Tut 10
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EPIDEMIOLOGIA
O tromboembolismo venoso (TEV) inclui trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar
(EP) e é uma causa cardiovascular de morte e de incapacidade. Nos Estados Unidos (EUA), o
Surgeon General estima que haja entre 100.000 e 180.000 mortes anualmente causadas por EP e
declarou que essa é a causa de morte passível de prevenção mais comum nos pacientes
hospitalizados.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Dor, edema, eritema e palpação de um cordão venoso endurecido (na coxa e panturrilha –
trombo ebite) → em 47%
• TEP n costuma se apresentar como colapso circulatório (inicialmente) → qnd acontece, dispneia
+ taquipneia é observada em 91%
- Também é comum sinais de insu ciência VD → distensão jugular, terceira bulha a direita e VD
palpável no precórdio
• Principal sintoma TVP → dor no membro q vai aumentando ao longo dos dias
• Em portadores de TEP → principal sintoma é a dispneia súbita inexplicada
- A Dor pleurítica, tosse, chiado no peito, ortopneia, taquicardia e taquipneia também
podem ser vistos
FISIOPATOLOGIA
In amação e ativação de plaquetas A tríade de Virchow de estase venosa,
hipercoagulabilidade e lesão do endotélio leva a recrutamento de plaquetas ativadas, as quais
liberam micropartículas. Essas micropartículas contêm mediadores próin amatórios que se ligam
a neutró los estimulando-os a liberar seu material nuclear e a formar redes extracelulares,
denominadas armadilhas extracelulares de neutró los. Essas redes pró-trombóticas contêm
histonas que estimulam a agregação plaquetária e promovem a síntese de trombina dependente
de plaquetas. Trombos venosos se formam e orescem em ambiente de estase, baixa tensão de
oxigênio e aumento da expressão (upregulation) de genes pró-in amatórios.
Fisiologia
As anormalidades mais comuns na troca de gases são hipoxemia arterial e aumento no gradiente
alveolar-arterial de tensão de O2, o que representa ine ciência na transferência de O2 nos
pulmões. O espaço morto anatômico aumenta, uma vez que o gás respirado não entra nas
unidades de troca gasosa do pulmão. O espaço morto siológico aumenta porque a ventilação
para a as unidades de troca gasosa excede o uxo sanguíneo venoso que passa pelos capilares
pulmonares.
Outras alterações siopatológicas são:
- Aumento da resistência vascular pulmonar causada por obstrução vascular ou secreção
pelas plaquetas de agentes neuro-humorais vasoconstritores, como a serotonina.
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- Comprometimento da troca gasosa em razão de aumento no espaço morto alveolar causado
por obstrução vascular, hipoxemia em razão de hipoventilação alveolar em relação à perfusão
no pulmão não obstruído, o shunt da direta para a esquerda ou redução da transferência de
monóxido de carbono, em razão da perda de superfície de troca gasosa.
- Hiperventilação alveolar devido à estimulação re exa dos receptores alveolares.
- Aumento da resistência das vias respiratórias em razão da constrição de vias respiratórias
distais aos brônquios.
- Redução da complacência pulmonar em razão de edema pulmonar, hemorragia pulmonar ou
perda de surfactante.
DIAGNÓSTICO
Avaliação clínica A EP é conhecida
como “a grande dissimuladora”. O
diagnóstico é difícil porque os sinais e
sintomas não são especí cos. O
sintoma mais comum é falta de ar sem
explicação. Quando uma EP oculta
ocorre com insu ciência cardíaca
franca ou com pneumonia, em geral
não há melhora clínica a despeito do
tratamento clínico padrão da doença
concomitante. Esse quadro é um
indicador clínico da possível
coexistência de EP.
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Na TVP, o sintoma mais comum
é uma cãibra ou dor muscular
repentina na parte inferior da
panturrilha, a qual persiste e se
intensi ca ao longo de vários
dias. Os critérios de pontuação
ajudam a estimar a probabilidade
clínica de TVP e de EP. Os
pacientes com probabilidade
baixa a moderada de TVP ou de
EP devem ser submetidos à
investigação diagnóstica inicial
apenas com dosagem de
d í m e ro s - D ( v e r E x a m e s d e
sangue), sem exames de imagem
obrigatórios. Contudo, nos
pacientes com alta probabilidade
clínica de TEV, deve-se pular a
etapa de dosagem de dímeros-D
e ir diretamente à etapa de
imageamento.
Dicas clínicas
- Nem toda dor na perna é causada por TVP e nem toda dispneia é causada por EP.
- Febre e calafrio geralmente indicam celulite, e não TVP.
- Os sinais físicos, se presentes, podem se limitar a um leve desconforto à palpação da
panturrilha.
- Os pacientes com TVP maciça frequentemente se apresentam com edema, dor e eritema
acentuados na coxa.
- Se o membro inferior estiver difusamente edemaciado, é improvável que haja TVP. É mais
provável que se trate de exacerbação aguda de insu ciência venosa em razão de síndrome
pós-trombótica.
- A trombose venosa dos membros superiores pode manifestar-se na forma de assimetria na
fossa supraclavicular ou na circunferência dos braços.
- Infarto pulmonar geralmente indica EP de pequena monta. Esse quadro é extremamente
doloroso porque o trombo se aloja perifericamente, próximo da inervação dos nervos pleurais.
- Entre as possíveis etiologias para EP não trombótica estão embolia gordurosa após fratura
pélvica ou de ossos longos, embolia tumoral, da medula óssea ou gasosa.
- Ocorre embolia de líquido amniótico quando as membranas fetais permitem extravasamento
ou sofrem ruptura na margem placentária.
-TC DO TÓRAX A TC do tórax com contraste intravenoso é o principal exame de imagem para o
diagnóstico de EP.
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA É feita com anticoagulação ou com instalação de ltro na veia cava
inferior. Para reduzir a gravidade da síndrome pós-trombótica em membros inferiores, pode-se
prescrever meia elástica abaixo do joelho, com 30 a 40 mmHg de compressão, por dois anos
após o episódio de TVP. Elas devem ser substituídas a cada três meses porque perdem
elasticidade.
APOIO EMOCIONAL Os pacientes com TEV podem se sentir arrasados quando tomam
conhecimento de que estão tendo EP ou TVP.
Eles especulam se serão capazes de se adaptar às novas limitações impostas pela
anticoagulação.
Aqueles aconselhados a manter a anticoagulação podem se sentir especialmente vulneráveis
acerca da possibilidade de sofrer TEV recorrente.
PREVENÇÃO DE TEV
Doses baixas de HNF ou de HBPM são a forma mais comum de pro laxia em pacientes
hospitalizados.
As auditorias em hospitais para assegurar o seguimento dos protocolos de pro laxia também
ajudam a aumentar a utilização de medidas preventivas.
Os pacientes submetidos à artroplastia total de quadril ou de joelho ou à cirurgia
para câncer bene ciam-se com a pro laxia farmacológica prolongada para TEV após a alta
hospitalar. Para artroplastia do quadril ou cirurgia extensa para câncer, a duração da pro laxia
geralmente é de pelo menos um mês.
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