Objeto Do Processo (Esquema)
Objeto Do Processo (Esquema)
Objeto Do Processo (Esquema)
Petição Inicial: o processo inicia-se com a apresentação da petição inicial (pi) , considerando
a ação proposta logo que o ato é ou se tem por praticado nos termos do artigo 259.º, n.º1 do
CPC. Constitui-se assim a instância , como relação jurídica entre o autor (pessoa que solicita
tutela jurisdicional) e o tribunal (a quem a solicitação é dirigida).
Esta iniciativa processual (intentar uma ação no tribunal – pedindo uma determinada tutela)
é insubstituível, pois só a ele cabe solicitar a tutela jurisdicional , que não pode ser
oficiosamente concedida (artigo 3/1.º do CPC). Assim o autor quando intenta uma ação
define um objeto processual:
Objeto do Processo
Elementos
Formas do Pedido
Regra Geral: o pedido é específico, determinado ou líquido; referente a prestação vencida;
relativo a todo o direito; único e certo ou fixo.
É o art. 556.º, n.º 1, que define em que casos é permitido formular pedidos genéricos. Um desses
casos é aquele em que o objecto mediato da acção é uma universalidade, de facto ou de direito
(art. 556.º, n.º 1, al. a)), ex. herança.
Fora do art. 556.º, há um caso em que a lei permite a formulação de um pedido genérico. O pedido
de prestações vincendas, no caso do art. 557.º, n.º 1, pode também apresentar se como pedido
genérico – condenação em todas as prestações que se vencerem.
O juiz deve fazer uso do pedir que é conferido pelo artigo 590/2/al.b) e n.3 do CPC: e convidar
o autor a concretizar o pedido. Se o autor não fizer, não estando a pi em condições de ser recebida,
o réu deve ser absolvido na instância com base numa exceção dilatória inominada.
Admissibilidade: art. 557/1.º do CPC (se o autor provar que existe interesse processual).
Na condenação in futurum o que acontece é que o autor apresenta o direito como exigível , mas
o réu na contestação defende-se por exceção perentória modificativa temporária, cuja consequência é a
condenação in futurum do réu no pagamento da dívida por exemplo.
c) Pedidos Parciais - Neste pedido, o autor não esgota na pretensão processual tudo o que
decorre da pretensão material.
A formulação do pedido parcial permite poupar em custas processuais e noutras despesas, mas a
sua valoração exige, antes do mais, a distinção entre o pedido parcial “aberto” e “oculto”.
O pedido oculto pode ser utilizado para defraudar a competência em função do valor e pode
mesmo indiciar uma litigância de má-fé nos termos do artigo 542/2/al.d) do CPC.
O pedido aberto é quando o autor formula um pedido parcial se forma clara. O autor pode
reservar-se no direito de vir a pedir outra indemnização por danos posteriores, noutro momento,
ou noutra ação, artigo 569.º do CC.
Descarregado por Joana Barros (joana.relvas.barros@hotmail.com)
lOMoARcPSD|6131319
Enquadramento:
Por impugnação – aqui o réu contradiz os factos
articulados pelo autor ou nega que deles possa decorrer o
efeito jurídico pretendido por esta parte (art. 571.º, n.º 2 1.ª
parte); Aqui não há factos novos. Simplesmente o que
acontece é que o autor alega que x é verdadeiro, o réu alega
que este mesmo x é falso. O facto x fica controvertido, mas
O réu não há direito de resposta nos termos do artigo 3.º/4 por
pode se parte do autor.
defender
Por Exceção Dilatória (que se for procedente dá lugar à
absolvição do réu da instância).
Noção: A defesa por excepção peremptória consiste na invocação pelo réu de um facto que obsta à
produção dos efeitos decorrentes do objecto definido pelo autor e determina a absolvição, total ou
parcial, do pedido (art. 576.º, n.º 3, e 571.º, n.º 2 in fine).
Por isso é que há direito de resposta por parte do autor nos termos do artigo 3.º/4 do CPC (Não se
esqueçam que a réplica não serve para responder às exceções alegadas pelo réu, mas sim e tão só para
responder à reconvenção).
Modalidades
As excepções podem ter eficácia
1.
Cumulação Simples – Artigo 555.º do CPC
2 pedidos
A mesma parte
A mesma parte
1 Réu
1 Autor
+
- Compatibilidade Processual
Art. 555.º/1/2.ªparte + art. 37.º/1 a 3 do CPC;
Se o tribunal for absolutamente incompetente: exceção dilatória nominada: artigos 96.º, 99.º, 278.º, al.a),
576/2.º, 577/a), ex vi art. 37.º do CPC.
Aos pedidos cumulados têm de corresponder formas de processo compatíveis, se não estamos perante
uma exceção dilatória inominada que se for procedente dá azo à absolvição do réu da instância. No entanto
se não seguirem uma tramitação manifestamente incompatível (art. 37.º, n.º 2); a cumulação apenas é autorizada pelo
juiz se nela houver interesse relevante ou se a apreciação conjunta das pretensões for indispensável
para a justa composição do litígio (art. 37.º, n.º 2).
2.
Cumulação Alternativa – Artigo 553.º do CPC
2 pedidos
A mesma parte A mesma parte
1 Autor ou 1 Réu
Os pedidos alternativos não são aqueles em que se dá ao tribunal a possibilidade de escolha: não é
admissível que o autor peça ao tribunal que lhe atribua uma indemnização pela violação do seu interesse
contratual positivo (na hipótese de o tribunal reconhecer o incumprimento do contrato celebrado com o
réu) ou pela violação do seu interesse contratual negativo (no caso de o tribunal reconhecer que não foi
celebrado nenhum contrato entre as partes).
- Compatibilidade Processual
Art. 555/1/2.ªparte + art. 37.º/1 a 3 do CPC; - que aqui segundo o MTS se aplica por analogia.
Se o tribunal for absolutamente incompetente: exceção dilatória nominada: artigos 96.º, 99.º, 278.º, al.a),
576/2.º, 577/a), ex vi art. 37.º do CPC.
Aos pedidos cumulados têm de corresponder formas de processo compatíveis, se não estamos perante
uma exceção dilatória inominada que se for procedente dá azo à absolvição do réu da instância. No entanto
se não seguirem uma tramitação manifestamente incompatível (art. 37.º, n.º 2); a cumulação apenas é autorizada pelo
juiz se nela houver interesse relevante ou se a apreciação conjunta das pretensões for indispensável
para a justa composição do litígio (art. 37.º, n.º 2).
3.
Cumulação Subsidiária – Artigo 554.º do CPC
2 pedidos
A mesma parte A mesma parte
1 Autor + 1 Réu
Se o primeiro não for procedente
– Então o segundo!
- Compatibilidade Processual
Art. 554/2.º + art. 37.º/1 a 3 do CPC; - que aqui segundo o MTS se aplica por analogia.
Se o tribunal for absolutamente incompetente: exceção dilatória nominada: artigos 96.º, 99.º, 278.º, al.a),
576/2.º, 577/a), ex vi art. 37.º do CPC.
Aos pedidos cumulados têm de corresponder formas de processo compatíveis, se não estamos perante
uma exceção dilatória inominada que se for procedente dá azo à absolvição do réu da instância. No entanto
se não seguirem uma tramitação manifestamente incompatível (art. 37.º, n.º 2); a cumulação apenas é autorizada pelo
juiz se nela houver interesse relevante ou se a apreciação conjunta das pretensões for indispensável
para a justa composição do litígio (art. 37.º, n.º 2).
- Conexão Objetiva? O MTS diz que não, mas crítica iure condendo, porque só o valor do pedido
principal é relevante para determinar o valor da causa – artigo 297/3.º do CPC.
Cumulação Subsidiária Imprópria, que segue o regime do artigo 555.º do CPC: se o primeiro pedido
for procedente, então quero o outro pedido. (se x for procedente, então y).
Admissibilidade da Coligação =
Pressupostos Processuais:
- Compatibilidade processual;
i) Terem os pedidos a mesma e única causa de pedir (art. 36.º, n.º 1);
ii) Estarem os pedidos entre si numa relação de prejudicialidade ou de dependência
(art. 36.º, n.º 1);
iii) Depender a procedência dos pedidos principais essencialmente da apreciação dos
mesmos factos (art. 36.º, n.º 2);
iv) Depender a procedência dos pedidos principais essencialmente da interpretação
e aplicação das mesmas regras de direito (art. 36.º, n.º 2);
v) Depender a procedência dos pedidos principais essencialmente da interpretação
e aplicação de cláusulas de contratos perfeitamente análogas (art. 36.º, n.º 2);
vi) Basear-se um dos pedidos, deduzido contra um réu, na invocação da obrigação
cartular,
A falta de conexão objectiva é sanável nos termos do art. 38.º, n.º 1: o juiz notifica o autor
para indicar qual o pedido que pretende ver apreciado no processo; se o vício não for sanado,
o réu é absolvido da instância quanto a todos os pedidos (art. 38.º, n.º 1; art. 278.º, n.º 1, al.
e), e 577.º, al. f do CPC;
Aqui vale a regra geral para a cumulação simples: a falta de compatibilidade substantiva entre
os pedidos origina a ineptidão da petição inicial (art. 186.º, n.º 2, al. c)), de que resulta a
nulidade de todo o processo , que é uma exceção dilatória (art. 186.º, n.º 1, 278.º, n.º 1, al. b),
e 577.º, al. b)).
Aqui o réu torna-se autor do pedido reconvencional. E o autor torna-se réu deste pedido e
pode responder à reconvenção na réplica (artigo 584.º do CPC).
A reconvenção não é admissível quando a lei a proíba. Há neste ponto que tomar em conta
o art. 584.º, n.º 1: ao pedido reconvencional não pode o autor opor nova reconvenção.
A enumeração do art. 266.º, n.º 2, tem carácter taxativo e excepcional, dado que os casos
abrangidos constituem uma excepção à regra da estabilidade da instância (cf. art. 260.º).
ii) Adequação formal: a forma de processo apropriada para o pedido do autor tem
de ser adequada para o pedido reconvencional do réu (art. 266.º, n.º 3); ainda que
o não seja, o juiz pode autorizar a dedução do pedido reconvencional se houver
interesse relevante ou se tal for indispensável para a justa composição do litígio
(art. 266.º, n.º 3).