Sebenta de Patologia e Terapêutica
Sebenta de Patologia e Terapêutica
Sebenta de Patologia e Terapêutica
Compilação dos
apontamentos das aulas com
a documentação fornecida
pela equipa docente
Realizado por:
Inês Correia
Ano letivo
2019-2020
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
ÍNDICE
2
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
3
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
1. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
“Vamos ter um
Prevê-se que a sua
É a principal causa de aumento de pouco mais
frequência continue a
hospitalização de de 70% das mortes
É um dos principais aumentar nos próximos
doentes com mais de devido a ICC, apenas
problemas de saúde anos devido ao
65 anos no mundo pelo efeito do
envelhecimento da
desenvolvido envelhecimento da
população
população”
1.1 Conceito
Insuficiência
do Coração
Esquerdo
4
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Insuficiência
Cardíaca
Congestiva
Insuficiência
Cardíaca • De novo
Aguda
Insuficiência
• Desenvolve-se e progride
Cardíaca lentamente
Crónica
• Anemia
Insuficiência Cardíaca • Gravidez
de Alto Débito • Hipertiroidismo
1.2 Diagnóstico
Sinais Sintomas
• Dispneia • Edemas
• Fadiga • Hipotensão
• Intolerância ao exercício • Cianose
• Perda de peso (anorexia) • Diminuição dos pulsos periféricos
(hipoperfusão periférica)
• Taquicardia
• Diminuição da função renal
5
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
6
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
1.3 Causas
Disfunção do miocárdio
• Doença cardíaca isquémica
• Cardiomiopatias
• Avidez e doença miocárdica (por exemplo, amiloidose)
• A insuficiência do ventrículo direito isolada segue-se a aproximadamente 33% dos enfartes do miocárdio
inferiores, uma vez que o aporte sanguíneo ao ventrículo direito é feito principalmente pela artéria
coronária direita
Sobrecarga de pressão
• Coração esquerdo: hipertensão e estenose aórtica. A estenose mitral não causa frequentemente
insuficiência do ventrículo esquerdo
• Coração direito: hipertensão pulmonar devida a doença pulmonar crónica (cor pulmonale), estenose
pulmonar
Sobrecarga de volume
• Administração ou retenção de fluidos em excesso (por exemplo insuficiência renal)
• A regurgitação da válvula aórtica ou da mitral causa insuficiência do ventrículo esquerdo
• A regurgitação da tricúspide causa insuficiência do ventrículo direito
Enchimento deficiente
• Pericardite constritiva (por exemplo TB; doença reumática cardíaca) ou tamponamento cardíaco (por
exemplo efusão pericárdica)
Arritmias / taquicardia
• Deficiente enchimento ventricular causando hipertensão arterial. Causam isquémia miocárdica pela
diminuição da diástole (por exemplo, fibrilhação atrial, taquicardia supreventricular)
Débito elevado
• Tirotoxicose, shunts arteriovenosos, anemia, doença de Paget, beribéri (deficiência de vitamina B),
septicémia
7
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
8
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Fatores cardiovasculares
Fatores sistémicos Fatores relacionados com o
doente
Isquémia ou enfarte
Hipertensão descontrolada Medicações inapropriadas
Não cumprimento da
Não conhecimento de doença Presença concomitante de medicação
valvular primária infeção
Não cumprimento do regime
Agravamento do Anemia dietético
regurgitamento mitral
Diabetes descontrolada Consumo de álcool
secundário
Disfunção tiroideia Abuso de substâncias
Início ou descontrolo de
fibrilação atrial Distúrbios eletrolíticos
Taquicardia excessiva Gravidez
Embolismo pulmonar
1.5 Fisiopatologia
9
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
10
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
11
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Mudanças Alterações
Alterações celulares
hemodinâmicas neuro-hormonais
12
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Aumento do
efeito
inotrópico Hipertrofia
Aumento da
frequência
Alterações cardíaca
Alterações Aumento do tecido
funcionais estruturais não muscular
Vasoconstrição
Aumento da
presença dos genes
Retenção de cardíacos nos
água e sódio adultos
1.6 Terapêutica
Beta
Diuréticos IECAs Espironolactona Vasodilatadores Digoxina
Bloqueadores
13
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Diuréticos
Bumetanida
0.5mg a 1mg (1x ou 2x dia) Hidroclorotiazida
Máximo de 10mg dia 25mg a 50mg (1x dia)
Furosemida Máximo de 25mg-50mg dia
20mg a 40mg (1x ou 2x dia)
Máximo de 400mg dia
Metolazona
Torasemida
2.5mg a 5mg (1x ou 2x dia)
10mg a 20mg (1x ou 2x dia)
Máximo 10mg -20mg dia
Máximo de 200mg dia
14
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Antagonistas da aldosterona
Beta Bloqueantes
Digoxina
15
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Insuficiência
Emergência
cardíaca Médica
aguda
Tratar as
Como começar? patologias Diuréticos IECAs
associadas
Beta
Espironolactona Vasodilatadores Digoxina
Bloqueadores
16
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Péptidos natriuréticos
100ng/l
Diagnostica melhor a IC que as variáveis clínicas (história, exames objetivos de
imagem)
Pode ser usado para incluir se <50 ng/l
Como prognóstico:
Quanto mais elevado o valor, mais elevada é a mortalidade
independentemente da classe, idade ou fração de ejeção
Com morte súbita
ANP, BNP
17
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
1.7 Prognóstico
18
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
19
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Será que o facto de ser do sexo masculino ou feminino nos permite responder
melhor ao tratamento da insuficiência cardíaca?
Dois grandes estudos realizados a 12058 pessoas, constataram que há uma maior
severidade de sintomatologia no sexo feminino, contudo com melhor
prognóstico que o sexo masculino
Fibrilhação atrial
Quando esta se encontra presente pode ser condutora dos diferentes sintomas e
piorar a função cardíaca, pelo que a restauração do ritmo sinusal pode ser
apropriado. Contudo, quando esta reflete a progressão de uma disfunção
cardíaca primária já não se deve atuar deste modo
Reabilitação
Cuidados Paliativos
20
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
2.1 Definição
Patogenia
Na região do
esterno, podendo Placa de ateroma,
irradiar, estenose aórtica,
Isquemia do Dor (aperto), peso provocada pelo taquiarritmia,
miocárdio esforço e que anemia,
alivia com o vasoespasmo
repouso (síndrome X),
arterite
21
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
2.3 Tipos
Classe I – atividade física habitual, como caminhar, subir escadas, não provoca
angina. Angina ocorre com esforços físicos prolongados e intensos
Classe II – discreta limitação para as atividades habituais. A angina ocorre ao
caminhar ou subir escadas rapidamente, caminhar em declives, caminhar ou
subir escadas após as refeições ou no frio ou ao vento ou sob stress emocional,
ou apenas durante poucas horas após o despertar. A angina ocorre após caminhar
dois quarteirões planos ou subir mais de um lance de escadas em condições
normais
Classe III – limitação com atividades habituais. A angina ocorre ao caminhar
um quarteirão ou a subir um lance de escadas
Classe IV – incapacidade de realizar qualquer atividade habitual sem
desconforto (os sintomas anginosos podem estar presentes no repouso)
Angina estável
Angina de decúbito
Angina de Prinzemetal
22
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
2.4 Causas
Tipo
Aterosclerose Causa mais comum. Os fatores de risco incluem hipertensão, hipercolesterolémia,
diabetes, tabagismo e antecedentes familiares de aterosclerose
Espasmo Vasoespasmo da artéria coronária pode ocorrer em qualquer indivíduo mas é mais
prevalente nos japoneses. Vasoconstrição aparece sendo mediada pela histamina,
serotonina, catecolaminas. Como o espasmo pode ocorrer em qualquer altura,
habitualmente a dor pré-cordial não surge relacionada
Embolia Causa rara da síndrome coronário agudo. Pode ocorrer em doentes com endocardite
Congénita Está presente em cerca de 1% a 2% da população. Contudo, apenas uma pequena
porção destas conduz a uma isquemia sintomática
2.5 Diagnóstico
Sintomas Sinais
• Dor pré-cordial aguda, • Palidez, febre, bradi/taquicardia,
>20minutos, associada a náuseas, sinais de insuficiência cardíaca,
sudorese, palpitações, dispneia e sopros, atritos pericárdicos,
irradiação choque cardiogénico, paragem
• Pode não haver dor, por exemplo cardíaca
nos diabéticos e idosos
• Pode acontecer: síncope, AVC,
estado confusional, sensação de
mal-estar, EAP, hipotensão
23
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Modificáveis
Não modificáveis Exercício físico,
Fatores de risco Género masculino, controlo de HTA,
idade e genética DM, tabaco, álcool e
colesterol
Enfarte do miocárdio
• Progride da superfície endocárdica para a epicárdica
24
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Enzimas
ECG
cardíacas
1. ECG
25
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
2. Enzimas cardíacas
26
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Taquiarritmias
Insuficiência cardíaca
Crises hipertensivas
Doença crítica (ex: choque/sépsis/queimaduras)
Miocardite
Doença cardíaca estrutural (ex: estenose aórtica)
Disseção aórtica
Embolia pulmonar, hipertensão pulmonar
Disfunção renal e doença cardíaca associada
Espasmo coronário
Doença neurológica aguda
Contusão cardíaca ou procedimentos (pós PCR, CV externa)
Hipotiroidismo e hipertiroidismo
Toxicidade medicamentosa do miocárdio
Esforços prolongados extremos – rabdomiólise
2.7 Terapêutica
Angina de Peito
• Modificação dos fatores de risco
• Aspirina: 75-150mg/dia – reduz a mortalidade ± 30-40%
• Beta bloqueadores: atenolol 50-100mg/dia
• Nitratos 10-30mg/dia, PO
• Antagonistas dos canais de cálcio: amlodipina 10mg/dia, diltiazem 90-180mg a cada 12h
PO
• Ivabradina < FC
• Trimetazidina - inibe a oxidação dos ácidos gordos e o miocárdio usa glicose
27
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Angina de Prinzmetal
• Espasmo
• Dor em repouso
• Frequência de aterosclerose ↓
• ECG: ST ↑
• Antagonistas de cálcio
• Evitar aspirina e beta-bloqueadores
Terapêutica hospitalar
28
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
● Elevação da troponina
● Alterações dinâmicas de ST ou onda T
1. Urgente ( < 120 minutos após a apresentação) Muitos doentes podem ter alta se a segunda
se angina persistente e alterações evolutivas de troponina for negativa. Tratar medicasmente e
ST, sinais de choque cardiogénico ou arritmias providenciar exames adicionais, por exemplo
potencialmente fatais prova de esforço, angiografia
2. Precoce (< 24h) se score GRACE > 140 e
doente de alto risco
3. No espaço de 72h se doente de baixo risco
CVP
Abordagem do Monitor de ECG e registo Análises Sanguíneas:
de ECG de 12 derivações hemograma, U & E, glicose,
EAM líquidos, enzimas cardíacas
Avaliação breve
História clínica de doença cardíaca, frequência de
doença coronária isquémica
AAS 300mg
Exame: pulso, PA (ambos os braços), PVJ, sopros,
(a menos que já tenha sido
sinais de ICC, pulsos dos membros superiores,
dada pelo MF/paramédicos)
cicatrizes de cirurgia cardíaca prévia, rx se não
atrasar o tratamento
Critérios para angioplastia ou fibrinólise?
29
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Trombólise
• Critérios de ECG para trombólise
- Supradesnivelamento ST > 1mm em 2 ou mais derivações do membros ou > 2mm em 2
ou mais derivações torácicas
- Bloqueio de ramo esquerdo de nova apresentação
- Enfarte posterior: infradesnivelamento ST profundo e ondas R altas em V1-V3
• Contra-indicações
- Antecedentes de hemorragia intracraniana
- AVC isquémico < 6 meses
- Neoplasia cerebral maligna ou MAV
- Traumatismo maior recente/cirurgia/traumatismo craniano (> 3 semanas)
- Hemorragia gastrointestinal (< 1 mês)
- Diátese hemorrágica conhecida
- Disseção aórtica
- Punções não compressíveis < 24h por exemplo biopsia hepática, punção lombar
• Contra-indicações relativas
AIT < 6 meses, terapêutica anticoagulante oral, gravidez < 1 semana pós parto,
hipertensão refractária (> 180/110mmHg), doença hepática avançada, endocardite
infeciosa, úlcera péptica ativa, reanimação prolongada/traumática
Escolha do agente:
c) Anti-Trombótico
30
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Adotar novos
Prevenção de
Reabilitação hábitos e estilo de Medicação
disritmias
vida
Trata-se o doente que tem a doença e não a doença que tem o doente
As guidelines foram desenvolvidas para doenças, não para pessoas com doença
Nem tudo está contemplado nos protocolos
As diferentes patologias (morbilidades) que se associam nos doentes torna difícil
a decisão clínica
2.8 Prognóstico
Idade
Apoio social
Localização e extensão do EAM
Complicações
Associado à cirurgia (bypass coronário)
31
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
3. CHOQUE
3.1 Definição
Resulta
Perda das
Débito cardíaco resistências
Ou de ambos
inadequado vasculares
periféricas
3.2 Classificação
Misto
Hipovolémico
Obstrutivo
Distributivo
Cardiogénico
32
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Choque
cardiogénico, Choque
hipovolémico e distributivo
obstrutivo
Aumento da Diminuição da
Aumento do débito
Baixo débito cardíaco resistência vascular resistência vascular
cardíaco
pulmonar (RVP) pulmonar (RVP)
Resistência Vascular
Débito cardíaco normal
Pulmonar normal
33
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
3.3 Fisiopatologia
Metabolismo anaeróbico
Acumulação de
Perfusão
Hipóxia celular Défice energético ácido láctico e
inadequada
alteração do pH
Disfunção da
Lisossomas
Substâncias membrana Acidose
intracelulares
tóxicas entram celular e falha da metabólica
libertam enzimas
em circulação "bomba de
digestivas
sódio"
Saída de potássio
Entrada de água e sódio
Destruição,
Epitélio capilar
disfunção e morte
danificado
celular
3.4 Diagnóstico
Sinais e sintomas
Extremidades
frias,
Agitação Palidez Taquicardia Taquipneia
cianosadas ou
ruborizadas
Enchimento Confusão /
Oligúria Hipotensão
capilar lento Coma
CID
(coagulopatia intravascular
Lesão da mucosa Isquemia
IRA disseminada) e hemorragia
gastrointestinal Gangrena
“púrpura” ; “locais de injeção
e cateterização hemorrágicas”
34
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Disfunção
Pré-Choque Choque Orgânica
Terminal
Coma
35
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Mecanismos compensatórios
Choque hipovolémico
ativados pela hipovolémia
• Taquicardia, pulso filiforme e rápido • Vasoconstrição
• Pele fria e húmida • Taquicardia
• Sede, agitação, cansaço, torpor • Venoconstrição
• Redução da diurese • Taquipneia
• Hipotensão • Incapacidade de descanso - aumento do
• Taquipneia trabalho muscular (em alguns casos)
• Aumento dos movimentos intersticiais até
aos capilares
• Aumento da secreção de vasopressores
• Aumento da secreção de glucocorticóides
• Aumento da secreção de renina e
aldosterona
• Aumento da secreção de eritropoitina
• Aumento da sintetização de proteína
plasmática
Hipovolémico
• Identificar e tratar a causa subjacente
• Dar bólus de fluidos: 10-15ml/Kg de cristalóide ou 3-5ml/kg colóide
• Fc < 100
• PAS > 90
• DU > 0.5ml/Kg/h
• PVC: 8-12mmHg
Hemorrágico
• Parar a hemorragia
• Tranfusão
Cardiogénico
• Cerca de 25% dos episódios sincopais são de origem cardíaca
• Mais frequente é o EAM – a incidência é cerca de 10% e a mortalidade de 60-90%
• Insuficiência cardíaca
• Arritmias
36
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
O2
Titular para manter Diamorfina Exames e
saturações arteriais 2.5mg-5mg EV para monitorização
entre 94%-89% (88%- dor e ansiedade rigorosa
92% se DPOC)
Hipo-preenchido?
- Expansor do plasma 100ml 15/15min EV Procurar e tratar qualquer causa
- Meta: PAM 70mmHg, PVC 8-10mmHg reversível
EM ou EP - considerar trombólise;
Bem/Hiper-preenchido? cirurgia em: defeito septal
- Suporte inotrópico por exemplo ventricular agudo, insuficiência
dobutamina 2.5-10µ/Kg/min EV mitral ou aórtica
Meta: PAM 70mmHg
Insuficiência Anafilaxia
Neurogénico
Sépsis endócrina
Fármacos, alimentos,
Lesão medular,
Qualquer infeção Doença de Addison, picadas de inseto,
anestesia epidural
hipotiroidismo contraste radiológico
37
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Choque distributivo
Neurogénico
Choque anafilático
Só 28% dos
doentes com Bactérias Gram+ são
Sépsis sépsis têm
Locais mais frequentes responsáveis por mais de 50%
bacteriémia dos casos (estafilococos)
nos doentes:
38
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Glóbulos brancos > 12 000 mm3, < 4000 mm3 ou > 10% immature (band)
forms
2. Sépsis
3. Sépsis severa
4. Choque séptico
Na terapêutica do Abordagem
choque sético as Doentes com sépsis e • Colher amostras: hemoculturas,
prioridades são: choque séptico a uroculturas, expectoração, LCR, cateteres,
• Estabelecer uma via administração de soros PCR, gasimetria arterial, etc.
aérea permeável salinos endovenosos • Dar bólus de fluidos: 30ml/Kg de
• Corrigir a (30ml/Kg) durante as cristalóide ou 7ml/kg coloide, O2
primeiras 3h e só depois
hipoxémia
iniciar aminas • Fármacos vasopressores - dobutamina,
• Estabelecer um vasopressores, fármacos dopamina, noradrenalina
acesso vascular inotrópicos e • PVC 8-12
eventualmente • PAS > 90
transfusões de • DU > 0.5ml/Kg/h
concentrado eritrocitário • Fc < 100bpm
• Antibioterapia: escolha dependente da
causa e das políticas locais
39
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
40
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
41
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Abordagem da anafilaxia
Assegurar a
permeabilidade da via
Administrar soros (até 2L) Se existir pieira – tratar
aérea. Fornecer O2 -
– titular consoante a como asma. Pode exigir
100%. Se houver
pressão arterial suporte ventilatório
obstrução respiratória
iminente, deve-se entubar
Se o doente se mantiver
Remover a causa: elevar Administrar clorfenamina hipotenso, transferir para a
os pés pode ajudar a 10mg e hidrocortisona UCI. Pode ser necessário
restaurar a circulação 200mg administração de
adrenalina, aminofilina e
salbutamol nebulizado.
Obter ajuda especializada
Administrar adrenalina IM
0.5mg. Repetir 5/5 minutos
se necessário e com base na
Obter CVP
pressão arterial, frequência
cardíaca e frequência
respiratória, até melhorar
→ Abordagem subsequente
Disfunção
Pré-Choque Choque orgânica Morte
terminal
42
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Hipoperfusão periférica,
Hipotensão, taquicardia,
dificuldade na libertação
oligúria, alteração do Taquipneia
do oxigénio para os
estado mental
tecidos
Critérios de gravidade
Choque Refractário
43
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Ventilação Mecânica
• Fornecer ao doente aporte de ar através de uma via aérea artificial, com recurso a um
ventilador mecânico, de modo a diminuir o seu trabalho respiratório e a
manter/recuperar a homeostasia de oxigénio e dióxido de carbono
• É iniciada de acordo com critérios clínicos e deve ser durante o tempo estritamente
necessário à reversão da causa de insuficiência respiratória
Objetivos
Diminuição da
Diminuição do Aumento do volume
Alívio da dispneia frequência
trabalho respiratório total
respiratória
44
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Pressão positiva
Aplicação intermitente de uma pressão superior à atmosférica na entrada da via aérea, criando um
gradiente de pressão entre esta e o alvéolo, condicionando a inspiração no momento da sua aplicação
Método actual de suporte ventilatório
Complicações
Preservação dos mecanismos de defesa das VAS Correção mais lenta das
Contras
45
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Indicações clínicas
Respiração:
Oxigenação – “Lung”
Ventilação – “Pump”
Causas
Hipoxémica e
Hipóxemica – IR
Hipercápnica – IR
Crónica Parcial ou IR Tipo 1
Global ou IR Tipo 2
Aguda Crónica agudizada PaO2 < 60 mmHg
PaO2 < 60 mmHg
(se hipercápnica (se hipercápnica (se hipercápnica PaCO2 normal ou
PaCO2 > 45 mmHg
pH ↓, PaCO2 ↑, pH N, PaCO2 ↑, pH ↓, PaCO2 ↑↑, diminuída
HCO3 N) HCO3 ↑) HCO3 ↑) Ex: pneumonia, EAP,
Ex: DPOC grave,
sobredosagem de
doenças do interstício
sedativos, SHO,
pulmonar, TEP
cifoescoliose
46
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Sinais e sintomas
Diminuição da
Respiração com
amplitude dos
Hiperventilação Adejo Nasal lábios semi-
movimentos
cerrados
respiratórios
Fisiopatologia
47
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
High Flow
Hipoxémia
Therapy
• Consciente e colaborante
• Terapêutica médica otimizada
• Dificuldade respiratória e necessidade de suporte ventilatório
• Sinais de esforço respiratório
• Alteração do valores gasimétricos:
pH < 7.35
PaCO2 > 45mmHg
Critérios de seleção PaO2 / FiO2 < 200
• Sem contra-indicação para o uso de VMNI
48
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
4.3 Ventiladores
Parâmetros de ventilação
IPAP EPAP
Pressão positiva inspiratória das vias Pressão positiva expiratória nas vias
respiratórias aéreas
IPAP = PS + PEEP
PS = IPAP – EPAP
EPAP = PEEP
49
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Modalidas ventilatórias
Ventilação Ventilação
em em
pressão volume
Atingir uma pressão Atingir um volume
pré-estabalecida pré-estabelecido
Variáveis de fase
50
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Finalização - Ciclagem
51
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Modos ventilatórios
Ventilação controlada
Ventilação assistida/controlada
Ventilação espontânea
52
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
EPAP ou PEEP
Previne “Rebreathing” CO2
Reduz o W Inspiratório necessário para ativar o “Trigger” inspiratório em doentes com auto-PEEP
Diminui formação de atelectasias ( ↑ CRF)
Recrutamento alveolar
Mantém a patência da via aérea
IPAP e PS
Melhora o Volume Corrente
Reduz o W muscular inspiratório
Washout CO2
CPAP
53
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
4.4 Complicações
Efeitos secundários
1. Máscara
2. Ventilação
3. Outros
1. Máscara
• Desconforto, eritema, dor
• Úlcera de pressão
• Claustrofobia
• Rash acneiforme
• Fuga/irritação ocular
Prevenção
Úlceras por pressão
Escolha adequada do tamanho e modelo da
interface
Ocorrem mais Ajuste simétrico e não demasiado apertado
frequentemente nos locais de Creme hidratante após retirada da máscara
contacto da interface com o Hidrocolóide
rosto Boa higiene do interface
Rotação
54
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
2. Ventilação
• Fuga / irritação ocular
• Distensão abdominal
• Secura das mucosas
• Congestão nasal
3. Outros
• Pneumotórax
• Hipotensão
• Broncoaspiração
Falência terapêutica
Assincronia
PaO2 e
Agravamento PaCO2 alvo
não atingidos
55
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Assincronia
• Estudo prospectivo: 43% dos doentes com assincronia severa
• 24%-27% tinham assincronia em mais de 10% dos ciclos respiratórios
• Doentes com mais assincronia estiveram mais tempo ventilados e maior duração de internamento
Questionar o
Observação do
doente quanto ao Analisar curvas
doente
conforto
Fuga
Estase de secreções
• Promover um nível de hidratação adequado
• Mudar para máscara nasal de modo a que o doente possa eliminar as secreções
• Promover uma tosse eficaz, estimulada e/ou reforçada pela fisioterapia respiratória
• Promover o uso da tosse assistida: Cough Assist
• Aspirar as secreções sempre que necessário
56
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Que interfaces?
Adaptador
de Oxigénio Circuito
Na parte Duplo:
traseira do máscara não
ventilador ventilada
(ideal) Simples: Peça em T Tempo
Filtro
máscara Humidificador para
bacteriológico Após o filtro 30-60 min
ventilada / aerossóis
bacteriológico
e antes do máscara não
circuito ventilada e
válvula
Junto ao expiratória
interface
57
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Que modalidade?
Modalidade Ventilatória
CPAP
BI-NÍVEL
PAC
PC
Preparação do doente
• Explicar a técnica e benefícios
• Se necessário sedação não depressora do centro respiratório (ansiólise)
• Cabeceira elevada a 45º/60º
• Satisfazer necessidades fisiológicas
• Colocação de próstese dentária, se uso
• Hidratação das mucosas e pele
• Selecionar interface adequado
• Proteção de zonas de pressão
• SNG caso indicado
Parâmetros alvo
Síndrome Obesidade
DPOC agudizada EAP
Hipoventilação
• EPAP 6 a 8cm H2O • EPAP alta 8-10cm • EPAP alta 7-9cm H2O
• IPAP 14 a 20cmH2O H2O (atenção ao ou mais se necessário
(aumentar mais para débito cardíaco) para correção das
corrigir hipercápnia) • IPAP 16 a 20cm H2O apneias obstrutivas
• FiO2 para Sat.O2 • FiO2 para Sat. O2 > • IPAP 18 a 20cm H2O
88%-90% 90% • FiO2 para Sat. O2
88%-90%
Monitorização – Contínua
Clínica
• Alívio da dispneia Hemodinâmica
• Melhoria estado de • Frequência/ritmo cardíacos
consciência Gasimétrica
Adaptação • Pressão arterial
• Estado da pele e 1h após doente/ventilador/interface • Frequência Respiratória
(2h/2h)
mucosas • Oximetria de Pulso
• Tolerância à técnica: (contínua)
sincronia
58
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
4.6 Tosse
Clearance mucociliar
Reflexo de tosse
59
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Tosse
• Reflexo de defesa cujo objetivo e limpar as vias aéreas inferiores. O espirro e um
reflexo semelhante ao da tosse, porém o seu objetivo é limpar as fossas nasais e a
nasofaringe
60
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Avaliação da Eficácia
Medição do fluxo expiratório máximo na Peak Cough Flow (PCF) / Peak Exalatory
tosse Flow (PEF)
Aspiração
Técnicas de Respiração
Respiração Glossofaríngea
Tosse Manualmente Assistida
Compressão Torácica/Abdominal
“Air Stacking”
Tosse Assistida Mecanicamente
Compressão/Oscilação Extra-torácica de Alta Frequência
Cough Assist
Aspiração de secreções
Vantagens Não necessita de cooperação do paciente e pode ser realizada por qualquer
pessoa treinada
Desvantagens Queda na saturação arterial de oxigénio em pacientes que requerem pressão
final expiratória positiva e fração inspirada de oxigénio elevados, pneumonia
nosocomial, aumento da pressão intra-craneana, atelectasia e instabilidade
hemodinâmicas, risco de contaminação, lesão da mucosa
Indicação Presença de secreções em vias aéreas centrais com incapacidade para
eliminá-las através da tosse
Contra-indicação Aspiração naso-traqueal: oclusão nasal, sangramento nasal, epiglotites,
trauma facial ou nasal, distúrbios de coagulação, laringoespasmo
61
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Respiração Glossofaríngea
Compressão Torácica/Abdominal
PCF < 270 L/min
“Air Stacking”
62
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
→ Smart Vest
Mecanismos fisiológicos
Fluxo expiratório elevado
Fluxo oscilatório assimétrico
Mecanismos Fisiológicos
• Acção mucocinética e mucolítica - Diminuição viscoelasticidade (30´22Hz)
• Optimização do transporte de muco - 11 a 15 HZ
• Aumento da frequência do batimento ciliar - Estimulação do nervo vago
• Segurança e eficácia bem documentadas
• Fácil ensino e aprendizagem
• Vigoroso mas confortável
• Variabilidade (contextos de aplicação e utilização) - Excelência no cuidado hospitalar e
domiciliário
• Portátil
63
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Evidência/Eficácia
• Doentes Traqueostomizados
• Lesão Medular Alta
• Desmame Ventilatório
• DPOC
• Doença Neuromuscular
Doentes traqueostomizados
• A aspiração de secreções por cânula de traqueostomia para além de aumentar o risco de
infecções nosocomiais tem normalmente acesso limitado à árvore brônquica esquerda
• O uso de In-Exsuflador mecânico através de cânulas de traqueostomia (com o cuff insuflado) é
eficaz na eliminação de rolhões provenientes de ambas as árvores brônquicas, sendo ainda
preferido pelos doentes com lesões medulares comparativamente à aspiração endotraqueal (…)
pressões mais elevadas de 60-70cmH2O é recomendado para superar a resistência
64
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Desmame Ventilatório
• Protocolos de desmame que incluem o uso de ventilação não invasiva (VNI), diminuem a
incidência de re-intubação e a duração de permanência na UCI. No entanto, o papel da VNI na
insuficiência pós-extubação ainda não está claro. A desobstrução das vias aéreas insuficiente
leva ao fracasso da VNI
• A In-Exsuflação Mecânica é uma técnica que tem sido provado ser muito eficaz em
pacientes sob VNI
• A inclusão de Cough Assist pode reduzir as taxas de reintubação com a consequente
redução de tempo de internamento na UCI pós-extubação. Esta técnica parece ser
eficiente na melhoria da eficácia da VNI nesta população de pacientes
DPOC
• Wink & Gonçalves (2004) num ensaio clínico prospectivo, 13 pacientes com ELA, 9 com
DPOC, 7 com outras desordens NM concluíram que a In-Exsuflação é um bom complemento à
VMNI, com consequentes melhorias fisiológicas incluindo alívio da dispneia
Doença Neuromuscular
• O aumento da capacidade de tosse com a in-exsuflação mecânica tem sido descrito como uma
técnica que facilita a desobstrução das vias aéreas em diferentes transtornos neuromusculares
(NMD), evitando, assim, hospitalizações, e prevenção de pneumonias e episódios de
falência respiratória em pacientes com distrofia muscular, atrofia muscular espinal, lesão
alta da medula espinal, e esclerose lateral amiotrófica
• Embora haja um número de diretrizes e declarações de consenso que enfatizam a sua
importância, a in-exsuflação mecânica está longe de ser amplamente utilizada
• Enfisema bulhoso
• Susceptibilidade a Pneumotórax ou Pneumomediastino
• Barotrauma recente
• Asma não controlada ou broncoespasmo
• Embolia Pulmonar
• Pacientes com hemoptise significativa
Contra-indicações
• Fístula Broncopleural
do In-Exsuflador • Instabilidade Cervical
Mecânico • Contusão Pulmonar/Fractura grelha costal
65
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Como começar?
Adultos: Crianças:
A coordenação do doente
Insuflação 3-4 segundos Insuflação 1-2 segundos é fundamental para o
Exsuflação 1-2 segundos Exsuflação < 1 segundo sucesso da aplicação do
Cough Assist
Pausa 1-2 segundos Pausa 1-2 segundos
Recomenda-se a utilização
da fluidificação de secreções
através de nebulização
O Cough Assist pode ser utilizado ao longo do dia quantas vezes for necessário
para eliminar as secreções, realizando períodos de descanso de acordo com as
necessidades do utente
Chatwin (2008) refere realizar sessões de Cough Assist com a duração entre 30 a
60 minutos durante períodos de infeção respiratória severa
66
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
67
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
68
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
69
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
5. FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA
Ventilação pulmonar
Regulação da ventilação
Contração diafragmática
Função da musculatura intercostal
Elevação e depressão da arcada costal
70
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Unidade Respiratória
Ultra-estrutura
71
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
A célula precisa
de energia para a
contração Para que serve o
muscular, oxigénio?
Substratos são Perda de elétrões
biossíntese, É o aceitador final
oxidados com libertação de
transporte de eléctrões,
libertando energia energia
transmembrana e porém não de
produção de calor forma direta
– Bomba Na/K
ATPase
“Moeda corrente” da
energia celular –
reciclado em ADP
ATP
O ATP corporal é
suficiente para
manter as funções
por 1,5 min
Glicólise continua a
O que ocorrer no Aeróbio: 1 mol de
acontece citoplasma glicose = 38 mols
ATP Metabolismo
quando há Anaeróbico
pouco Anaeróbico:1 mol de
NADH + H com glicose = 2 mols ATP
oxigénio? piruvato = lactato
Transporte de O2 e CO2
Transporte de CO2
72
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Transporte de CO2
Arterial Venoso
10%
90% 5% ligado à 5% dissolvido 60% 30% ligado à
dissolvido no
bicarbonato hemoglobina no plasma bicarbonato hemoglobina
plasma
73
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
5.2 Hipoxémia
Causas de hipoxémia
Desequilíbrio Hipoventilação
Alteração da difusão Altitude elevada
ventilação/perfusão alveolar
Relação ventilação/perfusão
74
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Troca de gases
Difusão de CO2 e O2
75
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Hipóxia é vasoconstrição?
O que acontece para que áreas não ventiladas não sejam perfundidas?
Pressão alveolar > 70 mmHg há produção de óxido nítrico e faz
vasodilatação da área que está a ser ventilada
Pressão alveolar < 70 mmHg não há produção de óxido nítrico e ocorre
vasoconstrição
Shunt Venoso
Controlo da ventilação
76
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Diferença Alveólo-arterial de O2
Quociente Arterio-alveolar de O2
Relação PO2/FiO2
SaO2
• Expressa pela gasimetria
• Valor de PO2 capaz de saturar a hemoglobina em %
• Correlaciona-se com SPO2 dentro de certos limites
SPO2
• Espectrofotometria: sangue arterial pulsátil gera troca de absorção de luz que é captada por
um fotodetector
- Má perfusão periférica
- Utilização de DVA
- Pigmentação na pele
• Não é alterada por anemia, bilirrubinas e PaO2 60 a 160 mmHg
• Sofre alterações com metahemoglobina
• Método confiável e reduz uso de O2
• Tolerar uma saturação de 91%-92%
SVO2
• Saturação venosa mista da artéria pulmonar
• Sangue venoso misto
• Catéter de Swan Ganz
• Correlaciona se com ScO 2 dentro de certos limites
77
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Para garantir
Funciona como
oxigénio durante A avaliação da
reservatório de
as situações saturação venosa
oxigénio, já que
críticas, então de oxigénio
nenhuma célula
SCV O2 tem a
devemos indica o grau de
acompanhar a extração de
propriedade de
evolução da oxigénio dos
reservar
saturação venosa tecidos
oxigénio
de oxigénio
Fisiopatologia da hipercapnia
• Diminuição do volume corrente e/ ou frequência respiratória
• Incapacidade de sentir a PaCO 2 elevada
• Incapacidade de accionar mecanismos efectores
• Incapacidade de efectuar resposta dos músculos respiratórios
78
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Capnografia de onda
5.5 Gasimetria
Interpretação da gasimetria
79
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
PaCO2
Mede a fração dissolvida não combinada de CO2
Depende basicamente da ventilação pulmonar
Normal: PaCO2 35-45mmHg (média: 40mmHg)
Bicarbonato
Real - [HCO3-] plasmático independente da PaCO2
Standard - [ HCO3-] plasmático após equilíbrio da PaCO2 para 40mmHg
Em indivíduos normais, bicarbonato real e standard têm valores iguais na
PCO2 de 40mmHg
CO2 ↓ [HCO3-] real > [ HCO3 -] standard
CO2 ↑ [HCO3-] real < [ HCO3 -] standard
PaO2
50-100mmHg
Avalia a hipoxemia arterial
Não assegura a presença de hipoxia tecidual
Avaliação da hipoxemia sob FiO2> 21%
Hipoxemia não corrigida: PaO2 < limite satisfatório no ar ambiente
Hipoxemia corrigida: PaO2 > limite satisfatório no ar ambiente
Hipoxemia excessivamente corrigida: PaO2 > 100 mmHg corrigida
80
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Valores de referência
Método prático
Acidose
81
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Alcalose
Anion Gap
Etiologia
Acidose láctica
Cetoacidose
Insuficiente filtração renal
Salicilato
Metanol
Etilenoglicol
Paraldeído
82
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
6. VENTILAÇÃO MECÂNICA
Objetivos Clínicos
Variáveis de controle
83
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
6.1 Modalidades
Modalidades controladas
• Caracterizam-se pela ciclagem ser feita por tempo, podendo o ciclo respiratório ser dividido
em tempo inspiratório (ti), tempo de pausa (tp) e tempo expiratório (te)
• Estes tempos são calculados pelo ventilador em função da frequência respiratória marcada
(ex: FR 10/min; duração do ciclo respiratório igual 6 segundos; a duração do Ti, Tp e Te
dependem da relação I/E programada)
Pressão vs Volume
84
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Descrição funcional
85
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
86
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Descrição funcional
Pressão controlada
• O parâmetro constante é a pressão, a qual é definida previamente no ventilador
• Uma vez que a pressão é constante o fluxo é decrescente e o volume sobe mais
rapidamente no início da inspiração e diminui para o final
• O parâmetro variável é o Vt que é influenciado por variações de compliance
• As principais vantagens desta modalidade são o facto de o fluxo ser decrescente e
as pressões na via aérea não ultrapassarem as previamente marcadas
• A principal desvantagem é a variação do VM
87
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Descrição funcional
ACV - Pressão
• Parâmetros programados:
Pressão assistida
88
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Pressão assistida
89
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Parâmetros programados
90
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
• Esforço inspiratório que dispare o "trigger" durante o período de SIMV inicia uma
respiração mandatória com os parâmetros marcados
• Esforços inspiratórios durante o tempo disponível para respiração espontânea inicia uma
respiração em PA, até terminar um ciclo de SIMV e iniciar outro
91
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
92
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
SIMV-PCV
93
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
CIPAP
• Pressão das vias aéreas positiva contínua quando o doente respira espontaneamente
• Parâmetros programados:
- PEEP (cmH2O)
94
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Parâmetros de ventilação
Parâmetros iniciais
• FiO2 • FiO2
• Frequência • Frequência
• Relação I:E • Relação I:E
• PEEP • PEEP
• PIP ou PAP • Volume corrente
95
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Ajustamentos
PEEP
Pode ser usado para prevenir o colapso alveolar no final da inspiração;
também pode ser usado para recrutar alvéolos colapsados ou para contrariar
as malácias das vias aéreas, mantendo-as abertas
Leva a um aumento do volume residual, deve-se avaliar a cada mudança a
Cs
O valor de PEEP deve ser aquele com o qual se obtém maior Cs (em
doentes com ARDS o valor é de 8 a 12 cm H2O, habitualmente).
A suspensão do PEEP deve ser lenta com diminuições de 3 a 5cmH2O
Os efeitos adversos do PEEP são cardiovasculares (diminuição de débito
cardíaco, aumento das resistências pulmonares, diminuição da compliance
do VE, estimulação da secreção de HAD) e pulmonares (barotrauma).
As contra-indicações são o pneumotórax não drenado, situações de baixo
débito cardíaco refractário a reposição adequada de volémia, hipertensão
intracraneana.
Determinantes de oxigenação
FIO2
Pressão Média das Vias Aéreas
Volume corrente
Ratio I:E
96
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Fluxo inspiratório
PEEP
Auto-PEEP
Forma de onda de fluxo
Variáveis de fase
Trigger Ciclagem
97
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Ventilação de reserva
98
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Ajustamentos
Precisa de ajuda?
→ Pressão de Suporte
Exceto
Problemas
Está a funcionar?
Olhar para o doente
Auscultar o doente
SPO2, Gasimetria, EtCO2
99
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Radiografia do tórax
Verificar o ventilador (PIP; Vc expirado; alarmes)
Interação Doente-ventilador
O ventilador deve reconhecer o esforço respiratório do doente (trigger)
O ventilador deve ser responder às necessidades do doente
O ventilador não deve interferir com o esforço do doente (sincronia)
100
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
7. MECÂNICA RESPIRATÓRIA
Interação pleuro-pulmonar
Equação do movimento
101
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Mecânica pulmonar
Condições de monitorização
Modalidade volume-controlada
Onda de fluxo quadrada
Doente não interagindo com a ventilação
Manter sempre os mesmos ajustes da ventilação mecânica (fluxo, volume corrente, frequência e PEEP)
Respiração paradoxal
102
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Força
• Actividade muscular respiratória (medida: PImax e PEmax
Fraqueza
• Incapacidade de realizar força
Endurância
• Capacidade da musculatura de resistir ao trabalho continuado da
respiração (medida: CVmax )
Fadiga
• Falta de endurância
Ciclo respiratório
Tipos de variáveis
103
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Modalidade Ventilatória
Variáveis
Definição
Conjunto de características próprias dessa Controladas - suportam total ou parcialmente o
modalidade. Numa tentativa de uniformizar a trabalho respiratório
terminologia definem-se diferentes. Tipos de
variáveis que em conjunto definem uma Fase - definem as 4 fases do ciclo respiratório
modalidade Condicionais - iniciam operações lógicas do
género “ se … então… “
Controlo de volume
ou do débito Controlo de um fator de cada vez
Variáveis Variação dos outros em função
controladas da variável
Controlada ou independente
Controlo da pressão
Variáveis de fase
Limite Ciclagem
Trigger Uma variável não sobe acima Variável que atinge
de determinado valor determinado valor
Expiração→inspiração
programado, valor atingido estabelecido, faz a passagem
Tempo, pressão, volume, antes do final da inspiração e da inspiração para expiração
débito não influencia a ciclagem Tempo, pressão, volume ou
Pressão, volume ou débito débito
104
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Monitorização da mecânica
Mecânica respiratória
105
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
106
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Pressão de plateau
107
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
108
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
P.esof como medida indireta da P.pleural é uma alternativa menos invasiva para
o cálculo das propriedades elásticas e resistivasdo Sr
P0.1
• Titulação da PA
• Fator preditivo do desmame
• Fator preditivo da necessidade de reintubação
• Queda de pressão nos primeiros 100minutos de inspiração contra válvula ocluída
• Depende do estímulo e músculos respiratórios
• P0.1 elevada com ventilação elevada – Drive elevado
• P0.1 baixa com ventilação elevada – OK
• P0.1 baixa com ventilação baixa – drive baixo ou disfunção neuromuscular
109
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Resistência pulmonar
Broncoespasmo
Presença de secreção de vias aéreas
Obstrução ou acotovelamento da cânula ou cânula pequena
Altos fluxos inspiratórios
Broncoespasmo
110
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Compliance estática
111
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Elastância = 1 / compliance
112
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Débito tele-expiratório
Exalação
113
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
114
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
115
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
• ↑ Pressões inspiratórias
• Hipotensão
• Agravamento da oxigenação
Consequências de • Intervenções para reduzir auto PEEP
auto-PEEP • ↓ Frequência respiratória
• ↓ Volume corrente
• ↑ Fluxo inspiratório
Implicações da auto-PEEP
116
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
WResp e RAW
117
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
118
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Volumes pulmonares
119
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Capacidades pulmonares
120
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
121
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
122
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Vd e Vt alveolar
123
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Curvas PV - Métodos
Super seringa Lemaire
Sequência de Vt Amato
Curva quase estática, ↓ fluxo e ↑Vt (Lu)
Fluxo oscilatório
Curvas PV - Limitações
Necessidade de hardware
Necessidade de desconecção
Demorado
Doentes instáveis
Relação I:E
Ti/Ttot
124
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Também chamado: índice de respiração rápida (f > 30ipm) e superficial (VC <
0.3L)
Calculado em respiração espontânea, com auxílio de um ventiolómetro
f/VC > 100(105) = insucesso
f/VC < 100 = chances de sucesso
f/VC < 50 = maior chances de sucesso
WOB
W= F x s (Força x distância)
WOB = P x V
Área no diagrama P-V
125
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Stress index
Índice de stresse
126
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Desenvolvimento de hiperinsuflação
127
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Alarmes do ventilador
128
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
129
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Vantagens
Candidatos
Situação respiratória
Hemodinamicamente
deve melhorar em 48 Alerta , colaborante
estável
72 horas
Capaz de
Capaz de controlar Sem
coordenação com o
seceções da via aérea contraindicações
ventilador
130
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Indicações
• Enfoque: redução na mortalidade e taxas de intubação
• DPOC exacerbado grave
• Asma
• EAP
• IRpA hipoxémica
• Cuidados paliativos
• Pós-operatório imediato
• Desmame e após falha de extubação
Contra-indicações
• Paragem cardiorrespiratória
• Necessidade de suporte ventilatório contínuo
• Diminuição da consciência* (Glasgow < 10), sonolência, agitação, confusão ou recusa do paciente
• Instabilidade hemodinâmica (uso de DVA), choque (PAs< 90 mmHg)
• Enfarte agudo do miocárdio, arritmias complexas
• Tosse ineficaz ou incapacidade de deglutição
• Obstrução de via aérea superior ou trauma de face
• Pós-operatório recente de cirurgia de face, via aérea superior ou esôfago
• Hemorragia digestivo alta ou via aérea
• Distensão abdominal, náuseas ou vômitos – alto risco de aspiração
• CONTROVERSO: Cirurgia gástrica e Gravidez
• Exceção – Encefalopatia hipercápnica:
- Monitorar de perto
- Melhora do NC deve ocorrer em 1 a 2 horas
- Se houver piora ou falha realizar IOT
- Probabilidade de reversão é inversamente proporcional ao grau de hipercapnia
- Acidose respiratória não é contra-indicação à VNI
Interfaces
Máscara Nasal
Mais confortável
Não usada na IRpA
Resistência das narinas
Escape de ar pela boca
Máscara Oronasal (Facial)
Mais utilizadas na IRpA
Permitem maior volume corrente
Difícil monitorar aspiração
131
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Capacete
Não tem contato com a face evitando lesão de pele e irritação nos olhos
Possibilita fala, leitura e deglutição
Maior espaço-morto → Maior reinalação de CO2; Necessidade de maiores
pressões
Maior Complacência
Ruído interno intenso
Máscaras e equipamentos
132
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
DPOC exacerbada
Objetivos
Diminuição da PaCO2
Estabilização do pH
Status Asmathicus
Objetivos
- Reversão do broncoespasmo
- ↓ Resistência das vias aéreas
133
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
134
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
ARDS
Condições especiais
Facilidade no desmame
Utilização da VNI como ponte para o desmame, para redução da morbidade
e mortalidade
135
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Cuidados Paliativos
Pós-extubação
136
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Desvantagens
Modos
Assistido-controlado (AC)
Usado para garantir volume minuto mínimo
Reduz o trabalho respiratório
Monitorização
137
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Critérios de falha
Ausência de melhora do pH ou PaCO2
Piora da encefalopatia ou agitação
Incapacidade para mobilizar secreção
Instabilidade hemodinâmica
Dessaturação
Não adaptação às interfaces
Falência da VNI
138
Universidade Católica de Lisboa – Mestrado e Especialidade em Enfermagem Médico-Cirúrgica: A Pessoa em Situação Crítica
Usado sobretudo nos contextos de insuficiência respiratória parcial (tipo I), mas
também em contextos de paleação. Podem ser fornecidos entre 20 a 80L/min. Gera um
efeito PEEP (que não ultrapassa os 5cmH2O), de pressão positiva nas vias aéreas. Além
da suplementação de O2 superior a 20L, damos efeito de positividade e de pressão às
vias aéreas e conseguimos diminuir o espaço morto que em muitas das circunstâncias
está aumentado.
Nas crianças pode ser utilizado em alguns contextos, como em crianças com
tosse convulsa ou com laringites.
Exemplo: num volume de 500ml entram para trocas gasosas aprox. 350 e 150ml
ficam em espaço morto. Ao reintroduzir ar na inspiração, faço com que o ar seja um ar
“renovado” pela redução da inalação de CO2.
Os grandes efeitos:
Efeitos colaterais:
Evidência da Terapia:
139