Contabilidade Avancada Internacional
Contabilidade Avancada Internacional
Contabilidade Avancada Internacional
Internacional
AUTORIA
João Simba André
Bem vindo(a)!
Caro (a) aluno(a), se você se interessou pelo assunto dessa disciplina, isso já é um
ótimo sinal e o início de uma jornada que vamos trilhar a partir de agora. Assim
sendo, proponho, junto com você, construir conceitos relacionados com a
reorganização societária, momento no qual buscaremos mostrar as diversas formas
de organização societárias existentes.
Já na unidade ll, o foco vai recair sobre os conceitos que estejam relacionados ao
método da equivalência patrimonial e de todas as suas operações e especi cidades.
Ao longo desta unidade, vamos falar ou tratar de todos os procedimentos
necessários a serem realizados pelas sociedades coligadas e controladas devido às
exigências legais e regulamentares.
Por último, na unidade IV, vamos abordar a forma como uma entidade pode fazer
em moeda estrangeira suas demonstrações. Mostrando os diversos motivos, as
entidades necessitam emitir demonstrações em moedas estrangeiras, seja porque
elas estão recebendo investimento de um sócio internacional ou, ainda, porque elas
estão captando recursos no exterior. Ao longo da unidade, vamos veri car os tipos
de operações realizadas pelas entidades que necessitam realizar a conversão de
suas contas e demonstrações de moeda estrangeira para moeda nacional.
Aproveito para reforçar o convite a você para, junto conosco, percorrer esta jornada
de conhecimento e multiplicar os conhecimentos sobre outros assuntos abordados
no nosso material. Esperamos contribuir para o seu crescimento pessoal e
pro ssional.
AUTORIA
João Simba André
Introdução
Olá, aluno (a)! Seja bem-vindo (a) a nossa primeira unidade do livro de contabilidade
avançada e internacional.
Bons estudos!
Concentração e extinção de
sociedades
AUTORIA
João Simba André
Conceitos básicos
Com a globalização e a crescente concorrência entre os mercados, as empresas têm
procurado adotar estratégias que ajudam a mentir tal efeito e permitir que mesma
concorram de forma igual com outros mercados. Para tal tem surgido a adoção de
diversas medidas como a incorporação, fusão e cisão que têm sido usados pelas
organizações de forma a ultrapassar muitos desses problemas que enfrentam
devido a fatores internos e externos fora de controle da empresa.
Transformação
O processo de reorganização societária envolvendo as operações de incorporação,
fusão ou cisão é regido pelos artigos 223 a 234 da lei n° 6.404/1976 (Lei das S.A).
III – a composição, após a operação, segundo espécies e classes das ações, do capital
das companhias que deverão emitir ações em substituição às que se deverão
extinguir;
AUTORIA
João Simba André
Art. 227: a incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são
absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações.
AUTORIA
João Simba André
Para Valter e Missagia (2010), a fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais
sociedades para formar uma sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos
e obrigações. Os autores seguem argumentando que, no momento em que
acontece essa transformação, cam extintas as sociedades extintas, ou seja, nasce
uma nova que substitui as sociedades existentes.
Camelo (2019, p. 63) explica que o processo de fusão pode ocorrer de modo
horizontal ou vertical:
Para que se tenha um processo de fusão, é necessário que haja, pelo menos, duas
empresas para participarem no processo, no qual elas abdicam dos seus direitos
individuais para fundarem uma nova sociedade jurídica própria, mas sucessora das
anteriores, no que se refere a direitos e obrigações coletivos (VALTER; MISSAGIA,
2010).
Guimarães (2005, p. 120) expõe que a lei n° 6.404/1976, em seu Art. 228, trata sobre a
fusão da seguinte forma:
CIA
ALFA
A&B
OMEGA
(NOVA EMPRESA)
Fonte: o autor.
Na demonstração da gura acima, podemos constatar que a Cia. ALFA & Ômega
perderam os seus direitos individuais para criar uma nova sociedade que passa a ter
todos os direitos e obrigações.
Ativo 287.350,00
Passivo 126.312,00
Ativo 437.256,00
Passivo 213.534,00
Ativo 724.606,00
Passivo 339.846,00
NA PRÁTICA
Além de ser uma das maiores da história, a fusão da Exxon e a Mobil, no
ano de 1998, juntou novamente algumas das 34 empresas que surgiram
após a decisão da Justiça norte-americana de desmembrar a Standard
Oil, em 1911.
AUTORIA
João Simba André
De acordo com Art. 229 da lei n° 6,404/76, a cisão é descrita como a operação pela
qual a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais
sociedades, constituídas para esse m ou já existentes, extinguindo-se a companhia
cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se
parcial a versão.
Cisão Parcial
A empresa explora as atividades de transporte marítimo e terrestre de cargas. Em
decorrência de di culdades nanceiras, resolve abandonar o transporte marítimo,
negociando a carteira de clientes, embarcações, equipamentos e demais ativos
dessa atividade, que representam 30% de seu patrimônio (PEREZ JÚNIOR;
OLIVEIRA, 2012).
A seguir, o esquema abaixo mostra quando a empresa faz uma cisão parcial:
Figura 3 - Cisão Parcial
Empresa B
Transferência de 30% fomada com 30%
do patrimônio do PL de A
Empresa A
Empresa A
continua com 70%
de seu PI
AUTORIA
João Simba André
Avaliação de Investimentos: quando uma organização decide investir a longo prazo
(participação societária) em uma outra empresa, esse investimento realizado por ela
deve ser calculado e contabilizado para que os seus demonstrativos contábeis sejam
apresentados em função com as regras determinadas.
AUTORIA
João Simba André
Os investimentos avaliados pelo método custo são mantidos por seu valor histórico. A investidora
não altera o valor contábil do investimento em função da investida ter apurado lucro ou prejuízo.
Os dividendos declarados pela investida são contabilizados como receita pela investidora
(ALMEIDA, 1997).
Para melhor compreender esse método, Almeida (1997) apresenta exemplo de uma negociação
feita pela empresa Holding S.A. de como seria um cálculo dela levando em consideração o método
de avaliação de custo.
A holding S.A. comprou em 1-1-19X1 8% do capital social de subsidiária S.A. pelo valor de $900. A
subsidiária apurou um lucro de $200 no exercício social de 19X1 e declarou dividendos em 31-12-19X1
no valor de $ 100. Holding S.A. faria os seguintes lançamentos contábeis pelo o método de custo:
Débito Crédito
Investimento
1-1- na
900
19X1 subsidiária
S.A
Disponível
pela
900
aquisição do
investimento
31- Dividendos a
12- receber ($ 8
19X1 100 x 8 = $ 8)
Receita de
dividendos
Pelo registro 8
dos
dividendos
O autor ressalta que o valor contábil do investimento pelo método do deve ser alterado em
seguintes hipóteses:
AUTORIA
João Simba André
O método de avaliação pela equivalência patrimonial está previsto no art. 248 da lei
n° 6.404/76 e posteriormente, regulado pelo decreto-lei n°1.598/77 (arts. 20 a 26).
Deste modo, podemos destacar a importância deste método de avaliação por trazer
o valor que corresponde à aplicação feita pelo o investidor e permitir que ele tenha
conhecimento dos resultados da empresa, bem como possa receber conforme a
percentagem do valor que foi investido.
Esse método tem fundamento pela ocorrência de que o patrimônio líquido contábil
demonstra exatamente a riqueza real de uma empresa avaliada através dos
princípios contábeis geralmente aceites. Assim, se uma organização possuir 30% do
capital de uma empresa, caberá a ela o direito dos 30% do patrimônio líquido dessa
entidade (PEREZ JÚNIOR; OLIVEIRA, 2012).
Patrimônio
$ 20.000 Investimento % 6.000
líquido
a) controladas;
b) coligadas;
Fonte: o autor.
Uma entidade pode exercer o controle sobre outra de duas formas distintas, seja
através do controle direto que ocorre quando a entidade investidora possui o direito
a mais de 50% do capital votante no capital da entidade investida. Outra
possibilidade é a entidade exercer o controle indireto, neste caso, a entidade
investidora possui o controle de uma entidade B que possui controle de uma
entidade C, assim, ela acaba controlando indiretamente a entidade C (VICECONTI,
NEVES, 2013).
AUTORIA
João Simba André
Controlada: a de nição de controlada, segundo a legislação societária, está descrita
no artigo 243 da lei nº 6.404/76, também conhecida por Lei das Sociedades por
Ações.
100% CT
Fonte: o autor.
Exemplo de controle direto no qual a controladora Alfa possui 70% das ações com
direito a voto da controladora ômega.
70% CV
Fonte: o autor.
Empresa coligada
AUTORIA
João Simba André
Coligada: o artigo 243 da lei nº 6.404/76 dispõe que “são coligadas as sociedades nas
quais a investidora tenha in uência signi cativa” (BRASIL, 1976, on-line). É
importante mencionar que, segundo a mesma lei, entende-se por in uência
signi cativa “quando a investidora detém ou exerce o poder de participar nas
decisões das políticas nanceira ou operacional da investida, sem controlá-la” e
também se realça que “é presumida in uência signi cativa quando a investidora for
titular de 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem
controlá-la”. Cabe destacar que a lei não faz referência sobre as participações
indiretas, ou seja, as empresas são coligadas somente por participações diretas.
Deságio: por dedução, esse termo re ete a situação inversa, isto é, quando o valor
das ações adquiridas por valor superior ao valor patrimonial, conforme Júnior e
Oliveira (2012). Portanto, o deságio representa a perda, a diferença para menos entre
o custo de aquisição de um determinado investimento em detrimento do seu valor
patrimonial.
SAIBA MAIS
Uma das consequências da crise global foi à precipitação de uma onda
de fusões entre grandes empresas. No âmbito nacional, três grandes
uniões colocaram empresas brasileiras entre as maiores do mundo:
Sadia e Perdigão se uniram para criar a maior exportadora global de
frango; a Votorantim Celulose e Papel (VCP) assumiu o controle da
Aracruz e formou a maior produtora mundial de celulose; o grupo JBS
se tornou líder do setor de carnes no mundo com a aquisição da
americana Pilgrim's Pride e da rival brasileira Bertin..
Com o processo de globalização, através do qual as organizações estão cada vez mais
ligadas, a preocupação para qualquer tipo de entidade está em procurar novas
formas para se manter no mercado e conseguir resultados favoráveis, como no caso
de incorporação, fusão, cisão, entre outros.
Cada vez mais, o pro ssional de contabilidade deve estar atento para que seu
trabalho esteja alinhado com o mercado, buscando procedimentos que ocorram
dentro das organizações, para permitir a sua sobrevivência, onde as sociedades
devem ser transformadas, fundidas, incorporadas ou simplesmente vendam ou
encerrem atividades de unidade fabril caso haja necessidade.
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Unidade 2
Equivalência patrimonial e
suas operações
AUTORIA
João Simba André
Introdução
Olá, aluno (a)! Seja bem-vindo (a) a nossa segunda unidade do livro de Contabilidade
Avançada e Internacional.
Bons estudos!
Consolidação das
demonstrações contábeis:
conceitos e aplicações
AUTORIA
João Simba André
A consolidação das demonstrações contábeis é uma importante técnica contábil
que, basicamente, consiste na uni cação das demonstrações contábeis da entidade
controladora e de todas as suas controladas. A consolidação é realizada, pois as
entidades necessitam conhecer a situação patrimonial, econômica e nanceira de
todo o grupo, como se ele fosse uma única entidade econômica (RIBEIRO, 2018).
FICA A DICA
A compreensão sobre o processo de consolidação das demonstrações
contábeis é de grande importância para todos os pro ssionais da
contabilidade. É importante ressaltar também que as regras para
compreender o processo de consolidação são apresentadas em um
CPC especí co. Este CPC foi publicado no ano de 2010 e como intuito
tem principal harmonizar as normas contábeis brasileiras às normas
internacionais. Por isso, recomenda-se a leitura integral do CPC 36 (R3) -
Demonstrações Consolidadas como atividade para complementar do
processo de aprendizado sobre este tema.
INVESTIMENTO EM
O investidor tem o
controle? SIM CONTROLADA – AVALIADO
NÃO PELO MEP – CPC 18 (R2)
INVESTIMENTO EM
O investidor tem
influência significativa? SIM CONTROLADA – AVALIADO
PELO MEP – CPC 18 (R2)
NÃO
INVESTIMENTO EM
ENTIDADE CONTROLADA
O investidor controla a
entidade em conjunto? SIM EM CONJUNTO –
AVALIADO PELO MEP –
CPC 19 (R2)
N
Ã
O
Fonte: o autor.
Considerando o apresentado pela lei nº 6404, temos dois conceitos que devem ser
apresentados. São eles:
Um importante conceito que deve ser conhecido por todos os pro ssionais que
atuam na contabilidade trata-se do conceito de in uência signi cativa, que pode ser
compreendida como “o poder de participar das decisões sobre políticas nanceiras
e operacionais de uma investida, mas sem que haja o controle individual ou
conjunto dessas políticas” (CPC 18, 2012, p. 2). Para que seja possível constatar a
in uência signi cativa entre duas entidades, deve ser analisado um ou mais dos
seguintes aspectos:
Uma entidade somente perde a in uência signi cativa sobre outra entidade
quando ela perde o poder que possuía de participar nas decisões sobre as políticas
nanceiras e operacionais desta; portanto, quando ela deixa de participar das
principais decisões da investida. Constatamos a perda da in uência signi cativa
mesmo que não se tenha uma mudança efetiva no nível de participação acionária
absoluta ou relativa entre controladora e controlada. Como exemplo, podemos citar
o caso de uma entidade coligada que se torna sujeita ao controle de um governo, de
um tribunal ou, ainda, de um órgão administrador e/ou entidade reguladora. A
forma mais comum de se observar a perda de in uência signi cativa é quando ela é
derivada de um acordo contratual.
Investimentos Investimentos
temporários permanentes
Adquiridos com a intenção de revenda e tendo, geralmente, Adquiridos com a intenção de continuidade, representando,
caráter especulativo. Podem ser classificados no portanto, uma extensão da atividade econômica da investidora,
Ativo Circulante (AC) ou Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP) devem ser classificados no Ativo Permanente (AP)
AUTORIA
João Simba André
São considerados resultados não realizados os ganhos ou as perdas em transações
ou operações comerciais entre a investidora e suas coligadas e/ou controladas, cujo
valor ainda apareça, na data do encerramento do exercício, no balanço patrimonial
da compradora, não tendo sido, portanto, alienado para terceiros.
Normas idênticas a essas também foram adotadas tanto CVM como pelo o Banco
central. Segundo França (2010), tal situação é observada quando a entidade compra
de suas controladas ou coligadas bens que acabam gerando um resultado para
essas investidas. O autor segue argumentando que esse resultado não é verdadeiro
no que diz respeito a grupos de sociedade, assim, os bens permanecem estocados
ou em uso da investidora a época da avaliação do investimento pelo o método de
equivalência. Daí a necessidade de eliminá-lo do patrimônio líquido da investida
(PEREZ JÚNIOR, OLIVEIRA, 1998, p.36).
SAIBA MAIS
No Balanço Consolidado, o saldo de cada conta corresponderá à soma
dos saldos da respectiva conta, constante em cada um dos Balanços
das empresas que participam do grupo. Entretanto, a técnica de
consolidação não consiste apenas na soma dos saldos das contas por
demonstração, mas também na eliminação daqueles que guardem
reciprocidade entre as empresas do grupo.
Conforme menciona a Lei das Sociedades por Ações, bem como as normas
internacionais, estabelecem que os resultados não realizados gerados em
transações da investida com a investidora não devem ser computados no
patrimônio líquido da respectiva investida para efeito de avaliação do investimento
pelo método de equivalência patrimonial.
Em outras palavras, não é reconhecida via MEP a parte do investidor nos lucros não
realizados gerados por sua investida, igualmente ao que consta na Lei, mas
determina algo além da lei: não permite reconhecimento do lucro no investidor
quando ele próprio tenha gerado em vendas para controlada(s). Na verdade, esse
não reconhecimento do lucro no investidor não é mencionado pela Lei no capítulo
em que trata do assunto porque quando a investidora vende para a controlada não
há nada que diga respeito ao MEP, o que existe é em função de resultado na
investida, jamais na investidora.
Em relação aos tributos incidentes sobre os lucros não realizados, apesar de não
previsto na Lei n 6.404/76, eles devem ser considerados, inclusive por exigência dos
pronunciamentos do CPC. Portanto, o valor dos resultados não realizados já deve
estar líquido do imposto de renda e da contribuição social para ns de equivalência
patrimonial. Com isso, como já dito, o valor do lucro não realizado, para ns de MEP,
é o valor líquido dos tributos incidentes sobre esse resultado.
Eliminação das receitas e
despesas intersocietárias
AUTORIA
João Simba André
Os procedimentos para eliminação ou não das perdas geradas em transações
intersociedades são distintos dependendo de (a) o MEP estar sendo aplicado para
avaliar investimentos em coligadas e controladas em conjunto ou em controladas;
(b) a perda apurada constituir ou não uma evidência de que o valor recuperável do
ativo transacionado está afetado; e (c) o investidor ser quem vendeu ou contribuiu
capital com ativos não monetários.
Isso signi ca que nas vendas das coligadas e controladas em conjunto para o
investidor (transações ascendentes) com perdas, a parte do investidor nessas perdas
será reconhecida somente se constituírem evidência de que o valor realizável ou
recuperável do ativo esteja afetado (lembre que, no caso de venda das controladas
para a controladora, o procedimento seria para reconhecer 100% das perdas caso
constituíssem evidência de impairment).
REFLITA
A contabilidade não permaneceu indiferente a essa tendência de
grande concentração de empresas sob comandos centralizados.
Sempre preocupados com seus diversos usuários, os pesquisadores e
outros pro ssionais da área contábil sentiram de imediato a
necessidade de desenvolver novas técnicas e procedimentos que
suprissem a lacuna de informações, dados e relatórios contábeis e
nanceiros especialmente desenvolvidos para a “entidade”
representada pelo conjunto de empresas de um único grupo
empresarial.
Aos pro ssionais que forem atuar em entidades que realizam investimentos como os
descritos nesta unidade, recomendamos a constante busca por conhecimentos e
atualização frequente, para que assim seja possível atender todos os anseios das
entidades e também de todos os stakeholders envolvidos no processo.
Bons estudos!
Leitura complementar
Compreender o processo de consolidação das demonstrações contábeis é um
desa o para todos os pro ssionais da contabilidade. Sendo assim, propomos a leitura
do artigo “Novas regras de Basileia III na estrutura de capital dos bancos brasileiros”,
que tem como objetivo principal apresentar como as instituições bancárias devem
apresentar as suas demonstrações de acordo com as normas contábeis vigentes e
também seguindo todas as normativas que regulam o setor bancário.
Livro
Filme
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Unidade 3
Contabilidade
internacional
AUTORIA
João Simba André
Introdução
Olá, aluno (a)! Seja bem-vindo (a) à nossa terceira unidade do livro de Contabilidade
Avançada e Internacional.
Bons estudos!
Cenário atual
harmonização no Brasil,
EUA e mundo
AUTORIA
João Simba André
Aspectos normativos da contabilidade
brasileira
As normas brasileiras de contabilidade são constituídas de todas as deliberações
emitidas pelo CFC e tratam-se de documentos que devem ser seguidos por
empresas e pro ssionais que atuam ou pretendam atuar com a prestação de
serviços contábeis em todo o país.
Todas as normas emitidas pelo CFC deverão estar de acordo com as normas
internacionalmente aceitas, ou seja, a sua descrição deverá estar ancorada nas
IFRS (International Financial Reporting Standards);
As normas brasileiras de contabilidade podem ser classi cadas como normas
pro ssionais ou normas técnicas;
As normas estabelecem preceitos de conduta ética de todos os pro ssionais
que atuam na contabilidade no país.
Fonte: o autor.
AUTORIA
João Simba André
O processo de avanço da convergência dos padrões contábeis no mundo todo é
algo que tem impactado diretamente a pro ssão contábil. A adoção da
International Financial Reporting Standards (IFRS), editada pelo International
Accounting Standards Board (IASB) desde o início dos anos 2000, tem exigido
especial atenção de todos os países que pretendem harmonizar suas regras com
essas (DANTAS et al., 2010).
Cada um dos fatos acima citados será melhor explorado a partir de agora. O
primeiro foi a edição da circular nº 3068 pelo Banco Central do Brasil, a qual tinha
como intenção:
Essa circular foi um dos pontos iniciais que propiciaram a internacionalização das
normas contábeis no Brasil. A criação do Comitê de Pronunciamento Contábil - CPC
em 2005 foi a principal ação dos órgãos que elaboram as normativas contábeis no
Brasil.
Bovespa/B3
IBRACON ABRASCA
CPC
APIMEC
FIPECAFI
NACIONAL
CONSELHO
FEDERAL DE
CONTABILIDADE
Fonte: o autor.
CONECTE-SE
A contabilidade possui diversas possibilidades para todos os
pro ssionais que nela atuam. Portanto, a auditoria é somente uma das
muitas funções a que o futuro pro ssional de contabilidade pode se
dedicar e construir sua carreira. Uma das entidades importantes na
área da contabilidade é o Instituto dos Auditores Independentes do
Brasil (IBRACON), o qual tem como função articular a formulação das
normas de auditoria independente.
ACESSAR
Segundo o CPC (2019, on-line), o órgão foi criado para atender às seguintes
necessidades:
CONECTE-SE
Muitos dos pro ssionais de contabilidade acabam por trabalhar em
grandes empresas que possuem capital aberto. Portanto, se faz
necessário que acompanhem as resoluções editadas pela Comissão de
Valores Mobiliários (CVM). Essa entidade tem como uma de suas
principais atividades scalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o
mercado de valores mobiliários no Brasil.
ACESSAR
Cada um dos CPC’s acima possui objetivos especí cos e pode ser aplicado em
situações diferentes da contabilidade. Portanto, cabe ao pro ssional contábil
analisar detalhadamente a situação, para que ele possa analisar qual CPC aplicar ou,
se for o caso, quais CPCs utilizar para lidar com as especi cidades de cada situação.
Cada uma destas entidades possui objetivos muito especí cos. Portanto, é extrema
necessidade que os pro ssionais de contabilidade conheçam todas elas. A SEC,
Comissão de Seguros e Câmbio surgiu da necessidade de se regular o mercado de
ações, que, antes do Grande Crash de 1929, possuía quase nenhuma regulação. Após
muitos investidores perderem seus recursos, surgiu então a necessidade de se
regular o mercado de ações
FINANCIAL
ACCOUNTING
STANDARDS BOARD
Fonte: acesse o link Disponível aqui
International
Accouting Standards
Board ®
Fonte: IASB (2020).
De acordo com o CFC (2019), o IASB tem como função emitir as normas contábeis
que proporcionam a todos os países interessados na convergência o acesso a elas.
ACESSAR
Até o momento, já foram publicadas 17 IFRS. Abaixo, segue uma breve descrição das
dez primeiras IFRS já publicadas e disponíveis em português para serem estudadas:
IFRS 1 - A Norma Internacional de Relatório Financeiro IFRS 1 – Adoção pela
Primeira Vez das Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS). O
objetivo desta IFRS é assegurar que as primeiras demonstrações nanceiras de
acordo com as IFRS da entidade e seus relatórios nanceiros intermediários
para parte do período coberto por essas demonstrações nanceiras
contenham informações de alta qualidade que: (a) sejam transparentes para os
usuários e comparáveis em todos os períodos apresentados; (b) forneçam um
ponto de partida adequado para a contabilização de acordo com as Normas
Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS); (c) possam ser geradas a um
custo que não exceda os benefícios (IFRS, 2018).
IFRS 2 - Em fevereiro de 2004, o Conselho de Normas Internacionais de
Contabilidade (Conselho) emitiu a IFRS 2 – Pagamento Baseado em Ações. O
objetivo desta IFRS é especi car como uma entidade deve contabilizar uma
transação de pagamento baseada em ações em suas demonstrações
nanceiras. Em particular, ela exige que uma entidade re ita em seu lucro ou
prejuízo e posição nanceira os efeitos de transações de pagamento baseadas
em ações, incluindo despesas relacionadas a transações em que opções de
compra de ações são concedidas a empregados (IFRS, 2018).
IFRS 3 - Em janeiro de 2008, o Conselho emitiu uma IFRS 3 revisada. O objetivo
dessa IFRS é aumentar a relevância, con abilidade e comparabilidade das
informações fornecidas nas demonstrações nanceiras pela entidade que
reporta, sobre uma combinação de negócios e seus efeitos. Para alcançá-lo,
essa IFRS estabelece princípios e requisitos sobre como a adquirente deve: (a)
reconhecer e mensurar, em suas demonstrações nanceiras, os ativos
identi cáveis adquiridos, os passivos assumidos e qualquer participação de
não controladores na adquirida; (b) reconhecer e mensurar o ágio adquirido na
combinação de negócios ou um ganho em uma compra vantajosa; (c)
determinar quais informações divulgar para permitir aos usuários de
demonstrações nanceiras avaliarem a natureza e os efeitos nanceiros da
combinação de negócios (IFRS, 2018).
IFRS 4 - A IFRS 4 especi ca alguns aspectos do relatório nanceiro para
contratos de seguro por qualquer entidade que emita tais contratos e ainda
não tenha aplicado a IFRS 17. O IFRS 4 se aplica a todos os contratos de seguro
(incluindo contratos de resseguro) que uma entidade emitir e aos contratos de
resseguro que detém, exceto para contratos especí cos cobertos por outras
normas. Não se aplica a outros ativos e passivos de uma seguradora, como
ativos nanceiros e passivos nanceiros dentro do escopo da IFRS 9. Além
disso, não trata da contabilização por segurados (IFRS 4, 2018).
IFRS 5 - O objetivo da Norma Internacional de Relatório Financeiro IFRS 5 –
Ativos Não Circulantes Mantidos para Venda e Operações Descontinuadas é
especi car a contabilização de ativos mantidos para venda e a apresentação e
divulgação de operações descontinuadas. Em particular, a IFRS exige: (a) que
os ativos que atendam aos critérios para serem classi cados como mantidos
para venda sejam mensurados pelo menor valor entre o valor contábil e o valor
justo menos custos para vender, e que cesse a depreciação sobre esses ativos;
(b) que os ativos que atendam aos critérios para serem classi cados como
mantidos para venda sejam apresentados separadamente na demonstração
da posição nanceira e os resultados das operações descontinuadas sejam
apresentados separadamente na demonstração do resultado abrangente
(IFRS, 2018e, p. 4).
IFRS 6 - O objetivo da Norma Internacional de Relatório Financeiro IFRS 6 –
Exploração e Avaliação de Recursos Minerais é especi car o relatório nanceiro
para a exploração e avaliação de recursos minerais. Em particular, a IFRS exige:
(a) melhorias limitadas às práticas contábeis existentes para os gastos de
exploração e avaliação; (b) que as entidades que reconhecem ativos de
exploração e avaliação avaliem esses ativos quanto à redução ao valor
recuperável de acordo com esta IFRS e façam a mensuração de qualquer
redução ao valor recuperável conforme a IAS 36 – Redução ao Valor
Recuperável de Ativos; (c) divulgações que identi quem e expliquem os valores
nas demonstrações nanceiras da entidade, que resultem da exploração e
avaliação de recursos minerais e ajudem os usuários dessas demonstrações a
entender o valor, a época e a certeza de uxos de caixa futuros, provenientes de
quaisquer ativos de exploração e avaliação reconhecidos (IFRS, 2018).
IFRS 7 - O objetivo da Norma Internacional de Relatório Financeiro IFRS 7
(Instrumentos Financeiros: Divulgações) é exigir que as entidades forneçam
divulgações em suas demonstrações nanceiras que permitam aos usuários
avaliar: (a) a signi cância de instrumentos nanceiros para a posição e
desempenho nanceiro da entidade; (b) a natureza e extensão de riscos
decorrentes de instrumentos nanceiros, aos quais a entidade está exposta
durante o período e no nal do período de relatório, e como a entidade
gerencia esses riscos (IFRS, 2018).
IFRS 8 - A Norma Internacional de Relatório Financeiro IFRS 8 (Segmentos
Operacionais) será aplicada a: (a) demonstrações nanceiras separadas ou
individuais de uma entidade: (i) cujos instrumentos de dívida ou de patrimônio
sejam negociados em um mercado público (uma bolsa de valores nacional ou
estrangeira ou um mercado de balcão, incluindo mercados locais e regionais),
ou (ii) que registre, ou esteja em processo de registro de, suas demonstrações
nanceiras junto a uma comissão de valores mobiliários ou outra organização
reguladora para a nalidade de emitir qualquer classe de instrumentos em um
mercado público; (b) demonstrações nanceiras consolidadas de um grupo
com uma controladora: (i) cujos instrumentos de dívida ou de patrimônio
sejam negociados em um mercado público (uma bolsa de valores nacional ou
estrangeira ou um mercado de balcão, incluindo mercados locais e regionais),
ou (ii) que registre, ou esteja em processo de registro de, suas demonstrações
nanceiras consolidadas junto a uma comissão de valores mobiliários ou outra
organização reguladora para a nalidade de emitir qualquer classe de
instrumentos em um mercado público (IFRS, 2018).
IFRS 9 - O objetivo da Norma Internacional de Relatório Financeiro IFRS 9
(Instrumentos Financeiros) é estabelecer princípios para o relatório nanceiro
de ativos nanceiros e passivos nanceiros que apresentarão informações
relevantes e úteis aos usuários de demonstrações nanceiras para a sua
avaliação dos valores, época e incerteza dos uxos de caixa futuros da entidade
(IFRS, 2008).
IFRS 10 - O objetivo da Norma Internacional de Relatório Financeiro IFRS 10
(Demonstrações Financeiras Consolidadas) é estabelecer princípios para a
apresentação e elaboração de demonstrações nanceiras consolidadas
quando uma entidade controla uma ou mais entidades (IFRS, 2018).
AUTORIA
João Simba André
A Lei Sarbanes-Oxley surgiu em Julho de 2002, para desencorajar as alegações e
desculpas dos executivos, através de várias medidas que intensi cam as
conferências internas e aumentam a responsabilidade.
AUTORIA
João Simba André
Governança corporativa surge com o objetivo de proteger as empresas, trazendo um
conjunto de normas e princípios que determinam como a mesma é dirigida e
controlada, de forma que traga harmonia entre os acionistas e os executivos da
organização. Sendo assim, governança corporativa norteia as empresas para que
alcancem bons resultados. Existem diversas de nições para governança corporativa,
mas todas elas trazem a mesma perspectiva de princípios, práticas e objetivos.
Com o processo de globalização cada vez mais acentuado, ca difícil para qualquer tipo de
entidade se desvincular das obrigações surgidas oriundas desse processo. Para a
contabilidade, essa obrigação não é diferente: junto com o aumento do uxo de mercadorias
e, principalmente, do capital, surge o processo de harmonização das normas contábeis.
Cada vez mais, o pro ssional de contabilidade deve estar atento para que seu trabalho esteja
alinhado com as normas internacionais de contabilidade. Embora muitas das normas são
aplicadas apenas para entidades de capital aberto, nota-se que os padrões internacionais
acabam re etindo também nas empresas de capital fechado.
Em suma, espera-se que o pro ssional contábil esteja atualizado e preparado para todos os
desa os que a pro ssão apresenta.
Leitura complementar
Convergência das normas contábeis do SFN às normas internacionais
Para assegurar o cumprimento das regras, o BC realiza ações e estudos para checar a
adequação da regulação brasileira à internacional. Entre estes estudos, estão diagnósticos
das normas de contabilidade do Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro
Nacional (COSIF) em relação aos padrões internacionais de divulgação nanceira (IFRS)
promulgados pelo IASB. Estas análises são referentes a normas de julho de 2007.
O BC também produziu comunicado que trata dos procedimentos para a adequação das
normas de contabilidade e auditoria aplicáveis às instituições nanceiras e demais
instituições autorizadas a funcionar pela autoridade monetária com base na Lei nº 11.638, de
31 de dezembro de 2007. Além disso, divulgou o histórico das divergências observadas nas
normas do COSIF durante a elaboração dos diagnósticos e das adequações às disposições
contidas na referida lei.
Fonte: o autor.
Livro
Filme
Unidade 4
Demonstrações contábeis
internacionais
AUTORIA
João Simba André
Introdução
Olá, aluno (a)! Seja bem-vindo (a) à nossa quarta unidade do livro de Contabilidade
Avançada e Internacional.
Nesta unidade vamos abordar como uma entidade pode fazer de moeda
estrangeira em suas demonstrações. É importante salientar que, por diversos
motivos, as entidades necessitam emitir demonstrações em moedas estrangeiras,
seja porque ela está recebendo um investimento de um sócio internacional ou,
ainda, porque ela está captando recursos no exterior. Hoje, com a globalização, é
comum que entidades realizem transações em moedas diferentes da moeda
nacional e isso acaba gerando algum impacto em suas demonstrações.
Bons estudos!
Conversões das
demonstrações contábeis
em moeda estrangeira
AUTORIA
João Simba André
O processo de internacionalização dos mercados tem provocado uma série de
mudanças no ambiente organizacional. Isso tem afetado tanto no desenvolvimento
do mercado de capitais, impactando diretamente no crescimento dos investimentos
estrangeiros diretos, quanto na formação de blocos econômicos pelos países. Esses
movimentos têm proporcionado às entidades de todos os setores uma crescente
inovação em relação às novas práticas contábeis.
Possibilitar a consolidação e
combinação de demonstrações Avaliar os resultados das
contábeis de empresas localiza- operações independentes
das em vários países realizadas no exterior.
ao redor do mundo.
Permitir ao investidor
estrangeiro melhor
acompanhamento de
eu investimento.
SAIBA MAIS
Dentre os tipos de instrumentos nanceiros disponíveis para as
entidades, podemos destacar os hedges, que são operações realizadas
com vistas a proteger o patrimônio dela contra riscos.
Analisando as duas normas acima, podemos perceber que não existem diferenças
signi cativas entre os métodos de conversão: em ambas, podemos perceber que é
utilizada a taxa cambial de fechamento do dia das operações. Note que a taxa
cambial é de grande importância no momento que se realiza a conversão de uma
demonstração contábil.
CONCEITUANDO
O International Accounting Standard (IAS), Orgão Internacional de
Contabilidade que instituiu a Norma Contábil nº 39 – Instrumentos
Financeiros: Reconhecimento e Mensuração –, é o documento que
apresenta como as entidades devem mensurar e evidenciar sobre as
operações com derivativos em todo o mundo.
AUTORIA
João Simba André
O sistema contábil brasileiro, através do comitê de pronunciamentos contábeis,
adotou o IAS 21, que, por sua vez, foi traduzido e adaptado pelo Comitê de
Pronunciamentos Contábeis e ganhou o nome de CPC 02. Segundo o CPC 02, que
trata dos efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações
contábeis, uma entidade tem a possibilidade de manter suas atividades operacionais
em moeda estrangeira de duas formas: ela pode tanto ter transações em moeda
estrangeira, importação ou exportação, por exemplo, como ela pode ter operações no
exterior ( liais/subsidiárias/franquias).
Em relação ao alcance do pronunciamento 02, é necessário salientar que ele deve ser
aplicado nas três situações abaixo:
REFLITA
Segundo Padoveze, Benedicto e Leite (2014, p. 543),
Quando uma entidade de ne sua moeda funcional, ela não deve alterar essa moeda
novamente em pouco tempo, alterando-a somente caso tenha ocorrido mudança no
volume das transações com o exterior ou, ainda, alguma condição subjacente, como a
empresa receber algum investidor estrangeiro que tenha como exigência a emissão
de demonstrações na moeda de seu país de origem (CPC 02, 2010).
Quando uma empresa decide converter suas demonstrações para uma moeda
funcional, ela deve utilizar a taxa cambial da data de alteração. Quando a entidade
opta por converter suas demonstrações, pode ser que ocorram efeitos scais
advindos dessas conversões. Portanto, o pro ssional contábil deve se atentar para
recolher os valores devido ao sco do país.
AUTORIA
João Simba André
Ao efetuar a contabilização de todas as operações em moeda estrangeira, as
entidades devem contabilizar se houve ganhos e perdas nessas transações com
moedas estrangeiras e variações cambiais. Importante reforçar que essas perdas e
ganhos podem ser advindos da conversão do resultado e da posição nanceira que a
entidade (incluindo a entidade no exterior) possui em relação à moeda diferente que
ela possui e também de todos os efeitos scais que são produzidos por esta variação.
AUTORIA
João Simba André
A de nição que a contabilidade utiliza para designar instrumentos nanceiros “não
deixa dúvida quanto à necessidade de evolução da controladoria e da ciência contábil
para atender aos objetivos básicos da gestão de riscos e controles das novas
ferramentas gerenciais e nanceiras” (OLIVEIRA et al., 2008, p. 98).
A sua alta
alavancagem
Grande velocidade
nas transações
Complexidade da
estrutura financeira
dos produtos
Fonte: o autor.
Em relação a segunda característica dos derivativos, ela está atrelada a velocidade das
transações, pois as operações com derivativos são realizadas pelo mercado nanceiro,
que, por sua vez, é considerado frenético devido a sua integração com o mercado
internacional. Sendo assim, essa velocidade entra em con ito com a dinâmica que os
pro ssionais contábeis estão acostumados a lidar no dia a dia nas entidades.
Operações a
termo
Swaps Opções
Fonte: o autor.
Segundo Oliveira et al. (2008), os derivativos existem com quatro nalidades distintas,
são elas:
Gerenciar os riscos futuros de uma decisão no presente para
proteger a empresa;
SAIBA MAIS
A securitização também é muito utilizada pelas entidades com vistas de
proporcionar maior proteção as suas operações. Em suma, essas
operações visam a transferência de dívidas ou créditos para investidores,
o que faz com que eles passem a ser os novos credores dessas dívidas ou
créditos.
Um último ponto que deve ser ressaltado é que cada vez mais entidades realizam
operações nanceiras de derivativos e securitização, razão pela qual os pro ssionais
da contabilidade devem também buscar esse tipo de conhecimento, uma vez que ele
está sendo muito demandado pelas entidades.
Leitura complementar
O uso de derivativos vem sendo realizado cada vez mais pelas entidade brasileiras.
Seja buscando maior proteção ou, ainda, visando ganhos nanceiros, essa prática tem
aumentado cada dia mais.
No artigo “Uso de derivativos para hedge melhora os ratings de crédito das empresas
brasileiras?”, os autores buscam identi car os fatores que podem explicar as
atribuições dos ratings, com especial atenção ao impacto do uso de derivativos pelas
entidades brasileiras.
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Considerações Finais
Prezado(a) aluno(a),
A partir de agora acreditamos que você já está preparado para seguir em frente,
desenvolvendo ainda mais suas habilidades e ferramentas para fazer as diversas
formas de reorganizações societárias e avaliação de negócios.