Ecologia e Gestao Ambiental PDF
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Índice
1.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 4
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1. INTRODUÇÃO
Durante muito tempo desconhecida do grande público e relegada a segundo plano por
muitos cientistas, a ecologia passou a ter destaque já no século XX como um dos mais
populares aspectos da biologia. Isto porque tornou-se evidente que a maioria dos
problemas que o homem vem enfrentando, como crescimento populacional, poluição
ambiental, fome e todos os problemas sociológicos e políticos atuais, são em grande
parte ecológicos.
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2. BREVE HISTÓRICO DA ECOLOGIA COMO CIÊNCIA
Ecologia é uma ciência (ramo da Biologia) que estuda os seres vivos e suas interações
com o meio ambiente onde vivem. É uma palavra que deriva do grego, onde “oikos”
significa casa e “logos” significa estudo. Esta palavra foi criada no ano de 1866 pelo
biólogo e naturalista alemão Ernst Heinrich Haeckel (PINTO, 2007).
Através das informações geradas pelos estudos da Ecologia, o homem pode planeiar
acções que evitem a destruição da natureza, possibilitando um futuro melhor para a
humanidade.(KORMONDY, 2009)
A ecologia não tem um início muito bem delineado. Encontra seus primeiros
antecedentes na história natural dos gregos, particularmente em um discípulo de
Aristóteles, Teofrasto, que foi o primeiro a descrever as relações dos organismos entre
si e com o meio. As bases posteriores para a ecologia moderna foram lançadas nos
primeiros trabalhos dos fisiologistas sobre plantas e animais. O aumento do interesse
pela dinâmica das populações recebeu impulso especial no início do século XIX e
depois que Thomas Malthus chamou atenção para o conflito entre as populações em
expansão e a capacidade da Terra de fornecer alimento. Raymond Pearl (1920), A. J.
Lotka (1925), e Vito Volterra (1926) desenvolveram as bases matemáticas para o estudo
das populações, o que levou a experiências sobre a interacção de predadores e presas, as
relações competitivas entre espécies e o controle populacional. O estudo da influência
do comportamento sobre as populações foi incentivado pelo reconhecimento, em 1920,
da territorialidade dos pássaros. Os conceitos de comportamento instintivo e agressivo
foram lançados por Konrad Lorenz e Nikolaas Tinbergen, enquanto V. C. Wynne-
Edwards estudava o papel do comportamento social no controle das populações.
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No início e em meados do século XX, dois grupos de botânicos, um na Europa e outro
nos Estados Unidos, estudaram comunidades vegetais de dois diferentes pontos de vista.
Os botânicos europeus se preocuparam em estudar a composição, a estrutura e a
distribuição das comunidades vegetais, enquanto os americanos estudaram o
desenvolvimento dessas comunidades, ou sua sucessão. As ecologias animais e vegetal
se desenvolveram separadamente até que os biólogos americanos deram ênfase à inter-
relação de comunidades vegetais e animais como um todo biótico. Alguns ecologistas
se detiveram na dinâmica das comunidades e populações, enquanto outros se
preocuparam com as reservas de energia. Em 1920, o biólogo alemão August
Thienemann introduziu o conceito de níveis tróficos, ou de alimentação, pelos quais a
energia dos alimentos é transferida, por uma série de organismos, das plantas verdes
(produtoras) aos vários níveis de animais (consumidores). Em 1927, C. S. Elton,
ecologista inglês especializado em animais, avançou nessa abordagem com o conceito
de nichos ecológicos e pirâmides de números. Dois biólogos americanos, E. Birge e C.
Juday, na década de 1930, ao medir a reserva energética de lagos, desenvolveram a
idéia da produção primária, isto é, a proporção na qual a energia é gerada, ou fixada,
pela fotossíntese.
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3. CONCEITO UNIFICADOR
Até o fim do século XX, faltava à ecologia uma base conceitual. A ecologia moderna,
porém, passou a se concentrar no conceito de ecossistema, uma unidade funcional
composta de organismos integrados, e em todos os aspectos do meio ambiente em
qualquer área específica. Envolve tanto os componentes sem vida (abióticos) quanto os
vivos (bióticos) através dos quais ocorrem o ciclo dos nutrientes e os fluxos de energia.
Para realizálos, os ecossistemas precisam conter algumas inter-relações estruturadas
entre solo, água e nutrientes, de um lado, e entre produtores, consumidores e
decomponentes, de outro.
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4. ÁREAS DE ESTUDO
A ecologia vegetal e a animal podem ser vistas como o estudo das interrelações de um
organismo individual com seu ambiente (auto-ecologia), ou como o estudo de
comunidades de organismos (sinecologia).
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Apenas recentemente, com o advento da era eletrônica e atômica, a sinecologia
desenvolveu os instrumentos para estudar sistemas complexos e dar início a sua fase
experimental.
A parte da ecologia que analisa e estuda a estrutura e a função dos ecossistemas pelo
uso da matemática aplicada, modelos matemáticos e análise de sistemas é a ecologia dos
sistemas. A análise de dados e resultados, feita pela ecologia dos sistemas, incentivou o
rápido desenvolvimento da ecologia aplicada, que se ocupa da aplicação de princípios
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ecológicos ao manejo dos recursos naturais, produção agrícola, e problemas de poluição
ambienta.
5. MOVIMENTO ECOLÓGICO.
De fato, a maioria das teorias económicas recentes traduz essa atitude e raciocina como
se a economia estivesse acima da natureza. A economia, no entanto, pode até mesmo ser
considerada apenas um capítulo da ecologia, uma vez que se refere somente à acção
material e à demanda de uma espécie, o homem, enquanto a ecologia examina a acção
de todas as espécies, seus relacionamentos e interdependências.
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Existem basicamente três tipos de recursos naturais: os renováveis, como os animais
e vegetais; os não-renováveis, como os minerais e fósseis; e os recursos livres, como o
ar, a água, a luz solar e outros elementos que existem em grande abundância. O
movimento ecológico reconhece os recursos naturais como a base da sobrevivência das
espécies e defende garantias de reprodução dos recursos renováveis e de preservação
das reservas de recursos não-renováveis.
Em 1992, 178 países participaram da Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e o desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro. Embora com resultados
muito aquém das expectativas dos ecologistas, foi mais um passo para a ampliação da
consciência ecológica mundial. Aprovou documentos importantes para a conservação da
natureza, como a Convenção da Biodiversidade e a do Clima, a Declaração de
Princípios das Florestas e a Agenda 21.
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A Agenda 21 é talvez o mais polémico desses documentos. Tenta unir ecologia e
progresso num ambicioso modelo de desenvolvimento sustentável, ou seja, compatível
com a capacidade de sustentação do crescimento económico, sem exaustão dos recursos
naturais. Prega a união de todos os países com vistas à melhoria global da qualidade de
vida.
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O breve resgate histórico da Ecologia como Ciência mostrou que sua origem se deu
com o avanço de descobertas nas ciências exactas (Física e Química) entre os séculos
XVII e XX e com os estudos realizados pelos naturalistas, botânicos e zoólogos do
século XIX. No início a ênfase dos estudos ecológicos permaneceu centrada na
importância dos estudos de fisiologia fundamentada na física e na química e dentro de
uma visão mecanicista. Mesmo com a influência da Teoria Geral dos Sistemas,
formulada no século XX como uma alternativa, já que o esquema mecanicista mostrava-
se insuficiente para tratar os problemas cada vez mais complexos, constatou-se que os
estudos ecológicos, apesar de se modificarem para uma visão menos radical e
reducionista, continuavam com os procedimentos muito mais de análise do que de
síntese, e com o aprofundamento na manipulação de maneira rigorosa e quantitativa.
Está claro que a Ecologia apresenta limitações no tocante aos aspectos de uma visão
sistêmica e/ou holística, portanto, deve-se repensar o uso do termo “ecologia” e seus
derivados como uma oposição ao método científico, ao pensamento racional, analítico,
linear como sugere Morin (2000).
A Ecologia não pode e nem pretende dar respostas para as questões sociais, econômicas,
espirituais, culturais, por exemplo, pois estas não fazem parte do raciocínio ecológico.
Além disso, acredita-se que nenhuma ciência em particular teria condições de sozinha
resolver os problemas da complexidade do mundo de hoje. A eleição de uma única
teoria para explicar o mundo parece ser um equívoco. Até mesmo a nova visão da
realidade – a concepção sistêmica da vida – proposta por Capra (1982) pode ser
criticada por reduzir todas as questões humanas e da sociedade a peças de engrenagens
controladas por mecanismos de retroalimentação.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPEL, H.; URTEGA, L. Las nuevas geografias. Madrid: Aula Abierta Salvat, 1984,
64p.
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