de tempo. Do prazo ? Art. 16, CF/1988: A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na
final para o registro de candidatos (até às 19h do dia 15 de agosto do ano data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um
da eleição – art. 11 da Lei no 9.504/97) até a diplomação dos eleitos ano da data de sua vigência.
configuram menos de 6 (seis)meses. ? Visa proteger as regras do jogo (igualdade e segurança jurídica).
considerado cláusula pétrea pelo STF, no julgamento da ADI 3.685,
? CF - art. 5o, LXXVIII, art. 97-A na Lei das Eleições: duração razoável do
processo: 1 ano ? ATENÇÃO: VIGÊNCIA X APLICABILIDADE;

? ATENÇÃO 2: o STF se posicionou no sentido de se aplicar o princípio da


anualidade às DECISÕES do TSE que implicassem mudança no processo
eleitoral (STF - RE 637485, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, j.
01/08/2012). TSE acompanhou tal entendimento.

? RESOLUÇÕES devem obedecer esse princípio?? (art. 105 Lei das Eleições).

Princípio da Anualidade Eleitoral: Princípio da Anualidade Eleitoral:

? Alterar o processo eleitoral… ? Concurso de Promotor de Justiça do MPE-GO de 2013:


? Tudo aquilo que provocar:
? o rompimento da igualdade de participação dos partidos políticos e dos ? “Na interpretação do texto do art. 16 da Constituição da República, a
respectivos candidatos no processo eleitoral; locução "processo eleitoral" aponta para a realidade que se pretende
? a criação de deformação que afete a normalidade das eleições; proteger, pelo princípio da anterioridade eleitoral, de deformações oriundas
de modificações que, casuisticamente introduzidas pelo Parlamento,
? a introdução de fator de perturbação do pleito; ou culminem por romper a necessária igualdade de chances dos
? a promoção de alteração motivada por propósito casuístico. protagonistas-partidos políticos e candidatos-no pleito iminente.”
? Decisões jurisprudenciais a respeito do tema, por exemplo: ADI 354 no STF (relativo ao
procedimento de apuração de votos); ADI 4307 no STF (alteração dos limites
máximos das câmaras municipais); RE 633703 com repercussão geral (Lei da
FichaLimpa),dentre outras.
?
PRINCÍPIO DA MORALIDADE ELEITORAL, PROBIDADE OU PRINCÍPIO DA MORALIDADE ELEITORAL, PROBIDADE OU
NORMALIDADE DAS ELEIÇÕES NORMALIDADE DAS ELEIÇÕES
Trecho do voto-vista do ministro Carlos Ayres Britto no Recurso Ordinário (RO) 1069 interposto por Eurico Miranda…
? O princípio da moralidade eleitoral se apresenta de modo expresso no § 9
do art. 14 da CF; 24. O mesmo raciocínio é de se aplicar, em tema de perda ou suspensão dos próprios direitos
? Presunção de inocência: art. 5º LVII CF X análise da vida pregressa/indignos políticos, à exigência constitucional de trânsito em julgado de condenação criminal (inciso III do
ou imorais para concorrer as eleições. (RO 1069 TRE/RJ (Eurico Miranda); art. 15 da CF). É que esse trânsito em julgado somente foi exigido na lógica pressuposição de
estar o candidato a responder por um ou outro processo penal. Por uma ou outra situação de
eventual percalço jurisdicional-penal, de que ninguém em sociedade está livre. Jamais pretendeu
A moralidade, a probidade e a normalidade ou legitimidade das eleições são a Lei das Leis imunizar ou blindar candidatos sob contínua e numerosa persecutio criminis, como
valores caros à democracia. é o caso dos autos. Pois isto equivaleria a fazer do seu tão criterioso sistema de comandos um
castelo de areia. Um dar com uma das mãos e tomar com a outra, para evocar a sempre referida
metáfora de Ruy Barbosa sobre como não se deve interpretar os enunciados jurídico-positivos, a
Nesse diapasão, a Lc no 135/2010 (Lei da Ficha Limpa) alterou a Lc no 64/90
partir da Constituição mesma. RECURSO ORDINÁRIO No 1.069 - RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO
(Lei das Inelegibilidades) e trouxe como possibilidade a imputação de Relator: Ministro CARLOS AYRES BRITTO
inelegibilidade a pessoas condenadas, sem trânsito em julgado, desde que tais
condenações sejam proferidas por órgão colegiado do Poder Judiciário.

Princípio da Vedação da Restrição de Direitos Políticos ou da


Atipicidade Eleitoral ou da Estrita Legalidade Eleitoral:
? No Direito Eleitoral brasileiro, onde não se estiver restringindo direitos
políticos, não cabe ao intérprete fazê-lo;

? Corresponde ao princípio do in dubio pro reo do Direito Processual Penal;

? Poderíamos chamar de in dubio pro eleitor ou in dubio pro candidato,

? Significa, linhas gerais, que em caso de dúvida, o Poder Judiciário Eleitoral


deve sempre priorizar a não restrição de direitos políticos;

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