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Aula 2 - Estrutura Atômica

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QUÍMICA A - QUI09677

Aula 2

Estrutura atômica

Prof. Dr. Zeca

05/04/2023 1
2
O átomo grego
Teoria cosmogônica dos 4 elementos
Teoria atomística
• Fogo, Água, Terra e Ar
• A matéria é composta por partículas
• 4 elementos que compõem todo minúsculas, indivisíveis e imutáveis
o universo
• O átomo seria alcançado ao dividir a
• Os elementos sempre retornam matéria finamente, até o ponto de
à suas origens não ser possível mais dividi-la
• Matéria discreta ou descontínua
Empédocles
Leucipo

Demócrito
3
O átomo grego

4
O modelo atômico de Dalton

MODELO ATÔMICO DE DALTON

A teoria atômica surgiu durante o período


1803-1807 no trabalho de um professor
inglês, John Dalton (1766-1844).

John Dalton era filho de um tapeceiro inglês pobre. Dalton começou a dar aulas quanto tinha 12 anos. Passou a maior parte de sua vida em
Manchester, onde lecionou tanto na escola secundária quanto na faculdade. Durante toda sua vida seu interesse em meteorologia o conduziu a
estudar gases e, conseqüentemente, química. Estudava a teoria atômica eventualmente.
5
O modelo atômico de Dalton

• Todos os elementos químicos são formados de partículas extremamente


pequenas – Átomos – que seriam o menor componente da matéria

• Átomos de um mesmo elemento são idênticos em tamanho e massa

• Respeita a Lei da conservação das massas: m REAGENTES = m PRODUTOS Dalton

• Respeita a Lei das proporções definidas:


A razão entre as massas dos elementos que formam um composto é sempre a mesma

• Contribuição de Avogadro:
Volumes iguais de gases, sob mesma pressão e temperatura,
possuem a mesma quantidade de entidades
Avogadro 6
Experimentos em tubos de crookes

William Crookes (1832-1919), um químico e físico britânico.


Foi o primeiro de vários cientistas a construir tubos de
descarga de gás (1869):
 Chamados de tubos Crookes.

Os eletrodos de um tubo Crookes são primeiro ligados a uma fonte de alta voltagem: cerca de 20.000 volts.
O tubo é então conectado a uma bomba de vácuo e evacuado gradualmente por meio de um pequeno tubo lateral.

Como a pressão no tubo diminui: Uma série de fenômenos podem ser observados.

7
Experimentos em tubos de crookes

Tubo Crookes e o experimento da Cruz de Malta.

8
Experimentos em tubos de crookes

Em 1887, o físico inglês J. J. Thomson (Joseph John Thomson, 1856-1940).


 Mostrou que as partículas no raio catódico são:

 Carregadas negativamente.

Pela descoberta dos elétrons:

J.J. Thomson recebeu o Nobel de Física de 1906.


9
Experimentos em tubos de crookes

10
O modelo atômico de Thomsom

Experimentos de Thomsom com os tubos de raios catódicos

1. m ÁTOMO DE H ≈ 1000 m RAIOS CATÓDICOS


Descoberta
2. mRAIOS CATÓDICOS: independente do metal gerador do e–

3. Os raios catódicos são negativamente carregados


J. J. Thomsom
e
= 1,759 × 1011 C / kg
me
O modelo do pudim de passas
• Corpo do átomo: positivo, não tão rígido
• Elétrons: partículas menores, negativas, imersas no corpo
11
O modelo atômico de Thomsom

J. J. Thomsom

Modelo “pudim de ameixa” do átomo de J. J. Thomson. Ele imaginou que os pequenos elétrons estariam embutidos no átomo como
passas em um pudim ou como sementes em uma melancia. Ernest Rutherford provou que o modelo dele estava errado.
12
O modelo atômico de Thomsom

Pouco depois do início do século XX (em 1911):

Experimentos realizados na Inglaterra pelos físicos:

Ernest Rutherford (Neozelandês, 1871-1937),


Ernest Marsden (Britânico, 1889-1970) e
Johannes (Hans) Wilhelm Geiger (Alemão, 1882-1947)

Levaram à substituição do modelo de Thomson.

13
O modelo atômico de Rutherford
MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD

Em 1911, Rutherford, Geiger e Marsden lançaram um fluxo de partículas alfa emitidas por
uma pequena quantidade do elemento radioativo polônio:

 Em folhas finas de diversos materiais como mica, papel e ouro.

Observaram que, embora muitas partículas atravessassem as folhas em linha reta:

 Algumas foram espalhadas, ou desviadas da linha reta.

14
O modelo atômico de Rutherford
Os três cientistas ficaram intrigados pelo espalhamento da partícula alfa:
O que causou o desvio e por que somente algumas das partículas foram desviadas?

Projetaram um aparelho para medir o ângulo do desvio sofrido pelas partículas alfa:

 Pela passagem através de uma folha extremamente fina de ouro.

As partículas alfa foram detectadas por um clarão formado sobre um anteparo:

 Revestido com uma camada de sulfeto de zinco fosforescente.

 O espalhamento das partículas de diferentes ângulos poderia ser detectado e os


ângulos, medidos.

15
O modelo atômico de Rutherford

O experimento da folha de ouro


• Partículas α são muito rápidas → Todas deveriam atravessar a folha de Au (1)
• Porém, algumas sofreram grandes desvios (2), outras inclusive retornaram (3)

Núcleo pequeno, denso e positivo


Eletrosfera grande, vazia e negativa
e– negativos circundando o núcleo Rutherford

16
O modelo atômico de Rutherford

Modelo de Rutherford explicando o espalhamento de partículas α. A lâmina de ouro tem a espessura de vários milhares de átomos.
Quando uma partícula α colide com o núcleo de ouro (ou passa muito próximo dele), ela é fortemente repelida.
A partícula α, que possui menos massa, é desviada de seu caminho por interações repulsivas.
17
O modelo atômico de Rutherford
Rutherford concluiu que tais repulsões intensas poderiam justificar os maiores ângulos de espalhamento
apresentados por poucas das partículas alfa:
 Realizou uma série de cálculos detalhados e mostrou que era realmente provável.

O modelo de Rutherford representa:


 O átomo consiste de um pequeno núcleo rodeado por um grande volume no qual os elétrons estão
distribuídos.

18
O modelo atômico de Rutherford
O núcleo carrega toda a carga positiva e a maior parte da massa do
átomo.
Devido ao modelo de Thomson não ser normalmente usado para
interpretar os resultados dos experimentos de Rutherford, Geiger e
Marsden:

O modelo de Rutherford logo o substituiu.

De fato, isto é a base para o conceito do átomo.

Vista do corte transversal através do centro de um átomo.


O núcleo (o qual contém prótons e nêutrons) é o local onde praticamente toda a massa do átomo está concentrada.
O resto do átomo é o espaço no qual os elétrons, carregados negativamente e mais leves, se localizam.
19
O modelo atômico de Rutherford

20
O modelo atômico de Bohr
ESPECTROS DE LINHAS E O MODELO ATÔMICO DE BOHR

Os trabalhos de Planck e Einstein:

 Abriram caminho para a compreensão de como os elétrons são distribuídos nos


átomos.

Em 1913 o físico dinamarquês Niels Henrick David Bohr (1885-1962):

Propôs uma explicação teórica dos espectros de linhas.

Vamos examinar esse fenômeno e estudar como Bohr usou as idéias de Planck e Einstein.

Niels Bohr Onde, a evidência da quantização da energia veio primeiramente do estudo dos espectros
(1885–1962) atômicos.

21
O modelo atômico de Bohr

Niels Bohr (à direita) com Albert Einstein. Bohr fez importantes contribuições para a teoria quântica.
De 1911 a 1913 estudou na Inglaterra, trabalhando primeiro com J. J. Thomson, na Universidade de
Cambridge, e mais tarde com Ernest Rutherford, na Universidade de Manchester. Publicou sua teoria
quântica do átomo em 1914 e recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1922.

22
O modelo atômico de Bohr

23
O modelo atômico de Bohr

• O átomo de Rutherford apresentava problemas teóricos:


“Os elétrons, ao circundar o núcleo, deveriam perder energia
e se chocar com o mesmo, causando a destruição do átomo”

• Para resolver o problema, Bohr (aluno de Rutherford!) propôs


uma série de postulados baseados na recém-surgida ideia de
quantização da energia – Conceito das órbitas quantizadas

Niels Bohr
(1885–1962)

24
O modelo atômico de Bohr

Linhas de emissão do átomo de hidrogênio (ν: frequência; λ: comprimento de onda)


• Experimentos confirmaram a teoria → A quantização de Bohr estava correta!

Série de Lyman
(ultravioleta) Espectro do átomo de hidrogênio:
 (nm): 410 434 486 656

Série de Balmer n:
(visível)

Série de Paschen Espectro visível:


(infravermelho)

 (nm) 25
O modelo atômico de Bohr

Linhas de emissão do átomo de hidrogênio (ν: frequência; λ: comprimento de onda)


• Experimentos confirmaram a teoria → A quantização de Bohr estava correta!

Série de Lyman
(ultravioleta)
 1 1 1  1 1
v  R 2  2  ou  R 2  2 
 n1 n2    n1 n2 
Série de Balmer
(visível)
n1 = 1,2,... n2 = n1 + 1, n1 + 2,...

Série de Paschen R é a constante de Rydberg (3,29 x 1015 Hz ou 1,097 x 107 m-1);


(infravermelho) e n1 e n2 são números inteiros e positivos, sendo que n2 é maior
que n1

26
O modelo atômico de Bohr

Depois que Rutherford descobriu a natureza nuclear do átomo:

 Os cientistas pensavam no átomo como um “sistema solar microscópico”.

 Os elétrons descreviam uma órbita ao redor do núcleo.

Para explicar o espectro de linhas do hidrogênio:

 Bohr começou supondo que os elétrons moviam-se em órbitas circulares ao redor do núcleo.

Entretanto, de acordo com a física clássica:

 Uma partícula carregada (como um elétron) que se move em uma trajetória circular perderia
energia continuamente pela emissão de radiação eletromagnética.

27
O modelo atômico de Bohr

À medida que o elétron perde energia:


 Deveria se mover em forma de espiral em direção ao núcleo.

 A matéria eventualmente acabaria por se autodestruir.

Bohr abordou esse problema quase da mesma forma que Planck tinha abordado o problema da natureza da
radiação emitida por objetos quentes:

 Assumiu que as leis predominantes da física eram inadequadas para descrever todos os aspectos dos
átomos.

 Ele adotou a idéia de Planck de que as energias eram quantizadas.

28
O modelo atômico de Bohr
Bohr baseou seu modelo em três postulados:

1. Somente órbitas de certos raios, correspondendo a certas energias definidas, são permitidas para os
elétrons em um átomo.
 Bohr introduziu a quantização na descrição da estrutura eletrônica.

2. Um elétron em certa órbita permitida tem certa energia específica e está em um estado de energia
“permitido”.
 Assim, o elétron não irradiará energia e, portanto, não se moverá em forma de espiral em direção
ao núcleo.

3. A energia só é emitida ou absorvida por um elétron quando ele muda de um estado de energia permitido
para outro.
 Essa energia é emitida ou absorvida como fóton, E = h.

29
O modelo atômico de Bohr
Começando com seus três postulados e usando as equações clássicas de movimento e para interação entre
cargas elétricas:

 Bohr calculou as energias correspondentes a cada órbita permitida.

 Essas energias encaixavam-se na seguinte fórmula:

-18  1 
E = (-2,18 x 10 J)  2  eq. 2
n 

O número inteiro n, que pode assumir valores de 1 a infinito:

 É chamado número quântico.


Cada órbita corresponde a um valor diferente de n.

O raio da órbita aumenta à medida que n aumenta. 30


O modelo atômico de Bohr

-18  1 
E = (-2,18 x 10 J)  2 
n 

31
O modelo atômico de Bohr

E = h

A emissão de luz. E = h

Se o elétron pula de um estado inicial, com energia Ei para um estado final,


com energia Ef, a variação de energia é:

E = E f  Ei  E fóton  h eq. 3

32
O modelo atômico de Bohr

Substituindo a expressão e energia da eq. 2 na eq. 3 e recalculando  = c/:

 1 1 
  2.18  10 J  2  2 
hc
E  h  18

 n n  eq. 4
 f i 

ni e nf são os números quânticos principais dos estados inicial e final do átomo, respectivamente.
Se nf é menor que ni, o elétron move-se para mais perto do núcleo e E é um número negativo, indicando que o átomo
libera energia.
Assim:
 Quando ni > nf, a energia é emitida.

 Quando nf > ni, a energia é absorvida

33
O modelo atômico de Bohr

Linhas de emissão do átomo de hidrogênio (ν: frequência; λ: comprimento de onda)


• Experimentos confirmaram a teoria → A quantização de Bohr estava correta!

Espectro do átomo de hidrogênio:


 (nm): 410 434 486 656
Série de Lyman
(ultravioleta)
n:

Série de Balmer
(visível) Espectro visível:

Série de Paschen
(infravermelho)  (nm) 34
O modelo atômico de Bohr

35
O modelo atômico de Bohr
Exercício: se o elétron move-se de ni = 3 para nf = 1, qual o seu comprimento de onda emitido:

36
O modelo atômico de Bohr
Exercício: se o elétron move-se de ni = 3 para nf = 1, qual o seu comprimento de onda emitido:

1 1 8
E = (- 2,18 x 10 -18
J)  2  2   (- 2,18 x 10 J)    - 1,94 x 10-18 J
-18

1 3  9

Sabendo a energia para o fóton emitido, podemos calcular sua freqüência ou


seu comprimento de onda. Para o comprimento de onda, temos:

c
hc (6,63 x 10-34 Js)(3,00 x 108 m/s)
  =  1,03 x 10 -7
m
 E 1,94 x 10 J-18

Não incluímos o sinal negativo da energia nesse cálculo porque o comprimento de onda e a frequência são sempre
fornecidos como grandezas positivas.

O sentido do fluxo de energia é indicado quando se diz que o fóton de comprimento de onda 1,03 x 10-7 m foi emitido. 37
O modelo atômico de Bohr
Limitações do modelo de Bohr

Enquanto o modelo de Bohr oferece uma explicação para o espectro de linhas do átomo de hidrogênio:
 Ele não pode explicar o espectro de outros átomos, a não ser de uma maneira muito incipiente.

Além disso, existe um problema em descrever um elétron meramente como uma partícula circulando ao redor do núcleo:
 Veremos, o elétron exibe propriedades de ondas, fato que nosso modelo de estrutura eletrônica deve contemplar.

O modelo de Bohr é apenas um importante passo em direção ao desenvolvimento de um modelo mais abrangente.

38
O modelo atômico de Bohr
O mais importante sobre a teoria de Bohr é que ela apresenta suas idéias principais que também são incorporadas por
nosso modelo atual:

 (1) os elétrons existem apenas em níveis de energia distintos, que são descritos pelos números quânticos.

 (2) A energia está envolvida na movimentação de um elétron de um nível para outro.

 Além disso, parte do vocabulário associado com o novo modelo remonta ao modelo de Bohr.

 Por exemplo, ainda usamos a idéia de estados fundamentais e excitados para descrever as estruturas eletrônicas dos
átomos.

39
O modelo atômico de Bohr
O mais importante sobre a teoria de Bohr é que ela apresenta suas idéias principais que também são incorporadas por
nosso modelo atual:

 (1) os elétrons existem apenas em níveis de energia distintos, que são descritos pelos números quânticos.

 (2) A energia está envolvida na movimentação de um elétron de um nível para outro.

 Além disso, parte do vocabulário associado com o novo modelo remonta ao modelo de Bohr.

 Por exemplo, ainda usamos a idéia de estados fundamentais e excitados para descrever as estruturas eletrônicas dos
átomos.

40
Mais desenvolvimentos da mecânica quântica

Dualidade partícula-onda Princípio da incerteza


• Toda a matéria apresenta características • Não é possível se determinar,
tanto ondulatórias como corpusculares, com exatidão e simultaneamente,
comportando-se de um ou outro modo a posição e o momento de um
dependendo do experimento específico. elétron

Comprimento de onda de
De Broglie: h ħ
Δx Δp = =
4π 2
h h
λ = =
p mv Δx Δp ħ
Louis De Broglie
= W. K. Heisenberg
Toda matéria tem seu λ! Δx Δp 2
(1892–1987) (1901–1976) 41
Mais desenvolvimentos da mecânica quântica

42
Mais desenvolvimentos da mecânica quântica
Por exemplo: elétron tem massa de 9,11 x 10-31 Kg e move-se a uma velocidade média de
aproximadamente 5 x 106 m/s em um átomo de hidrogênio.
Vamos supor que conhecemos a velocidade para uma incerteza de 1% (isto é, uma incerteza de
(0,01)(5 x 106 m/s) = 5 x 104 m/s) e que essa é a única fonte importante de incerteza no momento para
que mv = mv.

h 6,63 x 10-34 J s
x    1 x 10 -9
m
4 mv 4 (9,11 x 10 Kg)(5 x 10 m/s)
-31 4

O diâmetro de um átomo de hidrogênio é apenas 2 x 10-10 m, a incerteza é muito maior do que o


tamanho do átomo.

 Não temos idéia de onde o elétron esta localizado no átomo.


43
Mais desenvolvimentos da mecânica quântica
A hipótese de De Broglie e o princípio da incerteza de Heisenberg:

 Estabeleceram a base para um nova teoria de estrutura atômica e mais largamente aplicável.

 Qualquer tentativa de definir precisamente a localização e o momento instantâneos do elétron


é abandonada.

 O resultado é um modelo que descreve precisamente a energia do elétron enquanto define


sua localização em termos de probabilidades.

Werner Karl Heisenberg recebeu o Nobel de Física de 1932, pela criação da mecânica quântica, cujas
aplicações levaram à descoberta, entre outras, das formas alotrópicas do hidrogênio.

44
Mais desenvolvimentos da mecânica quântica

45
O átomo de Schrödinger

Um átomo baseado no caráter ondulatório do elétron

• O princípio da incerteza de Heisenberg impede que o elétron


seja tratado como partícula, ou seja, impede que determinemos
a posição e a velocidade do elétron com exatidão

• Contudo, devido ao seu minúsculo tamanho e massa, o elétron


tem um forte caráter ondulatório, de acordo com a dualidade Erwin Schrödinger
partícula-onda de De Broglie (1887–1961)

• Logo, o modelo atômico de Schrödinger foi construído a partir de funções de onda

• Função de onda: A maneira mais completa de se descrever um sistema quântico

• Equação de Schrödinger: Determina a função de onda de qualquer sistema 46


O átomo de Schrödinger
Autovalores
Operador
de energia
Hamiltoniano Hψ = Eψ
Função de onda

ħ2 d2ψ
– + Vψ = Eψ
2m dx2 Erwin Schrödinger
(1887–1961)

Energia Energia
cinética potencial

Mecânica clássica 2ª Lei de Newton (F = ma)


Equação de movimento
Mecânica quântica Equação de Schrödinger 47
O átomo de Schrödinger

48
O átomo de Schrödinger

49
O átomo de Schrödinger

Na interpretação de Max Born (1882-1970) da função de onda:

 A probabilidade de encontrar a partícula em uma região é proporcional ao quadrado de .

2 é uma densidade de probabilidade:

Para obtermos a probabilidade de que a partícula esteja em uma pequena região do espaço:

 Multiplicamos 2 pelo volume da região.


50
O átomo de Schrödinger

51
O átomo de Schrödinger
De acordo com a interpretação de Born:

 Desde que 2 seja grande, há uma alta densidade de probabilidade para a partícula.
 Se 2 é pequena, há somente uma baixa densidade de probabilidade para a partícula.

Se , e conseqüentemente 2 for 0:

 Há densidade de probabilidade zero para a partícula.


Uma posição  que passa por 0 é chamada nó:

 A partícula tem densidade de probabilidade zero quando a função de onda tem nós.

52
O átomo de Schrödinger

A interpretação de Born da função de onda.


A densidade de probabilidade é dada pelo quadrado da função de onda (a linha azul), como desenhada na densidade do sombreado na
banda.
Veja que a densidade de probabilidade é 0 em um nó. Um nó é um ponto onde a função de onda passa pelo 0, não meramente aproxima-se
de 0. 53
O átomo de Schrödinger

Distribuição da densidade eletrônica no estado fundamental do átomo de hidrogênio. 54


O átomo de Schrödinger

E quais são as soluções para a equação de Schrödinger? s

 Função de Onda Equação Diferencial

Orbital atômico: px py
Região do espaço onde é Série de Soluções
mais provável encontrar
o elétron

Orbitais Números Quânticos: n, l, ml pz 55


Números quânticos

Principal ( n ) Secundário ( l ) Magnético ( m )

• Define a camada eletrônica • Define a subcamada • Dentro de uma mesma


subcamada l, os orbitais
• Define o grupo de orbitais • Define a forma do orbital
se diferem somente pela
• Assume os valores: • Assume os valores: orientação do espaço

• Assume os valores:
n = 1 2 3 4 5 6 7 l = 0 Orbital s
ml = 0, ±1, ±2, ±3, .... ± l
K L M N O P Q 1 Orbital p
2 Orbital d Ex) Orbital d → l = 2
• Define a energia do e– m = –2, –1, 0, +1, +2
3 Orbital f
Z me e4
ETOTAL = – • Cada valor de l confere uma • Existem 2l+1 valores de m
n2 8h2 ε02 diferente geometria dentro de cada subcamada 56
Números quânticos

Relação entre os valores de n, l e ml até n = 4

n = indica o tamanho e a energia do orbital; l = indica a forma do orbital; ml = a direção.

57
O formato dos orbitais

58
O formato dos orbitais

Distribuição da densidade eletrônica no estado fundamental do átomo de hidrogênio e


representações de superfícies limite para os orbitais 1s, 2s e 3s. Os raios relativos das
esferas correspondem à probabilidade de até 90% de se encontrar o elétron dentro de
cada esfera. 59
O formato dos orbitais

Distribuição de densidade eletrônica nos orbitais 1s, 2s 3s. A parte inferior da figura mostra como a
densidade eletrônica, representada por 2, varia como função da distância r ao núcleo. As superfícies
ao redor do núcleo nas quais 2 é zero são chamadas nós.
60
O formato dos orbitais

(a) Distribuição de densidade eletrônica de um orbital 2p. (b) Representações dos três orbitais p.
Observe que o índice inferior nos símbolos dos orbitais indica o eixo ao longo do qual o orbital se
encontra.
61
O formato dos orbitais

A superfície limite de um orbital d é mais complicada que as dos orbitais s e p. Há, de fato, cinco
orbitais d de uma dada energia; quatro deles têm quatro lóbos, um é ligeiramente diferente. Em
nenhum caso, um elétron que ocupa um orbital d será encontrado no núcleo. 62
Átomos polieletrônicos

Em 1925, o físico austríaco Wolfgang Ernst Pauli (1900-1958) descobriu o


princípio que governa a distribuição dos elétrons em átomos polieletrônicos.

O princípio da exclusão de Pauli afirma que:

Dois elétrons em um átomo não podem ter o conjunto de quatro números quânticos n, l, ml e ms
iguais.

Para um dado orbital (1s e 2pz etc.), os valores de n, l e m são fixos.

Se quisermos colocar mais de um elétron em um orbital e satisfazer o princípio de exclusão de Pauli:

 A única escolha é assinalar diferentes valores de ms para os elétrons.


63
64
Átomos polieletrônicos

Como existem apenas dois valores para ms:

Um orbital pode receber o máximo de dois elétrons, e eles devem ter spins
opostos.

Essa restrição relaciona os elétrons em um átomo, dando seus números quânticos e


definindo a região no espaço onde cada elétron é mais provável de ser encontrado.

Entendemos a estrutura dos elementos da tabela periódica.

65
Átomos polieletrônicos

REGRA DE HUND

Friedrich Hermann Hund (1896-1997) foi um físico alemão.

Desenvolveu o Princípio da Máxima Multiplicidade, conhecido


como Regra de Hund (1927).

As configurações eletrônicas nos dizem em quais orbitais os elétrons de um elemento


estão localizados.

66
Átomos polieletrônicos

Três regras:

• Os orbitais são preenchidos em ordem crescente de n.

• Dois elétrons com o mesmo spin não podem ocupar o mesmo orbital (Pauli).

• Para os orbitais degenerados, os elétrons preenchem cada orbital isoladamente antes


de qualquer orbital receber um segundo elétron (regra de Hund).

A regra de Hund diz que os elétrons ocuparão individualmente os orbitais até a máxima
extensão possível, com o mesmo número quântico magnético de spin.

 Os elétrons distribuídos dessa forma têm spins paralelos.


67
Átomos polieletrônicos

Diagrama esquemático dos níveis de energia de um átomo multieletrônico com Z < 21 (até o
cálcio). Há uma mudança na ordem para Z  21 (do escândio em diante). Este é o diagrama
que justifica o princípio do preenchimento, sendo permitido que até dois elétrons ocupem
cada orbital. 68
Átomos polieletrônicos
POPULAÇÃO DAS CAMADAS E CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA

A maneira na qual os elétrons são distribuídos entre os vários orbitais de um átomo é chamada:

Configuração eletrônica.

Se não existirem restrições nos possíveis valores para os números quânticos dos elétrons:

 Todos os elétrons se aglomerariam no orbital 1s porque é o mais baixo em energia.

O princípio da exclusão de Pauli nos diz que pode haver no máximo dois elétrons em um único orbital.

Assim os orbitais são preenchidos em ordem crescente de energia, com não mais que dois elétrons por orbital.

69
Átomos polieletrônicos
Nesse tipo de representação, que chamaremos configuração de quadrículas, cada orbital é representado por
uma quadrícula e cada elétron, por um meia-seta.

O hidrogênio tem um elétron, que ocupa o orbital 1s em seu estado fundamental.

Aqui, a escolha de um elétron de spin +½ é arbitrária.

Poderíamos igualmente mostrar o estado fundamental com um elétron de spin -½ no orbital 1s.

É habitual mostrar os elétrons desemparelhados com seus spins para cima.


70
Átomos polieletrônicos

71
Átomos polieletrônicos

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Átomos polieletrônicos

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Átomos polieletrônicos

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Átomos polieletrônicos

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Átomos polieletrônicos

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Átomos polieletrônicos

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Átomos polieletrônicos

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Átomos polieletrônicos

79
Átomos polieletrônicos
CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS CONDENSADAS

O neônio tem o subnível 2p completo.

O sódio marca o início de um novo período.

Logo, escrevemos a configuração eletrônica condensada para o sódio como:

11Na: [Ne] 3s1

[Ne] representa a configuração eletrônica do neônio.

Elétrons mais internos: os elétrons no [Gás Nobre].

Elétrons de valência: os elétrons fora do [Gás Nobre].

80
Átomos polieletrônicos

METAIS DE TRANSIÇÃO

Depois de Ar, os orbitais d começam a ser preenchidos.

Depois que os orbitais 3d estiverem preenchidos, os orbitais 4p começam a ser


preenchidos.

Metais de transição: são os elementos nos quais os elétrons d são os elétrons de valência.

81
O formato dos orbitais

LANTANÍDEOS E ACTINÍDEOS

Do Ce em diante, os orbitais 4f começam a ser preenchidos.

Observe: La: [Kr]6s25d14f1

Os elementos Ce-Lu têm os orbitais 4f preenchidos e são chamados lantanídeos ou


elementos terras raras.

Os elementos Th-Lr têm os orbitais 5f preenchidos e são chamados actinídeos.

A maior parte dos actinídeos não é encontrada na natureza.

82
Átomos polieletrônicos

CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS E A TABELA PERIÓDICA

A tabela periódica pode ser utilizada como um guia para as configurações eletrônicas.

O número do período é o valor de n.

Os grupos 1 e 2 têm o orbital s preenchido.

Os grupos 13-18 têm o orbital p preenchido.

Os grupos 3-12 têm o orbital d preenchido.

Os lantanídeos e os actinídeos têm o orbital f preenchido.


83
O formato dos orbitais

Digrama de bloco da tabela periódica mostrando a disposição dos elementos de acordo com o tipo de
orbital sendo preenchido pelos elétrons. 84
85
Configuração eletrônica
1
Distribuição eletrônica K 1s2 2 3

• Distribuição dos elétrons de um L 2s2 2p6 4


átomo dentro de seus orbitais 5
M 3s2 3p6 3d10 6
• Segue os princípio de Aufbau 7
(princípio da construção) e pela
N 4s2 4p6 4d10 4f14 8
Regra de Madelung:
1. Os orbitais são preenchidos O 5s2 5p6 5d10 5f14
em ordem crescente de n + l
P 6s2 6p6 6d10
2. Se dois orbitais tem o mesmo
valor de n + l, segue-se então
a ordem crescente de n Q 7s2 7p6
86
Configuração eletrônica
1
• Ex) Dê a configuração eletrônica K 1s2 2 3
----- dos seguintes elementos:
L 2s2 2p6 4
5
7N
M 3s2 3p6 3d10 6 7
8O
N 4s2 4p6 4d10 4f14 8
16S
O 5s2 5p6 5d10 5f14
20Ca
P 6s2 6p6 6d10
35Br
Q 7s2 7p6
87
Configuração eletrônica
1
• Ex) Dê a configuração eletrônica K 1s2 2 3
----- dos seguintes elementos:
L 2s2 2p6 4
5
7N 1s2 2s2 2p3
M 3s2 3p6 3d10 6 7
8O 1s2 2s2 2p4
N 4s2 4p6 4d10 4f14 8
16S 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4
O 5s2 5p6 5d10 5f14
20Ca 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2
P 6s2 6p6 6d10
35Br 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p5
Q 7s2 7p6
88
Configuração eletrônica

• Ex) Quantos elétrons existem na camada de valência destes elementos?

7N 1s2 2s2 2p3

8O 1s2 2s2 2p4

16S 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4

20Ca 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2

35Br 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p5


89
Configuração eletrônica

• Ex) Quantos elétrons existem na camada de valência destes elementos?

7N 1s2 2s2 2p3 Camada de valência: 2 (L) Quantidade de e–: 2 + 3 = 5

8O 1s2 2s2 2p4 Camada de valência: 2 (L) Quantidade de e–: 2 + 4 = 6

16S 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4 Cam. valência: 3 (M) Quant. de e–: 2 + 4 = 6

20Ca 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 Cam. valência: 4 (N) Quant. de e– = 2

35Br 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p5 Cam. valência: 4 (N) Quant. de e–: 2 + 5 = 7
90
Configuração eletrônica

Preenchimentos dos orbitais: Princípio da exclusão de Pauli


• “2 elétrons não podem apresentar o mesmo conjunto de números quânticos”
1 1 1
• 4º número quântico: spin – s ou ms 1 s = +
2
s = –
2

Ex) Faça o preenchimento dos orbitais atômicos do oxigênio


ml = –1 0 +1
2p4
ml = 0

Energia
Configuração eletrônica do 8O:
2s 2
2 2
1s 2s 2p 4
ml = 0
1s2 91
Configuração eletrônica

Preenchimentos dos orbitais: Princípio da exclusão de Pauli


• “2 elétrons não podem apresentar o mesmo conjunto de números quânticos”
1 1 1
• 4º número quântico: spin – s ou ms 1 s = +
2
s = –
2

Ex) Agora, dê o conjunto dos 4 números quânticos dos elétrons em azul e vermelho
ml = – 1 0 + 1
n = 2 n = 2 0 Orbital s
2p4
1 Orbital p
ml = 0 l= 1 l= 1
Energia

2s2 2 Orbital d
ml = 0 ml = – 1 ml = – 1
3 Orbital f
1s2 m = +½ ms = – ½ 92
s
RESUMO

93
94
• Obrigado.
• zecaufes@gmail.com
• 21967285386

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