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Clínicas Odontológicas

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Ana Carolina - anacarolina_pr@hotmail.com - IP: 177.204.176.

217
Qu e m é
Fabi anna Cavalcante
Fabianna Cavalcante é arquiteta, brasiliense, graduada pela
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário
Unieuro desde 2011.

Desenvolveu seu portfólio de trabalho priorizando conhecer


importantes áreas de atuação para enfim especializar-se em uma que
a definisse melhor. Para isso, atuou com arquitetura e interiores em
reconhecidos escritórios de arquitetura em Brasília e com urbanismo
em empresas públicas do DF.

Especialista em arquitetura de estabelecimentos de saúde


(Arquitetura Hospitalar) pela Universidade Católica de Brasília,
atualmente trabalha com consultoria e assessoria em arquitetura de
estabelecimentos de saúde, além de desenvolver projetos corporativos
e residenciais.

Hoje, publica artigos e dicas sobre arquitetura hospitalar


como também apresenta seus projetos através do seu blog:
fabiannacavalcante.com.br/blog. Com isso, tem contribuído para
a valorização e expansão da arquitetura hospitalar, ressaltando a
aplicação da arquitetura como parte fundamental na geração de
resultados para os pacientes de consultórios, clínicas e hospitais.

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Eu tenho uma incrível novidade para você!
Neste e-Book irei compartilhar com você as normas vigentes
para consultórios de odontologia que irão te ajudar no projeto de
seu consultório. Serão conteúdos realmente inspiradores como
dicas, aplicações práticas e até mesmo um estudo de caso, conteúdos
estes que vão ajudar a valorizar seu estabelecimento e que também
irão contribuir na resolução dos desafios de regularização do seu
consultório junto aos órgãos competentes.

E porque resolvi fazer este e-book?


Atendo diariamente os profissionais de odontologia como também
aos outros profissionais de saúde que enfrentam grandes problemas
na hora de executar o projeto arquitetônico de suas clínicas ou
consultórios.

Problemas estes gerados a partir de projetos mal definidos que


não são acompanhados pelo profissional de arquitetura responsável
dentre outros fatores que atrasam e causam prejuízos.

Sendo assim, sinto-me no dever de ajudar, instruir e assessorar os


profissionais do ramo interessados em obter os melhores resultados
no que diz respeito à arquitetura de estabelecimentos de saúde.

Ana Carolina - anacarolina_pr@hotmail.com - IP: 177.204.176.217


O Projeto

Consultórios e Clínicas de Odontologia

1. Infraestrutura física

Os consultórios e clínicas de atendimento odontológico


assim como demais estabelecimentos de saúde caracterizam-se
principalmente pela eficiência funcional e qualidade no atendimento
ao cliente, o que é possível a partir da união de fatores como:
tecnologia, infraestrutura, treinamento dos profissionais envolvidos,
dimensionamento e definição dos espaços de trabalho entre outros
fatores. Logo, são critérios imprescindíveis para o desenvolvimento
de um bom projeto seja ele de arquitetura (inicialmente) e/ou de
gestão (posteriormente); conhecer a real necessidade de sua clínica
ou consultório, as necessidades de seus colaboradores e clientes
não só considerando a funcionalidade e qualidade mas também a
segurança à saúde tanto dos pacientes e funcionários.
Momentaneamente deixamos de lado os trâmites iniciais
e burocráticos para a abertura de um consultório ou clínica e
consideramos como já definidos os espaços para a implantação do
novo empreendimento, nesse caso, o primeiro passo a ser dado é a
contratação de um arquiteto para a execução do projeto estrutural.

2. Execução do projeto

O arquiteto deve considerar as normas de edificações locais,


municipais ou estaduais onde será implantado o novo consultório
ou clínica e, principalmente, por se tratar de um estabelecimento de
saúde, este deve seguir as orientações constates na RDC 50/2002.

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3. Aprovação do projeto

Todo projeto arquitetônico de serviço odontológico de ordem


pública ou privada deve ser aprovado pela vigilância sanitária local
previamente à execução da obra seja de um novo projeto, de uma
reforma ou mesmo de ampliação, ficando assim, todas as situações
condicionadas a se adequarem à RDC 50/2002.

Para aprofundar-se um pouco mais no assunto e ter


conhecimento sobre “Como aprovar seu projeto na Vigilância
Sanitária?”
Baixe meu 1º e-book clicando aqui.

4. Dimensionamento

Conforme a RDC 50/2002:

“O consultório odontológico individual deve possuir área mínima de


9m². Para consultórios coletivos, a área mínima depende do número e da
quantidade de equipamentos utilizados, devendo possuir uma distância
mínima livre de 0,8m na cabeceira e de 1m nas laterais de cada cadeira
odontológica. Entre duas cadeiras, a distância mínima deve ser de 2m,
para permitir a circulação dos profissionais e minimizar a contaminação
por aerossóis.

Os consultórios odontológicos devem dispor de instalações


hidráulicas (água fria e esgoto), elétricas (pontos de força e iluminação),
iluminação natural ou artificial, ventilação natural ou forçada e, caso
necessário, gases medicinais (oxigênio, ar comprimido e vácuo medicinal).

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Os consultórios odontológicos devem ainda
possuir os seguintes ambientes de apoio:

a) Sala de espera para pacientes e acompanhantes com área mínima de 1,2


m² por pessoa.

b) Depósito de material de limpeza (DML) com área mínima de 2m² e


dimensão mínima de 1m, equipado com tanque.

c) Sanitário (s) para pacientes e público com área mínima de 1,6m² e


dimensão mínima de 1m.

d) Central de material esterilizado (CME) simplificada com dois ambientes


contíguos, a saber:

• ambiente sujo - sala de lavagem e descontaminação de materiais com


bancada, pia e guichê para a área limpa (sala de esterilização de material),
com área mínima de 4,8m².

• ambiente limpo - sala de preparo/esterilização/estocagem de material,


com bancada para equipamentos de esterilização, armários para guarda
de material e guichê para distribuição de material, com área mínima de
4,8 m².

Deve ser observado o seguinte fluxo de trabalho em CME's de serviços


odontológicos:

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As atividades de recebimento, limpeza, lavagem e separação de
materiais são consideradas “sujas” e, portanto, devem ser realizadas em
ambiente(s) próprio(s) e exclusivo(s) e com paramentação adequada,
mediante a colocação dos seguintes EPIs:

Entretanto, deve-se permitir a passagem direta dos materiais


entre esse(s) ambiente(s) e os demais ambientes “limpos” através de
guichê ou similar.

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São considerados ambientes opcionais:

a) Sanitários para funcionários com área mínima de 1,6m² e dimensão


mínima de 1m.

b) Depósito de equipamentos/materiais com área mínima a depender dos


tipos de equipamentos e materiais.

c) Sala administrativa com área mínima de 5,5m² por pessoa.

d) Copa com área mínima de 2,6m² e dimensão mínima de 1,15m.

Consultórios odontológicos individuais podem dispensar a CME


simplificada e possuir, no mesmo ambiente, uma bancada com pia e
equipamentos de esterilização, desde que sejam estabelecidas rotinas de
assepsia e manuseio de materiais a serem esterilizados (barreira técnica).

Nos consultórios odontológicos individuais instalados em edificações


de uso coletivo, como edifícios comerciais, o DML pode ser substituído por
um carrinho de limpeza, desde que a edificação possua área específica
onde seja realizada a rotina de higienização dos carrinhos e dos materiais
utilizados.”

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5. Materiais de acabamento

Os materiais de acabamento devem ser escolhidos com


cuidado. Para esta etapa, você ser orientado por um profissional
especialista te permite que se mantenham as considerações da
RDC 50/2002 para materiais de acabamento de pisos, paredes e
tetos, além de manter uma estética agradável para você, seus
funcionários e seus pacientes.
A atenção na escolha destes materiais deve estar voltada para a
manutenção e a durabilidade.

• Optar por materiais resistentes a lavagem e ao uso de


desinfectantes para áreas críticas e semicríticas é imprescindível,
como também optar por materiais de acabamento com superfícies
monolíticas.
• Materiais cerâmicos para estas mesmas áreas devem ter índice
de absorção de água inferior a 4% e o seu rejunte também deve
possuir este mesmo nível de absorção.
• Tintas feitas à base de epóxi, PVC, poliuretano entre outras devem
ser resistentes à lavagem e não podem ser aplicadas com pincel.
Quando utilizadas no piso, devem resistir à abrasão e à impactos.
• Divisórias removíveis são permitidas somente até às áreas
semicríticas.
• As junções entre parede e rodapé, rodapé e piso devem formar
cantos ou curvas que permitam a limpeza e não o acúmulo de
resíduos.
• Os tetos em áreas críticas devem ser contínuos, forros falsos
removíveis e/ou instalações aparentes devem segui somente até
às áreas semicríticas e mesmo assim devem garantir a limpeza e
desinfecção.

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6. Instalações elétricas e iluminação

As instalações elétricas de equipamentos associados à


operação e/ou controle de sistemas de climatização, equipamentos
odontológicos e as instalações elétricas para os serviços
odontológicos devem estar em conformidade com as normas ABNT
NBR, NBR 13.534 e RDC 50/2002.
“Os serviços odontológicos devem ser providos de sistema
de iluminação artificial que possibilite boa visibilidade, sem
ofuscamentos ou sombras em todos os ambientes onde os pacientes
são atendidos.”

7. Sistemas de climatização

“Os serviços odontológicos devem possuir ventilação natural ou


forçada, para evitar o acúmulo de fungos (bolores), gases e vapores
condensados, sendo que sua eliminação não deve causar danos ou
prejuízos às áreas próximas.”

Os equipamentos de ar condicionado de janela e mini splits


podem ser instalados somente se acompanhados por sistema de
ventilação e/ou exaustão complementar.
Deverão seguir as seguintes recomendações: ABNT NBR 6401, NBR
7256 e da RDC 50/2002.

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8. Abastecimento de água

“Os serviços odontológicos devem ser abastecidos com água


ligada à rede pública ou possuir abastecimento próprio, com registro
da nascente, suficiente em volume ou pressão e sistema de cloração.

A água deve possuir grau de potabilidade de acordo com a Portaria


MS n. º 518, de 25 de março de 2004, ou a que vier substituí-la. Todos
os serviços devem ser providos de reservatórios de água (caixa d’água)
com capacidade mínima correspondente ao consumo de dois dias ou
mais, em função da confiabilidade do sistema”.

As instalações de água fria e quente devem seguir as


recomendações da norma ABNT NBR 5626 e NBR 7198,
respectivamente.

9. Proteção Radiológica

“As instalações para as salas de raios X de serviços odontológicos


devem ser executadas conforme as recomendações da Portaria SVS/
MS n.º 453, de 01 de junho de 1998, ou a que vier substituí-la.”

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10. Gases Medicinais

As instalações de gases medicinais para os serviços odontológicos


devem ser executadas conforme as recomendações da RDC 50/2002,
e da norma ABNT NBR 12.188. Além disso, devem seguir as seguintes
recomendações referentes à utilização de cilindros de gases
medicinais:

a) Os cilindros de gases medicinais devem ser armazenados em um


local ventilado de forma natural, protegidos, mantidos na posição
vertical e devem possuir dispositivos de segurança de forma a evitar
quedas ou tombamentos.

b) Os cilindros e as mangueiras devem possuir cores diferenciadas e


facilmente identificáveis.

c) As conexões para as linhas dos diferentes tipos de gases não podem


ser intercambiáveis, devendo possuir dimensões diferenciadas, de
forma a evitar trocas indevidas dos cilindros.

d) Os cilindros de gases medicinais devem ser transportados na


posição vertical, em carrinhos específicos utilizados para transporte
de cilindros de gases medicinais, equipados com sistemas de suporte
e fixação do cilindro, de forma a evitar quedas.

e) O compressor de ar do equipo odontológico não deve ser instalado


no banheiro; deve estar localizado em lugar arejado, de preferência
fora do consultório. As boas práticas de projeto recomendam que ele
seja instalado em ambiente com tomada externa de ar e que possua
proteção para combater a repercussão acústica causada pelo motor.

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• Atualmente, existem compressores de ar silenciosos que podem
permanecer dentro da sala clínica e que são providos de filtros de
ar coalescentes, com maior capacidade de filtração, fazendo maior
purificação do ar comprimido.

• Caso seja instalado em ambiente sem captação direta de ar externo,


o compressor deverá estar acoplado através de duto à tomada direta
de ar externo, caracterizando uma ventilação forçada.

• A instalação de filtros de ar bactericidas e mais finos no compressor


não é recomendada. O equipamento não possui capacidade para
vencer a barreira que seria criada pela instalação dos filtros adequados
para garantir as condições da qualidade do ar a ser aspirado nesse
ambiente.

11. Referências

ANVISA. Resolução RDC n0 50 de 21 de fevereiro de 2002.


Regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração
e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de
saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 20 de março de 2002.

ANVISA. Serviços Odontológicos – Prevenção e Controle de


Riscos, Brasília,2006.

Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/


manuais/manual_odonto.pdf

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Estudo de Caso
Clínica Odontológica – Asa Sul

Projeto de aprovação e licenciamento Fabianna Cavalcante


Arquitetura, não deve servir como projeto ideal, para reprodução,
mas como estudo a fim de exemplificar ilustrativamente situações
que atendem as normas anteriormente apresentadas e que facilitam
a funcionalidade do estabelecimento que presta serviços de saúde
bucal – consultórios de odontologia.

Este material está sob proteção do texto previsto pela Resolução


nº 67, de dezembro de 2013 – que dispõe sobre os Direitos Autorais
na Arquitetura e Urbanismo, estabelece normas e condições para o
registro de obras intelectuais no Conselho de Arquitetura e Urbanismo
(CAU), e dá outras providências.
(É proibida a reprodução deste material, bem como de suas imagens
e propostas de layout abaixo apresentadas).

Além do estudo que aqui será proposto, no portal Soma SUS,


é possível baixar um manual sobre a programação arquitetônica de
unidades funcionais de saúde, que além de recomendações gerais,
especifica requisitos mínimos para “consultórios diferenciados”. Os
consultórios odontológicos são enquadrados nessa categoria, e o
texto do manual (publicado em 2016), traz a seguinte especificação:

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AMB26 - Sala para exames
diferenciados (odontológico) - UPA

O modelo de consultório diferenciado (especialidade


odontologia) é o aplicado para atendimentos em UPA, mas pode ser
seguido para demais consultórios odontológicos da rede pública ou
privada. Lembrando que o dimensionamento da sala deve seguir o
estabelecido pela Resolução nº 50/2002.

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O SOMASUS também dispõe de uma
lista de equipamentos que devem
compor esse mesmo consultório:

Compreendido um pouco mais deste espaço e os equipamentos


que o compõem, é possível apresentar a disposição deste mesmo
ambiente em uma clínica, relacionando-o a demais ambientes de
apoio necessários e apresentando características da norma e outras
qualidades.

Abaixo é apresentada a planta humanizada de clínica na


asa sul, o projeto de 2016, foi feito para fins de aprovação junto a
Vigilância Sanitária, renovação e liberação das licenças sanitárias e
de funcionamento (veja mais destes termos no E-book 1).

Observação importante
Algumas imagens foram geradas com algumas diferenças do
que foi executado no local original a fim de se gerar questões ou
pontos para analise e discussão para enriquecimento deste material.
O layout foi mantido conforme planta baixa de arquitetura aprovada
pela Vigilância sanitária.

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Legendas
00 Circulação do andar para os 05 CME Classe I;
consultórios; 06 Sala Administrativa;
01 Recepção e espera de 07 Consultório 1, com realização
pacientes e acompanhantes; de exames de raios-x;
02 Sanitário para pacientes 08 Consultório 2;
e acompanhantes; 09 Circulação de serviço;
03 Copa; 10 Sanitário de funcionários
04 Circulação de consultório; e DML.

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Fluxos dos pacientes

Na imagem 1, o fluxo em vermelho representa o fluxo de entrada


e saída de pacientes para os consultórios.
Por se tratar de serviço de saúde, que deve ser acessível a todos e
considerando que há um desnível no piso entre a área de recepção e
área considerada restrita de acesso aos consultórios, o acesso universal
(para pessoas com alguma dificuldade de locomoção) foi garantido
por meio de rampa na circulação de serviço. Este corredor deve
atender também o plano contingencial para retirada de paciente por
cadeira de rodas em caso de alguma emergência – ver representação
deste fluxo na imagem 2, identificado pela cor azul.

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Por se tratar de clínica instalada em edifício corporativo que
admite este tipo uso, prestação de serviços de saúde, e ainda por estar
localizado em área tombada de Brasília e por ser um edifício bastante
antigo, a locomoção do paciente em caso de emergência não pode ser
feita por maca, já que o tamanho das salas não garantem circulações
amplas e o elevador de acesso ao pavimento em que está localizada a
clínica também não foi previsto para o transporte de macas. Por isso,
o plano contingencial foi feito pensando no transporte por cadeira
de rodas.

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Recepção e Sala de espera

Área de recepção com posição do balcão da recepcionista em


frente à porta de acesso, de onde ela faz o controle de entrada e saída
de pacientes e acompanhantes no estabelecimento. Este é o local
onde são realizados os registros e marcações de consultas, além da
entrega de propés para circulação dentro do consultório.
Para esta área previu-se mesas revestidas em laminado com
aparência de madeira, fundo da parede com revestimento do tipo
porcelanato em 3D, que na imagem está representado por textura
vertical. A luminosidade, na imagem, foi representada por tela
tensionada, garantido maior luminosidade ao ambiente, contudo
para este ambiente não é necessário podendo-se optar por luzes
menos intensas, um pouco mais quentes, garantindo um pouco mais
de “aconchego” e permitindo um consultório mais acolhedor.

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A Porta

A porta de acesso à clínica foi mudada de porta de madeira para


porta de vidro, a fim de permitir maior transparência aos transeuntes.
A espera foi dividida em dois ambientes, podendo-se dizer
que tem quase 1 espera para cada consultório, cada espera com 2 a
3 poltronas. Adornos decorativos foram colocados nesta área, na
verdade este é o melhor local para eles dentro da clínica.

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O Piso

O piso escolhido para a área de recepção foi um porcelanato polido


de tom claro para contrastar com as cores dos demais revestimentos,
além disso, os pisos são de fácil higienização e possuem menos áreas
de rejunte.

O espelho foi colocado na altura do olho do visitante, para dar


impressão de amplitude no ambiente que não é muito grande.

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A Copa

A copa deve servir água ou café para pacientes e acompanhantes


e deve servir aos funcionários.
Nela não devem ser produzidos os alimentos, mas apenas
simples montagem, quando necessário ou aquecimento em forno
elétrico ou micro-ondas, sempre lanches rápidos e práticos.

A copa, assim como sanitários e DML, é considerada ambiente


molhado e por isso, deve ter equipamento mecânico para exaustão,
visto que não dispõe de janelas voltadas para prismas ou ambientes
abertos, para a renovação do ar deste ambiente.

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CME - Central de Material e Esterilização

A CME, classificada como CME de Classe I, pois realiza o


processamento de produtos para saúde não críticos, semicríticos e
críticos de conformação não complexa, passíveis de processamento,
foi idealizada a partir do surgimento de duas salas de consultórios.
Isso, porque havendo apenas um consultório o processamento
poderia ser realizado dentro do próprio consultório, em bancada que
permitisse o fluxo linear do trabalho de higienização e esterilização.

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A CME dispõe de dois guichês, um para distribuição dos produtos
de saúde que vão para o Consultório 2 e outro direto para o Consultório
1. Portanto os guichês são apenas para saída de materiais da CME.

Enquanto a porta da CME serve para a entrada de funcionários e


produtos que serão devidamente higienizados e/ou esterilizados.

A bancada possui disposição de cubas e autoclave de forma que o


fluxo de trabalho seja laminar. O equipamento de esterilização usado
passa por manutenção periódica e monitoradamente, assim como
estabelecido pela RDC 15/2012, que dispõe sobre requisitos de boas
práticas para o processamento de produtos para a saúde e dá outras
providências.

A CME, assim como demais áreas molhadas possui sistema


de exaustão mecânica para renovação do ar. Para algumas clínicas,
onde a CME chega a ser complexa, de Classe II, deve-se observar a
necessidade pelo controle de temperatura, pressão e umidade.

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Consultórios

Os dois consultórios existentes na clínica foram idealizados


praticamente com a mesma proposta. A única diferença entre os dois
é que o consultório 1, foi idealizado para realizar também exames
de raios-x, por isso a sua estrutura física recebeu uma camada de
baritamento para blindagem da sala.

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Portanto, foram revestidos no piso e na parede com porcelanato,
respectivamente porcelanato polido de cor clara e porcelanato com
imagem 3D.

Uma ampla janela permite a entrada de iluminação bem como


ventilação natural, sendo esta aproveitada somente quando não há
uso da sala. Além disso, os dois consultórios possuem sistemas de ar
condicionado do tipo Split.

A sala é bastante iluminada a fim de facilitar a realização


dos exames e demais procedimentos. A cadeira do paciente foi
centralizada na sala a fim de permitir maior facilidade do fluxo de
trabalho e aproveitar melhor a iluminação artificial que não teve
projeto especial e também foi disposta centralmente no consultório.
Optou-se por usar persiana tipo todo, com fácil abertura e fechamento,
além de proteção contra raios UV.

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Gases

Gases e demais equipamentos de suportes às instalações foram


colocados sobre a marquise abaixo da janela dos consultórios. Este é o
local mais apropriado, pois são ventilados naturalmente e permitem
fácil acesso para manutenção.

Demais gases que não ficam fixos e são utilizados para os dois
consultórios em momentos diferenciados ficam em carrinhos de
transporte específico para gases junto aos consultórios.

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Considerações finais
Este material teve como objetivo mostrar de maneira
muito simples e clara o conceito do projeto básico para sua
clínica ou consultório de odontologia.

Espero ter ajudado ao abordar os principais tópicos e


etapas do processo, que muitas vezes deve ainda fazer parte
do planejamento junto ao seu arquiteto.

É claro que existem outras características que podem


ser incluídas, mas estas são muito específicas e exigem
conhecimento técnico em especial para Arquitetura em
Saúde.

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conteúdos exclusivos para aplicar em sua clínica, consultório
ou hospital, me acompanhe nas redes sociais.

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Ah, e não esquece de deixar um comentário com


sua sugestão ou dúvida. Vou amar te responder.
Nos vemos em breve.

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