2010 Papel FibraCurta Eucalipto
2010 Papel FibraCurta Eucalipto
2010 Papel FibraCurta Eucalipto
Aracruz 2010
Instrutor:
Edison da Silva Campos
Curso básico de fabricação de papel
1ª parte:
matérias primas fibrosas e não fibrosas
e preparação de massa
21 e 22/06/2010
1. Introdução à fabricação de papel
Introdução a fabricação de papel
Definição de papel
O papel é definido como uma pasta branqueada ou não, de origem vegetal (e/ou de
trapos, nos processos mais antigos), podendo conter outros componentes não fibrosos
específicos para cada tipo de papel (colas, cargas, corantes, agentes de resistência a
seco e a úmido etc.), a qual se reduz, manual ou mecanicamente, a folhas secas e
flexíveis (com fibras unidas tanto fisicamente por estarem entrelaçadas a modo de
malha como químicamente por pontes de hidrogênio, por ligações covalentes e por
forças de Van Der Waals), bobinadas ou resmadas, usadas para escrever, imprimir,
desenhar, embrulhar, limpar, construir etc.
Invenção do papel
FONTE: ENG 07768 - Tópicos Especiais em Tecnologia Orgânica - Celulose & Papel
Introdução a fabricação de papel
FONTE: Pöyry
3. Matérias primas fibrosas
Matérias primas fibrosas
FONTE: http://www.porquebiotecnologia.com.ar
Matérias primas fibrosas
FONTE: http://www.cismadeira.com
Matérias primas fibrosas
• Plantas anuais e resíduos agrícolas: babaçu, bagaço de cana de açúcar, bambu, linter de
algodão, estopa de linho e sisal.
FONTE: ENG 07768 - Tópicos Especiais em Tecnologia Orgânica - Celulose & Papel
Matérias primas fibrosas
Pasta mecânica de Refiner mechanical pulp Desfibramento de madeira sob a forma de cavacos ou 95%
desfibrador (RMP) serragem, em desfibrador de disco, à pressão atmosférica.
despressurizado (PMR)
Pasta termomecânica Thermomechanical pulp Desfibramento em desfibrador a disco, sob pressão, de cavacos 95%
(PTM) (TMP) ou serragem de madeira previamente aquecidos com vapor
saturado.
Pasta Chemithermomechanical pulp Desfibramento em desfibrador a disco, sob pressão, de cavacos 93%
quimitermomecânica (CTMP) ou serragem de madeira prévia e levemente tratados com
(PQTM) reagentes químicos.
Pasta semiquímica Cold soda Desfibramento sob pressão atmosférica de cavacos 85%
soda a frio tratados com licor de hidróxido de sódio.
Pasta semiquímica Neutral sulfite Cavacos são aquecidos com vapor à pressão 85%
sulfito neutro semimechanical pulp atmosférica, sulfito e carbonato de sódio a um pH entre
(NSSC) 8 e 9, e cozidos em fase vapor a temperatura entre 160 e
180˚C por 60 min.
Pasta semiquímica Soda pulp Resíduos agrícolas são aquecidos com vapor à pressão 60%
soda a quente atmosférica, impregnados com solução de hidróxido de
sódio de 10% e cozidos em fase vapor a temperatura
entre 160 e 180˚C por 15 min ou mais.
S + O2 SO2
FONTE: http://www.textoscientificos.com
Processos de obtenção de fibras
Processo Kraft
O cozimento alcalino iniciou em 1854, cerca de 30 anos após o
surgimento do processo soda e a partir deste.
Em 1884, foi patenteado o processo Kraft que, nada mais é do que uma
modificação no processo soda, utilizado comercialmente, pela primeira
vez em 1885 na Suécia, tomando impulso a partir de 1930 e
predominando no mercado até os dias atuais.
Pré-deslignificação Lavagem
Digestor
com oxigênio e depuração
Recuperação
Pasta não branqueada de produtos químicos
Secagem
Branqueamento
da polpa
Cozimento compacto
Máquina de papel
Deslignificação com oxigênio
Branqueamento
Pátio de
madeira
Caustificação
Forno Evaporação
de cal
Planta de oxigênio
Caldeira de
Geração de recuperação Planta química
energia
Caldeira de
força
TMP – termomecânica
FONTE: http://www.textoscientificos.com
Material Descrição Especificação
Aparas de refile de papelão Aparas de produtos de papelão ondulado de fibra virgem ou reciclada, Teor máximo de umidade: 13%
ondulado resultantes dos processos de produção do papelão ondulado e caixas não Teor máximo de impurezas: 0%
utilizadas no mercado, sem cola insolúvel em água e sem grampo, Teor máximo de materiais proibitivos: 0%
podendo apresentar refile de capa branca.
Aparas de papelão Aparas de produtos de papelão ondulado de fibra virgem ou reciclada Teor máximo de umidade: 15%
ondulado I marrom e sem outros papéis que não sejam papelão ondulado.É Teor máximo de impurezas: 3%
permitida a presença de fita adesiva, hot melt, grampo e etiquetas Teor máximo de materiais proibitivos: 0%
provenientes da própria embalagem.
Aparas de papelão Aparas de produtos de papelão ondulado de fibra virgem ou reciclada, Teor máximo de umidade: 15%
ondulado II com até 5% (em massa) de outros papéis que não sejam papelão Teor máximo de impurezas: 3%
ondulado. É permitida a presença de fita adesiva, hot melt, grampo e Teor máximo de materiais proibitivos: 1%
etiquetas provenientes da própria embalagem, capa branca.
Aparas de papel kraft I Aparas de papel kraft natural de sacos multifoliados, envelopes, discos e Teor máximo de umidade: 15%
capas de bobinas, sem plastificação, com ou sem costura, com ou sem Teor máximo de impurezas: 3%
impressão, limpos. Teor máximo de materiais proibitivos: 1%
Aparas de papel kraft II Aparas de sacos de papel kraft multifoliados, envelopes, discos e capa Teor máximo de umidade: 15%
de bobinas, com ou sem plastificação e costura, com impressão, não Teor máximo de impurezas: 5%
limpos ou selecionados. Teor máximo de materiais proibitivos: 3%
Aparas de papel kraft III Aparas de sacos de papel kraft multifoliados, usados na embalagem de Teor máximo de umidade: 20%
cimento, cal, gesso, argamassa, com ou sem plastificação e costura, não Teor máximo de impurezas: 7%
limpos ou selecionados. Teor máximo de materiais proibitivos: 5%
CARGAS MINERAIS
Matérias primas não fibrosas
ADITIVO DESCRIÇÃO
Amidos Natural ou não modificado quimicamente.
Gomas Dextrinas naturais ou modificadas quimicamente.
Derivados da celulose Carboximetilcelulose; metil celulose; hemicelulose.
Polímeros sintéticos Fenólicos; poliamidas; policrilamidas; uréia-formaldeido; melalina-
formaldeido; poliamidas; látex.
Matérias primas não fibrosas
Amilose, % 20 24 16 25
Amilopectina, % 80 76 84 75
Fábricas integradas:
consistência de transporte por tubulação: 3 a 6%.
Também possui desagregação (estratégico).
Não integradas:
celulose seca em máquinas de secagem (10% de umidade);
Celulose desaguada (60% de umidade);
Aparas (10% de umidade).
Importante:
Acerto de consistência
Acerto de pH
(conforme definição do controle de processos)
Despastilhadores
Depuradores probabilísticos
Redução de tamanho:
queda de vazão por entupimento dos orifícios pela retenção de
impurezas e fibras entrelaçadas
Aumento do tamanho:
perda de eficiência
Peneiras planas
Peneiras rotativas
Consistem de cilindro de paredes perfuradas, contra as quais a suspensão de
fibras é impelida pela ação centrífuga, gerada pelo movimento de rotação do
próprio cilindro ou de um rotor.
De acordo com o
escoamento da suspensão
fibrosa em relação ao
cilindro perfurado pode ser
de fluxo para fora do
cilindro (“outward flow
screen”) ou de fluxo para
dentro do cilindro (“inward
flow screen”).
Placas de furos redondos são mais eficientes para reter estilhas longas e
delgadas e partículas delgadas e planas.
Furos e fendas
Configurações de depuradores
IMPORTANTE:
consistência ideal e o diferencial de pressão
correto.
Turboseparadores
Fracionadores
Depuração em cascata
Como exemplo, podemos ver o seguinte: uma massa refinada até 19 ºSR
sofre um acréscimo em teor de água de 56 %, enquanto se a mesma massa
for refinada até 73 ºSR, o acréscimo atingirá o valor de 244 %.
Processo de refinação
Intensidade de refino
Fator “C”
Onde:
n = número de barras por unidade de comprimento de arco (m-¹)
D = profundidade das fendas
G = largura das fendas
L = comprimento das fibras
CF = consistência das fibras (fração)
= velocidade rotacional do refinador (rev/s)
R1 = raio interno da zona de refinação (m)
R2 = raio externo da zona de refinação (m)
W = largura da barra (m)
= ângulo da barra
= densidade da suspensão de polpa (aprox. 1000 kg/m³)
Fibrilação externa
FONTE: www.celso-foelkel.com.br
Refinação
Geração de finos
FONTE: www.celso-foelkel.com.br
Refinação
Delaminação da fibra
Inchação da fibra
FONTE: PAULAPURO, H., et alli, Papermaking Part 1, Stock Preparation and Wet End / Refining Technology
Refinação
Holandesas
FONTE: PAULAPURO, H., et alli, Papermaking Part 1, Stock Preparation and Wet End / Refining Technology
Refinação
FONTE: PAULAPURO, H., et alli, Papermaking Part 1, Stock Preparation and Wet End / Refining Technology
Refinação
FONTE: PAULAPURO, H., et alli, Papermaking Part 1, Stock Preparation and Wet End / Refining Technology
Refinação
Refinador “Conflo”
FONTE: PAULAPURO, H., et alli, Papermaking Part 1, Stock Preparation and Wet End / Refining Technology
Refinação
FONTE: PAULAPURO, H., et alli, Papermaking Part 1, Stock Preparation and Wet End / Refining Technology
Refinação
FONTE: www.hirafoundry.com
Refinação
Refinadores de multidiscos
Refinador “tricônico”
FONTE: www.redetec.org.br/inventabrasil/pilao
Refinação
Onde:
Pt 545 kW
Refinação
Onde:
Onde:
Onde:
Onde:
Onde:
DIÂMETRO DOS DISCOS (mm) 500 600 700 900 1000 1200
POTÊNCIA (HP) 300 400 500 600 1000 1500
ROTAÇÃO (RPM) 1200 750 600 500 400 300
5 102 2,9
10 125 2,4
15 165 1,8
Refinação
Refinação
Análise
grau
Retorno
Tanque de selagem
Caixa de nível
Bomba de
M
B
Mistura
Bomba de mistura
Atenuador de pulsações
Atenuador de pulsações
FONTE: www.ihobe.es
Máquina de papel
Máquina híbrida
Máquina TAD
Máquina ADT
FONTE: www.infomipyme.com
Máquina de papel
Resumindo:
“A caixa de entrada deve introduzir e distribuir a massa de fibras em suspensão, ao
longo de toda a largura da máquina, a um fluxo com volume e pressão constantes
quanto ao tempo e a ponto de incidência na zona de formação da folha, com
concentração uniforme de materiais fibrosos e não-fibrosos”.
Caixa hidráulica
IMPORTANTE:
Qualidade do jato!!!!
Caixa de entrada
Distribuição transversal
Atenuação de pulsos
Turbulência
Geometria do lábio
Perfil transversal
Relação jato-tela
Outras considerações: Acabamento Interno, Estabilidade Térmica e Facilidade de limpeza
Distribuição transversal uniforme de massa
Caixa de entrada
Distribuição transversal.
Atenuação de pulsos.
Turbulência.
Geometria do Lábio.
Perfil Transversal.
Jato livre de fluxos transversais
ModuleJet
Relação jato-tela
Vj = Cv*(2*g*H)1/2
Vj (m/min) H (m)
60 0,051
120 0,204
180 0,459
240 0,815
300 1,274
360 1,835
... ...
900 11,468
Vj = Cv*[2*g*(P + N)]1/2
Drenagem
Mesa plana
Função:
Promover a formação da folha de
papel, sobre uma tela plástica, através
do desaguamento controlado da
suspensão fibrosa.
Mesa plana
Linha úmida
Visualização do espelho
Rolo sacudidor
“Forming board”
“Forming board”
“Forming board”
“Hidrofoils”
“Hidrofoils”
Gerações de “foils”
“Vacuum foils”
Rolo “couch”
Rolo “lumbreaker”
Rolo bailarino
Onde:
D: diâmetro do bailarino (mm)
V: velocidade (m/min)
R: rotação (RPM)
FONTE: Básico de fabricação de papel
Formação da folha de papel
Tela formadora
FONTE: Kufferath
Formação da folha de papel
Dupla tela
Formadores de Tela Dupla (D. Webster, 1953)
DuoFormer® CFD
FONTE: ABTCP/Voith
Formação da folha de papel
FONTE: ABTCP/Voith
Formação da folha de papel
Sistema híbrido
“Crescent Former”
Secagem ~78% 1%
Prensa plana
Fluxo horizontal
Prensa de sucção
Fluxo vertical
Prensa “fabric”
Prensa bi-nip
Feltros úmidos
Feltros úmidos
Feltros úmidos
1. Chuveiro químico;
2. Chuveiro de alta pressão;
3. Chuveiro de alta vazão;
4. Chuveiro de lubrificação;
5. Caixa de sucção.
Cilindros secadores
Cilindros secadores
Transferência de calor
Resistências individuais
Resistências individuais Considerações
O filme de condensado dentro do cilindro secador. A resistência é baixa quando o cilindro está
empossado, e é alta quando forma filme contínuo.
Depósitos de incrustações e ferrugem na Pode ser significativa.
superfície interna do cilindro secador.
Parede metálica do cilindro secador. Geralmente é baixa, exceto no caso de parede
espessa.
Depósito de incrustações e sujeiras na superfície
externa do cilindro secador. Representam uma fração elevada da
A camada de ar existente entre a superfície resistência global.
externa do cilindro e a folha.
A folha de papel. Depende do tipo, gramatura e umidade da folha.
O filme de ar existente entre a folha e a tela É considerável, e depende da composição e
secadora. estrutura da folha e da tensão da tela secadora.
A tela secadora. É dependente da composição, estrutura, gramatura
e umidade da tela secadora.
Bolsões de ar
Bolsões de ar
Capota
Telas secadoras
Telas secadoras
Telas secadoras
“Spoiler bars”
Sistema em cascata
Termocompressor
“Single tier”
FONTE: indeterminada
Secagem
Sistema Condebelt®
FONTE: www.metso.com
16.Colagem superficial
Secagem
“Size press”
FONTE: http://www.ihobe.es
Secagem
FONTE: http://www.ihobe.es
Secagem
“Speed sizer”
FONTE: http://www.ihobe.es
Secagem
Revestimento de papel
Calandra de máquina
“Soft calandra”
“Soft calandra”
Supercalandra
“Pope”
Gramatura
Resistência à tração
Resistência ao arrebentamento
Resistência à flexão
Porosidade
Absorção de água
Formação
Direcionalidade
Brancura e alvura
Cor
Opacidade
Aspereza
Papéis “kraft”
BÁSICO: resistência à tração, ao rasgo, ao estouro.
OPCIONAL: lisura, absorção, permeabilidade.
“Liner” e ondulados
BÁSICO: capacidade de empilhamento, resistência, esmagamento.
OPCIONAL: lisura, absorção, permeabilidade.
Cartão e cartolina
BÁSICO: rigidez, espessura, delaminação, estouro.
OPCIONAL: lisura, absorção, permeabilidade.
T.E.A.
T.E.A.
Resistência à laminação
Papéis “tissue”
Higiênico (espessura, maciez, absorção, resistência a úmido e a seco);
para embalagens
Papel imprensa
Papéis “kraft”
impressão e
Papéis para
(sanitários)
Propriedades / Tipos de papéis
Papel para
corrugado
“Tissue”
Papelão
Cartões
sacaria
escrita
Gramatura
Espessura
Volume específico (“bulk”)
Umidade
Formação
Orientação de fibras
Dupla face
Porosidade
Lisura
Arrancamento superficial
Resistência à tração
Alongamento
Resistência ao rasgo
T.E.A.
Resistência às dobras
Resistência ao estouro
Rigidez
Teor de cinzas
pH e acidez
Permanência
Cor
Alvura
Brilho
Estabilidade dimensional
Maciez
Resistência a úmido
RCT
Cancora (CMT)
Resistência à água
Resistência à delaminação
Coeficiente de fricção
Resistência a compr. de canto
Resistência à vincagem