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Apostila de Oclusão

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CENTRO PARANAENSE DE FORMAÇÃO TÉCNICA

Rua Francisco Torres,218


www.centpar.com.br - Fone: (41) 3015-8004

OCLUSÃO - Prof. Jean Carlos Santos


CENTRO PARANAENSE DE FORMAÇÃO TÉCNICA
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OCLUSÃO DENTÁRIA
Estamos entrando em uma área da odontologia realmente apaixonante. A Oclusão Dentária estuda
não apenas os dentes, mas também toda sua relação funcional com o restante das estruturas
anatomofuncionais que constituem a cabeça e o pescoço, dando a noção da complexidade de um sistema
neuro-muscular responsável por inúmeras funções que podem, de várias maneiras, serem alteradas pelo
contato dental.

 Conceito de Oclusão: O termo vem do grego “Ocludere”, que significa “Contato”. Neste caso pode-
se concluir que toda a vez que tem-se uma ou mais superfícies em contato, estas se encontram em
oclusão.
 Conceito de Oclusão Dentária: Seguindo a idéia do conceito dado acima, pode-se dizer de uma
forma extremamente simples que oclusão dentária é o contato dos dentes do arco superior com os
dentes do arco inferior, ficando assim, fora do conceito os contatos proximais existentes entre dentes
vizinhos.
 Introdução ao estudo da Oclusão Dentária: Para que possa-se entender de uma maneira mais fácil
todas as funções relacionadas com a oclusão dentária, deve-se conhecer todas as estruturas
anatômicas e funcionais que irão participar da fisiologia oclusal. Desta maneira se dará início ao
estudo conhecendo as estruturas dentais, óssea, musculares e nervosas; procurando entender os seus
mecanismos de ação e de que maneira estes mesmos mecanismos se interagem criando uma
complexa rede de funções, que em conjunto irão se traduzir no que chamamos de Oclusão Dentária.

SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO / SISTEMA MASTIGATÓRIO


O estudo da oclusão dentária é relativamente novo e sendo assim, ainda são encontradas
controvérsias em relação a alguns conceitos e definições. A definição de qual seria o sistema ou aparelho
funcional que abriga as estruturas responsáveis pela oclusão é uma dessas controvérsias, portanto será
levado em consideração a mais aceita pela maioria sem que haja aprofundamento nesta discussão
puramente acadêmica.

SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO
Este sistema é a unidade anatomofuncional que encontra-se situada supero-inferior, entre o
assoalho da órbita e o osso Hióide e posteriormente é limitada pelo processo Pterigóideo do osso
Esfenóide. Entre estes limites encontram-se os dentes, língua, bochecha, ossos ( onde os mais importantes
são a Mandíbula e Maxila ), vasos sangüíneos, nervos e músculos; todos agindo em conjunto para
desempenharem determinadas funções:

 Mastigação  Respiração
 Deglutição  Fonética

Para que inicie-se um entendimento sobre este assunto será descrito cada componente funcional
do sistema.

MANDÍBULA
Esse é o único osso totalmente articulado da cabeça, desta maneira toda a
fisiologia mecânica do sistema estomatognático depende da movimentação deste
osso compacto que se assemelha muito a um osso longo, porém curvado, que por ter
duas articulações que trabalham em conjunto, deve ter sua movimentação uniforme
para que a musculatura responsável por estes movimentos não sofram nenhum tipo
de dano funcional. São vários os movimentos realizados pela mandíbula para que as
funções do sistema possam ser executadas:
 Abaixamento: Movimento da mandíbula para baixo.
 Elevação: Movimento da mandíbula para cima.
 Protusão: Movimento da mandíbula para frente.
 Retrusão: Movimento da mandíbula para trás.
 Lateralidade: Movimento para a direita e esquerda.

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Se for pensado que estes movimentos ocorrem devido à movimentação das duas articulações
(Articulação Temporomandibular-ATM) da mandíbula, é fácil concluir que para entender melhor estes
movimentos deve-se estudá-los através do movimento das ATMs.
ABAIXAMENTO E ELEVAÇÃO – ATM
Nesse movimento a mandíbula se move para frente e para baixo, de maneira que provoque a
abertura da boca devido a uma rotação inicial realizada no côndilo da mandíbula, a qual permite uma
pequena abertura de boca.
Esta abertura mede em média 25mm entre os dentes superiores e
inferiores. Para que esta distância possa aumentar, existe a necessidade do
côndilo realizar uma translação, onde irá sair do interior da cavidade glenóide,
onde se aloja, para excursionar sobre a eminência articular, realizando uma
movimentação para anterior.

Para que a mandíbula efetue sua elevação, os movimentos


do côndilo são os mesmos, porém no sentido inverso.

Neste momento, por motivos didáticos, não será relacionada esta movimentação,
nem as outras que virão em seguida, com nenhuma ação muscular; deixando isso
para os capítulos específicos sobre o assunto.

PROTRUSÃO – ATM
Neste movimento a mandíbula se movimenta, simplesmente, para frente
e para baixo, sem que aja o aumento da distância entre os dentes superiores e
inferiores. Desta maneira o côndilo da mandíbula somente desliza pela
eminência articular.

RETRUSÃO – ATM
O movimento de retrusão da mandíbula, a partir da sua posição de repouso, não configura um
movimento funcional, de forma que não acontece de maneira freqüente e normal durante a execução das
funções do sistema estomatognático.
Na realidade a região retrocôndilar, é uma região altamente inervada e vascularizada, o que
impossibilita uma pressão mecânica. Portanto se for analisado o movimento de volta, após uma protusão,
este será semelhante, porém em sentido inverso a protusão, mas se for estudada a retrusão a partir do
repouso da mandíbula, este movimento não existe, enquanto funcional ( ? ).

LATERALIDADE – ATM
Os movimentos de lateralidade são os mais complexos que encontrados na mandíbula, e isso se
deve ao fato de que, para a mandíbula se movimentar para a esquerda ou para a direita seus côndilos se
comportam de forma diferenciada entre si.
Toda a vez que a mandíbula se movimenta para a direita, por exemplo, o côndilo que se move em
direção ao lado direito é o côndilo esquerdo, o qual se direciona para frente, para baixo e para medial,
fazendo com que a mandíbula realize o mesmo movimento.

A figura ao lado mostra a movimentação de lateralidade vista no plano


transversal, onde pode-se notar a movimentação para frente e para medial
realizada pelo côndilo oposto à direção do movimento .

Nesta outra figura, se for observada a linha de orientação que passa pelos
dois côndilos, pode-se notar que houve a movimentação para baixo do côndilo
oposto à direção do movimento.
Toda a vez que se realiza a oclusão dentária ocorre um encaixe dos dentes
superiores e inferiores, devido a sua morfologia oclusal; entendendo isso é fácil
perceber que toda a vez que a mandíbula movimenta-se, esse encaixe impede a
movimentação, porém, para que isso não ocorra, o sistema deverá ter os dentes em
uma posição no osso do arco dentário de uma forma que crie planos inclinados
com a função de neutralizar este travamento, a isso dá-se o nome de Curvas de Compensação.

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CURVA DE SPEE
Esta é a curva de compensação que passa pelas pontas de
cúspides vestibulares de todos os dentes, entre o canino e último
molar, e que age durante o movimento de protusão para que o
engrenamento dos dentes em oclusão não travem a movimentação.

CURVA DE WILSON
Esta é a curva de compensação que é traçada passando pela ponta
da cúspide vestibular e lingual de um dente posterior e vai para a cúspide
lingual e vestibular do dente oposto. Esta curva age quando a mandíbula
realiza movimentos de lateralidade, permitindo que este movimento seja
executado sem interferência oclusal.
Desta maneira, tem-se como conceito de curvas de compensação,
curvas imaginárias que surgem devido à inclinação dos dentes no osso
alveolar e que tem a função de impedir a interferência oclusal durante os
movimentos de protusão e lateralidade.

GUIAS DE DESOCLUSÃO
Os dentes são elementos que suportam uma carga de força
extremamente grande devido a estruturas especializadas que serão vistas a
seguir, porém, para que estas cargas possam ser suportadas, elas devem
incidir paralelamente ao dente entretanto, ao se analisar as inclinações dos
dentes no osso alveolar, nota-se que durante os movimentos
excursivos da mandíbula isso se torna impossível, necessitando
de um mecanismo de defesa dos dentes.
Nesta mesma análise, pode-se notar que se nos movimentos excursivos os
dentes estivessem em contato estes provocariam cargas de direção oblíquas.

Os dentes superiores estão em uma posição anterior em relação aos dentes


inferiores, o que faz com que, uma vez que os dentes anteriores são maiores
no sentido cervico-incisal, toda vez que a mandíbula realiza movimento de
lateralidade ou protusão, toquem somente os dentes anteriores ocorrendo
um deslize dos dentes inferiores entre os superiores, desocluindo os dentes
posteriores.

GUIA ANTERIOR OU INCISIVA


Durante os movimentos de protusão, para que os dentes posteriores não permaneçam
em oclusão, o que causaria carga oblíqua, os incisivos inferiores deslizam sobre a face lingual
dos incisos superiores desocluindo todos os dentes posteriores.

GUIA CANINA
Da mesma maneira que acontece no movimento de protusão, o movimento
de lateralidade também provocaria cargas oblíquas nos dentes posteriores se não
houvesse uma desoclusão que neste caso, é realizado pelo deslize do canino
inferior através da face lingual do canino superior.

LADO DE TRABALHO E BALANCEIO


Toda a vez que a mandíbula realiza um movimento de lateralidade, os dois lados da mandíbula,
direito e esquerdo, se comportam de maneira diferente. Levando em consideração que ainda não está
sendo estudada a ação muscular nestes movimentos, serão analisados os lados que surgem durante a
movimentação para a direita e esquerda apenas do ponto de vista dental. Como foi visto nos movimentos
de lateralidade, tem-se a ação de desoclusão através da guia canina. Desse modo, terá contato apenas no
lado para onde está direcionado o movimento, o qual será chamado de lado de trabalho, lembrando que
está sendo visto apenas os dentes se desprezando a ação muscular.
O outro lado onde não existe os contatos dentais é chamado de lado de Balanceio. Estes dois lados
distintos formados durante a ação dos movimentos de lateralidade são de grande importância para que se
entenda de maneira funcional a morfologia dos dentes e de que maneira o sistema utiliza esta morfologia
para manter seu equilíbrio, consequentemente, seu bom funcionamento.
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Antes de analisar os movimentos mandibulares do ponto vista muscular, é importante conhecer
qual o papel do dente em todo esse funcionamento. Para que isso aconteça, serão listados alguns
conceitos fundamentais para esse entendimento.

CÚSPIDE DE CONTENÇÃO CÊNTRICA


É a cúspide que durante a oclusão se aloja na fossa do dente antagonista.

TRESPASSE VERTICAL E HORIZONTAL


Como citado, todos os dentes superiores estão posicionados para
anterior em relação aos dentes inferiores. Desta maneira, as bordas
incisais superiores trespassam, tanto no sentido vertical como no
sentido horizontal, as bordas incisais
inferiores. São justamente essas estruturas
anatômicas que possibilitam a ação das guias
de desoclusão.
Os dois trespasses comentados acima podem ser perfeitamente medidos com
o auxílio de uma régua. A medida em milímetros de quanto a borda incisal superior
trespassa horizontalmente a inferior é chamada de OverJet, enquanto a medida em
milímetros de quanto a borda incisal superior trespassa verticalmente a borda
inferior é chamada de OverBite

ALINHAMENTO DENTÁRIO
Para que as funções relacionadas com o sistema estomatognático possam ser
executadas com sucesso, o alinhamento dentário nos arcos deve seguir algumas
regras. Para que estas regras sejam, mais facilmente, entendidas deve-se conhecer
melhor a superfície oclusal dos dentes.
Cada cúspide dentária é composta de quatro vertentes, duas livres e duas triturantes, estas ultimas
formam a superfície oclusal funcional dos dentes, onde o alimento será triturado. As arestas que dividem
estas vertentes são estruturas extremamente nítidas e que
servem como referencia para o alinhamento dental.
Outra estrutura que pode ser utilizado para orientar o
alinhamento dental é o sulco principal transversal, que divide as
cúspides vestibulares das cúspides linguais nos dentes
posteriores.

A linha formada pela junção das arestas que


separam as vertentes livres vestibulares das
vertentes triturantes vestibulares é a linha ocluso-
vestibular, que se forma quando
contatam os pontos de contato proximais dos dentes
proximais. E a outra linha é a da fossa central, que formada
pela união dos sulcos principais transversais.

Agora que se conhece os acidentes anatômicos de interesse


oclusal, pode-se iniciar a descrição dos dentes em conjunto nos arcos. Todas
as vezes que os dentes superiores e inferiores estão em oclusão cada dente se
contata com outros dois dentes antagonistas, havendo o contato apenas de
alguns pontos que serão descritos à seguir.

HISTÓRICO
O principal dentista deste século é Peter Thomas, que foi o primeiro à pensar na oclusão como algo
funcional, ele estudou os contatos dentais, identificou e mapeou cada um deles, isto o auxiliou para criar
uma técnica de escultura dental fundamentada nas funções do sistema estomatognático.
A primeira coisa que o profissional em prótese dentária deve pensar é que a colocação de uma peça
protética não é apenas um ato de “fechar um espaço” que existe decorrente da perda de um elemento
dental, mas sim uma série de procedimentos técnicos que visando princípios funcionais e estéticos iram
devolver funções ao nosso paciente.
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Para melhor entendimento desta característica funcional da oclusão dos dentes tem-se que conhecer
os contatos que aparecem na mandíbula em posição centríca e os contatos que surgem durante
movimentos excêntricos da mandíbula. Além de conhecer estes contatos é necessário relaciona-los com
os movimentos mandibulares e os princípios de equilíbrio neuro-muscular da cabeça e do pescoço.
Durante a oclusão, a cúspide de contenção centríca de um dente oclue dentro da fossa do dente
antagonista, no entanto, esse contato se dá de uma forma que a ponta de cúspide não toca no fundo da
fossa, o que provocaria o aparecimento de carga excessiva. Portanto, ocorre um triplodismo na região do
contato.

PONTOS DE CONTATOS
Na posição cêntrica da mandíbula os contatos se comportam da
seguinte maneira. A cúspide vestibular do primeiro pré-molar inferior toca
fossa mesial do primeiro pré-molar superior, enquanto que a cúspide lingual
do primeiro pré-molar superior toca na fossa distal do primeiro pré-molar
inferior.
A cúspide vestibular do segundo pré-molar inferior toca na fossa
mesial do segundo pré-molar superior e a cúspide lingual do segundo pré-
molar superior toca na fossa distal do segundo pré-molar inferior.
A cúspide vestibulo-mesial do primeiro molar inferior oclue na fossa
mesial do primeiro molar superior e cúspide média do primeiro molar inferior oclue na fossa central do
primeiro molar superior. A cúspide linguo-mesial do primeiro molar superior oclue na fossa central do
primeiro molar inferior e a cúspide linguo-distal do primeiro molar superior oclue na fossa distal do
primeiro molar inferior.
A cúspide vestibulo-mesial do segundo molar inferior oclue na fossa mesial do segundo molar
superior e a cúspide vestibulo-distal do segundo molar inferior oclue na fossa central do segundo molar
superior. A cúspide linguo-mesial do segundo molar superior oclue na fossa central do segundo molar
inferior e a cúspide linguo-distal do segundo molar superior oclue na fossa distal do segundo molar
inferior.

SULCOS DE TRABALHO E BALANCEIO


Como já foi visto anteriormente, quando a mandíbula realiza movimentos de lateralidade surgem
dois lados diferentes, o lado de trabalho e o lado de balanceio. Analisando os dentes a mesma coisa irá
acontecer.
Pode ser visto no desenho anterior que quando os dentes estão em oclusão acontece um
engrenamento entre eles, dessa forma o movimento sofrerá uma interferência durante o seu inicio. Porém
os sulcos que dividem as cúspides irão servir como trilhos para que estas tenham passagem sem que a
interferência aconteça. Deste modo teremos dois tipos de sulcos, os sulcos de trabalho e os sucos de
balanceio. Portanto, todos os sulcos vestibulares dos dentes superior e os sulcos linguais dos dentes
inferiores localizados no lado para onde está sendo direcionado o movimento, e os sulcos vestibulares dos
dentes inferiores e os linguais dos dentes superiores do lado oposto ao movimento serão os sulcos de
trabalho, isto se deve por ser nestes sulcos que existe o deslize das cúspides no início da movimentação.
Da mesma maneira, os sulcos de balanceio serão os linguais superiores e os vestibulares inferiores no
lado do movimento, e os vestibulares superiores e linguais inferiores do lado oposto ao movimento, isto,
devido ao fato que nestes sulcos não acontece função durante os movimentos de lateralidade.
O direcionamento desses sulcos serão diferentes de pessoa para pessoa, isto porque a amplitude de
movimentação da mandíbula também difere, fazendo com que os sulcos estejam mais para vestibular ou
mais para lingual, mas isso será visto mais detalhadamente na aula sobre determinantes oclusais.
Como já pode visto, praticamente todas as referências oclusais existem devido as movimentações
mandibulares, porém, estas por enquanto somente foram analisadas do ponto de vista dental. Neste
momento todas os movimentos da mandíbula serão vistos a partir do seu funcionamento muscular. Para
isso será conhecido, primeiramente, cada músculo isolado.

MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO
A energia que move a mandíbula e permite o funcionamento do
sistema estomatognático é suprida pelos músculos. Existem quatro pares de
músculos formando um grupo chamado de músculos da mastigação: o
masseter, o pterigoídeo medial, o temporal e o pterigoídeo lateral. Apesar de

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não serem incluídos nos músculos da mastigação, os músculos supra-hioídeos e infra-hioídeos tem uma
função importante na movimentação da mandíbula.

MASSETER
Músculo retangular que tem sua origem no arco zigomático estendendo-se para baixo e para trás
até sua inserção no ângulo da mandíbula, passando pela região do segundo molar inferior.
Esse músculo possui duas porções, uma externa e outra interna. A externa com fibras oblíquas, tem
a função, quando contraídas, de elevar a mandíbula direcionando-a para frente enquanto que, a porção
interna, que apresenta fibras no sentido vertical, estabiliza o côndilo da mandíbula contra a eminência
articular.
Este músculo é o mais forte de todo o corpo humano, sua tonicidade chega a ser maior até mesmo
que o músculo do bíceps, localizado no braço. Ele é o principal músculo elevador da mandíbula.

TEMPORAL
Deste grupo, é o maior músculo. Tem a forma de um leque e está
localizado na região temporal do crânio. Sua origem está na porção lateral
do crânio, na linha temporal inferior que se localiza ao longo do osso
parietal.
Suas fibras podem ser divididas em três grupos: as anteriores, com
direcionamento vertical; as fibras da porção média, direcionadas
obliquamente e as posteriores que são chamadas de horizontais. Todos
esses feixes vão se fechando e passam por baixo do arco zigomático para
inserirem na região de incisura mandibular no ramo mandíbula.
Quando as fibras do músculo temporal se contraem ocorre a
elevação da mandíbula e o reposicionamento posterior do côndilo, sendo
esta segunda função de maior importância que a primeira, uma vez que o principal músculo elevador da
mandíbula é o músculo masseter.

PTERIGOÍDEO MEDIAL ( INTERNO )


Este músculo tem a origem na fossa do processo pterigoídeo e se estende para baixo, para trás e
para lateral até se inserir no lado interno do ângulo da mandíbula. Juntamente com o músculo masseter
forma um “suspensório” que sustenta a mandíbula e a eleva. Este músculo também atua na protusão da
mandíbula.

PTERIGOÍDEO LATERAL ( EXTERNO )


Este músculo se origina no processo pterigoídeo e se insere,
direcionando-se para frente, na fóvea mandibular. Apesar de um músculo
pequeno sua importância é enorme para o processo funcional do sistema
estomatognático.
Quando este músculo se contrai bilateralmente, a mandíbula realiza o
movimento de protusão auxiliado pelo pterigoídeo medial; e quando a contração
é unilateral acontece os movimentos de lateralidade que são direcionados para o
lado que ocorre a contração.
Hoje em dia existe uma discussão anatômica em relação a este músculo.
Por muito tempo aceitou-se que o músculo Pterigoídeo era um só músculo com
dois feixes de musculares, um superior e um inferior. Porém uma corrente,
fortíssima, de anatomistas e especialistas em musculatura e articulações, vem
defendendo a existência de dois músculos distintos que realizam movimentações
independentes. É viável ressaltar que esta idéia sem ganhando força no meio
científico porém, ainda não se chegou a definição final sobre o assunto.

Estes são os quatro pares de músculos considerados como músculos da mastigação, os músculos
que viram a seguir são músculos do pescoço mas que tem um importante papel na fisiologia do sistema
estomatognático e na movimentação da mandíbula.
Estes músculos fazem parte dos músculos Hioídeos que se dividem em supra-hioídeos, que se
localizam acima do osso Hióide e infra-hioídeos, que se localizam abaixo do osso Hióide.

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DIGÁSTRICO
É um músculo que apresenta dois ventres, um anterior e outro posterior. O
ventre posterior origina-se no processo mastóideo e se dirige para baixo, para
frente e para medial até se inserir no tendão intermediário preso ao osso Hióde. O
ventre anterior tem a sua origem na fossa lingual da mandíbula se dirigindo para
baixo e para trás até a sua inserção no tendão intermediário.
O ventre anterior, quando sofre contração, auxilia no abaixamento da
mandíbula. O ventre posterior tem a função de auxiliar o movimento de giro da
cabeça, e no momento do abaixamento da mandíbula, o músculo Digástrico realiza
a fixação do osso Hióde.

MÚSCULOS INFRA-HIÓIDEOS
São um conjunto de músculos que se localizam abaixo do osso Hióde e que tem função, não apenas
na movimentação mandibular, mas também nos movimento do pescoço.
Na movimentação da mandíbula, estes músculos tem a função de fixar o osso Hióde para que este
possa servir de “origem” no movimento de abaixamento da mandíbula, isto se faz necessário devido ao
fato de todos os músculos que abaixam a mandíbula se originam no osso Hióide que é um osso móvel.

Estes músculos agem também na movimentação da


cabeça e do pescoço. Nessa movimentação os músculos
infra-hioídeos agem em sinergismo com os demais
músculos do pescoço, além de auxiliarem no equilíbrio
postural da cabeça. Esta última função tem a participação
dos músculos mastigatórios.

Para que se entenda melhor como funciona este sistema controlador da postura será
apresentado um desenho esquemático que mostra o sinergismo muscular e como cada
músculo depende do outro para manter seu posicionamento.

RELAÇÃO CÊNTRICA
Relação cêntrica (RC) define uma posição do côndilo no interior da
cavidade glenóide, consequentemente uma posição da mandíbula em
relação a maxila.
Este é o conceito mais polêmico que existe na oclusão dentária.
Ao se estudar as referências bibliográficas pode ser encontrado mais 100
conceitos diferentes. Muitos autores descrevem a posição cêntrica como
sendo a posição mais superior e mais anterior da cavidade, alguns dizem que é a posição mais posterior e
mais superior dentro da cavidade glenóide, outros que é a posição mais central da cavidade. São vários os
conceitos encontrados, mas o mais aceito atualmente é o conceito dado por Jeffrey Okeson, que diz que a
posição cêntrica é a posição do côndilo na região mais superior ligeiramente inclinado para frente e
apoiado na eminência articular. O importante é ter a noção que a relação cêntrica é uma posição
fisiológica, isto significa que todas as funções executadas pelo sistema estomatognático dependem desta
posição que pode ser entendida com uma posição confortável da mandíbula.
Com a definição acima, torna-se fácil entender que a RC é uma relação de posição entre a maxila
e mandíbula puramente óssea, significando que independe da presença de dentes para existir, na verdade
seu posicionamento está relacionado com o funcionamento neuro-muscular do sistema estomatognático,
além dos ligamentos articulares relacionados com a articulação temporomandibular.

MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO HABITUAL


A outra relação de posição da maxila e a mandíbula é a máxima intercuspidação habitual (MIH),
ditada pelo engrenamento dos dentes quando estes estão em oclusão. Na maioria das vezes quando se
oclue os dentes de maneira habitual, isto quer dizer, sem que exista um
fechamento forçado ou manipulado, a MIH não coincide com a RC no
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entanto, como a capacidade do sistema é altamente versátil nem sempre iniciam problemas funcionais
devido esta situação. Com isso pode ser deduzido que a MIH é uma relação que depende da presença de
dentes para agir.
Segundo Clark e Okesson, a coincidência entre MIH e RC, que é chamada de oclusão central, é a
situação mais favorável no ponto de vista funcional, porém vale ressaltar que o sistema pode funcionar
muito bem sem sintomatologia em outras posições.

OCLUSÃO
Toda a vez que existe saúde no sistema estomatognático, a morfologia oclusal funciona
harmoniosamente com as estruturas responsáveis pela movimentação da mandíbula. Desta forma, deve-se
entender que, a morfologia dos dentes dependem diretamente da fisiologia do sistema, havendo uma
integralização completa do comportamento dos dentes durante as movimentações mandibulares e as
estruturas que controlam essas movimentações. Para que se possa entender de maneira mais clara como
essa interdependência funciona tem-se que se conhecer as chamadas determinantes oclusais.
Podemos dizer que para a realização dos movimentos da mandíbula irá existir dois fatores que irão
dar direcionamento a movimentação. Um deles é o fator posterior ou a guia oclusal, e o outro é o fator
anterior ou as guias anteriores.

FATOR DE CONTROLE POSTERIO(GUIA CONDILAR)


Toda a vez que o côndilo sai da posição cêntrica para realizar sua translação, ele desliza sobre a
eminência articular, portanto se torna claro que o direcionamento tomado pelo côndilo depende da
ângulação apresentada pela eminência. Dessa maneira quanto mais angulada é superfície posterior da
eminência articular, mais inclinada será a trajetória descrita pelo côndilo durante sua translação,
consequentemente quanto mais plano for a cavidade articular (pequena ângulação da eminência) menos
inclinado se torna a trajetória do côndilo. A medida do ângulo formado pelo plano que passa pelo côndilo
quando está em posição cêntrica e sua trajetória de translação é chamado de GUIA CONDILAR.

FATOR DE CONTROLE ANTERIOR (GUIAS ANTERIORES)


Da mesma maneira as guias anteriores direcionam anteriormente os movimentos da
mandíbula. Toda a vez que a mandíbula realiza movimentos excursivos (lateralidade
e protusão) ocorre o deslize das bordas incisais dos dentes ântero-inferiores sobre as
palatinas dos dentes ântero-superiores. Sendo assim havendo um trespasse vertical
acentuado e uma superfície palatina com grande ângulação a trajetória da mandíbula
na região anterior terá uma inclinação acentuada, em contra partida um trespasse
vertical curto direcionará a mandíbula em uma trajetória pouca inclinada.
O fator anterior de movimentação, ao contrário do fator posterior, é facilmente alterado, seja por
ação clínica (ortodôntia e dentística) seja por lesão de cárie ou hábitos e desgaste dentais. Para que se
entenda de maneira mais clara a influência dos fatores de controle na morfologia oclusal, deve se ter a
ciência de que as inclinações de vertentes em cúspides devem permitir o deslizamento entre dentes
antagonistas em movimento, que por extensão dependem do movimento da mandíbula e
consequentemente das inclinações dos fatores de controle.
Muitas vezes o fator de controle posterior – FCP – e o fator de controle anterior – FCA – agem de
maneira iguais, ou seja na mesma intensidade. Mas muitas vezes as inclinações no movimento
controlado pelos dois fatores são distintas entre si, desta maneira a
morfologia oclusal dos dentes irá receber maior influência do fator de
controle que está mais próximo. Sendo assim os dentes que estão mais
próximos do FCP receberão maior influência da inclinação deste fator
enquanto que, os dentes mais próximos do FCA receberão maior
influência da inclinação deste fator. Deve-se ressaltar que o ideal é que as
inclinações dos dois fatores coincidam, para que garantam maior harmonia e simplicidade ao sistema.
Com esta informação, pode-se entender de maneira mais fácil como o movimento da mandíbula influi na
morfologia dos dentes, dentro desta mesma forma de pensamento irá se listar todas as determinantes
oclusais.

DETERMINANTES OCLUSAIS DETERMINANTES VERTICAIS

Guia Côndilar (ângulo da eminência) x Altura de Cúspide


Toda a vez que a mandíbula é protuída o côndilo descreve uma trajetória
para baixo e para frente ditada pela inclinação da eminência articular. Portanto
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quanto mais inclinado é o ângulo da eminência maior é o movimento para inferior realizado pelo côndilo,
consequentemente pela mandíbula.
Levando em consideração que os dentes inferiores estão inseridos no osso alveolar da mandíbula e
que esses engrenam com os dentes superiores a altura das cúspides e a inclinação das suas vertentes
devem se apresentar de tal maneira que o deslizamento entre os dentes posteriores seja harmônico com
deslizamento do côndilo através da eminência. Sendo assim a altura das cúspides serão ditadas pela
intensidade da movimentação do côndilo e a inclinação das vertentes será igual à inclinação da
eminência.
Guia Anterior x Altura das Cúspides
A inclinação da guia anterior age sobre a altura das cúspides da mesma maneira que a guia
côndilar, o que se deve levar em conta é que sempre quando existir disparidade entre a ângulação das
duas guias (FCP e FCA) os dentes são influenciados com mais ênfase pelo fator de controle que estiver
mais próximo.

Curva de Spee x Altura da Cúspide


Como se sabe os dentes não estão posicionados de maneira plana no arco,
sendo assim é possível traçar uma curva imaginária que toca a ponta dos caninos
e a ponta de cúspides dos dentes posteriores. Desta maneira ao se observar a
curva de Spee pode-se notar que a porção posterior da curva está mais paralela a
inclinação da eminência articular.
O que deve ser entendido é que como
os dentes localizados na porção posterior (por distal do raio da
curva) da curva estão praticamente paralelos em relação a
inclinação da eminência, estes têm suas cúspides mais planas
do que aqueles que estão na porção anterior ( mesial do raio da
curva ) que tem a necessidade de terem cúspides mais altas para
compensar a inclinação oposta a eminência.
Movimento de Bennett x Altura de Cúspide
Toda a vez que a mandíbula realiza lateralidade a direção e a amplitude deste movimento se da
pelo deslize que ocorre do côndilo através da inclinação da parede lateral da cavidade articular. Esta
movimentação vai influenciar a altura de cúspides e suas inclinações da mesma forma que guia côndilar.

DETERMINANTES HORIZONTAIS

Distancia Intercondilar x Direcionamento dos Sulcos e Cristas


Quando observa-se as faces das pessoas nota-se que elas tem
formas e tamanhos diferentes, o motivo destas diferenças será
tratado com mais detalhes em aulas seguintes, mas desde já deve-se
ter o conhecimento que em faces estreitas e faces largas
encontramos variações entre a distância dos côndilos.
A importância desta Distância Intercondilar é quanto maior ela é, maior será a
curva descrita pelos dentes nas suas trajetórias durante os movimentos de
lateralidade. Desta forma a direção das cúspides também vai sofrer alterações. Em
uma distância intercondilar pequena (face estreita) uma cúspide descreve uma curva
mais acentuada (com raio menor) e portanto as cúspides se direcionam mais para
distal e consequentemente os sulcos de trabalho também. De outra forma uma distância intercondilar
grande (face larga) faz com as cúspides descrevam uma curva menos acentuada (com raio maior),
fazendo com que os sulcos de trabalho se direcionem mais para mesial.

TIPOS DE FACES
A principal explicação para os diferentes padrões dos tipos de faces existentes no ser humano esta
na evolução da espécie. O homem, assim como a maioria dos animais eram serem de hábitos alimentares
que necessitavam uma posição anterior da cabeça em relação ao resto do corpo, isto provocava uma
posição da coluna cervical vindo de posterior para anterior fazendo com que a base de crânio apresentasse
uma posição relativa ao solo tendendo à perpendicularidade. Porém durante o desenvolvimento da espécie
o homem passou a caminhar ereto apoiado sobre os membros inferiores, essa nova posição de locomoção
fez com que a coluna cervical tomasse um posicionamento inferior ao crânio provocando um “giro da
cabeça” para ocorrer a adaptação a esta nova condição. Esta mudança no padrão crânio-facial mudou a
inclinação da base do crânio fazendo com que a face passasse a crescer em um eixo anterior menor
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diminuindo a dimensão anterior da face. (menor espaço oclusal). A face apresenta seu crescimento em um
direcionamento para frente e para baixo, sendo perpendicular a base do crânio, sendo desta maneira, a
inclinação da base do crânio determina a direção do crescimento da face. Um padrão crânio-facial onde a
base do crânio está inclinada para frente, a face apresenta um crescimento anterior aumentado, adquirindo
um padrão de face chamado Braquiocéfalo. Quando a base de crânio está em uma inclinação tendendo à
um paralelismo ao solo a face crescerá com o vetor inferior maior do que o vetor anterior, está é a face do
Dólicocefalo. Muitas vezes a base do crânio está um uma inclinação média tendendo a 45° fazendo com
que o direcionamento de crescimento da face apresente vetores anteriores e inferiores de intensidade
iguais, fazendo assim com a face apresente características de Mesocefalo.

ANATOMIA
Estaremos estudando a anatomia da cabeça , porém ficaremos concentrados na Osteologia, ramo
da anatomia que estuda os ossos, artrologia, ramo da anatomia que estuda as articulações e a miologia,
ramo da anatomia que estuda os músculos .

OSTEOLOGIA
Para o estudo da cabeça, dividimos didaticamente esta em duas partes. Uma parte superior, onde
se localiza os ossos chatos que realizam a proteção do encéfalo, que chamamos de crânio ou neuro-cranio
e uma parte inferior onde teremos o inicio dos aparelhos digestório e respiratório e os olhos que
chamaremos de face ou vicero-cranio.
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CRANIO
• Composto por 8 ossos

- 4 ímpares: - 2 pares
Frontal Parietal
Occipital Temporal
Esfenóide
Etmóide

Osso Parietal

0sso Frontal

Osso Esfenóide

Osso Temporal

Osso Occiptal

O osso Etmóide se localiza na região interna da caixa craniana , fazendo o teto da cavidade nasal

Osso Etmóide

FACE
• Composto por 14 ossos

- 2 ímpares: - 6 pares
Vômer Maxila
Mandíbula Zigomático
Nasal
Lacrimal
Concha Nasal
Palatino
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Osso Nasal

Osso Lacrimal

Osso Zigomático

Concha Nasal Inferior

Osso Vomer

Osso da Maxila

Osso da Mandibula

Osso Palatino

ARTROLOGIA
As articulações são um conjunto de estrururas que tem como função a união entre dois ou mais
ossos, independente se esses ossos apresentam movimentação entre si. A maioria das articulações entre os
ossos da cabeça não permitem nenhum tipo de movimento, com exceção da ATM ( Articulação Temporo
Mandibular) que realiza a união entre os ossos temporal e o da mandíbula. Iremos concentrar os estudos
da Artrologia apenas na ATM.

A articulação têmporo-mandibular é um conjunto de estruturas anatômicas que, com a participação de


grupos musculares especiais, possibilita que a mandíbula execute vários movimentos (abaixamento,
elevação , lateralidade, protrusão , retrusão).

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ARTICULAÇÃO TEMPORO MANDIBULAR

COMPONENTES ANATÔMICOS
Faces ósseas articulares
Cartilagem articular
Disco articular
Cápsula articular
Membrana sinovial
Ligamento temporomandibular
Ligamentos acessórios

FACES ÓSSEAS ARTICULARES


Ossos envolvidos: osso temporal e mandíbula
Mandíbula: cabeça da mandíbula ou côndilos.
Temporal: eminência articular e fossa mandibular do osso temporal (cavidade glenóide).

CARTILAGEM ARTICULAR
É uma cartilagem fibrosa que recobre as faces articulares do osso temporal e do côndilo da
mandíbula.
No fundo da fossa mandibular (cavidade glenóide) a cartilagem fibrosa é muito delgada, o côndilo
não exerce força diretamente nesta região.
Função: proteção contra os atritos e impactos exercidos durante os movimentos mandibulares

DISCO ARTICULAR
É uma placa fibrocartilaginosa localizada sobre a cabeça da mandíbula (côndilo).
Não se prende em nenhuma parte do osso temporal, é inserida fortemente em 2 pontos na cabeça da
mandíbula.
Função: absorve os choques da ATM e promove a movimentação da articulação.

CÁPSULA ARTICULAR
É uma cápsula fibrosa frouxa que circunda a ATM, permite amplos movimentos da articulação.
Prende-se acima nos limites da face articular do osso temporal e abaixo no colo da mandíbula.
É bem inervada e bem vascularizada.
MEMBRANA SINOVIAL

Reveste internamente a cápsula articular. Não recobre o disco articular.

A membrana sinovial forma a sinóvia, que é um líquido viscoso nutritivo e lubrificante. Facilita os
movimentos de uma superfície sobre a outra.

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