37 - Direito Processual Penal - RESUMO - Provas Da OAB (2017)
37 - Direito Processual Penal - RESUMO - Provas Da OAB (2017)
37 - Direito Processual Penal - RESUMO - Provas Da OAB (2017)
com
Príncipios Constitucionais
Consequências:
4. Princípio acusatório
9. Princípio da motivação dos atos judiciais (art. 93, IX, CPP; art. 381, III,
CPP)
Se por uma lado o juiz é livre para formar seu convencimento acerca
da prova, é imperativo que exponha, motivando as decisões que proferir,
os elementos de prova que fundamentam suas decisões e as razões pelas
quais esses elementos serão considerados determinantes. A motivação
inclui ainda, a fundamentação legal da dcisão.
QUESTÃO 1
Matheus foi denunciado pela prática dos crimes de tráfico de drogas (Art. 33,
caput, da Lei nº 11.343/2006) e associação para o tráfico (Art. 35, caput, da Lei
nº 11.343/2006), em concurso material. Quando da realização da audiência de
instrução e julgamento, o advogado de defesa pleiteou que o réu fosse
interrogado após a oitiva das testemunhas de acusação e de defesa, como
determina o Código de Processo Penal (Art. 400 do CPP, com redação dada pela
Lei nº 11.719/2008), o que seria mais benéfico à defesa. O juiz singular indeferiu
a inversão do interrogatório, sob a alegação de que a norma aplicável à espécie
seria a Lei nº 11.343/2006, a qual prevê, em seu Art. 57, que o réu deverá ser
ouvido no início da instrução. Nesse caso,
Contagem de Prazo
Prazo Penal Prazo Processo Penal
Conta o dia do começo Começa a contar no próximo dia útil (a partir
da intimação ou citação, e não da juntada do
mandado)
Improrrogável É prorrogável para o próximo dia útil
Características:
a) Escrito (art. 9° CPP); é possível produzir prova oral, mas esta deverá ser
reduzida a termo (escrita), por determinação legal. É uma peça informativa.
b) Oficioso – iniciado de ofício pela autoridade policial (nas ações penais
públicas incondicionadas). Não se aplica às ações públicas condicionadas,
nem às ações penais privadas. A ação penal pública condicionada carece de
representação, e ação penal privada, de requerimento do ofendido;
Encerramento do IP
Desarquivamento de IP
Incomunicabilidade do Indiciado
QUESTÃO 2
No dia 01/04/2014, Natália recebeu cinco facadas em seu abdômen, golpes
estes que foram a causa eficiente de sua morte. Para investigar a autoria do
delito, foi instaurado inquérito policial e foram realizadas diversas diligências,
dentre as quais se destacam a oitiva dos familiares e amigos da vítima e exame
pericial no local. Mesmo após todas essas medidas, não foi possível obter
indícios suficientes de autoria, razão pela qual o inquérito policial foi arquivado
pela autoridade judiciária por falta de justa causa, em 06/10/2014, após
manifestação nesse sentido da autoridade policial e do Ministério Público.
Ocorre que, em 05/01/2015, a mãe de Natália encontrou, entre os bens da
filha que ainda guardava, uma carta escrita por Bruno, ex-namorado de
Natália, em 30/03/2014, em que ele afirmava que ela teria 24 horas para
retomar o relacionamento amoroso ou deveria arcar com as consequências. A
referida carta foi encaminhada para a autoridade policial. Nesse caso,
A) nada poderá ser feito, pois o arquivamento do inquérito policial fez coisa
julgada material.
B) a carta escrita por Bruno pode ser considerada prova nova e justificar o
desarquivamento do inquérito pela autoridade competente.
C) nada poderá ser feito, pois a carta escrita antes do arquivamento não pode
ser considerada prova nova.
D) pela falta de justa causa, o arquivamento poderia ter sido determinado
diretamente pela autoridade policial, independentemente de manifestação do
Ministério Público ou do juiz.
COMENTÁRIOS:
Características:
a) Celas individuais;
b) Duas visitas semanais (fora as crianças);
c) Duas horas por dia de "banho de sol" (para sair da cela).
Ação Penal
Uma vez que o Ministério Público, ou o particular nos casos de ação privada,
reúna elementos de prova que lhe convençam da prática de certa conduta
criminosa, é necessário que se prossiga com persecução penal, ajuizando assim
uma ação penal.
O direito de ação constitui direito, ou poder, que tem o acusador de,
dirigindo um pedido ao Poder Judiciário, provocar sua manifestação sobre seu
pedido.
Princípios:
Oportunidade (ou conveniência) = contrapõe-se ao princípio da
obrigatoriedade, que rege a ação penal pública. O particular é livre para
formar seu próprio juízo de conveniência. Somente iniciará o processo,
ajuizando a ação penal, se assim o desejar, ou seja, se julgar o ajuizamento da
ação conveniente para si.
Disponibilidade = segundo este princípio, o titular da ação da ação penal
privada terá diversos meios de dela dispor, efetivamente decidindo se deseja
que o suposto infrator da norma penal seja julgado
Renúncia
O direito de queixa, plenamente disponível pelo seu titular, pode ser objeto
de renúncia. A renúncia consiste em amnifestação de vontade do ofendido
por meio do qual ele desiste de exercer seu direito de ação. Uma vez exercida
a renúncia, expressa ou tacitamente, nos termos do art. 102, caput, do CP, o
direito de queixa não pode mais ser exercido. A renúncia expressa é
manifestação formalizada, assinada pelo ofendido, por seu representante
legal ou procurador que tenha poderes especiais para tanto. Já a renúncia
tácita, ocorre em qualquer hipótese em que o titular da ação penal se porte
de forma inequivocadamente incompatível com a vontade de ajuizá-la.
Renúncia é ato unilateral. A renúncia ao exercício de queixa em relação a um
dos autores do crime a todos aproveitará.
Perempção e Decadência
XX EXAME
Competência
QUESTÃO 3
Durante 35 anos, Ricardo exerceu a função de juiz de direito junto ao Tribunal
de Justiça de Minas Gerais. Contudo, no ano de 2012, decidiu se aposentar e
passou a morar em Florianópolis, Santa Catarina. No dia 22/01/2015, travou
uma discussão com seu vizinho e acabou por ser autor de um crime de lesão
corporal seguida de morte, consumado na cidade em que reside. Oferecida a
denúncia, de acordo com a jurisprudência majoritária dos Tribunais Superiores,
será competente para julgar Ricardo
Princípios gerais
I - princípio da comunhão ou aquisição dos meios de prova: a prova produzida
pelas partes passa a integrar o conjunto probatório, podendo favorecer
qualquer dos litigantes.
II - princípio da audiência contraditória: a parte contra a qual foi produzida a
prova, terá direito a conhecer o seu teor, impugná-la e oferecer contraprova.
III - princípio do livre convencimento motivado: cabe ao juiz a valoração dos
elementos probatórios de acordo com sua convicção, deve no entanto,
fundamentar sua convicção.
IV - princípio da oralidade: há predominância da palavra falada sobre os
escritos, sendo os depoimentos, em regra, orais.
V - princípio da publicidade: determina que a instrução criminal seja pública,
assim como o restante do processo, salvo exceções legais.
VI - princípio da concentração: as provas serão produzidas em audiência, salvo
as hipóteses de urgência ou necessidade de sua realização antecipada.
O onus probandi é atenuado pelo poder instrutório que a lei confere ao juiz,
o qual poderá, de ofício, determinar medidas para dirimir dúvida sobre
ponto relevante, bem como ordenar diligências para sanar qualquer nulidade
ou suprir falta que prejudique o esclarecimento da verdade. O juiz não pode
contentar-se com a verdade formal, trazida pelas partes.
Prova emprestada: é aquela que foi produzida originariamente em um
determinado processo e vem a ser apresentada, documentalmente por
outro. Para ser admitida, é preciso que ambos os processos tenham as
mesmas partes.
CF CPP
Inadmissível Inadmissível
- Desentranha
ATENÇÃO
ante o veto do § 4° do art. 157 o juiz que tem contato com a prova ilícita
não é afastado do processo.
3. Perícias em geral
É o exame realizado por pessoa com certos conhecimentos especiais em
coisas ou pessoas, que tem por fim elucidar determinado fato, auxiliando no
julgamento da causa. O perito será nomeado pelo juiz da causa ou pela
autoridade policial. Os peritos responderão aos quesitos formulados pelas
partes e pelo juiz até o ato da diligência.
A perícia é realizada por um perito oficial, e em sua falta, por suas pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior, escolhidas, de
preferência, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada á natureza
do exame. Quando não forem oficiais, os peritos deverão firmar
compromisso de be, e fielmente desempenhar o cargo, (art. 159 do CPP).
Devem ser realizadas no fim da Instrução Criminal, de acordo com o STF. O
exame pericial será determinado pelo delegado de polícia ou pelo juiz, de
ofício ou a requerimento das partes.
Interrogatório
É o ato processual conduzido pelo juiz no qual o acusado é perguntado
acerca dos fatos que lhe são imputados, abrindo-lhe a oportunidade para
que deles se defenda, ou nada diga. De acordo com decisão do STF, o
interrogatório deve ser feito ao final da instrução crominal.
a) Natureza jurídica: meio de defesa, mas também meio de prova,
porquanto, ao expor suas alegações, estará o acusado fornecendo elementos
que influirão na apuração da verdade.
b) Obrigatório (art. 185)
c) Local: se preso, interrogado no local em que está preso. Exceção1,
no fórum;
exceção2, videoconferência (hipóteses: rol taxativo, decidido, partes
intimadas com 10 dias de antecedência, art. 185 §§ 2° e 3°).
Art. 185: O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no
curso do processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu
defensor, constituído ou nomeado.
§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no
estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam
garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos
auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato.
Prova testemunhal
Testemunhas podem ser:
Diretas ou indiretas, conforme deponham sobre fatos que tenham
presenciado, ou narrem fatos que tiveram ciência através de terceiros
Numerárias ou extranumerárias, conforme tenham sido arroladas pelas
partes, dentro do número legal, ou tenham sido ouvidas por ordem do juiz.
Informantes: aquelas que não prestam compromisso.
Referidas: quando indicadas no depoimento prestado por outra testemunha.
Busca e apreensão
São fenômenos diferentes, mas que encontram-se intimamente ligados.
Poderá haver busca sem haver apreensão (quando não se encontrar o objeto
procurado), ou apreensão sem busca (quando a coisa é apresentada à
autoridade, lavrando-se auto de exibição e apreensão).
Busca é o ato de procurar e encontrar pessoa ou coisa; apreensão é o ato
pelo qual há o apossamento e guarda da coisa ou de pessoa.
Pode ser realizada:
a) Antes da instauração do inquérito;
b) Durante o inquérito policial;
c) Na instrução criminal;
d) Na execução penal.
A busca e apreensão é determinada pelo juiz de ofício ou a requerimento
das partes (art.242, CPP). Quando depender de mandado, a busca será
ordenada pelo juiz competente. O código prevê duas modalidades de busca:
I - Busca domiciliar:
Abrange qualquer compartimento habitado ou aposento ocupado e
habitação coletiva ou compartimento não aberto ao público, onde alguém
exercer profissão ou atividade (art. 246, CPP). Terá por objetivo:
II - Busca pessoal:
Terá por objetivo os mesmos que a busca domiciliar.
Será realizada quando houver fundada suspeita de que alguém oculte
consigo qualquer dos objetos mencionados
A busca pessoal não dependerá de mandado nos casos de prisão; quando
houver suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de
objetos ou papéis que constituam corpo de delito; quando a medida for
determinada no meio de busca domiciliar.
O mandado de busca deve conter:
I - indicação da casa em que será realizada a diligência e o nome do
proprietário ou morador; em caso de busca pessoal, o nome ou sinais
identificadores da pessoa que sofrerá a diligência;
II - motivos e fins da diligência;
III - subscrição do escrivão e assinatura da autoridade que o fizer expedir.
Classificação:
* Flagrante próprio ou real – no instante em que está comentendo a infração
ou no momento em que acabou de cometê-la (art. 302, I,II - CPP)
- Prazos:
QUESTÃO 1
Daniel foi condenado à pena privativa de liberdade de 06 anos de reclusão,
em regime inicial fechado, pela prática do delito de estupro (Art. 213, do
Código Penal). Tendo decorrido lapso temporal para progressão de regime
prisional e ostentando o reeducando bom comportamento carcerário, sua
defesa pleiteou a concessão do benefício. Em 26/07/2013, o Juízo das
Execuções, tendo em vista a necessidade de melhor aferição do requisito
subjetivo, determinou a realização de exame criminológico, em decisão
devidamente fundamentada. Sobre o caso apresentado, segundo
entendimento sumulado nos Tribunais Superiores, assinale a opção
correta.
A) Assim como a prisão preventiva, pode ser decretada de ofício pelo juiz,
após requerimento do Ministério Público ou representação da autoridade
policial.
B) Sendo o crime investigado hediondo, o prazo poderá ser fixado em, no
máximo, 15 dias, prorrogáveis uma vez pelo mesmo período.
C) Findo o prazo da temporária sem prorrogação, o preso deve ser
imediatamente solto.
D) O preso, em razão de prisão temporária, poderá ficar detido no mesmo
local em que se encontram os presos provisórios ou os condenados
definitivos.
XX EXAME
José Augusto foi preso em flagrante delito pela suposta prática do crime de
receptação (Art. 180 do Código Penal – pena: 01 a 04 anos de reclusão e
multa). Em que pese seja tecnicamente primário e de bons antecedentes e
seja civilmente identificado, possui, em sua Folha de Antecedentes Criminais,
duas anotações pela prática de crimes patrimoniais, sem que essas ações
tenham resultados definitivos.
COMENTÁRIOS: Neste caso, como não está presente qualquer dos requisitos do art.
313 do CPP, não será possível a decretação da preventiva. O Juiz, contudo, poderá
aplicar as medidas cautelares diversas da prisão, eis que se trata de crime para o
qual é cominada pena privativa de liberdade, nos termos do art. 283, §1º do CPP. O
delegado, por fim, poderia arbitrar fiança, eis que a pena máxima do delito não
ultrapassa 04 anos, conforme dispõe o art. 322 do CPP.
EXCESSÕES
a) ouvido o ofendido;
b) ouvidas as testemunhas arroladas pela acusação;
c) testemunhas arroladas pela defesa;
d) perito/assistentes técnicos; e) reconhecimento e acariação.
f) debates orais (20 min prorrogáveis por mais 10 para cada parte)
g) interrogatório do réu
h) sentença
A acusação tem o prazo de 5 dias para fazer seus memoriais, a defesa depois
disso terá 5 dias, depois o juiz terá o prazo de 10 dias para julgar.
QUESTÃO 1
Melinda Cunha foi denunciada pela prática do crime de bigamia. Ocorre
que existe ação em curso no juízo cível onde se discute a validade do
primeiro casamento celebrado pela denunciada. Entendendo o magistrado
penal que a existência da infração penal depende da solução da
controvérsia no juízo cível e que esta é séria e fundada, estaremos diante
de
Thales foi denunciado pela prática de um crime de apropriação indébita. Para oitiva
da vítima Marcos, residente em cidade diversa do juízo competente, foi expedida
carta precatória, sendo todas as partes intimadas dessa expedição. Antes do
retorno, foi realizada audiência de instrução e julgamento, mas apenas foram
ouvidas as testemunhas de acusação João e José, que apresentaram versões
absolutamente discrepantes sobre circunstâncias relevantes, sendo que ambas
afirmaram que estavam no local dos fatos. Hélio, padre que escutou a confissão de
Thales e tinha conhecimento sobre a dinâmica delitiva, em razão de seu dever de
guardar segredo, não foi intimado. Com a concordância das partes, a audiência de
continuação para oitiva das testemunhas de defesa e interrogatório foi remarcada.
A) O depoimento de João foi inválido, já que a oitiva do ofendido deve ser realizada
antes das demais testemunhas e a expedição de carta precatória suspende a
instrução criminal.
B) O juiz poderá fazer a contradita, diante das contradições sobre circunstâncias
relevantes nos depoimentos das testemunhas.
C) Hélio está proibido de depor sem autorização da parte interessada, salvo quando
não for possível, por outro modo, obter a prova do fato.
D) O advogado do acusado não precisa ser intimado pessoalmente da data
designada para audiência a ser realizada no juízo deprecado.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA: Em regra, de fato, o ofendido deve ser ouvido antes das testemunhas.
Contudo, em se tratando de ofendido que será ouvido mediante carta precatória
não há nulidade no fato de vir a ser ouvido após a oitiva das testemunhas, pois a
expedição de carta precatória não suspende a instrução criminal, nos termos do
art. 222, §1º do CPP.
b) ERRADA: Neste caso caberá a acareação, nos termos do art. 229 do CPP. A
contradita não se presta a tal finalidade, sendo um mero instrumento de que
dispõem as partes para IMPUGNAR a testemunha, antes de iniciado o depoimento,
alegando circunstâncias que prejudiquem sua necessária imparcialidade, nos
termos do art. 214 do CPP.
c) ERRADA: O padre está proibido de depor sem autorização da parte interessada,
pois tem o dever de guardar sigilo, em razão de seu ministério, nos termos do art.
207 do CPP.
XX EXAME
Tipos de sentença:
QUESTÃO 1
XIX EXAME
PROCEDIMENTO COMUM
Cabe este, quando não couber o procedimento comum. O que define o uso
do procedimento comum é a gravidade da infração, quanto mais gravoso o
crime, mais lento será o processo.
* É previsto no Código de processo para os crimes que tiverem penas máximas
cominadas, iguais ou superiores a 4 anos
* Procedimento comum sumário: se aplica às infrações que tiverem penas
máximas inferiores a 4 anos, que não seja possível a aplicação do
procedimento sumaríssimo.
* Procedimento comum ordinário: começa com o oferecimento da denúncia
ou queixa. A petição inicial pode apresentar o rol de testemunhas. O juiz pode
aceitar ou rejeitar a petição inicial. Citado o réu, ele terá 10 dias para
apresentar defesa escrita.
PROCEDIMENTO SUMÁRIO
É um procedimento menor, mais concentrado.
É idêntico ao rito ordinário.
As únicas diferenças são:
O número de testemunhas = Ordinário: 8 / Sumário: 5.
Prazo de realização da audiência de instrução e julgamento = Ordinário: 60
dias / Sumário: 30 dias.
No rito sumário não há na lei regra de partes requererem diligêcias, no final da
audiência, de modo que tanto as alegações finais quanto à sentença devem ser
proferidas oralmente na audiência de instrução e julgamento.
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
* É o procedimento dos juizados especiais criminais.
Sumaríssimo: Lei 10.259/01. infrações de menor potencial ofensivo (todas as
contravenções e os crimes cuja pena máxima não exceda 2 anos)
8 testemunhas 5 testemunhas
1. denúncia,
2. recebimento,
3. citação,
4. resposta,
2ª fase do júri
Também denominada judicium causae, tem inicio a partir do momento em
que ocorre a preclusão da decisão de pronúncia. Deve se atentar para o fato
de que não se fala em trânsito em julgado, mas tão somente de preclusão,
uma vez que a pronúncia não põe fim ao processo nem faz coisa julgada
material.
Esta fase tem, como objetivo, a preparação do processo para que seja
julgado perante o Tribunal do Júri. O juiz deve então notificar o MP e depois
o advogado do réu para que, em 05 dias, apresentem o rol de testemunhas
que deverão ser ouvidas em plenário (máximo de 05, contra 08 na primeira
fase).
Prazos:
Acusação/defesa Réplica/tréplica
QUESTÃO 1
Fabrício, com dolo de matar, realiza vários disparos de arma de fogo em
direção a Cristiano. Dois projéteis de arma de fogo atingem o peito da
vítima, que vem a falecer. Fabrício foge para não ser preso em flagrante. Os
fatos ocorreram no final de uma tarde de domingo, diante de várias
testemunhas. O inquérito policial foi instaurado, e Fabrício foi indiciado
pelo homicídio de Cristiano. Os autos são remetidos ao Ministério Público,
que denuncia Fabrício. O processo tem seu curso regular e as testemunhas
confirmam que Fabrício foi o autor do disparo. Após a apresentação dos
memoriais, os autos são remetidos para conclusão, a fim de que seja
exarada a sentença, sendo certo que o juiz está convencido de que há
indícios de autoria em desfavor de Fabrício e prova da materialidade de
crime doloso contra a vida. Diante do caso narrado, assinale a alternativa
correta acerca da sentença a ser proferida pelo juiz na primeira fase do
procedimento do Júri.
QUESTÃO 2
Scott procurou um advogado, pois tinha a intenção de ingressar com
queixa-crime contra dois vizinhos que vinham lhe injuriando
constantemente. Narrados os fatos e conferida procuração com poderes
especiais, o patrono da vítima ingressou com a ação penal no Juizado
Especial Criminal, órgão efetivamente competente, contudo o magistrado
rejeitou a queixa apresentada.
Dessa decisão do magistrado caberá
PRAZO: 5 dias
Sentenças: definitivas, condenatórias ou absolutórias de 1º grau.
Endereçamento: Juiz que prolatou a sentença
Recebê-la: os autos voltam ao apelante para que ele apresente as razões
em 8 dias
Denegá-la: RESE, ART. 581, XV do CPP
Recebe e julgar deserta : Réu apela e foge
QUESTÃO 1
Tiago e Andrea agiram em concurso de agentes em determinado crime. O
processo segue seu curso natural, culminando com sentença condenatória,
na qual os dois são condenados. Quando da interposição do recurso, apenas
Andrea apela. O recurso é julgado. Na decisão, fundada em motivos que
não são de caráter exclusivamente pessoal, os julgadores decidem pela
absolvição de Andrea. Nesse sentido, diante apenas das informações
apresentadas pelo enunciado, assinale a afirmativa correta.
A) não poderá ser conhecido, pois houve renúncia por parte de Flávio, mas
nada impede que o Tribunal, de ofício, melhore a situação do acusado.
B) deverá ser conhecido, pois não é admissível a renúncia ao direito de
recorrer, no âmbito do processo penal.
C) não poderá ser conhecido, pois a renúncia expressa de Flávio não pode ser
retratada, não podendo o Tribunal, de ofício, alterar a decisão do
magistrado.
D) deverá ser conhecido, pois a renúncia foi manifestada sem assistência do
defensor.
QUESTÃO 3
Marcelo foi denunciado pela prática de um crime de furto. Entendendo que
não haveria justa causa, antes mesmo de citar o acusado, o magistrado não
recebeu a denúncia. Diante disso, o Ministério Público interpôs o recurso
adequado. Analisando a hipótese, é correto afirmar que
XIX EXAME
A) Recurso de Agravo.
B) Carta Testemunhável.
C) Recurso Ordinário Constitucional.
D) Recurso em Sentido Estrito.
XX EXAME
José foi absolvido em 1ª instância após ser denunciado pela prática de um crime de
extorsão em face de Marina. O Ministério Público interpôs recurso de apelação,
sendo a sentença de primeiro grau reformada pelo Tribunal de Justiça de Santa
Catarina para condenar o réu à pena de 05 anos, sendo certo que o acórdão
transitou em julgado. Sete anos depois da condenação, já tendo cumprido
integralmente a pena, José vem a falecer. Posteriormente, Caio, filho de José,
encontrou um vídeo no qual foi gravada uma conversa de José e Marina, onde esta
admite que mentiu ao dizer que foi vítima do crime pelo qual José foi condenado,
A) não poderá apresentar revisão criminal, pois a pena de José já havia sido
extinta pelo cumprimento.
B) não poderá apresentar revisão criminal, pois o acusado, que é quem teria
legitimidade, já é falecido.
C) poderá apresentar revisão criminal, sendo competente para julgamento o
Superior Tribunal de Justiça.
D) poderá apresentar revisão criminal, sendo competente para julgamento o
Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
Avena, Noberto Cláudio Pân. Processo Penal. Editora Método. São Paulo.
5ª Edição. 2015