Resumo Prova de Fenomenologia
Resumo Prova de Fenomenologia
Resumo Prova de Fenomenologia
Resumo prova
Distinção entre Fenomenologia, Existencialismo e
Humanismo
As fontes da Psicoterapia Humanista - Existencial
É preciso, primeiramente, distinguir as ideias humanistas das fenomenológicas e das existenciais
- em determinados momentos da história essas ideais se intercruzam, mas é necessário
distinguirmos suas origens.
Resumo prova 1
Fenomenologia
A fenomenologia é um movimento filosófico que se estruturou no início do século XX, através
de Husserl.
O termo significa “a descrição da aparência”.
No sentido Husserliano, Fenomenologia é entendia como um método para fundar a lógica pura,
e, posteriormente, pensada por Husserl para fundamentar a totalidade dos objetos possíveis.
Existe, em Husserl, duas grandes concepções de Fenomenologia:
1. Fenomenologia como uma ciência filosófica propedêutica, que tem como objeto a descrição
das essências fundamentais para uma problemática filosófica dada
Existencialismo
O existencialismo é entendido como uma doutrina filosófica sobre o homem.
Os filósofos da existência vão redirecionar as perguntas sobre o homem. Em vez de se perguntar:
o que é o homem, se perguntará: quem é o homem?
A filosofia da existência pode ser concretizada através de duas grandes características:
2. todos procuram descrever e explicitar o modo concreto do homem viver, isto é, refletindo
sobre a angústia, a liberdade.
Resumo prova 2
vida, o ser humano deve alcançar um certo grau de realização, a fim de que possa, ao longo da
vida, se estruturar como uma pessoa plena, integrada.
O homem é compreendido como processo e evolução → essa evolução não ocorre ao acaso, mas
segue uma certa direção, tem um certo fim em vista, não é um processo que ocorre somente por
acertos e erros ou por tentativas desconexas, não é um voo no escuro.
O conceito de auto-realização quer acentuar que esse processo de crescimento inerente à
dinâmica da vida deve ser entendido na sua globalidade, isto é, no desenvolvimento de todas as
dimensões humanas, sejam elas biológicas, psicológicas, espirituais e sociais.
Teoria da Intencionalidade
O conceito de Existência
Existência não deve ser entendida no sentido trivial de ser-no-mundo, como simplesmente um
ente no meio de outros entes.
Ex-sistere deve ser compreendida como:
ex= fora de
sistere= ter sua postura.
Resumo prova 3
Existir é, pois, ter sua postura fora
A Escola Americana
PSICOTERAPIA HUMANISTA-EXISTENCIAL
a não-diretiva (1940-1950) - aqui ele constrói toda a teoria a partir de sua própria
vivência
a fase reflexiva (1950-1957) - nessa e na fase seguinte ele coloca mais fundamentos e
fenomenologia
Como o próprio Rogers escreve, “a identificação com a psicologia humanista está baseada
na sua advocacia pela dignidade e valor da pessoa individual na sua busca pelo
crescimento”.
O fato de Rogers ter uma confiança nas forças positivas do organismo, que são utilizadas de
forma exata, ajudará o indivíduo a ter uma vivência mais plena.
Seu posicionamento o coloca mais próximo das ideias humanistas do que das ideias
fenomenológicas
O existencialismo de Sartre é um existencialismo ateu, enquanto o pensamento de kiekgaard
e Buber coloca Deus como O grande outro, O grande Tú - Rogers se fundamenta nesses
últimos
Resumo prova 4
A relação Eu↔ Tu é uma relação de mão dupla, e é muito mais significativa que a relação
Eu → Isso, uma vez que ao contrário da última ela implica em transformação
O indivíduo está inserido num meio cultural e deve ser entendido como pessoa, isto é, deve
ser percebido no dinamismo filosófico e na sua inserção como ser social
PSICOTERAPIA FENOMENOLÓGICO-EXISTENCIAL
A fenomenologia é uma filosofia potencialmente europeia que se expande aos Estados Unidos
principalmente com Rollo May
A Psicologia nos Estados Unidos era dividida em Psicologia acadêmica - dominada pelo
Behaviorismo e pelos testes psicológicos - e em Tratamento Psicológico - dominado pela
Psicanálise na versão Americana. Isso acontecia porque a Psicanálise foi a primeira compreensão
abrangente da personalidade e lhe fornecia um histórico de para onde veio e para onde vai.
Segundo a terapia humanista isso não representa o homem como um todo - no behaviorismo não
se veria o homem como um todo, apenas o comportamento, e na Psicanálise <3 o objeto de
estudo se enfocava no inconsciente. Por isso a fenomenologia surge como uma terceira força.
Rollo May não escreveu muito explicitamente sobre a conduta do terapeuta nesta
perspectiva fenomenológica. O que temos é a explicitação de conceitos centrais no livro
Existência, e retomados posteriormente, no livro A descoberta do Ser, como Ser e não-ser,
Ser-no-mundo, que servem para a fundamentação do trabalho terapêutico na linha
fenomenológico-existencial
Seu pensamento se traduz num esforço gigantesco de encontrar um método que fosse
adequado para estudar o fenômeno da subjetividade.
Resumo prova 5
Gendlin estrutura a terapia experiencial em torno de quatro conceitos básicos:
a) sentir experiências → descreve este contato imediato com o todo situacional, Esta
consciência pré-reflexiva é possível quando o indivíduo está, interiormente, quieto e
preparado para interagir com o próprio corpo
d) interagir
o processo de experiências se dá através dos três primeiros conceitos
“crise dos paradigmas” → tem surgido um novo eixo de organização da ciência, onde, para
se entender um fenômeno, não basta hipótese simplista, pois o fenômeno é extremamente
complexo.
Fala-se também que a referência não é mais a objetividade pura e simples, mas ela deve ser
compreendida a partir da intersubjetividade.
Determinismo
Reducionismo
Fragmentção e
O que move o sujeito segundo Rogers é uma noção de desenvolvimento pessoal ou, como
definido por ele, autorealização.
Resumo prova 6
Com isso há um novo quadro de referencial que é:
Sistêmico
Linguístico
Fenomenológico
Existencial
Transcendental - ele não se reduz à ele mesmo. Enquanto uma cadeira não quer ser
diferente de uma cadeira, o ser humano quer ser diferente do que é.
A escola Européia
Na Europa a psicologia é derivada de uma concepção sobre o homem.
PSICOTERAPIA FENOMENOLÓGICO-EXISTENCIAL
Resumo prova 7
As análises de Heidegger do ser-no-mundo o ajudarão em suas divergências com a
Psicanálise
PSICOTERAPIAS ANTROPOLÓGICAS
Entendemos por psicoterapias antropológicas as práticas terapêuticas que partem de uma
elaboração explícita do ser humano trabalho
A concepção de homem explícita de Frankl pode ser resumida no sentido de que o homem
deve ser entendido como um ser biopsicoespiritual, isto é, como uma totalidade.
Ele diz que o homem “no final das contas, o que procura mais é a felicidade em si, mais
uma razão para ser feliz. Com efeito, no dia-a-dia da clínica, vemos que é precisamente por
não contar com uma ‘razão para ser feliz’ que o neurótico sexualmente perturbado,
impotente ou frígido, encontra-se impossibilitado de obter a felicidade”.
Ele dirá que o que busca o homem é o meaning (sentido como semelhante a significado)
O homem deve ser entendido como um ser biopsicoespiritual, isto é, como uma totalidade
O Eu só se realiza em relação ao seu além
2. Psicoterapia Antropológico-fenomenológica
Viktor Von Weizsacker foi o responsável pela elaboração da antropologia, que desenvolveu
uma nova compreensão da relação médico-paciente, trazendo, assim, novas luzes para uma
relação terapêutica mais libertadora.
Resumo prova 8
Fundamentação antropológica da prática psicoterápica
Quando pensamos em prática clínica, vem-nos ao pensamento um tipo de intervenção curativa.
Esse tipo de raciocínio é sustentado pelo fato de que:
por um lado, a pessoa busca, no psicoterapeuta, uma ajuda que lhe possibilite sair do
impasse existencial em sua vida pessoal.
por outro lado, o terapeuta pensa que, com a aplicação de uma “técnica”, a demanda do
cliente será prontamente atendida e, mais do que isso, sua ação terá o efeito de provocar um
“ajustamento” na personalidade pessoal, ajustamento esse que provocará uma adaptação
quase imediata do cliente ao seu contexto social.
Convém dizer que o mais importante, no tratamento do problema apresentado pelo cliente,
mediante uma psicoterapia, será o estabelecimento de uma relação inter-humana capaz de ajudá-
lo a reestruturar sua vida.
a relação de objetividade com a Natureza, na qual ele se experimenta como sujeito situado;
a relação com os outros homens que podemos caracterizar como uma relação de
intersubjetividade;
Resumo prova 9
a relação de transcendência, que designa a forma de uma relação entre o sujeito situado
enquanto pensado no movimento da sua auto-afirmação e uma realidade da qual ele se
distingue ou que está para além da realidade que lhe é imediatamente acessível.
O ENCONTRO
A palavra encontro designa uma situação em que o outro afeta de alguma maneira a minha
existência, principalmente na dimensão em que ele (o outro) me faz crescer.
O encontro humano, seja na psicoterapia ou fora dela, por um lado, fará ressurgir antigas
vivências, que serão trabalhadas ao longo do processo, e, por outro lado, provocará novas
vivências, que desencadearão uma nova reorganização da vida.
O ENCONTRO PSICOTERAPÊUTICO
A especificidade do encontro terapêutico pode ser definida como uma relação interpessoal
subjetiva, isto é, deve ser uma relação em que as veiculações do material subjetivo se fazem
necessárias. O cliente deve trazer, para esse encontro, o conteúdo significativo de suas vivências.
O terapeuta deve penetrar na esfera vital de seu cliente, mas isso deve ser feito dentro de certos
limites, isto é, de forma a respeitar o outro. O terapeuta não deve forçar o surgimento do material
nem, para tanto, desrespeitar o ritmo e o desvelamento da vida íntima de seu cliente. O que ele
pode fazer é analisar, junto com o cliente, as forças que impedem o material de se revelar, mas
nunca “agredir” o cliente com pressões psicológicas de “desmascaramentos”.
Do processo terapêutico, o cliente espera cura, e não amizade; ajuda, e não amor. O cliente pode
ter claro isso em termos de racionalidade, porém, no momento em que começar a sofrer com o
desvelamento de suas verdades, ele busca amizade e amor, para compensar a sua angústia e o seu
sofrimento.
De um modo geral, a relação entre o terapeuta e o cliente passará por várias fases, segundo o
andamento do processo terapêutico.
Resumo prova 10
Contudo, essa relação inter-humana deve compreender, em si, o cuidado, a assistência e o
tratamento.
O cuidado significa que o terapeuta deve ter uma atenção no sentido de respeitar o ritmo do
cliente, tendo sempre uma atitude de aguardar as revelações deste.
A assistência significa que o terapeuta deve estar bem preparado para entender o que se
passa na relação.
A segunda característica brota justamente do objetivo de querer levar o cliente a uma outra
norma maior. A terapia é vista como uma relação que vai auxiliar o cliente nessa busca de
autonomia. Assim, a natureza da relação implica que um dia ela terá um fim, isto é, haverá um
rompimento.
Isto quer dizer que a relação terapêutica é limitada no tempo e completamente diferente da
relação amorosa, em que os dois parceiros, mesmo que venham a se separar, no momento do
engajamento não visam a essa separação. A separação pode acontecer na relação amorosa, mas
não é planejada desde o seu ponto de partida. Aqui, a separação é colocada como sendo o
elemento essencial da relação terapêutica.
Podemos nomear a assimetria como outra condição básica para a existência de uma relação
terapêutica. É de extrema importância que, na terapia, essa assimetria seja instalada para o bom
desenvolvimento daquela, uma vez que não se trata de uma relação amorosa, em que ambos os
parceiros devem ter um posicionamento de igual para igual na construção do seu projeto comum
Resumo prova 11
2. O segundo caminho é aquele que utiliza a explicação psicobiológica: “A essência da doença
residiria na predisposição do organismo psíquico, predisposição que até o presente não foi
ainda elucidada”.
Aparecia, diante dele, a nova direção da pesquisa antropológica na Psiquiatria, que não quer
reduzir o homem a categorias biológico-naturalistas, nem a categorias tiradas das ciências do
espírito, mas quer compreender o homem a partir do seu mais íntimo - o humano - e descrever as
direções fundamentais, originais, desse Ser: “A doença mental é retirada do campo simplesmente
natural, ela é também retirada do campo de um assunto mental, para ser compreendida e descrita
a partir das possibilidades originais do ser homem.
A primeira fase é sua tentativa de trazer para a Psiquiatria algo de novo, que poderia
fazer dele uma ciência mais sólida, onde a compreensão da doença mental viria do
interior mesmo da Presença (Dasein), e não de uma construção teórica que se acrescenta
à pessoa.
Resumo prova 12
Ele quer completar a análise feita por Heidegger, pois o Dasein não deve ser só compreendido
como cuida (Sorge), mas também como amor (Liebe).
Cada vez mais definido com liberdade, autêntica ou desfalecida, o ser homem é
fundamentalmente presença, em que o ser em causa é sua própria possibilidade de ser.
Nós pensamos que a concepção de Binswanger de Dasein como ser tomado à maneira verbal traz
à luz o movimento como característica essencial do homem. Assim, nas suas análises
psicopatológicas, Binswanger vai procurar mostrar que é necessário compreender não as atitudes
isoladas do paciente, mas o movimento de sua vida através da captação da vivência espacial e
temporal. Para guardar a significação plena do significado de Binswanger, a tradução mais
conveviente seria Presença, como termo que captaria o movimento próprio da constituição do
homem.
O que interessa ao analista antropólogo-fenomenólogo são os modos de ser a partir dos quais se
revela a Presença Humana, e que se exprimem, para Binswanger, através dos temas
fundamentais, denominados: dualidade, pluralidade e singularidade.
2.1 A modalidade dual
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A primeira modalidade possui duas expressões: o amor e a amizade. A questão que deve ser
posta é: como se manifestará o existir humano nessa forma de ser?
A maneira de ser a dois no mundo dual deve ser compreendida a partir do fato de que um não
está simplesmente ao lado do outro, como por exemplo, numa torcida num campo de futebol,
mas que deve existir uma relação entre eles. Essa relação deve ser de reciprocidade, tanto de
um com relação ao outro, como do outro com relação ao primeiro.
Essa maneira de ser pode ser caracterizada como uma unidade na dualidade.
Essa unidade na dualidade é possível porque o princípio organizador que rege a relação entre
um e outro é o encontro.
A modalidade plural será percebida a partir dos diferentes modos do ser-com um outro ou
muitos outros, isto é, as relações que no cotidiano visam a desintegrar a verdadeira relação
entre o Eu e o Tu. As formas de modalidade plural podem articular-se em duas direções:
primeiro, a relação do ser humano com qualquer coisa, ou seja, com fenômenos que
constituem o mundo circundante; segundo, a relação do ser humano com os outros seres
humanos, ou seja, com fenômenos que constituem o mundo social.
2.3 A modalidade singular
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A singularidade é o terceiro eixo da antropologia binswangeriana. Ela revela o modo segundo
o qual o Dasein (Presença) está em relação consigo mesmo, ela é o ser-em-si-mesmo.
A singularidade não é um elemento numérico da pluralidade, porque a singularidade significa
postura própria no mundo, qualquer coisa de excepcional.
Resumo prova 15
conteúdos humanos e na qual a comunicação entre essas duas pessoas possibilita o desvelamento
de significados colocados por ambas as partes
Condições prévias para que uma relação entre duas pessoas possa ser compreendida como
humana:
Encontro
O encontro se caracteriza como uma dialética entre as pessoas que compõem a relação, isto
é, que pelo menos um dos participantes se abra à experiência do outro
Diálogo
Para um diálogo acontecer é necessário que um dos sujeitos esteja aberto ao que o outro
possa trazer para essa relação
Reciprocidade
ela é a base para o diálogo, mas entendemos que reciprocidade em relação ao outro não é
estarmos somente ao lado desse outro, mas sermos envolvidos por ele. Ela se expressa no
momento que envolvemos e somos envolvidos
Vínculo
O que caracteriza uma relação humana é o estabelecimento do vínculo como o elemento de
ligação entre dois sujeitos. A afetividade é o aspecto da vida humana que possibilita a
vinculação e a sedimentação dessa entre os parceiros
RELAÇÃO INTERPESSOAL
Na perspectiva feno-existencial, quanto maior for o envolvimento subjetivo de um dos parceiros,
isto é, do cliente, mais a relação será considerada terapêutica. Por outro lado, quanto maior for o
grau de formalidade, mais longe estaremos de uma relação terapêutica.
Embora o conteúdo subjetivo seja só de um dos membros da relação, caso haja troca em um
mesmo nível dos conteúdos subjetivos, teremos não mais uma relação propriamente
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psicoterapêutica, mas, em muitos casos, uma relação amorosa, que pode ser terapêutica, mas não
psicoterápica.
A relação mãe - bebê é muito semelhante à relação psicoterápica.
Podemos dizer que o terapeuta se posta para servir o cliente, no sentido de que vai dispor de toda
a sua inteligência e de toda a sua preparação profissional para ajudá-lo a se encontrar no seu
modo de ser. Além disso, o terapeuta se adapta às demandas do cliente e se coloca como
ambiente facilitador.
1. Acolher não é somente aceitar o outro como ele é mas também adaptar-se às necessidades
apresentadas pelo ser humano que sofre.
Humildade → para o novo que vai surgir (ainda que as temáticas já tenham sido trabalhadas
com outros pacientes) - para o cliente a humildade é deixar repercutir para si mesmo o que
acaba de verbalizar
Respeito → mesmo que a questão trazida pareça banal, para o paciente ela apresenta uma
significação importante. É importante também não interromper a narrativa do cliente
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A relação terapêutica é uma relação humana que deve ser construída no espaço específico do
encontro entre duas pessoas, no qual uma, o terapeuta, preparado profissionalmente, acolhe com
todo respeito a problemática do outro, e a outra, o cliente, entrega-se na relação, para que, por
meio dela, possa deparar-se com sua problemática e ressignificá-la, e, assim, encontrar um
caminho mais desoprimido para sua vida.
O momento físico do encontro, que me dá a real existência do outro, pode ser entendido
como a Percepção da existência do outro.
Por outro lado, a dimensão pessoal, que é a resposta à existência do outro, é o aspecto que
junto com o primeiro pólo constituirá a essência do outro.
a maneira como se dialetizam estes dois pólos será a maneira como vou vivenciar o encontro
se, com a minha resposta, o outro vai ser para mim um simples objeto de meu desejo, a
relação será objetal
se, por outro lado, com a minha resposta o outro vai ser para mim - e eu vou ser para o
outro- uma pessoa, o tipo de relação será o que chamamos de relação pessoal
ENCONTRO PSICOTERÁPICO
A relação terapêutica é, em primeiro lugar, um contato humano onde ambos os personagens
aprendem algo sobre a vida humana.
“to my patients who have paid to teach me” - Winnicot
O encontro psicoterápico se desenrolará através de uma interação, isto é, através de algo que
circula entre o psicoterapeuta e o seu paciente e, por isto, não é fundado em algo fora do comum,
mas na existência cotidiana.
Resumo prova 18
Qual deve ser a atitude do terapeuta para que esta relação possa ser interpessoal e guardar
as características terapêuticas?
a humildade de não-saber
renúncia de seus projetos - para o seu crescimento, convém que eu não coloque minhas
ideias sobre ele
Resumo prova 19
afetados pela falta ou perda de sentido
Uma experiência individual não pode ser considerada isoladamente ou como aspectos
distintos de sistemas independentes. Pelo contrário, deve ser colocada num contexto inter-
relacional.
ANSIEDADE EXISTENCIAL
A ansiedade existencial pode ser definida pelo inevitável desconforto e insegurança que se
colocam quando tentamos negar ou reivindicar uma solução para tensão inter-relacional entre
as demandas de ter conhecimento da existência ao mesmo tempo que vivenciamos seu
caráter evasivo.
A teoria existencial alega que a ansiedade necessariamente permeia nossas experiências
reflexivas das nossas relações conosco mesmo, com os outros e com o mundo em geral.
O dilema da ansiedade existencial não é tanto o que ela é em si, mas sim como cada um de
nós convive com ela.
ESCOLHAS
As escolhas que somos livres para fazer surgem dentro de um contexto inter-relacional que
situa nossa liberdade de escolha - não é uma liberdade ilimitada para fazer o que quiser.
“Somos condenados a sermos livres”
Resumo prova 20
É por meio da primeira e crucial etapa de “ficar com” e “sintonizar-se com” a forma atual de ser
do cliente, que a psicoterapia existencial, simplesmente por meio dessa presença sintonizada
com o cliente, começa a desafiar profundamente as expectativas do cliente sobre como os outros
são, com os outros esperam que o cliente seja e como o cliente esperam que os outros estejam
com ele.
Para alcançar isso é necessário inicialmente a abertura do terapeuta e a aceitação do modo de ser
apresentado pelo cliente
Para estarem dispostos e, pelo menos em parte, capazes de estarem abertos às incertezas desta
forma de encontro, psicoterapeutas existenciais devem demonstrar uma experiência de vida
adequada que infunda sua habilidade de expressar e reconhecer o humor, a tragédia, a maravilha
e o absurdo da vida. Além disso, devem adotar uma contínua abertura e tolerância para as
diferentes formas de “estar no mundo” que seus clientes expressam e personificam.
Resumo prova 21
que são iniciadas por ele podem gerar muito maior sofrimento e mal-estar para o cliente do que o
problema apresentado.
Paradoxalmente, a psicoterapia existencial sustenta que pode ser que, por meio do próprio
processo de ajudar os clientes a “ficarem parados”, para que possam esclarecer e desafiar sua
postura em relação à mudança, os benefícios da “mudança terapêutica” sejam mais prováveis de
ocorrer.
Intervenções terapêuticas
O encontro entre terapeuta e cliente, embora inegavelmente focado no cliente, é, no entanto,
mutuamente revelador. Tanto para o cliente quanto para o terapeuta, o encontro permite uma
reflexão consciente de “isso é o que e como é ser quem sou nesta relação”.
Resumo prova 22
A investigação focada no você → considera visões, declarações, opiniões, crenças,
demandas, posturas comportamentais e sentimentos afetivos que o cliente presume existir
para o outro (o terapeuta) no encontro atual com o terapeuta
“O que eu digo pra mim mesmo acerca da experiência do outro de estar em relação comigo
em qualquer encontro?”
A exploração de todas as quatro esferas do encontro por meio da própria relação terapêutica
confere a esse relacionamento o caráter de uma experiência vivida real e válida, em vez de
meramente substitutiva, simbólica ou “transferencial”. Além disso, este foco serve para destacar
o modo de ser do cliente tanto dentro da relação terapêutica, quanto no que diz respeito às suas
relações de mundo mais amplas.
Resumo prova 23
Contextos culturais: como a abordagem existencial conceitua
relação no que diz respeito à cultura, poder e diversidade
Preocupados tanto com os “universais” da experiência humana quanto com a singularidade
individual, o pensamento existencial e a prática têm se mostrado de particular valor para o
esclarecimento de vários fatores psicológicos relevantes para a psicoterapia multicultural, seja
entre culturas ou no trabalho com culturas minoritárias.
Forças e fraquezas
Em geral, a psicoterapia existencial pode ser de grande benefício para os clientes que se
encontram em vários ambientes de transição e que estão abertos ao desafio de lidar com questões
complexas e paradoxais.
O psicoterapeuta existencial deve demonstrar a capacidade de reconhecer e até mesmo abraçar a
insegurança e incerteza que vem com a vontade de se envolver com o cliente no encontro atual,
ao invés de focar em quem o cliente pode ter sido no passado ou quem ele poderá ser no futuro.
Resumo prova 24