Planejamento de Um Website
Planejamento de Um Website
Planejamento de Um Website
PROPÓSITO
Proporcionar o entendimento necessário para estabelecer as premissas para um
website que atende às necessidades do público-alvo (cliente e usuários) em contextos
específicos.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
Planejar um website é, antes de tudo, entender os problemas e as reais necessidades
do cliente, e como os diferentes tipos de usuários podem se beneficiar deste produto.
MÓDULO 1
SIGNIFICADO E RELEVÂNCIA DO
BRIEFING
Atualmente, costuma-se dizer que é fundamental privilegiar a experiência do
usuário no desenvolvimento de qualquer tipo de aplicação. Essa experiência está
relacionada com os elementos e os fatores que contribuem para que ela/ele perceba
valor – seja positivo ou negativo − na interação com um determinado produto,
sistema ou serviço.
ATENÇÃO
Por isso, é importante estar atento a essas etapas, desde o passo inicial − briefing −
até a apresentação do protótipo, quando o usuário/consumidor e o cliente irão validar
se o produto atingiu os objetivos inicialmente declarados.
Uma afirmação muito ouvida por desenvolvedores é que um dos fatores de sucesso
no projeto de um bom website é um briefing adequado com o cliente. Não é incomum
que este não goste do resultado por conta de um briefing mal feito, que não recebeu
o cuidado adequado de quem o fez ou não foi analisado de forma correta. Por sua vez,
quando bem elaborado e executado, pode determinar se o website será bom ou ruim,
ou seja, se tem as condições necessárias para atender às expectativas de projeto que
o cliente tem.
Fonte: Shutterstock.com
Briefing é uma palavra inglesa, que, na língua portuguesa, significa resumo. São
noções prévias dadas a alguém antes que essa pessoa faça algo, contendo
exatamente as informações e instruções sobre a tarefa a ser realizada por ela.
Conjunto dessas informações que visam instruir alguém na realização de algo ou
breve reunião em que elas são apresentadas.
A origem do uso deste termo como um instrumento de trabalho vem das áreas de
Comunicação, Design, Propaganda e Publicidade, sendo a base do processo do
planejamento de uma propaganda, uma peça publicitária ou até mesmo a marca de
uma empresa.
COMENTÁRIO
Apesar de não existir uma definição formal, briefing pode ser entendido
genericamente como um conjunto de informações coletadas, que servem como ponto
de partida para o desenvolvimento de um trabalho ou projeto. No nosso caso,
estamos falando de um website.
DICA
As decisões sobre quais características o website deve ter são mais bem
fundamentadas, pois o cenário do cliente está descrito, além de um panorama sobre
produtos semelhantes.
autor/shutterstock
autor/shutterstock
Como afirma Phillips (2015), não existe uma “fórmula de bolo” para executar um bom
briefing. É necessário tempo para se reunir com o cliente e tentar coletar o máximo
possível de informações relevantes. Portanto, é preciso conhecer os detalhes da
estrutura dessa ferramenta, bem como seus elementos fundamentais.
ELEMENTOS ESSENCIAIS DO BRIEFING
O cliente e os futuros usuários do website geralmente não sabem o que é o briefing e
a sua importância, mas deve-se tornar isto claro e planejar o projeto de forma correta.
COMENTÁRIO
Mas existem alguns itens que são essenciais para compor um bom briefing, tais
como: Dados e histórico do cliente; objetivos e o problema a ser resolvido; público-
alvo que o website pretende atingir; impedimentos; prazos; custos; e plano de ação
preliminar.
Itens de um bom briefing.
O briefing deve ser esboçado logo na primeira reunião com o cliente, e pode ser
aprofundado em encontros subsequentes. É comum fazer um documento preliminar a
partir do entendimento sobre as necessidades básicas do cliente, baseando-se em
seu público-alvo, os objetivos que quer alcançar com o website e algumas
informações sobre sua concorrência.
Feito isso, o documento pode tornar-se mais detalhado em uma segunda reunião,
incluindo informações como: Especificações do website, estratégias de divulgação,
informações sobre decisões de design, entre outras.
PÚBLICO-ALVO
O levantamento do público-alvo deve refletir qual é exatamente o mercado que o
website vai atender. É importante obter diversos detalhes, tais como: Localização
geográfica, hábitos, escolaridade, profissão, gênero, idade, perfil social, desejos,
dores, oportunidades etc. A técnica Persona é muito usada para apoiar a construção
desse perfil de público-alvo. Veja mais sobre isso em Explore+.
Detalhamento do público-alvo.
Estratégias de divulgação.
Prazos.
Acerca do valor de investimento, muitas vezes é preciso ter uma ideia inicial sobre a
verba disponível para o projeto, para que isso possa ser tomado como base para
elaboração do orçamento. Ao incluir essas informações no briefing, alinham-se
algumas expectativas com o cliente.
Justificativas
Lista de produtos
Concorrentes
Preços e promoções
Análise setorial
Marca
Estratégia da empresa
Público-alvo
Características do público-alvo: Sexo, faixa
Tópicos básicos Conteúdos
Marca
Segmentação do mercado
Tempo previsto
Objetivo, prazo e
Orçamento
orçamento do projeto
Aprovação do projeto:
Aprovação,
Implementação
implementação e
avaliação
Providências necessárias para a
implementação
Avaliação
Informações de
Avanços tecnológicos
pesquisas
ELABORAÇÃO DO BRIEFING
Phillips (2015), ressalta que o briefing deve ser elaborado de forma colaborativa entre
todos os envolvidos. No caso de um projeto de website, estamos falando do gerente
de projeto, dos designers, dos programadores e dos representantes do próprio cliente.
ATENÇÃO
O autor afirma que é muito importante ver o cliente como um parceiro, e que o
resultado final depende da relação de confiança estabelecida entre todos. Cabe ainda
ressaltar que todos devem ser ouvidos, pois, além da riqueza de contribuições, isto
garante engajamento e sentimento de pertencimento ao projeto.
Souza e Martins (2018), afirmam que o ideal é iniciar a construção do briefing através
de uma entrevista presencial nas dependências do cliente. Dessa forma, além das
perguntas para coleta das informações, é possível também observar detalhes do
ambiente do cliente, das pessoas que atuam no negócio e na sua concepção. Isso
permitirá incluir aportes além do que for coletado durante a entrevista em si.
Para conduzir uma boa reunião, é preciso se preparar. Isto envolve estudar sobre o
cliente e sua empresa e elaborar um roteiro com tudo que será discutido. É
importante cuidar do tempo, pois tanto o seu e da sua equipe quanto o do cliente são
escassos. No final da reunião, é uma boa prática fazer um resumo e encaminhar os
próximos passos.
5. DEFINIR PÚBLICO-ALVO
O público-alvo − ou seja, os usuários que terão acesso ao website − deve estar bem
claro, pois o foco é na experiência desses usuários. O uso de técnicas como Persona é
recomendável para estipular quem se deseja atingir. Com o público-alvo definido, fica
mais fácil levantar e especificar os requisitos do website. Veja mais detalhes sobre
essa tarefa no Módulo 3.
6. ESCLARECER OS OBJETIVOS
Nessa etapa, é preciso elaborar os objetivos detalhados do projeto e do website junto
ao cliente. Veja mais detalhes sobre essa tarefa no Módulo 2.
Souza e Martins (2018), ilustram através da Figura 2 (reproduzida a partir de seu blog)
que a construção de um briefing segue uma sequência de etapas de coleta para a
elaboração do documento final.
Por fim, Phillips (2015), afirma que há sempre a possibilidade de fazer uma revisão no
briefing. Na medida em que o projeto avança, mais conhecimento vai sendo adquirido
e algumas premissas estabelecidas podem ser redefinidas. No entanto, é preciso
estar sempre atento com o alinhamento entre objetivos e público-alvo (usuários).
C) Todos os briefings são iguais, portanto, basta definir um modelo e segui-lo em seu
projeto de website.
GABARITO
MÓDULO 2
WEBSITES INSTITUCIONAIS
Estabelecem contato entre os seus clientes e fornecedores. Devem, portanto,
apresentar conteúdo sobre a empresa, tais como missão, valor, histórico, principais
clientes e exemplos de projetos realizados.
WEBSITES INDIVIDUAIS
Mostram os trabalhos realizados por um profissional.
WEBSITES INFORMATIVOS
Têm como objetivo divulgar informação. Por exemplo: Jornais veiculam notícias; feeds,
blogs e podcasts apresentam temas para os usuários usando diferentes tipos de
mídias.
WEBSITES APLICATIVOS
Estes websites funcionam como os aplicativos de um desktop. Assim, apresentam
diversas funções para produtividade, seja pessoal ou corporativa. Por exemplo:
Editores de texto, agendas, planilhas eletrônicas e formulários. Outros têm a função
de armazenar dados e fornecem serviços de busca e recuperação para seus usuários.
Os do tipo mídia social promovem interação e comunicação entre usuários, enquanto
os websites de entretenimento têm como objetivo disponibilizar jogos online ou
áudios e vídeos divertidos e interativos.
ATENÇÃO
Observamos, então, que para cada tipo de website existem objetivos genéricos. Mas
na hora da construção é preciso pensar: Qual é o objetivo particular que queremos
atingir com esse website?
2. IDENTIFICAR OS OBJETIVOS DE USUÁRIOS.
3. ALINHAR OS OBJETIVOS DE NEGÓCIOS COM
OS DE USUÁRIOS PARA ENTÃO COMPOR OS
OBJETIVOS DO WEBSITE.
OBJETIVOS DE NEGÓCIOS
São intenções que a empresa (ou organização) deseja alcançar. O website é parte da
estratégia para isso. Por exemplo: Para uma clínica dentária, um objetivo de negócio
seria "aumentar a renda conseguindo pacientes"; para uma empresa no ramo do
varejo de eletrônicos, seria "aumentar a lucratividade vendendo mais produtos
eletrônicos caros;" e para um banco, seria reduzir os custos operacionais incentivando
mais clientes a usarem o banco online” (CHAK, 2004).
OBJETIVOS DE USUÁRIOS
São o que elas/eles pretendem obter com o serviço ou produto, e, no nosso caso, isto
deverá ser atingido ao acessar o seu website. Por exemplo: Um paciente “deseja uma
clínica dentária com reputação e que atenda toda a sua família”; um comprador
“deseja encontrar um equipamento de home theater com um preço acessível”; e um
cliente de banco deseja serviços online "mais convenientes” (CHAK, 2004).
OBJETIVOS DO SITE
São uma composição dos negócios com os usuários. Conforme Chak (2004), seu site
precisa dar suporte às tentativas do usuário para realizar seus objetivos e para levá-
los a atender aos objetivos de negócios da organização.
Chak (2005), ilustra ainda quais seriam os objetivos de sites das empresas dos
exemplos anteriores:
O site da clínica dentária objetiva “convencer as famílias de que essa é uma clínica de
reputação e com profissionais que podem atender de maneira competente a todas as
suas necessidades dentárias”. Assim, fica claro que o website deverá mostrar as
informações sobre todos os tipos de tratamentos dentários oferecidos pela clínica,
bem como canais de acesso para marcação de consulta.
Esta sigla fornece critérios para orientar na definição de metas e objetivos, por
exemplo, em gerenciamento de projetos, gerenciamento de desempenho de
funcionários e desenvolvimento pessoal.
SAIBA MAIS
A empresa Transporte Rápido está tornando seu negócio digital, e vai oferecer serviço
de agendamento de carros com motoristas totalmente online. A arquiteta Ana Lucia
está ampliando sua carteira de clientes e precisa divulgar melhor seu trabalho. Ao
final das entrevistas com seus clientes, no documento de briefing, foram descritos os
objetivos a seguir:
Objetivo da
Dobrar o número de clientes em 1 ano.
profissional
Fonte: Autor/Shutterstock
Fonte: Autor/Shutterstock
Fonte: Autor/Shutterstock
Fonte: Autor/Shutterstock
OBJETIVO DA EMPRESA
“Conseguir o máximo possível de usuários para começar a utilizar o serviço e gerar
receita”.
OBJETIVO DO USUÁRIO
“Encontrar um meio confiável, seguro e eficiente de criar e pedir papel timbrado para
a empresa”.
OBJETIVO DO SITE
“Convencer os proprietários de pequenas empresas a começar a utilizar o serviço e
facilitar seu registro em cinco minutos sem auxílio”.
Analisando esse exemplo com base no modelo SMART, como podemos melhorá-lo?
Em primeiro lugar, é importante tornar os objetivos mensuráveis. Portanto, devemos
substituir expressões como “o máximo possível” por um valor, garantindo que seja
atingível. Além disso, podemos tornar o objetivo do website mais preciso,
especificando o que será fornecido para o convencimento.
Para verificar se um website cumpre com seus objetivos, devemos submetê-lo a uma
série de testes. Alguns podem ser feitos diretamente com usuários. Estes são
chamados de “testes orientados a objetivo”. Eles avaliam como o website provê
suporte aos objetivos dos usuários e se os conduz para as ações esperadas. Esses
testes não restringem o usuário a apenas uma tarefa, mas podem fazer com que ele
navegue por várias partes do website para realizarem o objetivo pretendido.
ESCOPO E PRIORIZAÇÃO DE
OBJETIVOS
Os exemplos de websites apresentados tratavam de um ou dois objetivos, mas o que
acontece se tivermos uma lista com muitos objetivos desejados? Ou, ainda, se alguns
deles forem conflitantes entre si? Considerando ainda que podem existir restrições de
tempo e recursos para investir no desenvolvimento do website, é indispensável
identificar os objetivos mais relevantes, priorizá-los e delimitar um escopo.
Priorizar implica em realizar escolhas. Mas para que essas escolhas não sejam feitas
de forma aleatória, devemos seguir alguma sistemática. Chak (2004), sugere a
adoção de alguns critérios:
Ouça o usuário.
Existem muitos métodos que descrevem um processo de priorização, mas para todos
eles é preciso inicialmente definir critérios. Desta forma, podemos adotar escalas para
pontuá-los, por exemplo: Baixo, médio e alto.
EXEMPLO
MATRIZ DE GUT
Fonte: Autor/Shutterstock
Fonte: Autor/Shutterstock
Fonte: Autor/Shutterstock
Total
Gravidade Urgência Tendência de Prioridade
pontos
Objetivo
5 5 4 14 1
1
Objetivo
2 2 3 7 3
2
Objetivo
3 3 3 9 2
3
Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Observando a soma dos pontos de cada objetivo, temos como resultado que o
Objetivo 1 é o escolhido (total de pontos maior).
Ainda que haja subjetividade nessa análise, pois a atribuição do grau é feita através
das nossas percepções, poderíamos solicitar que cada um dos envolvidos atribua seus
valores e, no fim, calculamos a média. Assim, a subjetividade tende a ser reduzida e o
resultado, mais adequado do que uma priorização totalmente feita de maneira não
sistemática.
ATENÇÃO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
E) Objetivos de negócios são intenções que a empresa deseja alcançar. Sendo uma
decisão estratégica e alinhada à visão de futuro da organização.
GABARITO
Objetivos de negócios são intenções que a própria organização deseja atingir como
parte de sua estratégia. O website é parte direta da estratégia para isso.
MÓDULO 3
REQUISITO
Uma condição ou capacidade que deve ser atendida por uma solução para
satisfazer um contrato, especificação, padrão ou quaisquer outros documentos
formais impostos.
“REQUISITOS DE USUÁRIO SÃO DECLARAÇÕES,
EM UMA LINGUAGEM NATURAL COM
DIAGRAMAS, DE QUAIS SERVIÇOS O SISTEMA
DEVERÁ FORNECER A SEUS USUÁRIOS E AS
RESTRIÇÕES COM AS QUAIS ESTE DEVE
OPERAR.
(SOMMERVILLE, 2011)
Por outro lado, os requisitos de software são classificados como funcionais e não
funcionais.
“REQUISITOS FUNCIONAIS SÃO DECLARAÇÕES
DE SERVIÇOS QUE O SISTEMA DEVE FORNECER,
DE COMO O SISTEMA DEVE REAGIR A ENTRADAS
ESPECÍFICAS E DE COMO O SISTEMA DEVE SE
COMPORTAR EM DETERMINADAS SITUAÇÕES.”
(SOMMERVILLE, 2011)
Veja alguns exemplos de enunciados de requisitos funcionais:
EXEMPLO
Para todo pedido deve ser alocado um identificador único (ORDER_ID) que o
usuário possa copiar para a área de armazenamento permanente da sua conta.
“REQUISITOS NÃO FUNCIONAIS SÃO
RESTRIÇÕES AOS SERVIÇOS OU FUNÇÕES
OFERECIDOS PELO SISTEMA. INCLUEM
RESTRIÇÕES DE TIMING, RESTRIÇÕES NO
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO E
RESTRIÇÕES IMPOSTAS PELAS NORMAS. AO
CONTRÁRIO DAS CARACTERÍSTICAS
INDIVIDUAIS OU SERVIÇOS DO SISTEMA, OS
REQUISITOS NÃO FUNCIONAIS, MUITAS VEZES,
APLICAM-SE AO SISTEMA COMO UM TODO.”
(SOMMERVILLE, 2011).
Requisitos não funcionais (RNF) são frequentemente mais críticos do que os requisitos
funcionais (RF). Deixar de atender um RNF pode significar a inutilização de todo o
sistema. RNF podem afetar a arquitetura geral de um sistema em vez de apenas
componentes individuais. No caso de um website, um único RNF pode gerar uma série
de RF relacionados, que, por sua vez, definem os serviços necessários.
1. REQUISITOS DE PRODUTO
Usabilidade
Eficiência
Desempenho
Espaço
Confiança
Proteção
2. REQUISITOS ORGANIZACIONAIS
Ambientais
Operacionais
Desenvolvimento
3. REQUISITOS EXTERNOS
Reguladores
Éticos
Legais
Contábeis
Segurança/proteção
EXEMPLO
O sistema deve estar disponível durante todas as horas normais de trabalho (2ª
a 6ª, das 8h30 às 17h). Períodos de não operação dentro desses intervalos não
podem ultrapassar dois segundos em um dia.
Organização da navegação.
COMENTÁRIO
Cada pessoa que já navegou na web tem uma opinião sobre o que é um “bom
website”. Segundo Pressman e Maxim (2016), alguns usuários gostam de gráficos
chamativos, outros querem um texto simples; alguns exigem informações
abundantes, outros desejam uma apresentação breve; alguns gostam de ferramentas
analíticas sofisticadas ou acesso a banco de dados, outros gostam de manter as
coisas simples. Na verdade, a percepção do usuário pode ser mais importante do que
qualquer discussão técnica sobre a qualidade de um website.
Fonte: Shutterstock.com
Mesmo o melhor website não atenderá às necessidades dos usuários se não estiver
disponível. Portanto, RNF de disponibilidade vai garantir o cumprimento dessa
restrição. Além disso, pode ser preciso estar disponível para um número muito grande
de usuários, então dificilmente não será necessário especificar RFN para
escalabilidade.
COMENTÁRIO
Alguns designers têm a tendência de fornecer ao usuário final muito conteúdo, além
de visuais extremamente sofisticados, animação intrusiva, páginas web enormes e
navegação complexa. Portanto, é importante ter atenção com RNF de simplicidade,
que pode ser necessária para lidar com boa parte de seus usuários.
Com base na identidade que foi estabelecida, um website frequentemente faz uma
"promessa" implícita a um usuário. Este espera um conteúdo robusto e funções que
são relevantes para as suas necessidades. Se esses elementos estiverem ausentes ou
forem insuficientes, é provável que o website falhe no seu objetivo. A navegação deve
ser projetada de maneira intuitiva e previsível, ou seja, o usuário deve entender como
se mover sem ter que procurar os links de navegação ou instruções.
ATENÇÃO
TÉCNICAS DE LEVANTAMENTO DE
REQUISITOS
Para descobrir quais são os requisitos adequados para o website, deve-se realizar a
atividade chamada de levantamento ou elicitação de requisitos − coleta e obtenção
de informações sobre as necessidades, desejos e restrições dos clientes e usuários.
Planos estratégicos.
Bases de dados.
Entre outros.
Essa coleta de informações pode ser feita com apoio de diversas técnicas:
Observação direta, entrevistas, workshops, brainstormings etc. Além disso, podem ser
usados cenários e protótipos para ajudar a compreender os requisitos.
COMENTÁRIO
Compreender requisitos não é uma tarefa fácil, porém, devido a vários motivos:
Na prática, não é preciso escolher uma única técnica, mas uma combinação de várias
pode ser aplicada, conforme o contexto e as dificuldades percebidas.
Entrevistas formais ou informais − que podem ser abertas ou fechadas − são parte da
maioria das atividades de levantamento de requisitos. Em uma entrevista, pode ser
complicado descobrir o conhecimento sobre o domínio do website, pois os
especialistas tendem a usar terminologias e jargões da área, e para eles esse
conhecimento é tão familiar que não conseguem explicá-lo para leigos. Ao mesmo
tempo, as relações de poder podem atrapalhar a exploração das restrições do
negócio.
A etnografia é uma técnica de observação direta que pode ser usada para ajudar na
compreensão dos processos operacionais, ou seja, nas atividades do dia a dia dos
usuários. O designer faz uma imersão nos ambientes onde tipicamente os usuários
estão inseridos e faz anotações sobre as tarefas que executam, como as executam e
suas principais dificuldades.
DOCUMENTO DE REQUISITOS
Os requisitos não são independentes entre si e muitas vezes geram ou restringem
outros. Sabemos que a imprecisão na sua especificação é a causa de muitos
problemas de aplicações mal construídas.
ATENÇÃO
SAIBA MAIS
DICA
Cada requisito deve ser expresso em uma única sentença. Na escrita, algumas
diretrizes podem ser adotadas:
NOME DO REQUISITO
DESCRIÇÃO
3
ENTRADAS
SAÍDAS
SEQUÊNCIA DE PASSOS
PRÉ-CONDIÇÕES
7
PÓS-CONDIÇÕES
COMENTÁRIO
O formato gráfico também pode ser usado para descrição dos requisitos. Um
diagrama de estados ou mapa de navegação do website é capaz de expressar
adequadamente um requisito ou um conjunto destes.
Por fim, é importante destacar que requisitos podem sempre mudar. Pode ocorrer
uma necessidade de alteração na priorização, como consequência das mudanças de
pontos de vista durante o processo de desenvolvimento do website. O cliente pode
especificar os requisitos a partir de uma perspectiva de negócio que conflita com os
do usuário final do website. E, principalmente, os ambientes técnico e de negócio
podem mudar durante o processo de desenvolvimento. Nesse momento, revisite o
documento e garanta que os requisitos estejam sempre alinhados.
A) I, III, IV.
B) II e IV apenas.
C) III e IV apenas.
GABARITO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, foram apresentados conceitos e métodos pertinentes às etapas iniciais
do desenvolvimento de um website. É fundamental iniciar o planejamento do website
com a realização do briefing, no qual diversas informações serão coletadas para
compor um documento.
Um dos elementos essenciais do briefing são os objetivos do website. Uma vez que
estes estejam bem definidos, pode-se fazer o levantamento e escrita dos requisitos
iniciais do website.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRIEFING. In: Dicionário Online de Português. Brasil, 2020. Consultado em meio
eletrônico em: 14 nov. 2020.
CHAK, A Como criar sites persuasivos: Clique aqui. São Paulo: Pearson Education
do Brasil, 2004.
PRESSMAN, R.; MAXIM, B. Engenharia de software.2. ed. São Paulo: Blucher, 2015.
SOUZA, G.; MARTINS, T. Briefing: O que é e como criar. In: Agência NPixels.
Publicado em: 21 ago. 2018.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, assista aos vídeos:
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CONTEUDISTA
Flavia Maria Santoro
CURRÍCULO LATTES