Direito Eleitoral - Ponto 1
Direito Eleitoral - Ponto 1
Direito Eleitoral - Ponto 1
MATERIAL DE APOIO 2
(Ponto 1)
SUMÁRIO
1. DOUTRINA (RESUMO)................................................................................................... 6
2. JURISPRUDÊNCIA ........................................................................................................ 23
3. QUESTÕES ................................................................................................................... 26
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4. GABARITO COMENTADO ............................................................................................ 30
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA RODADA
(Conforme Edital Mege)
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DIREITO ELEITORAL (conteúdo atualizado em 21-07-2023)
APRESENTAÇÃO
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1. DOUTRINA (RESUMO)
1.1. CONCEITO
ATENÇÃO! Observe que o voto direto, secreto, universal e periódico é cláusula pétrea,
mas o voto obrigatório não! Assim, o direito a voto poderia se tornar facultativo para
todos os cidadãos, desde que houvesse uma Ec modificando o art. 14, § 1º, da CF.
Como regra geral, ainda, o voto é direto, ou seja, aquele exercido sem a
necessidade de intermediação. Contudo, a própria CF o excepciona, atribuindo a
possibilidade de votação indireta no caso de vacância nos últimos 2 (dois) anos do
período presidencial (art. 81, § 1º, CF).
Importante deixar claro que, quando uma norma originária da CF, como é o
caso do § 1º do art. 81 supracitado, excepciona uma cláusula pétrea, não há conflito
algum entre as normas, uma vez que ambas foram inseridas pelo próprio poder
constituinte originário (ilimitado juridicamente).
No que se refere ao caráter secreto do voto, tem-se que o sigilo do voto
garante o prevalecimento da vontade soberana, expressa pelos eleitores nas urnas, e a
legitimidade do poder do sufrágio popular. De igual modo, protege o eleitor contra
abusos do poder político e evita, inclusive, a distorção da vontade democrática.
O Código Eleitoral disciplina as providências a serem tomadas para assegurar
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o sigilo do voto. Transcreve-se:
Impende destacar que a urna eletrônica garante o sigilo dos votos, nos termos
do art. 61 da Lei nº 9.504/97 (Lei das Eleições):
Art. 61. A urna eletrônica contabilizará cada voto, assegurando-
lhe o sigilo e inviolabilidade, garantida aos partidos políticos,
coligações e candidatos ampla fiscalização.
Por último, segundo a CF/88, o voto é periódico. Com isso, há uma renovação
no processo de escolha dos representantes do povo, reforçando a democracia.
Nos cargos do Poder Executivo, a CF/88 restringe a apenas uma única
reeleição em período subsequente (art. 14, § 5º), não podendo o candidato ser
reeleito sucessivas vezes.
A esses mandatos atribuídos à representação política, a doutrina, ao longo do
tempo, vem apontando diversas espécies, como forma de especificar os limites da
transferência do exercício do poder. Aponta-se três delas a seguir:
ATENÇÃO! O mandato partidário não se aplica aos cargos eleitos pelo sistema
majoritário, sob pena de violação da soberania popular e das escolhas feitas pelo
eleitor. (STF - ADI nº 5.081/DF, rel. Min. Roberto Barroso, julgada em 27.5.2015)
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OBSERVAÇÃO: macete – a palavra plebiscito vem antes da palavra referendo no
alfabeto (a letra inicial “p” vem antes da letra “r”). Desse modo, lembre-se de que o
Plebiscito é Anterior ao ato, e o Referendo é Posterior ao ato.
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ATENÇÃO! Esse art. 18, § 3º, da CF, refere-se aos casos em que os Estados podem
incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros,
ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da
população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso
Nacional, por lei complementar.
O STF, em 24.08.2011, no julgamento da ADI 2650, decidiu que o plebiscito para o
desmembramento de um estado-membro deve envolver não somente a população
da área a ser desmembrada, mas a de todo o estado-membro.
Conforme a Suprema Corte: “O desmembramento dos entes federativos, além de
reduzir seu espaço territorial e sua população, pode resultar, ainda, na cisão da
unidade sociocultural, econômica e financeira do Estado, razão pela qual a vontade
da população do território remanescente não deve ser desconsiderada”. Esse
entendimento também vale para o caso de desmembramento de Municípios
previsto no § 4º do art. 18 da CF.
Impende destacar que esse projeto de lei de iniciativa popular não poderá ser
rejeitado por vício de forma e, nesse caso, a própria Câmara deverá providenciar a
correção de eventuais impropriedades de técnica legislativa ou de redação (§ 2º, art.
13, Lei nº 9.709/98).
A título exemplificativo, é de se destacar que a Lei da Ficha Limpa (Lc nº
135/2010) se originou de iniciativa popular.
O art. 176 do CE e os arts. 59, § 2º, e 60, ambos da Lei das Eleições, assim
determinam:
ATENÇÃO! NÃO É NULA a votação/eleição quando a maioria dos eleitores opta pelo
voto nulo!
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1.5.4. PRINCÍPIO DA CELERIDADE
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2. JURISPRUDÊNCIA
SÚMULAS DO TSE
SÚMULAS DO STF
JULGADOS DO STF
- As decisões do Tribunal Superior Eleitoral que, no curso do pleito eleitoral (ou logo
após o seu encerramento), impliquem mudança de jurisprudência (e dessa forma
repercutam sobre a segurança jurídica), não têm aplicabilidade imediata ao caso
concreto e somente terão eficácia sobre outros casos no pleito eleitoral posterior.
(STF - RE 637485, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, j. 01/08/2012)
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3. QUESTÕES
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4. GABARITO COMENTADO
1. E
O plebiscito e o referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre
matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou
administrativa (art. 2º, Lei nº 9.709/98).
Só que, no plebiscito, o povo é convocado, com anterioridade, a aprovar ou denegar o
ato legislativo ou administrativo (art. 2º, § 1º, Lei nº 9.709/98), isto é, primeiro se
consulta o povo, para, posteriormente, a decisão política ser tomada. Já, no referendo,
o povo é convocado, com posterioridade, a ratificar ou rejeitar o ato legislativo ou
administrativo (art. 2º, § 2º, Lei nº 9.709/98).
Impende destacar o disposto no art. 3º da Lei nº 9.709/98, que dispõe acerca de
consulta popular nas questões de relevância nacional e na hipótese de incorporação,
subordinação ou desmembramento de estado-membro, com ou sem anexação a
outro estado-membro (art. 18, § 3º, CF):
Art. 3o Nas questões de relevância nacional, de competência do Poder Legislativo ou
do Poder Executivo, e no caso do § 3o do art. 18 da Constituição Federal, o plebiscito e
o referendo são convocados mediante decreto legislativo, por proposta de um terço,
no mínimo, dos membros que compõem qualquer das Casas do Congresso Nacional,
de conformidade com esta Lei.
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2. D
Alternativa I – CORRETA
Alternativa II – ERRADA
CF. Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico,
espacial e do trabalho;
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre
questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
Alternativa III – ERRADA
CF. Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso
Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
Alternativa IV – CORRETA
CF. Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
3. B
ITEM I - FALSO
Não tem eficácia absoluta. Se a alteração romper a igualdade de participação no
processo eleitoral, aplica-se o princípio da anualidade. Por outro lado, se tratar de
normas meramente instrumentais, que não interfiram no equilíbrio das eleições, não
são abrangidas pelo princípio em epígrafe.
ITEM II - VERDADEIRO
Tal princípio visa proteger as “regras do jogo”, ou seja, evita que as normas referentes
ao processo eleitoral não sejam modificadas perto da disputa eleitoral e, com isso,
preserva tanto a igualdade de participação no pleito quanto a própria segurança
jurídica.
4. C
Letra A – ERRADA
Não se aplica o princípio da anualidade às Resoluções do TSE.
Letra B – ERRADA
A alternativa dispõe “não se aplicando à eleição que ocorra no exercício seguinte à sua
publicação”, quando deveria ser “não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da
data de sua vigência” (art. 16, CF).
Letra C – CORRETA
Art. 16 da CF. 31
Letra D – ERRADA
Nem à Resolução do TSE se aplica o princípio da anualidade, nem se refere ao
“exercício seguinte”. Trata-se de alternativa que junta o erro da letra “a” com o erro da
letra “b”.
5. C
LETRA A – Incorreta
Lei nº 9.709/98
Art. 2o Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere
sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou
administrativa.
§ 1o O plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrativo,
cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido.
LETRA B – Incorreta
Lei nº 9.709/98
Art. 2o Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere
sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou
administrativa.
§ 2o O referendo é convocado com posterioridade a ato legislativo ou administrativo,
cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição.
LETRA C – Correta
Lei nº 9.709/98
Art. 4o A incorporação de Estados entre si, subdivisão ou desmembramento para se
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, dependem da
aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito realizado na
mesma data e horário em cada um dos Estados, e do Congresso Nacional, por lei
complementar, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas.
§ 1o Proclamado o resultado da consulta plebiscitária, sendo favorável à alteração
territorial prevista no caput, o projeto de lei complementar respectivo será proposto
perante qualquer das Casas do Congresso Nacional.
§ 2o À Casa perante a qual tenha sido apresentado o projeto de lei complementar
referido no parágrafo anterior compete proceder à audiência das respectivas
Assembléias Legislativas.
§ 3o Na oportunidade prevista no parágrafo anterior, as respectivas Assembléias
Legislativas opinarão, sem caráter vinculativo, sobre a matéria, e fornecerão ao
Congresso Nacional os detalhamentos técnicos concernentes aos aspectos
administrativos, financeiros, sociais e econômicos da área geopolítica afetada.
§ 4o O Congresso Nacional, ao aprovar a lei complementar, tomará em conta as
informações técnicas a que se refere o parágrafo anterior. 32
LETRA D – Incorreta
Lei nº 9.709/98
Art. 3o Nas questões de relevância nacional, de competência do Poder Legislativo ou
do Poder Executivo, e no caso do § 3o do art. 18 da Constituição Federal, o plebiscito e
o referendo são convocados mediante decreto legislativo, por proposta de um terço,
no mínimo, dos membros que compõem qualquer das Casas do Congresso Nacional,
de conformidade com esta Lei.
6. D
LEI Nº 9.709/1998 (REGULAMENTA A EXECUÇÃO DO DISPOSTO NOS INCISOS I, II E III
DO ART. 14 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL)
ARTIGO 8º Aprovado o ato convocatório, o Presidente do Congresso Nacional dará
ciência à Justiça Eleitoral, a quem incumbirá, nos limites de sua circunscrição:
I – fixar a data da consulta popular;
II – tornar pública a cédula respectiva;
III – expedir instruções para a realização do plebiscito ou referendo;
IV – assegurar a gratuidade nos meio de comunicação de massa concessionários de
serviço público, aos partidos políticos e às frentes suprapartidárias organizadas pela
sociedade civil em torno da matéria em questão, para a divulgação de seus postulados
referentes ao tema sob consulta.
7. A
LEI Nº 9.709/1998 (REGULAMENTA A EXECUÇÃO DO DISPOSTO NOS INCISOS I, II E III
DO ART. 14 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL)
ITEM I - CORRETO
ARTIGO 9º Convocado o plebiscito, o projeto legislativo ou medida administrativa não
efetivada, cujas matérias constituam objeto da consulta popular, terá sustada sua
tramitação, até que o resultado das urnas seja proclamado.
ITEM II - INCORRETO
ARTIGO 10. O plebiscito ou referendo, convocado nos termos da presente Lei, será
considerado aprovado ou rejeitado por maioria simples, de acordo com o resultado
homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
ITEM III - INCORRETO
ARTIGO 8º Aprovado o ato convocatório, o Presidente do Congresso Nacional dará
ciência à Justiça Eleitoral, a quem incumbirá, nos limites de sua circunscrição:
I – fixar a data da consulta popular;
II – tornar pública a cédula respectiva;
III – expedir instruções para a realização do plebiscito ou referendo;
IV – assegurar a gratuidade nos meio de comunicação de massa concessionários de
serviço público, aos partidos políticos e às frentes suprapartidárias organizadas pela
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sociedade civil em torno da matéria em questão, para a divulgação de seus postulados
referentes ao tema sob consulta.
IV - CORRETO
ARTIGO 13. A iniciativa popular consiste na apresentação de projeto de lei à Câmara
dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional,
distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento
dos eleitores de cada um deles.
§ 2º O projeto de lei de iniciativa popular não poderá ser rejeitado por vício de forma,
cabendo à Câmara dos Deputados, por seu órgão competente, providenciar a correção
de eventuais impropriedades de técnica legislativa ou de redação.
8. C
(A) INCORRETA.
TSE: “[...] 3. A Corte Regional Eleitoral deferiu os registros de candidatura de prefeito e
vice-prefeito, sob os fundamentos de que teria havido preclusão da matéria atinente à
suposta irregularidade do DRAP da coligação e de que não foram comprovadas as
inelegibilidades do art. 1º, II, i e l, da LC 64/90. 4. O entendimento adotado pela Corte
de origem encontra respaldo na orientação firmada pelo TSE, no sentido de que ‘a
matéria atinente à validade de convenção partidária deve ser discutida nos autos do
Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP), e não no registro de
candidatura individual’ [...]. 5. O instituto da preclusão tem por objetivo preservar a
ordem pública e a segurança jurídica, ainda com mais relevo nesta Justiça
especializada, diante da necessária celeridade que o processo eleitoral reclama. [...]”
(Ac. de 27.11.2018 no AgR-REspe nº 19840, rel. Min. Admar Gonzaga.)
(B) INCORRETA.
TSE: “[...] Propaganda irregular. Derramamento de santinhos. Véspera do pleito.
Configuração. Multa. Responsabilidade solidária. Candidato. Coligação. Arts. 241 do
código eleitoral e 6º, § 1º, da lei 9.504/97. [...] 1. No decisum monocrático, de relatoria
do e. Ministro Jorge Mussi, manteve–se acórdão unânime do TRE/GO no sentido de se
aplicar multa, de forma solidária, a candidato e à coligação agravante em virtude do
derramamento de grande quantidade de santinhos em vias públicas próximas a locais
de votação na véspera do pleito de 2018 (art. 14, § 7º, da Res.–TSE 23.551/2017). 2. A
Corte a quo, ao examinar a responsabilidade pela prática do ilícito, asseverou que as
circunstâncias fáticas não deixam dúvida de que ‘os representados tiveram
conhecimento do fato e se beneficiaram da conduta irregular’. Concluir de modo
diverso esbarraria no óbice da Súmula 24/TSE. 3. Nos termos da jurisprudência desta
Corte, a regra do art. 241 do Código Eleitoral, que prevê de modo expresso a
responsabilidade solidária das agremiações pelos excessos cometidos por seus
candidatos concernentes à propaganda eleitoral, se aplica às coligações, pois lhes
são atribuídas as prerrogativas e obrigações de partido político, no curso do processo
eleitoral, conforme disposto no § 1º do art. 6º da Lei 9.504/97. [...]”
(Ac. de 19.5.2020 no AgR-REspe nº 060340340, rel. Min. Luis Felipe Salomão.)
(C) CORRETA. 34
TSE: “[...] 3. O instituto da desincompatibilização de cargos públicos disciplinado na LC
nº 64/90 encontra supedâneo na preservação da isonomia entre os candidatos na
disputa das eleições com vistas a ‘evitar o quanto possível que candidatos ocupantes
de cargos públicos coloquem–nos a serviço de suas candidaturas, comprometendo não
só os desígnios da Administração Pública, no que concerne aos serviços que devem ser
prestados com eficiência à população, como também o equilíbrio e a legitimidade das
eleições’ [...]. 4. A ratio essendi da incompatibilidade em apreço “reside na tentativa
de coibir – ou, ao menos, amainar – que os pretensos candidatos valham–se da
máquina administrativa em benefício próprio, circunstância que, simultaneamente,
macularia os princípios fundamentais reitores da Administração Pública, vulneraria a
igualdade de chances entre os players da competição eleitoral e amesquinharia a
higidez e a lisura das eleições’ [...].”
(Ac. de 11.2.2021 no REspEl nº 060010505, rel. Min. Tarcisio Vieira de Carvalho Neto.)
TSE: “[...] Ação de impugnação de mandato eletivo (AIME). Ação de investigação
judicial eleitoral (AIJE). [...] Prefeito e vice. Captação ilícita de sufrágio. Entrega
imediata de dinheiro e promessa de pagamento ulterior de dinheiro. [...] 19. A
corrupção eleitoral, que veicula causa petendi de ação de impugnação de mandato
eletivo, resta configurada sempre que as circunstâncias concretas do reconhecimento
da prática de captação ilícita de sufrágio, ex vi do art. 14-A da Lei das Eleições,
evidenciarem gravidade suficiente para amesquinhar a principiologia reitora do
processo eleitoral (legitimidade e normalidade das eleições e lisura do prélio),
independentemente da diferença de votos entre o primeiro e o segundo colocado. 20.
O fato de as condutas supostamente abusivas ostentarem potencial para influir no
resultado do pleito é relevante, mas não essencial. Há um elemento substantivo de
análise que não pode ser negligenciado: o grau de comprometimento aos bens
jurídicos tutelados pela norma eleitoral causado por essas ilicitudes, circunstância
revelada, in concrecto, pela magnitude e pela gravidade dos atos praticados. [...]”
(Ac. de 22.11.2016 no REspe nº 154666, rel. Min. Luiz Fux.)
(D) INCORRETA.
CF
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os
direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
Regulamento
(...)
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo
estrangeiros ou de subordinação a estes;
Lei 9.096/95
Art. 31. É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou
pretexto, contribuição ou auxílio pecuniário ou estimável em dinheiro, inclusive
através de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
I – entidade ou governo estrangeiros.
(E) INCORRETA. 35
Tais nulidades devem ser arguidas no momento da votação, sob pena de preclusão.
TSE: “[...] Cédula eleitoral. Nome de candidato em desacordo com o indicado por
ocasião do registro. Ausência de impugnação perante a mesa receptora de votos.
Ocorrência de preclusão. [...]”
(Ac. nº 14.960, de 25.3.97, rel. Min. Eduardo Alckmin.)
TSE: “[...] Eleitora que votou com o título eleitoral da mãe. Votação anulável (art. 221,
III, c, CE). Preclusão. Falta de prequestionamento. A impugnação relativa à identidade
do eleitor deve ser feita no momento da votação, sob pena de preclusão. Tema de
natureza infraconstitucional. Precedente. [...]”
(Ac. de 6.3.2007 no AgRgREspe nº 25.556, rel. Min. Gerardo Grossi.)
TSE: “Votação. Nulidade. Fiscalização. Cerceamento durante a apuração. Preclusão.
Indefere-se pedido de anulação de votação, em razão de cerceamento da fiscalização
partidária, durante a apuração, a falta de impugnação oportuna. [...]”
(Ac. nº 10.916, de 28.9.89, rel. Min. Miguel Ferrante.)