Apostila de Oclusão
Apostila de Oclusão
Apostila de Oclusão
OCLUSÃO DENTÁRIA
Estamos entrando em uma área da odontologia realmente apaixonante. A Oclusão Dentária estuda
não apenas os dentes, mas também toda sua relação funcional com o restante das estruturas
anatomofuncionais que constituem a cabeça e o pescoço, dando a noção da complexidade de um sistema
neuro-muscular responsável por inúmeras funções que podem, de várias maneiras, serem alteradas pelo
contato dental.
Conceito de Oclusão: O termo vem do grego “Ocludere”, que significa “Contato”. Neste caso pode-
se concluir que toda a vez que tem-se uma ou mais superfícies em contato, estas se encontram em
oclusão.
Conceito de Oclusão Dentária: Seguindo a idéia do conceito dado acima, pode-se dizer de uma
forma extremamente simples que oclusão dentária é o contato dos dentes do arco superior com os
dentes do arco inferior, ficando assim, fora do conceito os contatos proximais existentes entre dentes
vizinhos.
Introdução ao estudo da Oclusão Dentária: Para que possa-se entender de uma maneira mais fácil
todas as funções relacionadas com a oclusão dentária, deve-se conhecer todas as estruturas
anatômicas e funcionais que irão participar da fisiologia oclusal. Desta maneira se dará início ao
estudo conhecendo as estruturas dentais, óssea, musculares e nervosas; procurando entender os seus
mecanismos de ação e de que maneira estes mesmos mecanismos se interagem criando uma
complexa rede de funções, que em conjunto irão se traduzir no que chamamos de Oclusão Dentária.
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO
Este sistema é a unidade anatomofuncional que encontra-se situada supero-inferior, entre o
assoalho da órbita e o osso Hióide e posteriormente é limitada pelo processo Pterigóideo do osso
Esfenóide. Entre estes limites encontram-se os dentes, língua, bochecha, ossos ( onde os mais importantes
são a Mandíbula e Maxila ), vasos sangüíneos, nervos e músculos; todos agindo em conjunto para
desempenharem determinadas funções:
Mastigação Respiração
Deglutição Fonética
Para que inicie-se um entendimento sobre este assunto será descrito cada componente funcional
do sistema.
MANDÍBULA
Esse é o único osso totalmente articulado da cabeça, desta maneira toda a
fisiologia mecânica do sistema estomatognático depende da movimentação deste
osso compacto que se assemelha muito a um osso longo, porém curvado, que por ter
duas articulações que trabalham em conjunto, deve ter sua movimentação uniforme
para que a musculatura responsável por estes movimentos não sofram nenhum tipo
de dano funcional. São vários os movimentos realizados pela mandíbula para que as
funções do sistema possam ser executadas:
Abaixamento: Movimento da mandíbula para baixo.
Elevação: Movimento da mandíbula para cima.
Protusão: Movimento da mandíbula para frente.
Retrusão: Movimento da mandíbula para trás.
Lateralidade: Movimento para a direita e esquerda.
Neste momento, por motivos didáticos, não será relacionada esta movimentação,
nem as outras que virão em seguida, com nenhuma ação muscular; deixando isso
para os capítulos específicos sobre o assunto.
PROTRUSÃO – ATM
Neste movimento a mandíbula se movimenta, simplesmente, para frente
e para baixo, sem que aja o aumento da distância entre os dentes superiores e
inferiores. Desta maneira o côndilo da mandíbula somente desliza pela
eminência articular.
RETRUSÃO – ATM
O movimento de retrusão da mandíbula, a partir da sua posição de repouso, não configura um
movimento funcional, de forma que não acontece de maneira freqüente e normal durante a execução das
funções do sistema estomatognático.
Na realidade a região retrocôndilar, é uma região altamente inervada e vascularizada, o que
impossibilita uma pressão mecânica. Portanto se for analisado o movimento de volta, após uma protusão,
este será semelhante, porém em sentido inverso a protusão, mas se for estudada a retrusão a partir do
repouso da mandíbula, este movimento não existe, enquanto funcional ( ? ).
LATERALIDADE – ATM
Os movimentos de lateralidade são os mais complexos que encontrados na mandíbula, e isso se
deve ao fato de que, para a mandíbula se movimentar para a esquerda ou para a direita seus côndilos se
comportam de forma diferenciada entre si.
Toda a vez que a mandíbula se movimenta para a direita, por exemplo, o côndilo que se move em
direção ao lado direito é o côndilo esquerdo, o qual se direciona para frente, para baixo e para medial,
fazendo com que a mandíbula realize o mesmo movimento.
Nesta outra figura, se for observada a linha de orientação que passa pelos
dois côndilos, pode-se notar que houve a movimentação para baixo do côndilo
oposto à direção do movimento.
Toda a vez que se realiza a oclusão dentária ocorre um encaixe dos dentes
superiores e inferiores, devido a sua morfologia oclusal; entendendo isso é fácil
perceber que toda a vez que a mandíbula movimenta-se, esse encaixe impede a
movimentação, porém, para que isso não ocorra, o sistema deverá ter os dentes em
uma posição no osso do arco dentário de uma forma que crie planos inclinados
com a função de neutralizar este travamento, a isso dá-se o nome de Curvas de Compensação.
CURVA DE WILSON
Esta é a curva de compensação que é traçada passando pela ponta
da cúspide vestibular e lingual de um dente posterior e vai para a cúspide
lingual e vestibular do dente oposto. Esta curva age quando a mandíbula
realiza movimentos de lateralidade, permitindo que este movimento seja
executado sem interferência oclusal.
Desta maneira, tem-se como conceito de curvas de compensação,
curvas imaginárias que surgem devido à inclinação dos dentes no osso
alveolar e que tem a função de impedir a interferência oclusal durante os
movimentos de protusão e lateralidade.
GUIAS DE DESOCLUSÃO
Os dentes são elementos que suportam uma carga de força
extremamente grande devido a estruturas especializadas que serão vistas a
seguir, porém, para que estas cargas possam ser suportadas, elas devem
incidir paralelamente ao dente entretanto, ao se analisar as inclinações dos
dentes no osso alveolar, nota-se que durante os movimentos
excursivos da mandíbula isso se torna impossível, necessitando
de um mecanismo de defesa dos dentes.
Nesta mesma análise, pode-se notar que se nos movimentos excursivos os
dentes estivessem em contato estes provocariam cargas de direção oblíquas.
GUIA CANINA
Da mesma maneira que acontece no movimento de protusão, o movimento
de lateralidade também provocaria cargas oblíquas nos dentes posteriores se não
houvesse uma desoclusão que neste caso, é realizado pelo deslize do canino
inferior através da face lingual do canino superior.
ALINHAMENTO DENTÁRIO
Para que as funções relacionadas com o sistema estomatognático possam ser
executadas com sucesso, o alinhamento dentário nos arcos deve seguir algumas
regras. Para que estas regras sejam, mais facilmente, entendidas deve-se conhecer
melhor a superfície oclusal dos dentes.
Cada cúspide dentária é composta de quatro vertentes, duas livres e duas triturantes, estas ultimas
formam a superfície oclusal funcional dos dentes, onde o alimento será triturado. As arestas que dividem
estas vertentes são estruturas extremamente nítidas e que
servem como referencia para o alinhamento dental.
Outra estrutura que pode ser utilizado para orientar o
alinhamento dental é o sulco principal transversal, que divide as
cúspides vestibulares das cúspides linguais nos dentes
posteriores.
HISTÓRICO
O principal dentista deste século é Peter Thomas, que foi o primeiro à pensar na oclusão como algo
funcional, ele estudou os contatos dentais, identificou e mapeou cada um deles, isto o auxiliou para criar
uma técnica de escultura dental fundamentada nas funções do sistema estomatognático.
A primeira coisa que o profissional em prótese dentária deve pensar é que a colocação de uma peça
protética não é apenas um ato de “fechar um espaço” que existe decorrente da perda de um elemento
dental, mas sim uma série de procedimentos técnicos que visando princípios funcionais e estéticos iram
devolver funções ao nosso paciente.
OCLUSÃO - Prof. Jean Carlos Santos
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Para melhor entendimento desta característica funcional da oclusão dos dentes tem-se que conhecer
os contatos que aparecem na mandíbula em posição centríca e os contatos que surgem durante
movimentos excêntricos da mandíbula. Além de conhecer estes contatos é necessário relaciona-los com
os movimentos mandibulares e os princípios de equilíbrio neuro-muscular da cabeça e do pescoço.
Durante a oclusão, a cúspide de contenção centríca de um dente oclue dentro da fossa do dente
antagonista, no entanto, esse contato se dá de uma forma que a ponta de cúspide não toca no fundo da
fossa, o que provocaria o aparecimento de carga excessiva. Portanto, ocorre um triplodismo na região do
contato.
PONTOS DE CONTATOS
Na posição cêntrica da mandíbula os contatos se comportam da
seguinte maneira. A cúspide vestibular do primeiro pré-molar inferior toca
fossa mesial do primeiro pré-molar superior, enquanto que a cúspide lingual
do primeiro pré-molar superior toca na fossa distal do primeiro pré-molar
inferior.
A cúspide vestibular do segundo pré-molar inferior toca na fossa
mesial do segundo pré-molar superior e a cúspide lingual do segundo pré-
molar superior toca na fossa distal do segundo pré-molar inferior.
A cúspide vestibulo-mesial do primeiro molar inferior oclue na fossa
mesial do primeiro molar superior e cúspide média do primeiro molar inferior oclue na fossa central do
primeiro molar superior. A cúspide linguo-mesial do primeiro molar superior oclue na fossa central do
primeiro molar inferior e a cúspide linguo-distal do primeiro molar superior oclue na fossa distal do
primeiro molar inferior.
A cúspide vestibulo-mesial do segundo molar inferior oclue na fossa mesial do segundo molar
superior e a cúspide vestibulo-distal do segundo molar inferior oclue na fossa central do segundo molar
superior. A cúspide linguo-mesial do segundo molar superior oclue na fossa central do segundo molar
inferior e a cúspide linguo-distal do segundo molar superior oclue na fossa distal do segundo molar
inferior.
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO
A energia que move a mandíbula e permite o funcionamento do
sistema estomatognático é suprida pelos músculos. Existem quatro pares de
músculos formando um grupo chamado de músculos da mastigação: o
masseter, o pterigoídeo medial, o temporal e o pterigoídeo lateral. Apesar de
MASSETER
Músculo retangular que tem sua origem no arco zigomático estendendo-se para baixo e para trás
até sua inserção no ângulo da mandíbula, passando pela região do segundo molar inferior.
Esse músculo possui duas porções, uma externa e outra interna. A externa com fibras oblíquas, tem
a função, quando contraídas, de elevar a mandíbula direcionando-a para frente enquanto que, a porção
interna, que apresenta fibras no sentido vertical, estabiliza o côndilo da mandíbula contra a eminência
articular.
Este músculo é o mais forte de todo o corpo humano, sua tonicidade chega a ser maior até mesmo
que o músculo do bíceps, localizado no braço. Ele é o principal músculo elevador da mandíbula.
TEMPORAL
Deste grupo, é o maior músculo. Tem a forma de um leque e está
localizado na região temporal do crânio. Sua origem está na porção lateral
do crânio, na linha temporal inferior que se localiza ao longo do osso
parietal.
Suas fibras podem ser divididas em três grupos: as anteriores, com
direcionamento vertical; as fibras da porção média, direcionadas
obliquamente e as posteriores que são chamadas de horizontais. Todos
esses feixes vão se fechando e passam por baixo do arco zigomático para
inserirem na região de incisura mandibular no ramo mandíbula.
Quando as fibras do músculo temporal se contraem ocorre a
elevação da mandíbula e o reposicionamento posterior do côndilo, sendo
esta segunda função de maior importância que a primeira, uma vez que o principal músculo elevador da
mandíbula é o músculo masseter.
Estes são os quatro pares de músculos considerados como músculos da mastigação, os músculos
que viram a seguir são músculos do pescoço mas que tem um importante papel na fisiologia do sistema
estomatognático e na movimentação da mandíbula.
Estes músculos fazem parte dos músculos Hioídeos que se dividem em supra-hioídeos, que se
localizam acima do osso Hióide e infra-hioídeos, que se localizam abaixo do osso Hióide.
MÚSCULOS INFRA-HIÓIDEOS
São um conjunto de músculos que se localizam abaixo do osso Hióde e que tem função, não apenas
na movimentação mandibular, mas também nos movimento do pescoço.
Na movimentação da mandíbula, estes músculos tem a função de fixar o osso Hióde para que este
possa servir de “origem” no movimento de abaixamento da mandíbula, isto se faz necessário devido ao
fato de todos os músculos que abaixam a mandíbula se originam no osso Hióide que é um osso móvel.
Para que se entenda melhor como funciona este sistema controlador da postura será
apresentado um desenho esquemático que mostra o sinergismo muscular e como cada
músculo depende do outro para manter seu posicionamento.
RELAÇÃO CÊNTRICA
Relação cêntrica (RC) define uma posição do côndilo no interior da
cavidade glenóide, consequentemente uma posição da mandíbula em
relação a maxila.
Este é o conceito mais polêmico que existe na oclusão dentária.
Ao se estudar as referências bibliográficas pode ser encontrado mais 100
conceitos diferentes. Muitos autores descrevem a posição cêntrica como
sendo a posição mais superior e mais anterior da cavidade, alguns dizem que é a posição mais posterior e
mais superior dentro da cavidade glenóide, outros que é a posição mais central da cavidade. São vários os
conceitos encontrados, mas o mais aceito atualmente é o conceito dado por Jeffrey Okeson, que diz que a
posição cêntrica é a posição do côndilo na região mais superior ligeiramente inclinado para frente e
apoiado na eminência articular. O importante é ter a noção que a relação cêntrica é uma posição
fisiológica, isto significa que todas as funções executadas pelo sistema estomatognático dependem desta
posição que pode ser entendida com uma posição confortável da mandíbula.
Com a definição acima, torna-se fácil entender que a RC é uma relação de posição entre a maxila
e mandíbula puramente óssea, significando que independe da presença de dentes para existir, na verdade
seu posicionamento está relacionado com o funcionamento neuro-muscular do sistema estomatognático,
além dos ligamentos articulares relacionados com a articulação temporomandibular.
OCLUSÃO
Toda a vez que existe saúde no sistema estomatognático, a morfologia oclusal funciona
harmoniosamente com as estruturas responsáveis pela movimentação da mandíbula. Desta forma, deve-se
entender que, a morfologia dos dentes dependem diretamente da fisiologia do sistema, havendo uma
integralização completa do comportamento dos dentes durante as movimentações mandibulares e as
estruturas que controlam essas movimentações. Para que se possa entender de maneira mais clara como
essa interdependência funciona tem-se que se conhecer as chamadas determinantes oclusais.
Podemos dizer que para a realização dos movimentos da mandíbula irá existir dois fatores que irão
dar direcionamento a movimentação. Um deles é o fator posterior ou a guia oclusal, e o outro é o fator
anterior ou as guias anteriores.
DETERMINANTES HORIZONTAIS
TIPOS DE FACES
A principal explicação para os diferentes padrões dos tipos de faces existentes no ser humano esta
na evolução da espécie. O homem, assim como a maioria dos animais eram serem de hábitos alimentares
que necessitavam uma posição anterior da cabeça em relação ao resto do corpo, isto provocava uma
posição da coluna cervical vindo de posterior para anterior fazendo com que a base de crânio apresentasse
uma posição relativa ao solo tendendo à perpendicularidade. Porém durante o desenvolvimento da espécie
o homem passou a caminhar ereto apoiado sobre os membros inferiores, essa nova posição de locomoção
fez com que a coluna cervical tomasse um posicionamento inferior ao crânio provocando um “giro da
cabeça” para ocorrer a adaptação a esta nova condição. Esta mudança no padrão crânio-facial mudou a
inclinação da base do crânio fazendo com que a face passasse a crescer em um eixo anterior menor
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diminuindo a dimensão anterior da face. (menor espaço oclusal). A face apresenta seu crescimento em um
direcionamento para frente e para baixo, sendo perpendicular a base do crânio, sendo desta maneira, a
inclinação da base do crânio determina a direção do crescimento da face. Um padrão crânio-facial onde a
base do crânio está inclinada para frente, a face apresenta um crescimento anterior aumentado, adquirindo
um padrão de face chamado Braquiocéfalo. Quando a base de crânio está em uma inclinação tendendo à
um paralelismo ao solo a face crescerá com o vetor inferior maior do que o vetor anterior, está é a face do
Dólicocefalo. Muitas vezes a base do crânio está um uma inclinação média tendendo a 45° fazendo com
que o direcionamento de crescimento da face apresente vetores anteriores e inferiores de intensidade
iguais, fazendo assim com a face apresente características de Mesocefalo.
ANATOMIA
Estaremos estudando a anatomia da cabeça , porém ficaremos concentrados na Osteologia, ramo
da anatomia que estuda os ossos, artrologia, ramo da anatomia que estuda as articulações e a miologia,
ramo da anatomia que estuda os músculos .
OSTEOLOGIA
Para o estudo da cabeça, dividimos didaticamente esta em duas partes. Uma parte superior, onde
se localiza os ossos chatos que realizam a proteção do encéfalo, que chamamos de crânio ou neuro-cranio
e uma parte inferior onde teremos o inicio dos aparelhos digestório e respiratório e os olhos que
chamaremos de face ou vicero-cranio.
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CRANIO
• Composto por 8 ossos
- 4 ímpares: - 2 pares
Frontal Parietal
Occipital Temporal
Esfenóide
Etmóide
Osso Parietal
0sso Frontal
Osso Esfenóide
Osso Temporal
Osso Occiptal
O osso Etmóide se localiza na região interna da caixa craniana , fazendo o teto da cavidade nasal
Osso Etmóide
FACE
• Composto por 14 ossos
- 2 ímpares: - 6 pares
Vômer Maxila
Mandíbula Zigomático
Nasal
Lacrimal
Concha Nasal
Palatino
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Osso Nasal
Osso Lacrimal
Osso Zigomático
Osso Vomer
Osso da Maxila
Osso da Mandibula
Osso Palatino
ARTROLOGIA
As articulações são um conjunto de estrururas que tem como função a união entre dois ou mais
ossos, independente se esses ossos apresentam movimentação entre si. A maioria das articulações entre os
ossos da cabeça não permitem nenhum tipo de movimento, com exceção da ATM ( Articulação Temporo
Mandibular) que realiza a união entre os ossos temporal e o da mandíbula. Iremos concentrar os estudos
da Artrologia apenas na ATM.
COMPONENTES ANATÔMICOS
Faces ósseas articulares
Cartilagem articular
Disco articular
Cápsula articular
Membrana sinovial
Ligamento temporomandibular
Ligamentos acessórios
CARTILAGEM ARTICULAR
É uma cartilagem fibrosa que recobre as faces articulares do osso temporal e do côndilo da
mandíbula.
No fundo da fossa mandibular (cavidade glenóide) a cartilagem fibrosa é muito delgada, o côndilo
não exerce força diretamente nesta região.
Função: proteção contra os atritos e impactos exercidos durante os movimentos mandibulares
DISCO ARTICULAR
É uma placa fibrocartilaginosa localizada sobre a cabeça da mandíbula (côndilo).
Não se prende em nenhuma parte do osso temporal, é inserida fortemente em 2 pontos na cabeça da
mandíbula.
Função: absorve os choques da ATM e promove a movimentação da articulação.
CÁPSULA ARTICULAR
É uma cápsula fibrosa frouxa que circunda a ATM, permite amplos movimentos da articulação.
Prende-se acima nos limites da face articular do osso temporal e abaixo no colo da mandíbula.
É bem inervada e bem vascularizada.
MEMBRANA SINOVIAL
A membrana sinovial forma a sinóvia, que é um líquido viscoso nutritivo e lubrificante. Facilita os
movimentos de uma superfície sobre a outra.