Sebenta de Dinâmica
Sebenta de Dinâmica
Sebenta de Dinâmica
PREFÁCIO
Merece destaque o trabalho realizado pelo Professor Vasco Sanches da Silva e Sá,
Professor Catedrático Jubilado do DEMEGI, a quem se devem as primeiras monografias
didáticas de qualidade no domínio da Mecânica Racional, publicadas pelo DEMEGI.
Nesta monografia, para além dos conceitos teóricos da Dinâmica do Ponto Material
e do Corpo Rígido, são desenvolvidas várias aplicações concretas e são propostos
problemas, de modo a permitir ao aluno uma aprendizagem de tais conceitos.
Os Autores
Ao Amigo e Mestre
Vasco Sanches da Silva e Sá
Professor Catedrático Jubilado
do DEMEGI – FEUP.
ÍNDICE
1 INTRODUÇÃO 1
8 PROBLEMAS PROPOSTOS 59
1 INTRODUÇÃO 67
3 MASSA E INÉRCIA 68
9 FORÇAS E MOMENTOS 77
9.1 Força Normal e Força Tangencial – Atrito de Coulomb 78
9.2 Força Tangencial – Atrito de Rolamento 79
9.3 Forças e Momentos Elásticos 79
10 APLICAÇÕES 82
10.1 Movimento Rectilíneo 82
10.2 Movimento Circular 85
10.2.1 Solução analítica da equação de movimento 86
10.2.2 Aplicação numérica 88
10.3 Movimento Sobre um Referencial Móvel 90
10.4 Pêndulo Cónico 92
1 INTRODUÇÃO 175
ÍNDICE:
1 INTRODUÇÃO 1
8 PROBLEMAS PROPOSTOS 59
1 INTRODUÇÃO
2.1 Definições
r
τ
S
r
hO = OP × q
r
q = m vP
Z
hO P(m)
X Y
q = m vP .
( )
ur uur
τ QM
O(P )
≡ q ;hO .
A figura 2 mostra um sistema discreto de n pontos materiais, P1, P2, …, Pn, de massas
P2 Pi
hOi = OPi × mi v Pi P1
q i = mi v Pi
O Pn
uuur n uur n uuur uuur uuur uuur uuuur uuur uuuur uuur
HO = hOi = OPi × mi v P = OP1 × m1v P + OP2 × m2 v P + ...+ OPn × mn v P
i 1 2 n
i =1 i =1
movimento Q = i=
q
i =1
i Pi
m v
i =1
e como Vetor Momento o momento cinético
≡ ( Q ;HO ) .
ur uuur
τ QM
O(Sistema)
d
Considerando a massa de cada ponto material constante no tempo (mi ) = 0 , a
dt
expressão que define a quantidade de movimento pode ser desenvolvida do seguinte modo:
( ) ( )
ur n uur n
d uuur n
d uuur d n uuur
Q =
i =1
m i
v i
=
i =1
m i
dt
OPi =
i =1 dt
m i OPi =
dt i =1
m i
OP i
.
uuur 1 n uuur
A Geometria das Massas mostra que OG = i i , pelo que
M 1
m OP
( )
ur d n uuur d uuur uur
Q = m i OPi = M OG = M v G
dt i dt
(M)
P, dm
d hOdm = OP × v P dm Z
d q = v P dm
O
X Y
r r uur
Q = dq = v P dm
M M
uuur uur uuur r
HO = dhO = OP × v dm .
M M
( )
r uuur
τ QM
Corpo
≡ Q ;HO .
( )
ur uur uur ur uuur uur ur uuur
Q = M v P dm = M v G + ω × GP dm = M v G dm + M ω × GP dm ,
isto é
ur uur ur uuur uur
Q = v G M dm + ω × M GP dm = M v G .
(1) Q = M vG
Conclusão:
Qualquer que seja o tipo de distribuição de massa (discreta ou contínua) teremos
( ) ( )
uuur uuur uur uuur uuur uur ur uuur
HO = OP × v P dm = M OG + GP × v G + ω × GP dm
M
( ) ( )
uuur uuur uur uuur r uuur uuur uur uuur r uuur
HO = M OG × v G dm + M OG × ω × GP dm + M GP × v G dm + M GP × ω × GP dm
isto é
( ) ( ) ( ) ( )
uuur uuur uur uuur r uuur uuur uur uuur ur uuur
HO = OG × v G M dm + OG × ω × M GP dm + M GP dm × v G + M GP × ω × GP dm .
logo
( )
uuur uuur uur uuur ur uuur
HO = OG × v G M + M GP × ω × GP dm .
M GP × (ω × GP ) dm = [ IG ] ω = HG
uuur r uuur r uuur
isto é
uuur uuur uuur ur
(2) HO = HG + OG × Q 1º Teorema de Koenig
Conclusão:
O momento cinético de um corpo rígido, num dado ponto O, pode ser obtido pela
soma das seguintes duas parcelas:
• A 1ª resulta da multiplicação da matriz de inércia do sistema, definida no seu
Este resultado já era esperado. Com efeito, conhecido o vetor principal e o vetor
momento em G de um sistema de vetores deslizantes, é possível calcular o vetor momento
num outro ponto qualquer, utilizando a expressão fundamental dos campos de momentos
que acaba de ser rescrita (expressão (2)).
uuur r
2.3.1 Momento Cinético em G - HG = [ IG ]ω
M GP × (ω × GP ) dm = [ IG ] ω = HG
uuur ur uuur ur uuur
o que se demonstra em seguida.
l x
r
ω = m e GP = y
n z
obtém-se que
l x mz − ny
ur uuur
ω × GP = m × y = nx − lz
n z ly − mx
e
isto é
ly 2 − mxy − nxz + lz 2 y 2 + z2 − xy − xz l
( )
uuur ur uuur
GP × ω × GP = mz 2 − nyz − lxy + mx 2 = − xy x 2 + z2 − yz × m
2 2
nx − lxz − myz + ny − xz − yz x2 + y2 n
y 2 + z2 − xy − xz l
( )
uuur ur uuur
GP × ω × GP dm = − xy x 2 + z2 − yz × m dm ,
M M
− xz −yz x2 + y2 n
logo
2 2
(
y + z dm ) − xy dm − xz dm
M M M l
( ) ( )
uuur ur uuur
GP × ω × GP dm = − xy dm
2 2
x + z dm − yz dm × m
M M M M n
− xz dm
M
− yz dm
M
2 2
x + y dm
M
( )
isto é
HO = [IG ] ω + OG × Q = [IG ] 0 + OG × Q = OG × Q
isto é
HO = OG × Q .
No ponto G (G ≡ O)
r
HG = GG × Q = 0 .
( )
uuur uuur uur uuur r r uuur
HO = M OP × v P dm = M OP × v O + ω × OP dm ,
logo
( ) ( )
uuur uuur r uuur uuur uur
HO = M OP × ω × OP dm + M OP dm × v O .
M OP × (ω × OP ) dm = I O ω
uuur r uuur r uuur uuur
e OP dm = MOG
M
logo
isto é
uuur r
HO = I O ω .
isto é
uuur r
(4) HG = I G ω .
determina-se que
( )
uuur uuur uur ur uuur
HG = GP × v G + ω × GP dm
M
Atendendo a que
M GP × (ω × GP ) dm = I G ω
uuur ur uuur r uuur r
GP dm = 0 e
M
determina-se que
uuur ur
HG = [ IG ]ω
uma velocidade instantânea, pelo que no Sistema Internacional as suas unidades são
kg m/s .
uur uuur ur uuur uur
O momento cinético hO = OP × q = OP × m v P corresponde ao momento da
quantidade de movimento, isto é, produto de uma distância por uma massa e por uma
velocidade instantânea, pelo que no Sistema Internacional as suas unidades são
kg m2/s .
Y3 G3 X3
Z2 B Z3
Z0 G2 Y2
Z1
A
G1 X2
O Y1
X1
X0
Y0
Para cada corpo rígido é possível definir o correspondente torsor das quantidades de
movimento, em relação a um determinado ponto e usando as coordenadas de um dos
sistemas eixos. Assim tomando como sistema de eixos de trabalho o sistema
S1 ≡ [G1,X1,Y1,Z1] poder-se-ia estabelecer que:
uur1 uuur
τ 1
QM ≡ Q ; H1G ,
S 1
1 S1
uuu2r uuuur
τ 2
QM ≡ Q
; HG2 , e
2
S1 S1
uuu3r uuuur
τ 3
QM ≡ Q
; HG3 .
3
S1 S1
ur uuur
τ QM
O(mecanismo)
≡ Q ; HO ,
S1 S1
onde
ur uur uuur uuur
Q = Q1 + Q2 + Q3 ,e
S1 S1 S1 S1
Para obter os valores dos momentos cinéticos de cada corpo no ponto O, é necessário
efetuar uma mudança de polo usando o 1º Teorema de Koenig, isto é,
uuur uuur uuuur uur
H1O = H1G1 + OG1 × Q1 ,
S1 S1 S1 S1
pelo que
uuur uuur uuuur uur uuuur uuuur uuur uuuur uuuur uuur
HO = H1G1 + OG1 × Q1 + HG2 2
+ OG2 × Q 2 + HG3 3
+ OG3 × Q 3
S1 S1 S1
S1 S1 S1 S1 S1 S1 S1
Este procedimento, aqui exemplificado para três corpos, pode, obviamente, ser
alargado a qualquer número de corpos que constituam o mecanismo.
Verifica-se, então, que caso o sistema material seja constituído por uma associação
de corpos rígidos, poderá calcular-se o momento cinético de cada um deles no respetivo
centro de massa, transpô-lo para o mesmo polo e fazer então o respetivo somatório, de
modo a determinar o momento cinético do sistema material.
3.1 Definições
ponto P está animado de uma aceleração instantânea aP , com componentes nas direções
r r
τ tangencial e n normal à trajetória em P, como se mostra na figura 5.
kO = OP × m aP uur
uur at
Z an
P(m)
O
X Y
A figura 6 mostra um sistema discreto de pontos materiais, P1, P2, …, Pn, de massas
m1, m2, …, mn, respetivamente, e animados das acelerações instantâneas
Pj
P2 Pi
kOi = OPi × mi aPi P1 r uuur
q& i = mi aPi
0
O Pn
uuur n uur n uuur uuur uuur uuur uuuur uuur uuuur uuur
K O = kOi = OPi × mi aPi = OP1 × m1 aP1 + OP2 × m2 aP 2 + ⋅ ⋅ ⋅+ OPn × mn aPn .
i =1 i =1
r. uuur
τ QA
O(Sistema)
≡ ( Q ;K O ) .
0
d
Considerando a massa de cada ponto material constante no tempo (mi ) = 0 , a
dt
expressão que define a quantidade de aceleração pode ser simplificada,
( v ) = dtd m ( )
r. n uur n d uur n uur d ur uur
Q = mi aPi = mi Pi i
v Pi = Q = MaG
0
i =1 i =1 dt i =1 dt
( )
r. d ur d uur uur
Q = Q= M vG = MaG
0 dt dt
ao tempo, obtém-se
uuur.
( )
n uuur uur uuur n uuur uur
HO = v P − v O × m i v P + OPi × m i aP
0 i i i
i =1 i =1
Daqui resulta
r uur
d q& i = aP dm
(M) 0
d kO = OP × aP dm Z
P, dm
O
X Y
r& r uur
Q = d q& i = aP dm
0 0
M M
uuur uur uuur uur
KO = dkO = OP × aP dm
M M
uur
τ
r&
O(Corpo)
QA
≡ Q ; K O .
0
ur•
3.2 Vetor Quantidade de Aceleração - Q
0
r& uur
A expressão do vetor quantidade de aceleração Q = aP dm pode ser
0 M
( ) ( ) ( ) ( )
r& uur d uur d uur d uur d r
Q = aP dm = M dt vP dm = M dt vP dm = dt M P
v dm = Q
0
M dt
( ) ( )
r& d r d uur uur
Q = Q = M vG = M aG
0 dt dt
ur• uuur
(5) Q = M aG
0
Conclusão:
Qualquer que seja o tipo de distribuição de massa (discreta ou contínua) o vetor
Quantidade de Aceleração é igual ao produto da massa do sistema multiplicada
pelo vetor aceleração do respetivo centro de massa.
decompondo o vetor OP em
OP = OG + GP ,
( )
uur uur ur. uuur ur ur uuur
aP = aG + ω × GP + ω × ω × GP ,
0
isto é,
uuur ur.
( ) ( )
uuur uuur uur uuur uuur ur ur uuur
( )
KO = OG × aG M dm + OG × ω × M GP dm + OG × ω × ω × M GP dm +
0
Logo
uur uuur uur uuur ur. r uuur ur ur r
KO = OG × aG M + OG × ω × 0 + OG × ω × ω × 0 +
0
,
uuur ur uuur
( )
.
r uur uuur ur ur uuur
0 × aG + M × ω 0 × GP dm +
GP M × ω × ω × GP dm
GP
uuu.r ur uuur
Tendo em conta que GP = ω × GP obtém-se,
0
K O = OG × M aG +
d
( (
GP × ω × GP dm .
dt M
) )
( [IG ] ω )
uuur uuur uur d ur
KO = OG × M aG +
dt
( )
uuur uuur uur d uuur
KO = OG × M aG + HG
dt
K O = K G + OG × M aG
isto é
Conclusão:
O momento dinâmico de um corpo rígido, num dado ponto O, pode ser obtido pela
soma das seguintes duas parcelas:
Este resultado já era esperado. Com efeito, conhecido o vetor principal e o vetor
momento em G de um sistema de vetores deslizantes, é possível calcular o vetor momento
num outro ponto qualquer, utilizando a expressão fundamental dos campos de momentos
que acaba de ser rescrita (expressão (6)).
Esta equação traduz o 2º Teorema de Koenig e é muito utilizada no cálculo dos
momentos dinâmicos, sobretudo quando o ponto usado para polo é um ponto móvel.
uuur
Em alternativa, o momento dinâmico do corpo no ponto O, K O , pode ser obtido a
uuur
partir da derivada em ordem ao tempo do momento cinético HO , isto é,
uuur uuur uur
HO = OP × v P dm
M
.r .r .
uuu d uuur uur uuu uur uuur uur
HO = OP × v P dm = OP × v P dm + OP × v P dm
0 dt M M 0
M
0
( )
uuu uur uur uur uuur uur
HO = v P − v O × v P dm + OP × aP dm
0
M M
.r
uuu uur uur uur uur uuur uur
HO = v P × v P dm − v O × v P dm + OP × aP dm
0
M M M
.r
uuu r uur uur uuur uur
HO = 0 − v O × v P dm + OP × aP dm
0
M M
.
uur uur uur uur
HO = − v O × M v G + K O isto é
0
uur uur.
uur uur uuur .r
uuu uur ur
(7) K O = HO + v O × M v G ou K O = HO + v O × Q
0 0
a) Ponto O fixo
uur ur
Se o ponto O for fixo, então v O = 0 . Substituindo na expressão (7), obtém-se
.r
uuur uuu r uur
K O = HO + 0 × M v G
0
.r
uuur uuu
KO = HO
0
.r
uuur uuu r
K G = HG + 0
0
.r
uuur uuu
(8) K G = HG
0
Em geral, porém, o vetor momento dinâmico num ponto não coincide com a
derivada em ordem ao tempo do vetor momento cinético nesse ponto, como mostra a
expressão (7).
kg m/s2 = N .
uur uuur r uuur uur
O momento cinético kO = OP × q& = OP × m aP corresponde ao momento da
0
quantidade de aceleração, isto é, o produto de uma distância por uma massa e por uma
aceleração instantânea, o que no Sistema Internacional corresponde a unidades de binário
força vezes distância (Newton x metro), isto é
kg m2/s2 = N m .
Caso o sistema material seja constituído por uma associação de corpos rígidos,
pode-se usar um procedimento idêntico ao apresentado na secção 2.5 para a quantidade
de movimento. Assim, o torsor da quantidade de aceleração do mecanismo representado
na figura 4, reduzido no ponto O, é definido por
r& uuur
τ QA
O(mecanismo)
≡ Q
; KO ,
S1
0S
1
onde
r& r& r& r&
Q = Q1 + Q2 + Q3 ,e
0S 0S 0S 0S
1 1 1 1
pelo que
uuur uuur uuuur r& uuuur uuuur r& uuuur uuuur r&
KO = K G1 1 + OG1 × Q 1 + K G2 2 + OG2 × Q 2 + K G3 3 + OG3 × Q 3
S1 S S1 0 S S 0 S S 0
1 S1 1 1 S1 1 1 S1
Z0 ZG
G
YG
O
XG
X0
Y0
I xx − Pxy − Pxz ω x
uuur
H G = IG {ω } = − Pxy I yy − Pyz ω y
− Pxz − Pyz I zz ω z
.r ur.
( )
uuur uuu ur ur
KG = HG S = I G ω + ω × I G ω
0 0
As componentes serão
r
xz z y xz x yz y zz z (
I ω& − P ω& − P ω& + ω − P ω − P ω + I ω − ω − P ω + I ω − P ω
xx x xy y z xy x yy y xz z ) ( )
KG = ...
...
Este vetor é aparentemente muito complicado, no entanto, numa grande parte dos
casos simplifica-se muitíssimo. Por exemplo, analisando o caso de um movimento plano
0
uuur
HG = 0
I ω
zz z
Com efeito, se o plano GXGYG é de simetria, tal implica que o eixo ZG seja principal
central de inércia e, portanto, que os produtos de inércia Pxz e Pyz sejam nulos. O
momento dinâmico no ponto G será então definido por
.r 0
( )
uuur uuu d uuur d
K G = HG = HG = 0 ,
0 dt dt
I zz ωz
isto é,
uuur .r
uuu 0 0 0
KG = HG = 0 + 0 × 0
0
. ω I ω
I ω z zz z
zz z
uuur .r
uuu 0
K G = HG = 0
0
.
I ω
zz z
4.1 Definições
S
r
τ
1 uur uur 1 uur 2 1
T= m vP • vP = m vP = m vP2
2 2 2
uur
vP
Z
O P(m)
X Y
P2 Pi
( ) ( )
n uuur uuur n 2
P1 T = mi v P • v P = mi v P
i i i
i =1 i =1
uuur
v Pi
Pn
(M)
P, dm
Z uur
vP
dT =
2
(
1 uur uur
) 1
v P • v P dm = v P 2 dm
2
O
X Y
1
(9) T = M vG2
2
vP
M
Figura 12 - Energia cinética de um corpo animado de movimento de translação.
Z
ur M
ω uur
vP
r
P (dm)
α
R
O
Y
X
( ) ( )
1 ur uuur ur uuur
T= ω × OP • ω × OP dm .
2 M
0 x
uruuur
Definindo os vetores ω = 0 e OP = y , e realizando as correspondentes
ω z
operações, determina-se que
0 x 0 x
( ) ( )
1 ur uuur ur uuur 1
T = M ω × OP • ω × OP dm = M 0 × y • 0 × y dm
2 2
ω z ω z
−ω y −ω y
1 1
T = M ω x • ω x dm = M (ω x ) + (ω y ) dm
2 2
2 2
0 0
T =
1
2
M ( ) 1
( )
ω 2 x 2 + y 2 dm = ω 2 M x 2 + y 2 dm .
2
M ( x + y ) dm = Ι zz
2 2
onde Izz é o momento de inércia do sólido em relação ao eixo de rotação OZ. Logo,
1
T= Ι zz ω 2
2
Z
∆
ur
ω
M uur
vP
O P (dm)
X
Y
ω x l
ur r
ω = ω y e u = m , então,
ω n
z
l = ωx
l ω l ω x ω l ω = ωx
ur r ω y
ω = ω u = ω m = ω m = ω y m = ω m ω = ω y .
n ω n ω
z n = ωz nω = ωz
ω
1
Retomando a expressão da energia cinética, T = Ι ∆∆ ω 2 , e a definição do
2
rT r
momento de inércia em relação ao eixo ∆, Ι ∆∆ = u [ Ι O ] u , obtém-se que
( )
rT r 1 rT r
Ι ∆∆ ω 2 = ω 2 u Ι O u = ω u Ι O ω u ,
1 1
T=
2 2 2
isto é
1 urT ur
(10) T= ω Ι O ω
2
Ι xx Pxy Pxz l
1 1
T = Ι ∆∆ ω 2 = ω 2 {l m n} Pxy Ι yy Pyz m
2 2
Pxz Pyz Ι zz n
l Ι xx + m Pxy + n Pxz
1
T = ω 2 {l m n} l Pxy + m Ι yy + n Pyz
2
l Pxz + m Pyz + n Ι yy
(11) T=
1 2 2
2
(
ω l Ι xx + m2Ι yy + n2Ι zz − 2lmPxy − 2mnPyz − 2nlPxz )
T=
1 2
(
ω Ι + ωy2Ι yy + ωz2Ι zz − 2ωx ωy Pxy − 2ωy ωz Pyz − 2ωzωx Pxz
2 x xx
)
1 1 1
T = I x x ωx2 + I y y ωy2 + I z z ωz2 − Px y ωx ωy − Py z ωy ωz − Pz x ωz ωx
2 2 2
No caso particular dos eixos OXYZ serem eixos principais de inércia, o cálculo
simplificar-se-á ainda mais, resultando
T =
1
(Ι ω 2 + Ι 2 ω22 + Ι 3 ω32
2 1 1
)
A energia cinética é assim igual à soma das energias cinéticas correspondentes às
rotações "parciais" em torno dos eixos principais de inércia, no ponto fixo O do eixo de
rotação.
1 uur uur
( ) ( )
1 uur uuur uur uuur
T= v • v dm = v + v • v r + vtr dm
2 M P P
2 M r tr
obtém-se,
( ) ( )
1 uur ur uuur uur ur uuur
T= v + ω × GP • v G + ω × GP dm , isto é,
2 M G
1 uur uur
( ) ( ) ( )
1 ur uuur ur uuur uur ur uuur
T= v • v dm + ω × GP • ω × GP dm + M G • ω × GP dm .
v
2 M G G 2 M
uur ur
Como v G e ω são constantes em relação à massa e à integração, obtém-se
1 uur uur
( ) ( ) ( )
ur uuur ur uuur uur ur uuur
T=
2
( )
1
v G • vG M dm + M ω × GP • ω × GP dm + v G • ω × M GP dm .
2
1 uur uur 1
( ) ( )
ur uuur ur uuur
T= Mv G • v G + M ω × GP • ω × GP dm ,
2 2
( ) ( )
ur uuur ur uuur ur T ur
M ω × GP • ω × GP dm = ω Ι G ω
então,
Conclusão:
A Energia Cinética de um corpo rígido pode ser obtida pela soma das seguintes duas
parcelas T = T1 + T2 :
( ) ( )
ur uuur ur uuur ur T ur
M ω × GP • ω × GP dm = ω Ι G ω .
l xG
ur uuur
ω = ω m e GP = y G , e realizando o seu produto vetorial, tem-se que
n z
G
l xG m zG − n y G
ur uuur
ω × GP = ω m × y G = ω n xG − l zG
n z l y − m x
G G G .
( ) ( )
ur uuur ur uuur
O produto interno ω × GP • ω × GP
m zG − n yG m zG − n yG
( ) ( )
ur uuur ur uuur
2
ω × GP • ω × GP = ω n xG − l zG • n xG − l zG
l y − m x l y − m x
G G G G
(ω × GP ) • (ω × GP ) =
ur uuur ur uuur
(
ω 2 m2 zG 2 + n2 y G 2 − 2 m n zG y G + n2 x G 2 + l 2 zG2 − 2 nl x G zG + l2 y G2 + m2 x G2 − 2 l m x G y G = )
(
ω 2 l2 y G 2 + l 2 zG2 + m 2 x G2 + m 2 zG2 + n2 x G2 + n2 y G2 − 2 l m x G y G − 2 m n zG y G − 2 nl x G zG = )
( ) ( ) ( )
ω 2 l 2 y G2 + zG 2 + m 2 x G2 + zG 2 + n2 x G2 + y G 2 − 2 l m x G y G − 2 m n zG y G − 2 nl x G zG =
( ) ( )
ur uuur ur uuur
Substituindo o produto interno no integral Int = M ω × GP • ω × GP dm , obtém-se
( )
Int = M ω 2 l2 y G2 + zG2 + m2 xG2 + zG2 + n2 xG2 + y G2
( ) ( )
,
−2 m n zG y G − 2 nl xG zG − 2l m xG y G dm
isto é,
( ) (
Int = ω 2 l2 M y G2 + zG2 dm + m2 M xG2 + zG2 dm + n2 M xG2 + y G2 dm
) ( )
−2l m M xG y Gdm − 2 mn M y G zGdm − 2 nl M zG xGdm
M ( y G + zG ) dm = Ι xG xG
2 2
M xG y Gdm = PxGyG
M ( xG + zG ) dm = Ι yG yG
2 2
M y G zGdm = PyG zG
M ( xG + y G ) dm = Ι zG zG
2 2
M zG xGdm = PzG xG
e logo,
(
Int = ω 2 l2 Ι xG xG + m2 Ι y Gy G + n2 Ι zG zG − 2l m PxGy G − 2 mn Py G zG − 2 nl PzG xG . )
Atendendo às expressões (10) e (11),
então
( ) ( )
ur uuur ur uuur
Int = M ω × GP • ω × GP dm
(
Int = ω 2 l2 Ι xG xG + m2 Ι y Gy G + n2 Ι zG zG − 2l m PxGy G − 2 mn Py G zG − 2 nl PzG xG )
( ) ( )
ur uuur ur uuur urT ur
M ω × GP • ω × GP dm = ω Ι G ω c.q.d.
Kg (m/s)2 = J .
( ) ( )
ur uuur ur uuur
Torsor da Quantidade de Movimento τ QM
G
≡ Q ;HG τ QM
O
≡ Q ;HO
Quantidade
Vetor
de Kg m/s Q = M vG Q = M vG
Principal
Movimento
uuur uuur uuur ur
HO = HG + OG × Q
Vetor Momento uuur r
Kg m2/s HG = [ IG ]ω ou
Momento Cinético uuur uuur uur
r
HO = I O ω + M OG × v O
O sistema biela, manivela, êmbolo é composto por três corpos, (ver figura 15):
y0
G2
ϕ
2
G1
1 θ
O x0
α10 = θ&& = α 0
(15) ϕ&& =
1
cos ϕ
R &&
(
)
− L θ sin θ + θ cos θ + ϕ& sinϕ .
&2 2
20 200
15 150
10 100
5 50
0 0
0.00 0.25 0.50 0.75 1.00 1.25 1.50 1.75 2.00 2.25 2.50 2.75 3.00 3.25
-5 -50
-10 -100
-15 -150
-20 -200
-25 -250
θ (rad / 2 π )
0.14
seguintes vetores:
a cos θ
uuuur 0.12
OG1 = a sin θ ,
s0
0
0.10
R cos θ − b sin ϕ
uuuur
= R sin θ + b cos ϕ ,
0.08
OG2
s0
0 0
0.06
0
uuuur
OG3 = R sin θ + L cos ϕ 0.04
s0
0
0.02
do mecanismo.
-0.02
(τ )
uur uuur
≡ Q 1;HG1 .
G1
O torsor da quantidade de movimento da manivela é definido por QM
1 1
I1 0
0 0
x 1x 1 0
uuur uuur
H G1 = IG1 ω 10 = 0 I1y 0 × 0
= 0 .
1 1 1y 1
S1 θ& 1
0 0 1
Iz z Iz1z1 θ&
1 1 S1
1
Atendendo a que o vetor momento cinético do corpo 1, H G 1
, só tem componentes
segundo a direção Z1, e atendendo a que os eixos Z0 e Z1 são paralelos entre si, verifica-se
uuur uuur
1
que H G = H G1 .
1 1
S0 S1
( )
uur uuur
O torsor da quantidade de movimento da biela é definido por (τ )
G2
QM 2
≡ Q 2 ;HG2 2 .
A quantidade de movimento é igual a
I2 0
0 0
x2 x2 0
uuuur uuur
H G2 = IG2 ω 20 = 0 Iy2 0 × 0 = 0
2 2 2y2
S2 ϕ& 2
0 0 2
Iz z I z 2 z 2 ϕ&
2 2 S 2
segundo a direção Z2, e atendendo a que os eixos Z0 e Z2 são paralelos entre si, verifica-se
uuuur uuuur
que H G2 = H G2 .
2 2
S0 S2
( ) ( )
uuur uuuur
τ QM
G3
≡ Q 3 ; H G3 .
3
3
uuur .r 0
uuur uuuu &
Q3 = m3 v G = m3 OG3 = m3 Rθ cos θ − Lϕ& sin ϕ .
3 0
S0 0
0.14
0.18
0.12 0.16
0.14
0.10
0.12
0.08
0.10
0.06
0.08
0.04 0.06
0.04
0.02
0.02
0.00
-0.06 -0.04 -0.02 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08
0.00
-0.06 -0.04 -0.02 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08
-0.02
-0.02
Q1 Q2
-0.04
-0.04
-0.06 -0.06
-0.08
-0.08
0.14
0.12
Q*2y
0.10
0.08
0.06
0.04
0.02
0.00
-0.08 -0.06 -0.04 -0.02 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.12
-0.02
-0.04
(τ ) ≡ (Q;H ) .
ur uuur
O
O torsor da quantidade de movimento do sistema é definido por QM O
S
0.4 20.0
0.2 10.0
0.0 0.0
0.00 0.25 0.50 0.75 1.00 1.25 1.50 1.75 2.00 2.25 2.50 2.75 3.00 3.25
-0.2 -10.0
-0.4 -20.0
-0.6 -30.0
θ (rad / 2 π )
uuur uuur uuuur uur 0 a cos θ −aθ& sin θ 0
HO1 = HG1 + OG1 × Q 1 = 0 + a sin θ × m1 aθ& cos θ = 0 ;
1
1 & 1
( )
S0
Iz1z1θ
0 0 Iz1z1 + m1a θ&
2
uuur uuuur uuuur uuur 0 R cos θ − b sin ϕ −Rθ& sin θ − bϕ& cos ϕ
HO2 = HG2 + OG2 × Q 2 = 0 + R sin θ + b cos ϕ × m2 Rθ& cos θ − bϕ& sin ϕ ,
2
S0 2
I ϕ& 0 0
z2 z2
0
uuur
HO2 = 0 ;
2
( ) ( − cos θ sin ϕ + sin θ cos ϕ )
S0
Iz2 z2 ϕ& + m2 R θ + m2 b ϕ& + m2 Rb θ& + ϕ&
2& 2
( ) ( )
uuur r
HO
S0 11 2 2
( )
= I1z z + m1a 2 + m2 R 2 θ& + Iz2 z + m2 b 2 ϕ& + m2 Rb θ& + ϕ& ( − cos θ sin ϕ + sin θ cos ϕ ) k
(τ )
G1
QA
1
(
r& 1 uuur
)
≡ Q ;K G1 . A quantidade de aceleração da manivela, corpo 1, é igual a,
0 1
.r 0
uuur uuuu
1
O momento dinâmico da manivela é igual a K G = HG1 = 0 .
1 1 0
S0 1 &&
Iz1z1θ
.r 0
uuur uuuu
O momento dinâmico da biela é igual a K G2 = HG2 = 0 .
2 2 0
S0 2
S0 Iz2 z2 ϕ&&
0
0 0
uur
K B2 = 0 + m2 0 + 0
S0 2 2
I ϕ
&&
z2z2
bR
θ&& ( − sin θ cos ϕ + cos θ sin ϕ ) − θ& 2
( sin θ sin ϕ + cos θ cos ϕ )
−b ϕ&&
{( I }
uur
)
r
K B2 = 2
− m2 b2 ϕ&& + m2 bR θ&&( − sin θ cos ϕ + cos θ sin ϕ ) − θ&2 ( sin θ sin ϕ + cos θ cos ϕ ) k
S0
z2 z2
( ) ( )
r& uuur
O torsor da quantidade de aceleração do corpo 3 é definido por τ QA
G3
≡ Q 3 ;K G3 .
3
3 0
.
0 0
r& uuur uuur &&
Q3 = m3 aG = m3 v G = m3 Rθ cos θ − Rθ&2 sin θ + m3 −Lϕ&& sin ϕ − Lϕ& 2 cos ϕ .
3 3 0
0 0 0
uuuur .r
uuuu ur
3
O momento dinâmico da biela é igual a K G = HG = 0 .
3
3 3 0
S
0.18
Quantidade de Aceleração do Corpo 1
0.16
OG1 OG2 OG3 OA Q*1 BM
0.14
0.14
0.12
0.12
0.10
0.10
0.08
0.08
0.06
Q*2x
0.06
0.04
0.04
0.02
Q*2y
0.02
0.00
-0.12 -0.10 -0.08 -0.06 -0.04 -0.02 0.00 0.02 0.04 0.06
-0.02 0.00
Q*1y -0.10 -0.08 -0.06 -0.04 -0.02 0.00 0.02 0.04 0.06
Q*1x
-0.04 -0.02
-0.06 -0.04
-0.08 -0.06
0.12
0.10
Q*2y
0.08
0.06
0.04
0.02
0.00
-0.08 -0.06 -0.04 -0.02 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.12
-0.02
-0.04
( )
τ QA
O
S0
( r&
≡ Q ;KO
0
uuur
) . A quantidade de aceleração do sistema é igual à soma das
Logo,
− aθ&& sin θ − aθ&2 cos θ −Rθ&& sin θ − Rθ&2 cos θ − bϕ&& cos ϕ + bϕ& 2 sin ϕ
r&
Q = m1 aθ&&cos θ − aθ&2 sin θ + m2 Rθ&& cos θ − Rθ&2 sin θ + − bϕ&& sin ϕ − bϕ& 2 cos ϕ
0S
0 0 0 0
0 0
+m3 Rθ&&cos θ − Rθ&2 sin θ + −Lϕ&& sin ϕ − Lϕ& 2 cos ϕ
0 0
10.0 20.0
5.0 10.0
0.0 0.0
0.00 0.25 0.50 0.75 1.00 1.25 1.50 1.75 2.00 2.25 2.50 2.75 3.00 3.25
-5.0 -10.0
-10.0 -20.0
-15.0 -30.0
θ (rad / 2 π )
0 R cos θ − b sin ϕ −Rθ&& sin θ − Rθ&2 cos θ −bϕ&& cos ϕ + bϕ& 2 sin ϕ
= 0 + R sin θ + b cos ϕ × m2 Rθ&&cos θ − Rθ&2 sin θ + −bϕ&& sin ϕ − bϕ& 2 cos ϕ
2
Iz2 z2 ϕ&&
0 0 0
uuur
K O2 = Iz2 z ϕ&& + m2R 2θ&& + m2 b 2ϕ&& +
S0
22
0 0 0 0
r
0 + R sin θ + L cos ϕ × m3 Rθ&&cos θ − Rθ& sin θ + −Lϕ&& sin ϕ − Lϕ& cos ϕ = 0
2 2
0 0 0 0
( ) ( )
uuur
KO = I1z z + m1a 2 + m2R 2 θ&& + Iz2 z + m2 b 2 ϕ&&+
S0 11 2 2
( )
+m2Rb θ&& + ϕ&& ( − cos θ sin ϕ + sin θ cos ϕ )
( )
r
+m2Rb θ&2 − ϕ& 2 ( − sin θ sin ϕ + cos θ cos ϕ ) k
N Q*x Q*y Q* Ko
kg m / s2 Nm
30.0 0.9
20.0 0.6
10.0 0.3
0.0 0.0
0.00 0.25 0.50 0.75 1.00 1.25 1.50 1.75 2.00 2.25 2.50 2.75 3.00 3.25
-10.0 -0.3
-20.0 -0.6
-30.0 -0.9
θ (rad / 2 π )
A energia cinética de um corpo sólido pode, no caso geral, ser decomposta em duas
componentes escalares: uma componente de translação, devida à velocidade de
translação do centro de massa, e uma de rotação, devida à velocidade de rotação em
torno do centro de massa, de acordo com o 3º Teorema de Koenig.
Usando este princípio podem-se determinar as energias cinéticas de cada um dos
corpos do sistema manivela – biela – êmbolo. A energia cinética total é igual à soma das
energias cinéticas de cada sólido.
T1 =
1
2 s s
1 T
m1 v G1 • v G1 + ω10
2 s1
1
× IG
1 s1
[ ]
× ω10
s1
I1 0 0 0
− a θ& sin θ − a θ& sin θ x1 x1
1
T =
1
2
& & 1
m1 a θ cos θ • a θ cos θ +
2
0 0 θ 0
&
{ } I1y y
1 1
0 0
I1z z θ
0 0 0 &
0
1 1
T1 =
1
2
1
m1 a 2 θ& 2 + I1z z θ& 2 =
2 11
1 1
I (
2 z1z1
)
+ m1 a 2 θ& 2
T2 =
1
2
1
m2 v G2 • v G2 + ω T [ ]
× I 2 × ω 20
2 20 G2
T2 =
1
2
[ ] 1
m2 R 2 θ& 2 + b 2 ϕ& 2 + 2 R b θ& ϕ& (sin θ cos ϕ − cos θ sin ϕ ) + I z2 z ϕ& 2
2 2 2
T3 =
1
2
1
m3 v G3 • v G3 + ω T [ ]
× I 3 × ω 30
2 30 G 3
Ix3 x 0 0 0
0 0 3 3
1 & & 1
T = m3 Rθ cos θ − Lϕ& sin ϕ • Rθ cos θ − Lϕ& sin ϕ + {0 0 0} 0
3
Iy33 y 3 0 0
2 2
0 0 0 0 Iz33 z3 0
T3 =
1
2
(
m3 R 2 θ& 2 cos 2 θ + L2 ϕ& 2 sin 2 ϕ − 2 R Lθ& ϕ& cos θ sin ϕ )
A energia cinética total é igual à soma das energias cinéticas de cada um dos
T = (
1 1
I
2 z1z1
)
1
2
[ 1
]
+ m1 a 2 θ& 2 + m2 R 2 θ& 2 + b 2 ϕ& 2 + 2 R b θ& ϕ& (sin θ cos ϕ − cos θ sin ϕ ) + I z2 z ϕ& 2 +
2 2 2
+
1
2
(
m3 R 2 θ& 2 cos 2 θ + L2 ϕ& 2 sin 2 ϕ − 2 R L θ& ϕ& cos θ sin ϕ )
A figura 25 mostra a variação da energia cinética de cada um dos corpos do
sistema, e da energia cinética total, em função da rotação da manivela.
T1 T2 T3 T
Joule
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0.0
0.00 0.25 0.50 0.75 1.00 1.25 1.50 1.75 2.00 2.25 2.50 2.75 3.00 3.25
θ (rad / 2 π )
Z0
A 1
Z3
Z1 Z2
2
K
O C X1 ≡ X2
G
CG3 = b
θ , θ& = const.
X3
M G3
B ϕ , ϕ& , ϕ&&
3
a r(t)
Corpo 1: um braço em forma de T, de massa m1, que roda em torno do eixo vertical Z0
com velocidade angular θ& constante, acionado pelo Momento Motor Mm conhecido;
Corpo 2: um cursor de massa m2, que translada ao longo do braço OC, estando ligado ao
ponto O por uma mola de rigidez K;
Corpo 3: um braço de massa m3, articulado em C com o corpo 2, e que roda em torno do
eixo Y2 com velocidade angular ϕ& e aceleração angular ϕ&& .
Suponha que todas as ligações são perfeitas. Quando o sistema está em repouso a
deformação da mola é nula e r(t) = 0.
(
matrizes de inércia em relação a eixos principais centrais de inércia I X3 3 X 3 = I Z3 3 Z 3 . )
Determinar o torsor das quantidades de aceleração do corpo 3 no seu centro de
massa e a energia cinética do corpo 3.
r& uuur
(τ ) G3
QA 3 ≡ Q 3 , K G33
0
r& uuur
A Quantidade de Aceleração é definida por Q 3 = m3 aG3 .
0 S1 S1
a + r ( t ) b senϕ
uuuur uuur uuuur uuuur
é igual a OG3 S1 = OC S1 + CG3 S1 ⇔ OG3 = 0 + 0
0 −b cos ϕ
S1
uur uuuu
. r uuuu
. r
r uuuur
igual a vG3 = OG3 = OG3 + ω10 × OG3 .
S0 S1
0
uuur
Atendendo à definição de ω10 = 0 , θ& = const. , obtém-se que ( )
θ&
uuur uur
. uur
.
r uur
igual a aG3 = vG3 = vG3 + ω10 × vG3 ,
S0 S1
b (ϕ senϕ + ϕ cos ϕ )
&& &2 b ϕ& senϕ
uuur uuuu
. r
K G33 = H G33 .
S1
0 S1
uuuur r
O momento cinético é, por sua vez, definido como H G3 = I G33 × ω30 S3
S3 S3
I x33 0 0
A matriz de inércia do corpo 3 é dada por I G33 = 0 I y33 0 .
S3
0 0 I z33
Logo
I x33 0 0 θ& senϕ I x33 θ& senϕ
uuuur r 3
H G3 = I G33 × ω30 S3
= 0 I y33 0 × −ϕ& = − I y3 ϕ& .
S3 S3
0
0 I z33 θ& cos ϕ I z33 θ& cos ϕ
uuuur
O vetor H G3 está expresso no sistema de eixos S3 pelo que deve ser convertido
S3
uuuur uuuur
cos ϕ
3
(
0 − senϕ I x33 θ& senϕ I x3 − I z3 θ senϕ cos ϕ
3 &
)
3
H G3 = [T31 ] × H G3 = 0 1 0 × − I y33 ϕ& = − I y3 ϕ& ,
S1 S3
senϕ 0 cos ϕ I z3 θ cos ϕ ( )
3 &
I x3 sen ϕ + I z3 cos ϕ θ
3 2 3 2 &
0
uuuur 3
H G3 = − I y3 ϕ& , já que I X3 3 = I Z3 3 .
S1
I 3 θ&
z3
uuur uuuu
. r
0 0 0
uuur uuuu
. r
uuur uuuu
. r
r uuuur 3 3
K G33 = H G33 ⇔ K G3 = H G33 + ω10 × H G3 = − I y3 ϕ&& + 0 × − I y3 ϕ& ,
θ& 3 &
S1 S1
0 S1 1 S1
0 I z3θ
− I y33θ& ϕ&
uuur
K G3 = − I y33 ϕ&&
0
S1
2
b ϕ& senϕ b ϕ& senϕ
,
I x33 0 0 θ& senϕ
+
1 &
2
{
θ senϕ −ϕ& θ& cos ϕ × 0 } I y33 0 × −ϕ&
3 θ& cos ϕ
0 0 I z3
T3 =
1
2
{
m3 r& ( t ) + b ϕ& cos ϕ + a + r ( t ) + b senϕ θ& 2 + ( b ϕ& senϕ )
2 2 2
}
,
+
2
(
1 3 &2
I x3θ sen 2ϕ − I y33 ϕ& 2 + I z33θ& 2 cos 2 ϕ )
T3 =
1
2
{ } (
& ϕ& cos ϕ + a + r ( t ) + b senϕ θ& 2 + I x33θ& 2 − I y33ϕ& 2 .
m3 r& 2 + b 2 ϕ& 2 cos ϕ + 2rb
2
)
8 PROBLEMAS PROPOSTOS
Problema CM1
Y1 Y2
l
2
r B
1 G2
C θ X1 X2
ϕ h
R
A D
O disco representado na figura rola sem escorregar sobre o plano horizontal estando
articulado em B com um retângulo.
uur
m1 = 25 kg; m2 = 30 kg; v C = -1 i m/s; θ = π/2
r = 1.5 m; R = 2 m; l = 7 m; h = 2m.
Problema CM2
y0
y2 , y1 1
OG1 = a ;
x0
O
x1
OB = l;
θ
l x2
2
A ≡ G2 ≡ G3 G1
B
A
Corpo 2 - um cursor, que se desloca ao longo do corpo 1, e está articulado com o corpo 3
no ponto A;
Corpo 3 - um outro cursor, articulado com o corpo 2 no ponto A, que desliza ao longo de
um guiamento exterior horizontal, e está ligado ao exterior por um conjunto
mola - amortecedor.
Problema CM3
Z0 ≡ Z1
Z2 2
1
Y2
G
. .. l
s,s,s ϕ = constante
O
Y1
. ..
θ ,θ ,θ
corpo 1 - uma manga que pode transladar ao longo do eixo Z1 com velocidade s& e
aceleração s&& , e rodar em torno do mesmo eixo com velocidade angular θ& e
Problema CM4
zz 2 zz 3 zz 00 z 11
φ
X1
A
G
R
X3
Y3 φ
O
Y2 Y1
θ
Corpo 1 - uma base circular que roda em torno do eixo vertical Z1 com velocidade
Corpo 2 - uma casca semiesférica que roda em torno do eixo y1 relativamente à base com
velocidade angular ϕ& e aceleração angular ϕ&& .
Problema CM5
Determine:
Problema CM6
d
O
Corpo 2 - Um braço em forma de T, de
G2 X1
d
massa m2, que sob a ação do momento
O corpo 2 está ligado ao corpo 1 pelos apoios C e D (o apoio C não absorve esforços axiais).
Determine:
Problema CM7
AG2 = BG2 = l ; OE = R ; EB = b .
2
M2
A y2 ϕ
y1
G2 b z1’≡ z2
y1 ’ y1 ≡ y1 ’
B A M2
E y2
ϕ B x1 ’
y0
y0 θ
G2 C
x1’
z1 θ D
O
R
x2 z0
θ x1 ≡ x0
O
z0
Corpo 1 – Um braço de suporte, com massa e inércia desprezáveis, que roda em torno do
eixo X1 com velocidade angular θ& e aceleração angular θ&& , acionado pelo
momento motor M1;
Determine:
Problema CM8
r(t)
a
M1
θ(t)
x1
O
G1
1 3
2
y1
G2 x1
G3
M2,ϕ(t)
Corpo 1 – Um braço de massa m1, que roda em torno do ponto eixo Z com velocidade
angular θ& e aceleração angular θ&& , acionado pelo momento motor M1;
Corpo 3 – Um disco de massa m3, que roda relativamente ao corpo 2 com velocidade
angular ϕ& e aceleração angular ϕ&& , acionado pelo momento motor M2;
Determine:
ÍNDICE:
1 INTRODUÇÃO 67
3 MASSA E INÉRCIA 68
9 FORÇAS E MOMENTOS 77
9.1 Força Normal e Força Tangencial – Atrito de Coulomb 78
9.2 Força Tangencial – Atrito de Rolamento 79
9.3 Forças e Momentos Elásticos 79
9.4 Forças e Momentos Dissipativos 80
10 APLICAÇÕES 82
10.1 Movimento Retilíneo 82
10.2 Movimento Circular 85
10.2.1 Solução analítica da equação de movimento 86
10.2.2 Aplicação numérica 88
10.3 Movimento Sobre Um Referencial Móvel 90
10.4 Pêndulo Cónico 92
1 INTRODUÇÃO
( ) (ou simplesmente τ ( )
uuur uuuuuur ur uuur
num dado polo G, τ FE
G
≡ FExt , MExt G G
FE ≡ F , MG );
matriz de inércia, [ Ι G ] ;
ur ur. uur
sólido, CACG ≡ ω, ω , aG .
0
3 MASSA E INÉRCIA
sistema material.
Na realidade, a experiência mostra que forças diferentes, atuando sobre um mesmo
corpo, produzem acelerações diferentes, mas proporcionais às forças que as provocaram,
isto é,
uur uur ur
F1 F2 F
uur = uur = ... = r =m
a1 a2 a
"Se sobre um ponto material não atua qualquer força, o ponto continua em
repouso ou em movimento retilíneo e uniforme",
ur r r uuuuuuuuur
F =0 m v = c onstante .
O primeiro princípio implica que um ponto material tem inércia, isto é, resiste a
que mude o seu movimento. Para que a velocidade varie, em direção, sentido ou
intensidade, é necessário que sobre ele atue uma força.
"Se sobre um ponto material atua uma força, o ponto adquire aceleração. A
direção e sentido são os da própria força. A grandeza é diretamente proporcional a
esta e inversamente proporcional à massa do ponto",
ur ur.
ur r F = q
(1) F =ma 0 ;
, isto é
O segundo princípio é quantitativo. Diz-nos qual deve ser a força capaz de produzir
uma dada aceleração. E afirma que o ponto, através da sua massa, influi na alteração do
seu próprio movimento.
"Entre dois quaisquer pontos materiais existem ações mútuas tais que a ação
de um sobre o outro é igual, colinear e oposta à deste sobre aquele",
uuur uuur
F12 = −F21 ;
"O efeito de duas ou mais forças que atuam simultaneamente sobre o mesmo
ponto material é igual ao efeito que produziria a sua resultante".
Com o quarto princípio, é possível estudar a ação de sistemas de forças, em vez de
uma força isolada.
Repare-se, em boa verdade, dos três princípios de Newton apenas o segundo
deveria ser considerado, já que qualquer dos outros dois é corolário deste. Com efeito, se
nenhuma força atua num ponto material, de acordo com o segundo princípio será nula a
respetiva aceleração.
( )
ur r r r d r r r uuuuuur
F = 0 ma = 0 ⇔ m v = 0 m v = Const.
dt
Mas isso equivale a dizer que a respetiva velocidade é constante, o que significa
que o ponto está em movimento uniforme (ou, em particular, em repouso). E isso é o
conteúdo do primeiro princípio.
Quanto ao terceiro princípio, considere-se um sistema isolado constituído por
apenas dois pontos materiais e sobre o qual não atua qualquer força exterior, como se
mostra na figura 1.
P 1’
uuuur
a,P1 uuuur
uuur a,P 2
aP1
P1
uuur P 2’
aP 2
P2
Figura 1 – Sistema material isolado constituído por 2 pontos materiais e sobre o qual não
atua qualquer força exterior.
Se o sistema está isolado, e não estão aplicadas quaisquer forças exteriores, então
a respetiva "quantidade de aceleração" (soma dos produtos da massa pela aceleração de
cada ponto) será igual a zero. Isto é,
ur ur.
(2) F =q
0
F x = &q x Fx = m a x
0
FY = &q y 0
⇔ FY = m a y
F Z = &q z 0 FZ = m a z
r
q
r P
hO
ur uur
Usando agora a expressão (1), Equação Fundamental da Dinâmica F = m aP , e
uuur
multiplicando ambos os membros pelo vetor OP , determina-se que
uuur ur uuur uur
OP × F = OP × m ap
logo
uuur uur
(4) MO = kO ,
MOx = kOx
MOy = kOy
M = k
Oz Oz
( )
ur uur ur uur uur uuur uur
τ QM
O
≡ q;hO , q = m vP hO = OP × m v P .
(
r uur
)
uur uur uuur uur
τ QA
O
≡ &q ;kO , &qr = m a kO = OP × m aP .
P
0 0
( )
uur uuur uur
F e ; Me = &qr ;k ,
(9) O O
0
isto é, a igualdade entre os vetores principais e os vetores momentos desses dois torsores,
define as seguintes duas equações vetoriais
uur r uuur uur
(10) F e = q& e MOe = kO ,
0
Supondo que sobre o ponto material, para além das forças exteriores cuja
uur
resultante é F e , atua uma outra força fictícia
uur r r
(5) F j = −&q = −ma
0
uur
Esta força fictícia F j (5) é designada por força de inércia e a sua consideração
permite, como se vê, a abordagem dos problemas de Dinâmica do mesmo modo dos de
Estática. Supõe-se o ponto material em equilíbrio sob a ação de um sistema global de
forças, em que se consideram as forças reais e as forças de inércia. Este modo de estudar
os problemas de Dinâmica corresponde à aplicação do chamado Princípio de D' Alembert
(assim designado em homenagem ao matemático que o formulou).
uur r r
j &
De modo análogo à definição de força de inércia, F = − q 0 = −ma , também se
obtém-se que
uuur uuur ur
(8) MOe + MOj = 0 .
( )
uur uuur r uur
τ FJ
O
= −τ QA
O
F j ; MOj = − &q ; − kO
0
uur r = OP
Fj
ar = r ω 2
uur P
ar F j = m ar = m r ω 2
O
ur
ω
ur r
A partir da Equação Fundamental da Dinâmica F = m a e sabendo que nenhuma
Isso implica que, se nenhuma força "real" atuar sobre o corpo, também nenhuma
"força de inércia" atuará. A aceleração absoluta é sempre igual à aceleração relativa
(única diretamente mensurável no referencial móvel). Deste modo, a Equação
Fundamental da Dinâmica terá, nesse referencial, o mesmo significado que teria num
referencial absoluto.
9 FORÇAS E MOMENTOS
r ur
n N ur
T
P (m)
Y
Trata-se de um caso típico em que as forças são aplicadas pelo contacto entre o
ponto material e a guia curvilínea. Admitindo que o atrito entre o ponto material e a
trajetória obedece à lei de Coulomb e que o coeficiente de atrito µ é conhecido, então
uur
ur r Vp
(11) T = T t = − µ N uur
Vp
ω
X
A
ur
T ur
N
Admitindo que o atrito entre o disco e o plano obedece à lei de Coulomb e que o
coeficiente de atrito µ é conhecido, então a condição de não escorregamento estabelece
que
ur r r
(12) T = T t ≤ −µ N t
esta reage com uma força em sentido contrário ao deslocamento imposto, definida por,
uuuuuur uuur r r
F mola = F K = −k ∆l i = −k x i .
uuuuuuuuuuuur uuur r r
(13) F mola linear = F K = −k ( ∆l + ∆l 0 ) i = −k ( x + x 0 ) i
K
X
ℓ0
K
X
F
ℓ0 ∆ℓ
ℓ1
No caso de se tratar de uma mola de torção, de rigidez torsional linear Kα, quando
sofre uma rotação elástica ∆α = θ , na direção da própria mola, reage com um momento
em sentido contrário à rotação, definido por,
uuuuuuuuuuuuuuuur uuuur r r
(14) Mmola de torção = MKα = −kα ( ∆α + ∆α 0 ) k = −kα (θ + θ 0 ) k
.
C x
X
F
Quando o dissipador viscoso é acionado com uma velocidade linear x& , na sua própria
direção, reage com uma força em sentido contrário à velocidade definida por,
uuuuuuuuuuur uuur
dx r .r
(15) F dissipador = F C = − C i = −C x i
dt
uuuuuuuuuuur uuuur
dθ r .r
(16) Mdissipador = MCα = − Cα k = − Cα θ k
dt
10 APLICAÇÕES
x
α
x
Κ Κ
G G ..
mx
x
mg α α
Tem de se considerar o peso próprio (mg), a força normal de contacto (N) e a força
da mola [k(x + x0)]. Nesta força da mola, o parâmetro x0 é o valor do parâmetro x que
corresponde à deformação da mola quando o sistema está em repouso. Considera-se ainda
que a força dessa mola é diretamente proporcional à deformação (o que pressupõe que se
trata de apenas pequenas deformações).
A quantidade de aceleração é igual a m&&x , já que se trata de um sólido animado de
movimento de translação.
uur r
F e = &q
A equação fundamental da dinâmica 0, estabelece que,
uuuuuur r ur r
F mola + m g + N = &q , isto é
0
( )
−k x + x + m g sin α = m x&&
0
N − m g cos α = 0
N = m g cos α
m x&& + k x = m g sin α − k x
0
e logo
m g sin α
x0 =
k
Substituindo na equação diferencial de movimento obtém-se
N = m g cosα
(17) &&
m x + k x = 0
x& (t ) = − X ω sin (ω t + φ )
x&&(t ) = − X ω 2 cos (ω t + φ )
onde
2
V
X = X + 0
2
ω
0
V0
ϕ = arctg
ω X0
K
ω=
m
onde x (t ), x& (t ) e x
&&(t ) representam, respetivamente, o deslocamento, a velocidade e a
1.00 30.0
0.50 15.0
0.00 0.0
.00 .03 .06 .09 .12 .15 .18 .21 .24 .27 .30 .33 .36 .39 .42 .45 .48 .51 .54 .57 .60 .63 .66 .69 .72 .75 .78 .81 .84 .87 .90 .93 .96 .99
-0.50 -15.0
-1.00 -30.0
-1.50 -45.0
Tempo
A figura 11 mostra uma pequena corrediça que se move, com atrito de coeficiente
µ, sobre uma guia circular de raio R, contida num plano vertical. Essa corrediça parte do
repouso, de uma posição definida por θ0.
O
θ X
R
Y Y
t t O
O
θ n R X θ n R X
µN N m r θ& 2
m m r θ&&
Figura 12 - Diagrama de corpo livre: forças exteriores e quantidade de aceleração.
uur r
A equação fundamental da dinâmica F e
= m a , projetada nas direções tangencial
e normal (radial) permite escrever a seguinte igualdade vetorial,
µ N − m g cos θ − m r θ&&
2
N − m g sin θ = m r θ& ,
0 0
µ N − m g cosθ = − m R θ&&
&2 .
N − m g sinθ = m R θ
(
N = m R θ& 2 + g sin θ . )
e substituindo N na 1ª expressão obtém-se a equação diferencial do movimento:
( )
µ m R θ& 2 + m g sin θ − m g cosθ = − m R θ&&
( )
m R θ&& + µ θ& 2 = m g (cos θ − µ sin θ )
g
(18) θ&& + µ θ& 2 = (cos θ − µ sin θ )
R
du = 2 θ& dθ& ,
du g
(19)
dθ
+2 µ u = 2
R
( cosθ − µ sinθ )
du
+ 2 µ u = 0.
dθ
du
Separando as variáveis =− 2 µ d θ e integrando, obter-se-á
u
u
ln = − 2 µ (θ − θ0 )
uo
− 2 µ (θ − θ0 )
(20) uq = u0 e
g
− A sin θ + B cos θ + 2 µ A cos θ + 2 µ B sin θ = 2
R
( cos θ − µ sin θ )
Para esta condição ser sempre verdadeira, os termos em cosθ e sinθ devem ser
independentes. Logo
g
sin θ → − A sin θ + 2 µ B sin θ = 2
R
( − µ sin θ )
g
cos θ → B cos θ + 2 µ A cos θ = 2 ( cos θ )
R
g
− A + 2 µ B = − 2 R µ
2 µ A + B = 2 g
R
3µ g
A = 1 + 4 µ2 . 2 R
(22) 1 − 2 µ2 g
B = .2
1+ 4 µ 2
R
Finalmente, somando a solução particular (20) com a solução sem segundo membro
(21), obtém-se o integral da equação completa
u = uq + u p
− 2 µ (θ − θ 0 ) 3 µ g 1− 2 µ2 g
(23) u = u0 e + 2 cos θ + 2 sin θ
1 + 4 µ2
1+ 4 µ
2
R R
t = 0 θ = θ0 e θ&0 = 0 ,
e logo,
3µ g 1− 2 µ2 g
(24) u0 = − 2 cos θ − 2 sin θ 0
1 + 4 µ2 R 0 R
1+ 4 µ
2
3µ g 1− 2 µ2 g − 2 µ (θ − θ0 )
u = θ& 2 = − 2 cos θ − 2 sin θ 0 e
2 0
1 + 4 µ 1+ 4 µ
R 2
R
3 µ g 1− 2 µ2 g
+ 2 cos θ + 2 sin θ
1 + 4 µ2 1+ 4 µ2 R
R
g
(27) θ&& = − µ u + (cos θ − µ sin θ )
R
Para obter a lei de variação de θ com o tempo, seria ainda necessário integrar a
equação diferencial (26).
Y
rad/s rad/s2
6.0 30.0
5.0 20.0
4.0 10.0
3.0 0.0
2.0 -10.0
1.0 -20.0
0.0 -30.0
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135
teta (º)
Newton
80.0
60.0
40.0
20.0
0.0
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135
-20.0
-40.0
-60.0
teta (º)
Newton
140
120
100
80
60
40
20
0
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135
teta (º)
A
• P
A Corte A A
θ&
s
Z0 ≡ Z1 Z0 ≡ Z1
OP = S Y1 OP = S
Y1
V
O & &&
S,S,S O & &&
S,S,S mS θ&&
H
m S θ&2
µH P m S&&
X1 P
2 m S& θ& X1
θ ,θ&,θ&& mg θ ,θ&,θ&&
uur −µH
r r r uuuuuu r
(28) Fe = mg + V + H + F atrito
= H
S1
V − mg
r uu•r
m a S = m vP
1 S0
s
uuur
OP = 0
S1
0
• • s& 0 s s&
uur uuu r uuur uuur uuur &
v P = OP = OP + ω10 x OP = 0 + 0 x 0 = s θ
S0 S1
0 θ& 0 0
&&
s 0 s& s − s θ&2
&&
uur uu•r uu•r uuur uur &&
aP = v P = v P + ω10 x v P = s& θ& + s θ&& + 0 x s θ& = s θ + 2 s& θ&
S0 S1
0 θ& 0 0
&&s − s θ& 2
0
− µ H = m s&& − s θ& 2( )
(30) H = m s θ&& + 2 m s& θ&
V − mg = 0
(
− µ m s θ&& + 2 m s& θ& = m && )
s − s θ&2 ( )
(32) (
s + 2 µ θ& s& + µ θ&& − θ&2 s = 0
&& )
que admite como solução geral
− µ θ& ± µ 2 θ&2 − µ θ&& + θ&2 t
s = s0 e
.
Dado que s deverá "crescer" com o tempo t, deve-se optar pela raiz positiva, isto é
2
(
− µ θ& + θ& 1 + µ
2
) − µ θ&& t
(33) s = s0 e
z O
z1
ϕ
l
θ
•
Ρ
m
x1
Figura 17 - Pêndulo cónico.
Z0 ≡ Z1
Z2
O AP = l
ϕ ,ϕ& ,ϕ&&
ur.
Q
ur
N
A X2
Y0
θ ,θ&,θ&& P
X0 X1
r
mg
r uu•r
m aP S2
= m vP
S0
S2
0
OP = 0
S2
− l
.r .r 0 θ& sin ϕ 0 lϕ&
uur uuu uuu uuur uuur
vP = OP = OP + ω20 × OP = 0 + −ϕ& × 0 = lθ& sin ϕ
S2 S0 S2 S2 S2
0 θ& cos ϕ − l 0
S2 S2
(
− m g sin φ = m l φ&& − l θ&2 sin φ cos φ )
(
(36-a,b,c) 0 = m l θ&& sin φ + 2 l θ& φ& cos φ )
(
N − m g cos φ = m l φ&2 + l θ&2 sin 2 φ )
Da equação (36 - b) resulta
g
(38) ϕ&& = θ&2 cos ϕ − sin ϕ
l
(39) (
N = m l ϕ& 2 + l θ& 2 sin 2 ϕ + g cos ϕ )
(− m ar tr r
e − mac . )
Analise-se, com algum pormenor, cada uma destas componentes.
r
11.1 Forças gravitacionais A
Atendendo a que estas forças variam na razão inversa do quadrado das distâncias,
só deveremos considerar, para um ponto colocado sobre a superfície da Terra, as forças
gravitacionais devidas à ação desta, da Lua e do Sol.
Atração da Terra
MT m
(41) AT = G = g0 m
RT2
MT
(42) g0 = G
RT2
Atração da Lua
ML 1
(43) AL = G m ≅ g m
L 2
1
80 x 60 2 0
ML
(44) gL = G 2
≅ 3.47 x 10 −6 g0
L 2
Atração do Sol
Sendo a massa do Sol cerca de 330 000 vezes a da Terra e a distância média do Sol
à Terra, cerca de 23 000 raios terrestres, a atração do Sol sobre um corpo à superfície da
Terra corresponderá uma aceleração da gravidade solar
Ms
(45) gs = G ≅ 6.2 x 10 − 4 g0
L2s
Comparando estes valores podemos concluir que, para fins práticos de Engenharia,
é lícito desprezar a ação dos campos gravitacionais criados pela Lua e pelo Sol. Restará,
portanto, como força de gravidade a considerar na expressão (36), apenas a devida à
Terra, ou seja
r r
(46) A = m go
2 2
mω r cos λ N
N
mω
2
r cos λ Ρ r cos λ
Ρ
r
λ
m ω 2 r sin λ cos λ C C
S
S
Esta força de inércia, perpendicular ao eixo da Terra, pode ser decomposta nas
direções da vertical do lugar e da tangente ao meridiano, dando origem às duas
componentes representadas na figura 19.
Como consequência da existência desta força de inércia de transporte verifica-se
que:
• o ponto material de massa m colocado em P é solicitado por uma força de
inércia que se opõe à de atração gravítica. Tudo se passa então como se
aceleração de gravidade (38) viesse diminuída de uma parcela variável com a
latitude.
(47) g = g0 − ω2 r cos2 λ
• o ponto é ainda solicitado por uma força de inércia horizontal, que tende a
"deslocá-lo" para o Equador (para Sul, no hemisfério Norte, conforme revê na
figura 19).
Queda livre
Nestes movimentos, como se mostra na figura 20, o ponto material será sempre
deslocado para "ESTE", qualquer que seja a latitude (N ou S).
r
r ω tr N
vr N
Ρ
Ρ r r r
ar c Fi = 2 m ω tr x v r
λ
C C
S
S
Considere-se um referencial PX1Y1Z1 tal que o plano OX1Z1 seja horizontal, sendo o
eixo Z1 tangente ao meridiano do lugar, como se mostra na figura 21.
O vetor rotação da Terra terá, nesse referencial, apenas duas componentes,
direção de Z1.
A força de inércia complementar pode então decompor-se em duas parcelas,
correspondentes a essas duas componentes de ωT. Como se mostra na figura 22, tem-se
r r r r r r r
(49) Fi c = − 2 m ω H × v r − 2 m ωV × v r = Fi cV + Fi cH
r z1
ωT
y1 λ
ω cos λ = ω H
Ρ Ρ
x1
ω v = ω sin λ
λ
z1 r r r
− 2 m ω v ∧ v r = F ci H
r
ωH r rc
vr r
F i H = 2 m ω sin λ v
x1 x1
r
ωv
11.3 Conclusão
Da análise feita nos parágrafos 12.1 e 12.2 resulta que, nas aplicações correntes em
engenharia, a Equação Fundamental da Dinâmica tomará, sobre a Terra, a forma seguinte:
r r r
(50) F +A = ma
Sendo:
r
F → Soma de todas as forças reais diretamente aplicadas;
12 PROBLEMAS PROPOSTOS
Problema DPM1
Z1≡Z0
Y1
2
P
1
θ&
Problema DPM2
y 1= y 0
y2
AB = a
D
C BP = s
Z1 // Z2
s,s
θ = const.
x2
A z2
B x1
z1 ϕ
constante θ& .
ÍNDICE:
uur
mk ak - Quantidade de aceleração de Pk (2)
uur uur
Fk = mk ak (3)
uur
Fk é a resultante de todas as forças que atuam no ponto Pk . Inclui, assim, forças
exteriores e interiores ao sistema material.
De acordo com (3), tem-se que
uuur uuur uur uur uur
Fkext + Fkint = Fke + Fki = mk ak (4)
Se esta igualdade se verifica para todos os pontos Pk , poderemos dizer que o sistema
de forças exteriores mais o sistema de forças interiores iguala o sistema de vetores a que
chamamos quantidades de aceleração.
Como as forças interiores, de acordo com a 3ª lei de Newton, são iguais e opostas
duas a duas, o sistema de forças interiores é equivalente a zero, isto é,
n uuur ur n uuuur ur
F
k =1
k
in t
= 0 M
k =1
int
OK
= 0
e .
Como consequência das equações (5) e (6) obtemos as seguintes equações vetoriais,
válidas para um sistema de pontos materiais
Estas são as chamadas Equações do Movimento. Nelas não está, por ora, contida
qualquer restrição referente ao sistema material. De facto, são válidas quer este seja ou
não um sistema rígido, um sistema formado por vários subsistemas rígidos considerados no
seu conjunto, ou pura e simplesmente um sistema de pontos materiais discretos cujas
distâncias entre si variam no tempo. Os segundos membros das equações (7) e (8)
representam, respetivamente, o Vetor Principal e o Vetor Momento em O do sistema de
vetores quantidade de aceleração. Foi visto em capítulos anteriores, que, ao primeiro se
chamou Quantidade de Aceleração do sistema material, o qual é sempre definido por
n uur uur
k =1
m k ak = M aG (9)
uur
sendo ak a aceleração do centro de gravidade do sistema material e M a sua massa total.
Substituindo as expressões (9) e (10) nas equações de movimento (7) e (8) obtém-se
"Em qualquer sistema material, rígido ou não, o centro de massa move-se como um
ponto isolado, de massa igual à massa total do sistema, e atuado por uma força
igual à soma vetorial de todas as forças exteriores aplicadas".
Verifica-se, a partir da relação (11) que, se um sistema de forças que atue num
sistema material tem vetor principal não nulo (há desequilíbrio de forças), o centro da
massa adquire movimento acelerado.
Se o movimento real do sistema material for uma rotação em torno de um eixo que
contém G, o momento dinâmico em G não será nulo, mas sê-lo-á a quantidade de
(a )
uur r
aceleração G
= 0 . Estaríamos então num caso em que haveria equilíbrio de forças
Num caso mais geral, as equações (11) e (13) não terão segundos membros nulos,
podendo então interpretar-se o movimento do sistema material como sendo a soma de dois
movimentos:
Note-se que a equação (8) é válida qualquer que seja o ponto O utilizado. Para
efeitos de cálculo não necessitamos de utilizar obrigatoriamente o ponto G. O momento
uur
dinâmico K O pode calcular-se por derivação em ordem ao tempo do vetor momento
uur
cinético HO . Considere-se o caso mais geral de O ser um ponto móvel. Então:
uur n uuuur uur
HO = OP K
× mk v k
k =1 (14)
•
( )
uur n uur uur uur uuuur
n uur
HO =
k =1
v k − v O × mk v k + K k k
OP
k =1
× m a
0 (15)
•
uur uur n uur
HO = −v O × mk v k (16)
0 k =1
•
uur uur uur uur
HO = −v O × Mv G + K O (17)
0
•
uur r uur uur uuur uur
a) vO = 0 ou v O / /v G MO = H O (19)
0
•
uuuur uur
b) 0 ≡G MG = H G
ext
(20)
0
toma a forma de uma equação de equilíbrio de forças, na aceção em que esse conceito
apareceu na Estática. É nula a soma de todas as forças que atuam no ponto material
uur uur r
Fe + F j = 0 (22)
Este princípio de D'Alembert pode ser transposto para a dinâmica dos sistemas
materiais, não esquecendo que terão de considerar-se as "forças de inércia" e "os
momentos das forças de inércia", respetivamente iguais (mas de sinais contrários) aos
vetores quantidades de aceleração e momento dinâmico.
As equações fundamentais da dinâmica (11) e (12) tomarão assim a forma de
equações de "equilíbrio dinâmico":
uuur uur uuur uur ur
F ext = M aG F ext − M aG = 0
. (11)
uuuur uur uuuur uur ur
MOext = K O MOext − K O = 0
. (12)
uuuuuur uur uuuuuur uur
F inércia = − M aG MOinércia = −K O
Fazendo, , , obtém-se
uuuur uuuuuur r
F ext + F inércia = 0 (23)
uuuur uuuuuuur r
MOext + MOinércia = 0
(24)
0 v Gx
( )
uuur uuur
τ VC
i
≡ ωi 0 ; v Gi 0 = 0 ; v Gx ;
ω 0
•
0 0 a
uuur uuu r uuur Gx
CAC i ≡ ωi 0 ; ωi 0 ; aGi 0 = 0 ; 0 ; aGx .
0
ω ω& 0
•
uur uur
τ i
≡ Q ; K Gi
i
QA
0
•
uur aGx
Q = m aGx
i
0
0
• •
− P ω − P ω + PYZ ω 2
uur uur•
XZ
0 −PXZ ω XZ
uuur uur •
•
K G = HG + ωi 0 × HG = −PYZ ω + 0 × −PYZ ω = −PYZ ω + PXZ ω 2
i i i
i
• ω I ω •
IZZ ω ZZ IZZ ω
Fxext aGx
uuuur uur ext
F ext = M aG ⇔ Fy = m aGx
F ext 0
z
•
M
ext − PXZ ω + PYZ ω 2
uuuur uur
Gx
•
MGext = K Gi ⇔ YZ + PXZ ω
= − ω
ext 2
MGy
P
ext •
MGz IZZ ω
Fxext = m aGx
Fyext = m aGy
(25)
F z
ext
=0
•
ext
MGx = − PXZ ω + PYZ ω 2
•
ext
MGy = − PYZ ω + PXZ ω 2
(26)
•
ext
MGz = IZZ ω
Fxext = m aGx
(27)
Fyext = m aGy
(28)
•
ext
MGz = IZZ ω (29)
Este 2º caminho é o mais utilizado, até porque é o único possível quando o número de
incógnitas é superior a 3 (tal é o número de equações disponíveis numa análise de
equilíbrio plano).
A maioria das aplicações em engenharia trata de corpos rígidos que se movem sob
determinados vínculos (rotação em torno de eixos fixos, rolamentos sem escorregamento,
guiamentos, entre outros). A solução destes problemas exige uma análise cinemática
prévia, após o que não introduzem particulares problemas na sua solução como iremos ver
em alguns exemplos.
y1
C
B l θ
s • G O
l x1
Desprezada a massa das barras AO e BC, as forças que atuam em A e B terão de ter a
direção das próprias barras. A figura 2 mostra o diagrama de corpo livre do sistema,
estando representadas as forças exteriores e a quantidade de aceleração da placa.
B•
l θ&& RB
•
Mg l θ& 2
A• RA
lθ&2
uur
M aG = M − lθ&&
S1
0
− l
uuur
OA =0
S1
0
0 0 − l 0
uur uuu•r uuu•r r uuur
v A = OA = OA + ω10 x OA = 0 + 0 x 0 = − l θ&
0 1
0 θ& 0 0
0 0 0 l θ& 2
uur uur• uur• r uur
a A = v A = v A + ω10 x v A = − l θ&& + 0 x − l θ& = − l θ&&
0 1
0 θ& 0 0
Logo,
l θ&2
r r uur uur uur
ωplaca = 0 e aA = aB = aG = − l θ&&
0
R A + R B − M g sin θ = M l θ&2
uuuur uur
F ext = M aG
(31)
− M g cos θ = − M l θ
&&
uuuur 0
1
MGext = 0
2
s cosθ ( RA − RB )
S1
uur uur•
K G = HG
0
uuur r r r r
HG S = IG .ωplaca = 0 → ωplaca = 0
1
uur uur• r
KG = HG =0
S1 0
S1
uuuur uur s s
MGext = K G R A cos θ − R B cos θ = 0 (32)
2 2
&& g
θ = l
cos θ
R A + R B - M g sin θ = M l θ&2
R = RB
A (33 – a, b, c)
g
θ& dθ& = cos θ dθ
l
1 &2 g
θ = sin θ + Const .
2 l
logo
Const . = 0
pelo que
g
θ& 2 = 2 sin θ (34)
l
1
RA = RB = ( 2M g sinθ + M g sinθ )
2
isto é
3
R A = RB = M g sin θ (35)
2
A figura 3 mostra uma placa de massa m, que roda em torno de um ponto fixo O,
efetuando um movimento de rotação no plano vertical (OXY). Pretende-se determinar as
forças de ligação que ocorrem no ponto O. Admite-se a existência de simetria material em
relação ao plano do movimento. Considere-se o referencial S1 solidário da placa.
y1
G
S1 x1
y1
θ
sθ&2
G sθ&&
ROX mg x1
O
ROY
uuuur R + mg sin θ
uur r Ox
F ext = RO + M g = ROy − mg cos θ
S1
0
s θ&&
uur
M aG = M −s θ&2
S1
0
0
uuur
OG = s
S1
0
• • 0 0 0 s θ&
uur uuu r uuu r r uuur
v G = OG = OG + ω10 x OG = 0 + 0 x s = 0
0 1
0 −θ& 0 0
• •
s θ&& 0 s θ& s θ&&
uur uur uur r uur
a G = v G = v G + ω 10 x v G = 0 + 0 x 0 = − s θ& 2
0 1
0 −θ& 0 0
R Ox + M g sin θ = M s θ&&
uuuur uu
r
F ext = M aG
(36)
R Oy − M g cos θ = − M s θ
&2
uuuuur 0 m g sin θ 0
uuur r
MOext = OG × m g = s × −m g sin θ = 0
S1 0
0 − m s g sin θ
•
uur uur
K G = HG
0
Ixx 0 0 0 0
uur r
HG = IG .ωplaca = 0 Iyy 0 . 0 = 0
S1
0
0 Izz − θ& − Izz θ&
• • 0 0 0 0
uur uur uur r uur
KG = HG = HG + ω10 x HG = 0 + 0 x 0 = 0
0 1
S1
− I θ&& −θ& − I θ& − I θ&&
S1 S1
zz zz zz
0 0 m s θ
&&
0
uuur uuur uuur ur•
KO = K G + OG × Q = 0 + s × −m s θ&2 = 0
(I )
S1 0
−I θ&& o 0
zz − + m s 2 θ&&
zz
uuuur uur
MOext = K O − m s g sin θ = − ( Izz + m s 2 ) θ&& (37)
msg
θ&& =
I zz + m s 2
sin θ
ROx + M g sin θ = M s θ&& (38 – a, b, c)
ROy − M g cos θ = − M s θ& 2
A equação diferencial de movimento (38–a) pode ser desenvolvida do seguinte modo:
msg
θ& dθ& = sin θ dθ
I zz + m s 2
1 &2 msg
θ =− cos θ + Const .
2 I zz + m s 2
ms g
t = 0, θ = 0, θ& = 0 0=− cos 0 + Const.
Izz + m s 2
logo
ms g
Const. =
Izz + m s 2
pelo que
msg
θ& 2 = 2 (1 − cos θ ) (39)
I zz + m s 2
msg
ROx + m g sin θ = m s sin θ
I zz + m s 2
ms g
R Oy − m g cos θ = − 2 m s
Izz + m s 2
(1 − cos θ ) (40)
pelo que,
msg ms 2
R Ox = − mg sin θ + m s sin θ = mg sin θ -1+
Izz + ms 2 Izz + ms 2
2ms 2 mg
R Oy = mg cos θ - (1- cos θ )
Izz + ms 2
isto é
I zz
ROx = − m g sin θ
I zz + m s 2
2 m s2
ROy = m g cos θ − (1 − cos θ ) (41)
I zz + m s 2
Ο θ X
s
Y
•
l B
G
•
t/2
A
•
t/2
ϕ
Geometria do sistema
s sinθ + t sinϕ = l
s θ& cos θ + t ϕ& cosϕ = 0
( ) (
s θ&& cosθ − θ& 2 sinθ + t ϕ&& cosϕ − ϕ& 2 sinϕ = 0
)
l − s sin θ
ϕ = arc sin
t
ϕ& = − s cos θ θ&
t cos ϕ
(42)
1
(
ϕ&& = t cos ϕ t ϕ& sin ϕ − s θ cos θ + s θ sin θ
2 && &2 )
Quantidade de aceleração.
•
uur uur uuur uuur uuur
aB = aO + ω10 x OB − ω102 x OB =
sO 0
θ&& 0 0 0
•
uur uur uuu r uuur uuur
aG = aB + ω20 xBG − ω20
2
xBG =
sO 0
t − t cos ϕ
− θ&& s sin θ − θ& 2 s cos θ 0 − 2 cos ϕ 2
&&
= θ s cos θ − θ s sin θ + 0 x +
& 2 t sin ϕ − ϕ& +
2 t sin ϕ
2 2
0 − ϕ&&
0 0
&& t t
− θ s sin θ − θ s cos θ + ϕ&& 2 sin ϕ + ϕ& cos ϕ
&2 2
2 ( aG ) x
o
t t
= θ&& s cos θ − θ& 2 s sin θ + ϕ&& cos ϕ − ϕ& 2 sin ϕ = ( G ) y o
a
2 2 (43)
0 0
Momento dinâmico em G
Ixx 0 0 0 0
uur
HG = [ IG ] . {ω20 } = 0 Iyy 0 . 0 = 0
s2 s2 s2
0 0 Izz − ϕ& − Izz ϕ&
0
{ }
uur r
HG
= Τ 2 . HG = 0 OZ 2 // OZ 0
s0 0 s2
− Izz ϕ&
0
uur uur•
KG = HG = 0 (44)
s0 0 s0
− Izz ϕ&&
Forças exteriores
uuuur − R B cos θ
uur uur r
F ext = RA + RB + m g = RAY − R B sin θ + mg
(45)
S0
0
O X
θ
Y s
RB
•
B
l
G
• ϕ
A mg
•
X2
Y2 RAy
Momentos exteriores em G:
uuuuur uuur uur uuur uur
MGext = GA × RA + GB × RB =
S0
uuuuur 0
1
MGext = 0 (45)
S0 2
−RAy t cos ϕ − RB t cos ϕ sin θ − RB t sin ϕ cos θ
uuuur r•
F ext =Q
s0 0 s0
&& t 2 t
− θ s sin θ − θ s cos θ + ϕ&& 2 sin ϕ + ϕ& 2 cos ϕ
&2
− R B cos θ
&& t 2 t
RAY − R B sin θ + mg = m θ s cos θ − θ s sin θ + ϕ&& cos ϕ − ϕ&
& sin ϕ
2
2 2
0 0
uuuuur 0 0
r 1
MGext = KG 0 = 0
s0 s0 2 &&
−RAy t cos ϕ − RB t cos ϕ sin θ − RB t sin ϕ cos θ − Ι zz ϕ
isto é,
t t
− R B cos θ = m − θ&& s sin θ − θ& 2 s cos θ + ϕ&& sin ϕ + ϕ& 2 cos ϕ
2 2
t t
RAY − R B sin θ + mg = m θ&& s cos θ − θ& 2 s sin θ + ϕ&& cos ϕ − ϕ& 2 sin ϕ
2 2
(46)
−RAy t cos ϕ − RB t ( cos ϕ sin θ + sin ϕ cos θ ) = −2 Ι zz ϕ&&
mecânico.
Corpo 1 - y0
a manivela, de massa m1 e comprimento R,
animada de movimento de rotação em B
torno do ponto O fixo, com velocidade
Corpo 2 -
a biela, de massa m2 e comprimento L,
articulada no ponto A com a manivela e no
ponto B com o êmbolo; G2
ϕ
Corpo 3 – 2
o êmbolo, de massa m3, animado de
movimento de translação retilínea segundo
a direção OY, e submetido à ação da força
motora FM. A
R
sin ϕ = cos θ
L
(47)
R
ϕ = arc sin cos θ
L
R &
ϕ& cos ϕ = − θ sin θ
L
(48)
R & sin θ
ϕ& = − θ
L cos ϕ
R &2
ϕ&& cos ϕ − ϕ& 2 sin ϕ = − θ cos θ
L
1 R &2
ϕ&& = − θ cos θ + ϕ& 2 sin ϕ (49)
cos ϕ L
40 4000
30 3000
20 2000
10 1000
0 0
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00 1.10 1.20 1.30
-10 -1000
-20 -2000
-30 -3000
-40 -4000
-50 -5000
teta (rad/2*pi)
a cos θ
uuur
= a sin θ ,
0.12
OG1
S0
0
0.10
R cos θ − b sin ϕ
uuuur
OG2 = R sin θ + b cos ϕ , 0.08
S0
0 0
0.06
0
uuuur
OG3 = R sin θ + L cos ϕ .
S0
0
0.04
-0.02
-0.04
y0
Torsor das forças exteriores do corpo 1
B
O torsor das forças exteriores ao
corpo 1 é definido por
( )
uur uuur 3
τ 1
FE
≡ F 1 ; MG11 .
RAX A
uuur uuur uur uuur uur uur
M G1 1 = G1O × R O + G1 A × R A + M R
S0
G1 RAY
1
isto é
θ
uuur − a cos θ R O X ROX MR
O x0
M 1
G1 = − a sin θ × R O Y + m1g
S0
0 0
ROY
( R − a ) cos θ R AX 0
( R − a ) sin θ × R AY + 0
0 0 −M
R
τ ≡ Q
uur uuur
1
QA
1
; K G11 .
0
A quantidade de movimento é igual a
− a θ& sin θ
uur uur •
uuur
Q1 = m 1 v G1 = m 1 O G1 = m 1 a θ& cos θ .
S0 S0
0
• − a θ& 2 cos θ
uur uur •
uur
Q1 = m1 aG1 = m1 v G1 = m1 − a θ& 2 sin θ
S0
0
I1 0 0 0 0
uuur uuur x x 1 1
H G1 1 = IG ω 10 = 0
1
1
I1y 1y 1 0 0 = 0
S1
1
0 0 I 1z1z1 θ& I z1z1 θ& S
1
1
Atendendo a que o vetor momento cinético do corpo 1, H G 1
, só tem componentes
segundo a direção Z1, e atendendo a que os eixos Z0 e Z1 são paralelos entre si, verifica-se
que
uuur uuur
H G1 1 = H G1 1 .
S0 S1
• 0
uuur uuu r r
K 1
G1
=H 1
G1
= 0 = 0,
S0 0
I1 &&
z1z1 θ
S0
0.14
durante o período
correspondente à primeira 0.12
0.08
Verifica-se que a quantidade de
aceleração tem duas componentes 0.06
Q*1y Q*1x
-0.02
O equilíbrio dinâmico do corpo
1 pode ser obtido igualando o torsor -0.04
τ FE
1
= τ QA
1
.
-0.08
0
0
r r
( − a cos θ R OY + a sin θ R OX + ( R − a ) cos θ R AY − ( R − a ) sin θ R A X − M R ) k = 0
( )
uur uuuur
τ 2
FE ≡ F 2 ; MG2 .
2
isto é
uuur b sin ϕ − R AX
M G2 2 = − b cos ϕ × − R AY
S0
0 0 Figura 12 – Diagrama de corpo livre do
.
− ( L − b ) sin ϕ R BX corpo 2: forças exteriores.
+ ( L − b ) cos ϕ × R BY
0 0
τ ≡ Q
uuur uuur
2
QA
2
; K G22 .
0
A quantidade de movimento da biela é igual a
•
− R θ& sin θ − b ϕ& cos ϕ
uuur uuur uuuu r
= m 2 v G2 = m 2 O G2 = m2 R θ cos θ + − b ϕ& sin ϕ ,
Q2 &
0
S0 S0
S0
0 0
Ix2 x 0 0 0 0
uuur uuur 2 2
H G2 2 = IG 2 ω 20 = 0
2
Iy22 y 2 0 0 = 0 .
S2
2
0 0 Iz22 z 2 ϕ& I z 2 z 2 ϕ& S
2
segundo a direção Z2, e atendendo a que os eixos Z0 e Z2 são paralelos entre si, verifica-se
uuur uuur
que H G2
2
= H G2 2 .
S0 S2
• 0
uuur uuur
O momento dinâmico é igual a K G22 = HG22 = 0
S0 0
S0
I 2 ϕ&&
z2 z2
O equilíbrio dinâmico do corpo 2 pode ser obtido igualando o torsor das forças
Figura 13 –
Quantidade de Aceleração do Corpo 2
Variação da quantidade de aceleração OG1 OG2 OG3 OA Q*2 BM
0.08
0.06
Q*2
0.04
0.02
0.00
-0.06 -0.04 -0.02 0.00 0.02 0.04 0.06
-0.02
resulta que
-0.06
•
uur uuur uuur uuur
F = Q 2 e MG22 = K G22 .
2
-0.08
0
-0.10
Logo,
0 0 0
r r
− b sin ϕ R AY − b cos ϕ R AX − ( L − b ) sin ϕ R BY − ( L − b ) cos ϕ R BX k = Iz22 z 2 ϕ&&k
( ) (
4 ) − R AX + RBX = m2 − R θ& 2 cos θ + m2 − b ϕ&& cos ϕ + b ϕ& 2 sin ϕ )
( ) (
5 ) − R AY + RBY − m2 g = m2 − R θ& 2 sin θ + m2 − b ϕ&& sin ϕ − b ϕ& 2 cos ϕ )
6 ) − b sin ϕ R AY − b cos ϕ R AX − (L − b ) sin ϕ RBY − (L − b ) cos ϕ RBX = I z22 z2 ϕ&&
τ FE
3
(
= F 3 ; MG33 . ) 3
A figura 14 mostra o sistema de forças m3g
exteriores que atuam sobre o corpo 3, as
quais são definidas por, Fat
uur − RBX + N
F3 = − RBY + Fat + FM − m3 g G2
S0
0 ϕ
2
Os momentos exteriores que atuam
sobre o corpo 3 são nulos porque todos as
forças são concorrentes no ponto B, logo,
A
MG3 3 = 0 .
G1
1
Torsor da quantidade de aceleração do
θ
corpo 3
O x0
O torsor da quantidade de aceleração
do corpo 3 é definido por
τ = Q
uur uuur
3
QA
3
; K G33 .
0
Figura 14 – Diagrama de corpo livre
uur • 0
uuur uuuur &
Q3 = m3 v G3 = m3 OG3 = m3 R θ cos θ − L ϕ& sin ϕ .
S0 S0 0
0
S0
•
uur • 0 0
uuur uuur
Q = m3 aG3 = m3 v G3
3
= m3 − R θ sin θ + m3 −L ϕ&& sin ϕ − L ϕ& cos φ .
& 2 2
0
0
0 0
0.12
0.10 Q*3y
0.08
0.06
0.04
0.02
0.00
-0.14 -0.12 -0.10 -0.08 -0.06 -0.04 -0.02 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08
-0.02
-0.04
O equilíbrio dinâmico do corpo 3 pode ser obtido igualando o torsor das forças
Logo,
− RBX + N 0 0
− RBY + Fat + FM − m3 g = m3 − R θ sin θ + m3 − L ϕ&& sin ϕ − L ϕ& cos ϕ ,
& 2 2
0 0 0
7 ) − RBX + N = 0
( ) (
8 ) − RBY + Fat + FM − m3 g = m3 − R θ& 2 sin θ + m3 − L ϕ&& sin ϕ − L ϕ& 2 cos ϕ )
A força de atrito entre o êmbolo e o pistão Fat, é diretamente proporcional à força
normal e ao coeficiente de atrito sendo definida pela seguinte expressão:
(
4 ) − RAX + RBX = m2 − R θ&2 cos θ ) (
+ m2 − b ϕ&& cos ϕ + b ϕ& 2 sin ϕ )
(
5) − RAY + RBY − m2 g = m2 − R θ&2 sin θ ) (
+ m2 − b ϕ&& sin ϕ − b ϕ& 2 cos ϕ )
6 ) − b sin ϕ RAY − b cos ϕ RAX − ( L − b ) sin ϕ RBY − ( L − b ) cos ϕ RBX = Iz22 z2 ϕ&&
7 ) − RBX + N = 0
(
m3 − R θ& 2 sin θ ) (
+ m3 −L ϕ&& sin ϕ − L ϕ& 2 cos ϕ )
1 0 1 0 0 0 0 0 ROX Q*1X
0 1 0 1 0 0 0 0 ROY Q*1Y + m1g
a sinθ -a cosθ -(R-a) sinθ (R-a) cosθ 0 0 0 0 RAX MR
0 0 -1 0 1 0 0 0 x RAY = Q*2x
0 0 0 -1 0 1 0 0 RBX Q*2y + m2g
0 0 -b cosθ -b sinθ -(L-b) cosθ -(L-b) sinθ 0 0 RBY KG2
0 0 0 0 -1 0 1 0 N 0
0 0 0 0 0 -1 -µ∗ 1 FM Q*3Y + m3g
Suponha conhecidas as A
matrizes de inércia dos três corpos y0
em relação a eixos principais centrais
de inércia. Figura 16 – Geometria do sistema de
acionamento do limador.
2 r sin θ = s sin ϕ
. (50)
2 r cos θ + s cos ϕ = a
2 r sin θ 2 r sin θ
s = sin ϕ s = sin ϕ
2 r sin θ cos ϕ
2 r cos θ + sin ϕ cos ϕ = a 2 r sin θ sin ϕ = a − 2 r cos θ
2 r sin θ 2 r sin θ
s = sin ϕ s = sin ϕ
a − 2 r cos θ 2 r sin θ
cot gϕ = 2 r sin θ tgϕ = a − 2 r cos θ
isto é,
2 r sin θ
s =
sin ϕ
(51)
2 r sin θ
ϕ = arctg
a − 2 r cos θ
As velocidades angulares dos corpos 2 e 3 são iguais, e podem ser obtidas a partir da
derivação em ordem ao tempo das expressões (50)
multiplicando a primeira expressão da equação (52) por cosϕ e a segunda por senϕ ,
2r &
ϕ& = θ ( cos θ cos ϕ − sin θ sin ϕ ) . (53)
s
Multiplicando, agora, a primeira expressão da equação (52) por senϕ e a segunda por
-cosϕ,
s = 2 r θ&&( cos θ sin ϕ + sin θ cos ϕ ) + 2 r θ&2 ( − sin θ sin ϕ + cos θ cos ϕ ) +
&&
(56)
2 r θ& ϕ& ( cos θ cos ϕ − sin θ sin ϕ )
G1 RBY
θ
A figura 17 mostra o sistema de
forças exteriores que atuam sobre o B RBX
m1g
corpo 1, as quais são definidas por:
G3 2
ROX + RBX
uur a
F1 = ROy + RBy + m1g ϕ
S0
AG3 = G3C = l
0 OB = 2 r
Os momentos exteriores que
isto é
2 r sin θ RB X 0
2 r cos θ × R BY + 0
0 0 − M
m
τ ≡ Q
uur uur
1
QA
1
; K O1 .
0
O vetor de posição do centro de massa do corpo 1 é definido por
r sin θ
OG 1 = r cos θ .
0
•
r θ& cos θ
uur uur uuur
Q 1 = m 1 v G1 = m 1 O G1 = m 1 − r θ& sin θ .
0
0
uur• •
(
r θ&&cos θ − θ&2 sin θ )
uur uur
Q 1 = m1 aG1 = m1 v G1
0
(
= m1 r −θ&& sin θ − θ&2 cos θ )
0
0
Ix1 x 0 0 0 0
uuur uuur 11
H G1 1 = IG1 1 ω 10 = 0 Iy1 1y 1 0 0 = 0
S1
1
0 0 I z11z1 −θ& − Iz1z1 θ& S
1
1
Atendendo a que o vetor momento cinético do corpo 1, H G 1
, só tem componentes
segundo a direção Z1, e atendendo a que os eixos Z0 e Z1 são paralelos entre si, verifica-se
que
uuur uuur
H G1 1 = H G1 1 .
S0 S1
• 0
uuur uuu r
K G11 = HG1
1
= 0 .
S1 0
S1
−I1 θ&&
z1z1
0
uur r
K O1 = 0 = − Iz1z1 + m1 r θ&& k
1 2
( )
1
(
)
S1
− I + m1 r 2 θ&&
z1z1
ROX + RBX
r θ&&cos θ − θ& 2 sin θ
( )
ROy + RBy + m1g = m1 r −θ&& sin θ − θ& cos θ
2
( )
0 0
[r sin θ m1 g − 2 r cos θ ( r
R BX + 2 r sin θ R BY − M m ]k = − I 1z1 z1 + m1 r 2 θ&& k )
( )
uur uuur OB = 2 r
τ 2
FE
= F 2 ; MG22 .
uuur uuur r
M G2 2 = − M 32 k ,
S0
2 r sin θ
uuuur
O G 2 = 2 r cos θ .
0
•
2 r θ& cos θ
uuur uuur uuuur
Q = m 2 v G2 = m 2 O G 2 = m2 − 2 r θ& sin θ .
2
0
0
•
uuur •
(
2 r θ&&cos θ − θ&2 sin θ )
uuur uuur
Q = m2 aG2 = m2 v G2
2
0
(
= m2 2 r −θ&& sin θ − θ&2 cos θ )
0
0
I2 0 0 0
uuur uuur
x2x2
0
ω = 0
H G2 = IG2 Iy2 0 0 = 0
1 2 20 2y 2
S2
0 Iz z ϕ I z 2 z 2 ϕ&
2 & 2
0
2 2 S2
uuur
Atendendo a que o vetor momento cinético do corpo 2, H G2 , só tem componentes
2
segundo a direção Z2, e atendendo a que os eixos Z0 e Z2 são paralelos entre si, verifica-se
que
uuur uuur
H G2 2 = H G2 2 .
S0 S2
• 0
uuur uuur
K G2 = HG2 = 0 .
2 2
0
I 2 ϕ&&
z2 z2
Da igualdade entre os dois torsores resulta que
Logo,
uuur r r
− M 32 k = Iz22 z 2 φ&& k
(
4 ) − RBX + N cos φ − Fat sin φ = − m1 2 r θ&&cos θ − θ&2 sin θ )
(
5) − RBY + N sin φ + Fat cos φ + m2 g = − m1 2 r −θ&& sin θ − θ&2 cos θ )
6 ) − M32 = Iz22 z2 θ&&
O equilíbrio dinâmico do corpo 3 pode ser obtido igualando o torsor das forças
( )
uur uuur
O torsor das forças exteriores ao corpo 3 é definido por τ 3
FE ≡ F 3 ; MA3 .
A figura 19 mostra o sistema de forças exteriores que atuam sobre o corpo 3, as quais
são definidas por,
C
FR
Mm
x0
O
G1 -Fatrito
θ
1 M23
B
-N
G3
2
m3g
a
ϕ
AG3 = G3C = l
OB = 2 r
RAY
3
A RAX
y0
isto é
2 l sin ϕ − F R 0
− 2 l cos ϕ × 0 + 0
0 0 M
23
O resultado dos momentos exteriores é
uuur r
M A3 = l sin ϕ m 3 g − s N − 2 l cos ϕ F R + M 23 k
S0
uuu•r uuur
O torsor da quantidade de aceleração do corpo 3 é definido por τ 3
QA ≡
Q 3 ;K A3 .
0
O vetor de posição do centro de massa do corpo 3 é definido por
l sin ϕ
AG 3 = − l cos ϕ .
0
•
uur •
(
l ϕ&& cos ϕ − ϕ& 2 sin ϕ )
uuur uuur
Q 3 = m3 aG3 = m3 v G3
0
(
= m3 l ϕ&& sin ϕ + ϕ& 2 cos ϕ )
0
0
I x3 x 0 0 0 0
uuur uuur 3 3
H G3 3 = IG3 3 ω 30 = 0 Iy33 y 3 0 0 = 0
S3
3
0 0 I z33 z 3 ϕ& Iz 3 z 3 ϕ& S
3
segundo a direção Z3, e atendendo a que os eixos Z0 e Z3 são paralelos entre si, verifica-se
que
uuur uuur
H G3 3 = H G3 3 .
S0 S3
• 0
uuur uuu r
K G3 = HG3 = 0 .
3 3
0
I 3 ϕ&&
z3 z3
0
uur r
K A3 = 0 3
(
= Iz3 z3 + m3 l ϕ&& k
2
)
3
(
)
S0
I + m3l 2 ϕ&&
z3 z3
Logo,
[l sin ϕ m3 g ( r
− s N − 2 l cos ϕ FR + M 23 ] k = I z33 z 3 + m3 l 2 ϕ&& k )
obtendo-se as seguintes três equações escalares:
7) (
R AX − N cos ϕ + Fat sin ϕ − FR = m3 l ϕ&& cos ϕ − ϕ& 2 sin ϕ )
8) (
R AY − N sin ϕ − Fat cos ϕ + m3 g = m3 l ϕ&& sin ϕ + ϕ& 2 cos ϕ )
9) [l sin ϕ m3 g (
− s N − 2 l cos ϕ FR + M 23 ] = I z33 z 3 + m3 l 2 ϕ&& )
1) (
ROX + RBX = −m1 r θ&&cos θ − θ&2 sin θ )
2) (
ROy + RBy + m1 g = −m1 r −θ&& sin θ − θ&2 cos θ )
3) [r sinθ m1 g − 2 r cos θ RBX (
+ 2 r sin θ RBY − Mm ] = − I1z1z1 + m1r 2 θ&& )
4) (
−RBX + N cos ϕ − Fat sin ϕ = −m1 2 r θ&&cos θ − θ&2 sin θ )
5) (
−RBY + N sin ϕ + Fat cos ϕ + m2 g = −m1 2 r −θ&& sin θ − θ&2 cos θ )
6) − M32 = Iz22 z2 ϕ&&
7) (
RAX − N cos ϕ + Fat sin ϕ − FR = m3 l ϕ&& cos ϕ − ϕ& 2 sin ϕ )
8) (
RAY − N sin ϕ − Fat cos ϕ + m3 g = m3 l ϕ&& sin ϕ + ϕ& 2 cos ϕ )
9) [l sin ϕ m3 g − s N − 2 l cos ϕ FR + M23 ] = ( Iz33 z3 )
+ m3 l2 ϕ&&
7 MECANISMO ESPACIAL
Z2 Z0 ≡ Z1
X2
M2
O ϕ ,ϕ&,ϕ&& 2
a
G1
a X1
b
A θ ,θ&,θ&&
B
M1
1
Figura 20 –
Mecanismo espacial.
Y1 ≡ Y2
C R
d
O
G2 X1
d
OG2 = l
D
Corpo 1 - um prato de massa m1 e raio R que roda em torno do eixo vertical Z0 com
O corpo 1 está ligado ao exterior através dos apoios A e B; o apoio A não absorve
esforços axiais. O corpo 2 está ligado ao corpo 1 através dos apoios C e D; o apoio C não
absorve esforços axiais.
Considere todas as ligações perfeitas, e suponha conhecidas as matrizes de inércia
dos dois corpos em relação a eixos principais centrais de inércia.
O equilíbrio dinâmico do corpo 1 pode ser obtido igualando o torsor das forças
( )
uur uuur
O torsor das forças exteriores ao corpo 1 é definido por τ 1
FE ≡ F ; M1B .
1
A figura 21 mostra o sistema de forças exteriores que atuam sobre o corpo 1, as quais
são definidas por:
Os momentos das forças exteriores que atuam sobre o corpo 1, em relação ao ponto B,
são definidos por
r
M 1B = BA × R A + BC × R C + BD × R D + BG 1 × m1 g + M 1
S1
0 R AX 0 R CX 0 R DX
M 1B = 0 × R AY + d × 0 + − d × R DY +
S1 b 0 b + 2 a R b + 2 a R
Cz Dz
0 0 0
0 × 0 + 0
b + a − m g M
1 1
− b R AY + d (R CZ − R DZ ) − (b + 2 a ) R DY M 1BX
1
M 1B = b R AX + (b + 2 a ) R CX + (b + 2 a ) R DX = M BY
− d (R
CX − R DX ) + M 1
S1 M 1
BZ
Z0 ≡ Z1
Y1
1
m1 g O
G1
a X1
A RAX
b RAY B
RBX
RBY OG1 = a
M1
G1A = a
RBZ
AB = b
Y1 ≡ Y2 OC = d
Z1
OD = d
RCZ
R OG2 = l
C
RCX
d RCZ
O Y1
RDZ
X1 Z0≡Z1
d
C RCX
RDX
D RDZ
RDY O
G1 m1g
X1
D RDX
A
RDY RAX
RAY
B
RBX
RBZ
RBY
θ ,θ&,θ&&
M1
τ ≡ Q
uur uur
1
QA
1
; K B1 .
0
O vetor de posição do centro de massa do corpo 1 é definido por
0
OG 1 = 0 .
S1
− a
• •
uur uur uuur uuur uuur uuur r
Q1 = m 1 v G1 = m 1 O G1 = m 1 O G1 + ω 10 x O G1 = 0 .
S1 0 1
S1
S1
Ix1 x 0 0 0 0
uuur uuur 11
H G1 1 = IG1 1 ω 10 = 0 Iy1 1y 1 0 0 = 0
S1
1
0 0 I 1z1z1 θ& I z1z1 θ& S
1
0 0
uuur uuu•r uuur uuu1r
K G11 = HG11 = 0 + ω10 x HG1 = 0 .
S1 0
S1
I1 θ&& I1 θ&&
z1z1 z1z1
• 0 0
uur uuur uuur uur r
K B1 = K G1 + BG1 x Q = 0 +
1 1
0 x 0
Iz1z1 θ − ( a + b )
S0 0
1 &&
0
uur r
K B1 = 0 = Iz11z1θ&& k
S0
I1 θ&&
z1z1
•
uur uur uur uur
Da igualdade entre os dois torsores resulta que F = Q 1 e MB1 = K B1 . Logo
1
− b R AY + d (R CZ − R DZ ) − (b + 2 a ) R DY M 1BX 0
1
b R AX + (b + 2 a ) R CX + (b + 2 a ) R DX = M BY = 0
− d (R
CX − R DX ) + M 1
M 1 I 1 θ&&
BZ z1 z1
2) R AY + RBY + RDY = 0
5) b R AX + (b + 2 a ) RCX + (b + 2 a ) RDX = 0
O equilíbrio dinâmico do corpo 2 pode ser obtido igualando o torsor das forças
22 mostra o sistema de forças e momentos exteriores que atuam sobre o corpo 2, as quais
são definidas por
− RCX − RDX
F 2
= − RDY
S1 − R − R − m g
CZ DZ 2
Os momentos das forças exteriores que atuam sobre o corpo 2, em relação ao ponto D,
são definidos por
M D2 ( ) r
= DC × − R c + DG 2 × m 2 g + M 2
S1
0 − R CX l cos ϕ 0 0
M D2 = 2 d × 0 + d × 0 + − M 2
S1 0 − R l sin ϕ − m g 0
CZ 2
− 2 d R CZ − d m 2 g
M D2 = l cos ϕ m 2 g − M 2
S1 2 d R
CX
•
uuur
O torsor da quantidade de aceleração do corpo 2 é definido por τ ≡ Q 2 2
uur
;K D2 .
QA
0
Z0 ≡ Z1
Z2
X2
M2
O ϕ ,ϕ& ,ϕ&& 2
G1
X1
A -m2g
OG1 = a
Y1 ≡ Y2
Z1 G1A = a
-RCZ
R AB = b
C OC = d
-RCX
OD = d
d G2 OG2 = l
O
-RDZ
OG =l X1
2
d
-RDX
D
-RDY -RCZ
Z0 ≡ Z1 Y1
C
-RCX
-RDZ M2
O G2
ϕ ,ϕ&,ϕ&&
G1
D m2 g
-RDX
X1
-RDY A
l cos ϕ
OG 2 = 0 .
S1
l sin ϕ
uuur uuur •
uuuur uuuu
•
r uuur uuuur
Q2 = m 2 v G2 = m 2 O G2
= m 2 O G2 + ω 10 x O G 2 =
S1 S1 0 1
S1 S1
− l ϕ& sin ϕ 0 l cos ϕ − l ϕ& sin ϕ
m2 0 + 0 x 0 = m 2 l θ& cos ϕ
l ϕ& cos ϕ θ& l sin ϕ l ϕ& cos ϕ
•
uuur uuur •
uuu r uuu
•
r uuur uuur
Q2 = m 2 a G2 = m 2 v G2
= m 2 v G2 + ω 10 x v G 2 =
0 S1 0 1
S1 S1 S1
(
− l ϕ&& sin ϕ + ϕ& 2 cos ϕ ) 0
− l ϕ& sin ϕ
&
m 2 l θ&& cos ϕ − l θ& ϕ& sin ϕ + 0 x l θ cos ϕ =
(
l ϕ&& cos ϕ − ϕ& 2 sin ϕ
) θ&
l ϕ& cos ϕ
(
− l ϕ&& sin ϕ + ϕ& 2 cos ϕ
) − l θ& 2 cos ϕ
m 2 l θ&& cos ϕ − l θ& ϕ& sin ϕ +
− l θ & ϕ& sin ϕ
(
l ϕ&& cos ϕ − ϕ& 2 sin ϕ )
0
•
uuur
(
− l ϕ&& sin ϕ + ϕ& 2 cos ϕ − l θ& 2 cos ϕ
)
Q2 = m2 l θ
&& cos ϕ − 2 l θ & ϕ& sin ϕ
&&
( )
0
I2 0 2
θ& sin ϕ I x 2 x 2 θ sin ϕ
0 &
x2x2
uuuur uuur
H G2 = IG2 ω 20 = 0 Iy2 0 − ϕ& = − Iy 2 y 2 ϕ&
2
2 2 2y2
S2
0 θ& cos ϕ 2
0 2
Iz z I z z θ& cos ϕ
2 2 2 2 S2
2
(
I x2 − I z2 θ& sin ϕ cos ϕ
2
)
H G2 2 = − I y2 2 ϕ&
S1 I 2 θ& sin 2 ϕ + I 2 θ& cos 2 ϕ
x 2 z2
uuur •
uuur uuur
•
uuur uuur
K G22 = HG22
= HG22
+ ω10 x HG22 =
S1 0 1
S1 S1
(
2 2
) 2 2
(2 2
)
Ix2 − Iz2 θ&& sin ϕ cos ϕ + Ix2 − Iz2 θ& ϕ& cos 2 ϕ − Ix2 − Iz2 θ& ϕ& sin 2 ϕ
( )
−Iy 2 ϕ&&
2
2 && 2
Ix2 θ sin ϕ + 2 Ix 2 θ ϕ& sin ϕ cos ϕ + Iz2 θ cos ϕ − 2 Iz2 θ ϕ& sin ϕ cos ϕ
2 & 2 && 2 2 &
Isto é
( ) ( ) (
I x2 − I z2 θ&& sin ϕ cos ϕ + I x2 − I z2 θ& ϕ& cos 2 ϕ − I x2 − I z2 θ& ϕ& sin 2 ϕ − I y2 θ& ϕ& )
22
( )
2 2 2 2 2 2
KG2
2 X
KG2 2 = KG2 2Y
S1 K 2
G2 Z
K D2
X
K D2 = K D2Y
S1 K 2
DZ
•
uur uuur uuur uur
Da igualdade entre os dois torsores resulta que F = Q 2 e MD2 = K D2 .
2
Logo,
− RCX − RDX
(
− l ϕ&& sin ϕ + ϕ& 2 cos ϕ − l θ& 2 cos ϕ
)
− RDY = m2 l θ&& cos ϕ − 2 l θ& ϕ& sin ϕ
− R − R − m g
CZ DZ 2
(
l ϕ&& cos ϕ − ϕ& 2 sin ϕ )
− 2 d RCZ − d m2 g K D X
2
2
l cos ϕ m2 g − M 2 = K DY
2 d R K 2
CX DZ
7) [ ( )
−RCX − RDX = m2 − l ϕ&& sin ϕ + ϕ& 2 cos ϕ − l θ& 2 cos ϕ ]
8) (
−RDY = m2 l θ&& cos ϕ − 2 l θ& ϕ& sin ϕ )
9) (
−RCZ − RDZ − m2 g = m2 l ϕ&& cos ϕ − ϕ& 2 sin ϕ )
10 ) −2 d RCZ − d m2 g = K D2 X
11 ) l cos ϕ m2 g − M2 = K D2Y
12 ) 2 d RCX = K D2 Z
2) R AY + RBY + RDY = 0
5) b R AX + (b + 2 a ) RCX + (b + 2 a ) RDX = 0
7) [ ( )
−RCX − RDX = m2 − l ϕ&& sin ϕ + ϕ& 2 cos ϕ − l θ& 2 cos ϕ ]
8) (
−RDY = m2 l θ&& cos ϕ − 2 l θ& ϕ& sin ϕ )
9) (
−RCZ − RDZ − m2 g = m2 l ϕ&& cos ϕ − ϕ& 2 sin ϕ )
10 ) −2 d RCZ − d m2 g = K D2 X
11 ) l cos ϕ m2 g − M2 = K D2Y
12 ) 2 d RCX = K D2 Z
8 PROBLEMAS PROPOSTOS
Problema TVD1
y0
b) As reações no ponto O;
Problema TVD2
y
0
b 1
A
2
3 R
x0 ϕ θ
C Mm
K
Corpo 1 – Um braço de massa m1, que roda em torno do ponto O fixo com velocidade
Corpo 2 – Um outro braço de massa m2, articulado no ponto A com o corpo 1 e que
desliza no interior do corpo 3, estando submetido à ação de uma mola de
rigidez k; considere que para θ = 0 a deformação inicial da mola é nula;
Corpo 3 – Uma guia de massa m3, ligada ao exterior no ponto B por uma articulação fixa.
Problema TVD3
AG2 = BG2 = l ; OE = R ; EB = b .
2
M2 y2
A ϕ
b z1’≡ z2
G2 y1 y1≡y1’
B A M2
E y2
ϕ B
y0 y0 x
θ
C
y1 G2 x1
θ D
z1 z0 O
R M1
θ x2
x 1≡ x 0
O
z0
Corpo 1 – Um braço de suporte, com massa e inércia desprezáveis, que roda em torno do
eixo x1 com velocidade angular θ& e aceleração angular θ&& , acionado pelo
momento motor M1;
Problema TVD4
z1
r(t)
M1, θ(t)
O x1
G1
y1 1 3
2
G2 x1
G3
M2,ϕ(t)
angular θ& e aceleração angular θ&& , acionado pelo momento motor M1;
Corpo 3 – Um disco de massa m3, que roda relativamente ao corpo 2 com velocidade
angular ϕ& e aceleração angular ϕ&& , acionado pelo momento motor M2;
Problema TVD5
ZO
Z1 Z2 M3
θ(t)
Z3
K
O A X1 ≡ X2
G1 G2
G3 ϕ(t)
1 2 X3
M1
X(t) 3
Y1 Y2 Y3
M1
K A G3
O
G1 G2
X1
θ(t)
XO
OG1 = l OA = X (t ) AG3 = l 2
Corpo 1 - Um braço de massa m1, que roda em torno do eixo vertical Z0 ≡ Z1 com
Corpo 3 - Um braço em forma de T, de massa m3, que roda em torno do eixo Y2 com
velocidade angular ϕ& e aceleração angular ϕ&& , sob a ação do momento motor
M2.
Problema TVD6
O ≡ G1
Z0 ≡ Z1 A ≡ G2
C AG3 = a
Z2
k
AB = 2 a
2 A
1 3
G3
M O ϕ Y1
B
θ
X1
Corpo 1: um prato de massa m1, que roda em torno do eixo vertical Z0 (braço OC fixo),
com velocidade angular θ& e aceleração angular θ&& , acionados pelo Momento
Motor M conhecido;
Corpo 2: um cursor de massa m2, que roda e translada ao longo do braço fixo OC, estando
ligado ao ponto C por uma mola de rigidez k;
Suponha que todas as ligações são perfeitas. Quando ϕ = 0, a deformação da mola é nula.
Considere a massa e a inércia dos três corpos, admitindo conhecidas as suas matrizes de
(
inércia em relação a eixos principais centrais de inércia I y33 = I Z33 = I . )
a) Determine o torsor das quantidades de aceleração de cada corpo no respetivo centro
de massa;
b) Represente o Diagrama de Corpo Livre e determine o torsor das forças de ligação dos
corpos 2 e 3 ao corpo 1, usando os Teoremas Vetoriais da Dinâmica;
Problema TVD7
z0 ≡ z1
z2
3 M3 x3
M1 C O sistema mecânico
θ, θ&, &θ& B ϕ, ϕ&, ϕ
&& representado na figura é
G3 x2
A constituído por:
G2
Corpo 1: um braço de secção
s, s&, s&&
α=constante reta quadrada e de massa m1, que
O 2 x1 roda em torno do eixo vertical z0
1
com velocidade angular θ& e
OG1 = a OG2 = s OA = 2a
aceleração angular θ&& , acionado
G2G3 = b G3B = c G3C = c pelo Momento Motor M1 conhecido;
Corpo 3: um disco de massa m3 que roda em torno do eixo x3 com velocidade angular ϕ
&
e aceleração angular ϕ
&& , acionado pelo momento Motor M3 conhecido;
Suponha que todas as ligações são perfeitas, e que o apoio C não absorve esforços
axiais. O comprimento não deformado da mola é l 0 = a .
Problema TVD8
zo
z1
θ ϕ 2
AB = L B z2
G2 y1,y2
CG1 = a 1 G1 M2
C
x2
CG2 = r ( t ) yo
A
M1
xo,x1
Corpo 1: um braço em forma de “T” de massa m1, que roda em torno do eixo horizontal
x0 com velocidade angular constante θ& , acionado pelo Momento Motor M1;
Corpo 2: um disco de massa m2, que roda em torno do eixo y1 com velocidade angular ϕ&
e aceleração angular ϕ&& , acionado pelo Momento Motor M2, e que translada
A mola de rigidez k, não apresenta qualquer deformação quando r(t) = a. Suponha que
todas as ligações são perfeitas, e que o apoio B não absorve esforços axiais.
Considere a massa e a inércia dos dois corpos, admitindo conhecidas as matrizes de inércia
de ambos os corpos em relação a sistemas de eixos principais centrais de inércia.
Problema TVD9
X2≡X3
O sistema mecânico representado na
figura é constituído por:
Problema TVD10
Corpo 2: um disco de massa m2 e de raio R, que roda livremente em torno do eixo Y2,
com velocidade e aceleração variáveis definidas pelo parâmetro φ ( t ) ;
Problema TVD11
Corpo 2 - Um anel de raio médio R e de secção reta circular de raio r, massa m, animado
de um movimento de rotação uniforme ( ϕ& = constante) relativamente ao corpo
ii. Supondo que o anel sofre uma rotura, que para efeitos de simplificação se considera ter
ocorrido na secção que contém o ponto C, determine na secção D (secção oposta à de
rotura) e em S2, aplicando os Teoremas Vetoriais da Dinâmica:
ÍNDICE:
1 INTRODUÇÃO 175
1 INTRODUÇÃO
O movimento dos pontos materiais pode ser estudado por aplicação direta da
r r r
equação fundamental F = ma . Conhecida a força F , esta equação fornece o valor da
r
aceleração a e, por posterior integração, é possível obter a velocidade e a posição em
qualquer instante.
Existem situações em que importa considerar os efeitos acumulados das forças em
desequilíbrio que atuam nos pontos materiais. Estas situações envolvem uma integração
em ordem ao tempo ou ao deslocamento. O resultado destas integrações permite obter
versões transformadas das equações do movimento, cuja resolução não necessita de passar
pelo cálculo explícito da aceleração.
A integração em ordem ao deslocamento conduz ao aparecimento das equações do
trabalho e energia, que são objecto do presente capítulo.
2 CONCEITO DE TRABALHO
r
2.1 Trabalho de uma força F
r
A figura 1 mostra um ponto material P, movendo-se sob a ação de uma força F ,
desde a posição P1 até à posição P2 infinitamente próxima.
r
F
P1
s α
→ P2
dr
r
r r →
r + dr
O
r
Figura 1 - Movimento de um ponto P sob a ação de dada força F .
r r
O vetor de posição r sofreu um acréscimo dr , habitualmente designado vetor
deslocamento elementar do ponto P.
r
Designa-se por trabalho elementar da força F sobre o deslocamento dr ao valor
r r
dW = F • dr (1)
Fazendo
F dx
ur x r
F = Fy e dr = dy , então
F dz
z
F dx
r r x
dW = F • dr = Fy • dy = F x d x + F y d y + F z d z . (2)
dz
Fz
r
onde τ é o versor da direção da tangente à trajectória S no ponto P, determina-se que
r r r r
dW = F • ds τ = F • τ ds
(4)
dW = F cos α ds (5)
e substituindo em (4)
r r r r
dW = F • τ ds = F • v dt
(8)
r
O trabalho da força F num deslocamento finito obter-se-á por integração da
equação (1), isto é
r
2 r r
W 1
= rr 2 F • dr (9)
1
s s
W12 = s 2 F cos α ds = s 2 F t ds (10)
1 1
2
(
W12 = 1 F x d x + F y d y + F z d z ) (11)
Se várias forças atuam num mesmo ponto P, o respetivo trabalho elementar é igual
à soma dos trabalhos elementares das várias forças, pelo que
r uur r uur
dW = dW1 + ...+ dW n = F1 • dr + ... + F n • dr (12)
( )
r r uur
dW = F1 + ... + F n • dr (13)
r uur
dW = F • dr (14)
A' A uur
r dθ r
F −F
B'
B
b
r r
rA rB
O
Calculando agora o trabalho do binário pela soma dos trabalhos das duas forças que
o constituem, obtém-se
r uur r uur
dW = F • drA − F • drB (17)
( ) ( )
r uur r uur r uuur r uur uur r uuur
dW = F • drA − F • drA + dθ × AB = F • drA − drA − dθ × AB (18)
( ) ( )
r r uuur uuur r r uuur r
dW = F • −dθ × AB = AB × F • dθ = MA • dθ (19)
ur d r
ω= θ, (21)
dt
logo
ur r
ω dt = dθ , (22)
e substituindo em (20)
ur r ur ur
dW = M • dθ = M • ω dt
(23)
2.4 Potência
Designa-se por potência o trabalho realizado por unidade de tempo. O seu cálculo é
feito utilizando uma expressão que resulta da derivação em ordem ao tempo da expressão
de cálculo do trabalho elementar.
Assim, a potência de uma força será dada pela derivada em ordem ao tempo da
expressão (8)
dW r r
P= = F•v (24)
dt
e a potência de um binário será dada pela derivada em ordem ao tempo da expressão (23)
dW r r
P= = M•ω (25)
dt
2 2r
uur 2
ur r
O trabalho W 1
= 1 F • dr = 1 M • dθ corresponde ao produto de uma força por um
deslocamento finito ou ao produto de um binário por uma rotação finita, pelo que no
Sistema Internacional as suas unidades são J (Joule),
dW ur r ur ur
A potência P = = F • v = M • ω é igual à derivada do trabalho elementar em
dt
ordem ao tempo o que corresponde ao produto de uma força por uma velocidade
instantânea ou ao produto de um binário por uma velocidade angular instantânea, pelo
que no Sistema Internacional as suas unidades são W (Watt),
Pi
ur
dri uuur uur ur uuur
( )
ur uur ur uuur
= v Pi = v O + ω × OPi dri = v O + ω × OPi dt
dt
( )
ur uur r uuur
dW = Fi • v O + ω × OPi dt (27)
i
ur uur
( )
ur r uuur
dW = Fi • vO + Fi • ω × OPi dt (28)
i i
ur uur
( )
uuur ur r
dW = Fi • vO + OPi × Fi • ω dt (29)
i i
r uur uuur r
dW = F • v O + MO • ω dt (30)
( ) e do gerador do
ur uuur
por momento relativo dos torsores das forças aplicadas τ FE ≡ F,MO
( )
ur uur
campo de velocidades contemporâneas τ VC ≡ ω,v O .
Este momento relativo dos dois torsores permite o cálculo da potência devida ao
referido sistema de forças, e consiste no produto escalar do vetor principal de um dos
torsores pelo vetor momento do outro torsor, e vice-versa, isto é
( ) ( )
ur uuur ur uur ur uur uuur ur
τ ≡ F,M • τ ≡ ω,v = F • v + M • ω
FE O VC O O O
xij
Pj
r
Pi Fji
r
Fi j
Figura 4 - Num sólido indeformável, as forças interiores não podem realizar trabalho,
porque constituem um sistema de forças em equilíbrio.
ab
dW = dW rel + dW tr (31)
r
Uma força F diz-se conservativa quando existe uma função escalar U tal que
r
F = − gradiente U = −∇ U (32)
T
ur ∂U ∂U ∂U
F = − ,− ,− (33)
∂x ∂y ∂z
r
A função U = U(x,y,z) é designada função potencial de F .
r
Se uma força F for conservativa, o trabalho elementar realizado por essa força é
igual em grandeza, mas de sinal contrário, à variação elementar sofrida pela função
potencial, num dado deslocamento. Com efeito
−∂U
∂x dx
r uur ∂U ∂U ∂U
dW = F • dr = −∂U • dy = − dx + dy + dz
∂y ∂x ∂y ∂z
dz
−∂U (34)
∂z
dW = −dU (35)
2 2
W12 = 1 dW = 1 −dU = − ∆U (
W12 = − U 2 − U 1 ) (36)
Neste cálculo apenas intervieram os valores inicial (1) e final (2) da função
potencial. Verifica-se, portanto, que o trabalho de uma força conservativa é
independente do caminho percorrido pelo seu ponto de aplicação, como se mostra na
figura 5.
U = U2
1
U = U1
Resulta ainda da expressão (36) que o trabalho realizado por uma força
conservativa num percurso fechado (regressando, portanto, ao ponto inicial) é
necessariamente nulo. Logo
( )
r uur
W12 = − U2 − U 1 = 0 e W = F • dr = 0
A função potencial U é usualmente designada por Energia. Esta, por sua vez pode
Assim, sendo
(
W12 = − U 2 − U 1 ) U 2 = −W12 + U 1 , (37)
a) Força constante
r
Se uma força F é constante, então
( )
r uur r r
dW = F • dr = d F • γ (38)
( )
r r
dV = −dW = d − F • γ (39)
( )
2 2 r r r 2 r r ur ur
W12 = 1
dW = 1
m g • dr = m g • dr = m g • r2 − r1 ,
1
0 x 2 − x1
( )
2 r ur ur
W = dW = m g • r2 − r1 = m g • y 2 − y1 ,
2
1 1
0 0
W12 = 1 dW = −m g ( y 2 − y1 ) = −m g h
2
,
(
W12 = −∆Vg = − Vg 2 − Vg 1 = −m g h ) ,
Y r 2
τ
1
h1
O X
conservativas, ∆Vg = Vg 2 − Vg 1 = m g h .
( )
∆Vg = Vg 2 − Vg 1 = −W12 = m g h (40)
onde ∆Vg representa a variação do potencial das forças gravíticas (ou variação da
b) Força central
1
F
rB
rA
r r ur r
dW = F • dr = F • ds τ = F ( ds cos α ) = F dr (41)
2
dV = −dW ∆V = V2 − V1 = 1 − F dr (42)
M m M m
F =G Vg2 − Vg1 = G (43)
r2 r
mg 2
Vg2 − Vg1 = − RT (44)
r
c) Força elástica
Para o caso de uma força linear elástica, como representado na Figura 8, pode-se
escrever que F = - k x (x = deslocamento da mola).
F = - kx
l0
1
l1 Ve = k x 2
2
(
∆Ve = Ve2 − Ve1 = ) k
2
(x22 − x12
.
)
Então,
ur r r r
dW = F • dr = −k x i • dxi = −k x dx (45)
1 1
( )
2 2 2
W12 = 1 dW = 1 − k x dx = − k x 2 = − k x 22 − x12
2 1 2 (46)
( 1
)
W12 = −∆Ve = − Ve2 − Ve1 = − k x 22 − x12
2
( ) (47)
( )
∆Ve = Ve2 − Ve1 = −W12 =
1
2
(
k x 22 − x12 ) (48)
onde ∆Ve representa a variação do potencial das forças elásticas (ou variação da
d) Força de inércia
uur r r r
dW j = F j • dr = −m x&& i • dx i = −m x&& dx (49)
dx& dx& dx
x&& dx = dx = dx = x& dx&
dt dx dt (50)
1 1
( )
2 2 2
W j = W12 = 1 dW j = 1 −m x& dx& = − m x& 2 = − m x& 22 − x&12
2 1 2
( 1
) 1 2
W j = W12 = − ∆V j = − V2j − V1j = − m ( x& 2 ) − m ( x&1 )
2
2
2
(52)
1
m ( x& 2 ) − ( x&1 )
2 2
∆V j = ∆Τ = Τ 2 − Τ1 = −W j = (53)
2
Para se verificar que uma força de atrito é não conservativa basta calcular o
respetivo trabalho ao efetuar um percurso fechado. Analise-se o caso da figura 9.
1 2
X
2
uuur ur 1 uuur ur 2 1
W11 = W12 + W21 = 1 −Fat • d x + 2 Fat • d x = −Fat x 1 + Fat x 2 (54)
3 TRABALHO E ENERGIA
r r
Usando a equação fundamental da dinâmica F = ma , é possível calcular o trabalho
r
elementar realizado pela força F num deslocamento dr (ver figura 10).
r
r τ
→ Ft
dr
P
r
F
s r
Fn
r
n
ur
Figura 10 - Trabalho elementar da força F , que atua num ponto P, quando sofre um
r
deslocamento elementar dr .
r
Utilizando um sistema de coordenadas intrínsecas para representação da força F ,
r r
do deslocamento dr e da aceleração a do ponto, pode-se escrever que:
r r r
F = Ft τ + Fn n (56)
r r
dr = ds τ (57)
r r s& 2 r
sτ +
a = && n (58)
ρ
r r
Retomando a Equação Fundamental da Dinâmica, F = m a , e multiplicando
r r
escalarmente por dr = ds τ ambos os membros, obtém-se
r uur r uur
dW = F • dr = ma • dr ,
r r r r
dW = F • ds τ = ma • ds τ . (59)
r r s& 2 r
dW = ( Ft τ + Fn n ) • ds τ = m &&
r r r
sτ + m n • ds τ
ρ
dW = Ft ds = m &&
s ds (60)
r
Repare-se que o primeiro membro é o trabalho elementar da força F e o segundo
membro uma variação elementar da energia cinética do ponto material. De facto,
atendendo a que
1
dW = d m s& 2 (63)
2
"O trabalho elementar realizado por uma qualquer força que atua num ponto
material é igual à variação da energia cinética (ou semi força-viva) que produz".
Para um sistema material constituído por vários (k) sólidos rígidos, teremos
uur uur uuuur uur
1 1
dW = dT = d Mk v k • v k + ω k T × I k × ω k (67)
k 2 G G 2 G
uur r
Atendendo a que a Força de Inércia é definida por F j = − m a , verifica-se que
r r uur r
dW = m a • ds τ = −F j • ds τ = −dW j
isto é
uur r
dW = dV j = −F j • ds τ = − dW j ,
o que significa que a variação da Energia Cinética é igual à variação do Potencial das
Forças de Inércia e igual e de sinal contrário ao trabalho elementar das forças de inércia
(ver expressão 53).
dW + dW g + dW e = dT (69)
(
dW = d Vg + Ve + T ) (72)
d W = d Emt (73)
A função potencial obtida pela soma das três funções potenciais (gravítica +
elástica + cinética) é designada por Energia Mecânica Total. A expressão (73) estabelece
uma relação entre o trabalho das restantes forças e a variação da energia mecânica total
que produzem.
"Se nenhuma força, para além das de gravidade e elásticas, atua sobre um sistema
material realizando trabalho, a energia mecânica total permanecerá constante".
dW = 0 d E mt = 0 E mt = Const. (74)
2 2 2
W12 = 1 d Vg + 1 d Ve + 1 dT (75)
( ) ( )
W12 = Vg 2 − Vg 1 + Ve2 − Ve1 + ( T2 − T1 ) (76)
( ) (
W12 = Vg 2 + Ve 2 + T2 − Vg 1 + Ve1 + T1 ) (77)
W12 = E mt 2 − E mt 1 (78)
W12 = 0 E mt 2 = E mt 1 (79)
A≡1 AB = l
h x1
α B≡2
r
N fatrito r
N
m x&& i1 m x&& i1
r r
mg mg
α α
dW = dVg + dVe + dT
e portanto
( ) (
W12 = Vg 2 + Ve 2 + T2 − Vg 1 + Ve1 + T1 ) (77)
W12 = 0
(Vg2 ) (
+ Ve 2 + T2 = Vg 1 + Ve1 + T1 )
Determine-se agora cada um dos termos da expressão anterior:
Vg 2 = m g h2
1
T2 = m v 22
2
Vg 1 = m g h1
Substituindo na expressão
1 2
m g h2 + 0 + m v 2 = ( m g h1 + 0 + 0 )
2
isto é
1
m g ( h2 − h1 ) =− m v 22
2
v 22 = 2 g ( h2 − h1 )
v 2 = 2g h
Considerando agora a existência de atrito entre o corpo e a rampa, o termo W12 não
é nulo, sendo igual a
B uuuuu r uur B
W12 = fatrito • dx = fatrito ⋅ dx
A A
O equilíbrio de esforços na direção vertical (ver figura 12) permite escrever que
N − m g cos α = 0
Logo
B B
W12 = fatrito • dx = − µ m g cos α • dx = − µ m g l cos α
A A
Vg 2 = m g h2
1
T2 = m v 22
2
Vg 1 = m g h1
Substituindo na expressão
1
− µ m g l cos α = m g hB + 0 + m v B2 − (m g hA + 0 + 0 )
2
isto é
1
mv 22 = −mg ( h2 − h1 ) − µ mgl cos α
2
v 22 = 2g ( h1 − h2 ) − 2 µ gl cos α
v 2 = 2g ( h − µ l cos α )
O cursor de massa m, representado na figura 13, desliza sem atrito sobre uma guia
circular posicionada na vertical, estando ligado ao exterior (ponto A) por uma mola de
rigidez k. Quando o cursor passa no ponto B a deformação da mola é nula.
Sabendo que o cursor passa no ponto D com uma velocidade vD (m/s), pretende-se
determinar:
e portanto
( ) (
W12 = Vg 2 + Ve 2 + T2 − Vg 1 + Ve1 + T1 ) (77)
Como não há atrito entre o cursor e a guia, o termo W12 é nulo, podendo-se
escrever que no percurso DC (posição inicial, 1 - ponto D, posição final, 2 - ponto C)
(V g2 ) (
+ Ve 2 + T2 = Vg 1 + Ve1 + T1 )
C v
B A D
O
X
a R
Y
uur
C m at
r uur
N − m ar
Fk
r
mg
B A
O D X
Vg 2 = m g hC Vg 1 = m g hD
1 1
k (∆l )C
2
k ( Δl )D
2
Ve 2 = Ve1 =
2 2
1 1
T2 = m v C2 T1 = mv D2
2 2
1 1 2 1 1 2
m g hC + k (∆l )C + m v C = m g hD + k (∆l )D + m v D
2 2
2 2 2 2
isto é
m g (hC − hD ) +
1
2
[
k (∆l )C
2 1
] (
− (∆l )2D + m v C2 − v D2 = 0
2
)
(v 2
C )
− v D2 = 2 g (hD − hC ) +
k
m
[
(∆l )2D − (∆l )C2 ]
v C2 = v D2 + 2 g (hD − hC ) +
k
m
[
(∆l )2D − (∆l )C2 ]
v C = v D2 + 2 g (hD − hC ) +
k
m
[
(∆l )2D − (∆l )C2 ]
onde
(hD − hC ) = − R
(∆l )2D (
= (l D − l 0 )2 = AD − AB )2 = [(R + a ) − (R − a )]2 = 4 a 2
( )2
2
(∆l )C2 = (l C − l 0 )2 = AC − AB = R 2 + a 2 − (R − a )
= L2
Logo
v C = v D2 − 2 g R +
k
m
(
4 a 2 − L2 )
2 2
(∆l )C2 = L = R 2 + a 2 − (R − a ) = 0.3 2 + 0.125 2 − (0.3 − 0.125 ) = 0.150 2
v C = 1 .8 2 − 2 x 9 .8 x 0 .3 +
250
1
(
4 x 0.125 2 − 0.150 2 )
v C = 2.713 m / s
A equação (64) dW = dT que relaciona o trabalho das forças aplicadas sobre cada
ponto material com a variação de energia cinética que proporciona pode ser reescrita na
forma
dW − dT = 0 ,
dW r + dW j = 0 (80)
sendo dWr o trabalho elementar das forças reais aplicadas ao ponto e dWj o trabalho
elementar das forças de inércia. Isto, porque, de acordo com a expressão (53), a função
potencial de que derivam as forças de inércia é a energia cinética e em consequência, e
de acordo com a expressão (68), a variação infinitamente pequena dessa energia cinética
é igual e de sinal contrário ao trabalho elementar dessas forças de inércia.
A expressão (80) é válida para qualquer ponto material, isolado ou não. No caso de
este ponto pertencer a um dado sistema material, podem dividir-se as forças que atuam
nesse ponto em "exteriores" e "interiores" ao sistema material. Neste caso a expressão (80)
dará origem a esta outra
isto é
dW e + dW i + dW j = 0 (81)
( )
n
dW ke + d W ki + d W kj = 0 (82)
k =1
n e
n i
n j
dWk + dWk + dWk = 0 (83)
k =1 k =1 k =1
dW e* + dW i* + dW j* = 0 (84)
Note-se que a expressão (84) é formalmente idêntica à (81), mas em cada parcela
aparece o trabalho elementar total de cada conjunto de forças (exteriores, interiores e de
inércia).
Importa agora pensar no seguinte pormenor. Para cada ponto material isolado, o
deslocamento infinitesimal considerado é perfeitamente arbitrário. Mas num sistema
material existem ligações entre os pontos que o integram, pelo que o deslocamento
considerado variará de ponto para ponto, de acordo com as relações cinemáticas bem
definidas.
B B''
a) b) dx c)
B
C''
A B'
C dθ
A C'
A C
C
Figura 15 - Exemplos de deslocamentos (linear e angular) compatíveis com as ligações de
um sistema material.
• Deslocamento infinitesimal;
• Real ou imaginário;
δx δα
α
A A' A
A'' A = A'''
yA xA A
a) b) c) d)
A posição da barra fica completamente definida por três parâmetros, por exemplo
XA, YA e α. Um deslocamento virtual poderia ser definido pela variação isolada de cada um
destes parâmetros:
δ x A = 0 δ x A ≠ 0 δ x A = 0
Figura 16-b) δ y A ≠ 0 Figura 16-c) δ y A = 0 Figura 16-d) δ y A = 0
δ α = 0 δ α = 0 δ α ≠ 0
B'
δβ Deslocamento virtual:
B
B
C+ δxA = f 1 ( δβ )
δy A = f 2 ( δ β )
δ α = δβ
α
A A' δ y A = f 2 (δ β )
A
δ x A = f1 ( δ β )
B'
B*
B B δα Deslocamento virtual:
δx A = δ x
δ yA = 0
α δα ≠ 0
A A δx A'
a) b)
Entende-se por trabalho virtual de uma força aplicada sobre um dado ponto
material, o trabalho realizado por essa força quando o ponto se move em consequência de
r
um deslocamento virtual do sistema a que esse ponto pertence. Assim, para uma força F
aplicada num dado ponto A, escreveríamos
r uuur
δW = F • δ A (85)
δW e + δW i +δW j = 0 (86)
A expressão (86) é equivalente à expressão (84). Com efeito, cada um dos pontos
que constituem o sistema material está sob a ação de um sistema de forças concorrentes
equivalente a zero (isto, se se incluírem as forças de inércia).
δW e + δW j = 0 (87)
δW e = 0 (88)
δx
δα δx
δω = 0 δx
δω = 0
δ ω = f a .δ x δω = Mδα
a) b) c) d)
A grande vantagem deste método reside no facto de não ser necessário, em geral,
resolver simultaneamente todas as equações que regem o movimento dos sistemas
materiais. Podem-se formular e resolver quase sempre as equações parcelares
estritamente necessárias para o problema.
A figura 20 mostra um disco de raio R que rola sem escorregar sobre um plano
inclinado, sob a ação das forças de gravidade e da força elástica de uma mola linear, nas
condições da figura.
x xx
xx
R
• C
θ A
Sabendo que o disco parte do repouso, de uma posição em que a mola não está
deformada, pretende-se determinar:
α&
FK
Izz&α& C
&&
mx
T mg
A
X
Análise cinemática
uur uur ur uuur
v G = v A + ω × AG ,
0 0 Rα& x&
uur r
v G = 0 + 0 × R = 0 = 0 , pelo que
−α& 0 0 0
dx dα
=R , dx = Rdα .
dt dt
• Rα&& x&&
uur uur
aG = v G = 0 = 0
0
0 0
• mRα&& mx&&
ur uur
Q = m aG = 0 = 0
0 0
0
I 0 0 0 0
uuur ur XX
HG = [ IG ] × ω = 0 IYY 0 0 = 0
0 0 IZZ −α& −IZZα&
•r
uuur uuu 0
K G = HG = 0
0 −I α&&
ZZ
(V g2 ) ( )
− Vg 1 + Ve2 − Ve1 + (Τ 2 − Τ 1 ) = W12
1
− M g sin θ x +
144424443
k x2 + (1
0 − 0)
424 3
=
{
0
2424
1 3
∆ Vg ∆Τ ∆W
∆ Ve
2 M g sinθ
donde se obtém x = ( x = deformação máxima da mola).
k
C
δx
δα
A
X
δW e + δW i +δW j = 0
r uur uur uur ur uuur ur uuur
δ W e = mg • δ x + FK • δ x + N • δ A + T • δ A
δWi = 0
x&& δ x
mx&& δ x + IZZ + Kx δ x = mg sinθ δ x
R R
IZZ &&
m + 2 x + Kx = mg sinθ
R
ur
Para determinar a reação do plano inclinado sobre o disco ( N ) pode-se aplicar um
uur
deslocamento virtual δ y segundo a direção da normal ao plano inclinado e impedindo a
δy
A
X
Assim,
−mg cos θ δ y + N δ y = 0
N = mg cos θ
ur
Para determinar a força de atrito no ponto de contacto A ( T ),pode-se aplicar um
uur
deslocamento virtual δ x segundo a direção do plano inclinado e impedindo a rotação
virtual do disco, determinando-se o correspondente Trabalho Virtual realizado pelas
solicitações aplicadas ao sistema, como se mostra na figura 24.
δx C’
δx X
A’
Assim,
r uur uur uur ur uur ur uur ur • uur
δ W + δ W + δ W = mg • δ x + FK • δ x + N • δ x + T • δ x − Q • δ x = 0 ,
e i j
T = mx&& + Kx − mg sin θ
.
Y0
X1
G2
θ
A O
Figura 25 - Mecanismo simples
X0
Mm cos ωt
Corpo1 - Um disco, de raio r e massa m1, que roda em torno do ponto O fixo, com
velocidade angular θ& e aceleração angular θ&& , acionado pelo momento motor
Mm cos ωt; o disco está ligado à mola de rigidez k através de um cabo
inextensível que se enrola sobre o próprio disco;
r r r
m1 g , m2 g , Fk , RO e M m cos ωt k .
Y0 •
Y0 KG2
X1 Q2 X1
ROY θ θ
A O
ROX O X0
m2 g KG1 X0
Fk Mm cos ωt
m1 g
k k
a) b)
•
uuur uuu r uuur
K G1 , Q 2 e K G2 2 .
1
X’1
δθ
Y0
X1
A O θ
δy X0
A’
δW e + δW i + δW j = 0
δW i = 0
uuur uur •r
uuu uuuur uuuur uur
δ W = −K G1 • δθ − Q 2 • δ G2 − K G2
j 1 2
• δθ
Note-se que o trabalho virtual das forças e momentos de inércia é igual e de sinal
contrário ao trabalho realizado pelas quantidades de aceleração e momentos dinâmicos.
0
r
m2 g = − m2 g
0
0 0 0 0
FK = − Fk = − K (Y + ∆ ) = − K (− R θ + ∆ ) = K (R θ − ∆ )
0 0 0 0
0
r
M m cos ωt k = 0
M cos ωt
m
Ix1 x 0 0 0 0
uuur uuur 11 uuur
HG1 1 = IG1 x ω10 = 0 Iy11y1 0 x 0
= 0 = H 1
G1
S1
θ& I1 θ& S0
0 0 Iz11z1 z1z1
0
uuur
K G1 1 = 0
S0
I1 θ&&
z1z1
2 R cos θ
uuuur
OG2 = 2 R sin θ
S0
0
− θ& sin θ
uuur
v G 2 = 2 R θ& cos θ
0
•r
− θ&& sin θ − θ&2 cos θ
uuu
Q 2 = m2 2 R θ&&cos θ − θ&2 sin θ
0
Ix2 x 0 0 0 0
uuur uuur 22 uuur
HG2 2 = IG 2 x ω20 = 0 Iy22 y 2 0 x 0 = 0 = HG2 2
S1
2 S0
0
uuur
K G2 2 = 0
S0
I 2 θ&&
z2 z2
0
δθ = 0
δθ
0 0 2 R cos θ − 2 R sin θ δθ
uuuur uuur uur uuuur
δ G2 = δ O + δθ x OG2 = 0 + 0 x 2 R sin θ = 2 R cos θ δθ
0 δθ 0 0
0 0 − R 0
uuur uuur uur uuur
δ A = δ O + δθ x OA = 0 + 0 x 0 = − R δθ
0 δθ 0 0
•r
r uuuur uur uuur r uur uuu r uur uuu uuuur uuur uur
m2 g • δ G2 + FK • δ A + Mm cos ωt k • δθ − K G1 • δθ − Q 2 • δ G2 − K G2 2 • δθ = 0
1
obtém-se
0 − 2 R sin θ δθ 0 0
− m2 g • 2 R cos θ δθ + K ( R θ − ∆ ) • − R δθ +
0 0 0 0
0 0 0 0
+ 0 • 0 − 0 • 0 −
M cos ωt δθ I1 θ&& δθ
m z1z1
isto é
− m2 g 2 R cos θ δθ − K ( R θ − ∆ ) R δθ + Mm cos ωt δθ
( )
− I1z1z1 θ&&δθ − m2 2 R 2 R θ&& δθ − Iz22 z2 θ&&δθ = 0
(I1
z1z1 )
+ Iz22 z2 + 4 m2 R 2 θ&& + K R ( R θ − ∆ ) + 2 m2 g R cos θ = Mm cos ωt
(I 1
z1z1 )
+ Iz22 z2 + 4 m2 R 2 θ&& + K R ( R θ − ∆ ) + 2 m2 g R = Mm cos ωt
Mm cos ωt = 0, θ = 0, θ&& = 0
− K R ∆ + 2 m2 g R = 0
isto é
2 m2 g
∆=
K
(I
1
z1z1 )
+ Iz22 z2 + 4 m2 R 2 θ&& + K R 2 θ = Mm cos ωt
δW e + δW i + δW j = 0
a qual é equivalente a escrever:
r uur r uur uur uur r uur uur uur
δ W e = m1 g • δ x + m2 g • δ x + FK • δ x + Mm cos ωt k • δθ + RO • δ x
δW i = 0
uuur uur uuu •r uuuur uur
uuuur
δ W = −K G1 • δθ − Q 2 • δ G2 −
j 1
K G2 2 • δθ
X1 X’1
Y0
A O
δx O’ X0
0 δ x 0 δ x 0 δ x 0 0
−m1 g • 0 + −m2 g • 0 + K ( Rθ − ∆ ) • 0 + 0 • 0
0 0 0 0 0 0 M cos ωt 0
m
(
ROX δ x − m2 2 R − θ&& sin θ − θ&2 cos θ δ x = 0)
isto é
(
ROX = − m2 2 R θ&& sin θ + θ&2 cos θ )
Y0 X’1
O’ X1
δy
A O
X0
δW i = 0
( )
−m1 g δ y − m2 g δ y + k(Rθ −∆ ) δ y + ROY δ y − m2 2 R θ&&cos θ − θ&2 sin θ δ y = 0
isto é
( )
ROY = m2 2 R θ&&cos θ − θ&2 sin θ − k(Rθ −∆ ) + ( m1 + m2 ) g
2 1
Emt = Emt − Wn cons.
1 uur uur 1 r T r
T = Mv G .v G + ω [ IG ]ω .
2 2
Logo a energia cinética total do mecanismo é dada pela soma das energias cinéticas
de cada corpo, isto é
T = T corpo1 + T corpo 2 = T 1 + T 2
Ix1 x 0 0 0
r r 11
1
2
1
2
& {
T = m1 0 • 0 + 0 0 θ 0 } Iy11y1 0 × 0 +
0 0 I1z1z1 θ&
T = T1 + T 2 =
1 1
2
(
Iz1z1 + 4 m2 R 2 + Iz22 z2 θ&2)
A energia potencial gravítica de um corpo é definida, em qualquer instante, pela
1
K ( ∆X ) .
2
expressão Ve =
2
No instante inicial o sistema está em repouso θ& = 0 , os corpos 1 e 2 estão na
π
posição vertical Yh1 = 0 e Yh2 = −2R e a deformação da mola é igual a − R − ∆ ,
2
logo:
T1 = 0
Vg1 = −2 m2 g R
2
1 π
Ve1 = k −R − ∆
2 2
T2 = (
1 1
Iz z + 4 m2 R2 + Iz2 z θ&2
2 11 2 2
)
Vg 2 = 0
1
k ( −∆ )
2
Ve 2 =
2
2
π
1
− 2m2 g R + k − R − ∆ =
2 2
1 1
2
( ) 1
Iz1z1 + 4 m2 R 2 + Iz22 z2 θ&2 + k ( ∆ )
2
2
isto é
π
2
2
k − R − ∆ − ( ∆ ) − 4m2 g R
2
θ&2 =
(
I1z1z1 + 4 m2 R 2 + Iz22 z2 )
π
2
2
k − R − ∆ − ( ∆ ) − 4m2 g R
2
θ& =
(I 1
z1z1
+ 4 m2 R 2 + Iz22 z2 )
G1 Pretende-se determinar a
e
O θ equação de movimento, as forças
X de ligação entre os corpos 1 e 2,
e as reações no apoio O.
Mm
e cos θ = (R + r) sin ϕ
(89, 90)
OA = e sin θ + (R + r) cos ϕ
e
ϕ = arc sin cosθ
(r + R)
e sin θ
− e θ& sin θ = (r + R)φ& cos φ ⇔ φ& = − θ& (91)
(r + R) cos φ
( )
(r + R)φ&&cos φ = − e θ&& sin θ − θ&2 cos θ + (r + R)φ&2 sin φ
φ&& = −
e
(r + R) cos φ
( )
θ&& sin θ − θ&2 cos θ + φ&2 tg φ
uur uuur
v I1 = v I 2
isto é,
θ&
γ& = (e sin θ + R cos ϕ )
r cos ϕ
isto é,
e sin θ R
γ& = θ& +
r cos ϕ r
e sin θ R
v A = (e cos θ − R sin ϕ )θ& + r θ& + sin ϕ
r cos ϕ r
e sin θ R
γ& = θ& +
r cos ϕ r
(96, 97)
v A = e θ& (cos θ + sin θ tg ϕ )
As expressões (92) e (97) deveriam ser iguais, o que pode ser obtido após adequada
transformação. Assim retomando a definição de ϕ& apresentada em (91)
e sin θ
φ& = − θ&
(r + R) cos φ
obtém-se
e sin θ
v A = e θ& cos θ − (r + R) − θ& sin φ
(r + R) cos φ
sin θ
v A = e θ& cos θ + e θ& sin ϕ
cos ϕ
isto é,
sin ϕ
v A = e θ& cos θ + sin θ , c.q.d.
cos ϕ
expressão (94)
isto é
− r γ&& cos ϕ + r γ& 2 sin ϕ = − θ&& (e sin θ + R cos ϕ ) − e θ&2 cos θ + R θ& γ& sin γ
− r γ&& cos ϕ = − θ&& (e sin θ + R cos ϕ ) − e θ&2 cos θ + R θ& γ& sin γ − r γ& 2 sin ϕ
γ&& =
1
r cos ϕ
[
θ&& (e sin θ + R cos ϕ ) + e θ&2 cos θ − R θ& γ& sin γ + r γ& 2 sin ϕ ]
A figura 31-b mostra o diagrama de corpo livre do sistema onde são representadas
as quantidades de aceleração e os momentos dinâmicos no centro de massa dos três corpos
que constituem o mecanismo, respetivamente:
uuur uuur uuur uuur uuur
m1 aG1 , K G1 1 , m2 aG 2 , K G2 2 , m3 aG3 .
No caso do sistema came impulsor é imposta uma rotação virtual real δθ em torno
do ponto O, do qual resulta um deslocamento dos pontos G1 e A. O ponto O permanece
•
uur • •
uuur uuur uur uuur uuuur uuuur uur uuur uuuur
δ W = − Q • δ G1 − K G1 • δθ − Q • δ G2 − K G2 • δγ − Q 3 • δ G3
j 1 1 2 2
Note-se que o trabalho virtual das forças e momentos de inércia é igual e de sinal
contrário ao trabalho realizado pelas quantidades de aceleração e momentos dinâmicos.
Y
FR Y
C C
RC
FK
m3 aG3
B B
RB
G3 G3
m3 g
a a
m2 aG2
b b
A I A I
KG2
ϕ ϕ
R R
m2 g m1 aG1
G1 G1
O O
ROX θ X θ X
Mm
m1 g
KG1
ROY
a) b)
r uuur r uuuur r uuuur uur uuuur uur uuuur r uur uur uuur uur uur
m1g • δ G1 + m2 g • δ G2 + m3 g • δ G3 + FK • δ G3 + FR • δ G3 + Mmk • δθ + RO • δ O + RB • δ B +
• •r •
uur uur uur uuur uuur uur uuu uuuur uuur uur uur uuuur
RC • δ C − Q • δ G1 − K G1 • δθ − Q • δ G2 − K G 2 • δγ − Q 3 • δ G3 = 0
1 1 2 2
0 0 0
r r r
m1g = −m1g ; m2 g = −m2 g ; m3 g = −m3 g
0 0 0
0
0 0
uur
FK = −Fk =
−K ∆y = −K OA ( ) ( )
− OA π
0
θ =θ θ =− 2
0
0
0 0
uur
FK = −K [( e sinθ + R cos ϕ + r cos ϕ ) − ( −e + R + r )] = −K [e (1 + sinθ ) − ( R + r )(1 − cos ϕ )]
0 0
Ix1 x 0 0 0 0
uuur uuur 1 1 uuu1r
HG1 1 = IG1 x ω10 = 0 Iy11y1 0 x 0 = 0 = HG1
S1
1 1 S0
0
uuur
K G1 1 = 0
S0
I1 θ&&
z1z1
0 0
uuuur uuur uuur
OG2 = OA = e sinθ + ( R + r ) cos ϕ v G 2 = eθ cosθ − ( R + r ) ϕ& sin ϕ
&
S0 S0
0 0
0
uuur
( )
aG 2 = e θ&& cosθ − θ& sinθ − (R + r) (ϕ&& sinϕ + ϕ& cos ϕ )
2 2
0
•r
0
uuu &&
2 2
( 2
)
Q = m2 e θ cosθ − θ& sinθ − (R + r) (ϕ&& sin ϕ + ϕ& cos ϕ )
0
Ix2 x 0 0 0 0
uuur uuur 22 uuur
HG2 2 = IG 2 x ω20 = 0 Iy22 y 2 0 x 0 = 0 = HG2 2
S1
2 S0
0
uuur
K G2 2 = 0
S0
−I 2 γ&&
z2 z2
•
0
uur &&
( ) (
Q = m3 e θ cos θ − θ& sin θ − (R + r) φ&& sin φ + φ&2 cos φ
3 2
)
0
Y 0 0
uuuur uuur
δ O = 0 δθ = 0
0 δθ
G’1
G1
O δθ
X
d) Equação de movimento
A equação de movimento pode ser simplificada, atendendo a que
δG2 = δG3 = δB = δC
e logo
• • •
uur uuur r uur uuur r r uur uur uur uur uuu2r uuu3r uuuur
1
RO • δ O + m1 g − Q • δ G1 + m2 g + m3 g + FK + FR + RB + RC − Q − Q • δ G2 +
r uuur uur uuuur uur
+ Mm k − K G1 1 • δθ − K G2 2 • δγ = 0
0 0 0 0 0 0
RBX + RCX 0
+ −m2 g − m3 g − −K e (1 + sin θ ) − ( R + r )(1 − cos ϕ ) − FR • e δθ ( cos θ + sin θ tgϕ ) +
0
0
0 0
( ) (
− ( m2 + m3 ) e θ&& cos θ − θ&2 sin θ − (R + r) ϕ&& sin ϕ + ϕ& 2 cos ϕ
)
• eδθ ( cos θ + sin θ tgϕ ) +
0
0
0 0 0 0
0 • 0
− 0 •
0 =0
1 && δθ 2 sin θ
Mm − Iz1z1θ −Iz2 z2 γ&& −
e
δθ
( R + r ) cos ϕ
( )
− ( m2 + m3 ) e θ&& cosθ − θ&2 sinθ − (R + r) (ϕ&& sin ϕ + ϕ& 2 cos ϕ ) eδθ ( cosθ + sinθ tgϕ )
sinθ
(M )
− I1z1z1θ&& δθ − Iz22 z2 γ&& −
e
δθ = 0
( R + r ) cos ϕ
m
( )
− ( m2 + m3 ) e θ&& cosθ − θ&2 sinθ − (R + r) (ϕ&& sin ϕ + ϕ& 2 cos ϕ ) e ( cosθ + sinθ tgϕ )
sinθ
(M )
− Iz11z1θ&& − Iz22 z2 γ&& −
e
=0
( R + r ) cos ϕ
m
e sinθ
Mm = Iz11z1θ&& + m1e 2θ&& − Iz22 z2 γ&& +
( R + r ) cos ϕ
( )
+ ( m2 + m3 ) e θ&& cosθ − θ&2 sinθ − (R + r) (ϕ&& sin ϕ + ϕ& 2 cos ϕ ) e ( cosθ + sinθ tgϕ )
Y Y
FR
C C
RC
FK
m3 aG3
B B
RB
G3 G3
m3 g
m2 aG2
T
A A
I I
KG2
ϕ ϕ
N R
m2 g
G1 G1
O O
θ X θ X
a) b)
a) Determinação da componente T
δ W e + δ W i + δ W j = 0 , isto é ( δ W i = 0 )
r uuuur r uuuur uur uuuur uur uuuur uur uur uur uur
δ W e = m2 g • δ G2 + m3 g • δ G3 + FK • δ G3 + FR • δ G3 + RB • δ B + RC • δ C
r uur r uur
+N • δ I + T • δ I
•r
uuu •
uuuur uuuur uur uuur uuuur
δ W = − Q • δ G2 − K G 2 • δγ − Q 3 • δ G3
j 2 2
Note-se que o trabalho virtual das forças e momentos de inércia é igual e de sinal
contrário ao trabalho realizado pelas quantidades de aceleração e momentos dinâmicos.
A soma das três parcelas tem por resultado:
r r
m2 g • δG2 + m3 g • δG3 + FK • δG3 + FR • δG3 + RB • δB + RC • δC
• •
r r
+ N • δ I + T • δ I − Q 2 • δG2 − K G2 2 • δγ − Q • δG3
3
=0
0 0
uuur uuuur uuuur uur uur
δγ = 0 δ G2 = δ G3 = δ B = δ C = 0
−δγ 0
−Iz22 z2 γδγ
&& = 0
T r = I z22 z2 γ&&
δγ
I z22 z2
A T = γ&&
I r
G1 Figura 34 –
O Campo de deslocamentos virtuais (II).
θ X
b) Determinação da componente N
A determinação da componente N pode ser obtida aplicando ao sistema o seguinte
campo de deslocamentos virtuais (ver figura 35):
• Imobilizar a rotação do corpo 2 em torno do ponto A;
δ W e + δ W i + δ W j = 0 , isto é ( δ W i = 0 )
•r
uur uur uur uur r uur r uur uuu uuuur
+ RB • δ B + RC • δ C + N • δ I + T • δ I − Q 2 • δ G2 −
A’
A
I
b.1 Campo de deslocamentos e rotações
ϕ
virtuais
G1 0 0
uur uuuur uuuur uur uur uur
δγ = 0 δ G2 = δ G3 = δ B = δ C = δ I = δ y
O 0 0
θ X
Figura 35 –
Campo de deslocamentos virtuais (III).
• •
r r uur uur uur uur r r uuur2 uur3 uuur
m2 g + m3 g + FK + FR + RB + RC + N + T − Q − Q • δ y = 0
( )
− ( m2 + m3 ) e θ&& cosθ − θ&2 sinθ − (R + r) (ϕ&& sin ϕ + ϕ& 2 cos ϕ ) = 0
N=
1
cos ϕ
{T sinϕ + m2 g + m3 g + K e (1 + sinθ ) − ( R + r )(1 − cos ϕ ) + FR +
( )
+ ( m2 + m3 ) e θ&& cosθ − θ&2 sinθ − (R + r) (ϕ&& sin ϕ + ϕ& 2 cos ϕ ) }
-N Y
-T A
I I
ϕ ϕ
R R
m1 aG1
G1 G1
O O
ROX θ X θ X
Mm
m1 g
KG1
ROY
a) b)
δ W e + δ W i + δ W j = 0 , isto é ( δ W i = 0 )
0 δ x
uuur uuur uuur uur
δθ = 0 δ O = δ G1 = δ I = 0 .
0 0
Aplicando o campo de
Y
deslocamentos virtuais à equação dos
(
ROX + N sin φ + T cos φ + m1 e θ&& sin θ + θ&2 cos θ = 0 )
(
ROX = − N sin φ − T cos φ − m1 e θ&& sin θ + θ&2 cos θ )
δ W e + δ W i + δ W j = 0 , isto é ( δ W i = 0 )
•
uur uuur uuur uur
δ W = − Q 1• δ G1 − K G1 1 • δθ
j
Y 0
uur
δθ = 0
A 0
I
0
uuur uuur uur
ϕ δ O = δ G1 = δ I = δ y
O’ 0
R
δy G1
O θ Figura 38 –
X Campo de deslocamentos virtuais (V).
(
ROY − m1 g − N cos φ + T sin φ − m1 e θ&&cos θ − θ&2 sin θ = 0 )
(
ROY = m1 g + N cos φ − T sin φ + m1 e θ&&cos θ − θ&2 sin θ )
7 PROBLEMAS PROPOSTOS
Problema TE1
A
θ
E
l1
l2
B
Ao ponto B está ligado o êmbolo de um cilindro hidráulico, o qual aplica uma força
F, constante, durante o movimento de descida do êmbolo e uma força nula no seu
movimento em sentido inverso.
Problema TE2
y 1
3
2
R A
B k
θ r
O
β x
Mm
C
O ≡ G1, B ≡ G3
Corpo 1 - Um disco de massa m1, que roda em torno do eixo Z0 com velocidade angular
Corpo 3 - Um disco de raio r e massa m3, que rola sem escorregar sobre o plano
horizontal, no ponto C, e está ligado ao exterior por uma mola de rigidez K;
considere que para θ = 0 a deformação da mola é nula.
Problema TTV1
y
H
K
B
A
L θ
r
G1 1 Fr
O G2 x
Mm
R 2
O sistema mecânico K
representado na figura é C
constituído por:
Corpo 1 - Um braço de massa m1, que roda em torno do ponto O fixo com velocidade
Corpo 2 - Uma corrediça, de massa m2, que translada horizontalmente sobre duas guias;
Problema TTV2
G1 FR
A B
C
a G2 P
G3
M
m
θ
O
b
D
d
c
OG2 = l
E
OC = 2 l
OG3 = h
G4 PG4 = 2 h
Corpo 1 - Uma barra de massa m1, que translada horizontalmente e sobre a qual atua
uma força resistente; a barra está ligada ao corpo 2 no ponto C através de
um pino deslizante;
m3, que rodam em torno do ponto O fixo com velocidade angular θ& e
aceleração angular θ&& , sob a ação do momento motor Mm; a barra 3 está
ligada ao corpo 4 no ponto P através de um pino deslizante;
Problema TTV3
θ Y
2 1
A
O X
ϕ M r
M
B
O ≡ G1
h B ≡ G3
3
OA = r
FC AB = 2 a
AG2 = a
Corpo 1: um disco, de raio R e massa m1, que roda em torno do ponto O fixo com
Corpo 2: uma barra AB, de comprimento 2a e massa m2, articulada em A com o corpo 1
e em B com o corpo 3;
Corpo 3: um cursor de massa m3, com movimento imposto pela guia horizontal, e
submetido à ação da força de corte constante FC conhecida.
Problema TE3
R2
r
R1
Q I
P
R3
B
h
0
Corpo 2 uma roda dentada de raio primitivo R2, que engrena com o corpo 1, acoplada a
um tambor de raio r, com massa m2 e raio de giração Rg, sobre o qual se enrola
um cabo inextensível que sustenta o corpo 3;
Corpo 3 uma roldana móvel, de massa e inércia desprezáveis, com raio R3, que sustenta
o corpo 4;
Problema TE4
corpo 2
corpo 1
Corpo 1 - Um contrapeso de massa m1, que translada verticalmente com velocidade s& e
aceleração s&& por ação da gravidade, e está suspenso de um cabo inextensível
que contacta sem escorregar o corpo 2;
Corpo 2 - Uma roldana móvel de raio R e massa m2, que roda em torno de um eixo
Problema TE5
y0
y2 , y1 1
x0
O
x1
θ
l x2
2
G1
B
A
Corpo 1: um braço de massa m1, que oscila em torno do ponto O com velocidade angular
Corpo 2: um cursor de massa m2, que pode deslizar na guia radial do corpo 1 e rodar em
relação ao corpo 3;
Corpo 3: outro cursor de massa m3, com movimento imposto pela guia horizontal, e
submetido à ação da mola de rigidez K;
Considere a massa e a inércia dos três corpos, e suponha que todas as ligações são
perfeitas, e que a deformação da mola é nula para θ = 0. Usando o Teorema dos Trabalhos
Virtuais, determine:
b) As reações no ponto O;
Problema TE6
Suponha que todas as ligações são perfeitas. O sistema inicia o movimento a partir da
posição θ = 0, posição em que a mola de torção não apresenta qualquer deformação,
movendo-se o ponto A para a esquerda.
Problema TE7
Y
2 3
B O ≡ G1
G2 B ≡ G3
A OA = a
1 β K
AG2 = G2B = b
M1
θ
O L X
Corpo 1: um disco de massa m1, que roda em torno do ponto O fixo com velocidade
Corpo 2: uma barra AB, de comprimento 2b e massa m2, articulada em A com o corpo 1
e em B com o corpo 3;
Corpo 3: um cursor de massa m3, com movimento imposto pela guia vertical, e
submetido à ação da força de uma mola de rigidez K (N/m); quando θ = 0 a
deformação da mola é nula.
Problema TE8
Suponha que todas as ligações são perfeitas. O sistema inicia o movimento a partir da
posição θ = 0, posição em que a mola não apresenta qualquer deformação, movendo-se o
ponto A para a direita.
Problema TE9
y
OA=2a OG1=a
C AB=3a BG2=4a
AC=5a G3=B
A 2
1
M
k
θ, θ&, &θ& ϕ, ϕ&, ϕ
&& x
b B
Corpo 1: uma barra OA, de comprimento 2a e massa m1, que roda em torno do ponto O
fixo com velocidade angular θ& e aceleração angular θ&& , acionada pelo
momento motor constante M conhecido;
Corpo 2: uma barra BC, de comprimento 8a e massa m2, articulada em A com o corpo 1
e em B com o corpo 3;
Corpo 3: um cursor de massa m3, com movimento imposto pela guia horizontal, e
submetido à ação da força da mola de rigidez K.
Suponha que todas as ligações são perfeitas. O sistema inicia o movimento a partir da
posição θ = 0, posição em que a mola não apresenta qualquer deformação.
ÍNDICE:
r r r r
r dv r
F = m a ⇔ F = m F dt = m dv (1)
dt
t
r v
r
r
F
t0
dt = v0 m dv
r (2)
uur uuur
( )
r r uur
F dt = m v t − v t0 = m v − v 0
t
t0 (3)
Da equação (3) resultam três equações escalares,
t
(
t0 Fx dt = m v x − v 0 x )
F dt = m ( v )
t
t0 y y − v 0y
F dt = m ( v )
t
t0 z z − v 0z (4)
r
Designa-se por impulso linear de uma força F , que atua durante o intervalo de
tempo t0 , t sobre determinado ponto material, à grandeza vetorial definida por
t
r
dt .
F
t0
Da equação (3) resulta que esse impulso linear é sempre igual à variação sofrida
nesse intervalo de tempo, pelo vetor quantidade de movimento linear do ponto material
sobre o qual atua a força.
→ t r r r
Imp = q − q0 = ∆ q (5)
t0
uuur d uur
MO = hO (7)
dt
t 0
t0 MOx dt = hOx − hOx
t 0
t0 MOy dt = hOy − hOy
t 0
t0 MOy dt = hOz − hOz (10)
Da expressão (9) resulta que o impulso angular é sempre igual à variação sofrida
pelo vetor momento cinético do ponto material em questão, calculado relativamente ao
mesmo ponto usado para pólo no cálculo do momento da força.
Designando o vetor momento cinético por quantidade de movimento angular, é
possível enunciar o princípio (generalizado) do impulso e quantidade de movimento.
"O impulso, linear ou angular, de uma força (ou sistema de forças) que atua
durante determinado intervalo de tempo sobre um ponto material, é sempre
igual à variação da quantidade de movimento, linear ou angular, que produz".
uuuuur
( )
uur d uur
Σ F ext = M aG = M vG
dt (11)
Num sistema de pontos materiais, o impulso linear das forças a ele aplicadas, é
igual à variação da quantidade de movimento linear que produz.
Há situações em que uma força muito grande pode atuar durante um pequeno
intervalo de tempo sobre um ponto material, produzindo variação considerável na
respetiva quantidade de movimento. Tal força, é habitualmente designada força
impulsiva.
Em presença de forças impulsivas, o efeito das restantes forças pode, em geral, ser
desprezado (caso do peso próprio, força exercida por uma mola, etc.).
A arma, representada na figura 1, tem uma massa de 1340 kg, está em repouso
sobre o solo e não possui mecanismo de absorção do choque.
Y Y
uur
mB v B ur , uur
30º 30º F mA v A
X X
ur
F
uur t ur uur
mB v B0 + F dt = mB v B ,
t0
uur r
mas v B0 = 0 , logo
t ur uur t
0
F dt = m v
B B F dt = m
0
B vB F t = mB v B
mB v B 8 × 450
F = = −3
= 720 × 103 N
t 5 × 10
uur r
mas v A0 = 0 , logo
t ur , uur
0
F dt = m v
A A
F , t cos 30º
F , t cos 30º = mAv A vA =
mA
5 CHOQUE OU IMPACTO
Diz-se que há choque ou impacto entre dois corpos, quando, durante um intervalo
de tempo muito curto, eles contactam entre si, exercendo um sobre o outro forças
relativamente grandes.
Diz-se que há choque direto entre dois corpos, quando eles se movem ao longo da
normal à superfície que vai ser tangente comum, durante o choque. Esta normal é
habitualmente designada linha de choque.
A figura 3 exemplifica o caso do choque central direto entre duas partículas.
r
v '2
Linha de choque
r G2 G2
v2
r Tangente comum
v1
G1 r G1
v1'
Se os centros de massa desses dois corpos estão situados sobre linha de choque,
este designa-se por choque central. Em contraposição ao choque direto, ocorre o choque
oblíquo, e todo o choque que não é central, diz-se excêntrico.
O choque central direto, como se mostra na figura 4, pode ser dividido em três
fases: antes do impacto, no instante de máxima deformação e após o impacto.
uuur uuur
t t
v10 v 20
r
u
uur uur
t t
v11 v 21
O choque entre as duas partículas tem uma duração designada por tempo de
colisão, definida por
sento t* ( t0 < t* < t1 ), o instante em que a deformação das duas partículas é máxima e as
r
suas velocidades iguais a u .
Após o impacto e consequente (ou não) separação das duas partículas a quantidade
de movimento do sistema é definida por
uuur uur uur
t t
Q t1 = m1 v11 + m2 v 21 (20)
2º Durante o choque, cada um dos corpos sofre uma variação na sua quantidade
de movimento, devida à ação do outro corpo;
uuur uur uuur uuur
t0 t t0
m1 v1 ≠ m1 v11 m2 v 2 ≠ m2 v 2t1 (22)
4º A força de contacto varia de forma diferente, durante estas duas fases, como
se mostra na figura 5. Há perdas de energia durante o choque, pelo que nem
toda a energia de deformação é restituída.
t de restituição;
t0 t* t1 A2 / A1 - Coeficiente de restituição.
t
t*1 F dt (23)
e=
t*
t0 F dt
uuur r
t t*
uuur m1 u
m1 v10
t 21 dt
0
F
+ =
r uur
m1 u uuur t
t m1 v11
t* F21 dt
+ =
r t uuur uur
t
m2 u + t*1 F12 dt = m2 v 21 (27)
uuur r uuur
t* t
t0 F21 dt = m1 u − m1 v10 (28)
uuur uur r
t t
t*1 F21 dt = m1 v11 − m1 u (29)
Dividindo a equação (29) pela equação (28), obtém-se para a partícula material 1
r uur r
t1 t
t* F21 dt m 1 v 11 − m 1 u
e= = uuur (30)
t * r r t
t0 F21 dt m 1 u − m 1 v 10
r uur r
t1 t
t* F12 dt m 2 v 21 − m 2 u
e= = uuur (31)
t* r r t
t0 F12 dt m 2 u − m 2 v 20
isto é,
uur uuur r
t1 t0
v 1 + ev 1 = u (1 + e) (33)
uur uuur r
t1 t0
v
2 + ev 2 = u (1 + e)
o que significa que a diferença de velocidades entre as partículas após o choque é igual à
uuur uuuur
diferença de velocidades entre as partículas antes do choque, ∆v ' = ∆v .
o que significa que a diferença de velocidades entre as partículas após o choque é nula,
uur uur uur
isto é, v '2 = v1' = v ' .
r
v '2
Linha de choque
r G2 G2
v2
r Tangente comum
v1
G1 r G1
v1'
v '2 + v1'
e= (38)
v1 + v 2
Neste tipo de choque, os centros de massa dos dois corpos estão na linha de
choque enquanto estes estão em contacto. Porém, antes e após o choque, deslocam-se
com trajetórias diferentes, não paralelas a essa linha, como se mostra na figura 7.
ˆt r
θ'2 v '2
nˆ
r θ'1
v1'
r
v2
r G2
v1
θ2
θ1
G1
( ) = m (v )
m1 v1
t
1
'
1
t
(v ) = (v )
1
t
'
1
t
m (v ) = m (v )
2 2 2
'
2 (v ) = (v )
2
'
2
t t t t
isto é
2. O conjunto das duas partículas materiais não recebe qualquer impulso, pelo
que a quantidade de movimento global, na direção da linha de choque,
mantém-se constante, logo
m1 v1 ( ) n
( )
+ m2 v 2
n
= m1 v1'( ) n
( )
+ m2 v '2
n
isto é,
v1 − v 2 v1 ( ) − (v ) n
2
n
isto é
(
v '1 sin θ '1 + v '2 sin θ2' = e v 1 sin θ 1 + v 2 sin θ2 ) (42)
Norte
uur
uur
( mA + mB ) v '
mB v B 40º
Oeste Este
uur
mA v A
Sul
O facto das velocidades dos dois veículos, após a colisão, serem idênticas significa
que a diferença de velocidades entre os dois veículos após o choque é nula, que o
coeficiente de restituição é nulo e que o choque é perfeitamente plástico.
Isto é,
uur uur
v 'A − v B' ur
0
e = uur uur = uur uur = 0
v A − vB v A − vB
isto é
A mA
A 900
pelo que,
v A 1.786 v '
= = 1.49 ,
v B 1.197 v '
v A = 1.49 × v B = 1.49 × 55 = 82 km / h ,
No caso do choque excêntrico, as dimensões dos dois corpos não são desprezáveis e
a linha de choque não contém os centros de massa.
O campo de velocidades de cada um dos corpos sofre uma alteração durante o
choque, em consequência da ação da força de contacto. O impulso desta força provocará
uma variação do torsor das quantidades de movimento de cada um dos corpos.
Sejam A e B, respetivamente, os pontos de contacto dos corpos 1 e 2 durante o
choque, como se mostra na figura 10. No final do período de deformação (instante t* -
figura 10, as velocidades destes dois pontos podem ser diferentes, mas as suas
componentes na direção da linha de choque serão necessariamente iguais.
r
ω2 nˆ
ˆt
r G2
v G2
A B
r
ω1
r
G1 v G1
r
Analise-se o que se passa no corpo 1. Seja F a força de contacto. Por integração
em ordem ao tempo, durante as fases de deformação e restituição, obtêm-se os seguintes
impulsos
→ t* r
t*
Imp = t F dt (43)
t0 0
→ t1 r
t
Im p = *1 F dt (44)
t* t
t1
r
t* F dt
e = r
(45)
t*
t0
F dt
uuur
Note-se que, multiplicando, à esquerda, qualquer destes dois vetores por G1A , o
cociente das respetivas normas irá manter-se. Logo o coeficiente de restituição e também
pode ser definido pela expressão
t1
uuur
t* MG1 dt
e= uuur (46)
t*
t0
MG1 dt
uuur → r r
sendo MG1 = GA x F o momento em G da força de contacto F .
e=
r
(r
m 1 v tG1 1 − v G* 1 ) (47)
r
(r
m 1 v G* 1 − v tG0 1 )
r r
H Gt11 − H G* 1 I G1 (ωr t1
10
r*
− ω 10 ) (48)
e= r r =
H G* 1 − H Gt01 IG1 (ωr *
10
r
− ω t100 )
Das equações (47) e (48) resulta
(vr t1
G1
r
− v G* 1 ) = (ωr t1
10
r*
− ω 10 ) (49)
(vr ) (ω )
r r r
*
G1 − v tG0 1
*
10 − ω t100
uuur
Multiplicando cada um dos vetores do segundo cociente da expressão (49) por G1A
(vr )
r r uuur r uuur
t1
G1 − v G* 1 + ω t101 × G1A − ω *10 × G1A
50)
(vr *
G1
r r * uuur r t0 uuur
− v tG0 1 + ω 10 × G1A − ω 10 × G1A )
ou seja
r r r r
v tA1 − v A* v 'A − v A*
e = r * rt = r * r (51)
v A − v A0 v A −vA
r
Se projetarmos os vetores contidos nas expressões (51) e (52) na direção n da linha
de choque, surgirá, em ambas, uma parcela que é comum. De facto, as velocidades dos
r
pontos A e B, no final da fase de deformação, têm componentes iguais segundo n . Pode-
se então escrever
( v 'A ) − v A* ( ) ( ) − e (v A ) n
r r r r
= e v A*
n n n
(53)
r'
( ) ( ) ( ) − e (vB ) n
r* r* r
v B n
− v B =e v B
n n
( ) = (v ) ( )
r r' r
(1 + e ) v *A A
+ e vA
n n n
(54)
( ) ( ) ( )
r* r r
(1 + e ) v B n
= v B'
n
+ e vB
n
obtendo-se
(v ) − (v )
r' r'
B n A n
e= r (55)
(v ) − (v )
r
A n B n
Note-se como também neste caso o coeficiente de restituição pode obter-se pelo
cociente das medidas de velocidades relativas de afastamento e de aproximação dos dois
pontos de contacto.
Só que, agora, estão em causa as componentes das velocidades segundo a normal à
r
superfície de contacto n .
Caso os dois corpos que chocam tenham ligações ao exterior, poderão surgir, nessas
ligações, forças impulsivas que obviamente também condicionarão a alteração dos torsores
das quantidades de aceleração durante o choque.
A figura 11 mostra o choque entre dois corpos animados de movimento de rotação.
t̂
r
ω 20
D• n̂
xxxxx
+
G2
r
ω B
10 A
C • +
xxxxx G1
Utilizando para polo do cálculo dos momentos exteriores aplicados a cada um dos
corpos, o respetivo ponto de ligação ao exterior, as forças de ligação produzirão aí
r
momento nulo. Neste caso a única força a considerar passará a ser a força de contacto F .
t → r
1
t * CA x F dt
e = (56)
t0 → r
t * CA x F dt
(ω )
r r ur t1 r*
H Ct1 − H C* IC 10 − ω 10
e= r* rt =
(ωr )
ur t0 (57)
H C − H C0 IC *
− ω 10
10
( )
ur ' r
ω 10 − ω 10
*
e=
(ωr )
ur (58)
*
10 − ω 10
Note-se que esta expressão, apesar de deduzida para o caso dos corpos 1 e 2
estarem ligados ao exterior e movendo-se em rotação, é em tudo análoga à já deduzida
para o caso de os corpos serem livres (expressão 49 - 2º membro).
Multiplicando agora os vetores contidos no numerador e no denominador, pelo
(v ) − (v )
r' r'
B n A n
e= (59)
(v ) − (v )
r r
A n B n
Combinando a expressão anterior com uma das diversas expressões que resultam da
aplicação do princípio da conservação das quantidades de movimento, é possível
determinar os campos de velocidades dos dois sólidos, imediatamente após o choque.
6 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
v
1
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX X
X
X
y X
X
X
X 2 m
x X
X
2F
F V
v 2
mg
Mg
Durante o período de tempo t que se pretende analisar, os corpos estão sob a ação
de impulsos devidos às forças neles aplicadas, os quais são calculáveis em função das
alterações na quantidade de movimento que produzem.
Assim, para o corpo 1 determina-se que
( )
t r uur uur r t uur uur
0
Fdt = M v 1' − Mv 1 F dt = M v 1' − v 1
0
F 0 −v
( )
r uur uur
Ft = M v 1' − v 1 0 t = M 0 − 0
0 0 0
Ft=Mv (60)
e para o corpo 2,
( )
uur uur uur uur
( mg + 2F ) dt = mv (mg + 2F )
t r r r r t
'
2
− mv 2 dt = m v '2 − v 2
0 0
0 0 0
( )
uur uur
( )
r r
mg + 2F t = m v '2 − v 2 −mg + 2F t = m 0 − v 2
0 0
0
1 m M mg
t = 2M + v e F =
mg 2 m
2M +
2
m
θ
v
Obtém-se então
t ' '
( '
) (
0 Fx dt = Q x − Q x = Q mx + Q Mx − Q mx + Q Mx = )
'
= m v mx( ) (
+ M v 'Mx − m v mx + M v Mx )
Mas
( mv + Mv 'Mx ) − ( mv mx + Mv Mx ) = 0
t
Fx dt = 0 '
mx (62)
0
'
v mx = v Mx
'
= v'
(m + M) v ' = m vm
m
v' = v
(m + M) m
A figura 15 mostra duas esferas, que podem deslizar sem atrito sobre uma guia
horizontal, animada de movimento de rotação em torno de um eixo vertical, com
velocidade angular ω . As duas esferas são consideradas como duas massas concentradas.
θ
m m
Inicialmente são mantidas na posição definida por r, por meio de um cabo. Este,
por hipótese, parte-se em dado instante, pelo que bruscamente as esferas se deslocam
para os extremos da guia (posição definida por R).
Calcular a velocidade angular de rotação da guia Ω , quando as esferas ocuparem
esta última posição. Desprezar a inércia da guia horizontal e considerar as duas esferas
como duas massas concentradas.
t uuur r r
t0
MO dt = HO' − HO
mas
t uuur r r r
t0
MO dt = 0 HO' = HO
uur uur uuur uur uuur uur uuuur uur uuuur uur
HO' = HO ⇔ OP1' × mv 1' + OP2' × mv 2' = OP1 × mv 1 + OP2 × mv 2
isto é
R 0 −R 0 r 0 −r 0
0 x m R Ω + 0 x m − R Ω = 0 x m r ω + 0 x m − r ω
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0
0 + 0 = 0 + 0
m R Ω m R Ω m r ω m r ω
2 2 2 2
2 m R2 Ω = 2 m r 2 ω
r2
Ω = ω
R2
ω
G
v
n̂
θ v'
'
θ
t̂
A
uur
Sendo v G a velocidade do centro de massa G imediatamente antes do choque,
uur
calcular a velocidade v G' do mesmo ponto, no instante imediatamente após, admitindo
que não existe atrito entre o aro e a o plano inclinado (µ = 0) e que o coeficiente de
restituição é e.
Considerar as hipóteses: a) ω = 0; b) ω = ω .
ur' ur
HG = HG Iω ' = Iω ω' = ω
Não havendo força de atrito na direção tangencial, então também não haverá
r
impulso linear na direção da tangente, t . Assim, e em ambos os casos,
m v cos θ = m v’ cos θ’
r
Na direção da normal n , surge uma força de contacto, cujo impulso provocará a
alteração na quantidade de movimento, isto é
' cos θ
'
' cos θ ' cos θ
' '
v = v v = v v = v
cos θ cos θ cos θ
'
e v ' cos θ sinθ = v ' sin θ ' e tg θ = tg θ θ = arctg ( e tg θ )
' '
cos θ
(v ) ( )
2 2
cos 2 θ = v ' cos 2 θ '
(v ) = (v ) (e )
2 2
' 2
sin 2 θ + cos 2 θ
e 2 ( v ) sin 2 θ = v ' ( )
2 2
sin 2 θ '
Em conclusão:
determina-se que,
h/2 v
d
2 θ
A
t̂
r'
θ' = ângulo da velocidade v com a direção t̂ ;
r
possível estabelecer que ( v 'B = v B = 0 )
n n
(v ' )
uur
( )
uur r uuur
A
n
v G ' + ω ' x GA • nˆ
e = = uur
(v )
uur (63)
v G • nˆ
A
n
− h
v ' cos θ ' 0 2 0
uur r' →
' d • 1 =
v G ' + ω x GA • nˆ = v sin θ + 0 x − 2
'
'
0 ω 0
0
0 0
0 0 0
v cosθ 0
uur
v G • nˆ = − v sinθ • 1 = −v sinθ
0 0
h
v ' sin θ ' − ω ' = e v sin θ (64)
2
1 r
−
2 m g ( h sin θ + d cos θ ) k ∆t ≅ 0
h d h d
I ω' + m v ' sin θ ' − m v ' cos θ ' = − m v sin θ − m v cos θ (66)
2 2 2 2
h
v ' sinθ ' − ω ' = e v sinθ
2
v ' cosθ ' = v cos θ
h d h d
I ω ' + m v ' sinθ ' − m v ' cos θ ' = − mv sinθ − mv cos θ
2 2 2 2
h
v ' sin θ ' + v sin θ = (1 + e ) v sin θ + ω '
2
I ω' +
h
2
(
m v ' sin θ ' + v sin θ −
d
2
) (
m v ' cos θ ' − v cos θ ) = 0
Introduzindo as expressões (67) e (68) em (69) determina-se o seguinte valor para ω'.
h h
'
I ω' + m (1 + e ) v sin θ + ω ' = 0
2 2
h2 h
I + m ω ' = − (1 + e ) m v sin θ
4 2
h
− (1 + e ) m v sin θ (1 + e )
ω' = 2
h2
I +m
4
Conhecido ω’, as expressões (64) e (65) formam um sistema de duas equações em v'
e θ'. Assim
h '
v ' sin θ ' = ev sinθ + ω
2
2
h '
e v sin θ + 2 ω + ( v cos θ )
2
v =
'
h '
ev sinθ + 2 ω
θ' = arctg
v cosθ
A figura 14 mostra o caso de uma barra prismática que roda em torno do ponto O.
No caso da figura 18-a), no ponto O há uma ligação rígida ao exterior. No caso da figura
18-b) há uma ligação elástica.
a
O
b
G G
+ +
A A
A
A
0 (a + b ) − c ω
vA = v O + ω x OA = 0 + 0 x − c = − (a + b )ω
− ω 0 0
isto é
( )
v A n = − (a + b )ω v '
A
ω ' (a + b )
e = = ω' = e ω
v ω (a + b )
v ' = (a + b )ω ' A
A
n
O •
r
m v'
IG ω '
t r
0 F dt
A nˆ
ˆt
'
São agora incógnitas a velocidade v G do centro de massa G e a velocidade angular
ω'. Podem-se escrever as seguintes equações:
Coeficiente de restituição:
' →
v '
A v G + ω' x GA • n̂
n
e = =
r → (70)
v ω x OA • n̂
A
n
r →
'
m vG • t̂ = m ω x OG • t̂ (71)
t
o M A dt ≅ 0 H 'A = H A ⇔
→ r → r →
⇔ I G ω' + AG x m v G
'
= I G ω + AG x m ω x OG (72)
uur 0 a 1 0 1
r →
'
t = m ω × OG • ˆ
m v G •ˆ t = m 0 × 0 • 0 = m aω • 0 = 0
−ω 0 0 0 0
' r
isto é v G só tem componente horizontal (direção n ).
r → uur uur →
e ω × OA • n = v G' + ω ' × GA • ˆ
ˆ n ⇔
0 ( a + b ) 0 0 0 b 0
'
e 0 × −c • 1 = v G + 0 × −c • 1 ⇔
−ω 0 0
0 ω ' 0 0
−cω 0 cω ' 0
'
e − ( a + b ) ω • 1 = v G + bω ' • 1 ⇔
0 0 0 0
uur → uur r → r →
I G ω ' + AG x m vG' = IG ω + AG x m ω x OG
0 − b 0 0 − b 0
'
0 + c x m vG = 0 + c x − m ω a
' 0 0 − I ω 0 0
+ I G ω G
v G' = e ( a + b ) ω − b ω '
− I G + m (1 + e) ab + m eb 2
ω' = ω
IG + m b2
I G − m (1 + e) ab − m eb 2
vG' = e ( a + b) +
b ω
I + m b 2
G
7 PROBLEMAS PROPOSTOS
Problema IQM1
O
X
θ
G1
A
2 ϕ
G2
t1
F dt
t0
B
Corpo 1 - uma barra de comprimento l e massa m, a qual pode rodar em torno do ponto
Problema IQM2
30º
10 m/s B
A
Corpo A - um cursor de massa mA, obrigado a deslizar sem atrito sobre uma guia
horizontal;